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Complementação sobre a apostila cultura do coco. Professor Mr. Sc. Miguel Camargo da Silva IFTO – Campus Araguatins Disciplina Fruticultura Turma: Técnico Agropecuária Integrado 4º semestre 2021. Cultura do coco aspectos técnicos e econômico de produção O coqueiro é a palmeira de maior importância sócio econômica das regiões intertropicais do globo terrestre, pela diversidade de produtos obtidos das diferentes partes da planta, podendo-se afirmar que dele tudo se Aproveita. Segundo os Cingaleses "a árvore que nos abastece de tudo o que necessita a vida”. - Produtos extraídos dos frutos, tais como: copra, óleo, ácido láurico, leite de coco, farinha, água de coco, fibra, pó do mesocarpo e subprodutos da copra utilizados como ração animal. - Atualmente 96% da produção mundial de coco são provenientes de propriedades com área inferior a 5,0 hectares envolvendo aproximadamente 50 milhões de pessoas. Importância econômica Estados maiores produtores de coco do Brasil produção e produtividade Estado Produção ton. Área colhida ha Produtividade 1º Bahia 568.611 75.210 7.501 2º Ceará 34.611 44.149 8.156 3º Sergipe 234.562 39..022 6.371 4º Pará 209.770 23.975 10.135 5º Rio Grande do Norte 54.638 19.196 3.325 Brasil 1.909.705 227.963 8.377 Fonte: IBGE/SIDRA 2015 Países maiores produtores de coco no mundo Figura 1. Participação percentual dos principais países produtores de coco. O coqueiro pertence à: - Ordem - Palmales, - Família Palmae - Subfamília - Cocoideae Uma das mais importantes famílias da classe monocotiledôneae. - Gênero Cocos e espécie Cocos nucifera L., - É uma espécie diplóide com 32 cromossomas (2n = 32), - São composta por algumas variedades entre as quais, as mais importantes são: Typicas (gigante) e Nana (anã). É uma planta monóica, isto é, com os órgãos sexuais em flores distintas, porém, na mesma inflorescência. Classificação botânica do coqueiro Inflorescência do coqueiro – monocotiledônea Fruto do coqueiro apresentando as diferentes partes morfológicas com importância botânica e econômica Principais produtos de interesse econômico extraído do coqueiro “Árvore da vida” Principais variedades e suas respectivas cultivares - Coqueiro gigante variedade Typica - foi introduzido no Brasil pelos portugueses em 1553, proveniente de Cabo Verde. -É uma planta predominantemente de fecundação cruzada (alógama), pois em geral não há simultaneidade na maturação dos órgãos masculinos e femininos da mesma inflorescência; -Apresenta porte alto, podendo atingir 35 metros de altura; -É tardio, iniciando a produção de frutos entre 5 e 6 anos de idade com aplicação de tecnologias, e entre 7 a 9 anos, quando cultivado com baixo nível tecnológico • Gigante do Brasil da Praia do Forte (BA) • Gigante do Brasil de Pacatuba (SE) • Gigante do Brasil de Merepe (PE) • Gigante do Oeste Africano • Gigante da Polynésia • Gigante de Rennell etc. Alguns ecótipos de coqueiro gigantes mais plantados ou utilizados para hibridação são: Os ecótipos de coqueiro gigante do Brasil são fenotipicamente semelhantes, porém diferem em relação ao tamanho, peso e composição dos frutos. Origem do coqueiro anão variedade Nana -A origem do coqueiro anão não foi determinado até hoje com qualquer grau de certeza. -Algumas literaturas citam-se que é mutante do gigante e que, provavelmente, apareceu pela primeira vez em Java, ao passo que para outros ocorreu como uma segregação de um cruzamento entre coqueiros gigantes. - As primeiras mudas de coqueiro anão foram introduzidas no Brasil em 1925. Principais exemplares da variedade Nana Coqueiros híbridos - características -O híbrido de coqueiro de maior interesse comercial tem sido aquele proveniente do cruzamento entre as variedades anã e gigante (híbridos intervarietais); - Reúne as características desejáveis de dois parentais, como a precocidade e a produção de frutos do anão com a rusticidade do gigante; - Maior tamanho do fruto e melhor composição dos componentes do fruto do gigante; - Os híbridos apresentam porte intermediário entre o gigante e o anão, inicia a produção entre os 3 e 4 anos, a média de produção é de 120 a 150 frutos por planta ao ano Principais híbridos comerciais - Anão amarelo de Gramame x Gigante do Brasil da Praia do Forte (AAG x GBrPF); - Anão verde de Jiqui x gigante do Brasil do Rio Grande do Norte (AVeJ x GBrRN); - Anão vermelho de Gramame x gigante do Brasil da Praia do Forte (AVG x GBrPF); - Anão vermelho de Gramame x Gigante do Oeste Africano (AVG x GOA); - Anão amarelo de Gramame x GOA (AAG x GOA). Vantagens e desvantagens dos Gigantes em relação aos Híbridos Vantagens Gigante Híbrido Início de produção (anos) 6 4 (precocidade de 100%) Produção (fruto /ano) 80 150 (aumento de 87,5 %) Produtividade (frutos/ hectares/ano). 11.440 24.000 (aumento de 114,3%) Produção de albúmen sólido* 28 52,5 (aumento de 114,3 %) Porte na idade adulta (m): 35 20 (redução de 571 %) Destino da produção Culinária e agroindústria Culinária, agroindústria e água de coco Produtividade de albúmen sólido 4004 8400 (aumento de 109,8 %) * considerando que tanto o gigante como os híbridos produzem 0,35 kg de albúmen sólido/fruto. Vantagens e desvantagens do híbrido em relação ao anão Vantagens Anão Híbrido Produção de albúmen sólido (kg/150 frutos) 30 52,5 (aumento de 75%) Produtividade de albúmen sólido (kg/ha) 6.150 8.400 (aumento de 36,7%) Destino da produção Água de coco Culinária, agroindústria e água de coco Exigências edafoclimáticas Muito exigente Muito exigente Desvantagens Anão Híbrido Início de produção (ano) Dois três Porte Baixo médio - Livres do ataque de pragas e doenças para ser ótimo fornecedor de semente; - Cicatrizes foliares pouco espaçadas; - Grande número de folhas (30 a 35); - Cachos com muitos frutos (acima de 14); - Cachos devem ser bem apoiados na folha e com pecíolo largo e curto; - Plantas com numerosas flores femininas por inflorescência; - Frutos de tamanho médio a grande. Principais característica que um coqueiro adulto deve apresentar para ser ótimo fornecedor de coco semente: - Plantas jovens na fase inicial de reprodução; - Déficit hídrico; - Mudas sem procedência tais como os híbridos naturais; - Ataque de doenças fúngicas no pedúnculo floral (melhorar aeração); - Ataque de coleobroca (microcoleóptero) no pedúnculo floral; - Deficiência de boro ou desiquilíbrio nutricional; - Ataque de ácaros (melhorar a aeração). Principais causas de queda de flor feminina em coqueiro e Controle: : Como diferenciar a campo de forma preliminar anão, híbrido e gigante - A 1,5 metro de altura iniciando pelo coleto, conte 11 cicatrizes no caule, resultante das folhas antigas, as plantas que apresentarem: - 20 a 30 centímetros serão anãs; - 31 a 60 centímetros serão híbridos; - 61 centímetros acima serão gigantes; - Associado a essas informações verificar a coloração do pecíolo e dos frutos – os anões apresentam verde ou vermelho ou amarelo. Os híbridos provavelmente poderão apresentar coloração diferenciada das citadas. Método prático para identificar folha 14 na planta adulta (acima de 5 anos) Localizar a folha em cuja axila (espaço entre a bainha e o estipe) ocorre a inflorescência aberta mais recentemente esta é a folha nº 10; - Do lado oposto fica a folha 9, abaixo da qual está a folha 14. - Ao se tratar de coqueiro na fase inicial da reprodução a folha 9 é a que está localizada na região mediana da copa e que não está nem muito velha nem muito nova, - Portanto é a folha em plena atividade vegetativa e que melhor representará a planta nessa fase; - O coco da folha 14 estará no tamanho aproximadamente de um punho. Finalidade de localizar a folha 14 - Na fase adulta é a folha que dará o diagnóstico nutricional dessa planta, ou seja a folha recomendável para fazer análise foliar o que complementará a análise dosolo, consequentemente uma melhor precisão ao calcular a necessidade de adubo. Irrigação Principais sintomas no coqueiro quando há deficiência- Queda exagerada de frutos imaturos; - Produção de frutos diminui; - Redução do volume e peso dos frutos; - Morte acelerada das folhas mais velhas; - As folhas mais velhas ainda verdes inclinam-se, quebram-se e tendem a aproximar-se do estipe, assemelhando a um guarda chuva fechado, - Mesmo durante o dia as lâminas do folíolo tendem a fechar-se; - A turgescência dos folíolos diminui muito, provocando enrugamento das lâminas; - Nas plantas jovens ocorrem, atraso no crescimento vegetativo e tombamento das plantas; - Nos casos extremos de déficit hídrico prolongado, as plantas adultas ou jovens definham e morrem; - Há um afinamento no estipe na região mediana da copa, onde poderá ser observado após a queda das folhas. Relação de ações úteis no manejo do coqueiro com objetivo de sucesso no cultivo 1 -Preparo do coco semente - idade, entalhe, finalidade, forma de distribuição no canteiro; 2 - Tratamento fitossanitário das mudas no viveiro - principais problemas que ocorrem; 3 - Tempo de germinação das diferentes variedades; 4 - Identificação das variedades no viveiro; 5 - Tipos de mudas produzidas; 6 - Idade das mudas para levar ao campo; 7 - Preparo da cova - adubo utilizados, profundidade, época de plantio e adubação pós-plantio; 8 - Forma de plantio da muda no campo - profundidade da muda; 9 - Forma de distribuição das mudas a campo - plantio paralelo e quincôncio ou em triângulo; Recomendação técnica no preparo de cova para o coqueiro e plantio Recomendação técnica na adubação do coqueiro Relação de ações úteis no manejo do coqueiro com objetivo de sucesso no cultivo (continuação) 10 - Tratamento fitossanitário - retirada de baratas, identificação de pragas e doenças irrigação tipo de irrigação; 11 - Coroamento manual e químico; 12 - Cobertura morta - finalidade, principais inconvenientes 13-Retirada de folhas velhas principais (vantagens,desvantagens) 14 Introdução de culturas intercalares (vantagens, desvantagens) 15 - Utilização de grade de disco; 16-Plantio de leguminosas-vantagens, desvantagens e variedades; 17-Associação de animais no coqueiro – vantagens,desvantagens; 18 - Ponto de colheita do coco e início da produção; 19 - Tamanho do fruto em relação aos tratos culturais; 20 - Utilização dos restos da cultura - vantagens e desvantagens. Principais tratos culturais em coqueiro e respectivas finalidades 1 - Coroamento das plantas: diminuir concorrência com ervas daninhas, na região recomenda-se a cada 90 dias no período chuvoso; 2 - Capina química ou mecânica nas entrelinhas quando não utilizar leguminosas: pois evita concorrência de nutrientes; 3 - Análise química e foliar periodicamente diminuir riscos de deficiências de alguns nutrientes essenciais; 4 - Distribuir balde/armadilha com cana ou feromônio com objetivo de capturar Rhynchophorus palmarum L transmissor do nematóide causador da doença anel vermelho, pode levar as plantas a morte; 5 - Vistoria e catação da barata do coqueiro, lagartas etc. principalmente nos primeiros anos iniciais do coqueiro; Principais tratos culturais em coqueiro e respectivas finalidades (continuação) 6 - Retirada de folhas secas das plantas: melhorar a aeração do plantio com objetivo de diminuir incidência de pragas e doenças; 7 - Análise química com retirada de amostra na projeção da copa e foliar com amostra da folha 14 (melhor precisão na adubação); 8- Adubação: melhorar a produtividade e qualidade dos frutos produzido dando ênfase à adubação orgânica (Ideal início do período chuvoso); 9 - Plantio leguminosas nas entrelinhas tais como: feijão de porco, mucuna, crotalaria, principalmente produtores de baixo poder aquisitivo; 10 - Irrigação do plantio: melhora quantidade de água no fruto, aumenta produtividade, melhora resistência da planta etc.; Principais tratos culturais em coqueiro e respectivas finalidades (continuação) 11 - Vistoria trimestral observando plantas com sintomas de deficiência de Boro, quando apresentar aplicar 40 gramas de ácido Bórico por planta; 12 - Cobertura morta na projeção da copa: conserva umidade, diminui concorrência de ervas daninhas, melhora estrutura e fertilidade do solo; 13 - Identificação do ponto de colheita para as suas respectivas finalidades econômicas, pois frutos em idade não desejáveis podem ser rejeitados no mercado; 14 – Higienização dos frutos pós colheita, acondicionamento em locais adequados (sombra) e entrega imediata (máximo 3 dias). Principais pragas do coqueiro e seus controles Barata do coqueiro (Coraliomela brunnea Thumb, ordem coleóptera, família chrysomelidae) - a larva que se assemelha a uma lesma abriga-se na folha central da planta jovem, alimentando-se do folíolo tenro ainda fechado. A folha ao se abrir, mostra sinais da presença da praga limbos perfurados em simetria. - O adulto é um inseto vermelho da ordem coleóptera com aproximadamente 25 mm de comprimento. Barata-do-coqueiro Imagem barata do coqueiro (Coraliomela brunnea) Principais pragas do coqueiro e seus controles Cochonilha transparente do coqueiro (Aspidiotus destructor Sign, ordem Homóptera: família Diaspididae) - Sugam a seiva da planta. Os primeiros sintomas de dano da cochonilha iniciam a partir das folhas mais baixa. - Á medida que a praga se multiplica, os folíolos vão sendo colonizados, tornam-se mosqueado com uma descoloração circular amarela em torno do ponto de fixação da fêmea, em seguida fica totalmente amarelados e por fim secam. Cochonilha transparente do coqueiro (Aspidiotus destructor) Principais pragas do coqueiro e seus controles Pulgão preto do coqueiro – Cerataphis lataniae Pulgão preto do coqueiro – Cerataphis lataniae Boisduval ordem Homóptera, família Aphididae é um afídeo de forma circular, com diâmetro variando entre 1,5 a 2 mm, cor preta, esférico e circundado por uma franja de cera branca. Suga a planta e excreta substância doce que atraem formigas, moscas e vespas. Em seus excrementos também desenvolvem fungos conhecidos por fumagina. Danos - provocam atraso no desenvolvimento, conseqüentemente retarda o início da produção. Em coqueiro safreiros, provoca o abortamento de flores femininas, queda de frutos pequenos e/ou em desenvolvimento. Em coqueiros anões o ataque é mais severo. Pulgão preto do coqueiro – Cerataphis lataniae Imagem de Ilustração de identificação do pulgão Lagarta das folhas - Brassolis sophorae Lagarta das folhas - Brassolis sophorae L., ordem lepidóptera, família Nymphalidae é a mais importante lagarta desfolhadeira do coqueiro adulto. Danifica a folhagem, provoca queda prematura dos frutos e, quando o ataque é muito intenso atrasa a produção seguinte em até 18 meses. As lagartas são de hábitos noturno e gregário. Constroem ninhos unindo folíolos, onde permanece abrigado durante o dia. O controle pode ser feito pela coleta dos ninhos e destruição das lagartas através da pulverização com fungos entomógenos Beauveria brongniartii, e/ou Bacilus thuringiensis. O controle químico deve ser empregado com bastante cautela e somente em caso de alta infestação. Imagem Lagarta das folhas - Brassolis sophorae Broca do estipe do coqueiro - Rhinostomus barbirostris F., ordem Coleóptera, família Curculionidae, o adulto é um besouro preto com tamanho que varia de 1,5 a 5 cm de comprimento o macho se diferencia da fêmea por possuir o rostro recoberto por finos pêlos avermelhados. A fêmea realiza a postura em qualquer parte do estipe, sendo escolhidos geralmente as cicatrizes foliares e aquelas deixadas no estipe pela broca do pedúnculo floral. - Um coqueiro fortemente atacado pela broca do estipe fica sujeito à quebra pela ação do vento. Em locais onde ocorre esta praga é muito importante à inspeção constante do coqueiral. Principais pragas do coqueiro e seus controlesBroca do estipe do coqueiro - Rhinostomus barbirostris Imagem Broca do estipe do coqueiro – Rhinostomus barbirostris Broca do olho do coqueiro (Rhynchophorus palmarum L., ordem Coleóptera, família Curculionídae) - o adulto é um besouro preto que mede, aproximadamente, 3,5 a 5 cm de comprimento. A larva é ápode apresenta o corpo mais volumoso no meio, afilado nas extremidades e a cabeça esclerificada, de cor castanha escura. - Após penetrar na parte apical da planta a fêmea faz a postura nos tecidos tenros; as larvas, ao eclodirem, começam a alimentar-se e a destruir os tecidos meristemáticos, fazendo galeria em todas as direções. - É o principal transmissor do nematóide Bursaphelencus cocophilus, agente causal da doença conhecida por anel vermelho, doença letal para o coqueiro e outras palmeiras. - Controle - instalação no coqueiral de iscas atrativas com armadilha as mesmas poderão serem feitas de pedaço de canas, são colocadas em baldes com tampas, e funil no centro, com orifício suficiente apenas para entrada do inseto. Principais pragas do coqueiro e seus controles Broca do olho do coqueiro (Rhynchophorus palmarum L) Imagem da Broca do olho do coqueiro (Rhynchophorus palmarum L Principais pragas do coqueiro e seus controles Eupalamides daedalus Eupalamides daedalus (Cramer 1775) - sinônimo de Castnia daedalus, ordem Lepdoptera, família Casteniidae, conhecido como broca do dendezeiro. - Descrição, biologia e comportamento - o adulto é uma mariposa grande, com asa de coloração marrom-escura e reflexo violeta, tendo as fêmeas uma envergadura de cerca de 170 mm a 205 mm e os machos cerca de 170 a 185 mm. Possui também duas fileiras de pontuações amarelo-esbranquiçadas acompanhando o contorno das asas posteriores, e na parte média das asas anteriores, uma faixa amarela transversal e pontuação da mesma cor nas extremidades dessas asas - Ciclo de vida da lagarta - de 144 a 403 dias totalizando 14 ínstares. Natureza do dano - forma galerias na estipe junto à coroa, na base das folhas e nos pedúnculos dos cachos - pode atrair o inseto Rhynchophorus palmarum, transmissor do nematoide que ocasiona a doença anel vermelho do coqueiro. Imagem Eupalamides daedalus conhecido como broca do dendezeiro
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