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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo, com unidades em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999 atua no mercado capixaba, destacando-se pela oferta de cursos de graduação, técnico, pós-graduação e extensão, com qualidade nas quatro áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sempre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho. Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu- ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis- taram notas 4 e 5, que são consideradas conceitos de excelência em ensino. Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país. MISSÃO Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho, com elevado padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil- idade, segurança e modernidade, visando à satis- fação dos clientes e colaboradores. VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci- da nacionalmente como referência em qualidade educacional. R E I TO R GRUPO MULTIVIX R E I 2 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte) Gabriela Reitz Petri Contabilidade tributária e trabalhista / Petri, Gabriela Reitz - Multivix, 2020 Catalogação: Biblioteca Central Multivix 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 4 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 LISTA DE QUADROS Quadro 1: 5W2H 34 5 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 LISTA DE FIGURAS UNIDADE 1 Figura 1: Cálculos de acordo com o faturamento 14 Figura 2: Apuração de impostos 15 Figura 3: Impostos obrigatórios 16 Figura 4: Apuração lucro presumido 17 Figura 5: Prós e Contras de opção pelo lucro presumido 18 Figura 6: Tributação mais simples 20 Figura 7: Simples Nacional 21 Figura 8: Anexos Simples Nacional 23 Figura 9: Tributação 24 UNIDADE 2 Figura 1: Instituições Financeiras 10 Figura 2: Cálculo Imposto 11 Figura 3: Estudando impostos 12 Figura 4: Automóveis 13 Figura 5: Realização de planejamento tributário 15 Figura 6: Imposto de Renda 16 Figura 8: Impostos 20 UNIDADE 3 Figura 1: Ferramenta de Análise S.W.O.T. 28 Figura 2: Planejamento 31 Figura 4: Análises Operacionais 35 Figura 5: Diferenças 36 Figura 6: Pirâmide de Planejamento Organizacional 37 Figura 7: Planejamento Cronológico 38 6 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 UNIDADE 4 Figura 1: Folha de pagamento 42 Figura 2: Informações da folha de pagamento 43 Figura 3: Registro pela competência 44 Figura 4: Importância da Folha de Pagamento 45 Figura 5: Atenção na folha de pagamento 46 Figura 6: Processos de elaboração da folha de pagamento 47 Figura 7: Convenções Coletivas 49 Figura 8: Descontos e Benefícios permitidos 49 Figura 9: Sindicatos 52 UNIDADE 5 Figura 1: Pagamento de salários 55 Figura 2: Pagamento de Horista 57 Figura 3: Descanso de trabalhadores 57 Figura 4: Salário x Remuneração 59 Figura 5: Remuneração 62 Figura 6: Formas de pagamento de salário 63 Figura 7: Rescisão Indireta 64 Figura 8: Comissão efeito cascata 65 Figura 9: Comissões x Gorjetas 66 Figura 10: Prêmios 67 Figura 11: Prêmio x Gratificação 67 UNIDADE 6 Figura 1: Pessoas 71 Figura 2: Requisitos para fazer jus ao auxilio doença 72 Figura 3: Doenças 73 Figura 4: Início e fim do auxílio doença 74 Figura 5: Salário maternidade 75 Figura 6: Requisitos do salário maternidade 76 Figura 7: Mitos e verdades da aposentadora por invalidez 77 7 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Figura 8: Maioridade 79 Figura 9: Caracterização da Insalubridade 80 Figura 10: Profissões com periculosidade 82 Figura 11: Diferença entre periculosidade e insalubridade 83 8 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 1UNIDADE SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 11 1 TIPOS TRIBUTÁRIOS 13 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 13 1.1 LUCRO REAL 13 1.2 LUCRO PRESUMIDO 17 1.3 SIMPLES NACIONAL E SEUS ANEXOS 19 1.4 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO 24 2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 28 INTRODUÇÃO 28 2.1 OBJETIVO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 28 2.2 COMO REALIZAR O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 33 2.3 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA 34 2.4 PIS E COFINS 37 3 TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 44 INTRODUÇÃO 44 3.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ESTRATÉGICO 44 3.2 PLANEJAMENTO TRIBUTARIO TÁTICO 48 3.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO OPERACIONAL 52 3.4 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO CORRETIVO 53 3.5 DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 55 3.6 ASPECTOS ESPECÍFICOS PARA OS PLANEJAMENTOS 57 4 FOLHA DE PAGAMENTO 60 INTRODUÇÃO 60 4.1 CONCEITUAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO 60 4.2 PRINCIPAIS ATENÇÕES NO MOMENTO DE ELABORAR A FOLHA DE PAGAMENTO 65 4.3 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 69 2UNIDADE 3UNIDADE 4UNIDADE 9 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 5 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO 74 INTRODUÇÃO 74 5.1 CONCEITUAÇÃO DE SALÁRIO E REMUNERAÇÃO 75 6 BENEFÍCIOS PREVIDENCIARIOS 89 INTRODUÇÃO 89 6.1 AUXÍLIO DOENÇA 90 6.2 SALÁRIO MATERNIDADE 93 6.3 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 95 6.4 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO OU IDADE 97 6.5 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 99 6.6 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 100 5UNIDADE 6UNIDADE 10 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOSMÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS ICONOGRAFIA 11 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina Contabilidade Tributária e Trabalhista objetiva-se a proporcionar uma reflexão sobre a legislação tributária e trabalhista, na qual os profissionais devem se manter atualizados e respeitá-las para não sofrer penalidades. No decorrer desta disciplina, serão abordados todos os tipos tributários existen- tes no Brasil e como as empresas se enquadram dentro deles. Cada empresa, dependendo do seu porte, é tributada de maneira diferente, dentre eles, lucro real, presumido e simples nacional. Além do faturamento, os aspectos trabalhistas também devem ser levados em consideração. Por esse motivo, um dos grandes objetivos é conhecer as questões trabalhistas dentro dos modelos de tributação. Será apresentado tudo o que deve ser levado em consideração para o fechamento da folha de pagamento e o que é ou não relevante para a empresa. UNIDADE 1 > Compreender os conceitos básicos da Administração de Pessoal. > Familiarizar-se com o tema e promover melhor absorção do conteúdo. >Lorem ipsum >Lorem ipsum OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 12 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA > Conhecer todos os tipos tributários; > Diferenciar os tipos tributários existentes, a fim de queseja possível enquadrar as empresas; > Aprender a apurar os tributos de cada uma das classificações tributárias. OBJETIVO Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de: 13 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA 1 TIPOS TRIBUTÁRIOS INTRODUÇÃO DA UNIDADE Nesta unidade, você irá conhecer os tipos tributários existentes no país, den- tre eles: lucro real, lucro presumido, simples nacional e as diferenças existen- tes entre eles. Dependendo do faturamento anual de cada empresa, ela será tributada por um desses registros, ou seja, é o faturamento que vai definir em qual regime de tributação ela estará enquadrada. Segundo Pêgas (2011), as empresas são enquadradas pela legislação tributá- ria em cinco diferentes formas: Simples Nacional, Lucro Real, Lucro Presumi- do, Lucro Arbitrado e Imune/Isentas. No caso do regime do simples nacional, as empresas são enquadradas de acordo com suas atividades, o que chamamos de anexos. É por meio dos ane- xos que será possível encontrar as alíquotas a serem aplicadas em cada uma dessas atividades. Será apresentado a você o modelo de apuração de cada regime tributário, para que você consiga entender a diferença de cada um deles. 1.1 LUCRO REAL O regime de tributação, com base no lucro real, é calculado de acordo com o faturamento mensal ou trimestral conforme o lucro efetivo da entidade. Al- guns consideram o regime tributário mais complexo existente, por ter como base o lucro líquido para apuração, e mesmo assim existe um cálculo especí- fico que iremos analisar adiante. 14 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 1: CÁLCULOS DE ACORDO COM O FATURAMENTO Fonte: Plataforma Deduca (2020). Os impostos incidentes para esse tipo de tributação são: imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido, automaticamente, se houver prejuízos, não haverá essas incidências. Além desses, também há PIS e COFINS, que por não serem cumulativos, a soma dos créditos deduzidas os débitos irão mostrar o saldo do imposto a ser pago. Segundo Pêgas (2011), resultado contábil é o valor apurado pela contabilidade por meio da confrontação de receitas e despesas no regime de competência. Esse resultado pode ser Lucro, receitas superiores às despesas, ou Prejuízo, despesas superiores a receitas. A Lei n. 9.430, de 27 de dezembro de 1996 afirma que: Art. 1º A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei. 15 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA § 1º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto de renda devido será efetuada na data do evento, observado o disposto no art. 21 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. § 2° Na extinção da pessoa jurídica, pela encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento. (BRASIL, [2018]) Desta forma, o imposto de renda pessoa jurídica terá como base de cálculo de acordo com o regime tributário de cada uma das empresas. FIGURA 2: APURAÇÃO DE IMPOSTOS Fonte: Plataforma Deduca (2020). O período de apuração para esse regime tributário pode ser trimestral ou anualmente, podendo o empreendedor optar da forma que achar melhor. Portanto, mesmo que opte por apuração anual, algumas obrigações mensais devem ser apresentadas. O pagamento do IRPJ e CSLL devem ser mensais, de acordo com sua receita bruta e acréscimos. 16 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Algumas empresas são obrigadas a optar pelo lucro real, dentre elas: empresas com receita bruta superior a 48 milhões; bancos e sociedades de créditos; empresas que obtiveram ganhos de capital oriundos do exterior; Além desses, independentemente de faturamento ou atividade, qualquer empresa pode optar por esse regime tributário se julgar como mais vantajo- so para sua empresa. Assim que optar pelo Lucro Real, os empreendedores devem estar cientes das obrigatoriedades, para melhor se organizar e estar ciente de todo o seu faturamento real. Algumas rotinas são obrigatórias, como inventário, demons- trativo de resultados e relatórios de lançamentos de caixa. De forma geral, os impostos a serem pagos por meio do lucro real são: imposto de renda pessoa jurídica, contribuição social sobre o lucro líquido, programa de interação social, contribuição para o financiamento da seguridade social, imposto sobre serviço, ICMS e INSS. FIGURA 3: IMPOSTOS OBRIGATÓRIOS IRPJ CSLL / ICMS PIS / INSS COFINS Fonte: Elaborada pela autora (2020). 17 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA 1.2 LUCRO PRESUMIDO O lucro presumido é a forma de tributação mais simplificada, ou seja, ela tem como base de cálculo o imposto de renda de pessoa jurídica. Para Oliveira, L. et al (2009), é uma forma de tributação simplificada para de- terminação da base cálculo para IRPJ e CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração com base no Lucro Real. FIGURA 4: APURAÇÃO LUCRO PRESUMIDO Fonte: Plataforma Deduca (2020). Para Pêgas (2011, p. 497), “o Lucro Presumido é uma forma de tributação que utiliza apenas as receitas da empresa para apuração do resultado tributável”. 18 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Esse regime tributário é nomeado como presumido por ter como principais impostos os tributos federais que são: imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido. Esses impostos devem ser apurados trimestralmente, utilizando a receita bruta do período como base de cálculo. FIGURA 5: PRÓS E CONTRAS DE OPÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO Prós Contras Baixas aliquotas Menor parcela do lucro é utilizada para impostos Atividades de prestação de serviços possuem aliquotas maiores Maior burocracia para enquadramento Fonte: Elaborada pela autora (2020). Em relação ao lucro real, o lucro presumido possui menos obrigações acessórias a serem cumpridas mensalmente, porém deve ser observado financeiramente se será mais vantajosa ou não. Se a margem de lucro for pequena, o lucro presumido não será vantajoso, pois terá uma alíquota de tributação mais alta, assim como para as empresas prestadoras de serviços. Para enquadramento do lucro presumido, a burocracia também é mais evidente, tendo em vista que o sistema de simples nacional exige apenas uma declaração anual. 19 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA As obrigações acessórias do lucro presumido, aquelas que devem ser entregues mensalmente, são DCTF e EFD Contribuições. Para que essas entregas sejam realizadas, será necessário o certificado digital da empresa. Além dessas, ainda deve ser entregue à contabilidade: notas fiscais, sistema público de escrituração fiscal (sped), informações necessárias para a geração do IRPJ e CSLL, declaração de ISS gerada no sistema da prefeitura municipal. Ao realizar a escolha pelo regime de tributação, que é muito relativo de em- presa para empresa, deve ser observado: o faturamento da empresa nos últi- mos meses, o tipo de atividade exercida e a legislação vigentedo local. Com base nesses fatores, será possível sabe se é vantajoso ou não a escolha pelo lucro presumido. 1.3 SIMPLES NACIONAL E SEUS ANEXOS O simples nacional é o regime tributário como o próprio nome já diz, simples. Teoricamente esse tipo de tributação possui uma alíquota de recolhimento menor comparado aos demais e de forma mais simples. De acordo com a Receita da Fazenda (O QUE É, [2020?]): O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. Para o ingresso no Simples Nacional, é necessário o cumprimento das seguintes condições: • enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte; • cumprir os requisitos previstos na legislação; e • formalizar a opção pelo Simples Nacional. 20 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 6: TRIBUTAÇÃO MAIS SIMPLES Fonte: Plataforma Deduca (2020). Ainda assim, a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006 afirma em seu art. 1o, que Normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art146 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp147.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp147.htm#art1 21 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA FIGURA 7: SIMPLES NACIONAL Fonte: Plataforma Deduca (2020). As alíquotas do simples nacional são definidas de acordo com as atividades enquadradas nos anexos. Cada anexo traz consigo o faturamento da atividade e as respectivas alíquotas a serem abordadas. 22 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 São características do regime de tributação simples nacional de acordo com a Receita da Fazenda (O QUE É, [2020?]): • ser facultativo; • ser irretratável para todo o ano-calendário; • abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/ Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP); • recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação - DAS; • disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para constituição do crédito tributário; • apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais; • prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta; • possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município. 23 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 8: ANEXOS SIMPLES NACIONAL Anexo I: Comércio Anexo III: Serviços Anexo IV: Serviços Anexo II: Industria Fonte: Elaborada pela autora (2020). De acordo com a figura anterior, é possível perceber a separação dos anexos, lembrando que há separação dos tipos de serviços de acordo com os anexos. No anexo III, estão enquadrados: serviços como academias, médicos e dentistas, agências de viagens, lotéricas e escritórios de contabilidade, entre outros (lista completa no § 5º-B, § 5º-D e § 5º-F do artigo 18 da Lei Complementar nº 123). No anexo IV, encontram-se: empresas de limpeza, vigilância, construção de imóveis e serviços advocatícios, entre outros (lista completa do Anexo IV está no § 5º-C do artigo 18 da Lei Complementar nº 123). No anexo V, encontram-se: empresas que fornecem serviços de auditoria, tecnologia, publicidade e engenharia, entre outros (lista completa do Anexo V está no § 5º-I do artigo 18 da Lei Complementar nº 123). 24 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 1.4 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO De acordo com os tipos tributários já listados, é possível perceber que existe uma grande diferença entre eles. O lucro real é o mais complexo e, ao mesmo tempo, o que enquadra às empresas que possuem os maiores faturamentos, automaticamente, as empresas de grande porte. Por mais que qualquer empresa que se achar vantajoso optar por esse tipo de regime tributário, não há impedimento para realizar a opção. As empresas com faturamento superior a 78 milhões ficam obrigadas a realizar opção por esse tipo de regime tributário. FIGURA 9: TRIBUTAÇÃO Fonte: Plataforma Deduca (2020). 25 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O lucro presumido é uma opção de regime tributário mais simplificado se comparada ao lucro real, porém é limitada as empresas que faturam até 78 milhões. As suas obrigações podem ser trimestrais ou anuais, de qualquer for- ma algumas obrigações acessórias devem ser apresentadas mensalmente. A base de cálculo para esse regime tributário é o lucro apurado, com seus diversos critérios citados anteriormente. Mesmo assim, a burocracia para op- ção deste, é bem mais complexa, tendo em vista que a comprovação da do- cumentação é mais exigente. Deve-se ficar atento no momento da escolha, pois, financeiramente, dependendo da sua atividade, é mais vantajoso optar pelo regime de tributação pelo lucro real. Outro tipo de tributação, que se tem no Brasil, é o simples nacional, em que se enquadra a maior parte das empresas. Podem fazer parte desse regime as empresas de pequeno e médio porte, conforme a lei complementar nº 123 de 2006. O limite máximo de faturamento para estar enquadrado é de 3,6 mi- lhões anuais, e as alíquotas estão divididas de acordo com os anexos. CONCLUSÃO Nesta unidade, buscamos trazer todos os tipos tributários, de acordo com suas peculiaridades, a fim de que você, consiga interpretar cada uma delas. Verificamos que o lucro real, o mais complexo, engloba as maiores empresas, e que seu cálculo é realizado de acordo com o faturamento mensal ou tri- mestral conforme o lucro efetivo da entidade. Alguns consideram o regime tributário mais complexo existente, por ter como base o lucro líquido para apuração, e mesmo assim existe um cálculo específico. O lucro presumido é a forma de tributaçãomais simplificada, ou seja, ela tem como base de cálculo o imposto de renda de pessoa jurídica. Em relação ao lucro real, o lucro presumido possui menos obrigações acessórias a serem cumpridas mensalmente, porém deve ser observado financeiramente se será mais vantajosa ou não. Ao realizar a escolha pelo regime de tributação, que é muito relativo de empresa para empresa, deve ser observado: o faturamento da empresa nos últimos meses, o tipo de atividade exercida e a legislação vi- gente do local. 26 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA O simples nacional é o regime tributário simples. Teoricamente esse tipo de tributação possui uma alíquota de recolhimento menor comparado aos de- mais e de forma mais simples. Não são todas as empresas que podem optar pelo simples nacional, para saber se é possível fazer parte dessa tributação devem ser observados os anexos com as respectivas atividades e alíquotas. A partir desses conceitos, foi possível deixar claro a diferenciação de cada tipo tributário e quais os quesitos que é necessário para enquadrar a empresa. UNIDADE 2 > Compreender os conceitos básicos da Administração de Pessoal. > Familiarizar-se com o tema e promover melhor absorção do conteúdo. >Lorem ipsum >Lorem ipsum OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 27 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA > Apresentar a finalidade do planejamento tributário; > Entender os impostos que são importantes no momento da elaboração do planejamento tributário; > Reconhecer os pontos importantes para a empresa dentro do planejamento tributário. OBJETIVO Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de: 28 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO INTRODUÇÃO Esta unidade irá apresentar os tipos de tributos e suas características, ressal- tando os impostos federais, estaduais e municipais. Além dos impostos, as taxas e contribuições também estão enquadradas como tributos. Nesse caso, as taxas são divididas em taxas de serviços públicos específicos e taxas de polícia. Esses pontos são essenciais para o planejamento tributário de uma empresa. É importante ressaltar que esses assuntos merecem uma atenção especial, pois podem afetar diretamente no orçamento financeiro de uma empresa se não for bem planejado 2.1 OBJETIVO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Quando falamos em planejamento tributário, nos referimos a planejamento para minimizar os gastos com tributos e impostos. Mas para melhor enten- der, vamos conceituar os impostos e os tributos. Os impostos são grandes responsáveis pela situação econômica de várias em- presas. São tantos impostos que é preciso classificá-los de acordo com seus en- tes responsáveis. Listar os impostos federais, municipais e estaduais é uma tare- fa que a maioria das pessoas não conseguem. Por esse motivo, vamos entender as responsabilidades de cada órgão fiscalizador em relação aos impostos. Os impostos federais são aqueles de responsabilidade da união, dentre eles, podemos citar: imposto de importação, imposto sobre produtos industrializa- dos, imposto sobre obrigações financeiras, imposto de renda de pessoa jurídi- ca, imposto de renda de pessoa física, imposto sobre a propriedade territorial, contribuição para a seguridade social, contribuição social sobre o lucro líquido. 29 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 1: INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Fonte: Plataforma Deduca (2020). Os tributos estão definidos ao Código Tributário Nacional, no art. 3º: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Sendo assim, o tributo é uma exigência obrigatória e deve ser paga em moeda, não pode ser estabelecida como punição por ato ilícito e deve estar prevista em lei. É o artigo 5º do Código Tributário que dispõe sobre quais são os tributos, que são impostos, taxas e contribuições de melhoria. No entanto, a Constituição Federal, em seus arts. 145, 149, 149-A, classificam os tributos em: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. O imposto de importação (II) incide sobre todos os produtos importados, in- dependente de ser pessoa física ou jurídica, o fato gerador é a importação de 30 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 produtos de outros países para o Brasil. Outro tributo de responsabilidade da União, é o imposto sobre produtos industrializados. O mesmo deve ser pago pelos importadores ou comerciantes de indústrias. Diferente do II, o IPI irá incidir sobre os produtos importados ou não, o fato gerador para a sua inci- dência é a industrialização, independente de onde ela virá. FIGURA 2: CÁLCULO IMPOSTO Fonte: Plataforma Deduca (2020). O imposto sobre as operações financeiras (IOF) é bem conhecido também e está presente nas transações financeiras, como: câmbio, crédito e seguros. Descrito suas regras no art. 63 do Código Tributário Nacional, ele é aplicado nas mesmas condições para pessoa física e jurídica. Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; 31 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito. (BRASIL, 1966) O imposto de renda pessoa jurídica e pessoa física também fazem parte da lista de impostos sobre responsabilidade da união. É importante não os con- fundir, quando falamos desse imposto de responsabilidade de pessoa jurídica, associamos ao faturamento bruto das empresas, ou seja, a base de cálculo para esse imposto será o faturamento bruto independente do regime tributário. Quando nos referimos ao imposto de renda de pessoa física, deve ser destaca- da a renda bruta dessa pessoa, ou seja, a base de cálculo é literalmente a renda da pessoa. Nesse caso, existe uma tolerância de remuneração que é isenta, e a alíquota e gradativamente conforme a renda mensal da pessoa física. FIGURA 3: ESTUDANDO IMPOSTOS Fonte: Plataforma Deduca (2020) O imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) é devido às propriedades rurais, e também é devido pelas pessoas físicas e jurídicas. Em seguida, po- demos citar a COFINS, contribuição para financiamento da seguridade social, este é destinado a auxiliar o governo a financiar projetos regularizadospela seguridade social. 32 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Os impostos estaduais são mais comuns de serem lembrados, dentre eles, podemos citar: impostos sobre a circulação de mercadorias (ICMS), impostos sobre transmissão de causa mortis e doação (ITCMD), imposto sobre a pro- priedade de veículos automotores (IPVA). O imposto sobre a circulação de mercadorias (ICMS) incide sobre todas as mercadorias que são comercializadas no país. De todos os impostos citados, este é mais comum, o que, muitas vezes, nem nos damos conta de que es- tamos pagando esse imposto, pois está embutido em todas as mercadorias que compramos. Além dele, não podemos deixar de falar do imposto sobre transmissão de causa mortis e doação (ITCMD), o principal objetivo desse tri- buto é recolher recursos de heranças e doações, os valores arrecadados são destinados aos cofres públicos do estado. Finalizando sobre os impostos estaduais, temos o imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA). Quem possui seu veículo de locomoção, seja ele carro ou moto, não tem como escapar. Anualmente, deve ser recolhido esse im- posto para que o seu meio de locomoção esteja regular de circular pelas rodovias. FIGURA 4: AUTOMÓVEIS Fonte: Plataforma Deduca (2020) A base de cálculo desse imposto é de acordo com o valor da tabela fipe do veículo. O valor arrecadado é destinado metade para o estado e a outra meta- de fica sobre responsabilidade do município em que o carro está emplacado. 33 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Citados os impostos federais e estaduais, ainda temos os que são de compe- tência do município, que são três: imposto sobre a transmissão de bens inter vivos (ITBI), imposto sobre serviços (ISS) e imposto sobre propriedade predial e territorial urbana. O imposto sobre a transmissão de bens inter vivos (ITBI) é aquele que incide so- bre a transferência de bens, como casas, apartamentos, prédios. A alíquota inci- dente varia de acordo com a legislação de cada cidade, porém a responsabilida- de de pagamento do mesmo é de responsabilidade do comprador do imóvel. O imposto sobre serviços é recolhido pelas empresas prestadoras de serviços independente da sua atividade. Lembrando que os profissionais autônomos devem recolher esse imposto também. A alíquota varia de acordo com a le- gislação do município e, ao mesmo tempo, de acordo com a atividade. Ainda assim, temos o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana, da mesma forma que o IPVA incide sobre os veículos automotores, o IPTU in- cide sobre os bens imóveis, esse valor é recolhido anualmente e sua alíquota varia de acordo com a legislação do município. 2.2 COMO REALIZAR O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Ao entender os tipos de tributos, taxas e contribuições, podemos partir do princípio de elaboração do planejamento tributário. Alguns passos devem ser seguidos: Projeção da carga tributária nos próximos períodos; Checklist de todas as obrigatoriedades fiscais, mensais; Verificar se o regime tributário atual é o mais adequado para a empresa no momento; Revisão do crédito tributário. 34 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Estes pontos são primordiais para que a empresa possua um planejamento tributário, com a garantia de que não sofrerá autuações por descumprimento da legislação. A escolha de profissional qualificado e que tenha domínio do assunto, também é uma garantia de que o planejamento seja eficiente. O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam a di- minuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem a liberdade de planejar a sua empresa, com o objetivo de reduzir o custo do seu negócio, com ênfa- se nos tributos. Se a forma praticada for considerada lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. FIGURA 5: REALIZAÇÃO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Fonte: Plataforma Deduca (2020). 2.3 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA São contribuintes do imposto de renda pessoas jurídicas, as empresas indivi- duais e as pessoas jurídicas. A base de cálculo para apuração é o valor do lucro de cada tipo de tributação vigente. Cada empresa possui seu regime tributá- rio, assim, cada um deles possui suas bases de cálculo. O mesmo acontece em relação aos períodos de apuração, alguns optam pela apuração mensal, trimestral e até anual. No caso da extinção da atividade, o recolhimento deve ocorrer no momento do fato gerador. 35 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 6: IMPOSTO DE RENDA Fonte: Palataforma Deduca (2020). A Instrução Normativa n. 1.700, de 14 de março de 2017, afirma que: Art. 4º São contribuintes do IRPJ e da CSLL: I - as pessoas jurídicas; e II - as empresas individuais. § 1º As disposições deste artigo aplicam-se independentemente de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas. § 3º Sujeita-se à tributação aplicável às pessoas jurídicas o Fundo de Investimento Imobiliário nas condições previstas no art. 2º da Lei n. 9.779, de 19 de janeiro de 1999. 36 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 § 4º O consórcio constituído na forma prevista nos arts. 278 e 279 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as pessoas jurídicas consorciadas deverão observar o disposto em legislação específica. § 5º Salvo disposição em contrário, a expressão pessoa jurídica, quando empregada nesta Instrução Normativa, compreende todos os contribuintes a que se refere este artigo. (BRASIL, 2014) A Receita Federal 2020, traz que: As alíquotas do imposto de renda em vigor desde o ano-calendário 1996 são as seguintes: a) 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto; b) 6% (seis por cento) sobre o lucro inflacionário acumulado até 31 de dezembro de 1987, das empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e telecomunicações, das empresas de saneamento básico e das empresas que exploram a atividade de transporte coletivo de passageiros, concedida ou autorizada pelo poder público e com tarifa por ele fixada, realizado no período de apuração (trimestral ou anual) do imposto; A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por cento). Também se encontra sujeita ao adicional a parcela da base de cálculo estimada mensal, no caso das pessoas jurídicas que optaram pela apuração do imposto de renda sobre o lucro real anual, presumido ou arbitrado, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Em relação às pessoas jurídicas que optarem pela apuração do lucro presumido ou arbitrado, o adicional incide sobre a parcela que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração. A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas. O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributáveis de pessoa jurídica que explore atividade rural (Lei n. 9.249, de 1995, art. 3º, § 3º). No caso de atividades mistas, a base de cálculo do adicional será a soma do lucro real apurado nas atividades em geral como lucro real apurado na atividade rural. (BRASIL, 1995) Desta forma, são contribuintes todos que domiciliados no país, que com base no lucro devem apurar o IRPJ. A alíquota vigente é de 15% com adicional de 10% sobre o que passar o valor de R$ 20.000,00. 37 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 2.4 PIS E COFINS O Programa de Integração Social, mais conhecido como PIS tratado no art. 239 da Constituição Federal diz que: A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Complementar n. 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar n. 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego, outras ações da previdência social e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (BRASIL, 2019) Considera-se contribuintes do PIS, as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda. Ainda assim, as empresas prestadoras de serviços, públicas e sociedades de economia mis- ta e suas subsidiárias, também devem contribuir para esse tributo. As empresas optantes pelo regime tributário do Simples Nacional ficam isentas desta contribuição, assim como as microempresas e as empresas de pequeno porte. 38 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 7: CONTRIBUINTES DO PIS Fonte: Plataforma Deduca (2020). A destinação do PIS está determinada no art. 239 da Constituição Federal da seguinte forma: § 1º Dos recursos mencionados no caput, no mínimo 28% (vinte e oito por cento) serão destinados para o financiamento de programas de desenvolvimento econômico, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que preservem o seu valor. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 2º Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas leis específicas, 39 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da arrecadação de que trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes. § 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta Constituição. § 4º O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por lei. § 5º Os programas de desenvolvimento econômico financiados na forma do § 1º e seus resultados serão anualmente avaliados e divulgados em meio de comunicação social eletrônico e apresentados em reunião da comissão mista permanente de que trata o § 1º do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (BRASIL, 2019) De forma geral, essa destinação se dá para o financiamento do seguro de- semprego, abono salarial e financiamento de programas por meio do Banco Nacional. FIGURA 8: IMPOSTOS Fonte: Plataforma Deduca (2020). 40 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A contribuição para financiamento da seguridade social, conhecida como CO- FINS, incidente sobre a receita bruta, o art. 195 da Constituição Federal diz que: A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional n. 20, de 1998) I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998) b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998) (BRASIL, 1988) Primeiramente o COFINS foi instituído pela Lei Complementar n. 70, de 30 de de- zembro de 1991, posteriormente ela foi unificada com a legislação do PIS/PASEP. Existem dois regimes distintos, o regime cumulativo e o não cumulativo. Quando nos referimos ao regime cumulativo, não consideramos o desconto de créditos, utilizando como regra geral o valor das contribuições devidas di- retamente na base de cálculo. Esse regime foi instituído Lei n. 9718/1998. Art. 2° As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei. (Vide Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001) Art. 3º O faturamento a que se refere o art. 2o compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei n. 1.598, de 26 de dezembro de 1977. (Redação dada pela Lei n. 12.973, de 2014) § 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art. 2º, excluem-se da receita bruta: I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; (Redação dada pela Lei n. 12.973, de 2014); II - as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimento pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta; (Redação dada pela Lei n. 12.973, de 2014) IV - as receitas de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível; e (Redação dada pela Lei n. 13.043 de 2014); VI - a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos. (Incluído pela Lei nº.12.973, de 2014) (BRASIL, 1998) 41 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Já o regime não cumulativo, regido pela Lei n. 10.833/2003, afirma que: Art. 1o A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins, com a incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. (Redação dada pela Lei n. 12.973, de13 de maio de 2014) (Vide art. 119 da Lei n. 12.973/2014) § 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei n. 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Redação dada pela Lei n. 12.973, de13 de maio de 2014)(Vide art. 119 da Lei n. 12.973/2014) § 2o A base decálculo da Cofins é o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, conforme definido no caput e no § 1o. (Redação dada pela Lei n. 12.973, de13 de maio de 2014)(Vide art. 119 da Lei n. 12.973/2014) (BRASIL, 2003) Desta forma, não integra, na base de cálculo, operações sujeitas a alíquotas zero de tributação. Geralmente, as empresas que optam pelo regime não cumulativo são as empresas optantes pelo lucro real, onde são descontados da receita bruta os créditos da contribuição. CONCLUSÃO Nesta unidade, buscamos trazer todas as observâncias para um bom plane- jamento tributário. Para entender como realizar o planejamento tributário, precisamos diferenciar os impostos, tributos, taxas e contribuições. Esse é o primeiro passo a ser entendido, verificamos todos os tipos de impostos exis- tentes e os que as empresas estão sujeitas a recolher. Com ênfase ao tratamento do imposto de renda pessoa jurídica, trouxemos por meio das bases legais toda conceituação e o respectivo tratamento ne- cessário para o seu cálculo. A base de cálculo para apuração é o valor do lucro de cada tipo de tributação vigente. Cada empresa possui seu regime tributá- rio, assim, cada uma delas possui suas bases de cálculo, assim como a CSLL. O PIS e a COFINS caminham juntos, ou seja, o tratamento entre eles é muito parecido, porém as destinações são diferentes. O PIS é destinado à integração social do empregado, enquanto a COFINS é destinado ao financiamento para 42 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 a seguridade social. O fato gerador, para o recolhimento de ambos, é o aferi- mento das receitas com base na totalidade das receitas. Conforme o citado, deve ser optado pelo regime de recolhimento cumulativo ou não cumulativo, a incidência cumulativa não irá considerar os créditos enquanto a não cumu- lativa, incluirá na sua base de cálculo, é feita a apropriação dos créditos. UNIDADE 3 > Identificar os tipos de planejamento tributário; > Entender a aplicação de cada tipo conforme o objetivo desejado; > Apresentar o que compõe cada tipo de planejamento tributário. OBJETIVO Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de: 43 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA 44 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA 3 TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO INTRODUÇÃO Existem alguns tipos de planejamento tributário, nesta unidade, serão abor- dados quatro: estratégico, tático, operacional e corretivo. Para saber qual de- les adotar para executar uma estratégia com eficiência, é preciso ter conheci- mento de todos os setores da empresa, de forma que seja possível definir os objetivos e os meios que serão utilizados para atingi-los. Esta unidade apresentará os tipos de planejamentos tributários, suas caracte- rísticas, suas diferenças e seus aspectos específicos. 3.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ESTRATÉGICO O planejamento tributário estratégico propõe adequar os objetivos gerais do empreendimento à legislação brasileira, que é rigorosa, tem elevada carga de impostos e não pode ser ignorada. Neste primeiro estágio da ação, os objetivos fiscais são definidos com base nos benefícios estimados em longo prazo — normalmente, de 5 a 10 anos. Os responsáveis por planejar, portanto, são sócios e diretores da empresa. Nessa fase, são tomadas decisões sobre: Tipos de regime tributário: Simples nacional, lucro presumido, lucro real, lucro arbitrado. 45 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Possíveis mudanças de domicílio tributário: Essa análise é feita para empresa verificar como pode economizar no pagamento de tributos de forma legal. Desenvolvimento de novos produtos ou serviços: Durante o planejamento estratégico, a empresa já deve ter definido algumas questões como quem ela é e aonde quer chegar. Por meio de diversos estudos de mercado e da sua concorrência, toma decisões sobre novos produtos ou serviços para se tornar um diferencial. Contratações e terceirizações: Uma das principais decisões que tem impacto no financeiro da empresa está relacionada à contratação de pessoal. Para determinados serviços, pode ser mais vantajosa a terceirização. Incentivos fiscais: Outro fator que também tem impacto direto na saúde financeira da empresa é o conhecimento dos possíveis incentivos fiscais oferecidos pela administração pública por meio de descontos, isenções ou compensações que podem aliviar a carga tributária. Mas antes de tomar tais decisões... 46 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA Os gestores precisam definir muito bem: • quem a empresa é; • aonde quer chegar e • o que considera mais importante no caminho. Ou seja, devem-se considerar questões funda- mentais sobre a missão (onde se encontra e aonde quer chegar), a visão (o que é e o que faz) e os va- lores (o que prioriza) da empresa. O planejamento tributário sempre é, ou deveria ser, personalizado. Não se podem ignorar as informações internas de uma empresa. Com esses pontos definidos, é possível adotar planos estratégicos para aderir às mudanças objetivadas. A partir desse mapeamento inicial, os gestores podem definir as metas e ob- jetivos a serem alcançados pela empresa dentro do horizonte que está sendo projetado, como a posição de mercado que pretende ocupar, como quer ser reconhecida por seus clientes em dentro de alguns anos, aumento da satisfa- ção dos clientes em 20%, redução reduzir os custos produtivos em 15%, eleva- ção do índice de capacitação dos funcionários em 30%, entre diversos outros. Oliveira (apud VASCONCELOS 2004, p. 31) afirma: O planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores de modo que possa exercer alguma influencia; o planejamento é, ainda, um processo contínuo um exercício mental que é executado pela empresa independentemente de vontade específica de seus executivos. É importante levar em consideração todos os fatores internos e externos a or- ganização, por exemplo, o cenário econômico global e a situação do mercado em que a empresa atua. Pode-se fazer uso da ferramenta de análise S.W.O.T. que ajuda a mapear todas as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças e fornece uma base para a estruturação dos demais planos estratégicos. O termo “SWOT” é um acrônimo das palavras strengths, weaknesses, 47 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 opportunities e threats que significam respectivamente: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, mas é bastante comum aqui no Brasil algumas pessoas usarem a sigla FOFA, ao invés da tradicional. (BASTOS, [201-?]). FIGURA 1: FERRAMENTA DE ANÁLISE S.W.O.T. Fonte: Plataforma Deduca (2020). Dessa forma, a reflexão acerca do futuro do negócio e a compreensão sobre os impactos que podem ser causados pela carga tributária são indispensáveis e afetam diretamente a expansão e desenvolvimento de qualquer empreen- dimento. Isso porque, quando se tem conhecimento tanto da parte tributária, quanto da fundamentação da empresa e do mercado em que esta está inserida, tor- na-se possível uma previsão de cenários futuros internos e externos, de forma que a empresa possa se preparar para quaisquer possibilidades e oportuni- dades também. O planejamento estratégico tem visão a longo prazo, como já visto anterior- mente,para um período de 5 a 10 anos. Porém, é essencial que o planejamen- to seja revisado e atualizado constantemente. Caso contrário, os planos po- dem sofrer um sério risco de ficarem obsoletos e serem abandonados dentro da empresa. 48 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Além disso, é um diferencial que o Planejamento Estratégico seja inspirador e motivador. Os planos de longo prazo são uma das formas mais simples e poderosas de engajar os colaboradores com os objetivos da empresa e gerar grande satisfação em todos com o alcance dos resultados. 3.2 PLANEJAMENTO TRIBUTARIO TÁTICO Diferente do estratégico, o planejamento tributário tático tem foco no mé- dio prazo e com um pouco mais de detalhes e com certa visão holística. São elaborados, em média, para 1 a 3 anos. Esse tipo de planejamento mantém a visão global da organização, porém é voltado diretamente para as áreas e departamentos da empresa. De acordo com Oliveira: O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico. (OLIVEIRA, P. 48, 2001) Assim, pode-se dizer que o planejamento tático é a decomposição do planejamento estratégico para cada setor, para cada área da empresa, de forma a traçar objetivos que assegurem o alcance das metas propostas pelo planejamento estratégico. É importante perceber que é o planejamento tático que faz ligação entre os planejamentos estratégico e operacional. Sendo assim, é nesse momento que devem ser definidas as estratégias para cada setor e as ações que devem ser executadas, de forma a atingir os objetivos específicos do planejamento tático e os objetivos gerais da empresa. É na base no planejamento tático que é definido seus objetivos para cada unidade ou setor da organização empresarial, como: produção, marketing, recursos humanos, entre outros. 49 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Setor de produção: o planejamento pode detectar se a produção está condizente com a capacidade do setor, se está dentro dos prazos, por exemplo. Também pode garantir que não sejam comercializados produtos defeituosos. Setor de marketing: a empresa deve tomar o cuidado de anunciar seus produtos e prazos de forma honesta e fidedigna. Uma informação errada pode custar a reputação da empresa e resultar na saída de clientes Setor de Recursos Humanos: cabe a esse setor entender as necessidades de todos os setores da empresa para ser assertivo na hora da contratação de seu pessoal, assim como na retenção. Um plano de benefícios pode ser vital para manter empregados- chave. 50 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 2: PLANEJAMENTO Fonte: Plataforma Deduca (2020). Para que os objetivos sejam alcançados, existem algumas decisões que en- volvem o planejamento tributário tático, por exemplo: Formar uma equipe multidisciplinar: A equipe deve conter membros de todos os setores da empresa e, principalmente, membros com domínio da legislação tributária. Escolher um sistema fiscal e de gestão adequado: Os sistemas são aliados imprescindíveis e qualquer atividade empresarial, desde a tomada de decisões estratégicas até as atividades operacionais do dia a dia. 51 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Dialogar com a equipe estratégica: O diálogo entre as equipes que formam as estratégias das empresas e as equipes que executam as atividades conforme as decisões estratégicas tomadas são de suma importância para o bom andamento das atividades e para que haja harmonia nas diferentes esferas empresariais. A equipe de planejamento tributário não deve ser formada apenas por conta- dores ou advogados. É preciso uma equipe multidisciplinar para que se tenha várias perspectivas e o resultado seja o melhor possível. Além disso, deve mos- trar parceria, pois os acertos e os erros são de todos, porém é imprescindível que a equipe tenha em sua composição membros que tenham domínio da legislação tributária, de forma a buscar incentivos fiscais, conhecer as ferra- mentas disponíveis no mercado para um bom planejamento e saber obter economia tributária através da legislação. Sem conhecer o direito tributário, os regimes tributários e as suas formas de aplicação, a margem de erro au- mentará muito. Escolher um sistema fiscal e de gestão adequado é um passo de suma importância e não deve ser negligenciado. Assim como um sistema não funciona sozinho, uma equipe necessita de um sistema que otimize os processos e integre os setores da empresa minimizando as margens de erro, além de trazer economia de mão de obra e tempo. Simultaneamente às estratégias adotadas, o diálogo com a equipe estratégi- ca é bastante relevante. Deve-se ter consciência que a equipe operacional é composta por técnicos, mas a equipe estratégica, muitas vezes, não, pois não são contadores ou tributaristas. Sendo assim, deve-se utilizar uma linguagem acessível para que consigam entender quais são as necessidades e o que se propõe no planejamento tributário. Uma comunicação fluente e alinhamento dos objetivos possibilita consenso e harmonia nas tomadas de decisões refe- rentes a quaisquer temas necessários. 52 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Por lidar diretamente com a saúde financeira da empresa, o cotidiano de quem trabalha no setor tributário pode ser desgastante. Diante dessa reali- dade é possível perceber a importância do bom planejamento, com metas claras, para que não seja necessário apagar incêndios diariamente. Nesse sentido, percebe-se a importância do planejamento tático não só para a saúde financeira da empresa, como para manutenção de clima leve na em- presa, permitindo produtividade mais eficiente. 3.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO OPERACIONAL O planejamento tributário operacional é o modelo em que as ações que fo- ram planejadas nas fases estratégica e tática são postas em prática. São de- terminados planos focados no curto prazo, com períodos de 3 a 6 meses, e com definições de métodos, processos, sistemas. Esses planos de ação preci- sam ser desenvolvidos dentro do período projetado. O planejamento operacional faz uso de procedimentos determinados na legislação, visando sempre ao cumprimento das obrigações fiscais. É nesse momento que se percebe a redução dos tributos pela antecipação dos paga- mentos. É na parte operacional que devem ser atendidas as normas tributárias vigen- tes, como escrituração e apuração correta de impostos e encargos, pagamen- tos dentro dos prazos estipulados por lei etc. Esse tipo de planejamento é bem mais detalhado, com especificações de quem serão as pessoas envolvidas, as suas responsabilidades, assim como as atividades, funções, tarefas e recursos que serão utilizados, como equipamentos e recursos financeiros, de forma a criar condições para o alcance dos objetivos. Dessa forma, é preciso conter todos os meios necessários para sua implemen- tação, a metodologia que será utilizada, os objetivos esperados e os responsá- veis pela realização. 53 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Esse é o momento de desenvolver os Planos de Ação. Uma das ferramentas mais conhecidas e utilizadas nesse processo é o 5W2H, que segundo Seleme e Stadler: A ferramenta 5 Ws e 2 Hs traduz a utilização de perguntas (elaboradas na língua inglesa) que se iniciam com as letras We H, [...] no qual também se encontra o significado de cada uma delas. As perguntas têm como objetivo gerar respostas que esclareçam o problema a ser resolvido ou que organizem as ideias na resolução de problemas. (SELEME E STADLER, p. 42, 2012) O detalhamento do 5W2H pode ser visto no Quadro 1 a seguir: QUADRO 1: 5W2H Fonte: Seleme e Stadler (2012, p. 42). Essa ferramenta permite que o gestor determine quem será responsável e pelo que (qual tarefa), prazo para execução, objetivos, meio físico ou digital, como os procedimentos devem ser executados e orçamento previsto. Além desses passos, é imprescindível que faça parte do planejamento opera- cional uma avaliação dos riscos das atividades planejadas, bem como a defini- ção de planos de contingência, caso se concretize algum dos riscos avaliados. 3.4 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO CORRETIVO O planejamento tributário corretivo é adotado quando a empresa identifi- ca irregularidades em fatores que podem impactar os tributos. Isso contri- bui para recuperar valores de créditos tributários ou ainda para diminuir ou mesmo evitar a exposição ao fisco. Como o próprio nome já sugere, o grande mérito desse planejamento é “estancar” os erros antes que seja tarde demais. 54 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Tem por finalidade estudar as incoerências, propor alternativas de alterações e executar ações para encontrar soluções cabíveis. FIGURA 4: ANÁLISES OPERACIONAIS Fonte: Plataforma Deduca (2020). No cotidiano das organizações, ao longo do desdobramento do planejamen- to, situações atípicas podem acontecer, de forma a deixar o negócio exposto a riscos tributários ou, até mesmo, a possibilidade de recuperação de valores (créditos fiscais). Dessa maneira, assim que as circunstâncias desse tipo são detectadas, entra em cena o planejamento corretivo. Como forma de correção, são adotadas, por exemplo, revisões fiscais periódi- cas — diária, mensal, anual etc. — que visam retificar eventuais deslizes ope- racionais e aperfeiçoar os processos existentes. Um exemplo que pode ser vivenciado no cotidiano e utilizado como analogia é o ato de cozinhar: após colocar a comida na panela, ao experimentar notou- -se falta de sal. Essa é a hora de ajustar o tempero imediatamente, a fim de evitar que a comida fique sem gosto. 55 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Assim, o planejamento tributário corretivo precisa ser acionado sempre que a empresa suspeitar de alguma irregularidade fiscal ou tributária. Por fim, vale destacar a importância de as empresas, no dia a dia, contarem com o apoio de profissionais da contabilidade capazes de orientar suas deci- sões nessa esfera — além de conduzir os tipos de planejamentos tributários. 3.5 DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Nessa unidade, abordamos quatro tipos de planejamento tributário, são eles: o estratégico, o tático, o operacional e, por fim, o corretivo. Os tipos de plane- jamento tributário são bem pontuais nas suas diferenças. FIGURA 5: DIFERENÇAS Fonte: Plataforma Deduca (2020). Os planejamentos estratégico, tático e operacional fazem parte de um mes- mo quebra-cabeça, em que o primeiro tem uma visão ampla, da empresa como um todo, e objetivos traçados em longo prazo, de 5 a 10 anos. Já o planejamento tático traz um pouco mais de detalhes e é voltado direta- mente para as áreas e departamentos da empresa, de forma que cada setor trabalhe na direção correta para que as metas do planejamento estratégico 56 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 sejam alcançadas. Além disso, seus objetivos são focados no médio prazo, ge- ralmente para períodos de 1 a 3 anos. Por fim, o planejamento operacional é muito mais minucioso, de forma a con- siderar cada empregado individualmente, suas atividades, funções, respon- sabilidades. Nesse planejamento, o foco é que os procedimentos prescritos pelas normas e legislação sejam seguidos e obedecidos, seja em relação à forma de tributação das operações ou até mesmo à forma de contabilizar determinada ocorrência. O planejamento tributário operacional tem periodi- cidade de 3 a 6 meses, geralmente. FIGURA 6: PIRÂMIDE DE PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL Alta Administração Visão da empresa Forte orientação externa Foco no longo prazo Objetivos gerais Planos genéricos Visão por unidades de negócios ou departamentos Foco no médio prazo Definições das principais ações por departamentos Visão por tarefas rotineiras Foco no curto prazo Definições de objetivos e resultados bem específicos Gerentes Supervisores Estratégico Tático Operacional Fonte: Treasy (2020). Em paralelo aos planejamentos estratégico, tático e operacional, é de suma importância que a empresa adote o planejamento tributário corretivo. Este último tem como principal objetivo a identificação de inconformidades, prin- cipalmente no âmbito operacional, de forma a corrigir quaisquer anomalias para minimizar ou extinguir possíveis exposições ao fisco, de forma que a em- presa não sofra penalizações previstas em legislações e normas tributárias. Ainda, tem a finalidade de verificar os procedimentos adotados, caso haja possibilidade para recuperação de créditos fiscais. 57 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3.6 ASPECTOS ESPECÍFICOS PARA OS PLANEJAMENTOS Ter uma estratégia bem definida é imprescindível para quem deseja empre- ender. Afinal, é por meio da estratégia que se torna possível traçar os rumos do novo empreendimento e todos os seus desdobramentos por meio do pla- nejamento. No contexto empresarial, o planejamento, ou pensamento estra- tégico, é um processo contínuo de criação, implementação e avaliação de de- cisões que orientam e permitem a uma organização atingir seus objetivos. Um bom plano deve considerar aspectos, como: análise do ambiente interno, externo, definição de metas e indicadores de resultados. Desse modo, poderá ser formulado com consistência. Além disso, é crucial que haja uma execução adequada e um controle contínuo dos resultados. FIGURA 7: PLANEJAMENTO CRONOLÓGICO Fonte: Plataforma Deduca (2020). O planejamento tributário estratégico é o primeiro passo, onde tudo começa. É preciso ter uma perspectiva abrangente, com missão, visão e valores defi- nidos para dar início aos planejamentos e determinação de metas. A partir desse ponto, pode-se tomar decisões já mencionadas, como: tipo de regime tributário, incentivos fiscais, domicílio tributário, entre outras. Na fase do planejamento tático, deve ser feita uma ponte entre as estratégias e a parte operacional. É preciso ter uma equipe muito bem selecionada para as tomadas de decisões táticas. Essa equipe deve ser composta por profissio- 58 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 nais com domínio da legislação tributária e por profissionais de outros seto- res, permitindo diversas perspectivas para chegar num resultado que seja o melhor possível. Como vimos, o planejamento tributário operacional é importante para que as funções e as responsabilidades sejam direcionadas da maneira correta e evite desgaste de tempo e recursos. É importante entender qual a categoria que a empresa se encaixa para ter total conhecimento sobre a quantidade e a incidência dos impostos que caem sobre a empresa para, assim, começar a realizar um planejamento tributário. CONCLUSÃO Nesta unidade, o objetivo foi aprofundar os conhecimentos acerca do plane- jamento tributário, de forma a conhecer quais os tipos de planejamento, suas etapas, objetivos e o que deve ser feito em cada umdeles. Importante, também, saber as diferenciações de cada tipo de planejamento, qual deve ser utilizado em cada fase da estruturação da empresa e o seu pa- pel, de forma auxiliar as outras fases do planejamento. Fazer um planejamento tributário é fundamental para que a empresa garan- ta saúde financeira e longevidade dos negócios, além de contribuir para que os colaboradores trabalhem focados nos resultados sem desviar os esforços em ações desnecessárias. UNIDADE 4 > Apresentar a folha de pagamento de forma rápida e prática; > Demonstrar as contas que fazem parte da folha de pagamento; > Apresentar o cálculo da folha de pagamento de forma eficiente e eficaz. OBJETIVO Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de: 59 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA 60 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA 4 FOLHA DE PAGAMENTO INTRODUÇÃO Esta unidade irá apresentar as etapas para a elaboração da folha de paga- mento, bem como a sua importância para os empregados e empregadores. O pagamento para os colaboradores é uma obrigação da empresa, pelo ser- viço prestado no decorrer do mês, com o prazo de até o 5º dia útil do mês subsequente. Para comprovação desse pagamento, deve ser realizada a elaboração da fo- lha de pagamento, documento no qual serve como comprovante de recebi- mento dos valores devidos à empresa. A folha de pagamento possui certos requisitos a serem cumpridos em rela- ção à sua composição. Porém a forma no qual essas informações devem ser apresentadas varia de acordo com a configuração de cada um dos sistemas contratados. Esse documento é de interesse para os empregadores como comprovação do pagamento e para os empregados, que se utilizam desse documento para comprovação de renda. Por meio da folha de pagamento é possível a com- provação de renda para fins de empréstimos e financiamentos por exemplo. 4.1 CONCEITUAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO O pagamento de salário deve ser realizado em um período não superior a trinta dias, ou seja, a cada trinta dias trabalhados, o empregado tem o direito de receber o valor acordado referente à prestação do seu serviço. 61 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIGURA 1: FOLHA DE PAGAMENTO Fonte: Plataforma Deduca (2020). Tanto a empresa, como o colaborador possuem obrigações a serem seguidas em relação à folha de pagamento. O art. 47 da IN RFB 971/09 afirma que: A empresa e o equiparado, sem prejuízo do cumprimento de outras obrigações acessórias previstas na legislação previdenciária, estão obrigados a: I - inscrever, no RGPS, os segurados empregados e os trabalhadores avulsos a seu serviço, observado o disposto no § 1º; II - inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes individuais no RGPS, a partir de 1º de abril de 2003, as pessoas físicas contratadas sem vínculo empregatício e os sócios cooperados, no caso de cooperativas de trabalho e de produção, se ainda não inscritos; III - elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo geral, nela constando: a) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função ou serviço prestado; b) agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual; c) identificados, os nomes das seguradas em gozo de salário-maternidade; d) destacadas, as parcelas integrantes e as não-integrantes da remuneração e os descontos legais; e) indicado, o número de cotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso. (BRASIL, 2009) 62 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA Acesse o link a seguir e entenda o conceito da folha de pagamento. https://www.algosobre.com.br/contabilidade- gera l / fo lha- de -pagamento - conceitos- e - elementos.html Desta forma, para que não haja nenhuma penalidade, ambos devem cumprir com suas obrigações. Veja quais são estas obrigações a seguir: Dentre as obrigações, temos: a inscrição do regime da previdência social, identificar se as mesmas são contribuintes individuais ou não, elaborar a folha de pagamento mensal e cumprir com seus requisitos. FIGURA 2: INFORMAÇÕES DA FOLHA DE PAGAMENTO Folha de Pagamento Remuneração Bruta Mensal Excecução de Horas Extras Horas faltasHoras trabalhadas Nome do empregado Fonte: Elaborada pela autora (2020). Conforme a figura anterior, é possível perceber que as informações como re- muneração, horas trabalhadas e horas faltas, se houver, são essenciais e obri- https://www.algosobre.com.br/contabilidade-geral/folha-de-pagamento-conceitos-e-elementos.html https://www.algosobre.com.br/contabilidade-geral/folha-de-pagamento-conceitos-e-elementos.html https://www.algosobre.com.br/contabilidade-geral/folha-de-pagamento-conceitos-e-elementos.html 63 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 gatórias a serem evidenciadas na folha de pagamento, além da identificação do empregado e do empregador. O princípio da competência deve ser obedecido também para a folha de pagamento. Esse princípio nos diz que será necessário o registro da ocorrência mesmo que não se obtenha o fato gerador, por exemplo: o funcionário trabalhou no mês de janeiro, porém seu pagamento foi realizado no quinto dia útil de fevereiro, o registro dessa prestação de serviço deve ocorrer em janeiro. FIGURA 3: REGISTRO PELA COMPETÊNCIA Fonte: Plataforma Deduca (2020). Por essa leitura, você compreenderá a formalização da folha de pagamento. Acesse: http://www.analisecontabilidade.com.br/capa. asp?infoid=4049 A folha de pagamento é um documento extremamente importante para a empresa. Primeiro porque, por meio da sua elaboração, a empresa consegue http://www.analisecontabilidade.com.br/capa.asp?infoid=4049 http://www.analisecontabilidade.com.br/capa.asp?infoid=4049 64 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 realizar um planejamento financeiro. Ela também consegue realizar a com- provação de recolhimento de impostos trabalhistas e previdenciários, além do pagamento dos salários. Todos os benefícios que a empresa oferecer ao colaborador devem ser escancarados na folha de pagamento, mesmo que, não seja feito seu desconto de forma integral. Para o colaborador, a folha de pagamento também possui a sua relevância. A mesma é utilizada para comprovação de renda e pode ser utilizada para financiamento de imóveis, automóveis e abertura de créditos em lojas, por exemplo. Além desses, esse documento sempre será solicitado no momento da utilização de algum benefício previdenciário, como o comprovante de pagamento de INSS. FIGURA 4: IMPORTÂNCIA DA FOLHA DE PAGAMENTO Importância para empresa Importância para colaborador Documento contábil, fiscal e comprovante de pagamento. Comprovante de rendimentos para INSS, e financiadoras. Fonte: Elaborada pela autora (2020). Importância da folha de pagamento Por meio da ilustração anterior, é possível perceber com maior clareza a importância da folha de pagamento para ambas as partes, empregado e empregador. 65 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Controle financeiro Desta forma, verifica-se que além de ser exigida a sua elaboração perante à legislação, facilita muito para
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