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FACULDADES INTEGRADAS DE ARACRUZ (FAACZ) CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS THAIZ DOS SANTOS AQUINO NEVES A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO FERRAMENTA PRIMORDIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL CASO PRÁTICO: TRIBUTAÇÃO NUMA EMPRESA NO RAMO DE COMÉRCIO VAREJISTA DE EQUIPAMENTOS INFORMÁTICA ARACRUZ/ES 2014 3 THAIZ DOS SANTOS AQUINO NEVES A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO FERRAMENTA PRIMORDIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL CASO PRÁTICO: TRIBUTAÇÃO NUMA EMPRESA NO RAMO DE COMÉRCIO VAREJISTA DE EQUIPAMENTOS INFORMÁTICA Trabalho de Conclusão de Curso, da discente Thaiz dos Santos Aquino Neves, do Curso de Ciências Contábeis - Faculdades Integradas de Aracruz. (FAACZ) Orientador: Ms. Aldimar Rossi ARACRUZ/ES 2014 4 FACULDADES INTEGRADAS DE ARACRUZ (FAACZ) CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS THAIZ DOS SANTOS AQUINO NEVES Autorização: Decreto n.º 97.770 de 22/05/1989 Reconhecimento: Portaria n.º 207 de 07/02/1994 Renovação de Reconhecimento: Portaria n° 110, de 25/06/2012 (publicado em 28/06/2012) A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO FERRAMENTA PRIMORDIAL NA GESTÃO EMPRESARIAL CASO PRÁTICO: TRIBUTAÇÃO NUMA EMPRESA NO RAMO DE COMÉRCIO VAREJISTA DE EQUIPAMENTOS INFORMÁTICA Trabalho de Conclusão de Curso, do discente Thaiz dos Santos Aquino Neves, do Curso de Ciências Contábeis - Faculdades Integradas de Aracruz (FAACZ) como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Contabilidade. Monografia aprovada em 24 de novembro de 2014. COMISSÃO EXAMINADORA: ______________________________ Prof.Ms.Aldimar Rossi Orientador ______________________________ Prof.Ms. Mériton Soares da Silva Membro ______________________________ Prof. Milton Araújo Junior Membro 5 AGRADECIMENTO Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, que me permitiu esta etapa de vida! À minha família, principalmente a minha mãe pela compreensão quanto ao afastamento da rotina familiar em prol de objetivos e desafios pessoais e ainda pela motivação e carinho. Ao meu pai, que mesmo distante está sempre a me apoiar. Ao meu noivo, pelo companheirismo e amizade. Aos professores que souberam partilhar seus conhecimentos e saberes nesta caminhada. Aos colegas de sala e de corredor, com os quais tive o privilégio de conhecer e conviver dividindo e aprendendo conhecimentos. Ao meu orientador, pela dedicação na construção desta pesquisa, pela confiança depositada no meu trabalho, pelo incentivo na postura cognitiva e, principalmente por me oportunizar o desafio de galgar uma etapa tão grandiosa na busca de conhecimento. 6 DEDICATÓRIA A todos aqueles qυе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе mim, fazendo esta vida valer cada vеz mais а pena. 7 O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas as implicações futuras das decisões presentes. Peter Drucker 8 Resumo O estudo da legislação tributária brasileira não é tarefa simples. O grande número de leis voltadas à arrecadação e ao controle tributário representa exigências fiscais em forma de leis federais, estaduais, distritais e municipais, decretos, resoluções e instruções normativas. O planejamento tributário pode levar a dois resultados: eliminação da incidência tributária e redução da carga tributária ou postergação da incidência tributária e ganho financeiro. Observa-se uma enorme lacuna no conhecimento por parte dos empresários frente à legislação tributária, o que acaba por causar erros na definição da escolha tributária da empresa. Neste contexto, um estudo sobre planejamento tributário, visa promover a difusão de procedimentos amparados por lei, que venham a auxiliar os profissionais e ampliar suas possibilidades de redução no recolhimento de seus impostos, através de informações teóricas confiáveis e finalmente com um modelo aplicado a uma situação real, o que irá garantir uma visão do todo, observando assim, possibilidade perfeitamente aplicáveis e que mostrarão os benefícios oferecidos pela tributação com base no tipo de tributação em que se enquadra a empresa. Todo trabalho está pautado na premissa de que o planejamento tributário é uma atividade lícita do contribuinte e deve, por isso, ser feita dentro dos parâmetros permitidos por lei, para que tenha total segurança nas suas atividades. Palavras- chave: Tributação, Planejamento tributário, Sistema Tributário Brasileiro. 9 LISTA DE QUADROS QUADRO 01 Principais impostos cobrados no Brasil ........................................ 25 10 LISTA DE TABELAS TABELA 01 Faturamento Acumulado dos 12 (doze) meses mensalmente e Faixa de Faturamento do Simples Nacional inerente ao estudo de caso .............. 49 TABELA 02 Tributos, exceto o ICMS, Incidentes sobre a Receita com Vendas de Mercadorias com base no Simples Nacional inerente ao estudo de caso ........ 50 TABELA 02.01 ICMS incidente sobre a Receita com Vendas de Mercadorias com base no Simples Nacional inerente ao estudo de caso. ........................................ 51 TABELA 03 Tributos Incidentes sobre a Receita com Prestação de Serviço com base no Simples Nacional..................................................................................... 53 TABELA 04 Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Simples Nacional ..................................................................................................... 56 TABELA 05 Total dos Tributos com Base no Simples Nacional ...................... 58 TABELA 06 Encargos sobre a Folha de Pagamento com Base no Lucro Presumido e no Lucro Real ................................................................................... 61 TABELA 07 Cálculo do ISS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido e do Lucro Real inerente ao estudo de caso ....................................... 64 TABELA 08 Cálculo do ICMS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido e do Lucro Real inerente ao estudo de caso ....................................... 67 TABELA 09 PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Presumido inerente ao estudo de caso ..................................................................................................... 70 TABELA 10 IRPJ com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio inerente ao estudo de caso ................................................................... 72 TABELA 11 IRPJ com base no Lucro Presumido para o Faturamento com Prestação de Serviços inerente ao estudo de caso ............................................... 73 TABELA 12 CSLL com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio inerente ao estudo de caso ................................................................... 74 TABELA 13 CSLL com base no Lucro Presumido para o Faturamento com Prestação de Serviços inerente ao estudo de caso ............................................... 75 TABELA 14 Total dos Tributos com Base com base no Lucro Presumido inerente ao estudo de ........................................................................................... 77 TABELA 15 PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Real inerente ao estudo de caso ..................................................................................................... 79 TABELA 15.01 Apuração de PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Real inerente ao estudo de caso ................................................................................... 80 11 TABELA 16 Apuração do IRPJ no Regime de Tributação do Lucro Real Trismetral inerente ao estudo decaso .................................................................. 83 TABELA 17 Apuração da CSLL no Regime de Tributação do Lucro Real Trimestral inerente ao estudo de caso .................................................................. 84 TABELA 18 Total dos Tributos com Base com base no Lucro Real inerente ao estudo de caso ..................................................................................................... 86 TABELA 19 Comparativo entre os Regimes de Tributação do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real inerente ao estudo de caso .................................. 88 12 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 01 - Arrecadação Tributária Mensal incidente sobre a Receita com Vendas de Mercadorias com base no Simples Nacional inerente ao estudo de caso. .................................................................................................................................. 52 GRÁFICO 02 - Arrecadação Tributária Mensal incidente sobre a sobre a Receita com Prestação de Serviço com base no Simples Nacional inerente ao estudo de caso. .......................................................................................................................... 54 GRÁFICO 03 - Arrecadação Mensal de Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Simples Nacional inerente ao estudo de caso. ........................................... 57 GRÁFICO 04 - Representação de cada tributo no Simples Nacional inerente ao estudo de caso. ......................................................................................................... 59 GRÁFICO 05 - Arrecadação Mensal de Encargos com a Folha de Pagamento com Base no Lucro Presumido e no Lucro Real inerente ao estudo de caso. .................. 62 GRÁFICO 06 - Arrecadação Mensal do ISS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido e do Lucro Real inerente ao estudo de caso. .......................................... 65 GRÁFICO 07 - Arrecadação do ICMS para os Regimes de Tributação do Lucro Presumido e do Lucro Real inerente ao estudo de caso. .......................................... 68 GRÁFICO 08 - Arrecadação Mensal de PIS/PASEP e COFINS com base no Lucro Presumido inerente ao estudo de caso. .................................................................... 71 GRÁFICO 09 - Arrecadação Trimestral de IRPJ com base no Lucro Presumido para o Faturamento do Comércio inerente ao estudo de caso. ......................................... 72 GRÁFICO 10 - Arrecadação Trimestral de IRPJ com base no Lucro Presumido para o Faturamento Prestação de Serviços inerente ao estudo de caso. ......................... 73 GRÁFICO 11 - Arrecadação Trimestral de CSLL com base no Lucro Presumido para o Faturamento Prestação de Serviços inerente ao estudo de caso. ......................... 75 GRÁFICO 12 - Arrecadação Trimestral de CSLL com base no Lucro Presumido para o Faturamento Prestação de Serviços inerente ao estudo de caso. ......................... 76 GRÁFICO 13 - Representação de cada tributo no Lucro Presumido inerente ao estudo de caso. ......................................................................................................... 78 GRÁFICO 14 - Arrecadação Mensal de PIS/PASEP e COFINS para os Regimes de Tributação do Lucro Real inerente ao estudo de caso. ............................................. 81 GRÁFICO 15 - Arrecadação Trimestral de IRPJ com base no Lucro Real Trimestral inerente ao estudo de caso. ...................................................................................... 83 GRÁFICO 16 - Arrecadação de CSLL com base no Lucro Real Trimestral inerente ao estudo de caso. ......................................................................................................... 85 13 GRÁFICO 17 - Representação de cada tributo no Lucro Real inerente ao estudo de caso. .......................................................................................................................... 87 GRÁFICO 18 - Arrecadação entre os Regimes de Tributação do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real inerente ao estudo de caso. ..................................... 89 14 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Art. Artigo Arts. Artigos CF Constituição Federal CGSN Comitê Gestor do Simples Nacional COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social CPP Contribuição Patronal Previdenciária CSLL Contribuição Social Sobre Lucro Líquido CTN Código Tributário Nacional DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais DAS Documento de Arrecadação DRE Demonstração do Resultado do Exercício EPP Empresas de Pequeno Porte FAP Fator Acidentário de Prevenção FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ICMS Imposto sobre Operações Relativas à circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação IN Instrução Normativa INCRA Instituto Nacional de colonização e reforma agrária INSS Instituto Nacional do Seguro Social IOF Imposto sobre Operações Financeiras IPI Imposto sobre Produtos Industrializados IPTU Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IR Imposto de Renda IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica 15 ITBI Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos ITR Imposto Territorial Rural ISS Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza LALUR Livro de Apuração do Lucro Real LC Lei Complementar ME Microempresa MEI Microempreendedor Individual NCM Nomenclatura Comum do Mercosul PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PIB Produto Interno Bruto PIS Programa de Integração Social RAT Risco de Acidente do Trabalho RICMS/ES Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação do Estado do Espírito Santo RIR Regulamento do Imposto de Renda SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SESI Serviço Social da Indústria SRF Secretária da Receita Federal TIPI Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados 16 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO _________________________________________________ 18 2. O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ______________________________ 21 2.1 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS .................................................................................. 22 2.1.2 Taxas ______________________________________________________ 25 2.1.3 Contribuição de Melhoria _____________________________________ 26 2.1.4 Empréstimos Compulsórios ___________________________________ 27 2.1.4 Contribuições Especiais ______________________________________ 28 3. A TRIBUTAÇÃO DAS EMPRESAS NO BRASIL ______________________ 30 3.1 SIMPLES NACIONAL.......................................................................................... 30 3.2 LUCRO PRESUMIDO ......................................................................................... 32 3.2 LUCRO REAL ..................................................................................................... 34 3.4 LUCRO ARBITRADO .......................................................................................... 35 4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ___________________________________ 37 4.1 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO .................................................................... 40 4.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ............................. 40 4.3 CLASSIFICAÇÃO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................... 41 4.4 PARTICULARIDADES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO .............................. 42 5. ESTUDO DE CASO - EMPRESA NO COMÉRCIOVAREJISTA DE INFORMÁTICA ___________________________________________________ 47 5.1 CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA................................................................. 47 5.2 REGIMES TRIBUTÁRIOS ................................................................................... 48 5.2.1 Simples Nacional ____________________________________________ 48 5.2.2 Lucro Presumido X Lucro Real _________________________________ 60 5.2.3 Apuração dos tributos peculiares no Lucro Presumido ____________ 69 17 5.2.4 Apuração dos tributos peculiares no Lucro Real __________________ 78 5.2.5 Comparativo: Simples Nacional x Lucro Presumido x Lucro Real ____ 88 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS _______________________________________ 90 REFERÊNCIAS __________________________________________________ 92 ANEXOS ________________________________________________________ 96 18 1. INTRODUÇÃO O planejamento tributário visa melhorar os níveis de eficiência e eficácia das organizações focando melhores resultados nas empresas, através da manutenção preventiva, para isso, são necessárias informações fiscais, comerciais e de parâmetros contábeis com veracidade dos fatos contábeis ocorridos. Diminuir a carga tributária e pagar menos tributos, dentro da lei, é uma prática lícita, e não deve ser confundida com sonegação fiscal (SILVA, 1987). Embora os gestores, tenham elevado espírito empreendedor, muitas vezes necessitam de contribuições, informações ou mesmo ferramentas específicas para gerir e alavancar seus negócios. Há necessidade de planejamento tributário no cenário em que nos encontramos, pois é uma questão de sobrevivência, tendo em vista as obrigatoriedades que vem surgindo, bem como a complexidade crescente nos negócios. O planejamento tributário no Brasil deverá se profissionalizar ainda mais, de forma que somente conhecimentos de cunho jurídico não bastem para a planificação tributária (AMARAL, 2007). Para a pessoa jurídica, o planejamento tributário pode conceber a sobrevivência no mundo corporativo moderno, no qual a concorrência é acirrada- hoje é dever de todo administrador identificar oportunidades para poupar o pagamento do tributo, desde que as práticas adotadas não firam nenhum dispositivo das normas tributárias (ANDRADE FILHO, 2009). Esta pesquisa origunous-e da importância de tomarmos decisões que envolvem tributos. Seja na vida profissional, seja na vida pessoal, como gestor de uma empresa ou consumidor, certamente haverá um momento em que nos deparamos com uma situação que envolva uma escolha a ser feita, uma decisão a ser tomada que muito provavelmente, produzirá no presente ou no futuro, para si próprio ou para a entidade que represente algum efeito tributário. O planejamento tributário visa reduzir a carga tributária utilizando-se de um estudo prévio de acordo com cada atividade empresarial. Sendo assim é fundamental expor e responder ao seguinte problema: Qual a relevância do planejamento tributário como ferramenta primordial na gestão empresarial? 19 O planejamento pressupõe trabalho, aprimoramento para se chegar a uma finalidade, tendo como ferramenta o gerenciamento e acompanhamento para atingir as metas. Sendo assim o objetivo geral deste trabalho é identificar o melhor regime de tributação de uma empresa através de um comparativo, utilizando o planejamento tributário como uma ferramenta primordial na gestão empresarial. Além do objetivo geral é possível: descrever o Sistema Tributário Brasileiro; caracterizar as empresas e seus aspectos tributários e destacar a particularidades do planejamento tributário. O processo de tomada de decisões tem fundamento nas informações legítimas e é para isso que o uso do planejamento se faz indispensável nas organizações. O presente estudo torna-se relevante, pois, atualmente no Brasil devido à falta de um conhecimento da legislação tributária, muitas empresas deixam de atender os fiscos municipais, estaduais e federais de maneira correta e completa. Como metodologia para realização deste trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica que segundo Gil (1996, p. 48) é desenvolvido a partir de material já preparado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, e Otani e Fialho (2011, p. 38) complementam dizendo que a pesquisa bibliográfica, consiste na aquisição de dados através de fontes secundárias, na qual se utiliza com fontes de coleta de dados materiais publicados. Também é apresentado um estudo de caso que assegura as habilidades desejadas extraindo do caso às informações relevantes através de procedimentos fortemente baseados na percepção e na capacidade analítica da tributação das empresas. A pesquisa quanto aos objetivos e objeto realizou uma pesquisa bibliográfica e um estudo de caso em uma empresa na área de informática, situada no município de Aracruz - ES. Para realização do trabalho ainda foram realizadas as seguintes etapas: caracterização da empresa de estudo, bem como o perfil tributário; estudo transcritivo e transversal realizado por meio de entrevista estrutura com perguntas abertas e fechadas aos proprietários da empresa. As entrevistas foram, transcritas e posteriormente submetidas à análise; tabulação dos dados coletados através de gráficos e tabelas. Foram analisados os dados contábeis da empresa no ano-calendário de 2013 (Dois mil e treze), a fim de se verificar se o regime tributário que a mesma se 20 encontra é o melhor para o seu desempenho. Para isso foram explanados os cálculos nos três regimes de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O presente trabalho de pesquisa pode contribuir com informações para a tomada de decisões envolvendo tributos, tendo em vista que a contabilidade, na sua essência, tem o objetivo fundamental de produzir informações sobre a tomada de decisões e a contabilidade tributária é entendida como um instrumento necessário para identificar, mensurar e informar o impacto causado pelos tributos no patrimônio das organizações. O trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo refere-se Sistema Tributário Nacional - que é a Lei norteadora, no Brasil, da aplicabilidade dos tributos, extensão, alcance, limites, direitos e deveres dos contribuintes, atuação dos agentes fiscalizadores e demais normas tributárias. O segundo capítulo aborda a tributação das empresas no Brasil. Enfatiza o conceito de Lucro Presumido, Lucro Real, Simples Nacional e Regime Arbitrário. O terceiro capítulo destaca as particularidades do planejamento tributário, tendo em vista o sistema tributário brasileiro até o presente ano. O quarto capítulo aborda um estudo de caso em uma Empresa de Pequeno Porte do ramo de comércio varejista de equipamentos de informática, bem com a prestação de serviço sobre tais equipamentos, comparando os três regimes tributários (Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional). 21 2. O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL A Constituição Federal (CF/88) dedica 18 de seus artigos (do 145 ao 162 Título VI, Capítulo I) ao Sistema Tributário Nacional, é definido por vários autores do qual se destaca Harada que define o sistema tributário nacional como: O conjunto de normas constitucionais de natureza tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto unitário e ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais reciprocamente harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não é senão a própria Constituição (HARADA, 2007, p.328) A Expressão tributar tem sua gênese na expressão tribuere que significa dividir tribos, repartir, distribuir, atribuir. A idéia presente nesta expressão é, portanto, a de que o Estado distribuiu entre seus cidadãos o ônus de pagar o tributona condição de contribuintes - aqueles que contribuem (AMARO, 2005, p.16). De acordo com Amaro (2005, p.25) [...] “tributo é a Expressão pecuniária não sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou entidades não estatais de fins de interesse público”. O Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172 de 1966) conceituou tributo no artigo 3º da seguinte forma: Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (LEI n° 5.172, de 25 de outubro de 1966). Harada (2005, p.21) destaca que o Sistema Tributário é o conjunto de leis constitucionais de natureza tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto único e ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais, mutuamente harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não é senão a própria Constituição. O que existe, portanto, é um sistema parcial (sistema constitucional tributário) dentro de um sistema global (sistema constitucional). Melo (2007, p.12) não só identifica o sistema constitucional tributário, como também observa sua importância destacando que o sistema constitucional tributário constituído por princípios e regras específicas, é expressamente disciplinado em 22 capítulo próprio da Constituição Federal. Assim, os lineamentos, os contornos, os padrões e os limites da tributação encontram-se descritos na Constituição. O exame da matéria tributária impõe, necessariamente, a análise e a compreensão dos princípios e normas hauridos na Constituição como lei fundamental e suprema do Estado, conferindo poderes, concedendo competências e estabelecendo os direitos e garantias individuais. Coelho (2006, p.3-4) destaca que o Brasil, ao contrário, de outros países inundou a Constituição com princípios e regras atinentes ao direito tributário. Somos o país cuja Constituição é a mais extensa e minuciosa em tema de tributação. De acordo Gassen et. al. (2013) a tributação sobre o consumo representa hoje a principal fonte de receitas do Estado brasileiro. Atualmente, mais da metade da arrecadação tributária advém de alguma forma na cadeia produtiva, sendo repassadas, dessa forma, ao consumidor final por intermédio de mecanismos que refletem economicamente o ônus fiscal no preço final de bens e serviços. Como consequência calamitosa dessa escolha, acaba-se gerando uma matriz tributária altamente regressiva, o que contribui enormemente no aprofundamento do abismo social existente em nosso país. Em uma clara violação ao princípio da capacidade contributiva, busca-se no Brasil, por meio da tributação sobre o consumo, tributar de forma mais dispendiosa as camadas mais pobres da população, fazendo com que elas sustentem em grande medida, o Estado brasileiro (GASSEN, 2013). Essa realidade alanceia, assim, um pressuposto lógico e óbvio seguido pela grande maioria dos países desenvolvidos: onerar conforme a capacidade econômica de cada um. Com isso, nega-se à grande parte de nossa população o mínimo existencial que afiance seus meios de subsistência, comprometendo a existência digna desses cidadãos (GASSEN, 2013). De acordo com Gassen (2013), é necessário debater meios de se reformular a matriz tributária, de maneira a melhor distribuir o ônus fiscal em nossa sociedade. 2.1 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 23 Bastos (1992) destaca que o Sistema Tributário nacional é o conjunto de princípios e de normas unificados em torno da idéia de tributo. São cinco as espécies de tributo: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais (sociais: previdência social; de intervenção do Estado no domínio econômica e referente às categorias profissionais): Impostos - não implicam em contraprestação por parte do Estado; são tributos não vinculados. Taxas - constituem modalidade tributária vinculada à prestação por parte do Poder Público, do poder de polícia ou então utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Contribuição de Melhoria - é modalidade tributária indiretamente vinculada, sendo necessário que o Estado realize alguma obra, devendo esta obra gerar uma plus valia da propriedade individual. A atual Carta não faz estas duas exigências, mas elas continuam a funcionar como pressupostos da cobrança. Empréstimos Compulsórios - devem ser criados por lei complementar, o que representa uma garantia para o contribuinte. Podem ser criados para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência, ou então no caso de investimento público de caráter urgente de relevante interesse nacional. Contribuições Especiais - As diretrizes das contribuições especiais estão na Constituição Federal. O artigo 149 da Carta Magna dispõe: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. (BASTOS, 1992, p.35) Segundo Art. 5º do Código Tributário Nacional (CTN), os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Sousa (1981, p.161) aborda seu conceito geral de tributo como sendo: "a receita derivada que o Estado arrecada mediante o emprego da sua soberania, nos termos fixados em lei, sem contraprestação diretamente equivalente, e cujo produto se destina ao custeio das atividades próprias do Estado". De acordo com Silva et al (2013, p.26) não é de hoje que a legislação tributária provoca verdadeira insegurança nos contribuintes. Há muito tempo essa “cultura” arrecadatória e de fiscalização vem promovendo maior alvoroço em cumprimento dessa obrigação, quando exige o preenchimento freqüente de formulários, guias fiscais, declarações tributárias, enfim, uma infinidade de ações principais e acessórias que certamente frustra tal relação, seja porque sempre muito 24 se paga a tal título, seja porque os serviços realizados pelo Estado simplesmente não funcionam. Pelo que se pode perceber, esse comportamento fiscal é atemporal. Prova disso são as conclusões apresentadas por Becker. Se fossem integralmente aplicadas as leis tributárias, todos os contribuintes seriam passíveis de sanções, inclusive de cárcere eitos, não tanto em virtude de fraude, mas principalmente pela desorientação que o caos da legislação tributária provoca no contribuinte. Tão defeituosa costumam ser a leis tributárias que o contribuinte nunca está seguro das obrigações a cumprir e necessita manter uma dispendiosa equipe de técnicos, especialistas, para simplesmente saber quais as exigências do Fisco (BECKER, 1998, p.8-9) Mesmo embora Bercker tenha tratado do fenômeno da tributação na década de 1950, os problemas afetos à arrecadação, à apuração, ao pagamento, ao recolhimento e ás outras ações semelhantes continuam atormentando o contribuinte nos dias atuais. 2.1.1 Imposto É de competência privativa, atribuída pela CF/88, ou seja, é exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal (arts. 153 a 155 da CF/88). O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, é o que define o art. 16 do CTN. De acordo com Amaro (2010, p.52), o fato gerador do imposto é uma situação (por exemplo, aquisição de renda, prestação de serviços, etc.) que não supõe nem se conecta com nenhuma atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte. Ou seja, para exigir imposto de certo indivíduo, não é preciso que o Estado lhe preste algo determinado. A atuação do Estado dirigida aprover o bem comum beneficia o contribuinte, mas este frui das utilidades que o Estado fornece porque é membro da comunidade e não por ser contribuinte. 25 QUADRO 01 - Principais impostos cobrados no Brasil O Brasil tem uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo. Atualmente, ela corresponde a, aproximadamente, 37,5% do PIB (Produto Interno Bruto). FEDERAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS IR Imposto sobre a renda de qualquer natureza. ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IPTU Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana IPI Imposto sobre Produtos Industrializados. IPVA Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores. ITBI Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais e a eles relativos IOF Imposto sobre Operações Financeiras. ISS Imposto Sobre Serviços. ITR Imposto Territorial Rural. FONTE: Portal Tributário. 2.1.2 Taxas Os Arts. 77 e 78 do CTN definem as taxas, determina o fato gerador, o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (art. 78). 26 Segundo Amaro (2010, p. 52), “(...) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado. O Estado exerce determinada atividade e, por isso, cobra a taxa da pessoa a quem aproveita aquela atividade.” Sabbag (2010, p. 405), diz que “a taxa é um tributo imediatamente vinculado à ação estatal, atrelando-se à atividade pública, e não à ação do particular”. O parágrafo único do art. 77 do CTN, estabelece que a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos ao imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas. 2.1.3 Contribuição de Melhoria De acordo com Sabbag (2010, p.438), no século XX, a contribuição de melhoria, nas suas mais diferentes variações, foi intensamente utilizada, em quase todos os países, sob a crença de ser um tributo genuinamente justo, que vinha a calhar na necessidade de urbanização (ou reurbanização) das cidades, principalmente após as duas grandes guerras. Os arts. 81 e 82 do CTN dispõem que a Contribuição de Melhoria, só pode ser cobrada se, em virtude de obra pública, decorrer valorização imobiliária para o contribuinte. Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado (LEI nº 5.172, de 25 de outubro de 1966). Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 27 III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo (LEI nº 5.172, de 25 de outubro de 1966). A contribuição de melhoria também está prevista no art. 145 da CF/88, manifestando-se no poder impositivo de exigir o tributo dos proprietários de bens imóveis valorizados com a realização de uma obra pública. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (...) III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas (BRASIL, 1988). Segundo Sabbag (2010, p.442), o fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública. A valorização imobiliária é parte integrante de hipótese de incidência do tributo, sem a qual o fato gerador não se completa. 2.1.4 Empréstimos Compulsórios O art. 148 da Constituição Federal prevê a instituição dos empréstimos compulsórios, e o dispões da seguinte forma: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 28 Este tributo, para alguns, é considerada como coativa e forçada, uma vez que sua origem não se dá mediante manifestação de livre vontade das partes; entretanto, é instituído por determinação legal, logo que constatada a ocorrência do fato gerador; que nada mais é quando resulta a obrigação, de um lado, de realizar empréstimo de dinheiro ao Estado; e por outro, de ter o seu pagamento adimplido pelo contribuinte. O fator marcante do Empréstimo Compulsório é a obrigatoriedade de restituição. Amaro (2010, p.73), diz que o empréstimo compulsório é um ingresso de recursos temporários nos cofres do Estado, pois a arrecadação acarreta para o Estado a obrigação de restituir a importância que foi emprestada. Aqui, mais uma vez, deparamo-nos com o qualificativo da compulsoriedade, que já examinamos ao tratar do conceito de tributo e ao cuidar de taxas de serviços. Na locução “empréstimo compulsório” (que a doutrina também costuma designar como “empréstimo forçado”), o adjetivo quer expressar que o nascimento da obrigação de prestar (a título de empréstimo, embora) é determinado (forçado) pela lei, não sendo, pois, fruto da vontade dos sujeitos da relação jurídica. 2.1.4 Contribuições Especiais O art. 149 da Constituição Federal dispõe que: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Sabbag (2012, p.503), define as contribuições como tributos destinados ao financiamento de gastos específicos, sobrevindo no contexto 29 de intervenção do Estado no campo social e econômico, sempre no cumprimento dos ditames da política de governo. As contribuições especiais,também conhecidas como contribuições parafiscais, são designadas à aplicação de finanças públicas, de objetivos extrafiscais, os quais visam arrecadar recursos que custeiem atividades, que a princípio não eram de responsabilidade do Estado, mas, no entanto, se desenvolvem através de entidades específicas. 30 3. A TRIBUTAÇÃO DAS EMPRESAS NO BRASIL De acordo com a legislação federal, a apuração de impostos no Brasil pode ser feita das seguintes formas: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado. Para conhecer o melhor regime para apuração de impostos a ser adotado nas empresas, é importante fazer análises mais profundas de acordo com as atividades da empresa e também do montante das despesas que ela desembolsa, bem como o a previsão de receitas esperadas. Em seguida será abordada cada uma das formas de tributação citadas. 3.1 SIMPLES NACIONAL O regime do Simples Nacional abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios (RECEITA FAZENDÁRIA). É uma forma de tributação permitida para empresas que atendam algumas especificações exigidas pela legislação, instituída pela Lei nº. 9.317/1996, regulamentada por posteriores atos normativos, mas a alteração mais expressiva foi dada pela Lei Complementar (LC) nº. 123/2006, que normatizou as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Em seguida, a Resolução CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) nº. 58/2009 inseriu no Simples Nacional o Microempreendedor Individual (MEI). Pouco depois a LC 123/2006 sofreu alteração pela LC 139/2011. A classificação entre ME, EPP e MEI, tem como base a receita bruta anual. O art. 3º. Da LC 123/2006, faz a distinção entre ME e EPP: Art. 3 º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n º 10.406, de 10 de janeiro de 31 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). § 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos (LEI COMPLEMENTAR nº 123, DE 2006). No art. 18-A, § 1º, da LC 123/2006, considera-se MEI o empresário individual que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), Art. 18-A. (...) § 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano- calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo (LEI COMPLEMENTAR nº 123, DE 2006). O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes tributos: • Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); • Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); • Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS/Pasep); • Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); • Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 32 Os tributos devidos, apurados na forma do Simples Nacional, deverão ser pagos conforme artigo 21 da LC 123/2006. Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta Lei Complementar, deverão ser pagos: I - por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê Gestor; II - (REVOGADO); III - enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente àquele a que se referir; IV - em banco integrante da rede arrecadadora do Simples Nacional, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor (LEI COMPLEMENTAR nº 123, DE 2006). Quando o recolhimento for por intermédio da matriz e na hipótese de a empresa possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz. Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, ele será definitivo e deverá ser deduzida a parcela do Simples Nacional a ele correspondente, que será apurada tomando-se por base as receitas de prestação de serviços que sofreram tal retenção, não sendo o montante recolhido na forma do Simples Nacional objeto de partilha com os municípios. A opção no Simples Nacional se dará na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-calendário. A opção deverá ser realizada até o último dia útil do mês de janeiro, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção. Em caso de empresa recém-constituída, a opção produzirá efeitos a partir da data do início de sua atividade, desde que exercida nos termos, nos prazos e nas condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor. 3.2 LUCRO PRESUMIDO Rodrigues et al (2008, p. 292) conceitua que “lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social das pessoas jurídicas que não estiveram obrigadas no ano-calendário, à apuração do lucro real.” 33 Conforme Young (2003, p.36), “lucro presumido é o lucro que se presume obtido pela empresa sem escrituração contábil, para efeito do pagamento do imposto de renda, calculado por um coeficiente aplicado sobre a receita bruta.” Na tributação de empresas pelo Lucro Presumido não importa (tecnicamente) as despesas ou os custos que tenha, haja vista que o lucro é determinado por presunção e o Imposto de Renda e a CSLL incidem diretamente sobre as Receitas. Assim, mesmo que a empresa tenha prejuízo na sua atividade deve pagar o IRPJ e a CSLL nos quatro trimestres do ano em que optou pelo presumido. De acordo coma Receita Fazendária o imposto de renda com base no lucro presumido é determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. Destaca-se que não são todas as empresas que podem optar pelo lucro presumido. De acordo com o Decreto 3.000/1999, art. 516, “a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 [...] poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.” As empresas que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real poderão optar pelo regime de tributação no lucro presumido, conforme a legislação tributária, precisamente o Decreto 3.000/1999. Para realizar a opção pelo lucro presumido deve ser feito um estudo detalhado sobre a lucratividade, sendo que o lucroda atividade da empresa deve ser seguramente maior que o Lucro Presumido pela legislação. A empresa deve ficar atenta que os ganhos de capital, receita financeira, descontos obtidos e demais receitas não tem redução do percentual da base de cálculo, devendo ser calculado o Imposto de Renda sobre a totalidade. A opção pelo Lucro Presumido se dá mediante o pagamento da DARF, código Lucro Presumido, sendo que durante o ano- calendário não pode alterar a opção para o Lucro Real (art.13, Lei 9.718/98). 34 3.2 LUCRO REAL De acordo com a Receita Fazendária para fins da legislação do imposto de renda, a expressão “lucro real” significa o próprio lucro tributável, e distingue-se do lucro líquido apurado contabilmente. De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais. “Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.” (SILVA, 2006, p.01). O art. 14 da lei nº. 9.718 de 1998 determina quais pessoas jurídicas estão obrigadas ao lucro real. Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 12.814, de 16 de maio de 2013) (Vide parágrafo único do art. 9º, da Lei nº 12.814/2013) II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (LEI nº. 9.718 de 1998). 35 Os impostos Federais incidentes nas empresas optantes pelo Lucro Real são o PIS, a COFINS, o IRPJ e a CSLL, sendo os dois primeiros apurados mensalmente sobre o faturamento e os dois últimos anualmente ou trimestralmente, tendo como base o Lucro Líquido contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda. A palavra “real” é utilizada em oposição ao termo presumido, com o principal objetivo de exprimir o que existe de fato, verdadeiramente, no sentido de ser aceito para todos os fins e efeitos de direito. A apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das rotinas contábeis e tributárias, para a completa escrituração das atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo dos tributos como IRPJ e a CSLL das empresas que não podem ou não querem optar pelo lucro presumido. Para que o resultado seja apurado corretamente, o contador deve adotar uma série de procedimentos corriqueiros no ambiente profissional, como a rigorosa observância aos princípios contábeis, constituição de provisões necessárias, completa escrituração fiscal e contábil, preparação das demonstrações contábeis e livros obrigatórios pela legislação. 3.4 LUCRO ARBITRADO Segundo Murphy (2010) o arbitramento do lucro é um dos três métodos de apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda previstos no art. 44 do CTN. É uma medida excepcional; não pode ser utilizado pelo fisco a seu livre critério. Só pode será dotado naquelas hipóteses estritamente previstas em lei, com base em provas. Isto significa dizer que não basta ao fisco alegar que a pessoa jurídica incorreu em uma das hipóteses de arbitramento do lucro. É preciso que se fundamente em provas que assim o demonstrem. Murphy (2010) ainda destaca que disciplinam, atualmente, o arbitramento do lucro da pessoa jurídica a Lei n.º 8.981, de 1995, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 9.065, de 1995, artigo 1.º, a Lei n.º 9.249, de 1995, artigos 2.º, 3.º, 16 e 24; a Lei n.º 9.430, de 1996, artigos 1.º, 4.º, 27, 48 e 51 a 54 e a Lei n.º 9.779, de 36 1999, artigo 22, dispositivos esses regulamentados pelo Decreto n.º 3.000, de 1999 (RIR/1999), artigos 529 a 539. O parágrafo 1.º do artigo 47 da Lei n.º 8.981, de 1995, faculta à própria pessoa jurídica proceder ao autoarbitramento, quando conhecida a receita bruta. Nem sempre foi assim. Nos anos-calendário de 1992 a 1994, o arbitramento do lucro recebeu o seguinte tratamento: a) ano de 1992 - revogada a possibilidade do autoarbitramento; a iniciativa do arbitramento passou a ser exclusivamente da autoridade fiscal (Lei nº 8.383, de 1991, art.41); b) anos de 1993 e 1994 - permaneceu como regra geral a exclusividade da iniciativa da autoridade fiscal, sendo dada, por exceção, a possibilidade de o contribuinte poder arbitrar seu lucro nos casos fortuitos ou de força maior, como definido na Lei Civil (Lei n.º 8.383, de 1991, art. 41 c/c Lei n.º 8.541, de 1992, art. 21). A legislação que atualmente rege o arbitramento do lucro da pessoa jurídica prevê a sua aplicação nas hipóteses prescritas no artigo 47 da Lei n.º 8.981, de 1995: Art. 47. O lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando: I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real ou submetido ao regime de tributação de que trata o Decreto-Lei nº 2.397, de 1987 não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou b) determinar o lucro real. III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, na hipótese de que trata o art. 45, parágrafo único197; IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o disposto no § 1º do art. 76 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958 (LEI n.º 8.981, de 1995) 37 4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO O Brasil sofre com a alta carga tributária, visto que é uma das mais elevadas do mundo. O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam atenuar o pagamento de tributos e surgiu como ferramenta para que o contribuinte possa diminuir o exagerado valor pago de tributos e aumentar seu lucro. Sabe-se que os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização daeconomia, tornou- se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário (SILVA, 2012). O Planejamento Tributário aborda a forma de se planejar a redução de impostos em uma empresa, o que deverá refletir positivamente ou negativamente nos resultados. É uma ferramenta muito importante e que se faz necessária em nossos dias devida à extrema competitividade que atinge os empreendimentos (SILVA, 2012). O Planejamento Tributário é afirmado como: Atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis, cuidando de implementar aquela menos onerosa, formando um conjunto de condutas, comissivas, da pessoa física ou jurídica, realizadas antes ou depois da ocorrência do fato gerador, destinadas a reduzir, mitigar, transferir ou postergar legalmente os ônus dos tributos (DOMINGUES,2000, p. 112, apud SILVA, 2012). O planejamento tributário é conhecido também por "engenharia tributária" e se constitui de uma série de procedimentos como formas de economia de impostos, baseado na premissa, segundo Malkowski (2000, p.41-42), de que: ninguém é obrigado a escolher condutas tributadas (ou mais severamente tributadas), quando tenha possibilidade de ordenar suas atividades, seus negócios – sua vida, enfim – percorrendo caminhos livres de tributação (ou com tributação mais branda), é aceita, de modo generalizado, pelos autores. Andrade Filho (2006) entende que uma das maneiras de se estabelecer as bases de um bom planejamento nas empresas é instituir uma plataforma denominada de "inteligência tributária", por meio de um departamento próprio de 38 análise e criação. Tal departamento poderia então viabilizar estudos relacionados ao impacto dos tributos sobre as operações da empresa, bem como do setor em que ela atua, com proposição de alternativas lícitas de redução da carga tributária. A competitividade nos negócios requer cada vez mais esforços criativos, inovadores e dinâmicos de estratégia das empresas. É sob este aspecto que o planejamento tributário deve ser visto pelos empresários e gestores de negócios, cabendo ao empresário, auxiliado pelo seu advogado, administrador e contador, observar as limitações previstas na legislação tributária e delinear as estruturas e formas legítimas para suas operações industriais e mercantis (MACHADO, 2006). A ausência de planejamento tributário geralmente acarreta desvantagem no campo da competitividade do mercado. Quando uma empresa prima por tal planejamento surge forte perspectiva de ganhos significativos em relação aos seus concorrentes. Não é compensador, portanto, o fato de determinada empresa apresentar uma grande receita, se esta ficar comprometida por uma alta carga tributária, vindo em conseqüência prejudicar o lucro líquido. Surge daí a possibilidade de menor custo tributário, de forma a planejar com melhor capacidade sua estratégia de atuação. Com a redução das obrigações mediante o sucesso no planejamento tributário, a empresa poderá aumentar sua liquidez e diminuir as necessidades de recursos em curto prazo, tornando possível obter vantagem na formação do preço final do produto ou mercadoria (MACHADO, 2006). A necessidade de administrar dezenas de impostos, taxas e contribuições leva à constatação de que cada vez mais as empresas devem concentrar seus esforços na melhor forma de gerenciar seus tributos. A evolução tecnológica e econômica vem exigindo cada vez mais de seus profissionais a minimização de gastos e despesas e consequentemente a maximização dos lucros. O planejamento tributário caracteriza-se como um dos principais agentes para o sucesso ou não de uma empresa, pois a complexa e elevada carga tributária no Brasil, dificulta e interpretação dos empresários e contadores assim como as inúmeras alterações dificultam também de se atualizarem. Aos profissionais da Contabilidade cabe contribuir com sua participação na geração de informações que possam dar apoio aos administradores nas tomadas 39 de decisões, na continuidade dos empreendimentos, pois conhecendo a legislação tributária, o cenário fiscal e a natureza do negócio, deve promover ações que permitam validamente reduzir ou até eliminar tributos, e dessa forma proteger e desencaixe das empresas (SILVA, 2012). Andrade Filho (2006) entende que para o perfil do profissional dotado de "inteligência tributária" são necessários, pelo menos, conhecimentos específicos de caráter jurídico e negocial. Não basta conhecer a legislação tributária, é especialmente necessário o domínio das categorias jurídicas do direito privado empresarial (sobre contabilidade, inclusive) e das normas de direito público que regem certas atividades; enfim, é requerida deste profissional formação jurídica multidisciplinar. É necessário que o profissional conheça o funcionamento do mercado (conhecer como as operações são formatadas economicamente e juridicamente) e que possua aptidão para criar e desenvolver formas jurídicas novas que se adaptem às necessidades da empresa e que atendam às leis vigentes. Com base em tudo o que foi descrito anteriormente, torna-se notória a percepção de que se trata o planejamento tributário, de direito particular do contribuinte, involuntariamente do porte da empresa, podendo e devendo dele se utilizar, ressaltando sua importância e necessidade para a manutenção da viabilidade econômica e financeira de suas atividades profissionais: O planejamento da carga tributária deve fazer parte da rotina de qualquer empreendimento, na medida da imposição legal ao administrador do dever de empregar todos os recursos que estiverem ao seu alcance, no sentido de lograr os fins e no interesse da empresa (MALKOWSKI 2000, p. 19 apud. MACHADO et.al., 2013) Enfim, para uma empresa obter sucesso, é de fundamental importância ter uma contabilidade bem feita e um bom planejamento tributário. De acordo com Machado (2013), o planejamento tributário, além de fundamentado juridicamente, deve ser elaborado vinculado ao planejamento financeiro da empresa, estando intimamente relacionado ao controle do seu fluxo de caixa, à apuração dos custos e à formação do preço de venda dos bens ou dos serviços relacionados às atividades próprias do empreendimento. 40 4.1 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO O Planejamento tributário, em tese, está diretamente ligado à lucratividade e ao fato proporcionado pela possível redução de impostos, no entanto, há o entendimento de que os procedimentos legais que proporcionem uma menor carga tributária influenciam na formação do preço de venda de mercadorias. Os objetivos do planejamento tributário estão evidenciados para: a) Evitar a incidência do tributo – nesse caso adotam de procedimentos com o fim de evitar a ocorrência do fato gerador. b) Reduzir o montante do tributo – as providências serão no sentido de reduzir a base de cálculo ou alíquota do tributo; c) Retardar o pagamento do tributo – o contribuinte adota medidas que têm por fim postergar o pagamento do tributo, sem ocorrência da multa (SILVA, 2012) O objetivo primordial do planejamento visa à redução ou transferência do ônus econômico dos tributos, podendo igualmente ocorrer situações em que o ônus não provém espontaneamente da obrigação tributária principal, e sim dos deveres fiscais acessórios, a manutenção de escrituração contábil, a apresentação de documentos (SILVA, 2012). 4.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Amaral (2001) apud Oliveira (2005, p.182) entende que a economia de impostos desenvolvida por meio do planejamento tributário pode ser operacionalizada sob a autorização e/ou averbação de três áreas, conforme segue: - No âmbito da própria empresa, por meio de medidas gerenciais que possibilitem a não ocorrênciado fato gerador do tributo, que diminua o montante devido ou que adie seu vencimento. Por exemplo, para possibilitar o adiamento do tributo na prestação de serviços, o contrato deve estabelecer o momento da realização da receita; - No âmbito da esfera administrativa que arrecada o tributo, buscando a utilização dos meios previstos em lei que lhe garantam uma diminuição legal do 41 ônus tributário. Por exemplo, para possibilitar o enquadramento de um produto em uma alíquota menor do IPI, a empresa deve adequá-lo tecnicamente e requerer a nova classificação da Receita Federal; - No âmbito do Poder Judiciário, pela adoção de medidas judiciais, com o fim de suspender o pagamento, diminuição da base de cálculo ou alíquotas e contestação quanto à legalidade da cobrança. Por exemplo, como a ânsia do Poder Público em arrecadar é imensa, nem sempre o legislador toma as cautelas devidas, instituindo a quantidade de normas tributárias, ocorrendo, muitas vezes, contradição entre elas. No direito tributário, vige o princípio da dúvida em favor do contribuinte; assim, compete a ele descobrir essas condições. Para o referido autor, quando se adota um sistema de economia de tributos é necessário sempre analisar os seguintes aspectos: a) Análise econômico-financeira - adotar procedimentos que visem a maximizar o resultado do planejamento. Por exemplo: na maioria das vezes o depósito judicial é prejudicial à empresa, pois, além do desencaixe do valor, a empresa não poderá deduzir como despesas operacionais; entretanto, o rendimento produzido pelo depósito deverá ser contabilizado como receitas financeiras, que servirão de base de cálculo do PIS/COFINS; b) Análise jurídica - deve existir sempre um fundamento jurídico a ser alegado, pois o CTN estabelece que somente se pode operar compensação de imposto após o trânsito em julgado da ação; c) Análise fiscal - é preciso que as obrigações acessórias estejam cumpridas em ordem, para não desencadear processo de fiscalização; d) Análise fisco-contábil - adotar procedimentos que permitam a economia de outros tributos, buscando a maximização do lucro e a minimização do risco. 4.3 CLASSIFICAÇÃO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Segundo Oliveira (2009), a classificação do planejamento tributário depende do ponto de vista do observador e de critérios pré-estabelecidos. Portanto, toda 42 classificação pode ter falhas, mas dentro desse contexto, pode-se classificar o planejamento tributário obedecendo aos seguintes critérios: Considerando o objetivo, ele pode ser: a) Anulatório – empregando-se estruturas e formas jurídicas a fim de impedir a concretização da hipótese de incidência da norma; b) Omissivo ou Evasão imprópria – a simples abstinência da realização da hipótese de incidência; por exemplo: importação proibitiva de mercadorias com altas alíquotas, como carros importados; c) Induzido – quando a própria lei favorece, por razões extrafiscais, a escolha de uma forma de tributação, por intermédio de incentivos e isenções, por exemplo: a compra de mercadorias importadas por meio da Zona Franca de Manaus; d) Optativo – elegendo-se a melhor fórmula elisiva entre as opções dadas pelo legislador, por exemplo: opção entre a tributação do IR pelo lucro real ou presumido; e) Interpretativo ou Lacunar – em que o agente se utiliza das lacunas e imprevisões do legislador, por exemplo: não incidência do ISS sobre transportes intermunicipais; e f) Metamórfico ou Transformativo – forma atípica que se utiliza da transformação ou mudança dos caracteres do negócio jurídico, a fim de alterar o tributo incidente ou aproveitar-se de um benefício legal; por exemplo, a transformação da sociedade comercial em cooperativa (menor ônus tributário no regime jurídico pátrio). (OLIVEIRA, 2009) Oliveira (2009) aborda que essa classificação não abrange todas as formas de planejamento tributário, pois elas são limitadas somente pela lei e pelos expedientes imaginativos do tributarista. O planejamento pode e, em geral, é o que ocorre não se ater só a uma fórmula ou conduta, mas se utilizar de vários métodos interligados. O planejamento pode ser desenvolvido em qualquer empresa, desde que esta seja compatível com o tipo de operações, tamanho das receitas, incentivos fiscais, pagamentos de juros sobre capital, arrendamento mercantil, etc. 4.4 PARTICULARIDADES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Segundo Oliveira (2009), o planejamento tributário pode abranger as atividades de quaisquer empresas, desde uma lanchonete de pequeno porte, estabelecida em uma pequena cidade do interior brasileiro até uma empresa de grande porte, com filiais em todo o mundo, do ponto de vista empresarial, ou seja, 43 avaliando seus efeitos na estrutura gerencial e contábil-financeira, o planejamento tributário pode ser: a) Operacional – refere-se aos procedimentos formais prescritos pelas normas ou pelo costume, ou seja, na forma específica de contabilizar determinadas operações e transações, sem alterar suas características básicas; e b) Estratégico – implica mudança de algumas características estratégicas da empresa, tais como: estrutura de capital, localização, tipos de empréstimos, contratação de mão de obra, etc. Segundo Oliveira (2009), na visão jurídica, em que se consideram exclusivamente os efeitos fiscais no tempo, existe três tipos de planejamento tributário: a) Preventivo: desenvolvem-se continuamente por intermédio de orientações, manuais de procedimentos e reuniões e abrange, sobretudo, as atividades de cumprimento da legislação tributária nas obrigações principais e acessórias; b) Corretivo: detectada determinada anormalidade, procede-se ao estudo, e alternativas de correção da anomalia são indicadas; normalmente, não deve existir o tipo corretivo em uma empresa que adote o tipo preventivo; e c) Especial: surge em função de determinado fato como, por exemplo, abertura de filiais, lançamento de novos produtos, aquisição e ou alienação da empresa, processos societários de reestruturação (cisão, fusão, incorporação, associação, etc). Consideradas a complexidade e a importância de cada caso, demandam dedicação exclusiva e conclusões precisas (OLIVEIRA, 2009). Estabelecer, a divisão entre o lícito e o ilícito na órbita do planejamento tributário, ou seja, elisão ou evasão em termos objetivos deve basear-se em considerações dessas características. Segundo entendimento dominante entre os juristas, elisão compreende a prática de atos lícitos ocorridos antes da incidência tributária, de maneira a se obter legítima economia de tributos, quer seja impedindo-se a ocorrência do fato gerador, quer seja excluindo-se o contribuinte do âmbito de abrangência da norma tributária ou reduzindo o tributo a ser recolhido pelo contribuinte. Segundo Machado (2013) o planejamento tributário tem por finalidade obter a maior economia fiscal possível reduzindo a carga tributária de forma lícita perante a legislação conforme direciona a Constituição Federal. Para tanto o contador tem que estar sempre atualizado na legislação fiscal para encontrar soluções que possibilitem redução da carga tributária apoiada ao abrigo da elisão fiscal, ficando fora da sonegação e fraude. Para Fabretti (2003, p.133) “[...] a elisão fiscal é lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o 44 ordenamento jurídico, adotando-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando- se de lacunas na lei.”, sem um bom planejamento tributário e com a crescente e difícil concorrência no mercado globalizado, as empresas têm que buscarem reduzir os custos mantendo sua permanência no mercado e garantindo um bom retorno para o capital investido. Segundo Oliveira (2009), a elisão fiscal é um proceder legalmente autorizado, que ajuda a lei tributária a atingir sua finalidade extrafiscal, quando presente. Diferentes da evasão fiscal são utilizados meioslegais na busca da descaracterização do fato gerador do tributo. Implica a licitude do comportamento do contribuinte, sendo uma forma correta de evitar a submissão a uma hipótese tributária desfavorável. Finalizando, Machado et. al (2013) relata que a elisão fiscal representa um conjunto de sistemas legais, cujo objetivo é a redução, postergação e, até mesmo, a eliminação do recolhimento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar seu negócio da melhor maneira que lhe pareça, procurando reduzir os custos empresariais. Se a forma adotada é jurídica e lícita, cabe a Fazenda Pública respeitá-la. Em se tratando de evasão, a prática dos atos ocorre concomitante ou posteriormente à incidência tributária, na qual são utilizados meios ilícitos (fraude, sonegação, simulação) para fugir dos pagamentos de tributos. Desta forma, pode-se dizer que a evasão ocorre quando o ato é ilegítimo e as operações são consideradas simuladas no sentido enganoso ou doloso de evitar a tributação. Machado et al. (2013) diz que ao contrário da elisão fiscal, a evasão consiste na prática contraria a lei, geralmente é cometida após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária objetivando reduzir ou mesmo ocultar a carga tributária. Fabretti (2003) apud Machado et. al (2013), diz que a evasão fiscal está prevista na Lei dos Crimes Contra a Ordem Tributária Econômica e Contra Relação de Consumo (Lei 8.137/90) conforme algumas condutas ilegais, entre elas: I - omitir informações ou prestar declaração falsa a Receita federal; II - fraudar fiscalização tributária inserindo ou omitindo operações de natureza em livro ou documento exigido pela Lei fiscal; e III - falsificar ou alterar nota fiscal (LEI nº 8.137/90) 45 Segundo Oliveira (2009), o conceito corrente na doutrina brasileira de evasão fiscal obedece ao agente (contribuinte) que, por meios ilícitos, visa a eliminar, diminuir ou retardar o recolhimento de um tributo, já devido pela ocorrência do fato gerador. Como a expressão evasão é oriunda das finanças, se torna difícil sua conceituação, como é possível constatar: A dificuldade de se conceituar o termo evasão fiscal, pois evasão de tributos é uma terminologia oriunda da ciência das finanças, fato quer explica sua contaminação com um significado econômico. A origem econômica da expressão é causa de uma determinada incerteza que se nota todas as vezes que os autores pretendem analisá-la, baseados em conseqüências eminentemente jurídicas (HUCK,1997) apud OLIVEIRA ,2009). Oliveira (2009) relata que a conceituação genérica, centralizada apenas no não recolhimento do tributo admite que alguns autores, ainda que de forma imprecisa, admitam a existência de uma evasão legal quando o não pagamento do imposto tenha sido obtido por meios e formas, pelos menos aparentemente legais. O procedimento é chamado de elisão, embora alguns autores concordem com a expressão evasão legal, uma corrente majoritária, porém, a considera como contradição terminológica, já que uma classe não pode ser legal e ilegal ao mesmo tempo, não havendo possibilidade de se falar em fraude fraudulenta e fraude não fraudulenta. Moreira (2010) esclarece que a evasão é caracterizada pelas seguintes práticas: - sonegação: ocultação de rendimentos na declaração de imposto de renda, que leva ao pagamento de tributo a menor; - fraude: corresponde a atos tais como adulteração ou falsificação de documentos, através dos quais o contribuinte furta-se ao pagamento de tributo devido por lei; - simulação: pode ser absoluta (finge-se o que não existe) ou relativa (sob o ato ou negócio praticado jaz outro negócio, oculto, que corresponde à real vontade das partes). Apesar de se dispor de vários dispositivos legais que coíbem atividades que lesem o Erário Público, ainda assim esses eventos indesejáveis continuam 46 ocorrendo. Por fim, entende que é necessário possuir normas jurídicas criteriosamente elaboradas e de acordo com a ocorrência dos casos concretos, fundadas em princípios constitucionais tributários. Portanto, o aspecto temporal é o que melhor traduz a cisma entre o legal e o ilegal no âmbito do planejamento tributário, vale dizer, a ação preventiva do agente econômico deve ser trabalhado de modo a evitar o fato gerador do tributo a tipificar a elisão, na consecução da licitude do ato jurídico. 47 5. ESTUDO DE CASO - EMPRESA NO COMÉRCIO VAREJISTA DE INFORMÁTICA Segundo Gil (1996, p. 59) “a maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias, mas também se aplica com pertinência a situação em que o objeto de estudo já é suficientemente conhecido aponto de ser enquadrado em determinado tipo ideal”. Nas últimas décadas diversos aspectos de nossa vida têm sofrido grandes transformações e, sem dúvida, os computadores e a moderna tecnologia da informática cumpre um papel decisivo nessas transformações. Atualmente pode-se constatar o avanço tecnológico em diversas áreas como: medicina, telecomunicações, transportes, educação etc. Sem dúvida, esta tecnologia que tem nos acompanhado e avançará cada vez mais nos próximos anos, permitirá que novos progressos venham a ser conquistados, em prazos cada vez mais curtos, alterando ainda mais nossos hábitos e organização social, transformando o futuro em presente. Tendo percebido a amplitude da informática no mercado atual, uma empresa nesta área foi escolhida para o estudo de caso. 5.1 CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA Esta pesquisa será realizada em uma empresa de pequeno porte, cuja atividade principal é comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática situada no município de Aracruz/ES. A empresa foi fundada em 14 de junho de 2000, e atualmente tem um faturamento médio anual de R$ 2.247.854,64. O quadro de funcionários da empresa é composto por 10 (Dez) colaboradores e a média salarial varia de R$ 815,00 (Oitocentos e quinze reais) a R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais). A empresa objeto desse estudo, atualmente enquadrada no Simples Nacional, opta corretamente por esse regime, pois não há nenhum impedimento legal que não permita o enquadramento da mesma. 48 Com o intuito de recolher o máximo de informações possíveis para a avaliação e conclusão das sugestões e recomendações sobre a análise tributária, tomou-se como base a coleta de valores dos relatórios contábeis e demonstrações acessórias, tais como: Livros de Entradas e Saídas, Balancetes, Balanços e DR (Demonstração do Resultado). Esses dados são essenciais para um bom Planejamento Tributário, as informações devem ser confiáveis e analisadas por profissionais contábeis realmente sérios e competentes, que possam demonstrar ao empresário qual o melhor caminho a ser seguido, e que é possível sim, reduzir custos e despesas através de alternativas legais. Com isso, pode-se ter uma análise clara e precisa sobre o conceito de Planejamento Tributário, sua importância dentro das organizações e como ele influência diretamente na permanência de uma empresa no mercado de trabalho. 5.2 REGIMES TRIBUTÁRIOS 5.2.1 Simples Nacional Para apuração dos impostos a serem arrecadados no documento de arrecadação (DAS), foi levado em conta faturamento do comércio para o enquadramento da empresa no anexo I da Lei Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006, bem como o faturamento da atividade de prestação de serviços para o enquadramento da empresa no anexo III da lei em questão. A lei mencionada apresenta as alíquotas dos tributos: IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP, ICMS e ISS que serão aplicadas sobre a receita líquida de cada mês. As alíquotas são identificadas a partir do faturamento acumulado dos últimos 12 (Doze) meses. Em 2012 (Dois mil e doze) e 2013 (Dois mil e treze) a empresa apresentou o seguinte faturamento
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