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2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. 2.2 Introdução à bioacústica. 2.3 Biofísica da audição e o ouvido humano. 2.4 Luz como uma onda. 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. 2.6 Biofísica da visão e olho humano, defeitos do olho. Ondas Ondas 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. Em física, uma onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física num meio ou no vazio e que é periódica no tempo. Ondas 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. Tipos de ondas Ondas mecânicas São ondas que se propagam somente em meios materiais e são governadas pelas leis de Newton. Exemplos: Ondas oceânicas de superfície , o som e as onda sísmicas presente nos terremotos. Ondas eletromagnéticas São ondas resultantes da combinação de um campo elétrico com um campo magnético. As ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo. Exemplos: a luz, as ondas de rádio e os raio x. Ondas de matéria Essas ondas são utilizadas em laboratório. São ondas associadas a eletrões, protões e outras partículas elementares e mesmo os átomos e as moléculas. Ondas 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. As ondas mecânicas são perturbações que propagam-se através de um meio. Exemplos: *Ondas em cordas. * Ondas na água. * Ondas sonoras. As ondas mecânicas são usadas na medicina, odontologia, biologia: nos tratamentos de saúde ou na observação interna. Ondas 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. Características das ondas: As ondas têm variações espacial e temporal seguem as funções seno ou cosseno. y(x,t)=y 0 sen(kx-ωt) Onde a amplitude máxima é y 0 , k=2π/λ é o numero de onda[rad/m], λ o comprimento da onda[m], ω=2πf a frequência angular[rad/s], f a frequência [Hz] T=1/f o período [s] 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. O relacionamento entre a frequência da onda f, o comprimento da onda λ e a velocidade da propagação v é: v=λ f = ω/k Também há a velocidade com que a perturbação viaja definida como . As ondas satisfazem e equação de onda Como toda onda contém energia, quando uma onda desloca-se é energia que está sendo transportada na direção do movimento. Ondas v p= ∂ y (x , t ) ∂ t Ondas 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. As ondas mecânicas podem ser transversais (perturbação e propagação, perpendicular) ou longitudinais (perturbação e propagação, paralelas) Ondas 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. Ondas transversais são aquelas em que a direção da perturbação é perpendicular à direção de propagação da onda. Uma onda em uma corda é um exemplo de onda transversal, pois quando a movimentamos no sentido vertical (para cima e para baixo), uma onda se propaga pela corda na direção horizontal (da esquerda para a direita), nesse caso cada ponto ao longo da corda realiza um movimento vertical, perpendicular ao movimento da onda com relação a corda. O deslocamento da onda no sentido vertical é descrito por y=A sin(kx-ωt) Derivando a posição y em relação ao tempo temos a velocidade em y, ou seja, a velocidade da perturbação: u= -Aω cos(kx-ωt). Velocidade propagação: v(corda)=√(Tensão/densidade); v(som)=√(pressão/densidade ar) 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. As ondas mecânicas longitudinais são perturbações que propagam-se em líquidos, sólidos ou gases. Se temos uma perturbação que propaga-se no ar na direção +x. As partículas do ar separam-se e juntam- se. A amplitude da onda será o deslocamento da partícula do médio As partículas de ar movem-se em torno de sua posição de equilíbrio, a pressão oscila em torno de seu valor normal p 0 : y p =y 0p sen(kx-ωt) (y 0p é a máxima diferencia entre a pressão e o valor norma p 0 ). Ondas Ondas 2.1 Ondas, som, intensidade sonora e decibel. O SOM é a sensação produzida no ouvido humano pelas ondas que percorrem um meio (o som não é transmitido no vácuo) e que satisfaz certas frequências e intensidades. Os sons distinguem-se pela: Altura (depende da frequência) O timbre (dependem dos harmónicos) A intensidade (amplitude das vibrações) Os sons audíveis pelos humanos devem ter frequências entre 20Hz e 20kHz (1.7cm< λ <1.7 m) sempre que a velocidade dessas onda seja de 343m/s. 2.2 Introdução à bioacústica. A bioacústica estuda o funcionamento do sistema auditivo dos mamíferos e dos humanos, ou seja, a analises e a perceção auditivas cuja origem são os estímulos sonoros. Esses estímulos (ondas mecânicas) ao chegarem ao sistema auditivo agem sobre as células ciliadas e os seus nervos, que codificam o estimulo auditivo. Ondas Ondas 2.2 Introdução à bioacústica. Para a audição humana o nível de intensidade sonora (β), a intensidade da onda (I) ou a amplitude da onda de variação da pressão (A p ) devem ser: 0 dB < β <120 dB 10-12 W/m2 < I < 1 W/m2 2.87 10-5 N/m2 < A p < 28.7 N/m2 Ondas 2.3 Biofísica da audição e o ouvido humano. O ouvido humano é um órgão externamente sensível (converte um fraco estimulo mecânico produzido no exterior) em estímulos nervosos. O ouvido é constituído pelo ouvido externo, o ouvido médio e o interno. Ondas 2.3 Biofísica da audição e o ouvido humano. Ouvido externo: Parte do ouvido que está em contacto com o meio externo. Constituído pelo canal auditivo e pelo pavilhão externo, médio e interno. No humano, o pavilhão é pouco eficiente em comparação dos outros animais, onde o pavilhão produz um ganho apreciável quando chegar ao tímpano. Ondas 2.3 Biofísica da audição e o ouvido humano. Ouvido médio: A membrana timpânica é o inicio do ouvido médio. É uma cavidade cheia de ar com três ossos: martelo, bigorna e estribo. Ondas 2.3 Biofísica da audição e o ouvido humano. Ouvido interno: Nesta parte a energia transportada pelo estímulo sonoro será convertida num sinal elétrico, que será levado ao córtex auditivo. A sua estrutura contém a cóclea (as paredes da cóclea limitam 3 tubos enrolados em espiral 2.4 Luz como uma onda, A visão acontece quando os olhos respondam à ação da luz visível. A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível. Trata-se, de outro modo, de uma radiação electromagnética que se situa entre a radiação infravermelha e a radiação ultravioleta. Ondas 2.4 Luz como uma onda, As três grandezas físicas básicas da luz são (como qualquer onda eletromagnética): intensidade ( na luz, identifica-se com o brilho), frequência ( na luz, identifica-se com a cor) e polarização (orientação do campo elétrico e magnético). Deve ser ressaltada também a dualidade onda-partícula, característica da luz como fenómeno físico, em que esta tem propriedades de onda (transversal) e partículas, sendo válidas ambas as teorias sobre a natureza da luz. Ondas 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. Ondas A reflexão e a refração das ondas são dois fenómenos que acontecem quando uma onda que propaga-se num determinado meio encontra-se com uma superfície de separação com outro meio. Em geral, podemos dizer que uma parte da onda incidente reflete-se e outra refrata-se. 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. A reflexão é a mudança da direção do movimento ondulatório que acontece no mesmo meio em que propagava-se, depois de incidir sobre a superfície dum meio diferente. Segue 2 leis: 1. O raio incidente, o refletido e a normal à superfície no ponto de incidência estão no mesmo plano. 2. O ângulo do raio incidente î e o de reflexão rˆ são iguales î=rˆ Ondas 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. A refração é a mudança de direção do movimento ondulatório que acontece quando passa-se dum meio para outro onde propaga-se com diferente velocidade. As leis são: 1. O raio incidente, o refratado e a normalà superfície no ponto de incidência estão no mesmo plano. 2 .Lei de Snell da refração, que da o relacionamento entre os ângulo de incidência î e de refração rˆ , as velocidades das ondas nos meios 1 e 2, v 1 e v 2 : sin(î)/sin(rˆ)=n 2 /n 1 (onde n 2,1 , são os índices de refração do meio 2 e do meio 1). Índice de refração dum meio n= velocidade da luz/ velocidade de propagação no meio = c/v Ondas 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. Lentes e instrumentos ópticos: São dispositivos ópticos feitos de material transparente para deixar passas a luz através deles. Nesses dispositivos, pelo menos uma das suas superfícies é circular. As lentes podem ser: * convergentes ou positivas (pelo menos uma das superfícies é convexa) * divergente ou negativas (pelo menos uma das superfícies é côncava) Todas as lentes têm dois pontos focais (primário e secundário). A distancia entre o centro da lente e um dos pontos focais é chamado distancia focal f da lente. Ondas Ondas 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. Todas as lentes têm dois pontos focais (primário e secondario). A distancia entre o centro da lente e um dos pontos focais é chamado distancia focal f da lente. O ponto focal duma lente convergente é negativa e duma lente divergente é positiva. Todo raio de luz que passa por um ponto focal da lente, ao incidirem na lente os raios resultantes são paralelos ao eixo óptico. Todo raio de luz paralelo ao eixo óptico da lente, ao atravessar-la, deverá passar pelo ponto focal. Ondas 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. Formação de uma imagem: Temos uma lente convergente de distancia focal f. Um objeto AB a uma distancia “o” e a sua imagem AB’ encontra-se a uma distancia “i”. * O raio que passa por B e pelo centro da lente não tem desvio. * Se h e h’ são o tamanho do objeto e da imagem segue-se a equação das lentes delgada: 1/s + 1/s’ =1/f’ = -1/f * A ampliação lateral A da imagem é A= (-h’/h)= (s’/-s) (A negativa imagem invertida) 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. Raios principais para lentes convergentes (f’ trás da lente) 1. Um raio que propaga-se paralelamente ao eixo principal da lente, passa pelo foco da imagem F’. 2. Um raio que propaga-se pelo foco objeto da lente F, sofre refração saindo paralelamente ao eixo principal da lente. 3. Um raio que incide sobre seu próprio centro óptico, irá refratar sem sofrer desvio algum. Raios principais para lentes divergentes (f’ antes da lente) 1. Um raio que propaga-se paralelamente ao eixo principal da lente sofre refração, e o prolongamento do raio refratado vai passar sempre pelo foco da imagem F’. 2. Um raio de luz que se propaga de tal forma que o seu prolongamento passe pelo foco F, irá refratar paralelamente ao eixo principal da lente. 3. Um raio de luz que incide sobre o seu centro óptico, irá refratar sem sofrer desvio algum. Ondas 2.5 Refração, difração, lentes delgadas e formação da imagem. A convergência (C) duma lente é a capacidade que tem uma lente para desviar os raios por refração: C=1/f [dioptrias]. No olho humano, a forma do cristalino pode ser alterada pelo músculo ciliar e a convergência do olho humano é variável. Quando queremos ver um objeto distante o músculo ciliar está relaxado, mas quando queremos ver um objeto que está perto, o músculo ciliar está contraído. Ondas 2.6 Biofísica da visão e olho humano, defeitos do olho. O olho humano desde o ponto de vista físico é uma lente convergente. O globo ocular é aproximadamente esférico, o seu diâmetro considera- se de 2.5 cm. Defeitos visuais O olho normal é emétrope (forma a imagem exatamente na retina), mas determinados inconvenientes no cristalino ou na retina provocam defeitos na visão tales como: *a miopia, *a hipermetropia, * a presbiopia e *o astigmatismo. Ondas 2.6 Biofísica da visão e olho humano, defeitos do olho. * Miopia A pessoa com miopia não vê bem de longe. É devido a que a imagem dos objetos que ficam longe formam-se antes da retina. Os objetos perto vem-se bem. Um olho míope faz que os raios provenientes do infinito convergem antes da retina. Como trata-se dum excesso de convergência, para concordar-la usa-se uma lente divergente. Ondas 2.6 Biofísica da visão e olho humano, defeitos do olho. * Hipermetropia As pessoas com hipermetropia não vêm bem de perto. Deve-se a que a imagem dos objeto que ficam longe formam-se trás da retina. Por isso, os objetos longe vêm-se bem, mas os que ficam perto não. Como é um defeito convergência, para concordar-la usa-se uma lente convergente que faz que os raios provenientes do infinito formem-se finalmente na retina. Ondas 2.6 Biofísica da visão e olho humano, defeitos do olho. * Presbiopia É uma forma de hipermetropia. Aparece nas pessoas adultas (geralmente depois dos 40 anos), o cristalino vai perdendo o seu poder de acomodação com a idade, concorda-se com lentes convergentes. * Astigmatismo Geralmente provem dum problema na curvatura da córnea, o que faz que não foque claro os objetos tão longe como perto. La córnea, que é esférica, sofre um achatamento dos polos, e a imagem fica pouco nítida e distorcida. O astigmatismo é hereditário, mas também pode ser por cirurgias, traumatismos ou doenças. Concorda-se com lentes cilíndricos ou com cirurgia. Ondas Bibliografia 1. DURAN, J.E.R, Biofísica: Fundamentos e Aplicações, Prentice Hall, São Paulo, 2003. 2. PELA, F.P., Biofisica, SESES, Rio de Janeiro, 2015. 3. OKUNO, E., CALDAS, I.L., CHOW, C, “Física para Ciências Biológicas e Biomédicas”, Ed. Harbra, 1986. 4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda Introdução à biofísica Diapositivo 1 Diapositivo 2 Diapositivo 3 Diapositivo 4 Diapositivo 5 Diapositivo 6 Diapositivo 7 Diapositivo 8 Diapositivo 9 Diapositivo 10 Diapositivo 11 Diapositivo 12 Diapositivo 13 Diapositivo 14 Diapositivo 15 Diapositivo 16 Diapositivo 17 Diapositivo 18 Diapositivo 19 Diapositivo 20 Diapositivo 21 Diapositivo 22 Diapositivo 23 Diapositivo 24 Diapositivo 25 Diapositivo 26 Diapositivo 27 Diapositivo 28 Diapositivo 29 Diapositivo 30 Diapositivo 31
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