Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
POTÁSSIO Importância da Calemia ✓ K normal: 3,5 a 5,0 mEq/L ✓ Somente 2% do potássio está no extracelular ✓ Deve ser mantida numa faixa estreita para evitar distúrbios neuromusculares ✓ Para pensar em potássio, temos sempre que pensar em aldosterona!!! **O potássio é muito importante em relação aos distúrbios neuromusculares e ao coração. Quais são as 7 causas de PCR? 1. Tamponamento cardíaco 2. Pneumotórax 3. Acidose metabólica 4. Hipercalemia 5. Trauma 6. Choque hipovolêmico 7. ALDOSTERONA ➢ Atua no túbulo coletor cortical, aumentando a reabsorção de sódio e secreção de potássio e H+ ➢ É sempre uma troca de cátion por cátion. Para cada Na reabsorivdo, é eliminado 1 K ou 1 H+ ➢ É produzida e liberada na zona glomerulosa da glândula suprarrenal ➢ Existem 2 estímulos para a sua secreção: angiotensina II e hipercalemia Hiperaldosteronismo • Aumento da reabsorção de sódio => HAS • Maior eliminação de potássio => HIPOCALEMIA • Maior eliminação de H+ => alcalose metabólica **Quando chega paciente jovem (< 30 anos) e hipertenso, uma das causas que devem ser checadas é o hiperaldosteronismo, fazendo dosagem de aldosterona Hipoaldosteronismo • Menor reabsorção de sódio => HIPOTENSÃO • Retenção de potássio => HIPERCALEMIA • Retenção de H+ => ACIDOSE METABÓLICA HIPOCALEMIA → K < 3,5 mEq/L Causas 1. Perda externa de potássio – rins, vômito, pele → Perdas gastroinestinais: vômitos, diarreia secretiva, laxativos, fístulas digestivas **Paciente que chega vomitando muito, a primeira coisa que olhamos é o potássio. **Diarreia secretiva – pacientes que usam muito laxativos tem muita cãibra, por ter hipocalemia → Perdas urinárias: diuréticos (furosemida), alcalose metabólica, poliúria, hiperaldosteronismo **FUROSEMIDA é tratamento para hipercalemia → Medicamentos: anfotericina B, penicilina, aminoglicosídeo e cola de sapateiro **Lembrar sempre da ANFOTERICINA B, que é um antifúngico. Todas as vezes que vai aplicar esse medicamento, é necessário que se dose o potássio; se fizer anfotericina B, o potássio baixa na hora, e se ele já estiver com hipocalemia, pode fazer uma parada. 2. Entrada de potássio nas células → Administração de insulina, beta 2 agonista, bicarbonato de sódio **Dá insulina e glicose ao mesmo tempo, pois a insulina vai causar uma hipoglicemia – para cada 1U de insulina, dá 2U de glicose. **Beta 2 agonista – BEROTEC – também abaixa o potássio **Bicarbonato – abaixa potássio por que faz uma alcalose → Cetoacidose diabética e na síndrome hiperosmolar **Glicose alta joga o potássio pra fora → Hipotermia Sinais e sintomas ✓ Cãibras ✓ Fraqueza muscular ✓ Fadiga ✓ Paralisia ✓ Rabdomiólise ✓ Íleo metabólico (para de fazer peristaltismo, dá constipação e pode fazer um pseudo AA obstrutivo) ✓ Constipação ✓ Taquiarritmias Alterações no ECG – O potássio mora na onda T!!!! ✓ Todo paciente com hipocalemia precisa de ECG, pois as alterações neste exame são o prenúncio das arritmias cardíacas ✓ Alterações precoces – Achatamento da T – Onda U proeminente (U > T) – Apiculamento da P – Infradesnivelamento de ST ✓ Mais graves: aumento do PR, alargamento do QRS Tratamento ❖ Tratar a causa!! Excluir a causa, se o paciente está vomitando, com diarreia ou uma DII (que causa diarreia crônica) ❖ Repor potássio – na emergência! ▪ Via de preferênica oral ou enteral ▪ Cuidado nas concentrações e velocidade de infusão quando for repor intravenoso, se infundir rápido pode dar uma taquiarritmia – É melhor sempre que possível evitar a via EV HIPERCALEMIA → K > 5,5 mEq/L Causas 1. Retenção corporal de potássio → Insuficiência renal: catabolismo e acidose, aumento da liberação de potássio das células. Especialmente em estágios avançados (estágio 5) de IRC – uma das indicações de diálise é a hipercalemia. → Medicamentos: espironolactona, iECA, BRA → Hipoaldosteronismo: lembrar sempre em casos de hipercalemia persistente com função renal normal. Doença de Addison o Insuficiência adrenal, a glândula suprarrenal é “atacada” por uma desordem autoimune ou por algum agente infeccioso (BK, paracoco, aids) o Lembrar sempre que: emagrecimento, anorexia, fraqueza, náuseas, dor abdominal, hiperpigmentação da pele associada à hipercalemia + acidose metabólica + hiponatremia + eosinofilia **A hiperpigmentação da pele pode ser confundida com vitiligo, por que começa a escurecer e a parte que era normal fica parecendo vitiligo. o Hipoglicemia – é algo que chama muita atenção – primeira coisa que vai ver é Addison. 2. Saída de potássio das células → Hiperosmolaridade (cetoacidose) → Acidose (principalmente) → Betabloqueadores → Intoxicação digitálica: desencadeada pela hipocalemia, mas causa hipercalemia!!! **É complicado dar digitálico pra idoso, por que ele já tem uma propensão maior a distúrbio hidroeletrolítico **ECG – “pá de pedreiro” → Paralisia periódica hipercalêmica: raro distúrbio autossômico dominante, episódios repetitivos de tetraparesia hipercalêmica e hiponatrêmica, desencadeados pelo frio, jejum ou repouso pós- exercícios. Paciente fica todo espástico. Sinais e Sintomas ✓ Fraqueza muscular ✓ Paralisia ✓ Bradiarritmia ✓ Fibrilação ventricular ✓ Atividade elétrica sem pulso ✓ Assistolia ✓ Parada cardiorrespiratória Alterações no ECG ✓ Precoce: onda T apiculada ✓ Mais graves: alargamento do QRS (se alargar muito pode fazer uma taquicardia ventricular; achatamento e desaparecimento da onda P (às vezes, acha que é uma fibrilação atrial) Tratamento ❖ Hipercalemia grave com alteração do ECG A. Gluconato de cálcio – cálcio protege o coração contra a hipercalemia, prevenindo uma taquiarritmia ou até mesmo uma PCR **A primeira coisa quando pega um paciente com hipercalemia é dar gluconato de cálcio B. Insulina C. Bicarbonato de sódio D. Beta 2 agonista – berotec ❖ Manutenção: Furosemida (se houver diurese); resina de troca (sorcal – é um envelopezinho tipo suco, ele faz troca jogando o potássio de novo para dentro da célula; se o paciente não estiver comenod, passa pela sonda) ❖ Refratária e recidivante na insuficiência renal: diálise de urgência **Potássio pode abaixar rápido, mas para subir os níveis tem que ter cuidado. CASOS CLÍNICOS 1. Na IRA, com níveis elevados de potássio (K: 8,5), a conduta terapêutica que é capaz de estabilizar a membrana miocárdica é a administração de: A. Furosemida B. Gluconato de cálcio C. Sorcal D. Bicarbonato de sódio 2. É causa de hipernatremia A. SIADH B. Diabetes insipidus – causa hiponatremia. C. Hipotireoidismo D. Diurético tiazídico 3. Paciente no pós-operatório de tumor cerebral, apresenta sódio de 165 mEq/L. Com a correção do sódio, você espera, que em 24 horas, o valor da natremia seja de: A. 135 B. 140 C. 145 D. 155 4. Paciente, 70 anos, internado devido AVC isquêmico há 2 meses, com nutrição enteral, com escara em região sacral e mantendo febre. Evolui com leve diminuição da diurese e com FC de 105 bpm, PA 130x80. K: 4,5. Na: 155. Ureia: 80. Creatinina: 1,2. Glicose: 140. A reposição líquida mais adequada é: A. Água filtrada por via enteral B. Solução glicosada C. Soro fisiológico 0,9% D. Solução hipertônica **Paciente está com o sódio alto, desidratado, pra reverter, tem que diluir a concentração alta de sódio, dando água. O soro daria mais sódio pra ele. 5. Sete dias após cirurgia de clipagem de aneurisma cerebral, mulher de 30 anos evolui com rebaixamento do nível de consciência. Encontra-se hidratada, normotensa, normocárdica, boa perfusão capilar. K: 38. Na: 120. Creatinina: 0,8. Ureia: 35. Hemograma normal. Provavelmente, estamos diante de um caso de: A. Síndrome da antidiurese inapropriada – SIADH (osmolaridade alta) B. Diabetes insipidus (osmolaridade baixa) C. Doença de Addison D. Síndrome perdedora de sal (osmolaridade alta, tem hiponatremia,perdendo muito sódio na urina)
Compartilhar