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Prévia do material em texto

Prefeito de Araucária 
Albanor José Ferreira Gomes 
 
Secretário Municipal de Saúde 
Haroldo Rodrigues Ferreira 
 
Direção Geral SMSA 
Jussara Gracia Panek 
 
Direção Departamento de Vigilância em Saúde 
Vanessa Pontello 
 
Direção de Atenção à Saúde 
Rosangela Scholz de Andrade Fonseca 
 
Direção Departamento de Gestão Participativa do Trabalho e Educação em Saúde 
Ângela Triemmer H. Vieira 
 
Coordenação da Divisão de Vigilância Epidemiológica e Informações 
Carlos Alberto Guimarães 
 
Coordenação do Departamento de Gestão Participativa do Trabalho e Educação em Saúde 
Luciano Sankari 
 
 
 
 
 
 
Organização do material 
 
Leoni Vanderléa Machado 
Maria Mônica U. Machado 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS................................................................................................. 6 
CONCEITOS ....................................................................................................................... 7 
1.1 ESTRUTURA FÍSICA...................................................................................................... 9 
1.2 EQUIPAMENTOS ......................................................................................................... 9 
1.3 MATERIAIS E INSUMOS............................................................................................... 9 
1.4 IMPRESSOS/MANUAIS TÉCNICOS............................................................................... 9 
1.5 ORIENTAÇÕES SOBRE COMO PROCEDER COM OS IMUNOBIOLÓGICOS 
PROVENIENTES DAS UNIDADES DE SAÚDE RURAIS EM FINAIS DE SEMANA E/OU 
FERIADOS. ................................................................................................................... 10 
2.1 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ......................................................................................... 14 
A preparação da criança e dos pais ................................................................................ 14 
2.1.1 Administração oral ................................................................................................ 14 
2.1.2 Administração intramuscular ................................................................................ 14 
Quadro 1 – Agulhas recomendadas, conforme músculo ............................................... 17 
Quadro 2 – Volume a ser administrado, conforme músculo e idade ............................ 17 
2.1.3 Administração subcutânea.................................................................................... 18 
2.1.4 Administração intradérmica.................................................................................. 18 
2.2 CONTRA-INDICAÇÕES ............................................................................................... 18 
2.3 EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À IMUNIZAÇÃO............................................ 19 
2.3.1 Síncope .................................................................................................................. 20 
2.3.2 Reação anafilática.................................................................................................. 20 
Quadro 3 - Tratamento, conforme reação:.................................................................... 20 
3 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO ...................................................................................... 21 
3.1 IMUNODEPRIMIDOS................................................................................................. 22 
3.1.1 Profissionais de Saúde........................................................................................... 24 
4 ESQUEMA VACINAL DA CRIANÇA ................................................................................ 25 
4.1 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO INFANTIL – PROPOSTA DE MUDANÇA PARA 2º 
SEMESTRE DE 2012..................................................................................................... 26 
4.2 CALENDÁRIO VACINAÇÃO DA CRIANÇA – EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO, 
CONTRAINDICAÇÕES E ORIENTAÇÕES. ...................................................................... 27 
4.3 ESQUEMA VACINAL DO ADOLESCENTE.................................................................... 31 
4.4 ESQUEMA VACINAL DO ADULTO E IDOSO ............................................................... 32 
4.5 CONDUTAS EM CASOS DE FERIMENTOS SUSPEITOS PARA TÉTANO ....................... 33 
Quadro 4 - Recomendações para uso profilático ou terapêutico do soro antitetânico:34 
4.6 ESQUEMA VACINAL DA GESTANTE........................................................................... 35 
4.6.2 Vacinas Contra-Indicadas na Gestação ................................................................. 36 
4.6.3 Vacinas Recomendadas para Gestantes de Risco ................................................. 36 
Quadro 5 - Esquema vacinal da gestante: Profilaxia do Tétano .................................... 37 
4.7 ORIENTAÇÕES E INFORMAÇÕES SOBRE APLICAÇÃO DIFERENCIADAS DE 
IMUNOBIOLÓGICOS........................................................................................................ 37 
Quadro 6 - INTERVALOS DE TEMPO RECOMENDADOS ENTRE A ADMINISTRAÇÃO DE 
DIFERENTES VACINAS ..................................................................................................... 37 
Quadro 7 - ORIENTAÇÕES PARA A VACINAÇÃO CONTRA A HEPATITE B ....................... 38 
Quadro 8 - Esquema para profilaxia pós-exposição da hepatite B: ............................... 39 
Quadro 9 – Para Aplicação da 1ª e 2ª doses da Vacina Tríplice Viral (VTV)................... 40 
 
 
 
 
Quadro 10 - Orientações para aplicação da vacina Oral de Rotavírus Humana (VORH), 
segundo idade para aplicação ........................................................................................ 40 
5 ORIENTAÇÕES PARA TRATAMENTO COM VACINA ANTI-RÁBICA .............................. 41 
5.1 PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO .................................................................................... 42 
5.2 CONDUTA FRENTE À REEXPOSIÇÃO AO VÍRUS RÁBICO ........................................... 43 
5.3 CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL EXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA EM PACIENTES 
QUE RECEBERAM ESQUEMA DE PRÉ-EXPOSIÇÃO...................................................... 43 
5.4 CONDUTA EM CASO DE ABANDONO DE TRATAMENTO .......................................... 44 
5.5 TRATAMENTO PROFILÁTICO DA RAIVA HUMANA .................................................. 44 
5.6 RISCO DE RAIVA PARA VIAJANTES............................................................................ 45 
6 REDE DE FRIO............................................................................................................... 46 
Foto: Central de Vacinação do Município ...................................................................... 46 
6.1 CONTROLE DE TEMPERATURA ................................................................................. 46 
6.2 REFRIGERADORES OU GELADEIRAS.......................................................................... 48 
6.3 CAIXAS TÉRMICAS..................................................................................................... 51 
6.3.1 Organização da caixa térmica de uso diário na rotina da sala de vacinação ........ 52 
6.4 BOBINAS DE GELO REUTILIZÁVEL ............................................................................. 52 
6.4.1 Cuidados com as bobinas de gelo reutilizável....................................................... 52 
6.4.2 Ambientação da bobina de gelo reutilizável ......................................................... 53 
6.5 SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA.................................................................................... 54 
6.5.1 Orientações para situações de emergência na Rede de Frio no período noturno e 
final de semana nas unidades de saúde......................................................................... 54 
7 REGISTRO E MONITORAMENTO DA SITUAÇÃO VACINAL ........................................... 55 
7.1 RECEPÇÃO.................................................................................................................55 
7.2 SALA DE VACINA ....................................................................................................... 55 
7.3 ACOMPANHAMENTO DA SITUAÇÃO VACINAL E DA COBERTURA VACINAL ............ 56 
7.3.1 Vigilância de Faltosos ............................................................................................ 56 
7.3.2 Monitoramento da Cobertura Vacinal na US........................................................ 56 
8 EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAIS (EAPV)................................................................ 57 
8.1 CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAIS....................................... 59 
8.2 CONTRA-INDICAÇÕES: .............................................................................................. 59 
8.3 FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES À VACINAÇÃO .......................................................... 60 
8.4 REAÇÕES ADVERSAS POR IMUNOBIOLÓGICO.......................................................... 62 
9 VACINAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ....................................................................... 65 
9.1 VACINAÇÃO BCG PARA CONTATOS INTRADOMICILIARES SADIOS DE HANSENÍASE 65 
9.2 REAPLICAÇÃO DA VACINA BCG................................................................................. 65 
9.3 CENTRO DE REFERÊNCIA DE IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS (CRIE) ........................ 65 
9.4 ACIDENTE COM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DURANTE A APLICAÇÃO DE VACINA 
BCG: ................................................................................................................................ 65 
9.5 VACINAÇÃO EXTRAMUROS ...................................................................................... 65 
9.6 CAMPANHAS DE VACINAÇÃO................................................................................... 66 
10 MOVIMENTO MENSAL DE IMUNOBIOLÓGICOS........................................................ 68 
10.1 CONTROLE DE ESTOQUE DE IMUNOBIOLÓGICOS E PEDIDOS DE VACINAS........... 68 
10.2 PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE MOVIMENTO MENSAL DE 
IMUNOBIOLÓGICOS........................................................................................................ 68 
11GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DA SALA DE VACINAS .......................................... 69 
11.1 O QUE É LIXO .......................................................................................................... 69 
 
 
 
 
11.2 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) ............................................................... 69 
11.3 MANEJO DOS RESÍDUOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE............................................... 69 
12 A VIGILÂNCIA DE ALGUMAS DOENÇAS PREVENÍVEIS POR VACINAÇÃO ................... 70 
12.1 HEPATITES VIRAIS ................................................................................................... 70 
12.2 TUBERCULOSE......................................................................................................... 72 
12.3 POLIOMIELITE ......................................................................................................... 74 
12.4 INFECÇÕES POR ROTAVÍRUS .................................................................................. 75 
12.5 MENINGITES ........................................................................................................... 76 
12.6 DIFTERIA ................................................................................................................. 77 
12.7 COQUELUCHE ......................................................................................................... 79 
12.8 TÉTANO................................................................................................................... 80 
12.9 FEBRE AMARELA..................................................................................................... 82 
12.9.4 Áreas de risco para Febre Amarela Silvestre....................................................... 83 
12.9.5 Áreas com recomendação de vacinação contra febre amarela.......................... 83 
12.10 RUBÉOLA............................................................................................................... 84 
12.11 SARAMPO ............................................................................................................. 85 
12.12 CAXUMBA - PAROTIDITE INFECCIOSA. ................................................................. 88 
12.13 VARICELA .............................................................................................................. 88 
12.14 Raiva ..................................................................................................................... 89 
ANEXOS........................................................................................................................... 90 
ANEXO I - CONTROLE DE TEMPERATURA....................................................................... 91 
ANEXO II - LIMPEZA DA GELADEIRA E DESCRITIVO DE ESTOQUE DE IMUNOBIOLÓGICOS
........................................................................................................................................ 92 
ANEXO III - FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS INADVERTIDAMENTE 
VACINADAS (FORA DA FAIXA ETÁRIA RECOMENDADA) COM A VACINA ORAL DE 
ROTAVÍRUS HUMANO – VORH....................................................................................... 93 
ANEXO IV – FORMULÁRIO PARA INVESTIGAÇÃO DE EVENTOS PÓS-VACINAIS 
ASSOCIADOS AO USO DE VACINAS, SOROS OU IMUNOGLOBULINAS ........................... 94 
ANEXO V AVALIAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS SOB SUSPEITA...................................... 96 
ANEXO VI – CÓDIGOS DE VACINAS................................................................................. 98 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973 com o objetivo 
de coordenar as ações de imunização que até então eram episódicas e tinham 
reduzida área de cobertura. As ações do PNI consistem em contribuir para o controle e 
erradicação de doenças como sarampo, difteria, hepatite B e outras, contribuir para o 
controle de agravos coordenando o suprimento e a administração de imunobiológicos 
indicados para grupos populacionais específicos e contribuir para a manutenção do 
estado de erradicação da poliomielite. 
 Com o intuito de atingir estes objetivos o PNI instituiu as campanhas nacionais 
de imunização com calendários que são previamente divulgados aos municípios. 
 O Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) 
atualmente implantado em todos os municípios brasileiros (apenas nas Coordenações 
do Programa) e em teste em alguns Postos de Vacinação fornece dados relativos à 
cobertura vacinal de rotina e em campanhas, taxa de abandono e controle do envio de 
boletins de imunização. Além do módulo de avaliação do PNI, este sistema dispõe de 
um subsistema de estoque e distribuição de imunobiológicos para fins gerenciais. 
 O objetivo fundamental do SI-PNI é possibilitar aos gestores envolvidos no 
programa uma avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou 
epidemias, a partir do registro dos imunobiológicos aplicados e do quantitativo 
populacional vacinado, que são agregados por faixa etária, em determinado período 
de tempo, em uma área geográfica. Por outro lado, possibilita também o controle do 
estoque de imunobiológicos necessário aos administradores que têm a incumbência 
de programar sua aquisição e distribuição. Ao menor curto espaço de tempo o 
Ministério da Saúde deverá implantar o SI-PNI na maioria dos Postos de Vacinação dos 
Municípios Brasileiros. 
 Com o objetivo de atingirmos as coberturas vacinais preconizadas pelo 
Ministério da Saúde, bem como garantir a qualidade e a correta aplicação dos 
Imunobiológicos, consolidamos informações úteis nesse material para auxiliar a equipe 
das Unidades de Saúde no manuseio, acondicionamentoe aplicação dos 
Imunobiológicos. 
 Neste material, serão apresentadas informações gerais sobre a utilização, 
acondicionamento, indicações e demais informações pertinentes aos Imunobiológicos 
utilizados no Programa Nacional de Imunizações, bem como de Imunobiológicos 
padronizados no Município de Araucária. 
 
 
 
 
 
7 
CONCEITOS 
 
O conhecimento de alguns termos e conceitos é fundamental na área de 
imunização. 
� Imunizar significa tornar não suscetível a uma determinada doença e, 
dessa forma, preveni-la. A imunização pode ser ativa ou passiva. 
� Na imunização ativa, o indivíduo é estimulado a desenvolver defesa 
imunológica contra futuras exposições à doença. 
� Na imunização passiva, o indivíduo exposto ou em vias de se expor 
recebe anticorpos pré-formados de origem humana ou animal. 
� Imunobiológicos são produtos farmacológicos produzidos a partir de 
microrganismos vivos, seus subprodutos ou componentes são capazes de imunizar de 
forma ativa ou passiva. 
� Vacinas são produtos farmacológicos que contêm agentes imunizantes 
capazes de induzir imunização ativa. A resposta protetora pode ser celular ou humoral. 
� Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem ser: vírus vivo 
atenuado, bactéria viva atenuada, vírus inativado, bactéria inativada, toxoides ou 
componentes da estrutura bacteriana ou viral. 
� Líquidos de suspensão são utilizados para reconstituição das vacinas. Os 
mais comuns são água destilada ou soro fisiológico. Algumas vacinas contêm no seu 
líquido de suspensão antígenos derivados da produção da própria vacina, tais como 
antígenos de ovo ou gelatina. 
� Conservantes são incluídos na preparação das vacinas para evitar o 
crescimento de bactérias e fungos. Algumas vacinas utilizam mercuriais, como o 
timerosal, e outras, antimicrobianos, como neomicina ou estreptomicina. 
� Adjuvantes são substâncias utilizadas para aumentar e prolongar o 
poder imunogênico das vacinas. Os mais freqüentemente utilizados são os sais de 
alumínio, como o hidróxido de alumínio. 
� Imunoglobulinas são produtos imunobiológicos obtidos a partir de 
fracionamento por álcool de pelo menos 1.000 plasmas de doadores. São soluções 
proteicas concentradas, contendo anticorpos, principalmente da classe IgG. 
� Existem imunoglobulinas para uso intramuscular e para uso 
endovenoso, dependendo do procedimento utilizado em sua produção. 
� As imunoglobulinas hiperimunes, também chamadas imunoglobulinas 
específicas, contêm altos títulos de anticorpos para algumas doenças: hepatite B, 
tétano, raiva, varicela-zóster, citomegalovírus e vírus sincicial respiratório. 
� Soro é o produto farmacológico constituído de anticorpos heterólogos 
obtidos a partir do plasma de animais imunizados. 
� A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais 
vacinas em diferentes locais ou vias. Todas as vacinas de uso rotineiro podem ser 
administradas simultaneamente, sem que isso interfira na resposta imunológica. A 
administração simultânea também não intensifica as reações adversas, sejam elas 
locais ou sistêmicas. A única exceção é a administração simultânea das vacinas contra 
febre amarela e cólera, que reduz a resposta imunológica para ambas as vacinas. Não 
é aconselhável a administração da vacina contra febre amarela e pneumocócica 10 
 
 
 
 
8 
valente conjugada, conforme orientação do informe técnico, por ocasião da 
implantação desta vacina no calendário nacional de vacinação, em 2010. 
� A vacinação combinada consiste na aplicação conjunta de várias vacinas 
diferentes. Atualmente, estão disponíveis, nos setores públicos e/ou privados, as 
seguintes vacinas combinadas: 
• DPT + Hib; 
• DPT + Hib + Hepatite B 
• DPT acelular + Hib; 
• DPT acelular + Hepatite B; 
• Pólio inativada (Salk) + DPT acelular + Hib; 
• Salk + DPT acelular + Hib + Hepatite B; 
• Salk + DTP acelular; 
• Meningococo C conj. + Hib; 
• Hepatite A + Hepatite B. 
É importante ressaltar que a combinação de vacinas, entretanto, só pode ser 
realizada para vacinas previamente aprovadas para tal uso. É incorreto combinar, em 
uma mesma seringa, vacinas que não foram previamente aprovadas para ser 
combinadas. 
 
Deve-se lembrar de que o intervalo mínimo entre vacinas de vírus vivos 
atenuados, no caso de não ser realizada vacinação simultânea ou combinada é de 30 
(trinta) dias. 
A imunização é uma das medidas mais eficazes para prevenção de doenças 
infecciosas. Em muitos países, a implantação de programas de imunização tem 
contribuído para reduções significativas nas taxas de morbidade e mortalidade por 
várias doenças infecciosas. 
A confiabilidade e a segurança da vacinação não se resumem à aplicação da 
vacina e dependem de vários fatores: 
• Armazenamento adequado das vacinas e soros / imunoglobulinas; 
• Manipulação correta desses produtos; 
• Conhecimento dos profissionais da saúde envolvidos na vacinação. 
A garantia da segurança e, especialmente, da eficácia depende de produção, 
armazenamento, distribuição e conservação adequados. 
A cadeia de frio é extremamente importante e deve receber atenção especial em 
todas as etapas, pois as variações de temperatura interferem diretamente na 
qualidade dos imunobiológicos, uma vez que são produtos termolábeis. 
O prazo de validade, de acordo com a especificação do fabricante, deve ser 
rigorosamente respeitado, assim como o prazo de validade após aberto o frasco da 
vacina. 
Para que uma vacina seja licenciada, são necessários muitos estudos, que 
garantam sua segurança e demonstrem sua eficácia. Por esta razão, as vacinas 
disponíveis atualmente são, de forma geral, bastante seguras e eficazes. Entretanto, 
em alguns pacientes, uma resposta imune adequada poderá não ocorrer e, em outros, 
podem surgir reações adversas. 
 
 
 
 
 
9 
1 SALA DE VACINAÇÃO 
 
A sala de vacinação é o local destinado ao armazenamento, conservação e administração dos 
imunobiológicos. 
O ideal é que a sala de vacinação seja exclusiva para a administração dos imunobiológicos e tenha, se 
possível, entrada e saída independentes. Nos locais onde há grande demanda, podem-se utilizar duas 
salas com comunicação direta, uma para a triagem e a orientação da clientela e outra para 
administração dos imunobiológicos. 
1.1 ESTRUTURA FÍSICA 
 
É necessário, por isso, que as suas instalações atendam a um mínimo de condições: 
• As paredes e pisos devem ser laváveis; 
• Deve ter pia com torneira; 
• Interruptores para uso exclusivo de cada equipamento elétrico; 
• Ser arejada e bem iluminada, evitando-se, porém, a incidência de luz solar direta. 
Além disso, é importante mantê-la em boas condições de higiene. 
1.2 EQUIPAMENTOS 
 
• Refrigerador do tipo doméstico de no mínimo 280 l, com evaporador (congelador). 
• Bancada ou mesa para preparo dos imunobiológicos. 
• Computador com o programa SI-PNI ou fichário manual para o registro das ações de vacinação. 
• Cadeiras (duas no mínimo); 
• Armário com portas para guardar o material. 
• Maca /Mesa clínica ou colchonete, revestidos de material lavável (curvin, etc). 
1.3 MATERIAIS E INSUMOS 
 
• Termômetros de máxima e mínima, digital ou analógico (mínimo dois). 
• Bandejas para a organização das vacinas na geladeira (mínimo quatro). 
• Bobinas de gelo reutilizável (em quantidade suficiente para caixa(s) térmica(s) e para o congelador). 
• Garrafas plásticas em quantidades suficientes para ocupar o espaço da gaveta de verduras. 
• Caixas térmicas sendo: 
� Pelo menos uma (1) para uso diário; 
� Uma (1) para vacinação extra muro e; 
� Outra (s) com capacidade para armazenar o quantitativo total de imunobiológicos (momento 
da limpeza da geladeira). 
• Álcool 70% e álcool glicerinado. 
• Algodão hidrófilo. 
• Seringas descartáveis nas seguintes especificações: 
� De 1 ml, tipo tuberculina graduada em centésimos de milímetros, acoplada a agulhas 13x3,8 / 
13x4,5; 
� De 3 ml, com graduação 0,1ml e numeração a cada 0,5ml, com agulhas: 20x5,5; 25x6; 
25x7;13x4,5. 
• Coletor para materialpérfuro-cortantes. 
• Recipientes para lixos: infectante, reciclável e comum. 
• Sabão líquido e papel toalha. 
1.4 IMPRESSOS/MANUAIS TÉCNICOS 
 
• Imunização - Rotinas e Orientações para equipes de enfermagem (SMSA); 
• Mapa de leitura da temperatura da geladeira, com espaço para anotar data de limpeza da geladeira. 
• Esquema básico de vacinação. 
 
 
 
 
10 
• Manuais técnicos operacionais do Ministério da Saúde: Manual da Rede de Frio; Manual de Normas 
de Vacinação; Manual de Procedimentos para Vacinação; Manual de Eventos Adversos; Manual de 
Imunobiológicos Especiais. 
• Boletim diário de doses aplicadas (serviço que não tem programa SI-PNI). 
• Boletim mensal de doses aplicadas (serviço que não tem programa SI-PNI). 
• Ficha de registro paralelo / espelho, prontuário individual; 
• Ficha de eventos adversos. 
• Relatório de movimentação mensal (pedido de vacinas e seringas). 
1.5 ORIENTAÇÕES SOBRE COMO PROCEDER COM OS IMUNOBIOLÓGICOS PROVENIENTES DAS 
UNIDADES DE SAÚDE RURAIS EM FINAIS DE SEMANA E/OU FERIADOS. 
 
No município de Araucária, com a implantação do “Plantão da Epidemio” em 2003, foi 
estabelecido que os Centros de Saúde rurais, nos dias de feriado e / ou finais de semana, trariam seus 
estoques de imunobiológicos para a Central de Imunização. Desta forma, o plantonista ficaria 
responsável por verificar as temperaturas das geladeiras apenas dos centros de saúde urbanos e central 
de vacinação. 
Sendo assim, as equipes dos centros de saúde rurais são responsáveis por transportar seus 
estoques de imunobiológicos no último dia útil dia semana e buscá-los no próximo dia útil. 
 
1.5.1 Rotinas para esta prática 
 
Toda sexta-feira ou último dia útil da semana, a equipe do centro de saúde rural procederá da 
seguinte forma: 
• Utilizará a caixa térmica que já foi ambientada no início do dia – lembrar que a caixa deve ser 
ambientada diariamente! 
Caso a caixa térmica não tenha sido ambientada, isso deverá ser feito de forma que haja tempo hábil 
para que fique em temperatura apropriada para o acondicionamento das vacinas, monitorar a 
temperatura com o termômetro digital. NÃO COLOCAR AS VACINAS ENQUANTO A TEMPERATURA 
ESTIVER NEGATIVA OU ACIMA DO PRECONIZADO; 
• Preencher formulário próprio descrevendo os imunobiológicos e respectivas quantidades que 
serão transportadas; 
• Solicitar, caso necessário, imunobiológicos que estejam em falta, para que os mesmos possam 
ser enviados, utilizando o mesmo formulário; 
• Acondicionar todo o estoque dentro da caixa térmica; 
• Anotar, em formulário próprio, a temperatura da caixa térmica e horário antes do transporte; 
• Retirar o termômetro e guardá-lo na UBS; 
• Lacrar a tampa da caixa com fita crepe, para que não corra o risco de que a tampa se desloque 
e exponha a vacina à temperaturas inadequadas durante o transporte; 
• Fixar junto à caixa, o formulário com a descrição do estoque de vacinas / temperatura e 
horário; 
• Acomodar a caixa térmica no carro que fará o transporte de forma que fique distante de fonte 
de calor (sol, motor do veículo); 
Importante: Todo e qualquer imunobiológico deve ser transportado sob a responsabilidade de um 
técnico, não devendo esta atribuição, ficar ao encargo do motorista. 
 
Na Central de Vacinação – Epidemio: 
Os estoques de vacinas vindos dos centros de saúde rurais deverão ser entregues, pelo técnico 
responsável, ao plantonista da Epidemio. Ao plantonista da epidemio caberá: 
• Receber pessoalmente todos os técnicos, de forma individual, com seus respectivos estoques 
de imunobiológicos; 
• Conferir a temperatura da caixa térmica, utilizando o termômetro digital da Central de 
Vacinação, anotar no formulário próprio que veio anexado na caixa térmica daquele centro de 
saúde; 
• Recolher as vacinas da caixa térmica e guardá-las na geladeira, identificando conforme local de 
origem, 
 
 
 
 
11 
• Retirar todos os gelox e armazená-los no freezer, realizar também a sua identificação; 
• Verificar se há solicitação de vacinas; 
• Fazer o pedido das vacinas, conforme solicitação, junto ao programa EDI; 
• Imprimir as notas de saída de imunobiológico em duas vias; 
• Acondicionar em sacos plásticos perfurados as vacinas solicitadas por cada centro de saúde, de 
forma individual; 
• Encerrar o programa EDI; 
• Verificar a temperatura de todas as geladeiras e anotar em Mapa de temperatura; 
 
Após o final de semana e/ou feriado: 
Caberá ao plantonista da epidemio, estar na central de vacinação em tempo hábil para 
proceder à ambientação das caixas térmicas de todos os centros de saúde e entregá-las aos respectivos 
técnicos às 8h. 
O plantonista deverá: 
• Verificar a temperatura das geladeiras e anotar em formulário próprio; 
• Retirar do freezer os pacotes de gelox de cada unidade de saúde e fazer a ambientação dos 
mesmos. 
Ambientação dos gelox: 
� Colocar todos os gelox em superfície não porosa, utilizar balcão de fórmica – não colocar sobre 
balcão de inox ou sobre o freezer. 
� Colocar o bulbo do termômetro digital sob uma das bobinas de gelo reciclável, caso o tamanho 
das bobinas seja diferente, colocar o bulbo sob aquela que tem maior tamanho; 
� Aguardar que a temperatura do gelox chegue em 0ºC; 
� Colocar os gelox em suas respectivas caixas térmicas e, esperar que as mesmas atinjam a 
temperatura de 2ºC; 
Caso o plantonista prefira e os equipamentos (caixas térmicas e bobinas de gelo reciclável), sejam de 
boa qualidade, poderá no domingo ou último dia do feriado: 
� Colocar todos os gelox CONGELADOS dentro de uma caixa térmica grande; 
� Colocar o bulbo do termômetro digital junto dos gelox (dentro da caixa); 
� Lacrar a caixa com fita adesiva e; 
� Na segunda feira ou 1º dia útil, verificar a temperatura registrada no termômetro da caixa onde 
ficaram acondicionados os gelox; 
� Se a temperatura já estiver dentro do preconizado, distribuir os gelox em suas respectivas 
caixas térmicas e; 
• Acondicionar os estoques dos imunobiológicos e os que foram solicitados, dentro das 
respectivas caixas térmicas; 
• Verificar a temperatura de cada caixa térmica e anotar no formulário que veio acompanhando 
a mesma, assim como o horário de verificação da temperatura; 
• Lacrar a caixa com fita crepe; 
• Entregar a caixa ao respectivo técnico responsável; 
• Solicitar ao técnico que assine as duas vias da nota de fornecimento, caso tenha sido solicitado 
imunobiológico por aquele centro de saúde; 
• Entregar ao técnico uma das vias e; 
• Armazenar a outra via junto aos arquivos de “imunobiológicos enviados”. 
 
Ao técnico responsável caberá: 
• Verificar se a temperatura da caixa está registrada no formulário próprio; 
• Verificar se os imunobiológicos solicitados estão de acordo com o que está sendo enviado; 
• Assinar a nota de recebimento dos imunobiológicos solicitados; 
• Acompanhar o transporte dos imunobiológicos até o destino final; 
• Ao chegar à unidade de saúde, antes de acondicionar os imunobiológicos, verificar a 
temperatura da caixa térmica e anotar no formulário, a fim de certicar-se de que a mesma está 
dentro da normalidade; 
• Verificar a temperatura da geladeira e anotar no mapa de temperatura; 
• Acondicionar o estoque de vacinas na geladeira; 
 
 
 
 
12 
• Deixar dentro da caixa térmica, as vacinas que serão utilizadas no dia, fixar o termômetro 
digital na caixa térmica para acompanhamento da temperatura durante o dia; 
• Registrar a entrada dos imunobiológicos solicitados no relatório específico ou SIPNI 
• Ao final do dia de trabalho, guardar as vacinas dentro da geladeira; 
• Guardar o termômetro digital; 
• Limpar e guardar a caixa térmica; 
• Verificar a temperatura da geladeira e anotar em registro próprio; 
 
FIGURA 1 – LAVAGEM DAS MÃOS 
 
 
Fonte:enfermagem-sae.blogspot.com 
 
 
 
 
13 
2 ESQUEMA VACINAL E TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS 
 
Para que uma vacina possa agir no organismo e estimular a formação de anticorpos é preciso 
que a atividade de vacinação seja cercada de cuidados,adotando-se procedimentos adequados antes, 
durante e após a administração desse produto na população. 
As vacinas têm indicações específicas quanto à técnica e via de administração, doses a serem 
administradas, idades recomendadas, intervalo entre as doses, conservação e validade. 
As orientações básicas relativas às vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de 
Imunizações estão resumidas nos esquemas de vacinação apresentados a partir da página 30. 
Como orientação geral, é necessário estabelecer uma rotina na sala de vacina para aplicação 
de imunobiológicos, que deve seguir os seguintes passos: 
 
1. Avaliar a carteira de vacinas de papel e o prontuário (ou paralela de vacinas) verificando a idade e o 
intervalo entre as doses. Se houver necessidade, resgatar as doses anteriores no prontuário eletrônico. 
� Se não existir carteira de vacinação e/ou comprovantes da aplicação de doses anteriores, deve-
se reiniciar o esquema vacinal de acordo com a faixa etária da pessoa a ser vacinada. Para a 
vacina BCG, a presença de cicatriz comprova sua aplicação. 
2. Verificar qual o imunobiológico a ser administrado. 
3. Investigar antecedentes de reações em doses ou vacinas anteriores, orientando medidas de 
prevenção, se necessário. 
4. Avaliar o estado geral da pessoa, aferir sua temperatura corporal e perguntar se apresentou febre 
nas últimas 24 horas. Observar as contra-indicações gerais e específicas de cada vacina. 
5. Antes de vacinar mulher em idade fértil, sempre perguntar se está grávida. 
6. Lavar as mãos com água e sabão. 
7. Observar no frasco o nome da vacina, a aparência da solução, o estado da embalagem (data e hora de 
abertura do frasco), o prazo de validade, a via de administração e a dosagem. 
8. Preparar e administrar o imunobiológico segundo a técnica específica conforme esquema de 
vacinação (pág. 30 ). 
9. Lembrar-se de verificar os 5 certos antes da aplicação (paciente certo, idade certa, vacina certa, dose 
certa, via de aplicação certa). 
10. Aplicar a vacina seguindo a técnica correta conforme descrito no esquema vacinal. 
11. Observar reações imediatas e orientar quanto a possíveis reações posteriores. 
12. Registrar na carteira de vacinação e no prontuário eletrônico (ou paralela de vacinas), conferindo o 
aprazamento das próximas doses. É de fundamental importância a anotação correta do lote e as 
demais informações na carteira de vacinas e no prontuário, visto que a carteira de vacinas é um 
documento. 
13. Desprezar o material descartável em recipiente adequado e lavar as mãos. 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
• A aplicação de uma ou mais vacinas no mesmo dia, não oferece nenhum risco à pessoa 
vacinada: não interfere na eficácia vacinal e não aumenta o risco de eventos adversos. 
• Se o esquema for interrompido, não é necessário reiniciá-lo, basta completar as doses que 
faltam independente do tempo decorrido, desde que haja comprovação das doses 
anteriormente aplicadas. 
• Todas as vacinas no nível local (UBS) devem ser conservadas de +2ºC a+ 8º C. 
• O intervalo para a administração das vacinas contra a Febre Amarela e VTV ou Dupla Viral, 
quando não forem aplicadas simultaneamente, deve ser de 30 dias. Também para as vacinas 
Sabin e Rotavírus, na rotina, quando não forem aplicadas simultaneamente, deve-se respeitar 
um intervalo de 30 dias. 
• As vacinas de vírus vivo atenuado de uso oral (Sabin e VORH), se aplicadas ao mesmo tempo ou 
separadas com vacinas injetáveis de vírus vivo atenuado, não interferem na resposta de cada 
uma delas. 
• Utilizar sempre técnica asséptica no manuseio dos frascos. 
• Pode ser utilizada na administração da vacina, a mesma agulha que aspira a dose. Quando for 
possível, a agulha poderá ser trocada. 
 
 
 
 
14 
• Não é mais orientada a manutenção de uma agulha no frasco; a borracha utilizada atualmente 
apresenta melhor resistência às múltiplas perfurações, em conseqüência do constante 
aperfeiçoamento dos materiais. 
• O registro correto da vacina aplicada na carteira de vacinas e no prontuário é imprescindível, 
pois a carteira é um documento. 
• Sempre que possível realizar o cadastro definitivo do usuário, pois o cadastro provisório não 
permite o acompanhamento do usuário na listagem de faltosos. 
 
2.1 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 
 
O processo de aplicação de vacinas pode ser dividido em duas etapas principais: a preparação da 
criança e dos pais e a técnica de aplicação. 
 
A preparação da criança e dos pais 
 
• Preparação empática pelos pais e profissionais da sala de vacinas: encorajamento, conforto e 
orientação. 
• Os pais nunca devem ameaçar as crianças com injeções ou mentir sobre elas. 
• Técnicas de respiração (“cheirar flor e assoprar vela”) e distração (cantar, contar histórias). 
• Orientação das doenças prevenidas e possíveis reações adversas. 
• Deixar o cliente escolher o local de aplicação dentre as opções possíveis pode ser útil para 
permitir um grau de controle. 
 
A técnica de aplicação 
 
As vacinas podem ser administradas por via oral, intramuscular, subcutânea e intradérmica. 
Exigem treinamento dos profissionais envolvidos e adequado posicionamento do cliente. 
A escolha do local apropriado é realizada de acordo com a idade, composição corporal do 
paciente e indicação do fabricante da vacina. 
A escolha da agulha depende do local escolhido para administração. 
Deve-se lembrar de que a técnica de anestesia tópica pode ser utilizada em aplicações 
intramusculares e diminui a dor da picada da injeção, porém não tem efeito sobre a dor causada pelo 
líquido vacinal. 
 
2.1.1 Administração oral 
 
Atualmente, no calendário vacinal, existem duas vacinas administradas por esta via: 
� Poliomielite (vírus vivo atenuado): 
• Frasco multidose: deve-se ter cuidado para não contamina-lo através do contato com a saliva 
da criança. 
Deve-se repetir a dose caso a criança regurgite ou apresente vômitos nos primeiros dez 
minutos após a administração. A amamentação não interfere na imunização. 
 
� Rotavírus (vírus vivo atenuado): 
O volume da dose é de 1,0 mL. A criança deve estar sentada, em posição reclinada. A 
administração deve ser realizada lentamente, direcionando a seringa para a parte interna d as 
bochechas, para que haja contato do vírus vacinal com a mucosa oral e diminuição da possibilidade de 
regurgito da vacina. Não é indicado repetir a dosagem se o bebê cuspir, regurgitar ou vomitar durante 
ou após a administração da vacina. 
2.1.2 Administração intramuscular 
 
Nas administrações intramusculares, a agulha utilizada deve ser longa o bastante para atingir o 
músculo. 
 
 
 
 
15 
Sempre que possível deve-se trocar a agulha utilizada para aspiração da vacina a fim de evitar o 
contato do tecido subcutâneo com o produto, quando da inserção da mesma. Caso seja necessário 
retirar o ar da seringa, tomar cuidado para não extravasar o líquido pela parede externa da agulha. 
Em crianças menores de 2 anos de idade, o local mais adequado para aplicação é o vasto lateral 
da coxa, por ser mais desenvolvido, menos vascularizado e inervado. Após esta idade, pode-se utilizar o 
deltóide, dorso ou ventro glúteo ou, ainda, o vasto lateral da coxa. 
 
Músculo Vasto Lateral da Coxa 
 
 
 
 
Vantagens Desvantagens 
• Músculo grande e bem desenvolvido; 
• Inexistência de nervo ou grande vaso 
sanguíneo na região; 
• indicado para todas as idades; 
• Fácil acesso. 
• Trombose da artéria femoral se 
injeção na área mediana da coxa; 
• Lesão do nervo isquiático por agulha 
longa em crianças. 
 
 
Músculo Ventro Glúteo 
 
 
 
Vantagens Desvantagens 
• Pode ser utilizado em qualquer faixa etária 
• Livre de nervos e estruturas importantes; 
• Facilmente identificado pelos marcos ósseos proeminentes; 
• Camada fina de tecido subcutâneo comparado à região dorso 
glútea; 
• Acomoda volume maior de líquido; 
• Menos doloroso se comparado ao dorso glúteo. 
• Pouca 
familiaridade dos 
profissionais de 
saúde com este 
sítio de aplicação. 
 
 
 
 
 
 
16 
MúsculoDorso Glúteo 
 
 
Vantagens Desvantagens 
• Músculo desenvolvido, desde 
crianças que andam há pelo 
menos 1 ano até adultos; 
• Fácil acesso se paciente em 
decúbito ventral ou lateral. 
• Não indicado em crianças que não andem há pelo 
menos 1 ano; 
• Risco de lesão do nervo isquiático; 
• Tecido adiposo espesso, predispondo à deposição 
da solução no subcutâneo. 
 
Músculo Deltóide 
 
Vantagens Desvantagens 
• Absorção mais rápida que a região glútea; 
• Fácil acesso com a retirada mínima de 
roupa; 
• Menos dor e efeitos colaterais se 
comparado ao vasto lateral da coxa na 
aplicação das vacinas. 
• Massa muscular pequena limita o 
volume a ser infundido em até 1ml; 
• Margem de segurança pequena para 
lesão do nervo radial e axilar (que se 
situa abaixo do deltóide, na cabeça do 
úmero). 
 
 
 
 
 
17 
2.1.2.1 Agulhas recomendadas para aplicações intramusculares 
 
Nas administrações intramusculares, a agulha utilizada deve ser longa o bastante para atingir o 
músculo. Cada caso deve ser avaliado individualmente, levando-se em conta a idade do paciente, sua 
massa muscular e a espessura do tecido subcutâneo. Exemplo: 
 
Quadro 1 – Agulhas recomendadas, conforme músculo: 
 
Ventro glúteo 25x6 ou 30x7 ou 40x7 
Dorso glúteo 30x7 ou 40x7 
Vasto Lateral da Coxa 20x5,5 ou 25x6 
Deltóide 
20x5,5 em crianças e 
25x6 ou 30x7 em adultos 
Observações 
No caso de crianças, a agulha 25x6 é suficiente para a maioria das injeções intramusculares. 
O julgamento crítico deve considerar a idade do paciente, seu estado geral e desenvolvimento 
muscular para escolha segura do músculo e tamanho da agulha; 
Homens obesos e mulheres com peso superior a 90 kg (grande espessura de tecido adiposo) 
necessitam de uma agulha de pelo menos 3,8 cm de comprimento. 
 
 
2.1.2.2 Escolha de músculos e respectivos volumes a ser injetado 
 
Cinco músculos são geralmente selecionados como possíveis locais para administração IM de 
medicamentos, sendo eles: deltóide, dorsoglúteo, ventroglúteo, vasto lateral e reto lateral. Todos estes 
músculos possuem irrigação sanguínea e são inervados, embora somente o sítio de injeção no 
dorsoglúteo possua maior proximidade com importante vaso sanguíneo e nervo. Historicamente o 
volume de fluído a ser injetado em cada um destes músculos tem variado. Existe controvérsia na 
literatura quanto ao volume máximo estabelecido para cada administração de medicamento por via IM 
(NURSING TIMES, 2008). Disponível em: 
http://inter.corensp.gov.br/sites/default/files/administracao_de_medicamentos_por_via_intramus
cular.pdf 
http://nursingtimes.net/nursing-practice-clinical-research/ aretechniques usado para-injeção 
intramuscular-onresearchevidence baseado / 192004. Article 
 
Quadro 2 – Volume a ser administrado, conforme músculo e idade: 
 
IDADE DELTÓIDE VENTRO-GLÚTEA DORSO-GLÚTEA 
VASTO-
LATERAL 
Prematuros - - - 0,5 ml 
Neonatos - - - 0,5 ml 
Lactentes - - - 1,0 ml 
Crianças de 3 a 6 anos - 1,5 ml 1,0 ml 1,5 ml 
Crianças de 6 a 14 anos 0,5 ml 1,5 – 2,0 ml 1,5 – 2,0 ml 1,5 ml 
Adolescentes de 14 a 19 anos 1,0 ml 2,0 – 2,5 ml 2,0 – 2,5 ml 1,5 – 2,0 ml 
Adultos 1,0 ml 4,0 ml 4,0 ml 4,0 ml 
Fonte: COREN/SP – 2008.IN: Bork, A. M. T. Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005. 
 
2.1.2.3 Técnica em Z 
 
Esta é uma técnica alternativa, sugerida e recomendada por inúmeros autores para 
administração de injeções IM visando impedir o refluxo da medicação para o tecido subcutâneo, 
reduzindo a dor e possíveis reações locais. Consiste na aplicação de tração lateral e/ou para baixo da 
pele e tecido subcutâneo antes da introdução da agulha, sendo liberada após a agulha ser retirada. 
 
 
 
 
18 
2.1.3 Administração subcutânea 
 
Para injeções subcutâneas, os locais adequados devem ser pobres em terminações nervosas e 
pouco vascularizados. Dentre os locais que podem ser usados estão as nádegas, a região superior e 
externa da coxa e a região posterior dos braços. Em crianças com fraldas, a região das nádegas não é 
recomendada devido à possível contaminação por eliminações fisiológicas. 
A agulha mais adequada é a 13x4,5. 
 
• Utilizar apenas dois dedos para formar a “prega” do subcutâneo, e não toda a mão, para evitar 
levantar a fáscia muscular nessa manobra; 
• Fazer a aplicação em ângulo de 90° com a pele em adultos e entre 45° e 60° em crianças. 
• Aspirar para certificar-se de que não atingiu vaso sanguíneo, caso isto ocorra, mude o local de 
aplicação, reiniciando o procedimento; 
• Injetar o líquido lentamente, a infusão abrupta provoca dor; 
• Retirar a seringa e a agulha em movimento único. 
 
2.1.3.1 Locais sugeridos para aplicações subcutâneas 
 
 
 
2.1.4 Administração intradérmica 
 
A única vacina atualmente administrada por via intradérmica é a BCG. Por esta via também é 
realizado o teste tuberculínico (PPD). O volume estabelecido para ambos é de 0,1 mL. Não se 
recomenda a assepsia com álcool a 70%, para evitar a interação entre os líquidos. Se a região estiver 
muito exposta ou apresentar sujidade, lavar somente com água e sabão, secando após. 
O local padronizado para a aplicação da BCG é a inserção inferior do deltóide direito. Já para o 
PPD, é o terço médio do antebraço esquerdo. A seringa utilizada deve ser de 0,3 ou 1,0mL. A região a ser 
utilizada para a aplicação deve estar levemente distendida com o uso dos dedos indicador e polegar da 
mão não dominante. O bisel deve ser introduzido voltado para cima, paralelamente à superfície da pele. 
O líquido deve ser injetado suavemente, observando-se a formação de uma pápula esbranquiçada. 
É importante a utilização de óculos de proteção para realização desta técnica. 
2.2 CONTRA-INDICAÇÕES 
 
Entende-se por contra-indicação verdadeira uma proibição à utilização de uma determinada 
vacina. Geralmente a razão é um risco elevado de efeito adverso grave ou uma situação em que o risco 
das complicações supera o risco da doença contra a qual a vacina protegeria. 
 
 
 
 
19 
Precaução, por outro lado, é uma situação em que não há proibição absoluta, mas deve-se 
avaliar criteriosamente os riscos e os benefícios de uma determinada imunização. 
Na prática clínica diária, entretanto, o que se verifica é que frequentemente crianças e adultos 
não são vacinados por uma série de razões levantadas por leigos ou profissionais da saúde que não são 
contra-indicações verdadeiras. São as chamadas falsas contra indicações, que muitas vezes 
representam oportunidades perdidas para a vacinação e são responsáveis por atrasos nos calendários 
de vacinação. 
Existem, entretanto, contra-indicações verdadeiras à vacinação, que devem ser respeitadas. 
São elas: 
• Imunodepressão: para todas as vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada: a 
situação mais comum é o uso de corticosteróide. Neste sentido, sempre que o tempo de tratamento for 
superior a duas semanas e a dose maior ou igual a 2 mg/kg/ dia de prednisona para crianças com peso 
menor que 10 kg ou acima de 20 mg/dia para crianças com peso acima de 10 kg e adultos, recomenda-
se aguardar um mês após o término da corticoterapia para vacinar. Por outro lado, tratamentos 
inferiores a duas semanas, em dias alternados ou em doses baixas, não são contraindicação à vacinação. 
Outra situação de imunodepressão é o uso de quimioterapia ou radioterapia 
• Presença de doença febril moderada a grave: neste caso deve-se postergar a vacinação, para 
que os sinais e os sintomas da doença não sejam confundidos com eventos adversos da vacinação; 
• Reação grave de hipersensibilidade a algum componente da vacina ou a alguma dose 
anterior: o componente das vacinas mais implicado nas reações graves é a proteína do ovo. As vacinas 
para febre amarela e influenza não devem ser utilizadas nos pacientes com história de reação anafilática 
após ingestão de ovo; 
• Gravidez: vacinas com vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada (vide seção Vacinação da 
gestante); 
• Encefalopatia nos primeiros setedias após vacina pertussis: apesar de ser assunto ainda 
controverso, todas as vacinas que contenham o componente pertussis (de células inteiras ou acelular) 
estão contraindicadas quando ocorrer encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacina pertussis; 
• Crise convulsiva ou síndrome hipotônico-hiporresponsiva até 72 horas após a vacina tríplice 
convencional: embora não haja consenso absoluto, a maioria dos autores recomenda a aplicação em 
doses subsequentes da vacina dupla (difteria-tétano) ou a vacina tríplice acelular. 
2.3 EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À IMUNIZAÇÃO 
 
Os eventos adversos pós-vacinação podem ocorrer devido a aspectos relacionados aos 
vacinados ou à vacinação. É importante realizar uma avaliação inicial referente aos vacinados e 
considerar os componentes da vacina, a técnica de preparo e aplicação das mesmas. 
A imensa maioria das reações adversas é leve e transitória. Dentre as reações mais frequentes, 
encontramos a dor no local da aplicação e febre. Estas ocorrem geralmente nas primeiras 48 horas após 
a vacinação e resolvem-se espontaneamente ou com tratamento sintomático. 
As reações adversas graves são muito mais raras. Alguns procedimentos rotineiros podem 
reduzir o risco de seu aparecimento. Neste sentido, é importante questionar os pais ou o paciente sobre 
reações graves em doses anteriores, além de avaliar história de alergias graves anteriores e relacioná-las 
com os componentes das vacinas, especialmente ovo e alguns antibióticos. 
De forma geral, sempre que possível, os pacientes devem ser observados por 15 minutos após 
a vacinação porque o choque anafilático grave geralmente manifesta-se nesse período. 
Estima-se que o choque anafilático grave ocorra em uma incidência de aproximadamente um 
caso para cada 200.000 vacinas aplicadas. Como o choque anafilático grave é uma emergência, todo 
serviço de imunização necessita de equipe treinada e habilitada para as manobras de reanimação, além 
de material e medicações disponíveis e facilmente acessíveis. 
As vacinas disponíveis atualmente são bastante seguras e eficazes. Entretanto, não há vacina 
que seja totalmente segura, assim como não há vacina totalmente eficaz. 
Na prática diária, as principais urgências relacionadas com a imunização são: síncope e reação 
anafilática. 
 
 
 
 
20 
2.3.1 Síncope 
 
Ocorre por estimulação do sistema nervoso autônomo. O paciente apresenta ansiedade, 
palidez, sudorese, extremidades frias e, às vezes, hipotensão. Está associada à fobia de injeções e 
reverte-se espontaneamente desde que o paciente seja colocado em decúbito dorsal e aguardem-se 
alguns minutos. 
Geralmente não é necessária qualquer intervenção ou medicação, mas é necessário que os 
sinais vitais (pressão arterial, pulso e frequência respiratória) sejam checados. 
Os pacientes que relatam episódios anteriores de síncope ou fobia a injeções devem ser 
identificados e permanecer sob observação por 15 minutos após a vacinação, evitando-se, dessa forma, 
que a síncope ocorra em local inadequado e o paciente possa apresentar alguma lesão por queda. 
É importante que a síncope seja adequadamente reconhecida também para diferenciá-la da 
reação anafilática, que é mais grave e merece tratamento. 
2.3.2 Reação anafilática 
 
Trata-se de uma reação imunológica multissistêmica mediada por IgE. A identificação do 
quadro deve ser imediata para adequado tratamento. 
A anafilaxia é uma reação alérgica generalizada e aguda, podendo haver comprometimento 
simultâneo de vários sistemas orgânicos. Apresenta-se com as seguintes manifestações: 
 
• Dermatológicas (prurido, angioedema, urticária generalizada e/ou eritema); 
• Cardiocirculatórias (hipotensão, arritmias, choque, etc.); 
• Respiratórias (edema de laringe com estridor, dificuldade respiratória, tosse, espirros, dispnéia, 
sibilos, sintomas nasais ou oculares: congestão nasal, rinorréia, congestão conjuntival); 
• Gastrointestinais (náuseas, vômitos e diarréia). 
Quadro 3 - Tratamento, conforme reação: 
 
Tipo Descrição Tratamento Repetição da dose 
Reação 
leve 
Urticária leve; 
Rinite; 
Conjuntivite e; 
Bronco espasmo leve 
Adrenalina (1/1000) 0,01 mL/kg por 
via SC (máximo 0,3 mL/kg); 
Difenidramina 1mg/kg por via oral 
ou IM; 
Se bronco espasmo: inalação com SF 
0,9% 5 mL e fenoterol 0,05% uma 
gota para cada 3 kg (máximo 10 
gotas) 
Adrenalina pode ser 
repetida a cada 15 min 
se necessário; 
Não repetir a 
difenidramina; 
A inalação pode ser 
repetida a cada 20 
minutos se necessário 
Reação 
moderada 
Urticária 
generalizada; 
Angioedema e; 
Estridor inspiratório. 
Adrenalina (1/1.000) 0,01 mL/kg por 
via IM (máximo 0,3 mL/Kg); 
Difenidramina 1 mg/kg por via EV; 
Metilprednisolona 2 mg/kg por via 
EV; 
Adrenalina pode ser 
repetida a cada 15 min 
se necessário 
Reação 
grave 
Estridor inspiratório; 
Falência respiratória 
e; 
Choque. 
Adrenalina (1/10.000) 0,1 mL/kg por 
via EV (máximo 10 mL); 
Soro fisiológico 0,9% 20 mL/kg 
rápido - para reposição de volume; 
Difenidramina 2 mg/kg por via EV; 
Metilprednisolona 2 mg/kg por via 
EV; 
Manobras de reanimação 
Cardiorrespiratória, Intubação 
traqueal 
Adrenalina pode ser 
repetida a cada 5 min. 
 
 
 
 
 
 
21 
3 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO 
 
O esquema de vacinação de rotina, com a sequência cronológica com que as vacinas são 
administradas, é denominado calendário de vacinação. 
Para elaboração dos calendários, são considerados: 
• A importância epidemiológica da doença a ser prevenida; a disponibilidade de uma vacina 
segura e eficaz; 
• O melhor esquema para se obter uma resposta imune adequada; 
• Os recursos disponíveis; 
• A viabilidade do esquema e o número de aplicações. 
Os calendários variam de um país para outro e, dentro de um mesmo país, podem variar de 
região para região. 
A utilização no novo calendário da vacina inativada para poliomielite (VIP) está fundamentada 
no risco de reação paralítica pós-vacinal com a vacina de vírus vivo da pólio oral (VOP). Estima-se que, 
nas primeiras duas doses, esse risco seja de um para cada 750.000 doses. Como a doença (poliomielite) 
não é notificada no Brasil há vários anos, o risco de reação paralítica, embora muito baixo, passa a ter 
maior importância. Com a vacina inativada, a reação paralítica pós-vacinal não ocorre. 
Há vacinas ainda não contempladas pelo calendário Municipal de Araucária, que podem ser 
prescritas pelos pediatras/clínicos e solicitadas, via formulário próprio (p. 115), ao Centro Regional de 
Imunobiológicos Especiais – CRIE, conforme indicação, dentre elas estão: 
o Hepatite A, embora seja doença comum na infância, pode apresentar complicações e, 
como existe vacina segura e eficaz, ela foi incluída no calendário da Sociedade 
Brasileira de Pediatria (SBP). 
o A vacina tríplice acelular (DPaT) tem eficácia semelhante à tríplice de células inteiras 
(DPT) e apresenta menor reatogenicidade. Por esta razão, foi sugerida pela SBP. 
Deverá ser realizado o preenchimento da ficha de eventos adversos pós-vacinação e 
o formulário de imunobiológicos especiais; 
o Pnemocócica 23 valente, indicada para crianças acima de 2 anos e idosos (≥ 65 anos). 
A vacina para HPV protege contra aproximadamente 70% dos cânceres de colo do útero e está 
incluída em outros calendários, como o calendário da Academia Americana de Pediatria. Não está 
disponível no setor público. 
No escolar e no adolescente, a vacinação frequentemente é negligenciada. 
Além disso, para muitos profissionais de saúde, vacina é assunto exclusivo da criança pequena. 
Entretanto, o que se verifica é que muitos escolares e adolescentes não estão adequadamente 
imunizados e apresentam incidência relativamente elevada de várias doenças imunopreveníveis. 
Os escolares e os adolescentes poderão apresentar carteira de vacinação incompleta, com 
esquema básico de vacinação interrompido. Nesse caso, não é necessário reiniciar o esquema, e sim 
completá-lo. Outra situação comum é aquela em que não há informação disponívelsobre vacinação 
anterior. Se a informação na puder ser comprovada por meio de registros oficiais (carteira de vacinação, 
prontuário médico, registro permanente de vacinação), deverá ser considerado com não vacinado e, 
neste caso, iniciar esquema vacinal conforme idade, proceder aos registros em carteira de vacinação, 
prontuário médico e registro permanente de vacinação. 
Os adultos e, especialmente para os idosos, existem indicações bem definidas de vacinação 
que, quando seguidas corretamente, apresentam significativo benefício em termos de redução de 
morbidade e/ou mortalidade. 
Adultos que não tiveram algumas doenças, como sarampo, rubéola, varicela e hepatite A, ou 
que não receberam vacinação adequada, continuam expostos a essas doenças, que frequentemente 
têm manifestações mais graves nessa faixa etária. 
O calendário de vacinação para adultos leva em conta a faixa etária e parte do pressuposto que 
adultos de idades diferentes têm riscos diferentes de não estarem imunes para determinadas doenças. 
Além disso, deve-se lembrar de que adultos com idade acima de 64 anos têm risco maior de desenvolver 
formas graves de determinadas doenças. 
 
 
 
 
22 
3.1 IMUNODEPRIMIDOS 
 
Como regra geral, os imunodeprimidos não devem ser vacinados com vírus vivo atenuado ou 
bactéria viva atenuada, pelo risco de desenvolverem a doença. 
As principais vacinas de vírus vivo atenuado são: pólio oral (Sabin), sarampo, caxumba, rubéola, 
varicela, febre amarela e rotavírus. A principal vacina de bactéria viva atenuada é a vacina BCG. 
As vacinas de vírus ou bactérias inativadas, com frações de bactérias ou com toxóides, podem 
ser utilizadas. Entretanto, a resposta imune a estas vacinas pode ser inadequada. 
Em relação à imunização, os principais grupos de imunodeprimidos podem ser classificados em: 
• Imunodeficiências primárias; 
• Imunodeficiências secundárias; 
• Infecção pelo HIV; 
• Pacientes em uso de corticosteróide; 
• Após transplante de medula óssea. 
Outro aspecto importante é a vacinação dos contatos domiciliares dos pacientes 
imunodeprimidos. É importante lembrar que a vacina contra a poliomielite oral (tipo Sabin) é contra-
indicada para todos os contatos domiciliares de pacientes imunodeprimidos porque o vírus vacinal pode 
ser transmitido para o imunodeprimido. 
 
3.1.1 Imunodeficiências primárias 
 
Vacinas de vírus vivos atenuados ou bactérias vivas atenuadas são contra-indicadas em todos 
os pacientes com distúrbios dos linfócitos B e em todos os pacientes com distúrbios mediados por 
linfócitos T. A exceção é o grupo de pacientes com deficiência de IgA, que podem ser vacinados. As 
outras vacinas (vírus ou bactérias inativadas, frações de bactérias ou toxóides) podem ser utilizadas, mas 
nem sempre apresentarão uma resposta imune adequada, e, se possível, a resposta imune deverá ser 
verificada após a vacinação. 
Os pacientes com deficiência da função de fagócitos, como doença granulomatosa crônica, não 
devem receber vacinas de bactérias vivas atenuadas, como a vacina BCG. As outras vacinas podem ser 
utilizadas, inclusive aquelas de vírus vivo atenuado. 
Os pacientes com deficiência de complemento podem receber todas as vacinas, inclusive as 
vacinas de vírus vivo atenuado, sem aumento dos riscos. Os esplenectomizados e os pacientes com 
asplenia funcional devem ser imunizados rotineiramente contra pneumococo e influenza. 
 
3.1.2 Imunodeficiências secundárias 
 
Vários fatores devem ser considerados quando se analisa a imunização neste grupo de 
pacientes: a doença de base, o tratamento utilizado, o momento do tratamento e o histórico anterior de 
imunizações. 
De maneira geral, as vacinas com vírus vivos atenuados e bactérias vivas atenuadas estão 
contra-indicadas, pelo risco aumentado dos eventos adversos. Por outro lado, as crianças com leucemia 
em remissão há pelo menos um ano podem ser beneficiadas com a utilização da vacina contra a varicela 
nas seguintes condições: contagem de linfócitos acima de 700 mm3 e plaquetas acima de 
100.000/mm3. Devem-se utilizar duas doses com intervalos de oito semanas. 
No paciente sob quimioterapia, a utilização de vacinas com vírus vivo atenuado ou bactéria viva 
atenuada deve ser postergada até três meses após o término da quimioterapia, uma vez que a resposta 
imune costuma se normalizar após este período. 
 
3.1.3 Infecção pelo vírus HIV 
 
Os dados sobre imunização de crianças portadoras do vírus HIV são limitados, mas os eventos 
adversos mais graves ocorreram com as vacinas BCG e sarampo. 
No entanto, pela gravidade do sarampo nas crianças com Aids, com taxas de mortalidade de 
40%, a vacina contra o sarampo deve ser considerada na criança com infecção pelo HIV assintomática ou 
com poucos sintomas e contagem de linfócitos T e CD4 não muito deprimidas. 
 
 
 
 
23 
A vacina BCG está indicada nas crianças com infecção pelo HIV que estão assintomáticas. 
A vacina contra a varicela também está indicada se a contagem de CD4 for superior a 25%. 
As vacinas tríplice (difteria, coqueluche e tétano), contra hepatite A, hepatite B e Haemophilus 
influenzae podem ser utilizadas normalmente. 
Para a poliomielite, deve-se utilizar a vacina de vírus inativado (tipo Salk), não somente para o 
paciente, como também para os contatos domiciliares. 
 
3.1.4 Uso de corticosteróide 
 
Crianças que estejam recebendo corticosteróide podem estar imunodeprimidas, dependendo 
da dose e do tempo de utilização. 
• Doses acima de 2 mg/kg por dia de prednisona ou equivalente, para crianças, e acima de 20 
mg/dia, para crianças maiores e adultos, por tempo superior a 14 dias, devem ser consideradas 
imunossupressoras. Estes pacientes não devem receber vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva 
atenuada. 
• Crianças recebendo corticosteróide em dias alternados, em doses inferiores a 2 mg/kg/dia de 
prednisona ou equivalente, ou a 20 mg/dia, para crianças maiores ou adultos, não são consideradas 
imunodeprimidas e podem receber todas as vacinas normalmente. Da mesma forma, pacientes com uso 
inalatório ou tópico de corticosteróide, ou com dose de manutenção fisiológica, também podem 
receber as vacinas normalmente. 
• No caso de pacientes recebendo doses elevadas de corticoide (acima de 2 mg/kg/dia de 
prednisona, para crianças, ou 20 mg/dia para adultos), por período inferior a 14 dias, as vacinas de vírus 
vivo atenuado ou bactéria viva atenuada podem ser utilizadas, porém é preferível esperar duas semanas 
para utilizar vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada. 
 
3.1.5 Após transplante de medula óssea 
 
Inúmeros fatores afetam a resposta imune à vacinação em pacientes que estejam se 
recuperando de um transplante de medula óssea bem-sucedido. 
Eles incluem: imunidade do doador, tipo de transplante (autólogo ou alogênico), tipo de célula 
utilizada no resgate, intervalo pós-transplante, uso de medicamentos imunossupressores e presença de 
doença enxerto versus hospedeiro. 
Embora o paciente receptor adquira imunidade do doador, alguns não apresentam evidências 
sorológicas dessa imunidade. A retenção de memória imunológica pode ser facilitada se o doador 
receber um estímulo antigênico pré-doação. 
Como regra geral, os pacientes pós-transplante de medula óssea devem ser revacinados com 
todo o esquema vacinal algum tempo depois do transplante de medula óssea. O tempo pós-transplante 
de medula óssea é o fator mais importante para a resposta imune às vacinas. 
Decorridos 12 meses após o transplante de medula óssea, os pacientes podem receber as 
vacinas de bactérias inativadas, vírus inativados, frações de bactérias ou toxóides. Dessa forma, as 
vacinas indicadas são: tríplice (difteria, coqueluche e tétano), nas crianças menores de sete anos; e 
dupla (difteria e tétano), hepatite B, hepatite A, anti-Haemophilus, pólio inativada, pneumocócica e 
meningocócica naquelas maiores de sete anos. 
A imunidade para hepatite B deve ser testada após a 3ª. dose, e, caso a resposta não tenha sido 
adequada(títulos inferiores a 10 UI/mL), nova série deverá ser aplicada. 
Decorridos 24 meses após o transplante de medula óssea, os pacientes podem receber as 
vacinas de vírus vivo atenuado se o estado imunológico se mostrar competente. A vacina tríplice viral 
(sarampo, caxumba e rubéola) deve ser administrada em duas doses, com intervalo mínimo de 6 a 12 
meses. 
A vacina contra varicela é contra-indicada. 
A vacina contra influenza pode ser utilizada 12 meses após o transplante de medula óssea, mas, 
se o outono ocorrer antes desse período, poderá ser antecipada, desde que decorridos pelo menos seis 
meses após o transplante. 
A vacina BCG não deve ser aplicada. 
 
 
 
 
24 
3.1.6 Profissionais de Saúde 
Os profissionais da saúde estão constantemente em contato com pacientes e materiais 
potencialmente infectantes. Por este motivo, estão sob risco de se contaminar com doenças que podem 
ser evitadas através da imunização. 
A manutenção de imunidade adequada dos profissionais de saúde é um aspecto importante 
não só para protegê-los, mas também para reduzir o risco de transmissão de doenças para os pacientes 
que são atendidos por estes profissionais. 
As orientações não se limitam aos profissionais que trabalham em ambiente hospitalar, mas 
devem ser aplicadas a todos aqueles que têm contato direto com pacientes. 
As principais vacinas recomendadas para os profissionais da saúde são: dupla bacteriana (dT – 
contra difteria e tétano), hepatite B, influenza, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), varicela. 
A vacina BCG, não está recomendada na rotina. Deve ser avaliada a circunstancia em que está 
inserido o profissional de saúde; avaliar necessidade de PPD; dar prioridade à medidas de controle 
administrativas, ambientais e de proteção individual; inicio precoce de tratamento aos infectantes (MS, 
2011; Red Book, 2003). 
 
 
 
 
4 ESQUEMA VACINAL DA CRIANÇA 
Nº DE DOSES INÍCIO VACINAÇÃO INTERVALO ENTRE AS DOSES 
VACINA PROT. CONTRA COMPOSIÇÃO 
VAC. 
BÁSICA 
REVAC. 
OU REF. 
IDADE 
MIN. 
IDADE 
MAX. 
INTERV. 
RECOM. 
INT. 
MIN. 
DOSAGEM 
VIAS 
DE 
ADM. 
AGULHA LOCAL APLIC. CONSERV. 
TEMPO 
VALIDO APÓS 
ABERTO 
EFICÁCIA 
ESPERADA 
HEPATITE B1 Contra HEPATITE B 
Partícula da cápsula do vírus 
antígeno de superfície 
3 doses ** ** 
RN: Até 12 H de 
vida. Outras 
idades: sem 
limite mínimo 
29 anos, 
11meses, 29 
dias 
RN: continuar 
esquema da 
Pentavalente. 
Outros: 1ª p/2ª 
dose 30 dias. 3ª 
dose: 6 meses 
após a 1ª dose 
1ª p/2ª dose 
30 dias; da 2ª 
p/ 3ª 5 
meses.* 
0,5 ml até 19 
anos, 11 
meses, 29 
dias. 
1,0 ml após 20 
anos. 
IM 
20 x 5,5 25 
x 6,0 25 x 
7,0 
Músc.:VLC esq. ou 
Deltóide. 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
Até o final do 
frasco 
Superior a 95% 
BCG 
Formas graves da 
Tuberculose 
Bactéria viva atenuada 1 dose 
Depende da 
indicação 
Ao nascer 
4 anos, 
11meses, 29 
dias 
** ** ** ** 0,1 ml ID 13 x 3,8 
Inserção inf. do 
músc deltóide 
direito 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
6 horas Cerca de 80% 
INATIVADA 
PÓLIO - VIP 
Vírus inativado tipos I, II e III 
– VIP - 
 
2 doses: 1a e 
2a 
** ** 45 dias 
4 anos, 
11meses, 29 
dias 
2 meses 
30 dias, qdo 
estrita// 
necessário 
0,5ml; 
 
IM 
 
20 x 5,5 25 
x 6,0 
VLC Esq. 
 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
6 horas. 
 
99 a 100% Após a 
3º dose. 
ANTIPÓLIO 
ORAL - VOP 
Poliomielite 
Vírus vivo atenuado tipos: I, 
II e III – VOP - 
1 dose: 3a 
1 dose, 1 ano 
após a 3ª dose 
45 dias 
4 anos, 
11meses, 29 
dias 
2 meses 30 dias 2 gotas ORAL Boca 
Central e Reg.: -20ºC 
Local: +2º a +8º C 
5 dias 
90 a 95% Após a 
3º dose. 
CONTRA 
ROTAVÍRUS 
Gastroenterites 
por Rotavírus 
Vírus humano vivo 
atenuado 
2 doses ** ** 45 dias 
1ª: 3 meses e 7 
dias. 2ª: 5 
meses e 15 
dias 
2 meses 30 dias 1,0 ml ORAL ** ** Boca 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
Usar 
Imediatamen
te ou até 24 
horas 
GEG: 68 a 90%; 
OGE: 55 a 73%; 
HGE: 64 a 93% 
PENTA-
VALENTE 
Difteria/ Tétano/ 
Coqueluche/Menin
gite p/ 
Hib/Hepatite B 
Bact. morta e produto de 
bact.(toxina); Polissac.do 
Hib; Partícula da cápsula do 
vírus antígeno de superfície 
3 doses Usar DTP 2 meses 
6 anos, 11 
meses e 29 
dias 
2 meses 30 dias 0,5 ml IM 
20 x 5,5 25 
x 6,0 
VLC direito 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
Uso imediato 
Dift.: 80 a 90%; 
Coq.: 75 a 80%; 
Tét.: aprox100%; 
Hib.: aprox100%; 
HB: Sup. a 95% 
PNEUMO 10 
VALENTE CONJ. 
Dça Pneumoc. 
Invasiva e otite 
média por Strepto. 
pneum. 
10 sorot. de pneumoc. 
(1,4,5,6B,9V,14,18C,19F,23F
) conj. a uma Ptn 
< 1 ano: 3 
doses. > 1 a 
< 2 anos: 1 
dose, s/ 
reforço. 
1 dose entre 12 
e 15 meses de 
idade. 
2 meses 
1 ano, 11 
meses e 29 
dias 
2 meses 30 dias 0,5 ml IM 
20 x 5,5 25 
x 6,0 
VLC 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
Uso imediato 
após 
reconstit. 
> 90% 
MENINGOC.C 
CONJUGADA 
Dças provocadas 
por Neisseria 
mening. tipo C 
Oligossac.mening. C conjug. 
Ptn CRM 197 
< 1 ano: 2 
doses. > 1 a < 
2 anos: 1 
dose, s/ ref. 
1 dose entre 12 
e 15 meses de 
idade. 
3 meses 
1 ano, 11 
meses e 29 
dias 
2 meses 30 dias 0,5 ml IM 
20 x 5,5 25 
x 6,0 
VLC 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
Uso imediato 
após 
reconstit. 
Cerca de 93% 
CONTRA -
VARICELA 
Varicela Vírus vivo atenuado 1 dose ** ** 1 ano Não há ** ** ** ** 0,5 ml SC 13 x 4,5 
Reg. deltoidiana face 
post (Esq.) 
Cent. e Reg.: -20ºC 
Local: +2º a +8º C 
Uso imediato 
após 
reconstit. 
97% 
TRÍPLICE VIRAL 
Sarampo Rubéola 
Caxumba 
Vírus vivo atenuado 1 dose 
1 dose, dos 4-6 
anos 
1 ano Sem limite ** ** 0,5 ml SC 13 x 4,5 
Reg. deltoidiana face 
pos (Dir.) 
Central e Reg.: -20ºC 
Local: +2º a +8º C 
8 horas Superior a 95% 
DTP2 
Difteria 
Coqueluche 
Tétano 
Bactéria morta e produto de 
bactéria (toxina) 
3 doses 
1º Ref: 1 ano 
após a 3ª dose 
da Penta. 
2º Ref: 1 dose 
dos 4-6 anos 
2 meses 
6 anos, 11 
meses e 29 
dias 
2 meses 30 dias 0,5 ml IM 
25 x 6,0 25 
x 7,0 
VLC Dir. Após 2 anos 
de idade, 
aplicar:QSEG ou 
Deltóide. 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
Até o final do 
frasco 
Dift.: 80 a 90%; 
Coq.: 75 a 80%; 
Tét.: aprox100% 
DT3 Tétano; Difteria Produto de bactéria (toxina) 3 doses 
A cada 10 anos, 
gest/aciden. 
cada 5 anos 
7 anos Sem limite 2 meses 30 dias 0,5 ml IM 
25 x 6,0 25 
x 7,0 
Múscúlos: Deltóide, 
QSEG, VLC 
Central, Reg. e Local: 
+2º a +8º C 
Até o final do 
frasco 
Dift.: 80 a 90% ; 
Tét.: aprox100% 
FEBRE 
AMARELA 4 
Contra Febre 
Amarela 
Vírus vivo atenuado 1 dose A cada 10 anos 
9 meses. Áreas 
endêmicas: 6 m 
Sem limite.Não 
vacinar gest. 
** ** ** ** 0,5 ml SC 13 x 4,5 
Região deltoidiana 
face posterior 
Central e Reg.: -20ºC 
Local: +2º a +8º C 
4 horas Superior a 95% 
1 RN: após a 1ª dose (até 12h.), continuar conforme esquema da Pentavalente. Demais situações manter esquema 0, 1, 6. Intervalo mínimo: quando houver atraso da 1ª para 2ª dose, poderá ser utilizado intervalo mínimo de 2 meses entre a 2ª e 3ª dose – utilizar SOMENTE para adultos. Acima de 30 anos, 
aplicar somente em grupos de risco. 
2 Utilizar para os reforços da Tetra/Pentavalente: 1º reforço 1 ano após a 3ª dose da Tetra/Pentavalente; 2º reforço entre os 4 a 6 anos de idade. Aplicar as doses necessárias para iniciar esquema (3) doses ou completar esquemas em atraso. 
3 Inicia-se aos 7 anos, para quem não possui o esquema completo da DTP, para quem possui o esquema completo da DTP deve aplicar um reforço 10 anos após a última dose da DTP. 
Gestantes devem ser vacinadas durante a gestação, com reforço a cada 5 anos. Adultos com esquema completo, devem receber 1 reforço a cada 10 
4 No PARANÁ é realizada com 9 meses de idade. Nas áreas de alto risco aos 6 meses de vida. NÃO APLICAR EM GESTANTES. 
 
 
 
 
4.1 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO INFANTIL – PROPOSTA DE MUDANÇA PARA 2º SEMESTRE DE 2012COMO ERA COMO FICA 
IDADE VACINA DOSE IDADE VACINA DOSE 
BCG-ID Dose única BCG-ID Dose única 
Ao nascer 
Hepatite B 1ª dose 
Ao nascer 
Hepatite B 1ª dose 
1 mês Hepatite B 2ª dose 
Tetravalente ((DTP + Hib) Pentavalente (DTP + Hib + HB) 
Vacina oral poliomielite Vacina poliomielite inativada 
Vacina oral Rotavírus humano Vacina oral Rotavírus humano 
2 meses 
Vacina Pneumocócica 10 
1ª dose 2 meses 
Vacina Pneumocócica 10 
1ª dose 
3 meses Vacina meningocócica C 1ª dose 3 meses Vacina meningocócica C 1ª dose 
Tetravalente ((DTP + Hib) Pentavalente (DTP + Hib + HB) 
Vacina oral poliomielite Vacina poliomielite inativada 
Vacina oral Rotavírus humano Vacina oral Rotavírus humano 
4 meses 
Vacina Pneumocócica 10 
2ª dose 4 meses 
Vacina Pneumocócica 10 
2ª dose 
5 meses Meningocócica C 2ª dose 5 meses Meningocócica C 2ª dose 
Hepatite B Pentavalente (DTP + Hib + HB) 
Vacina oral poliomielite Vacina oral poliomielite 
Tetravalente ((DTP + Hib) 
6 meses 
Vacina Pneumocócica 10 
3ª dose 6 meses 
Vacina Pneumocócica 10 
3ª dose 
9 meses Febre Amarela Dose Inicial 9 meses Febre Amarela Dose Inicial 
Tríplice Viral 1ª dose Tríplice Viral 1ª dose 
12 meses 
Vacina Pneumocócica 10 Reforço 
12 meses 
Vacina Pneumocócica 10 Reforço 
Tríplice Bacteriana (DTP) 1º reforço Tríplice Bacteriana (DTP) 1º reforço 
Vacina oral poliomielite Vacina oral poliomielite 15 meses 
Meningocócica C 
Reforço 
15 meses 
Meningocócica C 
Reforço 
Tríplice Bacteriana (DTP) 2º reforço Tríplice Bacteriana (DTP) 2º reforço 
4 anos 
Tríplice Viral 2ª dose 
4 anos 
Tríplice Viral 2ª dose 
10 anos 
Febre Amarela 
Uma dose a cada 10 
anos 
 
10 anos 
Febre Amarela Uma dose a cada 10 anos 
CAMPANHAS DE VACINAÇÃO INFANTIL – PROPOSTA DE MUDANÇA PARA 2º SEMESTRE DE 2012. 
< 5 Anos 
Vacina oral de poliomielite 
2 etapas: Jun. e 
Agosto 
< 5 Anos 
Vacina oral de poliomielite 
1 Etapa em Junho. 
Multivacinação em Agosto 
DE 6 meses a < de 2 anos 
Vacina Influenza (Gripe) 
 
DE 6 meses a < de 2 
anos 
Vacina Influenza (Gripe) 
 
Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Jan/18/calendario_180112.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
4.2 CALENDÁRIO VACINAÇÃO DA CRIANÇA – EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO, CONTRAINDICAÇÕES E ORIENTAÇÕES. 
 
Eventos adversos pós-vacinação 
Vacina 
Locais Sistêmicos 
Contraindicações específicas Orientações 
BCG 
Abscesso frio, ulcera 
>1cm, gânglio(s) 
axilar(es) e ou supra 
ou infraclavicular. 
Inicio da reação local: 
15 a 30 dias da 
vacinação 
Lesões generalizadas são raras e 
normalmente associadas a 
imunodeficiência. Não costumam 
apresentar febre e/ou mal-estar. 
Peso < 2Kg, AIDS 
sintomáticos ou com 
imunodepressão e lesões de 
pele locais ou generalizadas 
• Quando indicado, esta vacina poderá ser aplicada em outras faixas 
etárias, em comunicantes de Hanseníase. 
• Após a vacinação, se não fizer cicatriz no prazo de 6 meses, 
revacinar – aplicar a dose 2 cm acima da 1ª dose 
Contra 
Hepatite B 
Dor, calor, rubor, 
inchaço, prurido. 
Inicio das reações 
geralmente nas 1as 
24h, com duração de 
48 a 72h. 
Febre discreta. Casos raros de 
alergia. 
Reação anafilática a dose 
anterior 
• 1ª dose, nas 1as 12h de vida, na maternidade; 
• Prematuros com IG de ≤ 36 semanas é de 4 doses (0, 1, 2, 6 
meses); 
Antipolio 
Oral 
Nenhuma. 
Poliomielite vacinal (rara: 1/24 
milhões de doses), cujo inicio dos 
sintomas ocorre entre 4 a 30 dias 
da vacinação. 
AIDS sintomáticos ou com 
imunodepressão, diarreia e 
vômitos. 
• VOP e Rotavírus devem ser aplicadas simultaneamente ou com 
intervalo de 30 dias; 
• Caso a cça regurgite, vomite ou cuspa a vacina até 1 hora após a 
aplicação, repetir a dose; 
Vacina 
Inativada 
poliomielite 
Mais frequentemente 
relatados: 
� Eritema (em 0,5% 
a 1,5%); 
� Enduração (em 3% 
a 11%); 
� Hiperestesia ou 
sensibilidade local 
aumentada ao toque 
manual (de 14% a 
29% dos vacinados); 
 
EAPVs notificados com a VIP em 
comparação com a VOP não 
apresentaram diferenças entre os 
tipos e a frequência dos eventos 
tais como febre, convulsões e 
reações locais, porém ambas as 
vacinas (VOP/VIP) eram 
administradas associadas com 
outras vacinas. 
� Anafilaxia aos componentes 
da vacina, especialmente aos 
antibióticos (neomicina, 
polimixina e estreptomicina); 
� Qualquer pessoa que já 
apresentou quadro de reação 
alérgica grave a uma 
vacinação anterior com VIP. 
Está indicada: 
� A todas as crianças acima de 2 meses de idade – idade 
mínima 6 semanas; 
� Pessoas imunocomprometidas ou, para cuidadores de 
imunodeficientes; 
� Crianças que estejam em contato domiciliar ou hospitalar 
com pessoa imunodeprimida; 
� Pessoas submetidas a transplante de órgãos sólidos ou de 
medula óssea; 
� Recém-nascidos que permaneçam internados em unidades 
neonatais por ocasião da idade de início da vacinação; 
� Crianças com história de paralisia flácida associada à vacina, 
após dose anterior de VOP. 
� Pessoas nas quais a VOP é contra indicada; 
� Pode ser utilizada durante a amamentação; 
� Pode ser usada em crianças com diarréia. 
 
 
 
 
OBS: Filhos de mãe HIV positivo antes da definição diagnóstica e 
crianças com HIV/aids devem receber a VIP e, quando não disponível 
esta vacina, deve-se utilizar a VOP. 
Rotavírus Nenhuma. 
Irritabilidade, perda do apetite, 
diarreia, vômitos, dor abdominal, 
flatulência, regurgitação. Inicio 
das reações até 14 dias após a 
vacinação, com duração de 24 a 
72h. 
Quadro agudo febril de 
moderado a grave, 
imunodeficiência primária ou 
secundária, vômitos, diarreia 
que leva a hospitalização. 
• A idade máxima para a 1ª dose é de 3 meses e 7 dias e, da 2ª dose 
é de 5 meses e 15 dias, não devendo ser aplicada fora desses 
prazos; 
• Caso a cça regurgite, vomite ou cuspa a vacina NÂO repetir a dose; 
• Aplicar simultaneamente com a Sabin ou com intervalo de 30 dias 
entre elas. 
Pentavalente 
Leves: dor, 
vermelhidão e 
enduração local. 
 
Leves: febre, mal estar geral e 
irritabilidade nas primeiras 24 a 48 
horas subsequentes à vacinação. 
Inapetência, vômitos, diarreia, 
sonolência, choro anormal são 
frequentes. 
Graves: convulsão e episódio 
Hipotônico-hiporresponsivo, 
anafilaxia e encefalopatia. 
A ocorrência de reação 
anafilática ou encefalopatia 
aguda grave subsequente à 
aplicação da vacina 
Tetravalente/Pentavalente 
constitui contraindicação 
absoluta para a administração 
das doses subsequentes desta 
vacina; 
Crianças com quadro 
neurológico em atividade; 
Esquema Básico em < 1 ano: 
� Aplicar aos 2, 4 e 6 meses de vida. Idade máxima: 6 anos, 11 
meses e 29 dias; 
� Criança com idade ≥ a 1 ano de idade sem o esquema da DTP/Hib 
(tetra) ou sem o esquema da HB, iniciará o esquema vacinal com a 
vacina Penta (D1) contemplando a HB, DTP e Hib. As doses 
subseqüentes (D2 e D3) serão feitas com as vacinas HB monovalente 
e DTP. 
Reforços: 
� 1º Reforço: 1 dose 1 ano após a 3ª dose do esquema básico 
(tetravalente/pentavalente) e; 
� 2º Reforço: 1 dose dos 4 aos 6 anos de idade com a vacina DTP; 
� A partir dos 7 anos de idade, para os indivíduos ainda não 
vacinados ou com esquema incompleto, utiliza-se a vacina dupla 
adulto (dT), inclusive para as gestantes. 
Pneumo 10 
valente 
conjugada 
Dor, rubor, edema, 
enduração. 
Mais comuns: sonolência, perda 
do apetite, febre (38 a 39º C). 
Mais raras: convulsões febris, 
reações alérgicas. 
Hipersensibilidade conhecida 
a qualquer componente da 
vacina. 
• Recomenda-se intervalo de 30 dias entre a vacina Pneumo 10 
valente conjugada e a vacina contra Febre Amarela; 
• Em áreas de risco potencial para febre amarela, priorizar a vacina 
contra febre amarela e adiar a Pneumo 10 valente conjugada; 
Meningo C 
conjugada 
Dor, rubor, edema, 
enduração, 
sensibilidade. 
Febre >38º C, irritabilidade 
(choro), sonolência, insônia, 
inapetência, vomito e diarreia. 
Reações de anafilaxia, 
broncoespasmo, edema de face,

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