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HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO PARTE 1

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HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO PARTE 1 
 
INTRODUÇÃO 
 
O sistema digestivo, composto pela cavidade 
oral, esôfago, estômago, intestinos delgado e 
grosso e as glândulas associadas (glândulas 
salivares, fígado e pâncreas), atua na ingestão, 
mastigação, deglutição (ato de engolir), 
digestão e absorção dos alimentos, assim como 
na eliminação dos remanescentes não-
digeríveis. As regiões do sistema digestivo 
possuem estruturas especializadas e 
modificadas para se tornarem capazes de 
realizar estas diversas funções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA GERAL DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
Todos os componentes do sistema digestório 
apresentam certas características estruturais 
em comum: Que é um tubo oco composto por 
um lúmen, que tem o diâmetro é variável, que é 
circundado por uma parede formada por quatro 
camadas distintas: mucosa, submucosa, 
muscular e serosa. 
CAMADA MUCOSA 
É composta por: 
(a) um revestimento epitelial, 
(b) uma lâmina própria de tecido conjuntivo 
frouxo que é rico em vasos sanguíneos e 
linfáticos e células musculares lisas, e algumas 
vezes até apresentando glândulas e tecido 
linfoide, e 
(c) uma muscular da mucosa, que separa a 
camada mucosa da submucosa que geralmente 
tem duas subcamadas delgadas de células 
musculares lisas, uma circular interna e outra 
longitudinal externa. Essas subcamadas 
promovem o movimento da camada mucosa, 
independentemente de outros movimentos do 
sistema digestório, aumentando o contato da 
mucosa com o alimento. 
CAMADA SUBMUCOSA 
É composta por tecido conjuntivo com muitos 
vasos sanguíneos e linfáticos e um plexo 
nervoso submucoso (chamado plexo de 
Meissner). Essa camada pode ter também 
glândulas e tecido linfoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMADA MUSCULAR 
Contém células musculares lisas orientadas em 
espiral, divididas em duas subcamadas, indo de 
acordo com o direcionamento principal. Na 
subcamada mais interna (próxima do lúmen), a 
orientação é geralmente circular; na subcamada 
externa, a orientação é principalmente 
longitudinal. Entre essas duas subcamadas, 
tem o plexo nervoso mioentérico (ou plexo de 
Auerbach) e o tecido conjuntivo contendo vasos 
sanguíneos e linfáticos. E ai que as contrações 
da camada muscular, geradas e coordenadas 
pelos plexos nervosos, impulsionam e misturam 
o alimento ingerido no sistema digestório. Esses 
plexos são compostos principalmente por 
agregados de células nervosas (neurônios 
viscerais multipolares) que formam pequenos 
gânglios parassimpáticos. Uma rede rica em 
fibras pré e pós-ganglionares do sistema 
nervoso autônomo e algumas fibras sensoriais 
viscerais possibilitam comunicação entre esses 
gânglios. A quantidade de gânglios ao longo do 
sistema digestório é variável; eles são mais 
numerosos em regiões de maior mobilidade 
SEROSA 
É formada por uma camada delgada de tecido 
conjuntivo frouxo, revestida por um epitélio 
pavimentoso simples, chamado de mesotélio. 
Na cavidade abdominal, a serosa que reveste 
os órgãos é chamada de peritônio visceral e 
está em continuidade com o mesentério 
(membrana delgada revestida por mesotélio nos 
dois lados), que suporta os intestinos, e com o 
peritônio parietal, que é uma membrana serosa 
que reveste a parede da cavidade abdominal. 
Em locais em que o órgão digestivo está unido 
a outros órgãos ou estruturas, a serosa é 
substituída por uma adventícia espessa, que 
consiste em tecido conjuntivo e tecido adiposo 
contendo vasos e nervos, sem o mesotélio. A 
determinação dessa camada ocorre durante a 
embriogênese, de acordo com o segmento e 
sua orientação. 
 
 
As principais funções do revestimento epitelial 
da mucosa do sistema digestório são: 
→Prover uma barreira seletivamente 
permeável entre o conteúdo do lúmen e os 
tecidos do organismo; 
→Facilitar o transporte e a digestão do 
alimento; 
→Promover a absorção dos produtos dessa 
digestão; 
→Produzir hormônios que regulem a atividade 
do sistema digestório. 
→Algumas células contidas nessa camada 
produzem muco para lubrificação e proteção. 
E a lâmina própria, que fica localizada logo 
abaixo do epitélio, é uma zona rica em 
macrófagos e células linfoides, e algumas 
dessas células produzem anticorpos 
ativamente. Esses anticorpos são 
principalmente do tipo imunoglobulina A (IgA), 
que é secretada para o lúmen ligada a uma 
proteína produzida pelas células epiteliais do 
revestimento intestinal. Esse complexo 
secretor rico em IgA (sIgA) protege contra 
invasões virais e bacterianas, e ele existente 
tanto nos sistemas respiratório, digestório e 
urinário (e é resistente à digestão por enzimas 
proteolíticas, e assim podendo, então, 
coexistir com as proteases encontradas no 
lúmen). Além das células de defesa que ficam 
no tecido, há também nódulos linfoides na 
lâmina própria e na camada submucosa que 
protegem o organismo (em associação com o 
epitélio) da invasão bacteriana. A 
necessidade desse suporte imunológico e 
porque todo o sistema digestório – com 
exceção da cavidade oral, do esôfago e do 
canal anal – é revestido por um epitélio 
simples, bastante vulnerável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAVIDADE ORAL 
 
A cavidade oral é recoberta pela mucosa oral, 
composta de um epitélio estratificado 
pavimentoso, queratinizado ou não, 
dependendo da região (queratinizado, não-
queratinizado ou paraqueratinizado) e um 
tecido conjuntivo subjacente. 
A camada queratinizada protege a mucosa 
oral de agressões mecânicas durante a 
mastigação e pode ser observada na gengiva 
e no palato duro. 
Epitélio pavimentoso não queratinizado 
reveste o palato mole, os lábios (que é 
observa-se uma transição do epitélio oral não 
queratinizado para o epitélio queratinizado da 
pele), reveste tbm as bochechas e o assoalho 
da boca. 
A lâmina própria nessas regiões contém 
várias papilas e repousa diretamente sobre o 
periósteo, e essas papilas são similares às 
observadas na derme e é contínua com a 
submucosa, que contém glândulas salivares 
menores distribuídas difusamente. 
O palato mole contém, no seu centro, 
músculo estriado esquelético e numerosas 
glândulas mucosas e nódulos linfoides na 
submucosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As regiões da cavidade oral que estão 
expostas a consideráveis forças de fricção e 
de atrito (como a gengiva, a superfície dorsal 
da língua e o palato duro) são recobertas por 
uma mucosa mastigatória, composta por um 
epitélio estratificado pavimentoso 
paraqueratinizado ou completamente 
queratinizado, com um tecido conjuntivo 
denso não modelado subjacente. O restante 
da cavidade oral é recoberto por uma 
mucosa de revestimento, composta por 
epitélio estratificado pavimentoso não-
queratinizado superposto a um tipo mais 
frouxo (menos fibroso) de tecido conjuntivo 
denso não-modelado. Além disso, as regiões 
da mucosa oral que possuem botões 
gustativos (que são a superfície dorsal da 
língua as áreas do palato mole, e ainda a 
mucosa da faringe) são cobertas por uma 
mucosa especializada (que é especializada 
para a percepção do sentido do paladar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA 
 
A língua é uma massa de músculo estriado 
esquelético revestida por uma camada 
mucosa cuja estrutura varia de acordo com a 
região. 
As fibras musculares se entrecruzam em três 
planos; e estão agrupadas em feixes, 
geralmente separados por tecido conjuntivo. 
Sua camada mucosa está fortemente aderida 
à musculatura, porque o tecido conjuntivo da 
lâmina própria penetra os espaços entre os 
feixes musculares. 
A superfície ventral (inferior) da língua é lisa, 
enquanto a superfície dorsal é irregular, 
recoberta anteriormente por uma grande 
quantidade de eminências pequenas,chamada de papilas. O terço posterior da 
superfície dorsal da língua é separado dos 
dois terços anteriores por uma região em 
forma de “V”. Posteriormente a essa região, a 
superfície da língua apresenta saliências 
compostas principalmente por dois tipos de 
agregados linfoides: que são pequenos 
grupos de nódulos e tonsilas linguais, nas 
quais os nódulos linfoides se agregam ao 
redor de invaginações da camada mucosa, 
chamado de criptas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAPILAS LINGUAIS 
 
Papilas são elevações do epitélio oral e da 
lâmina própria que assumem diversas formas e 
funções. 
Existem quatro tipos de papilas: filiformes, 
fungiformes, foliadas e circunvaladas. 
As papilas filiformes têm formato cônico 
alongado, são numerosas e estão sobre toda a 
superfície dorsal da língua; têm a função 
mecânica de fricção. Seu epitélio de 
revestimento, que não contém botões 
gustativos, é queratinizado. 
As papilas fungiformes assemelham-se a 
cogumelos, tendo a base estreita e a porção 
superior mais superficial dilatada e lisa. Essas 
papilas, contêm poucos botões gustativos na 
sua superfície superior, estão irregularmente 
distribuídas entre as papilas filiformes. O 
revestimento epitelial dessas papilas é 
estratificado pavimentoso não-queratinizado 
As papilas foliadas estão localizadas ao longo 
da porção póstero-lateral da língua e são 
pouco desenvolvidas em humanos, mas ela é 
encontrada em macacos e coelhos. Elas 
consistem em duas ou mais rugas paralelas 
separadas por sulcos na superfície dorsolateral 
da língua, contendo muitos botões gustativos 
(funcionais no recém-nascido, mas estes 
botões gustativos degeneram por volta do 
segundo ou terceiro ano de vida) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As papilas circunvaladas são de sete a doze 
estruturas circulares grandes, com superfícies 
achatadas que se estendem acima das outras 
papilas. Elas estão distribuídas na região do V 
lingual, na parte posterior da língua. 
Numerosas glândulas serosas (glândulas de 
von Ebner) secretam seu conteúdo no interior 
de uma profunda depressão que circunda cada 
papila. Esse arranjo similar a um fosso 
possibilita um fluxo contínuo de líquido sobre 
uma grande quantidade de botões gustativos ao 
longo das superfícies laterais dessas papilas. 
Esse fluxo é importante na remoção de 
partículas de alimentos da adjacência dos 
botões gustativos, para que eles possam 
receber e processar novos estímulos. As 
glândulas serosas também secretam uma lipase 
que provavelmente previne a formação de uma 
camada hidrofóbica sobre os botões gustativos, 
o que poderia prejudicar sua função. Além 
desse papel local, a lipase lingual é ativa no 
estômago e pode digerir até 30% dos 
triglicerídios da dieta. Outras glândulas 
salivares menores de secreção mucosa 
dispersas pela cavidade oral atuam da mesma 
maneira que as glândulas serosas associadas 
às papilas circunvaladas, auxiliando a função de 
botões gustativos encontrados em outras partes 
da cavidade oral, como, por exemplo, na porção 
anterior da língua. 
Existem pelo menos cinco qualidades na 
percepção humana de sabor: salgado, azedo, 
doce, amargo e o saboroso (umami, termo 
japonês para o sabor do glutamato 
monossódico). Todas essas qualidades podem 
ser percebidas em todas as regiões da língua 
que contêm os botões gustativos. Esses botões 
são estruturas em forma de cebola, cada uma 
contendo 50 a 100 células. O botão repousa 
sobre uma lâmina basal, e, em sua porção 
apical, as células gustativas têm 
microvilosidades que se projetam por uma 
abertura denominada poro gustativo. Muitas das 
células têm função gustativa, enquanto outras 
têm função de suporte. Células basais 
indiferenciadas são responsáveis pela 
reposição de todos os tipos celulares. 
 
 
 
Botão gustativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FARINGE 
 
A faringe, é uma região de transição entre a 
cavidade oral e os sistemas digestório e 
respiratório, ela forma uma área de 
comunicação entre a região nasal e a laringe. 
A faringe é revestida por epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado na região 
contínua ao esôfago e por epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado contendo 
células caliciformes nas regiões próximas à 
cavidade nasal. 
A mucosa da faringe também possui muitas 
glândulas salivares menores de secreção 
mucosa em sua lâmina própria, composta de 
tecido conjuntivo. Os músculos constritores e 
longitudinais da faringe estão localizados mais 
externamente a essa camada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÁBIOS 
 
Os lábios guardam a entrada para a cavidade 
oral. O eixo central dos lábios é composto por 
fibras musculares estriadas esqueléticas que 
são responsáveis pela mobilidade dos lábios. 
Cada lábio deve ser subdividido em três 
regiões: a face externa, a zona de transição, 
ou borda vermelha do lábio, e a face interna 
(uma típica área de mucosa, úmida). 
A face externa do lábio é coberta por pele 
delgada, que contém glândulas sudoríparas, 
folículos pilosos e glândulas sebáceas. Essa 
região é contínua com a borda vermelha, a 
região rósea do lábio, também recoberta por 
pele delgada. Mas, a borda vermelha é 
desprovida de glândulas sudoríparas e 
folículos pilosos, apesar de possuir ocasionais 
glândulas sebáceas não-funcionais. 
A interface (interdigitação) entre o epitélio e 
os componentes do tecido conjuntivo da 
mucosa oral (o rete apparatus) é altamente 
desenvolvida, de forma que as alças dos 
capilares presentes nas papilas dérmicas 
estão muito próximas à superfície da pele, 
conferindo a cor rosada à borda vermelha do 
lábio. A ausência de glândulas funcionais 
nessa região necessita do ocasional 
umedecimento da borda vermelha do lábio 
pela língua. 
A face interna (mucosa) do lábio está 
constantemente umedecida e é recoberta por 
um epitélio estratificado pavimentoso não-
queratinizado. O tecido conjuntivo sub-
epitelial é do tipo denso não-modelado e 
contém principalmente pequenas glândulas 
salivares mucosas. 
 
 
 
 
PALATO 
 
As cavidades oral e nasal são separadas uma 
da outra pelo palato duro e pelo palato mole. 
O palato duro, posicionado anteriormente, é 
imóvel. Em contraste, o palato mole é móvel, 
e seu eixo é ocupado por músculo 
esquelético, responsável por seus 
movimentos. 
A mucosa mastigatória na face oral do 
palato duro é composta por um úmido 
epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado (ou paraqueratinizado) 
recobrindo um tecido conjuntivo denso não 
modelado. O tecido conjuntivo da região 
látero-anterior do palato duro apresenta 
agregados de tecido adiposo unilocular, 
enquanto a porção látero-posterior exibe 
ácinos mucosos de glândulas salivares 
menores (glândulas palatinas). A face nasal 
do palato duro é recoberta por epitélio 
respiratório, com ocasionais áreas de epitélio 
estratificado pavimentoso não-queratinizado. 
A superfície oral do palato mole é recoberta 
por mucosa de revestimento, composta por 
um úmido epitélio estratificado pavimentoso 
não-queratinizado e um tecido conjuntivo 
denso não modelado subjacente que abriga 
pequenas glândulas salivares mucosas que 
são contínuas às do palato duro. O epitélio da 
face nasal, conforme o do palato duro, é do 
tipo pseudo-estratificado cilíndrico ciliado 
(epitélio respiratório). A extensão mais 
posterior do palato mole é a úvula, cuja 
estrutura histológica é similar à do palato 
mole, porém seu epitélio é somente do tipo 
estratificado pavimentoso não-queratinizado. 
O tecido conjuntivo da úvula também é do tipo 
denso, não modelado e possui pequenas 
glândulas salivares mucosas,sendo seu eixo 
composto de músculo esquelético, 
responsável por seus movimentos. 
 
 
DENTES E ESTRUTURAS ASSOCIADAS 
 
Em humanos adultos normalmente existem 32 
dentes permanentes. Esses dentes estão 
dispostos em dois arcos bilateralmente 
simétricos nos ossos maxilar e mandibular, 
com oito dentes em cada quadrante: dois 
incisivos, um canino, dois pré-molares e três 
molares permanentes. Vinte desses dentes 
permanentes são precedidos por dentes 
decíduos (de leite); os restantes (molares 
permanentes) não têm precursores decíduos. 
Cada dente tem uma porção que se projeta 
acima da gengiva – a coroa – e uma ou mais 
raízes abaixo da gengiva, que unem os 
dentes aos alojamentos ósseos denominados 
alvéolos, um para cada dente (Figura 15.4). 
A coroa é recoberta por um tecido 
mineralizado extremamente duro, 
denominado esmalte, e as raízes e recoberta 
por tecido mineralizado, o cemento. Essas 
duas coberturas se encontram no colo do 
dente. Localizada mais internamente, 
imediatamente abaixo do esmalte e do 
cemento, a dentina é outro tecido 
mineralizado que compõe a maior parte de 
um dente. A dentina circunda um espaço 
chamada cavidade pulpar, preenchido com 
tecido conjuntivo frouxo muito vascularizado e 
inervado, chamado polpa dental. 
A cavidade pulpar contém uma porção 
coronária (câmara pulpar) e uma porção na 
raiz (canal radicular), estendendo-se até o 
ápice do dente, onde um orifício (forame 
apical) possibilita a entrada e a saída de 
vasos sanguíneos, linfáticos e nervos da 
polpa. O ligamento periodontal é um tecido 
conjuntivo com feixes grossos de fibras 
colágenas inseridos no cemento e no osso 
alveolar, fixando o dente firmemente no 
alvéolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENTINA 
A dentina é um tecido mineralizado -é o 
segundo tecido mais duro do corpo- (70% do 
peso seco). É composta principalmente por 
fibrilas de colágeno tipo I, 
glicosaminoglicanos, fosfoproteínas, 
fosfolipídios e sais de cálcio na forma de 
cristais de hidroxiapatita. 
A matriz orgânica da dentina é secretada 
pelos odontoblastos, células localizadas na 
periferia da polpa, junto à dentina. O 
odontoblasto é uma célula alongada que 
deposita a matriz orgânica apenas sobre a 
superfície dentinária. Essas células 
apresentam estrutura de células polarizadas 
secretoras de proteínas, com grânulos de 
secreção no citoplasma apical e um núcleo 
basal. Cada odontoblasto tem uma extensão 
apical ramificada que penetra 
perpendicularmente a dentina, percorrendo 
toda a sua extensão – os prolongamentos 
odontoblásticos (fibras de Tomes). Esses 
prolongamentos tornam-se gradualmente 
mais longos à medida que a dentina torna-se 
mais espessa, ocupando canais estreitos 
denominados túbulos dentinários. Esses 
túbulos ramificam-se intensamente próximo 
da junção entre dentina e esmalte. Os 
prolongamentos odontoblásticos, tornando-se 
cada vez mais delgados em sua porção distal, 
próximo ao esmalte e ao cemento. 
A matriz produzida pelos odontoblastos é 
inicialmente não mineralizada e é chamada de 
pré-dentina. 
A mineralização da dentina em 
desenvolvimento começa quando vesículas 
circundadas por membrana – as vesículas da 
matriz – aparecem, produzidas pelos 
odontoblastos. Em virtude de um elevado 
conteúdo de íons cálcio e fosfato no seu 
interior, elas facilitam o aparecimento de 
cristais pequenos de hidroxiapatita que 
crescem e servem como sítios de nucleação 
para deposição adicional de minerais sobre as 
fibrilas colágenas circundantes. 
A dentina é sensível a diversos estímulos 
como calor, frio, traumatismo e pH ácido, 
sendo todos esses estímulos percebidos 
como dor. Embora a polpa seja muito 
inervada, a dentina contém poucas fibras 
nervosas amielínicas que penetram os túbulos 
na sua porção pulpar. De acordo com a teoria 
hidrodinâmica, os diferentes estímulos podem 
causar movimento de fluidos no interior do 
túbulo dentinário, estimulando assim as fibras 
nervosas localizadas junto aos 
prolongamentos odontoblásticos. 
 
 
 
 
ESMALTE 
O esmalte é o componente mais duro do corpo 
humano, consistindo em cerca de 96% de 
mineral, cerca de 1% de matéria orgânica e 3% 
de água. Assim como em outros tecidos 
mineralizados, o componente inorgânico do 
esmalte é formado principalmente por cristais 
de hidroxiapatita. 
Apenas durante o desenvolvimento do dente, o 
esmalte é produzido por células de origem 
ectodérmica, os ameloblastos (a maioria das 
outras estruturas dentais deriva do mesoderma 
ou de células da crista neural). A matriz 
orgânica do esmalte não é composta por fibrilas 
colágenas, mas sim por pelo menos duas 
classes heterogêneas de proteínas 
denominadas amelogeninas e enamelinas. O 
papel dessas proteínas na organização do 
componente mineral do esmalte está sob 
investigação intensa. 
O esmalte consiste em colunas alongadas – 
prismas do esmalte – que estão unidas entre si 
pelo esmalte interprismático. Tanto os prismas 
quanto o esmalte interprismático são formados 
por cristais de hidroxiapatita; eles diferem 
apenas na orientação dos cristais. Cada prisma 
se estende por toda a espessura da camada de 
esmalte e tem um trajeto sinuoso; o arranjo dos 
prismas em grupos é muito importante para as 
propriedades mecânicas do esmalte. 
Os ameloblastos são células colunares altas 
que contêm numerosas mitocôndrias na região 
abaixo do núcleo. Retículo endoplasmático 
granuloso e um complexo de Golgi bem 
desenvolvido são observados acima do núcleo. 
Cada ameloblasto apresenta uma extensão 
apical, conhecida como processo de Tomes, 
que tem numerosos grânulos de secreção 
contendo as proteínas que constituem a matriz 
do esmalte. Após o término da síntese do 
esmalte, os ameloblastos formam um epitélio 
protetor que recobre a coroa até a erupção do 
dente. Essa função protetora é muito importante 
na prevenção de vários defeitos do esmalte. 
 
POLPA DENTAL 
A polpa dental consiste em tecido conjuntivo 
frouxo. Seus principais componentes são 
odontoblastos, fibroblastos e uma matriz que 
contém fibrilas finas de colágeno e diversos 
glicosaminoglicanos 
Habitualmente, a polpa é subdividida em três 
zonas concêntricas ao redor de um eixo 
central: 
A zona odontoblástica, é a região mais 
externa da polpa, é composta por uma única 
camada de odontoblastos, em que seus 
prolongamentos se estendem em direção aos 
túbulos dentinários da dentina adjacente. 
A zona livre de células forma a camada 
profunda da zona odontoblástica e, conforme 
seu nome indica, é desprovida de células. 
A zona rica em células, constituída 
principalmente por fibroblastos e células 
mesenquimais, é a zona mais profunda da 
polpa, envolvendo imediatamente o eixo 
pulpar. 
O eixo da polpa se assemelha à maioria dos 
outros tecidos conjuntivos frouxos, porém não 
contém células adiposas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERIODONTO 
 
O periodonto compreende as estruturas 
responsáveis por manter o dente nos ossos 
maxilar e mandibular. Ele consiste em 
cemento, ligamento periodontal, osso alveolar 
e gengiva. 
CEMENTO 
O cemento é um tecido conjuntivo 
mineralizado que está intimamente associado 
à(s) raiz(es) dos dentes, mas que não faz 
parte deles 
É mais espesso na região apical da raiz, onde 
podem ser encontrados os cementócitos, 
células com aspecto de osteócitos. Assim 
como os osteócitos, essas células ficam nas 
lacunas; mas os cementócitos quase não se 
comunicam entre si através de canalículos, e 
sua nutrição provém principalmente do 
ligamento periodontal. 
 Assim como no tecido ósseo, o cemento é 
lábil e reage às forças às quais é submetido 
com reabsorção de tecido antigo ou produção 
de novo tecido. A produção contínua de 
cemento no ápice compensa o desgaste 
fisiológico dos dentes e mantém um contato 
próximo entre as raízes dosdentes e seus 
alvéolos. Comparado ao osso, o cemento tem 
atividade metabólica mais baixa porque não é 
irrigado por vasos sanguíneos. Essa 
característica torna possível a movimentação 
dos dentes por meio de aparelhos 
ortodônticos, sem que haja reabsorção 
radicular significativa. 
 
 
 
 
 
 
LIGAMENTO PERIODONTAL 
O ligamento periodontal é composto por um 
tecido conjuntivo denso não modelado em 
que suas fibras, estão arranjadas em feixes 
grossos (fibras de Sharpey), penetram o 
cemento do dente e as paredes ósseas do 
alvéolo, possibilitando movimentos limitados 
do dente. 
O colágeno do ligamento periodontal 
apresenta características que lembram 
aquelas de um tecido imaturo; tem elevado 
índice de renovação e grande quantidade de 
colágeno solúvel. O espaço entre os feixes de 
fibras é ocupado por glicosaminoglicanos. 
As fibras do ligamento são organizadas para 
suportar pressões exercidas durante a 
mastigação, o que evita a transmissão direta 
da pressão para o osso, um processo que 
poderia ocasionar reabsorção óssea 
localizada. 
OSSO ALVEOLAR 
O osso alveolar está em contato direto com o 
ligamento periodontal. Ele é um tipo de osso 
imaturo (osso primário) no qual as fibras 
colágenas não estão arranjadas no padrão 
lamelar típico do osso adulto. Muitas das 
fibras colágenas do ligamento periodontal 
estão dispostas em feixes que penetram esse 
osso e o cemento, formando uma espécie de 
ponte conectora entre essas duas estruturas. 
O osso mais próximo das raízes dos dentes 
forma o osso alveolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GENGIVA 
A gengiva é uma membrana mucosa 
firmemente aderida ao periósteo dos ossos 
maxilar e mandibular. É composta por epitélio 
pavimentoso estratificado e lâmina própria 
contendo numerosas papilas conjuntivas. 
Uma parte muito especializada desse epitélio, 
chamado de epitélio juncional, está unida ao 
esmalte do dente por meio de uma cutícula 
que se assemelha a uma lâmina basal 
espessa. As células epiteliais estão aderidas 
a essa cutícula por meio de 
hemidesmossomos. Entre o esmalte e o 
epitélio localizado acima do epitélio juncional 
está o sulco gengival, circundando a coroa. 
Durante o exame clínico, a medida dessa 
profundidade do sulco gengival é muito 
importante e pode indicar a existência de 
doença periodontal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESÔFAGO 
 
O esôfago é um tubo muscular cuja função é 
transportar o alimento da boca para o 
estômago. De modo geral, o esôfago contém 
as mesmas camadas que o resto do sistema 
digestório 
A mucosa esofágica é revestida por um 
epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado. Na lâmina própria da região 
próxima do estômago existem grupos de 
glândulas, as glândulas esofágicas da cárdia, 
que secretam muco. 
Na submucosa também existem grupos de 
glândulas secretoras de muco, as glândulas 
esofágicas, cuja secreção facilita o transporte 
de alimento e protege a mucosa. 
Na porção proximal do esôfago, a camada 
muscular consiste exclusivamente em fibras 
estriadas esqueléticas (esfíncter superior, 
importante para a deglutição); na porção 
média, há uma mistura de musculatura 
estriada esquelética e lisa; na porção distal, 
há células musculares lisas (não se define um 
esfíncter anatômico, apenas funcional). 
Somente a porção do esôfago que está na 
cavidade peritoneal é recoberta por uma 
membrana serosa. O restante é envolvido por 
uma camada de tecido conjuntivo, a 
adventícia, que se mistura com o tecido 
conjuntivo circundante. 
 
 
 
 
 
 
 
A túnica muscular externa do esôfago está 
disposta em duas camadas, circular interna e 
longitudinal externa. Entretanto, estas 
camadas musculares não são usuais, pq são 
compostas tanto por fibras musculares lisas 
quanto por estriadas esqueléticas. A túnica 
muscular externa do terço superior do 
esôfago possui essencialmente músculo 
esquelético; o terço médio possui músculo 
esquelético e liso; e o terço inferior possui 
somente fibras musculares lisas. O plexo de 
Auerbach ocupa sua posição de costume 
entre as camadas musculares circular interna 
e longitudinal externa da túnica muscular 
externa. 
O esôfago é coberto por uma adventícia até 
ultrapassar o diafragma, após o qual o órgão 
é coberto por uma serosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÔMAGO 
 
O estômago é responsável pela digestão 
parcial dos alimentos e pela secreção de 
enzimas e hormônios (funções exócrinas e 
endócrinas). Ele é um segmento dilatado do 
sistema digestório, cuja função principal é 
transformar o bolo alimentar em uma massa 
viscosa (quimo) por meio da atividade 
muscular e química. 
No estômago são identificadas quatro regiões: 
cárdia, fundo, corpo e piloro (ou antro). As 
regiões do fundo e do corpo apresentam 
estrutura microscópica idêntica e, então 
apenas três regiões são consideradas 
histologicamente. 
As camadas mucosa e submucosa do 
estômago não distendido repousam sobre 
dobras direcionadas longitudinalmente. 
Quando o estômago está distendido pela 
ingestão de alimentos, essas dobras se 
achatam 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUCOSA 
 
A mucosa gástrica é formada por epitélio 
glandular, cuja unidade secretora é tubular e 
ramificada e desemboca na superfície, em uma 
área chamada fosseta gástrica. Em cada região 
do estômago, as glândulas apresentam 
morfologia característica. Todo o epitélio 
gástrico está em contato com o tecido 
conjuntivo frouxo (lâmina própria), que contém 
células musculares lisas e células linfoides. 
Separando a mucosa da submucosa adjacente, 
existe uma camada de músculo liso, a muscular 
da mucosa 
Quando a superfície luminal do estômago é 
observada ao microscópio em pequeno 
aumento, numerosas invaginações do epitélio 
de revestimento são vistas; que são as 
aberturas das fossetas gástricas. 
O epitélio que recobre a superfície do estômago 
e reveste as fossetas é colunar simples, e todas 
as células secretam muco alcalino, composto 
por água (95%), glicoproteínas e lipídios. 
A parte do muco que está firmemente aderida 
ao glicocálice das células epiteliais é muito 
efetiva na proteção, enquanto a parte menos 
aderida (luminal) é mais solúvel, sendo 
parcialmente digerida pela pepsina e misturada 
com o conteúdo luminal. Assim, o muco forma 
uma espessa camada que protege as células 
da acidez do estômago. 
As junções de oclusão entre as células 
superficiais e da fosseta também participam da 
barreira de proteção na mucosa gástrica. 
 
 
 
 
 
 
 
REGIÕES DO ESTÔMAGO 
 
CÁRDIA 
A cárdia é uma banda circular estreita, na 
transição entre o esôfago e o estômago. Sua 
mucosa contém glândulas tubulares simples 
ou ramificadas, denominadas glândulas da 
cárdia. As porções terminais dessas glândulas 
são frequentemente enoveladas, com lúmen 
amplo. 
FUNDO E CORPO 
A mucosa nas regiões do fundo e do corpo 
está preenchida por glândulas tubulares, das 
quais três a sete abrem-se em cada fosseta 
gástrica. 
As glândulas contêm três regiões distintas: 
istmo, colo e base. 
A distribuição dos diferentes tipos celulares 
epiteliais nas glândulas gástricas não é 
uniforme. 
O istmo tem células mucosas em 
diferenciação que substituirão as células da 
fosseta e as superficiais, células-tronco e 
células parietais (oxínticas). 
O colo contém células-tronco, mucosas do 
colo (diferentes das mucosas do istmo e da 
superfície) e parietais (oxínticas); 
A base das glândulas contém principalmente 
células parietais e zimogênicas (principais) 
Células enteroendócrinas estão distribuídas 
pelo colo e pela base das glândulas. 
 
 
 
 
 
 
GLÂNDULAS FÚNDICAS 
Cada glândula fúndica estende-se da camada 
muscular da mucosaà base de uma fosseta 
gástrica e é subdividida em três regiões: o 
istmo, o colo e a base, das quais a base é a 
mais comprida. 
O epitélio glandular que constitui a glândula 
fúndica é constituído de tipos celulares: (1) 
células mucosas do colo, (2) células-tronco, 
(3) células parietais (ou células oxínticas), (4) 
células principais (ou células zimogênicas), e 
(5) células enteroendócrinas 
 
Células-tronco 
Encontradas em pequena quantidade na 
região do istmo e do colo, as células-tronco 
são colunares baixas com núcleos ovais 
próximos da base das células. Essas células 
apresentam uma elevada taxa de mitoses. 
Algumas células já comprometidas com a 
linhagem de células superficiais migram 
nessa direção (incluindo a fosseta) para repor 
as células mucosas, que se renovam a cada 4 
a 7 dias. Outras células-filhas migram mais 
profundamente nas glândulas e se 
diferenciam em células mucosas do colo ou 
parietais, zimogênicas ou enteroendócrinas. 
Essas células são repostas muito mais 
lentamente que as células mucosas 
superficiais 
Células mucosas do colo 
Essas células são observadas agrupadas ou 
isoladamente entre as células parietais no 
colo das glândulas gástricas. Elas têm 
formato irregular, com os núcleos na base das 
células e os grânulos de secreção próximos 
da superfície apical. O tipo de mucina 
secretada é diferente daquela proveniente das 
células epiteliais mucosas da superfície e tem 
inclusive propriedades antibióticas. 
 
 
Células parietais (oxínticas) 
Células parietais são observadas 
principalmente no istmo e no colo das 
glândulas gástricas e são mais escassas na 
base. São células arredondadas ou 
piramidais, com um núcleo esférico que ocupa 
posição central e citoplasma intensamente 
eosinofílico. As características mais 
marcantes observáveis ao microscópio 
eletrônico em células que estão secretando 
ativamente são a abundância de mitocôndrias 
(eosinofílicas) e a invaginação circular 
profunda da membrana plasmática apical, 
formando um canalículo intracelular. 
Na célula em repouso, muitas estruturas 
tubulovesiculares podem ser observadas na 
região apical logo abaixo da membrana 
plasmática. Nesta fase a célula contém 
poucos microvilos. 
A atividade secretora de células parietais é 
estimulada por vários mecanismos, como o 
estímulo parassimpático (terminações 
nervosas colinérgicas), histamina e um 
polipeptídio denominado gastrina. Gastrina e 
histamina são potentes estimulantes da 
produção de ácido clorídrico, sendo ambos 
secretados pela mucosa gástrica. A gastrina 
também apresenta um efeito trófico na 
mucosa gástrica, estimulando o seu 
crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células zimogênicas (principais) 
Células zimogênicas predominam na região 
basal das glândulas gástricas e apresentam 
todas as características de células que 
sintetizam e exportam proteínas. Sua basofilia 
deve-se ao retículo endoplasmático granuloso 
abundante. Os grânulos em seu citoplasma 
contêm uma proenzima, o pepsinogênio. O 
pepsinogênio é rapidamente convertido na 
enzima proteolítica pepsina após ser 
secretado no ambiente ácido do estômago. 
Células enteroendócrinas 
Células enteroendócrinas são encontradas 
principalmente próximas da base das 
glândulas gástricas. 
PILORO (ANTRO PILÓRICO) 
 
O piloro contém fossetas gástricas profundas, 
nas quais as glândulas pilóricas tubulosas 
simples ou ramificadas se abrem. Comparada 
à região da cárdia, a região pilórica apresenta 
fossetas mais longas e glândulas mais curtas. 
Essas glândulas secretam muco, assim como 
quantidades apreciáveis da enzima lisozima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS CAMADAS DO ESTÔMAGO 
 
A submucosa é composta por tecido 
conjuntivo moderadamente denso que contém 
vasos sanguíneos e linfáticos; além das 
células em geral encontradas no tecido 
conjuntivo, está infiltrada por células linfoides 
e macrófagos. 
As camadas musculares são compostas por 
fibras musculares lisas orientadas em três 
direções principais. A camada externa é 
longitudinal, a média é circular e a interna é 
oblíqua. No piloro, a camada média encontra-
se muito mais espessa para formar o esfíncter 
pilórico. 
O estômago é inteiramente revestido por uma 
serosa, constituída de uma fina camada de 
tecido conjuntivo frouxo coberto por um liso e 
úmido epitélio simples pavimentoso.

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