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Lara de Aquino Santos SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR – NP3 PERGUNTAS E RESPOSTAS DISCENTES CLÍNICA II 01. No caso clínico foi relato que o paciente André, de 17 anos, compareceu a Unidade de Atenção Primária à Saúde Irmã Hercília, apresentando dor na região inferior direita da face. Ao ser atendido pelo cirurgião-dentista da unidade, foi possível observar no exame extra-oral a presença de assimetria facial na região direita, com aumento de volume e sem ponto de flutuação no terço inferior da face. No exame intra-oral foi identificada a ausência dos elementos 18, 28, 38, e dente 46 com extensa destruição coronária, com presença de material radiopaco em contato com a câmara pulpar. Os testes de sensibilidade pulpar e percussão vertical foram realizados no elemento dentário 46, e obteve os seguintes resultados: teste de sensibilidade pulpar negativo e teste de percussão vertical positivo. Também foi observado presença de raízes residuais do 45, 24 e 25 e lesões cariosas no 44, 34, 35, 21,22, 11 e 12. A respeito do elemento dentário 46, responda: a) Quais são os tipos de testes de saúde pulpar e perirradicular, e como são realizados? RESPOSTA: Os testes de saúde pulpar podem ser do tipo térmicos (que são subdivididos em testes ao frio e calor), testes elétricos e testes da cavidade. Enquanto que os testes perirradiculares são os testes de percussão (vertical e horizontal) e palpação. O teste térmico ao frio é realizado por meio de uma substância refrigerante, aplicada com o auxílio de uma pelota de algodão ou cotonete, na face vestibular do dente, que deve estar previamente seco (com gaze, pois a seringa tríplice estimula a polpa) e isolado relativamente. O teste ao calor é efetuado por meio de uma substância ou instrumento previamente aquecido. Já o teste elétrico é executado com o auxílio de um aparelho que estimula o dente através de choques. O teste de cavidade gera estímulos no dente por meio de uma broca de alta rotação, sem anestesia-lo previamente. O teste de saúde perirradicular do tipo percussão pode ser subdividido em vertical e horizontal. A percussão vertical é realizada com o auxílio do cabo do espelho clínico, onde iremos efetuar batidas na face incisal ou oclusal do elemento dentário, enquanto que a percussão horizontal iremos executar batidas na face vestibular. O teste de palpação consiste em pressionar a região do periápice do dente em questão, com o dedo indicador. b) Com base no resultado dos testes de vitalidade pulpar e perirradicular, qual o possível diagnóstico e tratamento para o dente 46? RESPOSTA: O elemento dentário 46 se apresenta necrosado, pois o teste de sensibilidade pulpar obteve resultado negativo, e com presença de lesão periapical (teste de percussão Lara de Aquino Santos vertical positivo). O possível tratamento para o dente em questão é a remoção do fator causal, por meio do tratamento endodôntico ou exodontia. 02. Tendo em vista que o paciente André compareceu a UAPS Irmã Hercília com a presença de dor e aumento de volume no terço inferior da face direita, no qual o quadrante em questão apresenta o elemento dentário 46 com extensa destruição coronária, com presença de material radiopaco em contato com a câmara pulpar, raiz residual do 45 e presença de lesão cariosa no 44, assinale o item correto. I. Considerando que as infecções odontogênicas podem apresentar duas origens, sendo elas periapical e periodontal, é correto afirmar que o paciente André possui um abscesso periapical, em consequência de invasão bacteriana e necrose pulpar, podendo este está em fase de edema/inoculação. II. Com base na radiografia periapical do dente 46 é possível observar imagem radiolúcida associada ao ápice do elemento dentário em questão. Se a infecção não for tratada poderá drenar para os espaços fasciais profundos da mandíbula, sendo eles o espaço bucal, submandibular ou sublingual, nos quais estão associados a infecções de molares inferiores. III. Ao realizar a exodontia da raiz residual do 45 deve-se efetuar a luxação para a cortical vestibular, pois ela se apresenta mais delgada em região de dentes anteriores e pré-molares. IV. Caso a infecção progrida para a fase de abscesso evoluído o cirurgião-dentista realizará a drenagem da secreção purulenta, na porção mais central do ponto de flutuação. Previamente deve-se realizar um bloqueio regional, devido a mudança de concentração do pH da região. V. A incisão para a realização de uma drenagem cirúrgica deve ser efetiva, dissecando em uma trajetória para o dreno, que inclua a localização onde existe maior probabilidade de secreção purulenta. Posteriormente a inserção do dreno, realiza-se a sutura do local. Após 72 horas deve ser executado a troca ou remoção do dreno e a sutura da região. É correto afirmar em: a) I, III e V b) I, II, III, IV e V c) II, IV e V d) I, II, III e IV RESPOSTA: Item D. Não se realiza a sutura do local, pois a inserção do dreno possibilitará o escoamento da secreção purulenta. O dreno deve ser trocado ou removido com até 72 horas, para evitar reação de corpo estranho ou granuloma específico. Após a remoção do dreno não se realiza a sutura do local, pois ela deve cicatrizar por segunda intenção.
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