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Apostila Introducao à engenharia

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NEaD – Núcleo de Educação a Distância – Multivix 
 
 
 
 
Introdução à Engenharia 
 
 
 
 
 
 
MULTIVIX 
 
 
 
 2 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância – Multivix 
Copyright © 2014, Multivix 
 
Sumário 
 
UNIDADE 1 – A engenharia e o Engenheiro ................................................................... 3 
UNIDADE 2 – Modelos teóricos e Modelos empíricos - Engenharia do Passado e 
Engenharia Moderna ..................................................................................................... 18 
UNIDADE 3 – Conselhos e sindicato ............................................................................ 32 
UNIDADE 4 – Diretrizes curriculares para o curso de engenharia ................................ 52 
UNIDADE 5 – ÉTICA EM ENGENHARIA ...................................................................... 86 
UNIDADE 6 – Projetos em engenharia ......................................................................... 99 
UNIDADE 7 – Temas diversos e a engenharia ........................................................... 113 
 
 
 3 
 
 
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UNIDADE 1 – A ENGENHARIA E O ENGENHEIRO 
 
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 
 
A evolução da humanidade está diretamente ligada à evolução da ciência e da 
engenharia. 
A importância da engenharia nesta evolução é inegável, tal qual o papel do 
engenheiro é importantíssimo. 
 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
 
Ao final desta unidade esperamos que o aluno seja capaz de: 
 
- conhecer e relacionar a evolução da engenharia com a evolução da humanidade; 
- identificar as principais características do engenheiro no contexto social; 
 
 
AVALIAÇÃO DA UNIDADE 
 
A avaliação desta unidade estará disponível no Ambiente Virtual de 
Aprendizagem. 
 
 
 
 
 4 
 
 
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Origem e evolução da Engenharia 
 
A engenharia envolve a aplicação de conhecimentos matemáticos, científicos, e 
técnicos aliados à criatividade com objetivo de criar, aperfeiçoar ou resolver uma 
necessidade. 
A evolução da humanidade é marcada por mudanças em diferentes momentos da 
história, todos eles impulsionados pelo avanço do conhecimento teórico e tecnológico, e 
com influência direta da engenharia. 
A engenharia nasceu e se desenvolveu de forma simultânea ao início da 
civilização humana, com adventos que marcaram profundamente o seu destino, como o 
domínio do fogo, o invento da roda, a criação da escrita, etc. Alvim Toffler em seu livro, 
publicado na década de 80, descreve tal evolução divididas em três grandes ondas: a 
primeira onda o desenvolvimento da agricultura, a segunda onda a evolução Industrial, 
e a terceira onda, a onda do conhecimento. Além destes marcos da humanidade, outros 
momentos foram, sem dúvida, impactantes nos rumos da humanidade, como o 
conhecimento sobre o meio ambiente e os efeitos da ação do homem no planeta, o 
aumento populacional e a necessidade do crescimento da produtividade entre outros. 
O ser humano tem inúmeras capacidades, dentre elas a de transformar objetos 
naturais de forma a utilizados para determinados fins que atendam às suas 
necessidades. A invenção e fabricação de inúmeros utensílios domésticos é um 
exemplo. Esta habilidade pode ser entendida como uma das grandes responsáveis pelo 
estágio do desenvolvimento humano. Os registros apontam que no período Paleolítico - 
período compreendido entre cerca de 2 milhões e 10 mil a.C. (Paleolítico é o termo 
empregado para designar o período da pedra) os hominídeos desenvolveram utensílios 
de ossos, pedras lascadas, madeiras e conchas. 
 
 
Homem confeccionando a lança e o 
machado de pedra 
 
Homem fazendo fogo 
 5 
 
 
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Estes primeiros utensílios proporcionavam ao homem ferramentas para caçar, 
cortar um animal, cortar árvores, se defender de ataques, construir abrigos rústicos, etc. 
As habilidades empregadas pelo ser humano para construir uma machadinha a 
partir de uma pedra bruta envolvem bem mais que simplesmente raciocínio, envolve 
também planejamento, experiência e habilidade, muito além do conhecimento na época. 
Em um breve resumo temos: 
6 000 000 a. C. - Habilidade em lidar com o fogo 
150 000 a. C. - Produção de artefatos de caça 
10 000 a. C. - Surgimento da Agricultura 
8 000 a. C. – Desenvolvimento de uma arquitetura de tijolos e pedras 
Descoberta do uso do metal 
7 000 a 6 000 a. C. – Cobre; 
1 500 a 1000 a. C. – Ferro 
3.500 a 500 a. C. – Surgimento das primeiras civilizações; 
- criação técnicas da irrigação; 
- desenvolvimento do sistema de governo; 
- construção de barcos; 
4000 a 3500 a. C. – Surgimento da escrita 
50 a. C. – Império Romano: estradas, arenas de jogos, casas de banho, esgotos, 
aqueduto; cisternas de água potável, arquitetura; 
1406 - em Florença na Itália, surgiram as primeiras escolas e universidades de 
arquitetura e os primeiros arquitetos não práticos. 
Séculos XVI e XVII - Revolução no pensamento: Os avanços científicos levaram 
os homens a procurarem, cada vez mais, descobrir modos de manipular e explorar a 
natureza. 
Século XVIII e XIX - Revolução Industrial 
 
 6 
 
 
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A engenharia e o engenheiro 
Assim a Engenharia pode ser considerada a aplicação do conhecimento científico 
para resolver problemas no mundo real. Enquanto as ciências (física, química, biologia, 
etc.) nos permitem ter uma compreensão do Universo e do Mundo, a Engenharia permite 
que este entendimento ganhe vida através da resolução de problemas, concepção e 
construção de coisas. 
O termo "engenharia" é derivando da palavra "engenheiro", é usada na língua 
portuguesa desde o início do século XVI e referia-se a alguém que operava ou construía 
um engenho. A palavra "engenho", em si, tem origem do latim "ingenium" que significa 
"gênio", ou seja, uma qualidade natural, especialmente mental, portanto uma invenção 
inteligente. 
Os engenheiros podem ser diferenciados de outros profissionais por sua 
capacidade de resolver problemas complexos e implementar soluções de maneira 
econômica e prática. Esta capacidade de enfrentar um problema, trabalhar com vários 
pensamentos e ideias abstratas e, em seguida, traduzi-los em realidade deve ser a 
essência da engenharia. (HOLTZAPPLE e REECE, 2006) 
Veja a sua volta, diferentes coisas que a engenharia proporcionou à você, como 
sentar-se confortavelmente em uma cadeira, ouvir música em um aparelho portátil, 
processar alimentos, se aquecer ou refrescar com roupas adequadas ou aparelhos 
condicionadores de ar. 
Engenheiros são geralmente solucionadores de problemas, organizadores, 
comunicadores, planejadores, executores e etc.. Essas habilidades dependem 
fortemente do raciocínio lógico, aliado à tomada decisão, levando em consideração a 
lógica, razão pela qual a base do conhecimento para se tornar um engenheiro de estudos 
em ciências e matemática. No entanto, apesar deste fato Engenharia é uma atividade 
altamente criativa, especialmente quando estão envolvidos problemas complicados. 
 
Breve histórico do curso de Engenharia 
Na França no século XVIII, tem-se início o ensino de engenharia dividido em duas 
áreas: Engenharia Militar, formandoprofissionais para ocupar funções técnicas das 
forças armadas, politécnicos generalistas sem grande base científica; Engenharia Civil, 
que por sua vez, formava profissionais para o desenvolvimento de projetos sendo 
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também encarregados nas construções de pontes, estradas, máquinas para diferentes 
ministérios. (SILVEIRA, 2005) 
Os registros apontam que até a revolução industrial, o ensino de Engenharia 
permanece nesta configuração. As evoluções: sociais e tecnológicas, aliadas às novas 
necessidades do mercado e da indústria, geraram alteração neste panorama, sendo 
necessário subdividir as engenharias em outros ramos como: Mecânica, Minas e 
Elétrica. Estes por sua vez, originaram novas atualizações evoluindo assim para 
Mecatrônica, Telecomunicações, Alimento e Produção. CUNHA (2002) 
No Brasil é difícil definir o início da atividade de engenharia, mas de forma muito 
rudimentar vieram as obras de defesa, muros e fortins, com atividades dos oficiais-
engenheiros e dos mestres construtores de edificações civis e religiosas. 
Em 1699 o Rei de Portugal criou um curso para formação de soldados técnicos 
no Brasil-Colônia. Com o objetivo de defender a Colônia das invasões de outras nações, 
o foco foi capacitar homens na arte da construção de fortificações. 
De 1710 a 1829, o Forte de São Pedro, na cidade de Salvador, sediou a Aula de 
Fortificação e Artilharia, em 1718, no Recife, deu início aulas de Fortificação, ensinavam 
as partes essenciais de um curso de matemática. Em 1795, foi criada no Recife uma 
Aula de Geometria, acrescida, em 1809, do estudo de Cálculo Integral, Mecânica e 
Hidrodinâmica. (IME, 2017) 
A academia Real, foi a primeira escola de engenharia no Brasil, foi criada em 1810 
pelo príncipe regente futuro Rei D. João VI. Após a Independência do Brasil em 1822, 
passou a ser chamada de Academia Imperial Militar e, mais tarde, para Academia Militar 
da Corte. Em outubro de 1823, um decreto permitiu a matrícula de alunos civis, que não 
mais eram obrigados a fazer parte do Exército. 
A Academia Real Militar (1811) mudou de nome quatro vezes: Imperial Academia 
Militar, em 1822; Academia Militar da Corte, em 1832, Escola Militar, em 1840 e Escola 
Central, a partir de 1858. Ali se formavam não apenas Oficiais do Exército, mas, 
principalmente engenheiros, militares ou civis, pois a Escola Central era a nossa única 
escola de Engenharia existente no Brasil. 
Sob influência alemã, o Exército Brasileiro suspendeu a formação de engenheiros 
militares. A Missão Militar Francesa, iniciada na década de 1920, inspirou a criação da 
Escola de Engenharia Militar. O Decreto nº 5632, de 31 de dezembro de 1928, 
estabeleceu sua missão no sentido de formar engenheiros, artilheiros, eletrotécnicos, 
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químicos e de fortificação e construção. A Escola de Engenharia Militar começou a 
funcionar em 1930 no Rio de Janeiro. Em 1949, sob a influência norte-americana, foi 
criado o Instituto Militar de Tecnologia. Da fusão da Escola Técnica do Exército com o 
Instituto Militar de Tecnologia, em 1959, nasceu o atual Instituto Militar de Engenharia 
(IME). 
Além da Engenharia Militar, no Brasil outras iniciativas se deram na UFRJ, EP e 
ITA. Os estudos apontam que no curso de Pós-Graduação em Engenharia Econômica, 
oferecido na UFRJ, foram ministrados os primeiros conteúdos de Produção, ainda em 
1957 na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EP, deu-se início ao primeiro 
curso de Engenharia de produção (FAÉ & RIBEIRO, 2005) (OLIVEIRA, 2005). 
Expandindo-se para o ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica em 1959 e depois para 
a FEI – Faculdade de Engenharia Industrial de São Bernardo do Campo que iniciou seu 
curso em 1967. 
À medida que o projeto de estruturas civis - como pontes e edifícios - amadureceu 
como uma especialidade técnica autônoma, começou-se a utilizar o termo "engenharia 
civil" como forma de distinção entre a atividade de construção daqueles projetos não 
militares e a mais antiga especialidade da engenharia militar. 
Em 1933 o governo brasileiro baixou o primeiro decreto que regulava a profissão 
de engenheiro, neste documento estavam listados, entre outros assuntos, as 
especializações profissionais para: engenheiro civil, arquiteto ou engenheiro-arquiteto, 
engenheiro industrial, engenheiro mecânico eletricista, engenheiro eletricista, 
engenheiro de minas, engenheiro-geógrafo ou do geógrafo, engenheiros agrônomos, ou 
agrônomos, podendo ser consideradas as primeiras engenharias ofertadas no Brasil. 
Em 1962 o Conselho Federal de Educação fixou os currículos mínimos dos cursos 
de Engenharia Civil, Mecânica, Elétrica (especialização em Eletrônica e Eletrotécnica), 
de Minas, Metalúrgica, Química e Naval. 
 
As primeiras escolas de engenharia apareceram na França: 
 a École des Ponts et Chaussées (1747), 
 École de Mines (1783) 
 École Polytechnique (1794), nesta aconteceu o casamento da Ciência com a 
Engenharia. 
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Academia Real Militar 
 Em 1810 surge a primeira escola de Engenharia no Brasil 
 1874 passa a se chamar Escola Politécnica do Rio de Janeiro 
Outras escolas 
 Escola Politécnica de São Paulo (1893) 
 Escola Politécnica do Mackenzie College (1896) 
 Escola de Engenharia de Recife (1896) 
 Escola Politécnica da Bahia (1897) 
 Escola de Engenharia de Porto Alegre (1897) 
 
 
ENGENHARIA E SOCIEDADE 
Somos cada vez mais dependentes dos produtos tecnológicos tendo em vista que 
quase tudo à nossa volta está ligado a algum recurso tecnológico para nos 
comunicarmos, para economizar tempo, para acessar outras pessoas ou entidades, ou 
simplesmente para viver. Em grande parte, isso tudo é graças à engenharia e como visto 
ela é parte de praticamente todos os momentos da trajetória da humanidade com 
sistemas de transportes, comunicação produção, processamento de informação, 
estocagem de alimentos, sistemas de distribuição de água, energia, equipamentos 
bélicos, lazer, aplicações médicas... 
Todos os recursos disponíveis na sociedade geram, no entanto, questões como a 
desigualdade social, degradação do meio ambiente, distribuição desigual de riquezas, 
corrida bélica entre países. Estas questões também são de responsabilidade do 
profissional da engenharia, pois como sabemos, os engenheiros são precursores do 
desenvolvimento de tecnologias que criam condições para que estes problemas 
aconteçam. Assim é importante que todos estejam atentos, não só em questões técnicas, 
mas em questões sociais, ambientais, políticas, econômicas e pessoais. 
O que se espera do engenheiro é que este profissional tenha uma visão 
generalista, com foco na melhoria de vida da humanidade, proporcionando uma vida 
mais digna ao cidadão. A capacidade de resolução de problemas não somente técnicos, 
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mas que use o raciocino analítico e sintético a fim de contribuir com questões das mais 
diversas ordens do cotidiano. A atitude de pensar é extremamente importante tanto na 
formação do profissional quanto no dia a dia do trabalho, caminhando no sentido de 
formar engenheiros cidadãos. (BAZZO, 2006) 
Uma característica importante do engenheiro é sua visão sistêmica, 
proporcionando domínio e conhecimentopara desenvolver análises do panorama amplo 
e complexo de realidades físicas, sociais e econômicas do problema, formando uma ideia 
integrada do fato, relacionando-o com ambientes internos e externos à ele. 
A engenharia é uma forma de pensar. O engenheiro deve desenvolver o raciocínio 
analítico, proporcionando ao profissional condições de obter êxito em diversas 
atividades, mesmo aquelas que não estão ligadas diretamente à sua área de formação 
técnica. 
Com uma formação ampla, o profissional formado em engenharia, vem atuando, 
com sucesso em diferentes áreas, como administrativas, vendas, análise de sistemas, 
etc. com uma titulação reconhecida e que permite atuar na sociedade com competência 
e seriedade, mas para isso o engenheiro deve ter em mente que isso só irá acontecer 
se ele dominar minimamente os conceitos e tópicos de sua área de formação específica 
de trabalho, além de ter consciência do papel que deve desempenhar como estudante, 
aprendiz, responsável pelo seu próprio crescimento intelectual e técnico, não esperando 
que o outro, seja condutor do seu processo de aprendizagem, e sim que ele mesmo faça 
o que for preciso para aprender. 
O profissional deve ter sempre em mente que o aperfeiçoamento depende de si 
mesmo, que a conversão da informação que está disponível no mundo, só será 
convertida em conhecimento, no momento que o indivíduo se propor a isso, interagindo 
com o outro, aprendendo a aprender, buscando inovações ao saber já adquirido. 
É importante que este profissional tenha consciência dos novos contextos político, 
social e econômico, a fim de adquirir maturidade para atuar no mercado. Ter sempre a 
consciência que a sociedade se desenvolve constantemente, que é importante conhecer 
seus movimentos mais significativos, sendo responsável pela autoaprendizagem, 
buscando sempre palestras, cursos complementares, seminários, congressos entre 
outras atividades não curriculares. 
É importante ter consciência de que além das mudanças sociais, muitas técnicas 
aprendidas tornam-se obsoletas, novas áreas profissionais são criadas e ter uma boa 
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base de formação tecnológica com embasamento cientifico é algo duradouro na vida 
profissional. 
Outro aspecto importante é que de posse dos conhecimentos, o engenheiro deve 
ter uma dose de ousadia, para que com cautela os processos e sistemas, mesmo que já 
consagrados, possam ser reinventados, sem permanecerem estagnados ou incapazes 
de acompanhar o desenvolvimento, sabendo identificar quando que correr risco é salutar 
e que faz parte da profissão, estando atentos para não se deixar levar pelos modismos 
no momento da tomada de decisão. É importante fazer sempre uma análise criteriosa 
antes de optar por uma ou outra opção. 
 
Mercado de trabalho 
O engenheiro pode atuar em diversas funções no mercado de trabalho. De forma 
geral pode ser empregado, autônomo ou empresário. 
Conforme a lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991: 
I - como empregado: 
O empregado atua diretamente para uma empresa, com a qual mantém um 
contrato de trabalho, prestando serviços técnicos permanentes ou trabalhando por 
empreitada, desenvolvendo serviços específicos. 
Profissional Autônomo: 
artigo 12, inciso V, alínea h da Lei 8.212 de 1991, que diz ser a pessoa física que 
exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos 
ou não, o profissional autônomo é aquele que não está subordinado ao poder de direção 
do contratante, possuindo independência para desempenhar as suas atividades, 
podendo oferecer seus serviços para mais de uma empresa ao mesmo tempo, ou seja, 
a sua espécie de trabalho tem caráter de não subordinação em relação à parte 
contratante, podendo exercer livremente suas atividades nos horários que lhe convier ou 
nos moldes de seu contrato. 
O empresário é aquele que é responsável por alguma empresa e que contrata 
outros profissionais, com vínculo trabalhista, para operá-la. 
A formação universitária tem um aprofundamento bastante teórico, ou seja, 
prepara o profissional para atuação direta para um campo específico, assim, é natural 
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que o bacharel em engenharia venha ao longo dos anos após formado adquirir maior 
experiência prática. 
Já o trabalho realizado por profissionais técnicos, de nível médio, é de extrema 
importância no desenvolvimento como um todo pois são estes profissionais que irão 
implementar novas tecnologias, operar máquinas, executar planos, promover ensaios de 
laboratórios, enfim, irão em conjunto com os engenheiros administradores e operários, 
fazer funcionar um empreendimento empresarial. 
Os profissionais formados em nível médio, em cursos técnicos, trabalham sob a 
supervisão de um engenheiro, já que não podem assumir responsabilidade técnica de 
alguns projetos e por força da legislação vigente. 
Já os profissionais formados nos Cursos Superiores de Tecnologia, tem um perfil 
diferenciado, sendo este apto a desenvolver de forma plena e inovadora atividades em 
uma determinada área profissional, com conhecimento para desenvolvimento de 
pesquisas, difusão de tecnologia, gestão de processos, com visão empreendedora e 
capacidade de desenvolvimento de suas competências. 
Funções do engenheiro 
O profissional formado em engenharia, independente da sua especialidade, 
podem ser classificados pelas funções que desempenham (HOLTZAPPLE, 2006): 
Os engenheiros desempenham as funções de: pesquisadores, engenheiros de 
desenvolvimento, engenheiros de projeto, engenheiros de produção, engenheiros de 
teste, engenheiros de construção, engenheiros operacionais, vendas, gerentes, 
consultores e professores. 
Além das funções que o engenheiro desempenha, as competências também são 
de extrema importância. A competência é formada pelo conjunto de habilidades, atitudes 
e conhecimentos que o profissional reúne e mobiliza juntamente aos seus valores 
resultando em decisões de como agir, de modo pertinente em uma determinada situação. 
Habilidade é a capacidade, saber fazer. São competências desejáveis aos engenheiros: 
 Aplicar conhecimentos científicos, matemáticos, tecnológicos e 
instrumentais. 
 Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços técnicos. 
 Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos. 
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 Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados. 
 Identificar, formular e resolver problemas. 
 Desenvolver e utilizar novas ferramentas e técnicas. 
 Assumir uma postura de permanente atualização profissional. 
 Avaliar criticamente operação e a manutenção de sistemas. 
 Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica. 
 Avaliar os impactos sociais e ambientais de suas atividades. 
 Avaliar a viabilidade econômica de projetos. 
 Atuar em equipe multidisciplinares. 
 Trabalhar com ética e responsabilidade. 
 Supervisionara operação e a manutenção de sistemas. 
Qualidades, habilidades e competências 
As profundas mudanças nos panoramas nacionais e internacionais em relação à 
economia, política e social da humanidade, tornaram o mercado cava vez mais exigente 
em se considerar o perfil de um profissional. Sendo o engenheiro um profissional que 
lida diretamente com conhecimentos físicos e matemáticos, técnicos e tecnológicos, 
gestão de processos e de pessoas, novas competências, habilidades e qualidades este 
profissionaldeve reunir. 
Segundo Musetti e Aguiar (2014) independente da área de atuação, da 
remuneração, idade ou sexo, todos os funcionários, para serem considerados ideais, 
devem apresentar traços comuns como: orientação para a ação, inteligência, ambição, 
autonomia, liderança, otimismo, autoconfiança, ética de trabalho além de ser avaliados 
a linguagem corporal, a dicção, timbre de voz e confiança. 
No atual cenário o mercado busca candidatos com: comprometimento total, 
responsabilidade, envolvimento, atitude positiva, pró-atividade, adaptabilidade, 
interesse, especialização em novas tecnologias, sinceridade e empatia. 
Com relação às qualidades, entendida como aquilo que qualifica o indivíduo, 
dando-lhe uma identidade própria e única, sendo elas apresentadas conforme estudos: 
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 Valorização da diversidade e multiculturalidade entendida como 
capacidade atuar em ambiente com a diversificação da força de trabalho, 
podendo incluir pessoas de diferentes qualidades humanas ou 
pertencentes a vários grupos culturais. Tal dimensionamento abrange 
aspectos como idade, etnia, gênero, raça e cultura; 
 Capacidade de concentração / Disciplina é o foco destinado à execução de 
uma tarefa, contabilizando a aptidão de ter objetividade e a 
intencionalidade da ação; 
 Capacidade de observação e uma qualidade pessoal que demonstra a 
possibilidade de ter diferentes olhares de uma mesma situação; 
 Energia é a força vital que envolve bem estar físico, emocional e motivação; 
 Criatividade é a Capacidade de identificar diferentes soluções e até 
inusitadas, buscando a otimização dos resultados; 
 
O conceito de competência refere-se à capacidade e habilidade em desempenhar, 
com exatidão, um determinado ofício, “conjunto de conhecimentos, habilidades e 
atitudes correlacionadas que em ação agregam valor ao indivíduo e à organização”. 
Sendo elas: 
 Autogerenciamento que pode ser entendida como a capacidade e ação de 
gerir a própria atividade, de se autogerir, de gerir os próprios negócios, 
inclusive a própria carreira profissional; 
 Adaptabilidade é a capacidade de adaptação às mudanças, nas diferentes 
situações e realidades que se apresentem no dia a dia; 
 Educação contínua/Domínio da tecnologia é o entendimento de que é 
grande a necessidade de se manter intelectualmente ativo, buscando o 
domínio do saber e do conhecimento requeridos à função, e ao papel que 
desempenha; 
 Capacidade de Trabalho em equipe é a capacidade e disposição para atuar 
em grupo, de forma, colaborativa, ética, compartilhando seu conhecimento 
tácito e explícito, respeitando as diferenças individuais, e contribuindo com 
o seu melhor, para o alcance dos objetivos comuns; 
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 Visão globalizada é a capacidade de compreender o todo, a partir da 
identificação das partes de uma situação ou contexto e perceber a 
interação e a interferência de uma parte sobre as demais; 
O conceito de habilidade traduzem-se na capacidade de executar tarefas, 
atividades e/ou funções, levando-se em conta, o conhecimento cognitivo e a pratica 
profissional, sendo esperados do profissional: 
 Capacidade de análise e síntese sendo que a análise é entendida como a 
capacidade de decompor, perceber e entender as diversas partes de um 
todo e síntese como a capacidade de compor um novo todo a partir dos 
aspectos mais importantes da análise 
 Planejamento e gestão de tempo situação em que o profissional é capaz 
de gerenciar o tempo, estabelecer e seguir um planejamento que vise 
organizar e priorizar os elementos determinantes para a boa execução de 
uma tarefa; 
 Relacionamento interpessoal é a capacidade do indivíduo de entender e 
responder adequadamente ao comportamento do outro. 
 Responsabilidade ética trata-se da adequação pessoal, em qualquer 
ambiente, priorizando o juízo moral; isto é, o comportamento moral 
assertivo, no qual o indivíduo está culturalmente inserido; 
 Poder de decisão quando o profissional é capaz de identificar e escolher 
entre diferentes alternativas; 
Além das qualidades, habilidades e competências, espera-se que o profissional 
de engenharia reúna outras características, (HOLTZAPPLE, 2006) sendo elas: Aptidões 
interpessoais, aptidões de comunicação, liderança, competência na sua área, pensamento 
lógico, pensamento quantitativo, continuidade, educação continuada, honestidade, 
organização, bom senso, curiosidade, criatividade entre outros. 
 
 
Sugestão de leitura 
Qualidades, habilidades e competências do engenheiro de produção 
frente aos desafios organizacionais e competitivos do século xxi 
http://www.abenge.org.br/cobenge-2014/Artigos/128998.pdf 
http://www.abenge.org.br/cobenge-2014/Artigos/128998.pdf
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 Atenção 
 
 
... 
RESUMO 
 
Neste módulo, abordamos: 
 Tipo de elaboração textual 
 Citação direta longa 
 Citação direta curta 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BAZZO; PEREIRA. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis: Editora da 
UFSC, 1997. 
CUNHA, G. D. Um Panorama da Engenharia de Produção no Brasil. Porto Alegre 
– RS. 2005. 
FAÉ, Cristhiano Stefani ; RIBEIRO, José Luis Duarte . Um retrato da Engenharia 
de Produção no Brasil. In: XXIV ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de 
Produção, 2004, Florianópolis, 2004. 
HOLTZAPPLE, M.T. Introdução à Engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2006, 220p. 
IBÁNEZ, Ricardo Marin. A Educação à Distância. Suas modalidades e economia. 
Tradução de Ivana de Mello Medeiros e Ana de Lourdes Barbosa Castro. Rio de Janeiro: 
UCB, 1996. 
IME - Instituto Militar de Engenharia. História do IME. 
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MUSETTI, Marina Mayor & AGUIAR, Virgínia do Socorro Motta qualidades, 
habilidades e competências do engenheiro de produção frente aos desafios 
organizacionais e competitivos do século XXI. http://www.abenge.org.br/cobenge-
2014/Artigos/128998.pdf 
OLIVEIRA, Vanderli Fava . A avaliação dos cursos de Engenharia de Produção. 
Revista Gestão Industrial, Curitiba/PR, v. 01, n. 3, p. 293-304, 2005. 
ROCHA, Heloísa Vieira da. O ambiente TelEduc para educação a distância 
baseada na Web: princípios, funcionalidades e perspectivas de desenvolvimento. In: 
MORAES, M. C. (Org.) Educação a distância: fundamentos e práticas. Campinas: 
UNICAMP/NIED, 2002. 
ROMEIRO FILHO, E. . Uma Experiência de Ensino em Engenharia de Produção 
com Apoio de Tecnologias Internet.. In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de 
Produção, 2001, Salvador. XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Salvador 
: ABEPRO, 2001. v. 
SILVA, Patrícia Mota ; COUTINHO, Mabel Maria Silva de Resende Chaves ; 
MONTEVECHI, José Arnaldo Barra. O desenvolvimento da Pesquisa Operacional 
através do ensino à distância. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção - 
ENEGEP, 2004, Florianópolis. XXIV ENEGEP, 2004. v. 1. 
SILVEIRA, M. A. A Formação do Engenheiro Inovador: uma visão internacional. 
Rio de Janeiro PUC-RIO, Sistema Maxwell, 2005. 
HOLTZAPPLE, M.T. Introdução à Engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 
 
 
http://www.abenge.org.br/cobenge-2014/Artigos/128998.pdf
http://www.abenge.org.br/cobenge-2014/Artigos/128998.pdf18 
 
 
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UNIDADE 2 – MODELOS TEÓRICOS E MODELOS EMPÍRICOS - 
ENGENHARIA DO PASSADO E ENGENHARIA MODERNA 
 
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 
Nesta unidade serão estudados diferentes modelos para solução de problemas, como 
também algumas ferramentas que podem ser utilizadas pelos engenheiros no processo 
de desenvolvimento de soluções e soluções criativas. 
 
 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
Ao final desta unidade é esperado que o aluno seja capaz de: 
- identificar os modelos de solução de problemas diferenciando empírico de 
teórico. 
- identificar o processo de solução de problemas 
- conhecer o processo de solução de problemas e as soluções criativas 
 
 
AVALIAÇÃO DA UNIDADE 
 
A avaliação desta unidade estará disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem. 
 
 
 
 
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Modelos teóricos e Modelos empíricos 
 
A formação dos engenheiros proporciona um ao profissional bases científicas, 
tecnológicas e criativas para a solução de complexos além de implementar soluções de 
maneira econômica e prática. Esta capacidade de enfrentar um problema, trabalhar com 
vários pensamentos e ideias abstratas e, em seguida, traduzi-los em realidade é a 
essência da engenharia. 
Os engenheiros reúnem aptidões que proporcionam maior facilidade na solução 
de problemas, e para isso são geralmente contratados. 
Para a solução de problemas não existe uma técnica específica, e apesar de ser 
uma atividade essencial para a formação do engenheiro, é uma habilidade difícil de 
ensinar. A melhor forma de aprender a resolver problemas é resolvendo-os, assim, no 
curso de engenharia é desejável que o aluno passe por variadas atividades que exijam 
que ele proponha sempre diferentes caminhos, e assim, com a colaboração de colegas 
e orientação de professores, construa uma vivencia significativa na solução de 
problemas da área. 
 
Como visto anteriormente, alguns fatos marcantes na história da humanidade 
estavam diretamente relacionada com o desenvolvimento das ciências e das 
tecnologias. Fatos como o desenvolvimento da escrita e a utilização de papiros para 
transmitir uma informação, a canalização do rio Nilo, pelos egípcios, para a irrigação, o 
desenvolvimento de técnicas para a construção de navios, pelos escandinavos, na China 
foi publicado o primeiro manual de matemática, inventou a pólvora, o foguete, a bussola, 
e etc. assim novas invenções e descobertas foram feitas, em essência, apenas pela 
experiência prática de alguns seres humanos que aperfeiçoavam empiricamente seus 
produtos ou processos, transmitindo suas técnicas fabricação para novas gerações. 
As habilidades técnicas eram vistas como um dom, ou um privilégio de alguns, 
que eram transmitidas a alguns poucos, escolhidos. Assim, os povos que detinham o 
conhecimento de técnicas mais elaboradas tinham vantagens sob os demais, tanto em 
batalhas, quanto em sobrevivência. 
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Por volta de 1450, Johannes Gensfleisch Gutenberg (1400-1468), começou a 
mudar isso, e partindo de uma invenção dos chineses, escrita em papiro. Ele a 
aperfeiçoou, implantando os tipos móveis metálicos para composição gráfica – e 
mecanizou o processo, garantindo uma impressão mais rápida e assim, contribuiu para 
a disseminação da ciência e das técnicas. (BAZZO, 2006) 
Com a implementação da imprensa acontece um grande dinamismo no progresso 
intelectual, pois assim, o conhecimento passou a circular com maior velocidade e para 
um maior número de pessoas, pois até esta época, o conhecimento só circulava 
verbalmente ou através de manuscritos, que eram raros e de difícil reprodução. 
O conhecimento empírico ou comum é aquele que se adquire no trato direto com 
objetos, coisas e seres humanos, as informações são assimiladas por tradição, 
experiências causais, ingênuas, é caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais 
sujeito ao erro nas deduções e prognósticos. São conhecimentos que se tem e não se 
sabe de onde veio, sem ter sido procurado, sem uma aplicação específica ou um método 
que o explique. 
Assim, ainda na pré-história, os antigos deram os primeiros passos na engenharia, 
que com o tempo se aperfeiçoou, cresceu e teve uma grande sofisticação técnica, tendo 
sido criados também estruturas teóricas que dessem conta de analisar em profundidade 
praticamente tudo que a técnica pudesse abordar. Assim surge gradualmente pessoas 
que apresentavam maior aptidão na solução de problemas. Estes especialistas 
geralmente não se preocupavam com fundamentação teórica, tinham em mente o 
objetivo de construir dispositivos, estruturas, processos e instrumentos inspirados em 
experiências já vividas. Mas com a rápida expansão dos conhecimentos científicos e sua 
aplicação a problemas práticos, surge o engenheiro. 
Temos então um esboço do que Bazzo (2006) chama de engenharia do antiga. A 
passagem da engenharia antiga para a moderna não ocorreu de uma hora para outra, 
foi ao longo do tempo que o homem passou a aplicar os conhecimentos científicos às 
técnicas. Durante séculos elas caminharam dissociadas uma da outra - de um lado os 
filósofos e pensadores, de outro os artesãos. 
A engenharia moderna se caracteriza pela aplicação de conhecimentos científicos 
na solução de problemas. 
Anteriormente (engenharia antiga) a solução de problemas baseava-se em 
referencias de experiência pregressa da pessoa, agora (engenharia moderna) baseia-se 
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em conceitos científicos, em teorias formalmente estudadas e em experiências de 
laboratório metodologicamente controladas. São estudos realizados através de 
conhecimentos sistematizados a respeito da natureza por exemplo: a estrutura da 
matéria, os fenômenos eletromagnéticos, a composição química dos materiais, as leis 
da mecânica, a transferência de energia, as modelagens matemáticas dos fenômenos 
físicos, recursos que passam a fazer parte da prática dessa nova engenharia. 
 
Solução de problemas 
 
A engenharia busca a solução de problemas, e o engenheiro é conhecido pela 
sua habilidade em identificar, formular e solucionar problemas. A resolução de problemas 
é uma atividade que espelha a importância da engenharia no mundo moderno. 
Identificar, formular e solucionar problemas pode resultar na elaboração de um novo 
produto, sistema ou processo, ou em sua melhoria. 
Holtzapple (2014) orienta que um problema pode ser enfrentado por um indivíduo 
ou um grupo e entendido como uma situação para a qual não há uma solução óbvia. 
Os problemas podem ser de diferentes ordens, como por exemplo: 
 Problemas de pesquisa que exigem a lucidez de uma hipótese que seja 
comprovada ou refutada, e o problema é projetar um experimento que 
comprove ou refute essa hipótese. 
 Problemas de conhecimento é percebido no momento que nos deparamos 
com algo que não é entendido. 
 Problemas de defeitos são aqueles apresentados por equipamentos tem 
resposta inesperada ou imprópria. 
 Problemas matemáticos acontecem principalmente quando o objetivo é 
descrever os fenômenos físicos através de modelos matemáticos. 
 Problemas de recursos são geralmente o que afetam diretamente as 
possíveis soluções atualmente. Sempre estão ligados ao limite de tempo, 
dinheiro, pessoal ou equipamentos necessários para executar uma tarefa. 
 Problemas sociais tem aparentemente menor peso no desenvolvimentode 
um projeto, porém esta visão é equivocada, pois atualmente, todo 
desenvolvimento da engenharia é vinculada aos fatos que ocorrem direta 
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ou indiretamente no meio, por exemplo: crise econômica social, mudanças 
políticas, etc. 
 Problemas de projeto podem ser fatais para o empreendimento, pois no 
momento que cálculos são considerados de maneira inadequada as etapas 
sucessoras podem estar seriamente comprometidas. 
A solução de um problema, geralmente exige criatividade, trabalho de equipe e 
conhecimento amplo. 
Antes de pensar em como solucionar um problema, algumas premissas devem 
ser sempre observadas, como não aceitar como verdadeiro um fato, sem que se tenha 
comprovação ou absoluta convicção de que o seja; Sempre identificar diferentes partes 
do problema para facilitar a compreensão e solução; Estruturar o pensamento de forma 
racional do mais fácil para o mais difícil, buscando solucionar as questões, na medida do 
possível, nessa mesma ordem; Realizar revisões com a maior exatidão, a fim de extinguir 
todas as dúvidas sobre o resultado final. 
 
Vários autores propõem diferentes procedimentos para a solução de problemas 
em engenharia, Holtzapple (2014) propõe a seguinte estrutura de pensamento: 
Identificação do problema, Síntese, Análise, Aplicação, Compreensão. 
Seria ótimo poder acreditar que se esses cinco passos, sendo seguidos em 
sequência daria a certeza de que o problema seria resolvido, porém nem sempre este é 
o caso. Geralmente a solução se dá com um procedimento iterativo, ou seja, a sequência 
deve ser repetida algumas vezes, pois a informação obtida ao final, sofre constantemente 
alterações, por estar influenciada das decisões tomadas em sua fase inicial. 
A solução de problemas ocorre quando um indivíduo ou uma equipe, intervém no 
fato, com conhecimento, competência e compreensão, buscando assim o resultado 
almejado para uma situação desconhecida. As soluções são geralmente restringidas 
pelas leis da física, do direito, econômicas ou da opinião pública. 
O solucionador de problemas deve reunir as seguintes características: 
conhecimento cientifico, experiência para aplicar tal conhecimento, aptidões de 
aprendizagem para adquirir novos conhecimentos, motivação nos momentos de 
dificuldade, habilidades de comunicação e liderança para o trato com a equipe. 
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Vários são os métodos disponíveis na literatura que orientam o processo para a 
solução de problemas, entre eles temos o Método de Análise e Solução de Problemas, 
também conhecido como MASP. Este é um roteiro estruturado proposto para resolução 
de problemas em processos, produtos e serviços nas organizações. (ALVAREZ, 1996) 
 
Ferramentas para solução de problemas 
 
O MASP é formado por oito etapas: 
1- Identificação do problema: Definir claramente o problema e reconhecer sua 
importância. 
2- Observação: Investigar as características específicas do problema com uma visão 
ampla e sob vários pontos de vista. 
3- Análise: Descobrir as causas fundamentais. 
4- Plano de ação: Conceber um plano para bloquear as causas fundamentais. 
5- Ação: Bloquear as causas fundamentais. 
6- Verificação: Verificar se o bloqueio foi efetivo. 
7- Padronização: Prevenir contra o reaparecimento do problema. 
8- Conclusão: Recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho futuro. 
O MASP vem do conceito proposto pelo ciclo PDCA, com objetivo de incorporar 
um conjunto de ideias inter-relacionadas, que precedem a tomada de decisões, a 
objetivação da análise dos fenômenos. Como também a formulação e comprovação de 
hipóteses, tendo um caráter sistêmico. QUALYPRO (2008) 
As etapas deste processo, tomando por base no PDCA, deve ser inserido num 
ciclo de melhoria contínua. 
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Fonte: CAMPOS, (2004) 
 
1) Identificação do problema: definir claramente o problema e reconhecer sua 
importância. Dentre diversos problemas, selecionar o mais importante, elaborar o 
histórico do problema, fazer o balanço de perdas e ganhos, estabelecer metas a alcançar 
e nomear responsáveis pela execução do MASP. 
Na abordagem de Maximiano (1990, p. 94), “um problema é uma situação que 
exige uma decisão ou solução, e para tanto oferece um conjunto de possibilidades, entre 
as quais é necessário escolher uma ou mais”. Na abordagem desse autor, os problemas 
podem ser caracterizados por: (a) diferença entre situação real e ideal; (b) situação 
adversa; (c) missões e objetivos; (d) situação que oferece escolhas; (e) obstáculos ao 
tentar atingir metas; e (f) desvios do comportamento esperado. 
TAREFA 1: Dentre diversos problemas SELECIONAR o mais importante 
TAREFA 2: Elaborar o HISTÓRICO do problema 
TAREFA 3: Fazer o balanço de PERDAS & GANHOS 
TAREFA 4: Estabelecer METAS a alcançar 
TAREFA 5: Nomear RESPONSÁVEIS pela execução do MASP 
 
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2) Observação: investigar as características específicas do problema com uma 
visão ampla e sob vários pontos de vista. Deve-se descobrir as características do 
problema através de coleta de dados e através de observação no local, além de se 
elaborar cronograma e orçamento (para conclusão do MASP). 
TAREFA 6: Descobrir as características do problema através de COLETA DE 
DADOS 
TAREFA 7: Descobrir as características do problema através de OBSERVAÇÃO 
NO LOCAL 
TAREFA 8: Elaborar CRONOGRAMA & ORÇAMENTO (para conclusão do 
MASP). 
 
3) Análise: descobrir as causas fundamentais e definir as causas mais influentes. 
Estabelecer hipóteses (definir e justificar as causas mais prováveis), verificar / testar as 
hipóteses, elaborar contramedidas às causas fundamentais e testar a consistência do 
bloqueio dessas causas, além de averiguar possíveis efeitos colaterais. 
TAREFA 9: Definir as CAUSAS mais influentes. 
TAREFA-10: Estabelecer HIPÓTESES (definir e justificar as CAUSAS MAIS 
PROVÁVEIS) 
TAREFA 11: Verificar/Testar as HIPÓTESES 
TAREFA 12: Elaborar CONTRAMEDIDAS à causa fundamental e testar a 
CONSISTÊNCIA DO BLOQUEIO 
TAREFA 12: Testar a CONSISTÊNCIA DO BLOQUEIO 
TAREFA-13: Averiguar possíveis EFEITOS COLATERAIS 
 
4) Planejamento da ação: definir estratégia de ação e conceber um plano para 
bloquear as causas fundamentais. 
TAREFA 14: Definir ESTRATÉGIA de ação 
TAREFA 15: Elaborar PLANO DE AÇÃO 
 
 
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5) Ação: bloquear as causas fundamentais, além de treinar pessoal e realizar 
medidas para checar resultados obtidos. 
TAREFA 16: TREINAR pessoal 
TAREFA 17: EXECUTAR PLANO DE AÇÃO (incluindo realização de medidas 
para checar resultados obtidos) 
 
6) Verificação: verificar se o bloqueio foi efetivo, além de comparar resultados 
obtidos com os previstos, listar efeitos colaterais não previstos e verificar nível de 
bloqueio observado (grau de eficácia do plano de ação). 
TAREFA 18: COMPARAR resultados obtidos com os previstos 
TAREFA-19: Listar EFEITOS COLATERAIS não previstos 
TAREFA-20: Verificar NÍVEL DO BLOQUEIO observado (grau de eficácia do 
PLANO DE AÇÃO) 
 
7) Padronização: prevenir contra o reaparecimentodo problema, além de definir 
mudanças que devem ser incorporadas ao Procedimento Padrão Operacional, além de 
se revisar padrão (modificar / comunicar) e realizar treinamento pessoal para 
cumprimento padrão. 
TAREFA-21: DEFINIR MUDANÇAS que devem ser Incorporadas ao PPO 
Procedimento Padrão Operacional 
TAREFA-22: REVISAR PADRÃO (Modificar / Comunicar) 
TAREFA 23: TREINAR pessoal (no PPO revisado) 
TAREFA 25: AUDITAR CUMPRIMENTO DO PADRÃO 
 
8) Conclusão: recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho 
futuro, além de elaborar relatório sobre o MASP. 
TAREFA 26: Elaborar RELATÓRIO sobre o MASP 
 
 
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Soluções criativas 
Diferentes profissionais fazem uso dos recursos para as soluções mais 
adequadas dos problemas. Holtzapple (2014) descreve a criatividade como sendo algo 
inerente ao ser humano, porem descreve outas necessidades para o engenheiro. O 
cientista estuda o que a natureza cria e o engenheiro cria, a partir da natureza, o que 
ainda não existe, em seu processo criativo, este profissional organiza suas aptidões, de 
matemática, seu conhecimento de materiais, e os princípios de sua especialidade da 
engenharia para prover uma nova solução para uma necessidade humana ou um 
problema. 
Dependendo do ponto de vista, a criatividade pode ter diferentes definições. 
Entende-se que criatividade é uma qualidade adquirida e iniciada na infância que busca 
em ideias a fonte para criar novas coisas, é a capacidade de produzir e transformar o 
ambiente segundo as necessidades, é uma qualidade adquirida por pessoas curiosas 
que buscam inspiração em informações e têm a sensibilidade de percebê-las de forma 
diferente. 
Thomas Edison “Minhas invenções são fruto de 1% de inspiração e 99% de 
transpiração”. E ainda Bernard Shaw (filósofo) “As pessoas que vencem nesse mundo 
são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, 
as criam”. (ALENCAR, 1996) 
Segundo Oliveira (2010) pode-se elencar nove etapas do processo criativo: 
1. Identificação; 
2. Preparação; 
3. Incubação; 
4. Aquecimento; 
5. Compreensão/Iluminação; 
6. Delineação; 
7. Elaboração; 
8. Verificação; e 
9. Aplicação. 
 
 
1. Identificação 
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A fase de identificação exige acima de tudo a capacidade cognitiva de assimilação 
do problema, tendo em mente que o mais difícil é identificar o problema real, não 
confundindo suas “sequelas” como o problema central. A boa ideia é a que irá solucionar 
o problema, as vezes de forma paliativa outras de forma definitiva. 
É importante salientar que quanto mais bem definido for o problema, mais 
acertada será a resolução do mesmo, por isso essa etapa não é tão simples quanto 
parece, pois um problema mal identificado resulta em uma solução não adaptada ao 
contexto. 
 
2. Preparação 
Essa é a fase de reflexão e trabalho sobre o problema que foi identificado na 
primeira etapa. Por isso, exige bastante das capacidades cognitivas necessárias ao ato 
criativo. 
A preparação pode ser indireta, através da observação do ambiente e da 
elaboração de correlações que aparentemente parecem não ter a ver com a resolução 
do problema. Neste caso, são importantes as capacidades de combinação, codificação 
e comparação seletiva quando se faz relações e associações por meio da percepção. 
 
3. Incubação 
Após a preparação, é importante se afastar do problema, deixar o cérebro 
processar tudo que foi visto, ouvido, coletado e absorvido, fazendo as correlações com 
tudo que existe na memória. 
 
4. Aquecimento 
Uma vez identificado o problema, refletido e desligado a mente, será necessário 
voltar a pensar nele, buscando formar de resolve-lo. Esta fase pode ser consciente ou 
inconsciente. 
O aquecimento inconsciente ou consciente, em grupo ou individual , é preciso 
imaginar diversas possibilidades de solução para um problema , além disso, ser 
tolerante à própria divergência das soluções que se imagina e das soluções 
expostas por outras pessoas. 
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5. Compreensão/Iluminação 
A fase da iluminação é quando aparece aquela luz na mente, e de forma 
inesperada vem a ideia de como resolver o problema, pode ser chamada do “momento 
do heureca” ou insight , ou ainda: quando “a lâmpada acima da cabeça do pensador 
s e acende”. É quando todas as informações buscadas e processadas passam a 
fazer sentido em relação ao problema e a solução torna - se clara na mente do 
criador. Nesse ponto, a capacidade conativa da intuição é importante, pois, a 
intuição se refere à propriedade de perceber e discernir algo de forma clara e imediata. 
 
6. Delineação 
É a etapa imediata à compreensão que se tem quando encontra-se o(s) 
caminho(s) a seguir em busca do objetivo – é vital que se trabalhe a ideia! Aqui se 
utilizam planos gerais, esboços, rascunhos, memoriais, descrições etc. de como o 
problema deve ser abordado e elaborado. 
 
7. Elaboração 
Aqui, põe-se em execução a ideia, como resultado de todo o processo anterior; a 
corporificação (de qualquer que seja a maneira) da(s) solução (ões) escolhida(s) como 
a(s) correta(s), colocando-se em prática o planejado. 
 
8. Verificação 
É a fase em que se observa se o que foi elaborado como solução realmente condiz 
com o esperado, como sendo uma comprovação (ou não) se valeu a pena todo o esforço 
e tempo dedicado 
9. Aplicação 
Nessa última fase do processo criativo, coloca-se em prática, de forma efetiva, a 
“descoberta” ou “invenção”... Ou seja, a criação, não apenas individualmente, mas sob 
o julgamento do coletivo! 
 
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Assim, o engenheiro deve ser um profissional apto a aproveitar as oportunidades 
de forma criativa e assim solucionar os problemas da forma mais proveitosa, em menor 
tempo com o menor custo. Este é um diferencial para o profissional, tanto em relação às 
outras carreiras quanto entre profissionais. 
A criatividade é uma habilidade de todos os seres humanos, o que diferencia são 
as ferramentas que cada um utiliza que pode melhorar ou ampliar os resultados. 
 
Sugestão de leitura 
Aplicação do método de análise e solução de problemas (masp) para redução do 
índice de retorno de mercadoria de uma fábrica de embutidos 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_tn_sto_178_019_23264.pdf 
RESUMO 
 
Neste módulo, abordamos: 
 MODELOS TEÓRICOS E MODELOS EMPÍRICOS 
 Solução de problemas 
 Ferramentas para solução de problemas 
 Soluções criativas 
 Sugestão de leitura 
 
REFERÊNCIAS 
Alencar, E. S. (1996). A medida da criatividade. Em L. Pasquali (org). Teorias e 
métodos de medida em ciências do comportamento. Brasília: INEP. 
ALVAREZ, R. R. Desenvolvimento de uma análise comparativa de métodos de 
identificação, análise e solução de problemas. Porto Alegre, 1996. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia de Produção) - Escola de Engenharia, UFRGS. 189 p. 
ARIOLI, E. E. -Análise e solução de problemas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998. 
BAZZO; PEREIRA. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis: Editora da 
UFSC, 1997. 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_tn_sto_178_019_23264.pdf31 
 
 
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CAMPOS, Vicente F. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Belo 
Horizonte: Ed. INDG Tecnologia e Serviços, 2004. 
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administra ção. 4. ed. São 
Paulo: Atlas, 1990. 
MEIRELES, M.-Ferramentas administrativas para identificar, observar e analisar 
problemas. São Paulo: Arte & Ciência, 2001. 
OLIVEIRA, ADRIANA DE . A criatividade nas diferentes área s de uma agência 
de publicidade. 2010. 88 p. Conclusão do Curso (Comunicação Social – Publicidade e 
Propaganda)- Faculdade de Biblioteconomi a e Comunicação, Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: 
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25550/000754158.pdf?sequence=1
>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
OLIVEIRA, Vanderli Fava . A avaliação dos cursos de Engenharia de Produção. 
Revista Gestão Industrial, Curitiba/PR, v. 01, n. 3, p. 293-304, 2005. 
QUALYPRO. Método de Análise e Solução de Problemas – MASP. Material 
Didático Contagem: Qualypro, 2008. 
ROCHA, Heloísa Vieira da. O ambiente TelEduc para educação a distância 
baseada na Web: princípios, funcionalidades e perspectivas de desenvolvimento. In: 
MORAES, M. C. (Org.) Educação a distância: fundamentos e práticas. Campinas: 
UNICAMP/NIED, 2002. 
ROMEIRO FILHO, E. . Uma Experiência de Ensino em Engenharia de Produção 
com Apoio de Tecnologias Internet.. In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de 
Produção, 2001, Salvador. XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Salvador 
: ABEPRO, 2001. v. 
TZENG, L. C. W.-Metodologia de solução de problemas com envolvimento de 
todos. In: Gerência da Qualidade Total na Educação. Belo Horizonte: QFCO, 1994. 
HOLTZAPPLE, M.T. Introdução à Engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 
 
 
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UNIDADE 3 – CONSELHOS E SINDICATO 
 
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 
Nesta unidade será estudado o conceito, a atuação e finalidade dos Conselho Federal 
de Engenharia e Agronomia e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, a 
Mútua e o Senge. Será apresentada a carteira do profissional registrado, a legislação 
que rege o salário do Engenheiro. Outros pontos importantes que serão apresentados 
é ART – Anotação de responsabilidade técnica, e a Certidão de Acervo Técnico. 
 
 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
Ao final da unidade o aluno deverá ser capaz de: 
- identificar a finalidade e funções do sistema CONFEA/CREA, Mútua e o SENGE 
- identificar como deve ser realizado o Registro Profissional e a Carteira 
Profissional 
- conhecer e saber como é calculado o Salário Mínimo Profissional 
- conceituar e identificar a ART - Anotação de Responsabilidade Técnica e a 
Certidão de Acervo Técnico 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA UNIDADE 
 
A avaliação desta unidade estará disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem. 
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Conselho profissional e sindicato 
É importante diferenciar alguns aspectos dos Conselhos profissionais com os 
sindicatos: 
 Conselho Profissional SINDICATO 
Obrigatoriedade Todo profissional é obrigado 
ser filiado para exercer a 
profissão 
Associação não é 
obrigatória para exercer a 
profissão, conforme a 
constituição brasileira, no 
art. 8º. é uma opção do 
profissional, 
Âmbito de 
abrangência 
Atua, através das suas 
regionais em todo território 
nacional 
Tem atuação estadual 
Tipo de entidade Entidade governamental Entidade privada 
Objetivo Órgão constituído para 
fiscalizar as atividades 
profissionais, defender a 
sociedade dos maus 
profissionais, defendendo 
diretamente os bons, 
fiscalizando a atuação dos 
profissionais e das 
instituições 
Órgão constituído para 
defender e representar a 
categoria profissional que 
trabalhe sob vínculo 
empregatício ou não, 
visando a melhoria das 
condições de vida e de 
trabalho de seus 
representados. 
 
Conselho Federal 
Existem vários conselhos profissionais OAB, CREA, CRM, CRB, etc.. cada 
conselho serve para um segmento específico. Com objetivo de fiscalizar as atividades 
profissionais os conselhos buscam defender a sociedade dos maus profissionais, 
defendendo diretamente os bons, fiscalizando a atuação dos profissionais e das 
instituições. 
Também cabe ao conselho, por exemplo, redigir e fiscalizar a utilização do código 
de ética profissional e o juramento profissional. 
 
À partir de 1966, com a lei nº 5.194, DE 24 DEZ 1966, foi regulamentado o 
exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro- Agrônomo. 
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No seu capítulo I normatiza sobre os Órgãos Fiscalizadores, orientando que a 
verificação e a fiscalização do exercício e atividades das profissões nela reguladas serão 
exercidas por um Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), 
e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), organizados 
de forma a assegurarem unidade de ação. 
Em seu Artigo 25 instrui a instalação, nos Estados, Distrito Federal e Territórios 
Federais, dos Conselhos Regionais necessários à execução da Lei para fiscalização das 
atividades profissionais, podendo a ação de qualquer deles estender-se a mais de um 
Estado. 
 
SISTEMA CONFEA/CREA 
Em 1933, o então presidente da república Getúlio Vargas, promulgou o Decreto 
nº 23.569, instituindo o CONFEA – atual Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. 
Desde a LEI Nº 12.378, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 a Arquitetura e 
Urbanismo, foram regulamentadas, e assim criado o Conselho de Arquitetura e 
Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados 
e do Distrito Federal - CAUs. 
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia é regido pela Lei 5.194 de 1966, 
representa centenas de títulos profissionais, entre eles: engenheiros, agrônomos, 
geógrafos, geólogos, meteorologistas, tecnólogos dessas modalidades, técnicos 
industriais e agrícolas e suas especializações. 
O Confea regulamenta e fiscaliza o exercício profissional dos profissionais das 
áreas citadas, além de ter como referência o respeito ao cidadão à natureza, zelando 
pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade. 
O Conselho Federal é a instância máxima à qual um profissional pode recorrer no 
que se refere ao regulamento do exercício profissional. 
 
O Conselho Federal está estruturado por um Conselho Diretor, cuja finalidade é 
auxiliar o Plenário na gestão da Casa; um Conselho de Avaliação e Articulação, que 
analisa preliminarmente a pauta de sessão plenária, visando à eficácia da condução dos 
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trabalhos; além de um Conselho de Comunicação e Marketing, que visa a formular e 
implementar a Política Editorial do Confea. 
De acordo com o Regimento do Confea, o órgão adotará as seguintes ações: 
I- regulamentadoras, baixando resoluções , decisões normativas 
e decisões plenárias para o cumprimento da legislação referente ao 
exercício e à fiscalização das profissões; 
II – contenciosas, julgando em última instância as demandas 
instauradas nos Creas; 
III – promotoras de condição para o exercício, a fiscalização e o 
aperfeiçoamento das atividades profissionais, podendo ser exercidas 
isoladamente ou em parceria com os Creas, com as entidades 
representativasde profissionais e de instituições de ensino nele 
registradas, com órgãos públicos ou com a sociedade civil organizada; 
IV – informativas sobre questão de interesse público; e 
V – administrativas, visando: 
a) gerir seus recursos e patrimônio; e 
b) coordenar, supervisionar e controlar suas atividades e as 
atividades dos Creas e da Mútua, observando, especificamente, o 
disposto na legislação federal, nas resoluções, nas decisões normativas 
e nas decisões proferidas por seu Plenário. (CONFEA, 2006 p.4) 
 
Na Seção II são tratadas as competências do CONFEA , sendo listadas: 
I – baixar e fazer publicar resolução e decisão normativa; 
II – homologar ato normativo de Crea; 
III – criar novos Creas; 
IV – aprovar proposta de composição dos plenários do Confea e 
dos Creas; 
V – elaborar o seu regimento e estabelecer normas gerais para os 
regimentos dos Creas; 
VI – homologar os regimentos dos Creas; 
VII – elaborar o estatuto e o regimento da Mútua; 
VIII – julgar, em última instância, matéria referente ao exercício 
das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea, podendo anular os 
atos que não estiverem de acordo com a legislação vigente; 
IX – julgar, em última instância, recurso sobre registro, decisão ou 
penalidade imposta pelos Creas; 
X – dirimir dúvida, quando houver controvérsia sobre matéria no 
âmbito do Crea, desde que previamente analisada sob os aspectos 
técnicos e jurídicos; 
XI – julgar, em última instância, recurso sobre decisão da diretoria-
executiva da Mútua; 
XII – elaborar o seu planejamento estratégico; 
XIII – elaborar, anualmente, seu plano de trabalho; 
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XIV – promover a unidade de ação entre os órgãos que integram 
o Sistema Confea/Crea e a Mútua; 
XV – posicionar-se sobre matérias de caráter legislativo, 
normativo ou contencioso de interesse do Sistema Confea/Crea; 
XVI – articular com instituições públicas e privadas sobre 
questões de interesse da sociedade e do Sistema Confea/Crea; 
XVII – registrar obras intelectuais de autoria de profissionais do 
Sistema Confea/Crea; 
XVIII – manter atualizadas as relações de títulos, cursos, 
instituições ensino, entidades de classe, profissionais e pessoas 
jurídicas, registrados nos Creas; 
XIX – realizar a Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e 
da Agronomia – SOEAA; 
XX – realizar o Congresso Nacional dos Profissionais – CNP; 
XXI – promover o encontro de coordena dores de câmaras 
especializadas dos Creas; 
XXII – homenagear profissional, instituição de ensino, entidade de 
classe, pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para a valorização 
e a regulamentação das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea, 
para o desenvolvimento tecnológico do País ou que tenha exercido 
função honorífica no Sistema Confea/Crea; 
XXIII – supervisionar o funcionamento dos Creas e da Mútua; 
XXIV – aprovar tabelas referentes ao valor de contribuição dos 
associados, ao valor pecuniário das prestações assistenciais, dos juros 
das bolsas reembolsáveis e do salário dos empregados da Mútua; 
XXV – adquirir, onerar ou alienar bens imóveis, de acordo com a 
legislação específica; e 
XXVI – manter um sistema de comunicação institucional. 
(CONFEA, 2006 p.6) 
A organização estrutural do CONFEA, conforme o Regimento do CONFEA (2006 
p. 7) 
I – Plenário; 
II – comissões permanentes; 
III – Comitê de Avaliação e Articulação – CAA; 
IV – presidente; e 
V – Conselho Diretor – CD. 
Parágrafo único. 
Para subsidiar a execução de suas ações, o Confea é 
assessorado por: 
a) Conselho de Comunicação e Marketing – CCM; 
b) comissões especiais; e 
c) grupos de trabalho. Art. 5º Para a execução de suas ações, o 
Confea é estruturado em unidades organizacionais responsáveis pelos 
serviços administrativos, financeiros, jurídicos e técnicos. 
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Parágrafo único. 
Os serviços administrativos, financeiros, jurídicos e técnicos estão 
regulamentados em normativos específicos, respeitada a legislação em 
vigor. (CONFEA, 2006 p. 7) 
 
O Sistema Profissional Confea/Crea é formado por organizações e fóruns 
consultivos: 
- o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, órgão central do Sistema 
Profissional; 
- 27 Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia; 
- nove coordenadorias de câmaras especializadas dos Creas, que auxiliam 
consultivamente o Confea e as câmaras especializadas existentes nos Conselhos 
Regionais; 
- Colégio de Entidades Nacionais, integrado por 28 organizações nacionais, 
representando cerca de 500 entidades de classe regionais e 200 instituições de ensino 
afiliadas e registradas nos Creas; 
- Mútua de Assistência aos Profissionais, com 27 Caixas de Assistência; 
- Colégio de Presidentes, que representa os 29 dirigentes, composto pelos 
presidentes do Confea e dos Creas e pelo diretor-presidente da Mútua. 
 
Missão 
Atuar eficiente e eficazmente como a instância superior de julgamento e 
normatização da verificação, da fiscalização e do aperfeiçoamento do exercício e das 
atividades profissionais das áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. 
Visão 2011/2022 
Ser reconhecido pela sociedade como uma instituição de excelência no 
julgamento e na normatização da verificação, fiscalização e aperfeiçoamento do 
exercício e das atividades profissionais, visando à defesa da sociedade e ao 
desenvolvimento sustentável do país, observados os princípios éticos. 
Valores 
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Compromisso Ético: ter como padrão de conduta de ações orientadas à 
moralidade, probidade e cidadania. 
Compromisso Socioambiental: defender os interesses sociais e humanos e 
promover os preceitos do desenvolvimento sustentável. 
Compromisso com a Excelência: buscar a constante melhoria da gestão 
observados os princípios constitucionais e os fundamentos da Administração Pública 
para o alcance de seus resultados institucionais. 
Compromisso com a Transparência: tornar públicos e acessíveis os atos e fatos 
administrativos de forma a propiciar a confiança da sociedade na instituição. 
 
O Crea recepciona e insere no mercado de trabalho milhares de egressos 
oriundos de cursos de graduação, centros de educação tecnológica e escolas de nível 
técnico das profissões abrangidas pelo Sistema. 
Esses profissionais, tendo em vista as responsabilidades técnicas, distribuem-se 
atualmente por mais de 300 habilitações reconhecidas em diferentes níveis e 
modalidades profissionais. 
 
Registro Profissional 
Em seus cadastros, o Sistema Confea/Crea tem registrados mais de um milhão 
de profissionais que respondem por fatia considerável do PIB brasileiro, e movimentam 
um mercado de trabalho cada vez mais acirrado e exigente nas especializações e 
conhecimentos da tecnologia, alimentada intensamente pelas descobertas técnicas e 
científicas do homem. 
O profissional tem dentre outras a responsabilidade de zelar pela segurança e a 
qualidade da obra, além das garantias necessárias para que ela seja realizada sem 
problemas. 
Estas responsabilidades são inerentes ao profissional devidamente registado, 
conforme legislação, que esteja apto a para atender as demandas existentes. 
A lei nº 5.194 de 24 de dezembro de 1966, regula o exercício da profissão de 
engenheiro, no Art. 2º normatiza que: 
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O exercício, no País, da profissão de engenheiro, arquiteto ou 
engenheiro-agrônomo, observadas as condições de capacidade e 
demais exigências legais, é assegurado: 
a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de 
faculdade ou escola superior de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, 
oficiais ou reconhecidas, existentes no País; 
b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no 
País, diploma de faculdade ou escola estrangeira de ensino superior de 
Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, bem como os que tenham esse 
exercício amparado por convênios internacionais de intercâmbio; 
c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos 
Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, 
considerados a escassez de profissionais de determinada especialidade 
e o interesse nacional, tenham seus títulos registrados temporariamente. 
(BRASIL, 1966) 
 
A mesma lei trata também Do exercício ilegal da Profissão de engenheiro e 
destaca que exerce irregularmente o profissional que: 
a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, 
públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei 
e que não possua registro nos Conselhos Regionais: 
b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às 
atribuições discriminadas em seu registro; 
c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, 
organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real 
participação nos trabalhos delas; 
d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em 
atividade; 
e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa 
jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, 
da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo 
único do Art. 8º desta Lei. (BRASIL, 1966) 
 
Carteira Profissional 
 
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Figura: Frente da Carteira Profissional 
Fonte: http://novacarteira.confea.org.br/ 
 
Figura: Verso da Carteira Profissional 
Fonte: http://novacarteira.confea.org.br/ 
 
CREA 
O Crea, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado dos estados e 
do distrito federal, é responsável pela fiscalização de atividades profissionais nas áreas 
da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, além das atividades dos 
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Tecnólogos e das várias modalidades de Técnicos Industriais e Agrícolas de nível médio. 
Está vinculado ao CONFEA 
Salário Mínimo Profissional 
O manual "Salário Mínimo Profissional uma conquista do engenheiro e agrônomo" 
foi publicado pela primeira vez em 1995 pelo Grupo de Trabalho Valorização Profissional 
e uma equipe de colaboradores do Confea. 
O objetivo é colocar à disposição toda a legislação referente a salário mínimo e 
jornada de trabalho, além de informações complementares úteis aos profissionais da 
área tecnológica e às instituições interessadas. 
RESOLUÇÃO Nº 397, DE 11 AGO 1995. 
Dispõe sobre a fiscalização do cumprimento do Salário Mínimo 
Profissional. 
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das 
atribuições que lhe confere a letra "f" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de 
dezembro de 1966, 
Considerando o disposto nos Arts. 24, 71, 72, 77 e 82, bem como o 
disposto na letra "a" do parágrafo único do Art. 73 da Lei nº 5.194, de 24 
de dezembro de 1966; 
Considerando o disposto nas Leis: nº 4.076, de 30 de junho de 1962; 
6.664, de 26 de junho de 1979; nº 6.835, de 14 de outubro de 1980 e na 
Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966; 
Considerando que, de acordo com o parágrafo único do art. 8º da Lei nº 
5.194, de 24 de dezembro de 1966, as pessoas jurídicas e organizações 
estatais só poderão exercer as atividades de engenharia, arquitetura e 
agronomia através de profissionais legalmente habilitados, aos quais é 
assegurado o direito ao Salário Mínimo Profissional; 
 
Considerando as disposições do Código de Ética do Engenheiro, do 
Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo, adotado pela Resolução nº 205, de 
30 de setembro de 1971, do CONFEA; 
Considerando as solicitações das Entidades de Classe, dos CREAs, bem 
como a proposta apresentada durante a Jornada em Defesa do Piso 
Salarial, realizada juntamente com a 51ª Semana Oficial da Engenharia, 
da Arquitetura e da Agronomia, 
R E S O L V E: 
Art. 1º - É de competência dos CREAs a fiscalização do cumprimento do 
Salário Mínimo Profissional. 
Art. 2º - O Salário Mínimo Profissional é a remuneração mínima devida, 
por força de contrato de trabalho que caracteriza vínculo empregatício, 
aos profissionais de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, 
Geografia, Meteorologia e Tecnólogos, com relação a empregos, cargos, 
funções, atividades e tarefas abrangidos pelo Sistema CONFEA/CREAs, 
desempenhados a qualquer título e vínculo, de direito público ou privado, 
conforme definidos nos Arts. 3º, 4º, 5º e 6º da Lei nº 4.950-A, de 22 de 
abril de 1966, no Art. 82 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e 
no Art. 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, sob regime celetista. 
Art. 3º - Para efeito de aplicação dos dispositivos legais, os profissionais 
citados no Art. 2º desta Resolução são classificados em: 
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a. diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas 
de Engenharia, de Arquitetura, de Agronomia, de Geologia, de Geografia, 
de Meteorologia e afins com curso universitário de 04 (quatro) anos ou 
mais; 
b. diplomados pelos cursos regulares superiores, mantidos pelas Escolas 
de Engenharia, de Arquitetura, de Agronomia, de Geologia, de Geografia, 
de Meteorologia e afins, com curso universitário de menos de 04 (quatro) 
anos. 
Art. 4º - Para efeito da aplicação dos dispositivos legais, as atividades ou 
tarefas desempenhadas pelos profissionais, relacionados no Art. 2º desta 
Resolução são classificadas em: 
a. atividades ou tarefas com exigência de 06 (seis) horas diárias de 
serviços; 
b. atividades ou tarefas com exigência de mais de 06 (seis) horas diárias 
de serviços. 
Art. 5º - O Salário Mínimo Profissional para execução das atividades e 
tarefas é de 06 (seis) vezes o Salário Mínimo comum, vigente no País, 
para os profissionais relacionados na alínea "a" do Art. 3º desta 
Resolução, e é de 05 (cinco) vezes o Salário Mínimo comum, vigente no 
País, para os profissionais da alínea "b" do Art. 3º desta Resolução. 
Parágrafo Único - Para a execução das atividades e tarefas classificadas 
na alínea "b" do Art. 4º desta Resolução, o Salário Mínimo Profissional 
será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) para as horas excedentes 
das 06 (seis) horas diárias de serviços, tomando-se por base o custo de 
hora fixada no "CAPUT" deste artigo. 
Art. 6º - As pessoas jurídicas que solicitarem registro nos CREAs, no ato 
da solicitação, ficam obrigadas a comprovar o pagamento de Salário 
Mínimo Profissional aos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, bem 
como os demais profissionais abrangidos pelo Sistema CONFEA/CREAs, 
através de demonstrativo próprio, não inferior ao Salário Mínimo 
Profissional estabelecido na Lei 4.950-A, de 22 de abril de 1966 e Art. 82 
da Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966. 
Parágrafo único - A pessoa jurídica que não atender o disposto no "caput" 
deste Art. será notificada e autuada, com os seus requerimentos aos 
CREAs ficando pendentes de decisão até que regularize sua situação 
relativa ao cumprimento do Art. 82 da Lei 5.194, de 24 de dezembro de

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