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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VII TECNO MACCH INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DE MÁQUINAS EIRELI - ME SÃO PAULO 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VII TECNO MACCH INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DE MÁQUINAS EIRELI - ME MARCEL RABELO MELLO RA 1864748 Projeto Integrado Multidisciplinar - PIM VII, apresentado como um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior da Universidade Paulista - UNIP. Orientador: Marcelo Mello SÃO PAULO 2019 CIP - Catalogação na Publicação Mello, Marcel Rabelo. ....Projeto Integrado Multidisciplinar -PIM VII : Tecno Macch Ind, Com e Serviços de Máquinas / Marcel Rabelo Mello. - 2019. ....27 f.: il. color. .... Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto de Ciência Sociais e Comunicação da Universidade Paulista, Monte Sião, 2019. Área de Concentração: Monte Sião. Orientador: Prof. Esp. Marcelo Mello. ....1. Logística de Importação e Exportação. 2. Direito na Navegação. 3. Desenvolvimento Sustentável. I. Mello, Prof. Esp. Marcelo Marcondes de (orientador). II. Título. Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). MARCEL RABELO MELLO RA 1864748 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VII TECNO MACCH INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DE MÁQUINAS EIRELI - ME Projeto Integrado Multidisciplinar - PIM VII, apresentado como um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior da Universidade Paulista - UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _________________________/___/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista - UNIP _________________________/___/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista - UNIP _________________________/___/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista - UNIP RESUMO Este trabalho trata-se de um Projeto Integrado Multidisciplinar com foco nas disciplinas Logística de Importação e Exportação, Direito na Navegação e Desenvolvimento Sustentável, utilizando como alvo da pesquisa de campo a empresa importadora do ramo têxtil. Especificamente tem o objetivo de evidenciar como o estudo das disciplinas aqui abordadas pode melhorar o funcionamento da empresa, citando como os dados levantados podem ser debatidos aplicando assim possíveis melhorias na gestão da empresa utilizando-se de metodologia de pesquisa como levantamento de dados colhidos na própria empresa. A Logística de Importação e Exportação tem papel fundamental no desenvolvimento da competitividade nas operações de comércio internacional. Este artigo tem por finalidade a identificação dos fluxos logísticos na exportação e importação, os custos envolvidos em cada etapa da atividade logística internacional, bem como, as vantagens e desvantagens da utilização de cada modal de transporte. A análise possibilitou o entendimento das vantagens e desvantagens de cada modal, a identificação dos fluxos logísticos internacionais e dos custos incorridos em cada etapa de uma importação e exportação, possibilitando à empresa que atua ou deseja atuar no comércio internacional busque maior lucratividade, bem como, a possibilidade de aumento da competitividade da empresa diante de seus concorrentes. O Direito na Navegação é atividade relacionada ao transporte de mercadorias destinadas ao Comércio Exterior deve ser entendida enquanto parte de uma atividade empresarial, ou seja, no contexto de uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, voltados ao mercado, como resultado do esforço de agentes, como a indústria naval, aqui trataremos de assuntos como: Armação e Exploração de Navios, Serviços de Transporte Marítimo, Empresas de Navegação e Empresas Auxiliares, Contratos do Direito Marítimo, Incoterms, Acidentes e Fatos, etc O Desenvolvimento Sustentável, apesar de ser necessário o desenvolvimento, o homem precisa dar mais respeito ao meio ambiente, já que é dele que dependemos para sobreviver, no nosso dia a dia é muito comum observamos que os seres humanos vêm causando muita destruição no nosso meio ambiente. O crescimento das indústrias, das cidades e o aumento dos veículos, estão causando diversos problemas no nosso solo, no ar e principalmente em nossas águas. Ao final da leitura do presente projeto, espera-se ter sido específico e conciso, tentando alcançar a coesão entre as opiniões do autor e do leitor. Palavras chaves: desenvolvimento, competitividade, comércio internacional. ABSTRACT This work is a Multidisciplinary Integrated Project focusing on Import and Export Logistics, Shipping Law and Sustainable Development, using as target of field research the textile importing company. Specifically, it aims to highlight how the study of the disciplines approached here can improve the company's functioning, citing how the data collected can be debated, thus applying possible improvements in the company's management using research methodology such as data collected from the company. Import and Export Logistics plays a key role in developing competitiveness in international trade operations. This article aims to identify the logistic flows in export and import, the costs involved in each stage of international logistics activity, as well as the advantages and disadvantages of using each mode of transport. The analysis allowed the understanding of the advantages and disadvantages of each mode, the identification of international logistics flows and the costs incurred in each stage of an import and export, enabling the company that operates or wishes to operate in international trade to seek greater profitability, as well as, the possibility of increasing the company's competitiveness vis-à-vis its competitors. The Law on Navigation is an activity related to the transport of goods destined for Foreign Trade should be understood as part of a business activity, that is, in the context of an organized economic activity for the production or circulation of goods or services, market oriented, as As a result of the efforts of agents such as the shipping industry, we will deal with such matters as: Shipbuilding and Exploration, Shipping Services, Shipping Companies and Auxiliary Companies, Maritime Law Contracts, Incoterms, Accidents and Facts, etc. Sustainable Development, despite the need for development, man needs to give more respect to the environment, as it is on which we depend to survive, in our daily lives it is very common to observe that humans are causing much destruction in our environment. environment. The growth of industries, cities, and the growth of vehicles are causing various problems in our soil, in the air, and especially in our waters. At the end of the reading of this project, it is expected to have been specific and concise, trying to achieve cohesion between the author's and the reader's opinions.Keyword: development, competitiveness, international trade. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 CAPITULO 1 - ANÁLISE GLOBAL DA EMPRESA 3 1.1 - Denominação e forma de constituição 3 1.2 - Organização, Natureza e Ramo de Atuação 3 1.3 - Porte da empresa 3 1.4 - Força de trabalho 3 1.5 - Principais produtos 4 CAPÍTULO 2 - LOGÍSTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO 5 2.1- Importações. 5 2.2 - Organização Mundial do Comércio (OMC). 6 2.3 - Sistema harmonizado de descrição e codificação de produtos (SH). 7 2.4 - Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). 7 2.5 - Tarifa externa comum (TEC). 8 2.6 - Incoterms. 9 2.7 - Transportes marítimos. 11 2.8 - Tipos de embarcações. 12 2.9 - Operação comercial dos navios. 12 2.10 - Conhecimento de embarque. 12 2.11 - Transporte aéreo. 13 2.12 - Conhecimento de embarque aéreo. 13 2.13 - Armazenagem. 14 2.14 - Planejamento logístico. 14 CAPITULO 3 - DIREITO NA NAVEGAÇÃO. 17 3.1 - Definições. 18 3.1.1 - Embarcador (shipper). 18 3.1.2 - Operador portuário (port operator). 18 3.1.3 - Afretamento a casco nú (Bareboat ou Demise Charter Party). 18 3.1.4 - Afretamento por tempo (time charter-party). 18 3.1.5 - Afretamento por viagem (Voyage Charter Party). 19 3.1.6 - Armador brasileiro. 19 3.1.7 - Empresa brasileira de navegação. 19 3.1.8 - Embarcação brasileira. 19 3.1.9 - Suspensão provisória de embarcação. 19 3.1.10 - Frete aquaviário internacional. 19 3.1.11 - Armador. 20 3.1.12 - Proprietário. 20 3.2 - Direito Aéreo de Navegação. 20 CAPITULO 4 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. 21 4.1 – Conceito. 21 4.2 - Gestão ambiental. 21 4.3 - Estudo de Impacto Ambiental (EIA). 22 4.4 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 23 CONCLUSÃO 25 REFERENCIAS 27 1 INTRODUÇÃO. O planejamento logístico nas organizações está relacionado à adoção de medidas contínuas que visam à economia de valores gastos com frete e redução de estoques. Nesse sentido, a identificação de modais mais apropriados ao tipo de carga ou ao tipo de infraestrutura presente na região de origem é fundamental para a redução dos valores gastos com fretes, armazenagens, embalagens e transbordos. O objetivo desse artigo é verificar as definições de logística e de modais e apontar a sua responsabilidade na economia brasileira. Verificar as vantagens e desvantagens de cada modal que as empresas podem utilizar e identificar os custos logísticos em cada etapa de um processo de importação e exportação. O Direito na Navegação é a atividade relacionada ao transporte de mercadorias destinadas ao Comércio Exterior. O comércio exterior e os responsáveis por políticas públicas para modernizar o setor marítimo. Essa modernização busca o aumento da produtividade da navegação através da utilização crescente de novas tecnologias, além da melhoria no atendimento aos armadores. Aqui nesse texto iremos discursar sobre suas definições e características, exploração de navios, tripulação e suas funções, empresas de navegações, tipos de contrato e fatos da navegação. A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Trataremos aqui de seus aspectos, legislação e suas leis, responsabilidade social, gestão e impactos, licenciamentos e certificações. 2 3 CAPITULO 1 - ANÁLISE GLOBAL DA EMPRESA 1.1 - Denominação e forma de constituição. Tecno Macch Indústria, Comércio e Serviço de Máquinas Eireli - ME. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada que atua como capital fechado. Fundada em 12/09/2001 1.2 - Organização, Natureza e Ramo de Atuação. A empresa atua na indústria, comércio e serviços, fazendo importações de seus produtos e equipamentos para revenda, o seu objeto social é o comercio atacadista de máquinas, equipamentos, peças e partes pra uso em malharias e confecções, inclusive importação e exportação das mesmas; manutenção e reparação de maquinas e equipamentos para a indústria têxtil; fabricação de maquinas, peças e acessórios para a indústria têxtil e o comercio varejista de artigos do vestuário e acessórios, facção de peças do vestuário, comercio varejista de equipamentos e suprimentos de informática e serviços de manutenção e reparação em equipamentos de informática. 1.3 - Porte da empresa. Para o SEBRAE, os pequenos negócios são divididos em quatros segmentos pela faixa de faturamento da empresa. Esses segmentos seguem a Lei Complementar 123/2006, chamada de Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, seguindo essa linha a Tecno Macch é uma empresa de pequeno porte, que consegue faturar um pouco mais de trezentos e sessenta mil reais por ano. Atualmente atende a uma carteira de 507 clientes e utiliza uma área de 450 m2, ocupados com: loja, estoque de peças, equipamentos para pronta entrega e área de oficina. 1.4 - Força de trabalho. No momento a empresa conta com quatro funcionários e dois free lance, sendo uma vendedora interna, dois técnicos externos, um técnico interno e dois técnicos free lance em outros estados. 4 A Empresa em questão tenta manter uma boa relação no clima organizacional, sempre desenvolvendo planos para melhorar o ambiente de trabalho e a percepção dos colaboradores para que como um time, avaliem pontos em que possa haver uma melhoria na estrutura, promovendo um ambiente tranquilo para que tenham mais ânimo e um ótimo bem-estar no dia a dia, se relacionando bem em equipe. 1.5 - Principais produtos. Máquinas e equipamentos importados para indústria têxtil, peças e acessórios, serviço de manutenção para equipamentos, serviço de desenvolvimento e elaboração de mostruários, programação de desenhos para produção, treinamentos operacionais, treinamento para manutenção preventiva e treinamento para programação. Importação de peças de reposição para diversas empresas mesmo as não clientes. Imagem 1 -Loja Rabelo, Marcel. Tecno Macch. 2018. 5 CAPÍTULO 2 - LOGÍSTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO. A Logística Empresarial pode ser entendida como a organização administrativa, operacional e de recursos humanos, que tem como finalidade fazer chegar um produto ao cliente final, da forma mais rápida, segura e ao mais baixo custo possível. Sabe-se que a logística, por si só, existe antes da era de Jesus Cristo e era utilizada nas guerras pelos militares da época. Abastecimento de comidas, armas, munições e outros elementos eram tratados logisticamente, inclusive o desenvolvimento das estratégias para poder atacar seus inimigos e assim, planejar, “como”, “quando” e “onde”. Já a Logística Empresarial no Brasil surge mais firmemente a partir dos anos 90, época em que as economias da América do Sul começarama ter uma maior estabilidade e, consequentemente, melhores tecnologias de transporte. Sem sombra de dúvidas, a tecnologia atualmente é um grande aliado para que as empresas possam desenvolver melhores estratégias de mercado e assim atender o cliente mais rapidamente e ao menor custo possível. 2.1 - Importações. Importar máquinas e equipamentos usados tem sido uma das possibilidades de aumentar o negócio e trazer mais competitividade para as empresas brasileiras. Porém, obrigatoriamente, o processo de importação deste tipo de material para o Brasil é proibida e é de extrema importância saber sobre as restrições legais que existem para esse tipo de operação. É a Portaria SECEX nº 23, de 14/07/2011 que lida com as regras administrativas para a importação de máquinas e equipamentos usados. A maior parte das regras são as mesmas usadas nas outras operações de importação, sem benefícios fiscais -os tributos são pagos da mesma forma que para bens novos, com base de cálculo no valor do bem usado. Mesmo com a proibição de forma geral, alguns itens listados pela Portaria e no Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759/2009) possuem aval para entrar no país. Como, por exemplo, bens que não possuam similares que sejam produzidos dentro do Brasil, incluindo os casos especiais de transferência de linhas de produção (ligadas a projetos de interesse da economia brasileira, ou seja, que proporcionem redução de custos, aumento da geração de emprego e do nível de produtividade ou qualidade). 6 É importante se atentar que, nas importações deste tipo de material, não é possível contar com benefícios como o Ex-tarifário, por exemplo. Este benefício reduz de forma considerável os custos e volta-se para a importação de máquinas e equipamentos novos. Investir neste tipo de importação é um negócio com excelente custo-benefício. Porém, para isso se confirmar, não podem existir erros. Além dos cuidados de verificação de cada caso, seguindo à risca a legislação, a operação necessita de uma logística bem planejada, já que, na maioria dos casos, é o importador quem deve se responsabilizar pelas despesas desde a coleta no local do vendedor, incluindo a confecção e trabalhos de embalagem de transporte. A importação, na empresa estudada, na verdade começa pela oferta e venda do produto, ou seja, o cliente/consumidor do equipamento tem a necessidade do produto, a empresa encontra e providencia a importação desse equipamento. 2.2 - Organização Mundial do Comércio (OMC). É de vital importância para países como o Brasil que dependem de um sistema de normas para defender seus interesses. Os países em desenvolvimento são hoje a grande maioria dos Membros desta Organização e só cabe a eles fazer valer os seus interesses, já que as decisões na OMC são tomadas por consenso. Foi criada com o objetivo de supervisionar e liberalizar o comércio internacional. A OMC surgiu oficialmente em 1 de janeiro de 1995, com o Acordo de Marraquexe, em substituição ao Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que começara em 1947. A organização lida com a regulamentação do comércio entre os seus países-membros; fornece uma estrutura para negociação e formalização de acordos comerciais e um processo de resolução de conflitos que visa reforçar a adesão dos participantes aos acordos da OMC, que são assinados pelos representantes dos governos dos Estados-membros e ratificados pelos parlamentos nacionais. A maior parte das questões em que a OMC se concentra são provenientes de negociações comerciais anteriores, especialmente a partir da Rodada Uruguai (1986-1994). A OMC tem recebido diversas críticas desde a sua fundação. Apesar de formalmente incentivar a redução de tarifas e taxas alfandegárias sem discriminações entre as nações, a organização tem relevado práticas protecionistas praticadas, sobretudo, por países desenvolvidos, como os EUA e membros da União Europeia. 7 2.3 - Sistema harmonizado de descrição e codificação de produtos (SH). Na verdade uma sigla condensada de Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias é uma nomenclatura aduaneira, utilizada internacionalmente como um sistema padronizado de codificação e classificação de produtos de importação e exportação, desenvolvido e mantido pela Organização Mundial das Alfândegas (OMA). A padronização das mercadorias por meio de códigos proporcionou tanto a facilitação das negociações comerciais, quanto às comparações estatísticas internacionais. Isso foi possível uma vez que uma mesma mercadoria passou a ser conhecida por um único código internacional em nível mundial Em termos práticos, o SH vem sendo utilizado na elaboração das tarifas de direitos aduaneiros e de frete, das estatísticas do comércio de importação e de exportação, de produção e dos diferentes meios de transporte de mercadorias, entre outras aplicações. O SH foi criado em 1983. O Brasil aderiu à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias em 31/10/1986. Em 1988, o SH entrou em vigor em nível internacional. E, em 1989, o Brasil passou a utilizá-lo. Atualmente, 190 países utilizam o SH, representando a quase totalidade do comércio mundial de bens. No SH, toda referência a uma mercadoria deve ser expressa em 6 dígitos. Os dois primeiros dígitos indicam o capítulo no qual a mercadoria está inserida. O 3º e 4º dígitos indicam a posição da mercadoria dentro do capítulo. O 5º dígito indica a subposição simples, de primeiro nível ou “de um travessão”. O 6º dígito indica a subposição composta, de segundo nível ou “de dois travessões”. 2.4 - Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é uma convenção de categorização de mercadorias adotada desde 1995 pelo Uruguai, Paraguai, Brasil e Argentina e que toma por base o Sistema Harmonizado (SH). Este sistema de nomenclatura foi criado a fim de melhorar e facilitar o crescimento do comércio internacional, facilitando também a criação e comparação de estatísticas. Os códigos da NCM são compostos por oito dígitos, sendo os seis primeiros formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo são específicos ao âmbito do Mercosul. 8 As tabelas de códigos podem ser consultadas, por exemplo, no Ministério da Fazenda do Brasil. As tabelas são bastante abrangentes, não discriminando categorias muito específicas tais como materiais para uso escolar e muitos produtos de informática. Uma segunda tabela é usada para identificar as unidades de medida de cada produto, chamada tabela de aplicação. Classificar uma mercadoria é, em termos teóricos, bastante simples, e pode ser resumido em duas fases: 1. Identificar claramente a mercadoria que se quer classificar. 2. A partir dos textos das posições de 4 dígitos e do conteúdo das Notas de Seção e de Capítulo, determinar a melhor posição para o enquadramento da mercadoria. Os textos de Seção e de Capítulo auxiliam, mas não são determinantes, na escolha da posição. 2.5 - Tarifa externa comum (TEC). A tarifa externa comum (TEC) foi criada com o objetivo de nivelar o imposto de importação para produtos oriundos de países não membros do Mercosul. Ela foi desenvolvida com base na NCM que, por sua vez, foi baseada no SH. Como previsto no Tratado de Assunção, a partir de 01/01/95, os quatro Estados Partes do MERCOSUL adotaram a Tarifa Externa Comum (TEC), com os direitos de importação incidentes sobre cada um desses itens. Segundo as diretrizes estabelecidas, desde 1992, a TEC deve incentivar a competitividade dos Estados Partes e seus níveis tarifários devem contribuir para evitar a formação de oligopólios ou de reservas de mercado. Também foi acordado que a TEC deveria atender aos seguintes critérios: a) ter pequeno número de alíquotas; b) baixa dispersão; c) maior homogeneidade possíveldas taxas de promoção efetiva (exportações) e de proteção efetiva (importação); d) que o nível de agregação para o qual seriam definidas as alíquotas era de seis dígitos. A aprovação da TEC também incluiu alguns mecanismos de ajuste das tarifas nacionais, através de Listas de Exceções, com prazos definidos para convergência aos níveis da TEC. 9 2.6 - Incoterms. Incoterms é a abreviatura do inglês (International Commercial Terms), que em português significa “Termos Internacionais de Comércio”. Trata-se de normas padronizadas que regulam aspectos diversos do comércio internacional. São regras que determinam quem paga o frete da mercadoria, o seu ponto de entrega e quem deve fazer o seguro, entre outras coisas. Segundo a sua origem, os Incoterms foram criados em 1936 pela Câmara Internacional do Comércio, e as suas normas foram atualizadas várias vezes, com base nos desenvolvimentos na área da logística e das estratégias negociais. Os Incoterms foram criados para dar resposta ao vários conflitos entre exportadores e importadores, que ocorriam por erros de interpretação nos contratos internacionais. Os Incoterms são muito importantes para que a pessoa que vende para o exterior possa calcular todos os seus gastos. É relevante referir que as normas determinadas pelos Incoterms só são aplicadas entre exportadores e importadores, não sendo aplicadas às empresas transportadoras, seguradoras e despachantes. Depois da última atualização, ocorrida em 2010, temos agora 11 Incoterms divididos nas categorias E, F, C e D. EXW - A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor ou em outro local nomeado (fábrica, armazém, etc.), não desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veículo coletor, este termo representa obrigação mínima para o vendedor. O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do estabelecimento do vendedor, FAS - Vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento, no porto de embarque designado, a partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento, pagamento de frete , seguro e demais despesas. FOB - O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do navio (ship’s rail) no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danos, a entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as despesas passam a correr por conta do comprador. O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação. 10 FCA - O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para a exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado, ficando o comprador responsável por todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer. CFR - O vendedor é responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a mercadoria a bordo do navio, é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino designado e também responsável pelo desembaraço da exportação. Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos adicionais, são transferidos do vendedor para o comprador no momento em que a mercadoria cruza a murada do navio. Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário. CIF - A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque, o vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e dos fretes necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado, o comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e, daí para frente, se responsabilizar por todas as despesas. O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação, e deverá contratar e pagar o prêmio de seguro do transporte principal. CPT - O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado, a partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer. O vendedor é o responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação. CIP - As responsabilidades do vendedor são as mesmas descritas no CPT, acrescidas da contratação e pagamento do seguro até o destino, a partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer. DAP - O vendedor deverá desembaraçar a mercadoria para exportação no seu país, fazer o transporte internacional e levar a mercadoria até o local combinado. O desembaraço de importação no local de destino, bem como a descarga da mercadoria, ficam a cargo do comprador, o risco do transporte fica a cargo do vendedor até chegar no local estipulado. No instante que a mercadoria sai do veículo transportador, o risco passa a ser do comprador. DAT - O vendedor deverá desembaraçar a mercadoria para exportação no seu país, fazer o transporte internacional, descarregar a mercadoria e disponibilizá-la no terminal de 11 carga citado no contrato, a partir do momento em que o vendedor deposita a mercadoria no terminal de carga, a sua responsabilidade sobre a mesma se cessa, bem como o risco sobre o transporte, que passa a ser do comprador. DDP - O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para importação no local de destino designado, é o INCOTERM que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que assume todos os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado. 2.7 - Transportes marítimos. É uma das modalidades dos transportes aquáticos (ou aquaviário) que ocorrem nos mares e oceanos por meio de embarcações (barcos, navios, caravelas, transatlânticos), sendo muito utilizado para o transporte de pessoas e cargas a curtas e longas distâncias. De tal modo, é o principal tipo de transporte internacional para a comercialização de diversos produtos, onde cerca de 90% das mercadorias são transportadas por vias marítimas. Nesse sentido, vale lembrar que o transporte marítimo é uma das modalidades mais antigas, de forma que foi muito importante desde a Antiguidade para o transporte de pessoas, bem como para o desenvolvimento do comércio. A despeito de ser um transporte lento, o transporte marítimo é muito utilizado para o transporte de cargas, uma vez que suporta grande quantidade e variedades de produtos, por um custo relativamente baixo, em relação a outros meios de transporte, por exemplo, o aéreo. No tocante as desvantagens do transporte marítimo, podemos citar o tempo elevado de entrega de mercadorias, posto que passa pelos portos e alfândegas, distantes dos centros de produção e muitas vezes congestionados, além das chances de danos nas cargas transportadas. No Brasil, Fundada em 2002, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) é o órgão responsável pela regulação e implementação de políticas públicas na área. Embora o país possua dimensões continentais e uma extensa costa litorânea, no Brasil, o transporte marítimo sofre com muitos problemas desde os altos custos de transporte, precariedade dos portos, fiscalização, burocracia, dentre outros. Por esses e outros motivos, ainda é uma modalidade de transporte pouco explorada no país, em comparação aos meios ferroviário e rodoviário. De acordo com o itinerário realizado, o transporte marítimo podeser de Cabotagem: Também chamado de “Transporte Costeiro”, esse tipo de transporte é doméstico, posto que é realizado somente entre os portos do território nacional. E Internacional: Também chamado de 12 “Transporte de Longo Percurso”, o nome já indica que a distância é maior, sendo esse transporte realizado entre portos nacionais e internacionais. 2.8 - Tipos de embarcações. Além do conhecimento das vantagens e desvantagens do transporte marítimo, o trabalho na área de logística exige também o conhecimento dos tipos de navios usados para o transporte de cargas. Não nos aprofundaremos na dissertação mas apenas colocaremos alguns tipos a seguir: Roll-on roll off, Navio de carga geral, Navio de carga líquida, Porta contêiner, Navio petroleiro, Navio cargueiro de gás, Navio graneleiro, Navios refrigerados. 2.9 - Operação comercial dos navios. Os navios mercantes, que são aqueles que transportam mercadorias; costumam operar dentro de três modalidades de transporte; outsider, tramp ou liner. Quem toma a decisão de escolha é o seu proprietário chamado de armador; decisão adotada para atender da melhor forma possível os interesses comerciais desse proprietário, considerando as características da embarcação que administra, seja esta própria ou alugada. Dentre os vários profissionais que atuam na atividade marítima comercial, destacam- se o operador de navio, cuja função está diretamente relacionada à técnica; e o NVOCC (Non- Vessel Operating Common Carrier), que exerce função puramente comercial e, na atividade econômica, está posicionado entre a demanda do embarcador (exportador ou importador) e os interesses do armador. 2.10 - Conhecimento de embarque. O conhecimento de embarque é um importante documento emitido pela companhia responsável pelo transporte da mercadoria, onde constam nele informações muito importantes referente a mercadoria, como: - Nome e endereço do exportador e do importador; - Local de embarque e desembarque; - Quantidade, marca e espécie de volumes; - Tipo de embalagem; - Descrição da mercadoria e NCM; 13 - Peso bruto, peso liquido; - Dimensão e cubagem dos volumes; - Valor do frete, valor da mercadoria; - Forma de pagamento do frete: freight prepaid (frete pago) ou freight collect (frete a pagar); O conhecimento de embarque serve como um recibo de entrega da mercadoria para o transportador. E conforme INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1759, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2017, sem o Conhecimento de Embarque original, o importador não poderá retirar a carga do Recinto Alfandegado. 2.11 - Transporte aéreo. O transporte aéreo é um modal ágil e recomendado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes e encomendas urgentes. É competitivo para produtos eletrônicos, como por exemplo, computadores, softwares, telefones celulares, etc., e que precisam de um transporte rápido em função do seu valor, bem como de sua sensibilidade a desvalorizações tecnológicas (Keedi e Mendonça, 2000). É mais adequado para viagens de longas distâncias e intercontinentais. Este tipo de modal apresenta várias vantagens, incluindo a rapidez da expedição, transporte e recebimento: No campo internacional existe basicamente a IATA -International Air Transport Association -Associação de Transporte Aéreo Internacional, que regula o transporte aéreo, e ao qual as empresas e os agentes de carga são filiados. Fundada em 1919 na França com o surgimento do transporte aéreo, é uma associação que reúne empresas de todo o mundo, tanto aéreas quanto agentes de carga. 2.12 - Conhecimento de embarque aéreo. O transporte aéreo comercial de carga é sempre documentado através de um Conhecimento de Embarque Aéreo, que poderá pertencer à companhia ou ao próprio agente. O Conhecimento de embarque tem a finalidade de provar que a carga foi entregue pelo embarcador ao transportador, servindo como um recibo de entrega da mercadoria. Uma segunda função do Conhecimento de Embarque Aéreo é evidenciar a existência de um contrato de transporte entre o usuário e o transportador. Além disso, pode servir também como fatura de frete, contendo dados da mercadoria, descrição do voo, tipos de tarifa e 14 cálculo de seu valor e como certificado de seguro, nos casos em que a mercadoria é segurada através da companhia aérea. Importante também salientar que o AWB é um documento não negociável, ao contrário dos conhecimentos de embarque utilizados em outros modais. 2.13 - Armazenagem. No processo de importação a partir do porto e do aeroporto. As mercadorias que chegam nesses pontos ficam aguardando o despacho e o desembaraço, que podem levar de alguns dias a semanas. Para as empresas que operam no comércio exterior, ter previsão dos prováveis custos de armazenagem é tarefa árdua. Isso porque toda mercadoria que passa pela alfândega está sujeita ao controle aduaneiro, que é exercido pela Secretaria da Receita Federal. Daí é que surgem os famosos canais de conferência aduaneira, classificados por cores: verde, amarelo, vermelho e cinza. Não que a retenção da mercadoria para conferência seja ilegítima. Ao contrário. É exercida em prol da segurança pública, sanitária e também por interesses arrecadatórios. 2.14 - Planejamento logístico. Devido aos altos custos e impostos a empresa estuda mudar sua estratégia de vendas de produtos importados, deixando de fazer importação direta para revenda para utilizar da importação por encomenda, onde a empresa passará a fazer as importações em nome diretamente de seus clientes consumidores, baixando assim a incidência de alguns impostos, providenciando a importação em nome da empresa (consumidora final) além do II que neste caso já foi reduzido à zero, nós também reduziremos o ICMS a zero, além de reduzir o custo com a NF de venda ao cliente final recolhendo alguns impostos. A principio, só da importação se terá uma redução de R$ 7.317,88 + II que daria em torno de R$ 8.427,46 = R$ 15.745,34. Segue as reduções para análise: Processo comum via TECNO MACCH: Custo (mercadoria + despesas importação): R$ 88.729,00 Margem bruta: R$ 33.717,00 Impostos venda: R$ 7.346,00 Total: R$ 129.792,00 15 Sugestão nome do cliente: Custo (mercadoria + despesa importação): R$76.983,00 Margem liquida: R$30.000,00 Impostos venda: R$ 0,00 Total: R$ 106.983,00 Com esta mudança, estamos falando de uma redução ao cliente final de R$ 22.809,00, fora o aumento do lucro livre sem incidência direta de imposto. 16 17 CAPITULO 3 - DIREITO NA NAVEGAÇÃO. No início, o direito marítimo fora reconhecido pela história como um conjunto de normas consuetudinárias. Após, passou a ser enquadrado como no âmbito mercantil (direito comercial), diferenciado do direito do mar. Em primeiro destaca-se sua classificação de direito publico marítimo, que por sua vez, consiste em um sistema de normas que garantem a jurisdição e soberania do Estado, bem como, regulamenta o trafego marítimo para garantir a segurança das embarcações, indivíduos envolvidos e cargas. Já o segundo apresenta-se através de relações entre particulares, através de diversos contratos marítimos internacionais celebrados, respeitando os princípios gerais do direito, usos e costumes, contratos tipos (INCOTERMS), jurisprudência, no âmbito internacional. Na tendência contemporânea se enuncia o conceito como o conjunto de relações jurídicas que nascem ou se desenvolvem com o mar e considera inadmissíveis regimes jurídicos diferentes para problemas idênticos e a distinção entre direito publico e privado. Octaviano Martins, (2013, p. 27): Dessa maneira, pode-se dizer que o direito marítimo possuicomo essência o mar, considerando seu volume e quantidade, possuindo as embarcações, como navios e plataformas, como meros objetos nas relações comerciais que dali surgem, levando em conta suas características, autonomia e internacionalização. Atualmente temos duas modalidades de navegação marítima: a Navegação Costeira: está relacionada a atividades no mar para as quais, em princípio, não é necessária a utilização de instrumentos de orientação, pois se navega observando a terra e a Navegação Oceânica ou de alto-mar: pode ser realizada entre portos nacionais e estrangeiros, fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites estabelecidos. Requer a utilização de instrumentos de localização e orientação, sejam eles analógicos ou digitais. Para efeito deste Regulamento, é classificada como: I - mar aberto: a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas, podendo ser de: a) longo curso: a realizada entre portos brasileiros e estrangeiros; b) cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do território brasileiro utilizando a cia. marítima ou esta e as vias navegáveis interiores; c) apoio marítimo: a realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações em águas territoriais nacionais e na Zona Econômica Exclusiva, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de minerais e hidrocarbonetos. 18 II - interior: a realizada em hidrovias interiores, assim considerados rios, lagos, canais, lagoas, baías, angras, enseadas e áreas marítimas consideradas. Parágrafo único. A navegação realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários para atendimento de embarcações e instalações portuárias é classificada como de apoio portuário. 3.1 - Definições. 3.1.1 - Embarcador (shipper). Aquele que é responsável pelo embarque da mercadoria no meio de transporte, na maioria dos casos sendo seu próprio exportador e o qual contratou o seu transporte com o armador. 3.1.2 - Operador portuário (port operator). Pessoa jurídica pré-qualificada pela administração do porto para execução de operação portuária na área do porto organizado, segundo as normas, critérios e procedimentos estabelecidos pelo poder concedente (ANTAQ, 2014b). 3.1.3 - Afretamento a casco nú (Bareboat ou Demise Charter Party). Contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o controle da embarcação, por tempo determinado, incluindo o direito de designar o comandante e a tripulação. 3.1.4 - Afretamento por tempo (time charter-party). Caracteriza-se pela utilização (arrendamento) do navio, por um tempo determinado, no qual o proprietário ou armador disponente coloca o navio completamente armado, equipado e em condição de navegabilidade, a disposição do afretador por tempo, o qual assume a posse a o controle do mesmo (gestões náutica e comercial) mediante uma retribuição -hire -pagável em intervalos determinados durante o período do contrato. É um contrato de utilização dos serviços do navio. 19 3.1.5 - Afretamento por viagem (Voyage Charter Party). Aquele em que o fretador disponibiliza um navio determinado ao afretador, com vistas à realização de uma ou mais viagens pré-estabelecidas. Com efeito, o fretador se obriga a transportar a carga comprometida, do porto de origem ao porto de destino, sendo remunerado pelo afretador mediante pagamento do respectivo frete. 3.1.6 - Armador brasileiro. É a pessoa ou empresa que, por sua própria conta e risco, promove a equipagem e a exploração de navio comercial, independente de ser/estar ou não proprietário da embarcação.[1] Sua renda provêm normalmente da cobrança de frete para o transporte de cargas entre dois portos, ou da locação da embarcação a uma taxa diária/horária. 3.1.7 - Empresa brasileira de navegação. Pessoa jurídica constituída segundo as leis brasileiras, com sede no País, que tenha por objeto o transporte aquaviário, autorizada a operar pelo órgão competente; 3.1.8 - Embarcação brasileira. A que tem o direito de arvorar a bandeira brasileira, não necessariamente o registro tem que ser feito no Brasil. 3.1.9 - Suspensão provisória de embarcação. O proprietário da embarcação suspende temporariamente o uso da bandeira de origem, a fim de que a embarcação seja inscrita em registro de outro país; 3.1.10 - Frete aquaviário internacional. Mercadoria invisível do intercâmbio comercial internacional, produzida por embarcação. 20 3.1.11 - Armador. Todo aquele com habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações de esporte e recreio, em caráter não profissional; pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta a embarcação com fins comerciais, pondo-a ou não a navegar por sua conta; 3.1.12 - Proprietário. Pessoa física ou jurídica, em nome de quem a propriedade da embarcação é inscrita na autoridade marítima e, quando legalmente exigido, no Tribunal Marítimo; 3.2 - Direito Aéreo de Navegação. O primeiro Tratado sobre Direito Aéreo foi escrito por Jean-Étienne Danck, intitulado De ’’jure principis aereo’’, e publicado em 1689, no qual o autor define o Direito Aéreo como o conjunto de normas jurídicas relativas ao ar, àquilo que se encontra no ar e que limitar com o ar. Em termos normativos, a primeira regulamentação visando à segurança da navegação aérea data de 1819, na França, ao exigir-se que os balões estivessem equipados com paraquedas. Quanto à jurisprudência, é já em 1822 que se tem notícia do primeiro caso de danos provocados pela aviação, quando o judiciário norte-americano atuou e resolveu a quaestio com arrimo na common law. A partir da Convenção de Paris, de 1919, já se pode falar em Direito Aéreo Internacional. O Direito Aéreo Internacional pode-se definir como o ramo do Direito Internacional Público que regulamenta todos os aspectos do espaço aéreo atmosférico. Inclui- se assim, não só a navegação aérea, mas também outro tipo de atividade que se desenvolva neste espaço, especialmente as mais variadas formas de comunicação. 21 CAPITULO 4 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. 4.1 – Conceito. A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente. Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. 4.2 - Gestão ambiental. É uma disciplina tratando sobre a administração do exercício de atividades econômicas e sociais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais, visando à sustentabilidade. Fazem parte do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambientaltécnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos para a exploração sustentável de recursos naturais, de consumo e produção sustentáveis, o planejamento participativo, gestão de ‘stakeholders’, e o estudo de riscos e 22 impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas. No âmbito privado, a prática da gestão ambiental introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos - pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia - e de custos indiretos – representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e da população de comunidades que tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa. Um exemplo prático de políticas para a inserção da gestão ambiental em empresas tem sido a criação de leis que obrigam a prática da responsabilidade pós-consumo. Na esfera pública, a prática gestão ambiental é essencial no Brasil, tendo em vista não somente a base constitucional de garantia do meio ambiente equilibrado (Artigo 225 da Constituição Federal de 1988), mas também a centralidade do Estado em matéria de gestão ambiental, tendo em vista que os governos são os principais atores em matéria de ambiente, o que lhe confere importante papel mediador junto à sociedade civil e ao setor privado[3]. No âmbito federal, o Ministério do Meio Ambiente desempenha tal papel mediador, tendo como função esperada a de conciliar os interesses de conservação ambiental aos demais interesses da sociedade - seja articulando-se com outros órgãos da administração pública, seja mediando interesses, como em seus órgãos consultivos. No Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, por exemplo, conta com participação da sociedade civil, com representantes de ONGs ambientalistas, e de representantes do setor privado. 4.3 - Estudo de Impacto Ambiental (EIA). É um relatório técnico onde se avaliam as consequências para o ambiente decorrentes de um determinado projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de forma imparcial e meramente técnica os impactos que um determinado projeto poderá causar no ambiente, assim como apresentar medidas mitigadoras. Por estas razões, é um importante instrumento de avaliação de impacto ambiental (AIA). No Brasil, A Lei 6.938/81 que instituiu no Brasil a Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA incluiu as avaliações de impacto ambiental como instrumentos da política nacional do meio ambiente. Neste sentido, a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA N.º 001/86, de 23 de Janeiro de 1986, definiu, as responsabilidades, os 23 critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental. Esta mesma resolução define quais são as atividades que estão sujeitas a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), quando da solicitação de licenciamento. Consultando a referida resolução podem-se encontrar as diretrizes gerais básicas para a elaboração do EIA, bem como as atividades técnicas mínimas que devem ser cumpridas em relação ao diagnóstico ambiental da área, previsão e análise dos impactos ambientais, definição de medidas mitigadoras e atividades de acompanhamento e monitoramento. Neste caso, o licenciamento ambiental pode necessitar de uma série de procedimentos específicos, inclusive realização de audiência pública que envolve diversos segmentos da população interessada ou afetada pelo empreendimento. A exigência do estudo de impacto ambiental foi mencionada pelo artigo 225. 1º IV da Constituição Federal de 1988 nos seguintes termos: Art. 225. 1º IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) também é considerado um dos principais instrumentos da Gestão Ambiental. São apresentados geralmente em audiências públicas através de Relatórios de Impactos Ambientais (RIMA), documentos com linguagem mais acessível para não especialistas da área ambiental. 4.4 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). É uma coleção de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Os ODS são parte da Resolução 70/1 da Assembleia Geral das Nações Unidas: "Transformando o nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável", que depois foi encurtado para Agenda 2030. As metas são amplas e interdependentes, mas cada uma tem uma lista separada de metas a serem alcançadas. Atingir todos os 169 alvos indicaria a realização de todos os 17 objetivos. Os ODS abrangem questões de desenvolvimento social e econômico, incluindo pobreza, fome, saúde, educação, aquecimento global, igualdade de gênero, agua, saneamento, energia, urbanização, meio ambiente e justiça social. 24 25 CONCLUSÃO O estudo da Logística de Importação e Exportação, seus conceitos e ferramentas é extremamente importante para o desenvolvimento de uma organização, gerando maior competitividade e possibilitando melhores margens de lucro. Dessa forma, esse o presente estudo contribui para o entendimento dos fluxos logísticos, sistema de harmonização, NCM e TEC, bem como, o uso de cada Incoterms e das vantagens e desvantagens da utilização de cada modal de transporte. Ao longo do texto, a proposta de apresentação da disciplina Direito Marítimo foi desenvolvida através de aspectos históricos correlacionados com a presente aplicabilidade dos institutos delimitados em uma data longínqua, quando caravelas compunham esquadras que desbravavam os oceanos em nome de reinos e de suas majestades em busca, primeiramente, de especiarias e escravos, a posteriori, terras férteis. Abordamos os conceitos e responsabilidades dos envolvidos nas atividades comerciais e marítimas, contratos de afretamento marítimo e aéreo. Na abordagem sobre Desenvolvimento Sustentável, vimos a prática da gestão ambiental que introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, exemplo prático de políticas para a inserção da gestão ambiental em empresas. Vimos como o estudo de impacto ambiental identifica e avalia os projetos e o que podem causar ao meio ambiente. 26 27 REFERENCIAS https://www.linkmex.com.br/biblioteca/blog/importacao/maquinas-usadas/ http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/negociacoes-internacionais/805-omc- organizacao-mundial-do-comercio https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio https://www.infoescola.com/geografia/organizacao-mundial-do-comercio-omc/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Harmonizado https://www.allog.com.br/blog/incoterms-tudo-o-que-voce-precisa-saber/ http://www.efficienza.com.br/a-importancia-do-conhecimento-de-embarque/ COLLYER, Marco Antonio; COLLYER, Wesley O. Dicionário de comércio marítimo. 4. ed. Rio de Janeiro: Lutécia, 2002. KEEDI, Samir. Transportes, unitização e seguros internacionais de carga: prática e exercícios. 3. ed. São Paulo: Lex, 2005. MARTINS, Eliane Maria Octaviano. Curso de Direito Marítimo. V. I. 2. ed. Barueri: Manole, 2005. https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
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