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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 IDENTIFICAR OS MECANISMOS DO PARTO - Mecanismo de parto conjunto de movimentos e fenômenos ativos e passivos do feto durante sua passagem pelo canal de parto - Tempos principais: insinuação, descida e desprendimento - Tempos acessórios: insinuação com flexão, descida com rotação interna, desprendimento com deflexão, restituição com desprendimento dos ombros RELACÇÕES UTEROFETAIS: ATITUDE: - Relação das diversas partes fetais entre si - Depende da disposição dos membros e da coluna vertebral - Na maioria das vezes, o feto apresenta atitude de flexão generalizada durante toda a gestação e o parto - A coluna vertebral se curva ligeiramente, produzindo uma concavidade voltada para a face anterior do concepto, enquanto os membros se apresentam flexionados e anteriorizados. Assim, configura-se uma formação de aspecto oval ou ovoide, com 2 extremidades representadas pelos polos cefálico e pélvico - Em situações anômalas, pode haver extensão da coluna com deflexão do polo cefálico, o que leva às apresentações defletidas de 1 º , 2° e 3° graus. A ausência persistente de flexão de todos os membros é anormal e pode significar sofrimento fetal grave por perda do tônus muscular SITUAÇÃO: - Relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal - Dá origem a 3 possibilidades de situação fetal: 1. Longitudinal 2. Transversa 3. Oblíqua NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 APRESENTAÇÃO: - É a região fetal que ocupa a área do estreito superior e nela se vai insinuar - É necessário que o volume da região fetal seja capaz de encontrar obstáculo na sua passagem pelo canal pelvigenital - Não existe apresentação antes do 6º mês ou quando a parte fetal é um membro, visto que os respectivos diâmetros são muito inferiores aos da bacia - Quando a situação fetal é longitudinal há 2 possibilidades de apresentação cefálica ou pélvica dependendo do polo fetal que ocupa a região inferior do útero - Nas situações transversas, 2 outras possibilidades ocorrem, nas quais se distinguem as apresentações córmicas (ou de ombro), em que o dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente, ou as apresentações dorsais superior e inferior, em que o dorso fetal se apresenta superior ou inferiormente (o plano coronal fetal é perpendicular ao plano coronal materno), extremamente mais raras A apresentação cefálica fletida B apresentação cefálica defletida de 1º grau C apresentação cefálica defletida de 2º grau D apresentação cefálica defletida de 3º grau E apresentação pélvica completa F apresentação pélvica incompleta G apresentação córmica dorsoanterior H apresentação córmica dorsoposterior NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 - Quando uma parte fetal menor (por exemplo, um dos membros) se antepõe à apresentação durante o trabalho de parto, ocupando a vagina ou mesmo se exteriorizando pela vulva, denomina-se procidência ou prolapso. Existe ainda a possibilidade do que se chama de laterocidência, em que a pequena parte fetal em questão desce ao lado e junto de um dos polos fetais, conceituada nessa ocasião como apresentação composta - A atitude fisiológica da cabeça fetal pressupõe que ela esteja flexionada, com o mento aconchegado ao esterno, o que se denomina apresentação cefálica fletida, de vértice ou de occipício. Pode acontecer que a cabeça apresente-se em extensão ou defletida, às custas de afastamentos do mento em relação ao esterno, de graus variados: 1º grau de deflexão surge, no centro da área do estreito superior, como ponto de referência fetal, o bregma (apresentação de bregma) 2º grau de deflexão surge a glabela como ponto de referência fetal (apresentação de fronte) 3º grau de deflexão é o mento que surge como ponto de referência fetal (apresentação de face) - Nas apresentações pélvicas, a atitude fisiológica do polo pélvico pressupõe as coxas fletidas e aconchegadas ao abdome, e as pernas fletidas junto às coxas. Assim, diz-se tratar de apresentação pélvica completa. As demais atitudes assumidas pelos membros inferiores dão origem às seguintes apresentações pélvicas: Modo de nádegas (ou agripina) os membros inferiores apresentam-se estirados e rebatidos de encontro à parede ventral do feto Modo de joelhos e de pés os joelhos e pés, por se tratarem de pequenas partes fetais, não são capazes de comprimir o colo uterino durante o trabalho de parto e são considerados procidências ou procúbitos POSIÇÃO E VARIEDADE DE POSIÇÃO: - Relação do dorso fetal com o lado materno - A posição fetal é esquerda (primeira posição) ou direita (segunda posição) - A finalidade da posição é buscar melhor localização para ausculta cardíaca fetal durante o trabalho de parto, que será ipsilateral a seu dorso na maioria das vezes - Nas apresentações cefálicas defletidas de 3º grau, os batimentos cardíacos fetais são audíveis com maior nitidez na face anterior do tronco do concepto - Condicionou-se o emprego de 3 letras como nomenclatura definidora de apresentação, posição e variedade de posições fetais: 1ª letra diz respeito ao ponto de referência da apresentação fetal O occipcio B bregma N naso M mento S sacro A acrômio NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 2ª letra refere-se ao lado materno para o qual está voltado o ponto de referência fetal (posição). As posições esquerdas são mais frequentes D direita E esquerda 3ª letra indica a variedade de posição, conforme o feto esteja voltado para o ponto de referencia ósseo da bacia materna A anterior eminência ileopectínea T transversa extremidade do diâmetro transverso P posterior ou púbis sinostose sacroilíaca ou púbis S sacro materno - É importante diferenciar ao exame clínico de toque vaginal, a fontanela lambdoide (em forma de Y) e a fontanela bregmática (em forma de losango) para determinar corretamente a variedade de posição - Possuem relação com a variedade de posição, auxiliando a reconhece-la na prática clínica: Sutura sagital cefálicas fletidas Sutura sagitometópica cefálicas defletidas de 1º grau ou bregmáticas Sutura metópica cefálicas defletidas de 2º grau ou de fronte Linha facial cefálicas defletidas de 3º grau ou de face Sulco interglúteo pélvicas APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA: - Divide-se o mecanismo de parto em 6 tempos INSINUAÇÃO: - É a passagem do maior diâmetro da parte apresentada, perpendicular à linha de orientação fetal, pelo estreito superior da bacia materna - Nas apresentações cefálicas, o diâmetro de insinuação corresponde ao biparietal e nas apresentações pélvicas, ao bitrocantérico NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 - Na maioria das mulheres, quando a parte fetal apresentada está insinuada, significa que o ponto de referência ósseo fetal está no nível das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de De Lee ou terceiro plano de Hodge) ou muito próximo dele. Exceção é feita para os casos em que a gestante apresenta pelve muito profunda ou muito rasa - A ocorrência de insinuação indica que o estreito superior é adequado para a passagem do feto, mas não permite inferir as características dos estreitos médio e inferior - Em primigestas a insinuação ocorre por volta de 15 dias antes do parto, já em multíparas, a insinuação pode ocorrer a qualquer momento, desde antes do início do trabalho de parto até após a dilatação completa do colo uterino (2º período) DESCIDA OU PROGRESSÃO: - 2º tempo do mecanismo de parto - É o momento definido pela passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal em geral) do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna - Na prática clínica, usa-se o esquema De Lee com os planos ditos em cm, a partir das espinhas esquiáticas Móvel > -3 cm Ajustadaou fixada -3, -2 ou -1cm Insinuada 0 cm Fortemente insinuada +1, +2 ou +3cm Baixa +4 ou +5 cm (já aflorando na vulva) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 - O canal de parto tem uma forma de J, tendo o feto que se adaptar a esse canal. Para isso, ocorrem movimentos de flexão (anteroposterior e lateral, para reduzir os diâmetros), rotação e mecanismos de cavalgamento ósseo - Contribuem para a descida um ou mais dos seguintes elementos: Contração uterina Contração dos músculos abdominais Pressão do líquido amniótico e extensão do ovoide fetal, que se transforma em cilindro ROTAÇÃO INTERNA: - Tem objetivo de coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico com o maior diâmetro da bacia materna - O estreito superior apresenta maior dimensão no sentido transverso, no estreito médio, o sentido anteroposterior é maior ou eles tem iguais proporções e no inferior, o anteroposterior é maior - Durante a descida do feto, ocorre movimento de rotação para locar o polo cefálico sob o púbis, descrevendo um movimento de espira - A rotação normalmente traz o ponto de referência fetal para a frente, junto ao púbis, o que é denominado rotação anterior ( ou púbica). Quando o feto roda para trás, diz-se que ocorreu rotação posterior ( ou sacra) - O grau de rotação varia conforme a variedade de posição - Nas apresentações cefálicas fletidas, o occipício é o ponto de referência que irá percorrer a distância de um arco de circunferência, necessária para sua locação no subpúbis. Dessa forma, será observada a rotação, em graus, conforme as seguintes variedades: 45° nas anteriores ( occipitoesquerda anterior e occipitodireita anterior) 90° nas transversas ( occipitoesquerda transversa e occipitodireita transversa) 135° nas posteriores ( occipitoesquerda posterior e occipitodireita posterior) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 - A rotação interna é essencial para que ocorra a ultimação do parto, exceto quando o feto é muito pequeno - Principais fatores que impedem que a rotação ocorra: Contrações de baixa intensidade NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 Ausência de flexão cefálica Fetos grandes - A analgesia peridural pode predispor às rotações incompletas, por diminuir a força da musculatura abdominal e relaxar a musculatura pélvica DESPRENDIMENTO CEFÁLICO: - Ocorre com a descida final da cabeça fetal em posição occipitopúbica, até que seja possível a locação do suboccipício no subpúbis materno - Como o polo cefálico está em flexão, é necessário que ocorra movimento de deflexão ou extensão da cabeça para ocorrer exteriorização do maciço frontal. Dessa forma, o diâmetro suboccipitobregmático (9,5 cm) ocupa o diâmetro anteroposterior do estreito inferior e a fronte do feto rechaça o cóccix, aumentando esse diâmetro de 9 para 11 cm, o que se denomina retropulsão coccígea - A região que se fixa ao subpúbis como ponto de apoio para o movimento de expulsão, também chamada hipomóclio, é o suboccipício, que se localiza 7 cm abaixo da fontanela lambdoide - Por meio de 2 forças (contração uterina e resistência perineal), o feto é impulsionado para baixo e para fora do canal de parto. Ao vencer essa resistência, a cabeça fetal desfere o movimento abrupto de extensão, externando os diâmetros anteroposteriores do polo cefálico na sequência: suboccipitobregmático, suboccipitofrontal e suboccipitomentoniano - Ocorre, então, a exteriorização do bregma, da fronte, do nariz e do mento do feto ROTAÇÃO EXTERNA: - Denominada movimento de restituição - Leva o occipício a se voltar para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto - A sutura sagital se apresenta em sentido transversal ao da fenda vulvar ao fim desse tempo - As espáduas rodam, trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior - Esse movimento que ocorre com os ombros se deve aos mesmos fatores que determinam a rotação interna da cabeça DESPRENDIMENTO DO OVOIDE CÓRMICO: - Se caracteriza pela exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto - São mecanismos associados porque um se segue ao outro NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 - Após a rotação das espáduas, o ombro anterior se fixa no subúbis, apresentando a inserção braquial do deltoide como ponto de apoio, e desprende-se por movimento de abaixamento - Desprende-se então o ombro posterior por movimento de elevação e em seguida se completa a expulsão da cintura escapular - Depois do desprendimento dos ombros, o resto do ovoide é expelido, não apresentando resistência CEFÁLICA DEFLETIDA DE 1º GRAU: - No exame de toque vaginal se identifica a linha de orientação sagitometópica e a fontanela bregmática CEFÁLICA DEFLETIDA DE 2º GRAU: - No exame vaginal, é possível sentir a sutura metópica (como linha de orientação) e a glabela ou raiz do nariz, que corresponde ao ponto de referência fetal NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 CEFÁLICA DEFLETIDA DE 3º GRAU: - Ao toque vaginal, se reconhece a linha de orientação representada pela linha facial, na qual é possível sentir glabela, nariz, boca e mento – esse é o ponto de referência fetal APRESENTAÇÃO PÉLVICA: APRESENTAÇÃO PÉLVICA COMPLETA: - O feto permanece em atitude de flexão generalizada, com as coxas fletidas sobre o tronco e as pernas fletidas sobre as coxas - 5-10% das apresentações pélvicas APRESENTAÇÃO PÉLVICA NO MODO DE NÁDEGAS OU AGRIPINA: - O feto fica com as coxas fletidas sobre o tronco e as pernas estendidas, de tal forma que os pés se encontram próximos ao polo cefálico - 50-70% das apresentações pélvicas APRESENTAÇÃO PÉLVICA INCOMPLETA OU MODO DE JOELHO OU DE PÉ: - O feto apresenta uma ou ambas as coxas estendidas, de tal forma que permaneçam um ou ambos os joelhos ou pés no estreito superior - 10 a 40% das apresentações pélvicas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 DEFINIR ASSINCLITISMO - Durante o processo de insinuação, um dos ossos parietais atravessará o estreito superior da pelve antes do outro, aproximando a sutura sagital de um dos ossos do eixo anteroposterior da bacia materna (púbis ou sacro) - Dessa forma, quando a sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o promontório materno, diz-se que há assinclitismo posterior - Quando a sutura sagital está mais próxima ao sacro, mais baixo está o parietal anterior, e o assinclitismo é chamado de anterior - Durante o trabalho de parto, existe um momento em que o parietal insinuado ultrapassa o ponto de referência da bacia óssea, e com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. Isso traz a sutura sagital à mesma distância entre o púbis e o promontório, e a cabeça fica em sinclitismo nesse momento - Em primíparas mais frequente assinclitismo posterior - Moderados graus de assinclitismo são normais durante o trabalho de parto vaginal - Em situações de desproporção cefalopélvica, em especial nas bacias platipeloides, o assinclitismo é acentuado, mantendo-se por todo o período de decida, o que pode impedir a rotação interna e, assim, causar o que se denomina distocia de rotação - O assinclitismo posterior é também denominado "obliquidade de Litzmann "; e o anterior, "obliquidade de Naegele NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 IDENTIFICAR OS PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO DILATAÇÃO: - 1º período - Se inicia com as primeiras contrações dolorosas, cuja principal ação é a modificação da cérvix - Começa com as primeiras modificações cervicais e termina com a dilatação completa do colo uterino (10cm), permitindo a passagem fetal - Essas modificações abrangem 2 fenômenos: Esvaecimento do colo consiste na incorporação do colo à cavidade uterina, terminando com a formação de um degrau ao centro da abóbadacervical Dilatação cervical propriamente dita a medida que a dilatação cervical progride, surge um espaço entre o polo cefálico e as membranas ovulares (âmnio e cório), no qual ficará coletado o líquido amniótico (bolsa das águas), cuja função é auxiliar as contrações uterinas no deslocamento do istmo - A bolsa das águas se forma no polo inferior do ovo no decorrer do trabalho de parto, e sua rotura causa a saída parcial do seu conteúdo líquido, ocorrendo, via de regra, no período em que a dilatação cervical é maior que 6 cm. Essa rotura pode ser precoce (no início do trabalho de parto). Quando a rotura ocorre contemporânea à expulsão do feto, é denominada nascimento de feto empelicado - A dilatação cervical é representada por uma curva sigmoide dividida em fase latente e fase ativa, sendo esta ultima composta de 3 subdivisões: Aceleração em que a velocidade de dilatação começa a se modificar e a curva se eleva Dilatação ou aceleração máxima quando a dilatação passa de 2-3cm para 8-9cm Desaceleração precede a dilatação completa - A fase latente apresenta como característica contrações mais eficazes sem determinar modificações significativas na dilatação cervical. A fase latente dura 8h, porém com variações conforme a paridade e mesmo em gestantes de mesma paridade - A fase latente é considerada prolongada quando durar mais que 20h em primíparas e mais que 14 em multíparas - A fase ativa se inicia com dilatação cervical de 4cm e dura em média 6h nas primíparas e 4h nas multíparas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 EXPULSÃO: -2ª fase do parto - O feto é expelido do útero através do canal de parto por meio da ação conjugada das contrações uterinas e das contrações voluntárias dos músculos abdominais (puxos) - Nesse período ocorre a maioria dos fenômenos mecânicos do parto e o canal de parto é completamente formado, ou seja, o segmento inferior do útero, o canal cervical totalmente dilatado e a vagina formam uma única cavidade - Tem inicio com a dilatação e se encerra com a saída do feto DEQUITAÇÃO: - Também chamado de secundamento ou dequitadura - O útero expele a placenta e as membranas após o nascimento do feto - Após descolamento de seu leito uterino, a placenta desce através do canal de parto e é expelida pela rima vulvar. Seu descolamento ocorre em virtude da diminuição do volume uterino depois da expulsão fetal, associada às contrações uterinas vigorosas e indolores - Há 2 tipos clássicos de descolamento: Central (descolamento de Baudelocque-Schultze) a primeira face placentária visualizada na rima vulvar é a face fetal, é mais frequente e apresenta sangramento após a dequitação, com formação de hematoma retroplacentário Marginal ou periférico (descolamento de Baudelocque-Duncan) visualiza-se na rima a face materna, é menos comum, tem escoamento de sangue antes da total expulsão da placenta - A dequitação ocorre entre 10min-1h após o parto - Fisiologicamente, deve ocorrente dentro de 20-30 min, porem 80% dos casos a dequitação se dá nos primeiros 10 min DEFINIR CONTRATILIDADE UTERINA CONTRAÇÕES UTERINAS DURANTE A GESTAÇÃO: - Durante a gestação, o miométrio apresenta crescimento constante e, em virtude do bloqueio progestagênico, há baixa frequência de contrações - Até por volta de 28 semanas de gestação, as contrações predominantes são as do tipo A, quando então as do tipo B tornam-se mais frequentes, atingindo incremento máximo quatro semanas antes do início do trabalho de parto - Ambos os tipos de contrações estão sujeitos ao bloqueio progestagênico e essas contrações não são dolorosas, sendo admitido por alguns autores que sua principal função é estimular a circulação fetal - Um fator importante é que o maior incremento do peso fetal se dá a partir de 28 semanas de gestação, o que coincide com a maior frequência das contrações de Braxton Hicks (tipo B) - Nas últimas semanas de gravidez, as contrações de Braxton Hicks apresentam frequência maior e, em consequência disso, ocorrem distensão do segmento inferior do útero e pequeno grau de encurtamento cervical, o que justifica a percepção de diminuição do volume do abdome nessa fase ( queda do ventre) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 14 - Essas contrações absolutamente fisiológicas devem ser bem distinguidas das contrações dolorosas que de fato modificam o colo, constituindo trabalho de parto. A principal distinção, além da sensação dolorosa, é a ausência de ritmo nas contrações de Braxton Hicks e a sua cessação com a tomada de uterolítico ou com o repouso CONTRAÇÕES UTERINAS DURANTE O PARTO: - O diagnóstico de trabalho de parto se firma diante de contrações uterinas regulares e da modificação cervical progressiva. O início desse trabalho é considerado quando a dilatação atinge 2 cm, estando a atividade uterina compreendida entre 80 e 120 Unidades Montevidéu - As contrações uterinas se iniciam na parte superior do útero, local em que são mais intensas, e se propagam com intensidade decrescente pelo corpo do útero até atingir o segmento inferior - Durante a fase de dilatação, a frequência das contrações uterinas é de 2-3 em 10 minutos, com intensidade de aproximadamente 30 mmHg; já no período expulsivo, pode chegar a 5 contrações em 10 minutos, com intensidade de 50 mmHg. Nessa fase, soma-se às contrações uterinas a contração voluntária da musculatura abdominal, denominada puxo, cuja função é aumentar a pressão abdominal e facilitar a expulsão do feto CONTRAÇÕES UTERINAS NO PUERPÉRIO: - Após a expulsão fetal, o útero continua a apresentar contrações rítmicas cuja função é propiciar a dequitação fisiológica - Essas contrações são indolores e, após 2-3 contrações, a placenta é impelida para o canal de parto - Esse primeiro momento do secundamento constitui o chamado tempo corpóreo e dura entre 6 e 10 minutos - As contrações que ocorrem no puerpério imediato têm como principal função auxiliar a dequitação e a hemostasia. Esse fenômeno de miotamponamento determina a "laqueadura viva" dos vasos uterinos e faz com que o útero fique devidamente contraído, o que foi denominado globo de segurança por Pinard - Decorridas as primeiras 12 horas após o parto, registra-se uma contração em 10 minutos, e nos dias subsequentes sua intensidade e sua frequência reduzem-se. Vale salientar que, durante as mamadas, a sucção do leite determina a liberação de ocitocina, o que causa aumento na frequência das contrações e ocasionalmente pode provocar desconforto na puérpera ( dor de tortos)
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