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trabalho CME

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4.0 DESENOLVIMENTO
4.1 CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)
O Centro de Material e Esterilização (CME) se evidencia na condição da organização de saúde de um modo próprio devido a sua conceituação como uma unidade de suporte a todos os serviços assistenciais e de diagnóstico que precisem de artigos odonto-médico-hospitalares para a realização do seu serviço, assistenciando seus pacientes. 
Um dos fatores que contribuiu decisivamente para a implantação e consolidação das CMEs nos hospitais foi a conscientização das equipes de saúde quanto à necessidade de controle das infecções hospitalares, uma vez que essas determinam um impacto direto na qualidade do serviço prestado e implicam, muitas vezes, um aumento do período de internação e consequentemente, dos custos da assistência hospitalar. A compreensão sobre a influência dos procedimentos de limpeza, desin�fecção e esterilização dos materiais na prevenção e controle das infecções hospitalares reforça a importância e responsabilidade do CME no contexto das instituições de saúde, pois a existência de falhas nesses processos é determinante para o surgimento de complicações nos pacientes.2-3
Pode-se afirmar que o CME se configura como uma unidade que tem um processo de tra�balho diferente e uma área de atuação específica para o enfermeiro que, utilizando uma série de conhecimentos científicos e tecnológicos para a coordenação do trabalho, busca um entrosamento com as unidades consumidoras e com as unidades de apoio da instituição hospitalar, caracterizando uma relação de interdependência. 
4.1.1 ATRIBUIÇÕES GERAIS DO CME (SISTEMA DE CENTRALIZAÇÃO)
Padronizar as técnicas de limpeza preparo e empacotamento, fim de assegurar economia de pessoal, material e tempo. Manter a reserva de material, a fim de atender prontamente às necessidades das unidades do hospital; Facilitar o controle do consumo, da qualidade do material e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança no uso. Controlar o material esterilizado, como é o caso de alguns aparelhos, tornando mais fácil o controle, a conservação e a manutenção dos mesmos. Desenvolver as atividades específicas com pessoal treinado para tal, permitindo obter maior produtividade. Favorecer o ensino e o desenvolvimento de pesquisas. 
4.1.1.1 Segundo a portaria n° 1884, de 11 de novembro de 1994, são elementos essenciais à dinâmica de funcionamento da unidade:
l Área para recepção, desinfecção e separação de materiais;
l Área para lavagem de materiais;
l Área para recepção de roupas limpas;
l Área de preparo de materiais e roupas;
l Área para esterilização - Área para esterilização física, área para
esterilização química liquida e área para esterilização química gasosa;
l Sala para armazenagem e distribuição de materiais e roupas esterilizadas;
l Área para armazenagem e distribuição de materiais descartáveis. Além destes são necessários ambientes de apoio como:
l Sala administrativa;
l Sanitários com vestiário para funcionários;
l Depósito de material de limpeza;
l Almoxarifado.
4.1.1.2 Conforme a resolução RDC n° 307, Brasil, 2002, determina as atividades
básicas desenvolvidas na CME, que são:
6
l Receber, desinfetar e separar os artigos;
l Lavar os artigos;
l Receber as roupas vindas da lavanderia;
l Preparar os artigos e as roupas em pacotes;
l Esterilizar os artigos e as roupas por meio de métodos físicos e/ou
químicos proporcionando condições de areação dos produtos, conforme
necessário:
l Realizar controle microbiológico e de validade dos artigos esterilizados;
l Armazenar os artigos e as roupas esterilizados;
l Distribuir os artigos e as roupas esterilizadas;
l Zelar pela proteção e pela segurança dos operadores.
Constata-se então que o trabalho da enfermagem no CME é de extrema fundamentalidade a obtenção de competências especificas para um devido controle do setor, além de ser necessário para a elaboração de atividades técnico-assistenciais e à gestão do capital humano, precisando de um agrupamento de estruturados conhecimentos, objetivando, ao profissional, a devida consecução das propostas para seu labor, visto que o trabalho no CME demanda imensas responsabilidades. Como visto anteriormente, foi selecionado alguns artigos que ressaltam a função da enfermagem no CME, contribuindo então com a exigência referida ao objetivo da construção do atual labor, podendo ser verificada ao decorrer dos tópicos posteriores, iniciando sua visualização de forma especifica, em relação ao labor da Enfermagem, a seguir.
4.2 enfermagem e cme (geral)
O intuito do profissional de saúde, mais especificamente do enfermeiro, é realizar, em sua prática, a promoção de uma qualidade de vida e de atendimento a todos os pacientes, por meio dos saberes científicos e técnicos, no qual este os autorizam suas atuações com vidas. Observa-se que ao trabalhar no CME, o enfermeiro oferta sua prestação de cuidado de indireto modo. Mesmo sendo um labor não valorizado, justamente por sua operação ser de forma indireta ao paciente, os enfermeiros do CME possuem muitas funções e diversas destas são similares a de outros setores.
De forma geral, assim constado no Art. 1º da Resolução COFEN Nº 424/2012 ressalta as atribuições do enfermeiro na CME, onde estas atribuições, de forma geral são: planejamento, coordenação, execução, supervisão e avaliação. Ou seja, na prática, o enfermeiro estará responsável para a realização da avaliação da infraestrutura física da CME, da análise das rotinas, da verificação da vida útil dos equipamentos e etc. Essas atribuições serão realizadas nas seguintes etapas relacionadas ao processamento de produtos para saúde: recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras, e entre outras funções. Nota-se então que a competência do enfermeiro em gestão dessa unidade é a execução de um planejamento com o objetivo de garantir melhoria na efetividade das ações, principalmente quando esse planejamento está associado a distribuição das atividades do setor de acordo com as atribuições dos seus funcionários, onde estes realizarão atividades relacionadas à área.
Defini-se que a atuação de enfermeiros no CME tem primordial participação, tendo em vista que esses profissionais são os responsáveis técnicos, gerenciando a qualidade da assistência, pois possuem formação acadêmica que corresponde as exigências do setor.
Além disso, faz-se ciência de que profissionais de Enfermagem atuantes do CME possuem labor complexo e diversificado e autores apontam também que as atribuições do enfermeiro estão relacionadas com a gestão e a educação permanente, já em relação aos procedimentos de limpeza e outros dizem-se respeito aos técnicos de Enfermagem.
É válido ressaltar a importância da garantia do uso de equipamento de proteção individual (EPI) por seus funcionários, tendo como objetivo conter contaminações pelo fato da exposição a agentes contaminantes, destacando então a fundamentalidade do enfermeiro na fiscalização do uso e descarte corretos dos EPIs.
Resumidamente, nota-se que de forma geral, o trabalho do enfermeiro do CME é complexo, visto que essa função possui exigências relacionadas a atribuições técnico assistenciais, como a gestão de pessoas e da área física, atividades privativas ao setor, manejo de novas tecnologias, além da habilidade de observar as demandas de outras áreas que necessitam do seu trabalho.
4.2.1 AGRUPAMENTO DE CONHECIMENTOS OBTIDOS POR MEIO DO LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ACERCA DAS ATRIBUIÇÕES GERAIS DA ENFERMAGEM NO CME
Atráves do levantamento bibliográfico, capacitou-se destacar os norteadores das funções do enfermeiro no CME, já comentado anteriormente, como o gerenciamento do setor, além de desenvolver atividades educativas, assim observados nos artigos selecionados. 
Sabe-se então que o enfermeiro dessa área possui atribuições que começam na etapa do planejamento e organização e se prolonga até a etapa de realização do trabalho, em si, garantindo a sistemática operacionalizaçãodos procedimentos que abrangem o armazenamento, a conservação, a distribuição, o transporte e o manuseio de equipamentos e materiais, tendo como finalidade da preservação da integridade dos produtos, sua validade e qualidade, fornecendo então a garantia da segurança do paciente na assistência exercida.
De modo mais especifico, as pesquisas apontaram que as atribuições do enfermeiro são: coordenação da metodologia de trabalho da unidade; supervisão dos afazeres feitos na unidade; estabelecimento da escala de trabalho em cada área especifica da equipe de enfermagem; supervisão e orientação da equipe na realização das atividades; acompanhamento do funcionamento dos equipamentos usados em cada uma das áreas do labor; conferência da documentação de controle de esterilização; acompanhamento da realização de testes com produtos, insumos e equipamentos; validação da programação diária das cirurgias, constatando a entrega dos materiais consignados; participação em reuniões administrativas e gerenciais que envolvam a unidade; acompanhamento da avaliação de indicadores de qualidade no CME13,14.
Dessa forma, a gerência estabelece uma das essenciais atribuições do enfermeiro e envolve diversas funções, como planejamento e estruturação dos serviços, elaboração de instrumentos administrativos e operacionais, administração dos recursos humanos e materiais. Os propósitos imediatos das ações administrativas conduzidas pelo enfermeiro são organizar e controlar o processo de trabalho, e o mediato é facilitar o cuidado, a fim de oportunizar a cura do paciente.
Em alguns artigos, foi visualizado também questões associadas ao gerenciamento de recursos humanos, onde pode-se dizer que o labor do enfermeiro está relacionado com valores humanísticos, empenho e dedicação pessoal e profissional, saberes técnico--científico e de relações humanas e dedicação em relação a saúde dos pacientes que possuem assistência indireta.
O enfermeiro exercendo sua função como coordenador da equipe, demanda integralização com os outros profissionais do ambiente. Isso acontece quando o enfermeiro possibilita o relacionamento interpessoal e do fortalece o trabalho em equipe, fazendo com que haja contribuição para o que contribui, em todas as etapas do processo de labor no CME, para a prática hábil, objetivando uma segurança e qualificação assistencial.
Pode-se observar também aspectos referentes ao gerenciamento dos recursos materiais, visto que há uma elevação dos aparatos tecnológicos. Verifica-se que a equipe de enfermagem proporciona muitos produtos para diversas unidades consumidoras, como por exemplo: a terapia intensiva, , centro cirúrgico, centro obstétrico, a emergência, osambulatórios, tendo como primordial o gerencimento proveniente do enfermeiro do CME, que necessita possuir eficácia, a fim de evitar possíveis equívocos nos processos operacionais.
Já em relação a supervisão do funcionamento dos equipamentos e suas atividades, é necessário que o enfermeiro tenha saberes acerca dos equipamentos e seus corretos funcionamentos.
Além de todos os tópicos citados anteriormente e visualizados nos artigos selecionados, autores descrevem que os enfermeiros também atuam em atividades educacionais, como: "acompanhamento, planejamento e promoção de treinamentos, participação de programas, comissões, cursos e eventos que envolvam a unidade de CME e participação na avaliação do desempenho dos funcionários".
Verifica-se então que a atribuição do enfermeiro em relação ao tópico educacional é associado a educação permanente, ou seja, o enfermeiro possui o objetivo de capacitar a equipe para que esta execute suas funções de modo coesivo coerente e capacitado, objetivando a redução de falhas nas principais etapas de funcionalidade do CME (limpeza, preparo, desinfecção, esterilização e armazenamento).
Alguns artigos também descrevem que o enfermeiro do CME atua em desenvolvimento de pesquisas, na qual essa atribuição tem o intuito relacionado ao aprimoramento do processo de labor no CME. Mas, constatou-se também que há escassez da participação dos enfermeiros nessa atribuição, favorecendo a desvalorização, a falta de divulgação das tarefas desenvolvidas pelo enfermeiro, nesse âmbito e aprimoramento das atividades. 
Nesse levantamento bibliográfico foram observadas algumas atribuições realizadas pelos enfermeiros do CME, sendo divididas em ações diárias e ações mensais, podendo serem observadas no quadro abaixo:
4.2.1.1 Ações desenvolvidas pelos enfermeiros no CME diariamente: 
1. Coordenação do processo de trabalho da unidade.
2. Supervisão das atividades realizadas na unidade. 
3. Definição da escala de trabalho em cada área de atuação da equipe de enfermagem. 
4. Acompanhamento da equipe na execução das atividades, principalmente os trabalhadores novos. 
5. Supervisão do funcionamento dos equipamentos utilizados em cada uma das áreas de trabalho. 
6. Acompanhamento da realização de testes com produtos, insumos e equipamentos. 
7. Supervisão e controle do recebimento dos materiais em consignação. 
8. Supervisão e controle do uso e cobrança dos materiais em consignação. 
9. Supervisão e controle de devolução dos materiais em consignação.
10. Confirmação da programação diária das cirurgias, verificando a entrega dos materiais consignados. 
11. Confirmação da programação das cirurgias, verificando a disponibilidade dos materiais e roupas estéreis. 
12. Checagem da documentação de controle de esterilização. 
13. Acompanhamento e controle do estoque de materiais e roupas estéreis. 
14. Acompanhamento e avaliação de manutenções nos materiais e equipamentos. 
15. Atendimento as unidades consumidoras
§ Ações desenvolvidas pelos enfermeiros no CME mensalmente: 
1. Acompanhamento e avaliação da validação e qualificação dos equipamentos. 
2. Acompanhamento, planejamento e realização de treinamentos.
3. Participação na compra dos materiais, equipamentos e insumos. 
4. Participação na avaliação do desempenho dos funcionários. 
5. Participação em reuniões administrativas e gerenciais que envolvam a unidade de CME.
6. Participação de programas, comissões, cursos e eventos que envolvam a unidade de CME.
7. Participação na definição de programas para prevenção de riscos ocupacionais e segurança dos 
trabalhadores. 
8. Realização de controle de produtividade da unidade.
9. Acompanhamento da avaliação de indicadores de qualidade na unidade.
4.2.1.2
Enfermeiro Supervisor
• Atua na coordenação do setor; 
• Prever os materiais necessários para prover as unidades consumidoras; 
• Elaborar relatórios mensais estatísticos, tanto de custo quanto de produtividade; 
• Planejar e fazer anualmente o orçamento do CME com antecedência de 04 a 6 meses 
• Elaborar e manter atualizado o manual de normas, rotinas e procedimentos do CME, que deve estar disponível para a consulta dos colaboradores. 
• Desenvolver pesquisas e trabalhos científicos que contribuam para o crescimento e as boas práticas de Enfermagem, participando de tais projetos e colaborando com seu andamento. 
• Manter-se atualizado acerca das tendências técnicas e científicas relacionadas com o controle de infecção hospitalar e com o uso de tecnologias avançadas nos procedimentos que englobem artigos processados pelo CME. 
• Participar de comissões institucionais que interfiram na dinâmica de trabalho do CME. 
4.1.1.3Técnico Administrativo
• Gerenciar o serviço de Enfermagem da unidade; 
• Planejar, coordenar e desenvolver rotinas para o controle dos processos de limpeza,
preparo, esterilização, armazenagem e distribuição dos artigos; 
• Desenvolve processo de avaliação dos serviços prestados ao cliente interno e/ou
esterno; Estabelecer rotinas para a manutenção preventiva dos equipamentos existentes no
CME; 
• Realizar os testes necessários e emitir pareceres técnicos antes da aquisição de
novos artigos e equipamentos; 
• Verificar os relatórios de manutenção de artigos e equipamentos e aprova-los
mediantes as evidências do serviço prestado; 
• Controlar o recebimento, o uso e a devolução dos artigos consignados;• Fazer relatório diário com informações dobre as atividades desenvolvidas e pendentes e outros fatos importantes ocorridos durante a jornada de trabalho; 
• Tomar parte da passagem de plantão; 
• Manter atualizado o inventário do instrumental cirúrgico dos artigos e dos equipamentos do CME; 
• Participar ativamente dos processos de aquisição de materiais, instrumental cirúrgico
e equipamentos.
4.3 INTRODUÇÃO PARA AS FUNÇÕES DO ENFERMEIRO DO CME ESPECIFICAS PARA CADA AREA DO CME
O enfermeiro deve desenvolver habilidades para resolução de problemas, propor medidas que sejam adequadas à realidade institucional, otimizando o processo de trabalho, redução de custos e riscos para os pacientes, incluindo os trabalhadores. Para tanto, é fundamental adquirir novos conhecimentos, visando refletir na realização de estudos científicos. A participação qualificada do enfermeiro no CME é fundamental para fomentar a produção de conhecimento na área, a fim de promover a transformação e crescimento profissional, sendo necessário ter base teórica, pedagógica e de relacionamento interpessoal. Entretanto, a produção científica do CME nos últimos anos é escassa, ao passo que os avanços tecnológicos e científicos aumentam a qualidade e complexidade de informações a todo o momento
Processamento de produtos para a saúde
Estudos identificaram os CME enquanto unidades de suporte que conduzem uma variedade de processos e subprocessos, como recepção, limpeza, desinfecção química, preparação, esterilização, armazenamento e distribuição de instrumentos médicos e cirúrgicos (A5, A9, A29). Sem dúvida que o trabalho desenvolvido no CME é fundamental para o cuidado direto prestado nas unidades consumidoras. Além disso, um estudo descreveu a contribuição de trabalhadores de Enfermagem dessa central para a montagem e desmontagem de um hospital de campanha em uma aldeia indígena no norte do Brasil (A2).
O processamento de produtos para a saúde requer trabalhadores treinados para executar as técnicas apropriadas, além de comprovarem conhecimento de microbiologia, bioquímica, física e fisiologia (A8). Na China, em Suzhou, apenas enfermeiros graduados são responsáveis pelas atividades de processamento de produtos para a saúde (A28). Um estudo validou uma lista de funções realizadas por trabalhadores de Enfermagem do CME, organizando-as em seis áreas, incluindo a recepção de material sujo e contaminado; controle de material consignado; preparação; esterilização; armazenamento; e distribuição de material e vestuário estéril (A12). Foram identificados 25 subprocessos e 110 atividades, além das 28 atividades que os enfermeiros realizam exclusivamente, que se relacionam ao gerenciamento de recursos humanos, de materiais e de processos (A12).
O CME desempenha papel complexo para garantir que os PPS sejam esterilizados e entregues com a devida quali�dade, favorecendo a redução de taxas de infecções relaciona�das à assistência à saúde (IRAS) e o cuidado de saúde limpo3
. 
O setor presta assistência indireta aos pacientes, disponibili�zando artigos seguros, que contribuirão no cuidado direto, tendo como objetivos principais o processamento, o arma�zenamento e a distribuição dos materiais, contexto no qual se inserem as atribuições dos enfermeiros nesse ambiente de trabalho4
.
O enfermeiro é responsável pelo gerenciamento e pela operacionalização de todas as etapas que integram o proces�samento de materiais, além de supervisionar as atividades da equipe de enfermagem que atua no setor5
. Nesse sentido, a atuação dos enfermeiros exige conhecimentos específicos relacionados aos diversos equipamentos, artigos, instrumen�tal cirúrgico e à forma de processá-los, como também sobre o gerenciamento do CME6,7.
A competência do enfermeiro no desempenho de suas atividades garante a eficácia dos processos no CME, além de colaborar para a prevenção de IRAS, contudo a impor�tância de seu trabalho, perante a equipe de enfermagem, precisa ser continuamente ressaltada, discutida pela equipe e apresentada às demais unidades da instituição, a fim de que possa receber seu devido reconhecimento e não per�manecer invisível
4.3.1 CME INTRO ESPEC: 
A RDC número 50 (BRASIL, 2002) também coloca que os EAS devem 
possuir características ambientais específicas que auxiliem no controle de infecções 
nos serviços de saúde, impedindo a transmissão de patógenos, por meio do uso de 
barreiras físicas e técnicas, proteções, recursos físicos, operacionais e funcionais. 
Para tanto, é necessário que ocorra um funcionamento adequado da central de 
material e esterilização (CME), a qual necessita seguir fluxogramas que objetivam 
manter o ambiente limpo, livre de contaminação, de forma que facilite o trabalho da 
equipe (figura 3) (SOBECC, 2001)
De acordo com o Ministério da Saúde, idealmente, a CME deve ter sua 
estrutura física projetada de forma a permitir o fluxo de materiais da área de 
recepção à de distribuição, evitando o cruzamento de material limpo com o 
contaminado (BRASIL, 2003). 
A recepção do material sujo e para limpeza é separada da área de preparo do 
material e esterilização, bem como da área de armazenamento e distribuição. Esses 
cuidados na estrutura e fluxo proporcionam condições adequadas de trabalho à 
equipe de saúde, diminuindo o risco de preparo inadequado do material, com 
presença de sujidade ou campos com cabelo, linhas, agulhas de sutura e outras 
falhas (BRASIL, 2003).
O fluxograma da Central de Material e Esterilização possui para isso uma 
área suja onde ocorre a recepção, a limpeza, a lavagem e separação dos artigos. E 
a área limpa que se divide em área de preparo com análise e separação dos 
instrumentais, montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc.; recepção de 
roupa limpa, separação e dobradura; área de esterilização: método de esterilização, 
montagem da carga, acompanhamento do processo e desempenho do 
equipamento; área de armazenamento: identificação dos artigos data de preparo e 
validade; distribuição: definir horários (BRASIL, 2003).
4.3.2 PROCESSOS DESENVOLVIDOS 
Limpeza:
A limpeza consiste na remoção da sujidade visível – orgânica e inorgânica – mediante o uso da água, sabão e detergente neutro ou detergente enzimático em artigos e superfícies. Se um artigo não for adequadamente limpo, isto dificultará os processos de desinfecção e de esterilização. 
As limpezas automatizadas, realizadas através das “lavadoras termodesifectadoras” que utilizam jatos de água quente e fria, realizando enxágüe e drenagem automatizada, a maioria, com o auxilio dos detergentes enzimáticos, possui a vantagem de garantir um padrão de limpeza e enxágüe dos artigos processados em série, diminuem a exposição dos profissionais aos riscos ocupacionais de origem biológica, que podem ser decorrentes dos acidentes com materiais perfuro- cortantes. 
As lavadoras ultra-sônicas, que removem as sujidades das superfícies dos artigos pelo processo de cavitação, são outro tipo de lavadora para complementar a limpeza dos artigos com lumens.
Preparo:
As embalagens utilizadas para o acondicionamento dos materiais determinam sua vida
útil, mantêm o conteúdo estéril após o reprocessamento, garante a integridade do material 
Esterilização: 
É o processo de destruição de todos os microorganismos, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através de testes microbiológicos padrão. Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismos que o contaminavam é menor do que 1:1.000.000. Nos estabelecimentos de saúde, os métodos de esterilização disponíveis para processamento de artigos no seu dia a dia são o calor, sob a forma úmida e seca, e os agentes químicos sob a forma líquida, gasosa e plasma
Área de lavagem e descontaminação 
• Receber, conferir e anotar a quantidade e espécie do material recebido; 
• Desinfetar e separar os materiais; 
• Verificar o estado de conservação do material; 
• Proceder a limpeza do material; 
• Encaminhar o material para a área de preparo; 
Área de preparode materiais 
• Revisar e selecionar os materiais, verificando suas condições de conservação e limpeza;
• Preparar, empacotar ou acondicionar os materiais e roupas a serem esterilizados;
• Encaminhar o material para esterilização devidamente identificado.
Área de esterilização: 
• Executar o processo de esterilização nas autoclaves, conforme instrução do fabricante; 
• Observar os cuidados necessários com o carregamento e descarregamento das autoclaves
• Fazer o controle microbiológico e de validade dos produtos esterilizados. 
• Manter junto com o serviço de manutenção, os equipamentos em bom estado de
conservação e uso.
A limpeza de um instrumental cirúrgico deve ser rigorosa, sendo uma das etapas mais importantes do processo de esterilização. Nessa etapa deve ser removida toda a sujidade, pois as cargas microbianas formam barreira e protegem os microrganismos, impedindo que os agentes esterilizantes penetrem nos artigos, tornando as etapas subsequentes ineficientes e comprometendo a esterilização Segundo informe técnico nº 01/2009, o CC deverá realizar uma pré - limpeza do material e envia-lo ao CME, onde deve ser imerso em água potável morna, com detergente, mantendo a solução em contato com o instrumental por, no mínimo, três minutos, ou conforme a orientação do fabricante. Após, deve-se friccionar a superfície externa de cada instrumental com esponja e escova, até a eliminação da sujidade visível. Após a lavagem, realizar o enxague externo do instrumenta, com água potável ssob pressão

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