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Semiologia do TGI

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SEMIOLOGIA GASTROINTESTINAL
SISTEMA DIGESTIVO
Alguns órgãos não são possíveis examinar, por
exemplo: esofago e pancreas, pois não se tem
acesso por exame físico, portanto, a anamnese
deve ser feita com muita atenção.
formado pela boca, esôfago, estômago, duodeno,
intestino delgado, grosso, anus, pâncreas, fígado e
vesícula biliar.
CAVIDADE BUCAL E ANEXOS
O paciente reclama principalmente de dor em
algum local e/ou halitose.
DOR: Problemas dentários (cáries, gengivites,
traumatismos)
HALITOSE: Expressão usada para definir odor
bucal desagradável
➢Geralmente o paciente não percebe e relata
que seus familiares/amigos/companheiro(a)
percebem.
➢ Bactérias gram - e anaeróbios produzem os
compostos sulfurados voláteis através da
fermentação e putrefação de substâncias
orgânicas odor desagrável.
➢ Preocupação com alterações do hálito é
constante em alguns pacientes e, muitas
vezes , uma verdadeira aflição, que os
deprime e isola . A queixa de halitose requer
exame cuidadoso, não apenas da cavidade
bucal , mas também dos sistemas respiratório
e digestivo, pele e mucosas .
Causas bucais 92%
➢Má higiene bucal – dentes/língua (saburra),
Doenças gengivais, periodontais ,
Hemorragia/necrose, Tabagismo
Causas Otorrino/Pulmonar 5%: rinite, amigdalite,
caseum, corpo estranho, adenoidite, sinusite,
laringite, neoplasias...
Causas Gastroenterológicas 2%: divertículo de
Zenker, neoplasia esofágica, megaesôfago,
doença do refluxo, hemorragia gastrointestinal
Causas Endocrinológicas 1%: diabetes,
insuficiência renal, doença hepática crônica
ANAMNESE
1. SEXO
2. IDADE
3. QUEIXA PRINCIPAL
4. COMORBIDADES
5. USO DE MEDICAÇÃO CONTÍNUA
6. CIRURGIAS PRÉVIAS
7. SINTOMAS ASSOCIADOS
8. HÁBITOS DE VIDA
EXAME FÍSICO
O médico coloca-se de frente, do lado direito ou
esquerdo do paciente. Lábios, bochechas,
assoalho da boca, palato duro e mole, língua,
dentes, úvula, amígdalas.
ESOFAGO
É um órgão que não consegue ser examinado no
exame físico, portanto a anamnese bem realizada
será de extrema importância, juntamente com os
exames complementares para complementação
diagnóstica. A história clínica e a análise dos
sintomas são tão importantes no reconhecimento
das doenças do esôfago que é possível
estabelecer o diagnóstico provável em cerca de
80% dos casos somente pela anamnese.
PRINCIPAIS QUEIXAS:
- DISFAGIA
- ODINOFAGIA
- PIROSE
- DOR
- REGURGITAÇÃO
- OUTROS: ERUCTAÇÃO, SOLUÇO,
SIALOSE, HEMATÊMESE.
DISFAGIA
Define-se disfagia como a dificuldade de à
deglutição. Pode ser chamada de:
➢ Disfagia orofaríngea, alta ou de transferência:
quando ocorre nas duas primeiras fases da
deglutição
➢ Disfagia esofágica, baixa ou de transporte:
quando ocorre na terceira fase da deglutição
➢ Disfagia lusória: malformação mais comum é
uma artéria subclávia direita que emerge da
aorta descendente, formando um anel
incompleto em volta do esôfago
DISFAGIA OROFARÍNGEA
É uma condição que envolve dificuldade real ou
percebida em formar ou mover o bolo alimentar de
maneira segura da cavidade oral para o esôfago.
Deve ser diferenciada do “globus faríngeo” que é a
sensação de bola na garganta sem a dificuldade
de deglutição.
- Pode ocorrer aspiração para árvore
traqueobrônquica, seguida de tosse ou
regurgitação nasal
DISFAGIA ESOFAGIANA
Paciente tem a sensação de parada do bolo
alimentar no esôfago, embora não possa localizar
o nível da obstrução. Pode ser devida tanto a uma
obstrução de natureza orgânica (mecânicas),
quanto motoras.
ANAMNESE - DISFAGIA
Tipo de Alimento Sólidos ou Líquidos?
➢ Disfagia só para sólidos obstrução mecânica
➢ Disfagia tanto para sólidos quanto para
líquidos alteração de motilidade esofagiana
Evolução? Progressiva?
Neoplasias/ Estenoses
Acalasia/ Megaesôfago
➢ Intermitente?
Espasmo esofagiano difuso
Comprometimento sistêmico?
➢ Emagrecimento? Sintomas associados?
➢ Pirose? - DRGE
➢ Dor torácica? – Distúrbios Motores
Hábitos de Vida: Tabagismo/ Etilismo
ODINOFAGIA
Dor que surge com a ingestão dos alimentos.
Pode ocorrer como um sintomas isolado, porém
geralmente está associado à disfagia.
Dor referida como urente (queima/arde), em
punhalada, constritiva ou espasmódica. A dor
urente representa um grau mais intenso da pirose
e é frequente na esofagite – exacerbada pela
ingestão de alimentos ácidos/condimentados.
Sintoma predominante na Monilíase do esôfago,
na esofagite actínica, na esofagite herpética e nas
ulcerações agudas (medicamentos)
PIROSE
Referida pelo paciente como Azia, queimor
Patognomônico de de doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE). Localização
retroesternal, sendo percebida ao nível do
apêndice xifoide, podendo propagar-se para região
epigástrica, para ambos os lados do tórax ou mais
comumente em direção ascendente. Ocorre quase
sempre após as refeições. Alimento como frituras,
álcool, café, chocolates, temperos – desencadeiam
– relaxamento do esfíncter esofágico inferior (EEI)
Causas: hérnia hiatal, hipotonia do EEI
DOR ESOFAGIANA
Pode ser confundida com dor de origem cardíaca –
atentar para história clínica, sintomas associados.
➢ Por exemplo: dor associado a pirose,
regurgitação, odinofagia pensar em causas
de origem gástricas.
➢ Dor associado a dispneia, aos esforços, sem
relação com alimentação --> pensar em
causas de origem cardíaca.
Distúrbios motores como – Esôfago em Quebra
Nozes contrações peristálticas de grande
amplitude ocasionando em dor.
REGURGITAÇÃO
Entende-se por regurgitação a volta do alimento ou
de secreções contidas no esôfago ou estômago à
cavidade bucal, sem a participação dos músculos
abdominais e sem náuseas associado.
Geralmente ocorre após as refeições.
Podem ser: MECÂNICAS ou MOTORAS
➢Mecânicas: Estenoses, neoplasias, divertículo
faringoesofágico (Zenker), obstrução da luz
esofagiana (carne)
➢Motores: Megaesôfago chagásico, Acalasia
Regurgitação de conteúdo gástrico – é favorecida
pela hipotonia do EEI, aumento da pressão
abdominal, mudanças posturais (inclinação do
tronco para frente, decúbito dorsal, a decúbito
lateral direito)
ERUCTAÇÕES
Não constitui sintoma próprio das doenças do
esôfago e ocorre, na maioria das vezes, em
consequência da ingestão de maior quantidade de
ar durante as refeições. No megaesôfago a
eructação pode ser considerada um sintoma
esofagiano.
➢O paciente deglute propositalmente maior
quantidade de ar durante as refeições com a
finalidade de auxiliar a passagem do alimento
para o estômago. O ar deglutido acumula-se
na parte superior do esôfago, impelindo o
alimento para baixo, como se fosse um
êmbolo de pressão. A seguir o ar é expelido
pela eructação.
SOLUÇO
Também não constitui um sintoma próprio de
doenças do esôfago e nem mesmo do aparelho
digestivo. O soluço é causado por contrações
clônicas do diafragma.
Causas:
➢ Doenças do SNC
➢ Irritação do nervo frênico ou do diafragma
➢ Doenças que comprometem o mediastino,
pleura, órgãos intra-abdominais
Como parte de doenças esofagianas:
➢ Hérnia Hiatal
➢Megaesôfago
SIALOSE
Também denominada como sialorréia, produção
excessiva de secreção salivar . Observada em
esofagopatias obstrutivas de modo em geral.
Através do reflexo esôfago-salivar de Roger, as
glândulas salivares são estimuladas a partir de
receptores situados na parede esofagiana.
HEMATÊMESE
Caracteriza a hemorragia digestiva alta. A causa
mais comum de origem esofagiana são as varizes
esofágicas.
➢Geralmente volumosas e de coloração
vermelho vivo, com instabilidade
hemodinâmica
Úlceras esofágicas, neoplasias também podem
causar pequenos sangramentos.
Divertículo faringoesofágico bem desenvolvido
pode-se tornar palpável na face lateral esquerda
do pescoço enquanto o paciente se alimenta.
Síndrome de Plummer-Vinson, ou síndrome de
Paterson-Kelly, caracteriza-se por disfagia,
deficiência de ferro e presença de membrana
esofágica.
➢ A disfagia associada à síndrome é tipicamente
intermitente e limitada aos alimentos sólidos.
Gânglio de Troisier-Virchow - gânglio localizado
na fosseta supraclavicular esquerda. Endurecida,
não dolorosa, aderida aos planos profundos. Se
acompanhadada queixa de disfagia – sugere
neoplasia esofágica ou neoplasia gástrica com
invasão esofágica.
SEMIOLOGIA ABDOMINAL
RELAÇÃO ÓRGÃOS E QUADRANTES
Condições necessárias para o exame:
➢ Ambiente apropriado com boa iluminação
➢ Tranquilidade e relaxamento do paciente
➢ Esvaziar a bexiga
➢ Paciente em decúbito dorsal com exposição
total do abdome (acima do apêndice xifóide
até a sínfise púbica), membros superiores
estendidos ao lado do corpo; cobrir a genitália
➢ Perguntar sobre pontos dolorosos ou
hipersensíveis antes do exame para ter
cuidado ao examinar
➢Mãos aquecidas e evitar movimentos bruscos
➢ Se necessitar maior relaxamento da parede
abdominal colocar travesseiro sob os joelhos
ou solicitar ao paciente que flexione os
joelhos; distraia o paciente com conversas ou
perguntas
➢ SEQUÊNCIA
INSPEÇÃO
1. Estática:
➢ Alterações de formas
➢ Pele e anexos
➢ Dilatações venosas
➢ Abaulamentos, retrações, cicatrizes
2. Dinâmica:
➢ Tipo respiratório
➢Movimentos peristálticos
➢ Pulsações
➢ Hérnias
TIPOS DE ABDOME
● PLANO: NORMAL
● ESCAVADO: MUITO MAGRO OU COM
PERDA PONDERAL SIGNIFICATIVA
GLOBOSO: AUMENTADO DE FORMA
UNIFORME, CAUSAS: OBESIDADE, ASCITE,
GRAVIDEZ
BATRÁQUIO: CAUSAS : ASCITE DE LONGA
DURAÇÃO
● PENDULAR OU ‘’EM AVENTAL’’: PORÇÃO
INFERIOR DO ABDOME PROTUSA,
CAUSA: OBESIDADE DE LONGA DATA
PELE:
➢ Pilificação pacientes cirróticos homens
apresentam rarefação
➢ Cicatrizes
➢ Equimoses/hematomas: Grey Turner, Cullen
➢ Circulação Colateral
➢ Leões de pele (Herpes Zoster)
➢ Fístulas
➢ Nódulos
CICATRIZES
Equimoses/hematomas
Grey Turner - equimose em flancos
Sinal Cullen - equimose
periumbilical de coloração azul-preta
Sinal de Fox: equimose em região
inguinal e base do pênis
➢ Hemorragia retroperitoneal
➢ Causas: Pancreatite aguda
necro-hemorrágica ou Ruptura gravidez
ectópica
Circulação Colateral: A presença de
vascularização visível em parede
abdominal indica obstáculo na circulação
venosa profunda.
– Circulação colateral do tipo portal corresponde
ao tipo mais comum, e acontece pelo obstáculo do
fluxo venoso em direção ao fígado. Geralmente é
perceptível por meio da característica de “cabeça
de medusa”, quando estão dilatadas próximas ao
umbigo.
– Circulação colateral tipo cava
inferior observa-se ectasia venosa em andar
inferior de abdome e regiões laterais, sentido da
corrente é ascendente.
➢Ocorre quando há trombose de cava inferior.
– Circulação colateral tipo cava superior
observam-se ectasias de vasos em andar superior
de abdome, sendo o sentido da corrente,
descendente.
➢ Leões de pele: Herpes Zoster, Urticária,
Escabiose
FÍSTULAS: DOENÇA DE CROHN
ABAULAMENTOS:
➢ Hérnias de parede abdominal: É quando por
uma falha da parede abdominal algum
conteúdo intra-abdominal se projeta através
desse orifício ou defeito para um espaço não
apropriado.
➢ Hérnias de parede abdominal
➢ Classificação:
1. Redutíveis: projetam através do orifício e
retornam ao local de origem dentro do
abdome.
2. Irredutíveis: àquelas que não retornam ao
local de origem anatômica podendo se
tornarem estranguladas ou encarceradas.
➢Manobra de Valsalva: expiração forçada com a
boca e o nariz fechados, ocasionando em
aumento da pressão abdominal e
aparecimento do abaulamento (hérnia)
➢ Nódulos: Lipomas: tumores cutâneos benignos
compostos por células de gordura maduras
NÓDULO DE IRMÃ MARY-JOSEPH: Nódulo
palpável na região periumbilical, com origem em
tumores metastáticos avançados
intra-abdominais ou intra-pélvicos. Pode ser o
primeiro sinal de neoplasia e indica doença
avançada, bem como, mau prognóstico.
INSPEÇÃO DINÂMICA:
PERISTALTISMO VISÍVEL
CONDIÇÕES NORMAIS: não é observado no
abdome, exceto movimentos de alças de delgado
em indivíduos muito magros e em idosos com
musculatura abdominal flácida e abdome retraído.
CONDIÇÕES PATOLÓGICAS - obstrução orgânica
do TGI.
➢ Definir o local onde se observa o movimento
peristáltico
➢O sentido do movimento
➢ A Frequência (no de movimentos/min)
➢ A observação de peristaltismo visível tem
grande importância diagnóstica, indicando a
existência de obstáculo ao trânsito intestinal; a
peristalse sempre se processa no sentido do
iso peristaltismo, servindo para identificar o
segmento intestinal sede das contrações,
indicando assim, a localização do obstáculo,
ponto onde morrem as ondas peristálticas.
INSPEÇÃO DINÂMICA:
CONDIÇÕES PATOLÓGICAS - obstrução orgânica
do TGI. Peristaltismo visível em estômago indica a
existência de obstáculo em piloro ou em 1ª porção
do duodeno.
➢ Neoplasias, úlceras gástricas ou duodenais
estenosantes
Peristaltismo visível intestino delgado, -> Ondas
de Kussmaul, caracterizado por movimentos
rotatórios, acompanhados de fortes ruídos
intestinais, denominados de borborigmos.
➢ Neoplasias, compressões extrínsecas,
aderência, hérnias encarceradas, doença de
Chron.
INSPEÇÃO DINÂMICA:
CONDIÇÕES PATOLÓGICAS - obstrução orgânica
do TGI. Peristaltismo visível do intestino grosso,
quando visível, é constituído por ondas lentas,
sendo mais evidente o peristaltismo do cólon
transverso, os sintomas associados são parada de
eliminação de fezes e gases.
➢ Causas: megacólon e câncer de cólon.
➢ SÍNDROME DE KOENIG OU TUMOR
FANTASMA - ONDAS DE KUSSMAUL.
➢ AUSCULTA
Deve ser realizada ANTES da percussão e da
palpação devido a essas duas etapas estimularem
o peristaltismo. Os ruídos audíveis originados no
tubo gastrointestinal recebem a denominação
genérica de hidroaéreos e são produzidos pelo
movimento de gases em contato com o conteúdo
liquido;
Utilizando-se do estetoscópio, auscultando-se os
quatro quadrantes do abdome, especialmente a
área central, durante dois a três minutos, com a
finalidade de identificar timbre, frequência e
intensidade dos movimentos hidroaéreos, além de
procurar identificar a existência de sopros.
5 a 34 RHA/min
Patológicos:
Aumentado
➢ Diarreias, obstruções, hemorragias digestivas
Reduzido:
➢ Íleo
paralítico
Sopros:
➢ Aneurisma de aorta, pode ser audível, em
linha mediana do abdome.
➢ Sopro hepático em área de projeção do fígado
➢ Sopro esplênico pode ser audível em
hipocôndrio esquerdo, entre as linhas
hemiclavicular e axilar, anterior esquerdas,
ocorrendo em pacientes com malária,
leucemia ou tumores esplênicos.
➢ Auscultar artérias renais (paramediana
supraumbilical, bilateralmente), ilíacas
(paramediana infraumbilical, bilateralmente),
femorais (região inguinal).
PERCUSSÃO
A percussão deve ser suave, apoia-se o dedo
indicador e médio da mão esquerda sobre a
parede abdominal, percutindo com a mão direita. O
ruído fisiológico é o timpanismo. Pode-se identificar
quatro tipos de sons:
➢ TIMPÂNICO,
➢ HIPERTIMPÂNICO,
➢ SUBMACIÇO
➢MACIÇO. A percussão sobre uma área sólida
revela o som maciço; é o típico som obtido ao
se percutir a região hepática.
Percutir todos os quadrantes
Sinal de Jobert: A presença de timpanismo na
região da linha hemiclavicular direita, onde
normalmente se encontra macicez hepática,
caracteriza pneumoperitônio.
Espaço de Traube: Espaço de forma semilunar do
9º ao 11º espaços intercostais, tendo como limites:
gradeado costal, baço, pâncreas, colón, rim e
estômago. Quando percutido e em condições
normais, espera-se encontrar o som timpânico
(Bolha gástrica). Quando percutido e som maciço,
esplenomegalia
HEPATIMETRIA:
➢ Paciente em decúbito dorsal e o examinador à
direita
➢ Primeiramente delimita-se o limite superior do
fígado: por meio da percussão dos espaços
intercostais ao longo da linha hemiclavicular à
direita, identifica-se o som submaciço que
corresponderá a musculatura diafragmática
sobre a cúpula do fígado
➢ Em seguida para a delimitação do limite
inferior do fígado: deve ser feita a percussão
do abdome ao longo da projeção da linha
hemiclavicular direita do QID ao QSD,
identifica-se o som maciço este corresponderá
a borda inferior do fígado.
➢ Faz-se então a medida dos dois pontos
ASCITE:
● Sinal do piparote: posiciona-se uma das
mãos em um dos flancos, no lado oposto
posicionar a ponta do dedo médio, dobrado,
apoiado etensionado contra o polegar,
disparar contra o flanco contralateral; o
abalo irá produzir uma onda de choque que
será transmitido no líquido ascítico, sendo
percebido pela palma da mão no flanco
oposto. Se houver grande adiposidade ou
edema de parede abdominal, solicita-se
que um assistente posicione a borda cubital
da mão na linha mediana do abdome, com
ligeira pressão, interceptando as ondas
transmitidas pela parede, sem impedir a
onda de choque do líquido ascítico.
Semicírculo de Skoda: com o paciente em decúbito
dorsal, deve-se percutir todo o abdome.
Na presença de ascite o líquido pela ação da
gravidade se concentra na periferia do abdômen
(flancos e andar inferior), gerando macicez nessa
região. Na região mesogástrica, haverá maior
concentração de alças intestinais e pouco líquido,
configurando região de timpanismo.
Macicez móvel – colocar paciente em decúbito
lateral e escutar som maciço na região mais
inferior da barriga (líquido desce)
● Sinal de Giordano: Percute-se este sinal
por meio de golpes leves na região lombar
(dorsal) do paciente sentado. Os golpes
serão concentrados na região da loja renal.
O desencadeamento de dor por este tipo de
percussão sugere afecções inflamatórias
retroperitoniais (refletindo dor renal ou
uretérica).
SUPERFICIAL: feita de forma mais delicada onde
de procura alterações na parede abdominal,
sensibilidade.
PROFUNDA: feita de maneira mais profunda, com
mais força, para pesquisar possíveis alterações
nos órgãos abdominais, tumores
➢ Deixar o local da dor referida pelo paciente por
último.
Palpação órgãos:
FÍGADO:
Método de Mathieu: tenta agarrar com os dedos
fletidos das duas mãos (em paralelo, formando um
a garra) a borda anterior do fígado durante a
inspiração profunda, com se estivesse procurando
o fígado a baixo das costelas (no hipocôndrio
direito)
Método de Lemos Torres: com a mão esquerda
espalmada sobre a região lombar direita (no dorso)
do paciente , o examinador tenta evidenciar (com
esta mão) o fígado para frente e, com a mão direita
espalmada sobre a parede anterior do abdome,
tenta palpar a borda hepática anterior, durante a
inspiração profunda, com as falanges distais dos
dedos indica dor e médio ou em forma de gancho
com o polegar e indicador.
Palpação do estômago: avalia- se apenas na
região epigástrica, com movimentos telegrafados
acima da cicatriz umbilical.
Palpação da vesícula biliar: a vesícula biliar em
condições normais não é palpável. Entretanto , é
possível percebê-la, quando for sede carcinoma ou
estiver distendida em consequência de colecistite
ou obstrução biliar por carcinoma pancreático.
➢ A sensibilidade da vesícula deve ser avaliada
por meio do sinal de Murphy no ponto cístico.
Palpação do intestino: segue- se a moldura do
intestino, da fossa ilíaca direita à fossa ilíaca
esquerda a procura de nodulações ou fecalomas .
Palpação da bexiga: acima da sínfise púbica
BAÇO: Normalmente, não é um órgão palpável. O
baço é palpável quando atinge duas ou três vezes
o seu tamanho normal. Esplenomegalia reflete em
abaulamento do flanco esquerdo.
- Pesquisa dos sinais nos pontos dolorosos:
1. Sinal de Murphy: O examinador toca o
fundo da vesícula no ponto cístico (QSD) e
solicita a inspiração forçada do paciente. O
sinal de Murphy é positivo se o paciente
reagir com uma contratura de defesa e
interrupção da inspiração. Sugere
colecistite aguda
2. Sinal de Blumberg: Dor que ocorre a
compressão e piora a descompressão
brusca da parede abdominal. Essa
manobra pode ser aplicada em qualquer
região da parece abdominal, e seu
significado é sempre peritonite (Peritonite
Generalizada);
3. Sinal de McBurney: Aplica-se com os dedos
uma compressão lenta e profunda no ponto
médio entre a cicatriz umbilical e crista
ilíaca direita para, então, subitamente
suspender a mão, soltando a parede do
abdome ( Apendicite);
4. Sinal de Rovsing: Palpação profunda e
contínua do quadrante inferior esquerdo
que produz dor intensa no quadrante
inferior direito (Apendicite);
ESTÔMAGO
Ocupa o Epigástrio e Hipocôndrio Esquerdo.
É dotado de dois orifícios:
● O cárdia, que corresponde a
desembocadura do esôfago
● O Piloro que corresponde a comunicação
com o duodeno
É dividido em 3 partes: Fundo; Corpo; Antro
O fundo e o corpo gástricos possuem
glândulas com diferentes tipos celulares:
1) células mucosas,
2) células parietais,
3) células principais,
4) células endócrinas.
O antro gástrico possui glândulas com células
mucosas e células G produtoras de Gastrina .
ANAMNESE:
Em gastroenterologia, a anamnese, fornece muito
mais que o exame físico, os elementos decisivos
para o diagnóstico.
Sintomas frequentes relatados:
- Dor
- Náuseas e vômitos
- Dispepsia
- Pirose
DOR: Sintoma mais frequente. A dor visceral pura
do estômago é percebida na linha mediada do
epigástrio, pouco centímetros abaixo do apêndice
xifóide. Dor sentida pela maioria dos indivíduos
portadores de úlcera péptica
Características da dor: ILITIADA
→ Início, localização, intensidade, tipo, irradiação,
duração, alívio ou agravo
Causas: Úlceras péptica, Gastritis aguda e
Câncer gástrico. Além disso, doenças inflamatórias
ou neoplasias que afetam a serosa do estômago
determinam a dor contínua e intensa na parte alta
do abdome.
Alívio da dor após ingestão de alimentos, no caso
da úlcera péptica e particularmente úlcera
duodenal.
NÁUSEAS E VÔMITOS: Frequentemente associados
a dor, sem denotar obstrução pilórica. Portanto, o
vômito consiste em suco gástrico puro ou com
pequena quantidade de bile e alimentos ingeridos
recentemente.
● Vômitos contendo grande quantidade de
alimentos ingeridos há várias horas
- Estase gástrica
- Presença de grande quantidade de bile
- Obstrução intestinal alta
- Presença de hematêmese as causas mais
comuns
- Úlcera péptica
- Varizes esofágicas/ gástricas
- Síndrome de Mallory-Weiss
- Neoplasia
- Ectasia vascular antral gástrica
DISPEPSIA FUNCIONAL: Variedade de sintomas
referidos na parte superior do abdome. De acordo
com ROMA IV: condição clínica caracterizada por
um ou mais sintomas:
- Sem evidência de alterações orgânicas
(estruturais) que justifiquem os sintomas.
- Subclassificação: Síndrome do desconforto
pós prandial e Síndrome da dor epigástrica
PIROSE: Sensação de queimação retroesternal. É a
expressão da inflamação ou irritação da mucosa
esofagiana causada pelo refluxo gastroesofágico.
EXAME FÍSICO
PALPAÇÃO:
➢ SUPERFICIAL
Tensão da parede, sensibilidade
➢ PROFUNDA
Identificar estruturas ou anomalias. Se tiver massa,
descrever: forma, dimensões, consistência,
sensibilidade, mobilidade, aderência à planos
profundos e dor
INTESTINO DELGADO
● Dividido em Duodeno, Jejuno e Íleo.
● Tem 5-6 cm
● Localizado no mesogástrio
ANAMNESE
SINAIS E SINTOMAS: Diarreia, esteatorreia, dor
abdominal, distensão abdominal, flatulência,
hemorragia digestiva, febre, perda de peso,
anemia, edema, manifestações carenciais e de
insuficiência endócrina.
DIARREIA: É o sintoma mais comum nas doenças
do intestino delgado.
Definida: Alteração no hábito intestinal
ocasionando:
● Aumento da frequência evacuatória
● Aumento do volume das evacuações
● Diminuição da consistência das fezes
CLASSIFICAÇÃO DA DIARREIA
TIPOS
É IMPORTANTE AVALIAR:
- Duração (aguda? crônica?)
- Frequência (quantos episódios ao dia)
- Características das fezes (pastosa?
líquida?)
- Sintomas associados (dor? Flatulência?
Náuseas? Vômitos?)
- Uso de medicações (ATB? AINES? IBP?)
- Associado a algum alimento? (lactose?
Glúten?)
- Sangue? Muco? Pus?
Caracterização dos sintomas:
Diarreia de origem do Intestino Delgado:
● Aquosa, de grande volume, associada a
cólica periumbilical e distensão abdominal
● Explosivas (grande eliminação de gases)
● Restos alimentares
● Esteatorreia
Diarreia de origem do Intestino Grosso:
● Menor volume e associada a cólicas
intestinais
● Maior frequência
● Febre
● Fezes sanguinolentas ou mucoides são
comuns
ESTEATORRÉIA: Aumento da quantidade de
gorduras excretadas nas fezes, as quais se tornam
volumosas, amareladasou acinzentadas, fétidas, e
algumas vezes espumosas.
MÁ ABSORÇÃO → A fezes passam a ser volumosas,
brilhantes ou lustrosas, com certo clareamento,
flutuam no vaso
DOR ABDOMINAL: É um sintoma comum.
TIPO CÓLICA: Ocorre pela distensão intestinal.
Alivia com posição antálgica ou aplicação de calor.
Presença de ruídos hidroaéreos
TIPO PESO: Processos inflamatórios ou
isquêmicos ou congestivos
TIPO QUEIMAÇÃO OU PONTADA: Relacionada a
processos inflamatórios que atingem o peritônio
visceral
Localização:
- Imprecisa/ região periumbilical -
relacionadas jejuno e íleo
- Abaixo da cicatriz umbilical - relacionadas
ao íleo distal
- Fossa ilíaca direita - relacionam ao íleo
terminal
ANAMNESE
- Quando começou?
- Como começou?
- Qual o tipo/ característica? (distensão,
queimação, torção, pressão, peso, cólica)
- Qual a duração?
- Qual a frequência?
- Qual a localização da dor?
- Importante pedir ao paciente que aponte o
local da dor
- Existem fatores atenuantes e/ ou
agravantes da dor?
- Posição antálgica, relação com
alimentação, medicação
- Existem sintomas associados? Febre,
sangramento, anemia, desidratação,
emagrecimento, diarreia
- Como evoluiu?
- Como está nesse momento?
SÍNDROME DE MÁ-ABSORÇÃO:
1. DOENÇA CELÍACA: Doença crônica difusa
da mucosa do intestino delgado
Manifestações: dor abdominal, distensão,
flatulência, diarréia, constipação, anemia,
deficiências carenciais (Vit B12 Vit D), dermatite
herpetiforme glossite
2. SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO DO
INTESTINO DELGADO (SIBO):
Proliferação excessiva de bactérias no ID
Manifestações: dor abdominal, distensão,
flatulência, diarreia, deficiências carenciais (Vit B12
Vit D)
FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS.
FÍGADO → Hipocôndrio
Direito/epigástrio/hipocôndrio esquerdo
EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO:
- Tipo de abdome
Globoso, escavado, avental, batráquio, Plano
- Abaulamentos
- Pele e anexos
- Dilatações venosas – aranhas vasculares,
telangiectasias
- Peristaltismo
- Pulsações
- Hérnias
- Cicatrizes
AUSCULTA
- sopros
- RHA
PERCUSSÃO
- Maciço
- Sinal de Jobert: A presença de timpanismo
na região da LHC direita onde normalmente
se encontra macicez hepática, caracteriza
pneumoperitônio.
- Hepatimetria
- Sinal de Torres-Homem
- Abscesso hepático
PALPAÇÃO
Método de Mathieu
Método de Lemos Torres
ANAMNESE/ EXAME CLÍNICO
DOR FÍGADO: Localiza-se no QSD do abdome e
apresenta diferentes características.
Abscesso hepático: muito intensa , localização
restrita, correspondendo à área de projeção do
abscesso.
Sinal de Torres-Homem – percussão dolorosa
Parênquima Hepático: Não tem sensibilidade,
porém a cápsula de Glisson, quando distendida
abruptamente, ocasiona em dor contínua
localizada no HCD e epigástrio, sem irradiação e
com piora a palpação.
Causas: - congestão do fígado – ICC (denominada
hepatomegalia dolorosa)
- hepatite aguda viral
- hepatite alcoólica
DOR VIAS BILIARES:
Apresenta-se de duas maneiras:
1. CÓLICA BILIAR:
Cólica de início súbito, de grande intensidade,
localizada no HCD, com várias horas de duração.
Em geral o paciente fica inquieto, nauseado,
podendo apresentar vômitos.
Causa: Colelitíase
O aparecimento de Icterícia após episódio de
cólica biliar sugere a passagem do cálculo para o
colédoco.
2. COLECISTITE AGUDA: Dor é contínua,
localizada em HCD, para irradiar-se para
ângulo da escápula ou para ombro direito –
via nervo frênico
- Sinal de Murphy
ICTERÍCIA: É uma síndrome caracterizada pela
elevação da Bilirrubina no soro em níveis
superiores a 2mg/100ml. Coloração amarelada das
escleras, mucosas, pele e líquidos orgânicos
(pleura, ascítico, lágrimas, cérebro-espinhal, urina,
esperma, suor e sinovial).
➢ Bilirrubina conjugada (direta)–
hidrossolúvel, penetrando facilmente no
tecido conjuntivo.
➢ Bilirrubina não-conjugada (indireta)–
lipossolúvel, tem afinidade pelo tecido
nervoso – Kernicterius no RN.
NÃO CONJUGADA (INDIRETA)– 4 mecanismos:
1) Produção excessiva de bilirrubina: (Hemólise /
Alteração de eritropoiese)
2) Defeito no transporte – pigmento não pode ser
transportado (RN/medicamentos)
3) Defeito na captação – já a nível do hepatócito,
quando há incapacidade de captar e fixar a
bilirrubina (RN/medicamentos)
4) Defeito na conjugação – quando há defeito ou
ausência de enzimas que promovam a conjugação
(icterícia fisiológica do RN, Síndrome de Gilbert,
Síndrome Crigler-Najjar, Síndrome de
Lucey-Driscoll)
Em todas estas situações a bilirrubina não
podendo ser completamente conjugada, ocorre no
plasma um nítido predomínio da fração indireta
sobre a direta. Raramente ultrapassa 5mg/100ml
Icterícia não é acentuada – percebida em geral
apenas nas escleras
Não tem cóluria associado – por ser uma fração
insolúvel – não é filtrada pelos rins
CONJUGADA: Causas mais frequentes de icterícia
Mecanismo básico é a deficiência na excreção de
bilirrubina direta seja de origem intra ou
extra-hepática.
INTRA-HEPÁTICA:
- CANALICULAR (colestase): Medicamentos,
cirrose biliar primária, Colangite
esclerosante, Colangiocarcinoma
- HEPATOCELULAR: Congênito – Síndrome
Rotor, Síndrome Dubin-Johnson; Adquirida
– Hepatites, álcool
Qualquer que seja a causa, a icterícia pode atingir
níveis bastantes elevados e muitas vezes de
evolução progressiva.
Predomínio da fração DIRETA
- Colúria (hidrossolúvel)
- Impregnação evidente nos tecidos
Durante o exame clínico fica difícil avaliar se a
icterícia é as custas de INDIRETA ou DIRETA.
Porém há um método prático, à beira leito, que
pode distinguir os dois tipos. Exame da espuma da
urina. Somente a bilirrubina conjudada (direta) é
filtrada pelos rins e portanto confere coloração
amarelada à espuma.
Toda icterícia pode ser observada nas escleras.
SINAIS NO EXAME FÍSICO QUE SUGEREM
HEPATOPATIAS
Aranhas Vasculares: São formações arteriolares
que aparecem na região superior do corpo – face,
pescoço, terço superior do tórax, braços e mãos.
Comprimindo-se no centro com a ponta do dedo e
retirando-o rapidamente, observa-se o
desaparecimento momentâneo. São comuns na
cirrose hepática, e o aumento progressivo sugere
deterioração hepática.
Circulação colateral do tipo portal corresponde ao
tipo mais comum, e acontece pelo obstáculo do
fluxo venoso em direção ao fígado. Geralmente é
perceptível por meio da característica de “cabeça
de medusa”, quando estão dilatadas próximas ao
umbigo.
ERITEMA PALMAR: Conjunto de pequenas
manchas vermelhas, formando uma coloração
vinhosa nas eminências tenar ou hipotenar, ou em
ambas. Pode ser encontrado na planta dos pés
Dedos em baqueta de tambor: Também chamado
de hipocratismo digital. Suas extremidades distais
apresentam-se arredondadas, com um diâmetro
maior do que o resto do dedo. O leito ungueal
modifica-se provocando um grande abaulamento
da unhas, cuja a superfície torna-se convexa
Contratura de Dupuytren: Espessamento fibrótico
da fáscia palmar e digital da mão. Etilistas, Porém
pacientes diabéticos também podem apresentar.
Distribuição de pelos:
- Nos homens – os pelos pubianos adquirem
forma ginecoide
- Nas mulheres – tendem a desaparecer
- Os pelos axilares em ambos os sexos
tornam-se escassos.
Aumento das Parótidas:
Ginecomastia: Geralmente dolorosa, aparece no
homem uni ou bilateral
Atrofia testicular:
Encefalopatia Hepática: É um distúrbio funcional
do sistema nervoso central (SNC) associado à
insuficiência hepática, de fisiopatologia multifatorial
e complexa. Caracteriza-se por distúrbios da
atenção, alterações do sono e distúrbios motores
que progridem desde simples letargia a estupor ou
coma
Ascite:
- Sinal do piparote
Macicez Móvel
1. Leve: Detectável apenas por exame de Imagem
- USG
2. Moderada: Abdome distendido.
- Abdome de batráquio: Líquido nos flancos
no decúbito dorsal.
- Abdome em avental: Líquido na pelve e
musculatura sobre região crural na posição
supina
3. Acentuada: abdome distendido, tenso, pele
brilhosa
SINAIS/SINTOMAS QUE SUGEREM PATOLOGIAS NA
VESÍCULA
EXAME FÍSICO DA VESÍCULA BILIAR: A vesícula
normal é impalpável e somente se torna palpável
quando obstruída e distendida pelabile
INSPEÇÃO
- Abaulamentos
- Cicatriz (colecistectomia - Kocher)
PALPAÇÃO
- Sinal de Murphy
- Lei de Courvoisier-Terrie
- Vesícula palpável em paciente ictérico
(massa palpável, indolor em HCD)
- Neoplasias
COLANGITE
● TRÍADE DE CHARCOT: FEBRE COM
CALAFRIOS, ICTERÍCIA E DOR
ABDOMINAL
● PÊNTADE DE REYNOLDS: FEBRE COM
CALAFRIOS, ICTERÍCIA, DOR
ABDOMINAL, HIPOTENSÃO, ALTERAÇÃO
DO ESTADO MENTAL.
PÂNCREAS
ANAMNESE:
O pâncreas é de difícil acesso no exame físico.
- Dor é um sintoma frequente
Pancreatite aguda: + frequente em mulheres.
Pancreatite crônica: + frequente em homens.
Verificar uso de bebidas alcoólicas.
SINAIS E SINTOMAS: DOR
➢ Localização + comum: regiões epigástrica e
do hipocôndrio esquerdo.
➢ É comum ela irradiar para o dorso e piorar
com a alimentação.
➢ Fatores de melhora comuns: paciente se
inclinar para a frente ou comprimir o tórax
com os joelhos.
➢ Câncer de pâncreas: a dor não é intensa na
fase inicial, mas maioria relata dor
abdominal
NÁUSEAS E VÔMITOS: Ocorrem em maioria dos
casos inflamatórios do pâncreas. O vômito pode
levar a desequilíbrio hidroeletrolítico. Geralmente
acompanham o quadro de dor.
DIARREIA:
Insuficiência pancreática: fezes volumosas,
pastosas, brilhantes, de odor rançoso e coloração
pálida.
Esteatorreia: 70% da glândula destruída; perda de
gordura pela fezes devido à deficiência da lipase
responsável por sua digestão.
Creatorreia: perda de proteínas nas fezes ⇾
deficiência das enzimas proteolíticas.
EXAME FÍSICO: O pâncreas é muito difícil de ser
palpado no exame físico. Pode ser palpado em
neoplasias e cistos com tamanho grande. Procurar
sinais de Cullen, Grey-Turner, Fox: formas agudas
graves
SINAIS E SINTOMAS QUE SUGEREM
PATOLOGIAS NO PÂNCREAS: Resultado de
qualquer das afecções pancreáticas que cursam
de forma crônica. Instalação de modo gradual.
- Sinais e sintomas: dor, perda de peso,
icterícia, má absorção e diabetes.
- Dor moderada, que pode agravar;
localizada no epigástrio, hipocôndrio direito
ou esquerdo, região lateral do tórax e
irradia-se para a face posterior do tronco,
região interescapular, lombar e escapular.
- A dor tem início insidioso, de 12 a 48 horas
após excesso alimentar ou de bebida
alcoólica, dura vários dias.
PANCREATITE AGUDA: Processo inflamatório
agudo de etiologia variada.
- Principal causa: colelitíase.
- Dor abdominal de intensidade variável, que
pode levar à instalação de quadro de
choque na região epigástrica e no
hipocôndrio esquerdo, com irradiação para
o dorso.
- Dor continua que pode durar horas e até
dias.
- Sintomas comuns: náuseas e vômitos;
parada de eliminação de gases com
distensão abdominal (íleo paralitico ou
adinâmico).
- Exame físico: fácies de sofrimento,
hipotensão, taquicardia, sudorese e palidez
cutaneomucosa.
PANCREATITE CRÔNICA: Processo inflamatório
crônico caracterizado pela persistência e evolução
das lesões, culminando com a insuficiência
endócrina. Principal causa: etanol.
2 formas clínicas:
1. PANCREATITE CRÔNICA CALCIFICANTE:
no estágio final ⇾ calcificação da glândula.
2. PANCREATITE CRÔNICA OBSTRUTIVA:
obstrução dos canais pancreático seguida
de processo inflamatório.
- Causas da obstrução: neoplasia, estenose
ou traumatismo abdominal.
- Sintomas: dor, emagrecimento e icterícia.
- Dor: pode apresentar-se e crises com
episódios de pancreatite aguda ou ser
discreta; localizada na região epigástrica
com irradiação para o hipocôndrio, para o
flanco esquerdo e região lombar
CÓLON, RETO E ANUS.
CÓLON: Apresentam um comprimento médio de
120cm e compreendem 5 partes
1. Ceco
2. Cólon ascendente
3. Cólon transverso
4. Cólon descendente
5. Cólon sigmóide
CECO: Está sitiado na FID, apoiado no assoalho
osteomuscular da região, logo acima do ligamento
inguinal e é inteiramente revestido por peritônio. É
um órgão bastante móvel, deslocando sua posição
com facilidade.
- Face inferior do fígado
- Cavidade pélvica
- Localização ectópica – FIE
- Tal mobilidade propicia o aparecimento com
certa frequência e volvo de ceco – rotação
sobre seu próprio eixo.
- Seu diâmetro é de 6 a 7 cm, ou menos.
- Válvula íleo cecal – duas funções
1. livre passagem da matéria do ID para IG
2. Impede o refluxo cecoileal
CÓLON ASCENDENTE: Estende-se desde o ceco
até a face inferior do fígado, onde forma a
extremidade direita do cólon transverso o ângulo
hepático do cólon. Quase não apresenta
mobilidade
FLANCO DIREITO
CÓLON DESCENDENTE: Forma com a
extremidade esquerda do cólon transverso o
ângulo esplênico do cólon, que é fixado ao baço
pelo ligamento esplenocólico. Do ângulo esplênico
se estende até o cólon sigmoide. Quase não
apresenta mobilidade
FLANCO ESQUERDO
CÓLON TRANSVERSO: Estende-se entre as
extremidades superiores dos cólons ascendente e
descendente, com as quais forma dois ângulos
(ângulo hepático e ângulo esplênico)
Tem a forma de um tubo irregular, com dimensões
extremamente varáveis com 50 a 60 cm de
comprimento e calibre menor que os cólons
ascendente e descendente.
HIPOCÔNDRIO DIREITO, EPIGÁSTRIO, HIPOCÔNDRIO
ESQUERDO
➔ ângulo hepático – ligamentos hepatocólico
e cisticocólico
➔ ângulo esplênico – ligamento frenocólico
➔ O ângulo esplênico está situado em
posição superior do ângulo hepático
CÓLON SIGMÓIDE: Está situado quase na
cavidade pélvica, estendendo-se do término do
cólon descendente ao início do reto. Seu
comprimento é variável 30-50cm, calibre
aproxima-se aos dos cólon descendente a
ascendente. Móvel, facilmente deslocável de sua
posição por outras vísceras quando distendidas ou
aumentadas de volume, como a bexiga e o útero.
QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO
RETO E ANUS: Em virtude de sua localização e de
suas características anatômicas, estes segmentos
do intestino grosso devem ser estudados em
conjunto. Estendem-se desde o cólon sigmoide até
o orifício externo do canal anal. Com extensão
média de 17 a 19 cm. O Reto apresenta sua parte
interna disposta em 3 níveis diferentes
As válvulas de Houston – participação na
continência fecal e divide o reto em 3 partes
- Inferior, médio e superior
O reto é um órgão elástico, apresentando grande
capacidade reservatória atingindo em condições
experimentais 400 a 500 ml. O canal anal
corresponde aos últimos 3 a 5cm do segmento
intestinal
LEMBRANDO A FISIOLOGIA: A cada 24 horas
penetram no ceco cercam de 500ml de suco
entérico, advindos do ID. Este suco percorre todo o
IG e é eliminado pelo canal anal sob forma de
fezes, com peso em torno de 150g – 70% é água.
O cólon absorve de 300 a 400 ml de água por dia.
Progressivamente, à medida que a massa fecal se
aproxima da parte terminal vai adquirindo um
aspecto mais sólido pela diminuição da água e
pela ação das bactérias.
Tempo de trânsito colônico é, em média, 18 a 24
horas. A movimentação do conteúdo do cólon se
da através das ondas peristálticas – chamadas de
ondas em massa – ceco-ânus.
Contrações anulares – haustrais – misturam o
conteúdo
ATO EVACUATÓRIO:
2 fases: INVOLUNTÁRIA E A VOLUNTÁRIA
1. FASE INVOLUNTÁRIA: Funciona
independente da nossa vontade.
2. FASE VOLUNTÁRIA: Nós que decidimos
EXAME FÍSICO
DOR: Sintoma mais comum. Primeiro lugar definir
se a dor é abdominal ou perineal
Dor perineal: Mais fácil de ser avaliada, devido a
facilidade no exame físico. Maioria das vezes é
originada de lesões agudas, como: Trombose
hemorroidária, Abscessos e Fissuras
Tipo de dor especial:
TENESMO: Sensação de dor no reto e no períneo
acompanhada pelo desejo imperioso de defecar.
O paciente sente um dor intensa, espasmódica e
tem a impressão que a defecção será abundante,
mas elimina apenas pequena quantidade de fezes
ou muco. Ocorre nas afecções do reto –
especialmente nos processos inflamatórios
agudos.
Dor abdominal: Traz maior dificuldade na
interpretação, em vista do grande número de
vísceras e órgãos localizados no abdome. Por isso
a ANAMNESE cuidadosa será importante.
Pode ser aguda – instalação súbita
Pode ser crônica – persistindo por dias, semanas,
meses.
Para facilitar o raciocínio diagnóstico, pode-se
esquematizar a dor abdominal originadado IG da
seguinte maneira:
- Dor difusa
- Dor no QSD
- Dor no QID
- Dor no QSE
- Dor no QIE
DOR DIFUSA:Paciente relata dor por todo
abdome. Não consegue apontar um lugar
específico. Porém por vezes, ele pode apontar um
lugar específico, correspondendo o local que
iniciou. Exemplos: Peritonite – dor difusa
A localização inicial depende da lesão que originou
o comprometimento do peritônio. Perfuração do
sigmóide, em decorrência de uma diverticulite,
inicia-se no QIE, mas em algumas horas, à medida
que o quadro se agrava, a dor se torna difusa. Em
consequência a peritonite além da dor a parede
abdominal torna-se endurecida – abdome em
tábua
- Colite, obstrução intestinal e impactação
fecal.
DOR NO QUADRANTE SUPERIOR DIREITO:
Poucas causas colônicas, devido a profunda
localização da víscera. Exemplos: Impactação
fecal alta, Constipação intestinal grave e
Neoplasias
- Dor tipo cólica
DOR NO QUADRANTE INFERIOR DIREITO: Em
razão da proximidade do cólon (ceco e início do
cólon ascendente) com a parede abdominal –
várias manobras semióticas podem ser realizadas.
Exemplos: Apendicite, Câncer do ceco e Processo
inflamatórios – Doença de Crohn, tuberculose
intestinal, invaginação intestinal, suboclusão
intestinal.
DOR NO QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO:
Difícil acesso através de manobras semióticas.
Cólon está profundamente protegido pelos arcos
costais. Causas: Diverticulite, Impactação fecal alta
e Constipação intestinal crônica
DOR NO QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO:
Cólon sigmoide normalmente é palpável. Causas:
Doença diverticular – mais comum, Diverticulite,
Abscesso, Peritonite – perfuração, Constipação
intestinal, Processos inflamatórios, Síndrome
intestino irritável, Neoplasias.
DIARREIA:
Diarreia de origem do Intestino Grosso:
- Menor volume e associada a cólicas
intestinais
- Maior frequência e Febre
- Fezes sanguinolentas ou mucoides são
comuns e Tenesmo
Causas: Verminoses, Infecciosas, Inflamatórias,
Neoplásicas (lado direito do cólon)
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL: “prisão de ventre”
intestino preso”. Depende de paciente para
paciente, é normal paciente evacuar 3x ao dia e a
cada 3 dias, o que vai importar é o
formato/consistência das fezes e se há ou não
esforço evacuatório. Importante indagar o paciente
sobre como começou:
Agudo? Crônico?
Teve emagrecimento? Sangramento? Tenesmo?
Alteração do hábito? Cirurgias prévias?
Doenças associadas? Dor abdominal?
Importante – CLASSIFICAÇÃO DE BRISTOL
SANGRAMENTO ANAL:
HEMATOQUEZIA: sangramento vivo durante a
evacuação, geralmente está junto as fezes
ENTERORRAGIA: sangramento vivo em maior
quantidade e não está relacionado com a
evacuação
Causas: Maioria das vezes – hemorroidas.
PORÉM o médico não pode se dar por satisfeito e
encerrar a investigação, pois neoplasias de reto e
cólon podem apresentar como primeiro sintoma
sangramento. Doença diverticular difusa, Pólipos
intestinais, Processos inflamatórios – RCU, colite
actínica
Atenção: enterorragia associado a instabilidade
hemodinâmica tem que descartar HDA
(hemorragia digestiva alta – úlceras
gástricas/duodenais)
Pólipos:
Neoplasias:
RCU:
Diverticulite
EXAME FÍSICO
PRURIDO ANAL:
Causas: Má higiene, Enterobiose, Doenças
anorretais – eczemas, dermatite seborreica,
dermatite de contato, Doenças sistêmicas –
Diabetes Mellitus, hepatopatias crônicas
DISTENSÃO ABDOMINAL:Aumento do volume
abdominal. Obstrução? Acúmulo de fezes?
Causas: Volvo sigmóide - torção do cólon
sigmoide sobre sue próprio eixo, Fecalomas, SIBO,
SII, Neoplasias, Ascite,Megacólon tóxico.
NÁUSEAS E VÔMITOS: Não são tão frequentes.
ANEMIA E EMAGRECIMENTO:
- Neoplasias
- Cólon direito – anemia
- CD – absorção de ferro,
- Doença diverticular relaciona-se a Anemia
aguda – grandes perdas; Perda crônica –
mais comum, pequenas quantidades,
imperceptíveis a olho nu.
- Verminose
- DII
- Pólipos
INSPEÇÃO: Observar forma e volume. Observar
se há peristaltismo visível - Síndrome de Koenig ou
“tumor fantasma ondas de Kussmaul
● Alterações de pele – fístulas (DII- Doença
de Crohn)
● Neoplasias avançadas – abdome escavado
● Megacólon tóxico, obstruções – abdome
distendido, peristaltismo visível – tentando
vencer o obstáculo
● Carcinotamatose peritoneal – ascite
AUSCULTA
● Ruídos intestinais
● AUMENTO – diarreias, obstruções
● DIMINUÍDO – íleo paralítico – pós cirurgias
PERCUSSÃO
● TIMPÂNICO – normal
● HIPERTIMPÂNICO – distensão
● MACIÇO – fecalomas/ ascite
PALPAÇÃO
● Superficial
● Profunda
● Sinais de irritação peritoneal – Blumberg/
McBurney/ Rovsing/ Tábua
PROCTOLÓGICO
4 ETAPAS: Inspeção / toque retal / anuscopia /
retossigmoidoscopia
Preparo e posição do paciente:Deve-se conversar
com o paciente e explicar como o exame é
realizado e sobre a importância do mesmo.
Fundamental estabelecer um elo de confiança.
Importância de uma enfermeira no momento do
preparo e da realização do exame.
Iluminação – atenção não utilizar luz do celular
2 posições são utilizadas: Lateral de Sims e
Genupeitoral
● Posição Lateral de Sims: Decúbito lateral
direito ou esquerdo com as pernas fletidas
sobre o abdome.O examinados fica ao lado
ou sentado em um banco ao ao lado da
mesa
● Posição Genupeitoral (prece maometana):
Paciente ajoelha-se na extremidade da
mesa do exame, flexiona o tórax de modo a
apoiá-lo na mesa, faz uma torção do rosto
para direita ou para esquerda e estende os
braços
INSPEÇÃO: Ajuda do foco – obtém-se boa
visualização. Auxílio das duas mãos espalhadas
em ambas as nádegas, a região anal é
delicadamente entreaberta, possibilitando a
visualização do início do canal anal.
Visualização cuidadosa
- Tumorações – trombose hemorroidária
externa – mais comum
- Abscessos
- Fístulas
- Fissuras
- Plicomas
- Condilomas – HPV
- Prolapso do reto
- Eczemas, piodermites
O canal anal deve mostrar-se fechado pela força
dos esfíncteres. Ao fazer ligeira pressão com as
mãos, entreabrindo-o, verifica-se que, ao deixar de
força-lo, ele se fecha completamente. Caso ocorra
o contrário, ou seja, abertura do canal após a
manobra – chamamos de inversão do reflexo.
Causas da inversão do reflexo: prolapso retal,
prurido anal, inflamação do canal anal.
TOQUE RETAL:
➢ Mão direita com luva (mão dominante)
➢ Dedo indicador lubrificado
➢ Massagem do introito anal
➢ Introdução com delicadeza
➢ ATENÇÃO: sempre relatando ao paciente o
que está fazendo
➢ Dedo na posição lateral, após a introdução,
rotação para face anterior:
➢ Homem: próstata
➢ Mulher: relevo vaginal
Avaliação do Canal Anal:
- TÔNUS do esfíncter anal: Normotônico,
hipotônico, hipertônico
- SENSIBILIDADE: dolorosa ou indolor
- ELASTICIDADE: normal, diminuída ou
inelástica
- TUMORAÇÕES: trombos hemorroidários,
papilas hipertróficas, neoplasias
- SANGUE: presente ou não em dedo de
luva
TOQUE NORMAL: Paredes lisas, Sem
rugosidades, Sem massas, Sem sangue de luva
Toque retal doloroso:
- Fissura anal
- Processo inflamatórios
- Lesões estenosantes
- Trombose hemorroidária
- Abscessos
ESFÍNCTER HIPOTÔNICO:
- Idosos
- Doença hemorroidária
- Ressecção do esfíncter
ANUSCOPIA:
● Utiliza-se o anuscópio.
● Comprimento de 6 a 10cm e diâmetro de 3
a 5cm infantil e 5 a 7 cm adulto.
● Um mandril que é retirado após a
introdução
● Uma alça para que o examinador segure
● Boa iluminação
● Introdução do aparelho pelo canal anal
● Visualização direta – dificilmente passa
despercebido alguma alteração
● Hemorroidas e neoplasias
● Quando lesões suspeitas - já é indicado
realização de biópsias

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