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137 METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 3. Equações de estado do ar seco e do vapor d'água puros. Cada constituinte do ar seco se comporta praticamente como um gás ideal e, assim, o próprio ar seco pode ser considerado de modo idêntico, atuando como se fora um gás ideal com massa molecular aparente Ma = 28,964 g mol -1 (II.1.1). Nesse caso, se pa designar a pressão a que está submetida uma certa massa (ma) de ar seco, ocupando um volume V à temperatura T, então a sua equação de estado (obtida diretamente da equação geral IV.2.3), será: paV = maRT/Ma (IV.3.1) ou, pa = ρA RT/Ma (IV.3.2) em que ρA designa a massa específica do ar seco puro. Note-se que pa pode ser a pressão atmosférica, ou não. Em se tratando de uma massa (mv) de vapor d'água, ocupando sozinha um certo volu- me (V) a uma dada temperatura (T) e pressão (pv), tem-se, analogamente: pVV = mV RT/MV (IV.3.3) sendo MV = 18,015 g mol -1 a massa molecular da água. Por outro lado, usando o símbolo ρv para indicar a massa específica do vapor d’água: pV = ρV RT/MV (IV.3.4) 4. Equações de estado do ar seco e vapor na mistura ar úmido. Imagine-se um cilindro, provido de um êmbolo móvel no interior do qual há uma mistura de ma gramas de ar seco com mv gramas de vapor d'água (constituindo uma amostra de ar úmido). Admita-se que essa mistura está submetida a uma temperatura T (K) e à pressão at- mosférica p. É mantida a hipótese de que, tanto o ar seco, como o vapor d'água, comportam-se pra- ticamente como gases ideais. Como o êmbolo é móvel, a pressão atmosférica será compensada pela soma das pres- sões parciais devidas a cada integrante da mistura, isto é: exercidas pelo vapor (pv = e) e pelo conjunto dos constituintes do ar seco (pa = p – e). Assim, na mistura ar úmido, a equação de estado para o ar seco é (McIntosh e Thom, 1969):
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