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UNIVERSIDADE Norte do Paraná (unopar)
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
Educação Fisica
Gabriel Nascimento de Lima 
Inclusão educacional: ESPORTES ADAPTADOS nas aulas de educação física 
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Paragominas - PA
2021
Gabriel Nascimento de Lima 
Inclusão educacional: ESPORTES ADAPTADOS nas aulas de educação física 
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física. 
Paragominas - PA
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	7
4	OBJETIVOS	8
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	10
7	METODOLOGIA	16
8	CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS	19
10	AVALIAÇÃO	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
INTRODUÇÃO
Este projeto tem por objetivo principal o de demonstrar que a cada dia mais nos deparamos com alunos com necessidades especiais no espaço educativo. É fato que educação passa por uma fase delicada a respeito da inclusão a alunos com necessidades especiais, a maioria das escolas não tem estrutura física e nem profissionais qualificados para atenderem a esses alunos. 
O projeto de ensino e pesquisa a respeito da inclusão de alunos com necessidades especiais na educação física, tem como principal objetivo aproximar os alunos, promovendo o respeito as diversidades, buscando combater o preconceito e discriminação. A problemática do projeto está sendo relacionada com alternativas que podem ser inseridas no espaço educativo para promover uma educação igualitária no âmbito escolar. Dentre alguns dos questionamentos que serão respondidos através desse texto, está: De que maneira é possível adaptar as atividades esportivas e físicas para alunos com necessidades especiais?
Dentre os objetivos que se pretende alcançar com este projeto de ensino, alguns se destacam que são: Trabalho em equipe, socialização, desenvolvimento psíquico e motor. Também é muito importante compreender que a relevância de se fazer uma pesquisa voltada para a inclusão é algo que precisa fazer parte do processo inclusivo que todas as instituições de ensino estão sendo amparadas por lei a efetivar. 
A escolha pelo tema se deu ao perceber que é muito importante que todas as pessoas sejam tratadas de forma igual, ou seja, que a inclusão educacional seja algo que aconteça de fato, na educação infantil. 
Ao falar sobre inclusão escolar é importante saber quais os benefícios está ação estará trazendo para o ambiente escolar. Segundo Sassaki no livro "A Inclusão Nas Séries Iniciais": “A inclusão escolar é vista como a melhor alternativa para os alunos segregados da escola regular, já que ela: representa um passo muito concreto e manejável que pode ser dado em nossos sistemas escolares”. 
Para assegurar que todos os estudantes comecem a aprender que pertencer é um direito e não um status privilegiado que deva ser conquistado”. (SASSAKI, 1997, p.18).
20
TEMA 
O tema do projeto envolve uma temática bastante relevante na nossa atualidade, pois se trata da inclusão educacional. Mas a temática está voltada para a importância da educação física para alunos com necessidades especiais. Portanto o projeto apresentado terá o seguinte tema: Inclusão Educacional: Esportes Adaptados nas aulas de Educação Física.
 A linha de pesquisa principal é apresentar uma proposta que possa ser desenvolvida em sala de aula, visando a inclusão de modo efetivo de alunos com necessidades especiais nas atividades propostas durante as aulas, para que os mesmos se sintam de fato incluídos no processo de ensino aprendizagem. 
O tema da inclusão educacional de pessoas com deficiência leva pais, professores e acadêmicos a pensar e refletir sobre a importância das práticas educativas inclusivas que promovam a aprendizagem e integração dos alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino de modo realmente inclusivo, onde eles tenham suas especificidades respeitadas e consideradas no processo de aquisição de conhecimentos, tanto por professores quanto pelos demais alunos. Sendo assim, esse tema se apresenta como sendo de extrema relevância de ser discutido e analisado no cenário educacional atual, pois cada vez mais a inclusão é uma forma de promover a igualdade de direitos e acesso à educação a todos, independentemente das carências apresentadas. 
Atualmente vivencia-se um momento em que muito se fala na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. Sabe-se que a legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independentemente de suas diferenças. Mesmo com as leis existentes que garantem a inclusão desses alunos, é importante ressaltar que não é suficiente apenas esse acolhimento do aluno na escola, é preciso que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de modo significativo de suas potencialidades.
 Sendo assim, é urgente, que os sistemas de ensino se organizem para que além de assegurar as matrículas, assegurem também a permanência e o desenvolvimento integral de todos os alunos, sem deixar de lado a intencionalidade pedagógica e a qualidade do ensino de qualidade para todos.
JUSTIFICATIVA
A escolha por essa temática se deu, quando se percebe que no espaço educativo é onde as crianças começam a se socializar e conviver uma boa parte do dia com crianças de diversas características. 
 Para Carmo (2002), cada vez menos pessoas estão sendo envolvidas nas aulas de Educação Física, isto é, tendo oportunidades somente aqueles que são mais aptos, os melhores e os mais próximos do mundo dos iguais. Neste sentido o educador deve promover uma educação onde todos possam participar das atividades, mesmo aqueles que possuem alguma dificuldade em praticar algumas tarefas que são realizadas no espaço educativo.
O tema inclusão é relativamente recente no contexto educacional brasileiro, visto que anteriormente os alunos com algum tipo de necessidade especial de aprendizagem não frequentava salas especificas separadas das salas regulares de ensino. Propostas de inclusão de alunos com necessidades especiais são cada vez mais frequentes no cenário educacional, com projetos direcionados a promoção da igualdade de aprendizagem de todos respeitando as necessidades de cada um. 
Esse projeto de ensino nos leva a pensar a educação inclusiva no contexto atual, levando a uma reflexão sobre os diversos processos de inserção dos diferentes grupos sociais nas instituições de ensino e os impactos que a inclusão tem na construção de suas identidades. 
A inclusão vem para contemplar a todos em suas especificidades, sem distinção de qualquer natureza, uma vez que a educação é direito de todos, independentemente de sua condição física, mental, intelectual e social. A inclusão de alunos com necessidades especiais, muitas vezes se configura como um desafio a ser superado diariamente, tanto pelos docentes quanto pelos próprios alunos. Mesmo com todas as políticas e práticas sociais que garantem a inclusão como direito, a realidade se apresenta em desacordo com as leis impostas, isso acontece em razão da falta de recursos materiais e humanos adequados a promoção da inclusão de modo efetivo. 
Logo esse projeto justifica-se pelo fato de ser a inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino um assunto atual e urgente de ser trabalhados, analisados, compreendidos e aplicados nas escolas de todo o pais, visando uma melhoria na oferta de educação para todos de modo igualitário, justo e efetivo, que possibilite o desenvolvimento de todos os alunos dentro de suas especificidades e possibilidades, sem distinção de qualquer natureza. 
PARTICIPANTES
Esse projeto terá a participação de professores, alunos, equipe diretiva. Onde todos estarão envolvidos para aplicar um projeto de qualidade voltado para a inclusão de alunos com necessidades especiais. É fundamental que todosos participantes busquem praticar os valores morais, respeitando as limitações e as potencialidades de cada aluno, e que todos possam se ajudar mutualmente, a fim de alcançar o objetivo proposto. 
OBJETIVOS
Objetivo geral: 
Adaptar Esportes, Promover a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física. 
Objetivos específicos: 
Trabalhar em equipe,
 Promover socialização, desenvolvimento psíquico e motor.
 Trabalhar a cidadania e valores morais. 
PROBLEMATIZAÇÃO
	
Através desse projeto serão respondidos alguns questionamentos, dentre eles estão: De que maneira é possível adaptar as atividades esportivas e físicas para alunos com necessidades especiais? Como levar um entendimento para os demais alunos da importância da cidadania e o respeito as diversidades? 
Muito tem se falado de inclusão nas aulas de educação física, muito tem se falado sobre as práticas educativas cada vez mais inovadoras. Neste sentido o papel do educador é promover uma educação onde a inclusão seja algo efetivo.
inclusão de alunos com deficiência na rede regular de ensino, muitas vezes se configura como um desafio para muito docentes, em razão dos poucos ou inexistentes recursos apropriados disponíveis nas escolas para promover uma aprendizagem significativa e ao mesmo tempo inclusiva. 
Trabalhar esse tema da inclusão significa conhecer considerar diversos fundamentos teóricos metodológicos da educação inclusiva baseando-se numa concepção de educação de qualidade para todos, pautada na promoção do respeito à diversidade dos educandos. Para que a inclusão dos alunos com necessidades especiais seja de fato efetivada é imprescindível uma participação mais atuante e qualificada dos educadores para o avanço deste importante reforma educacional, para o atendimento das carências educativas de todos os alunos, com ou sem deficiências ou necessidades especiais de ensino. Infelizmente, dentre os muitos obstáculos que impedem a completa efetivação da inclusão desses alunos no contexto escolar está o despreparo de alguns professores, que ainda desconhece a importância e concepção da educação inclusiva e adaptação das aulas.
Logo esse projeto vem para elucidar algumas dúvidas existentes sobre a inclusão no processo educacional de alunos com deficiência e dar sugestões de como incluir essa temática nas aulas visando um desenvolvimento mais assertivo e completo desses alunos e dos demais. 
REFERENCIAL TEÓRICO
A INCLUSÃO EDUCACIONAL 
Primeiramente é importante compreender o processo de inclusão no nosso país, que está cada vez mais efetivo nas escolas de educação básica. 
Conforme a Constituição Federal (1988), no art. 205, “A educação é direito de todos”. Portanto a educação inclusiva concebe a escola como um espaço de todos, no qual os alunos constroem conhecimentos segundo suas capacidades, expressam suas ideias livremente, participam ativamente das ações de ensino e se desenvolvem de maneira individual e de acordo com suas especificidades.
O conceito de educação inclusiva surgiu a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca, pois até o início do século XXI, o sistema educacional brasileiro abrigava apenas dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial. 
Com a Declaração de Salamanca surgiu o termo necessidades educativas especiais, que veio substituir o termo “criança especial”, termo anteriormente utilizado para designar uma criança com deficiência. Porém, este novo termo não se refere apenas ás pessoas com deficiência, este engloba todas e quaisquer necessidades consideradas “diferentes” e que necessitem de algum tipo de abordagem específica por parte de instituições.
 Num mundo cheio de incertezas, o homem está sempre à procura da sua identidade e, por vezes, chega mesmo a procurar integrar-se na sociedade que o rodeia, pois fica um pouco “perdido”. 
A educação inclusiva apoia os deficientes numa educação especial. A Educação Especial é o ramo da Educação, que se ocupa do atendimento e da educação de pessoas deficientes, ou seja, de pessoas com necessidades educativas especiais.
Para podermos desenvolver esta pesquisa é necessário compreender e refletir criticamente sobre a temática aqui abordada, sendo fundamental explorar diferentes conceitos relacionados a políticas públicas, formação e perfil dos docentes que atuam na educação básica, importância da inclusão para o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, entre outros. 
A temática da inclusão de alunos com necessidades especiais está diretamente vinculada a diversos setores da sociedade, principalmente à educação, e é por isso que o foco maior é a relação da inclusão do contexto escolar, percebendo até onde a inclusão é de fato inclusiva para esses alunos. 
A Educação Inclusiva é um direito garantido e assegurado na forma lei dentro da Constituição Federal (1988), do Estatuto da criança e do Adolescente (1990), na Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), na Declaração de Salamanca (1994) e LDB (1996). Todos esses documentos e legislações destacam que o acesso à educação e direitos das crianças com deficiências e necessidades especiais de ensino, esse direito também é assegurado pela Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que afirma em seu art. 8º, 
Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa: I - recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta. [...]
Por muitos séculos as pessoas que tinham algum tipo de deficiência ou necessidade educacional especial foram segregadas e discriminadas, não tendo o direito de frequentar a escolar juntos com os alunos ditos “normais”, e por conta isso ficou um estigma muito grande em relação a inclusão dessas pessoas na rede regular de ensino. Mesmo com todas as leis existentes que asseguram o acesso e permanência delas na escola, muitos ainda são vítimas de preconceitos e discriminação, justamente por não haver metodologias voltadas para a inclusão coletiva de todos no âmbito escolar. 
Nesse sentido, a escola configura-se como sendo o espaço primordial e fundamental da manifestação da diversidade, com isso decorre a necessidade de repensar e defender a escolarização como meio principal para promover a inclusão, reconhecendo a possibilidade e o direito de todos de aprender e desenvolver-se integralmente dentro de suas possibilidades. Sendo assim, o movimento de inclusão traz como premissa central, propiciar a uma educação de qualidade e igualitária para todos, uma vez que, o direito do aluno com necessidades educacionais especiais e de todos os cidadãos é ter acesso a uma educação que promova se crescimento e formação cidadã. 
Mesmo com todos os pressupostos legais, a realidade ainda se apresenta bem diferente da almejada nas leis, as dificuldades são muitas e os desafios a serem superados ainda maiores. Muitos empecilhos impedem que a inclusão dos alunos com necessidades especiais se der de maneira prática, efetiva e de qualidade. 
O se percebe é que há uma grande disparidade entre a legislação e a realidade educacional, uma vez que a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais no ensino regular não foi consolidada da forma desejada. A proposta de educação atual vigente ainda não oferece nem garante condições satisfatórias para ser considerada efetivamente inclusiva, ainda, se faz necessária uma maior competência profissional, projetos educacionais mais elaborados, uma maior gama de possibilidades de recursos educacionais a disposição para que a inclusão aconteça na prática. 
A Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, significou um avanço na perspectiva da universalização e atenção à diversidade existente na sociedade. No que se refere a educação brasileira essa resolução faz a seguinte recomendação, em seu Art. 2º,
Os sistemas de ensino devem matricular todosos alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para todos.
Na visão de Mantoan (2003), a Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é um movimento que tem sido muito discutido por diferentes segmentos da sociedade. Destacando ainda que a inserção desses alunos no sistema regular de ensino nada mais é do que garantir o direito constitucional que todos, independentes de suas necessidades, têm a uma educação de qualidade, e que a Inclusão vai depender da capacidade de saber lidar com a diversidade e as diferenças existentes.
No tocante a educação inclusiva e inclusão de alunos com necessidades especiais de ensino, a escola se apresenta como sendo a principal instituição que promove essa reformulação de conceitos e concepções. Junto com a escola, o professor é a figura central nesse processo, mas que muitas vezes por falta de uma formação adequada acaba desempenhado esse papel de maneira secundaria, o que leva a uma perda muito grande para o aluno no desenvolvimento de sua aprendizagem. 
A Educação Inclusiva, em suas diferentes interpretações e modalidades existentes, se constitui hoje como foco principal das políticas públicas educacionais em nível federal, estadual e municipal (FERREIRA; GLAT, 2003). Nessa perspectiva de educação inclusiva, a escola deve se adaptar para atender a todos os alunos, independentemente de suas condições sociais, culturais, comportamentais ou biológicas (UNESCO, 1994).
O debate sobre inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais na rede regular de ensino vem tomando proporções significativas e influenciando diretamente o ambiente escolar em todos os seus aspectos. Para compreender o que é inclusão e educação inclusiva, e sua importância é necessária uma conceituação sobre esses termos. Segundo Mantoan, inclusão e educação inclusiva são, respectivamente,
Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (MANTOAN, 2005, p. 24)
Sendo assim, a escola é um o espaço mais importante para o avanço da inclusão social das pessoas com necessidades especiais. Isso porque a diversidade existente no ambiente escolar é fundamental para o enriquecimento das trocas quem ocorrem entre os sujeitos ali presentes, pois a interação constante nesse ambiente proporciona trocas sociais, culturais e intelectuais que contribuem para a formação de modo pontual. Todos os tipos de interação imprimem diferentes tipos de aprendizagem na formação dos indivíduos, principalmente das crianças, uma vez que elas se encontram em pleno processo de desenvolvimento e formação. 
A inclusão escolar é a oportunidade para que de fato a criança com necessidades especiais não fique à parte no processo de ensino aprendizagem, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido, apenas para mantê-las na escola. Para que haja a inclusão das crianças com necessidades especiais no processo educativo se faz necessário criar estratégias educativas que possam contemplar as necessidades apresentadas por elas, buscando meios de interligar e alcançar os objetivos traçados, tanto para as crianças com necessidades especiais, como para as sem necessidades. Por isso a importância de uma preparação e motivação dos educadores para se realizar uma educação inclusiva de qualidade voltada para o atendimento e promoção de valores que levem a inclusão de modo efetivo. 
O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE A INCLUSÃO EDUCACIONAL 
O papel do professor é de suma importância na educação inclusiva, visto que o professor é a “autoridade competente, que direciona o processo pedagógico, interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento” (GAZIM et. al, 2005, p.51). Nessa perspectiva, o professor é o mediador entre o aluno, o conhecimento e sua integração a partir de suas especificidades, logo cabe a ele promover situações pedagógicas em que os alunos com necessidades educacionais especiais superem o senso comum e avance em seu potencial humano afetivo, social e intelectual, quebrando as barreiras que se impõem diariamente, superando os desafios que se apresentam dentro e fora da escola.
Um dos fatores primordiais para que a educação inclusiva de alunos com necessidades especiais em salas de aulas regulares der certo, é que os professores mudem a visão que tem sobre a aprendizagem desses alunos, reconhecendo que eles são capazes de aprender tanto quanto os demais. Para tal, é necessário o constante planejamento e elaboração de atividades que deem ênfase ao respeito as diferenças e as múltiplas possibilidades de aprendizagem, reconhecendo e estimulando as diferentes inteligências existentes. 
Para que isso seja possível de se concretizar na sala de aula, com alunos heterogêneos em suas especificidades, Mineto destaca que, 
O professor precisa organizar-se com antecedência, planejar com detalhes as atividades e registrar o que deu certo e depois rever de que modo as coisas poderiam ter sido melhores. É preciso olhar para o resultado alcançado e perceber o quanto “todos” os alunos estão se beneficiando das ações educativas. (MINETTO, 2008, p. 101)
Dessa forma, os docentes que buscam uma ação educativa de fato inclusiva, devem sempre estar atentos a diversidade existente entre seus alunos, procurando exercer seu papel de maneira justa e solidária, pautado no respeito mútuo, eliminando todo e qualquer tipo de discriminação, visando formar cidadãos conscientes para o convívio com as diferenças que existem na sociedade.
Mesmo com todos os pressupostos expressando a importância de se trabalhar de forma inclusiva, muitos professores ainda encontram enormes desafios e dificuldades para trabalhar atividades nesse viés da educação inclusiva, principalmente em decorrência da necessidade de se trabalhar muitos conteúdos com alunos na rede regular, o que em muitos casos, dificulta a inclusão de todos de maneira igualitária. Isso os obriga a repensar sua maneira de ensinar, sua cultura, sua política e suas estratégias pedagógicas, passando assim, a adotar uma postura reflexiva diante da singularidade e diversidade encontrada na sala de aula. Ao repensar sua postura enquanto docente, o professor interliga conhecimentos e procura desenvolver ações pedagógicas que contemple a todos em suas potencialidades e especificidades. 
Para que a educação Inclusiva aconteça efetivamente é preciso o envolvimento de todos os profissionais da escola, numa tentativa conjunta de promover ações e práticas educativas inclusivas. Possibilitando os alunos com necessidades especiais, práticas educativas voltadas para a inclusão, eles se passam se sentir parte daquele ambiente educacional, percebendo que aceitos e apoiados por seus colegas, professores e demais profissionais da escola. 
Dessa forma, os recursos físicos, estruturas e toda a materialidade que auxiliam para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico de qualidade, embora muito importantes para a efetivação da inclusão, dão lugar ao desenvolvimento de atitudes inovadoras, de novas formas de atuação e de interação entre alunos, professores e demais funcionários da escola.
 Para que isso seja possível é essencial que todos os profissionais diretamente ou indiretamente ligados à educação tenham um novo olhar, buscando construir uma prática centrada no aluno, que por sua vez, suscite a construção de uma sociedade que respeite a dignidade e as diferenças existentes entre os indivíduos (STAINBACK & STAINBACK, 1999).
Por essa e tantas outrasrazões a educação inclusiva é de extrema relevância de ser prática na contemporaneidade, pois leva os alunos com necessidades especiais a construir uma identidade livre de estigmas e preconceitos, desenvolvendo sua capacidade de aprendizagem baseada no respeito as suas singularidades. 
METODOLOGIA
Muitos alunos com necessidades especiais passam por diversas dificuldades para realizar as atividades física dentro das aulas de Educação Física, por falta de estrutura ou por falta de preparo dos Professores. Nesse sentido é de suma importância que os professores juntamente com a equipe diretiva da escola, busquem desenvolver projetos voltados para facilitar a acessibilidade nas práticas esportivas e atividades para os alunos com necessidades especiais. Pois as atividades físicas trabalham o desenvolvimento motor e cognitivo, levando uma maior qualidade de vida e potencializando o desenvolvimento desses alunos, acarretando na diminuição das limitações físicas e psíquicas. O método desse projeto educativo se dará da seguinte maneira: 
Primeiro momento: O Professor deverá convocar uma reunião com a equipe diretiva para apresentar quais são os recursos necessários para a realização das aulas inclusivas, bem como, verificar a possibilidade de realizar mudanças na estrutura na escola, com foco na acessibilidade dos alunos com necessidades especiais. 
Segundo momento: O professor irá selecionar alguns alunos para serem monitores, ou seja, esses alunos irão praticar as mesmas atividades físicas que os alunos com necessidades especiais, porém estarão atentos para auxilia-los quando necessário. Essa é uma maneira de trabalhar a cidadania, valores morais, socialização, e diminuição dos casos de discriminação. 
Terceiro momento: Início das atividades físicas adaptadas, que são elas: 
Futebol de Salão, para alunos com deficiência visual. Na bola será adaptado um sininho para fazer barulho e os alunos conseguirem identificar onde está a bola. Os alunos que não possuem dificuldades visuais irão utilizar uma venda. 
Voleibol Sentado, para alunos paraplégicos. Para essa atividade a rede será em uma altura reduzida, e os alunos realizaram a partida sentados, mesmo os que não possuem dificuldade de locomoção. Obs.: Alguns alunos serão escolhidos para serem monitores e auxiliar os demais participantes durante a atividade. 
Corrida de bicicleta: Para essa atividade os alunos que não possuem deficiências, irão utilizar bicicletas que possuem garupa, para carregar os alunos com necessidades especiais, a corrida será realizada do lado de fora da escola na ciclovia, com supervisão durante todo o momento, e com toda o equipamento de proteção adequado para a realização segura dessa aula. 
CRONOGRAMA
	Etapas do Projeto 
	Período
	1 ° - Planejamento Reunião e organização dos recursos materiais.
	 04/10 a 08/10 
	2° - Execução Atividades esportivas
	11/10 a 15/10
	3 ° Avaliação Anotação geral
	18/10 a 20/10 
RECURSOS 
Para a realização desse projeto serão necessários alguns recursos, dentre eles estão: 
Alunos,
 Professores,
 Equipe diretiva. 
Quadra de esportes,
 Ciclovia, 
Bola adaptada,
 Rede, 
Quadra de voleibol,
 Bola. 
AVALIAÇÃO
A avaliação desse projeto deverá ser realiza continuamente durante todas as atividades, cabendo ao educador realizar a observação no interesse e desenvolvimento dos alunos. Observando quais foram os pontos positivos, negativos e os desafios, visando o aprimoramento dos métodos de ensino, para transmitir uma educação de qualidade. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar este trabalho foi possível entender que ainda estamos bem distantes de uma sociedade que realmente trabalha em prol da inclusão educacional. Muitos são os desafios enfrentados pelos professores para tentar dar o melhor de si, para auxiliar na educação das crianças com necessidades especiais, pois através das pesquisas realizadas no processo de desenvolvimento deste projeto percebeu-se que os desafios começam mesmo antes de adentrar no espaço educativo, às vezes esses desafios estão na estrutura física e nos materiais necessários para garantir uma educação plena para as crianças. 
É deprimente nos deparar com situações onde os alunos com necessidades especiais são desrespeitados e ainda perceber que numa atualidade em que vivemos, e que defendemos que somos iguais, e que todos merecem tratamento igualitário, ainda se ver que mesmo no ambiente escolar, muito tratamento discriminatório é cometido por educadores, e equipe pedagógica que não tem a sensibilidade de tratar com devido respeito de crianças com necessidades especiais.
 Falar de inclusão é fácil, dizer que vivemos nos país da inclusão educacional também é muito fácil, no entanto, ao realizar a pesquisa para melhor entender sobre esta temática foi possível perceber que os educadores precisam ter uma educação continuada, para atender de forma eficaz e com qualidade os alunos com necessidades especiais. 
Também através do trabalho foi compreendido que muitos educadores não possuem as qualificações necessárias para atender os alunos com necessidades especiais, e mesmo assim as crianças com necessidades especiais são inseridas no espaço educativo, mas não recebem o atendimento necessário que deveriam receber.
Sendo assim, pode-se concluir que se torna-se imprescindível que o educador transmita aos educandos segurança, entusiasmo e dinamismo no exercício de suas funções, além de ter equilíbrio emocional, serenidade, compreensão e tolerância para lidar com as dificuldades, adversidades e problemas que por ventura possam surgir. Portanto é importante que cada aluno tenha seu espaço e suas limitações respeitadas no espaço educativo.
REFERÊNCIAS
ABRAMOWICZ, A. e MOLL, J. (orgs.). Para além do fracasso escolar. Campinas, SP: Papiros, 1997.11-26.
BRASIL. SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC / SEF, 1998. 
DECLARAÇÃO de Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Salamanca: UNESCO, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Educação Física/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1997.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: o paradigma do século 21.In: Inclusão: Revista da Educação Especial. Secretaria de Educação Especial/ MEC. Brasília,n. 01, p. 19-23, out. 2005.
ARANHA, Maria Salete Fabio (org.). Educação Inclusiva: a escola. Brasília. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2006. 
BRASIL. Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Diário Oficial da União. 24 out 1989.
FERREIRA, J. R. e GLAT, R. Reformas educacionais pós-LDB: a inclusão do aluno com necessidades especiais no contexto da municipalização. In: Souza, D. B. & Faria, L.C.M. (Orgs.). Descentralização, municipalização e financiamento da Educação no Brasil pós-LDB. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 372-390.
GAZIM, E. et al. Tendências pedagógicas brasileiras: contribuições para o debate. Revista Chão da Escola. Curitiba, n. 4, p. 41-52, out. 2005.
MANTOAN, Maria Teresa Égler. “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças” In: Nova Escola OnLine: o site de quem educa. Edição 182, Maio/2005. 
_____. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como se faz? São Paulo: Moderna, 2003.
MINETTO, M. F. O currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. 2ª ed. Curitiba: IBPEX, 2008.
Stainback, Susan e Stainback, William (organizadores). Inclusão: um guia para educadores. ARTMED: Porto Alegre, 1999. 
UNESCO/Ministério da Educação e Ciência (1994). Relatório Final sobre a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acessoe Qualidade. Salamanca, Espanha, 7-10, Junho, 1994.

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