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RESUMO – PROVA 02 – ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS Ambientes em Modificação Paleozoico: continentes agrupados, mais quente, não havia gelo nas calotas polares Nível dos oceanos e CO2: mais alto → efeito estufa durante Cambriano e Ordoviciano Ordoviciano superior: glaciação → declínio de CO2 tornou o clima mais frio e úmido - Forma de preparação para ecossistemas terrestres Viver em Terra Suporte e locomoção em ambiente terrestre: o intenso efeito da gravidade exige que o esqueleto seja capaz de sustentar o corpo do organismo - Capacidade de remodelação dos ossos: corrigir fraturas e promover recuperação de possíveis lesões - Pernas e pés usados para empurrar uma força para trás ao substrato para que o animal se locomova - Amniotas: ossos arranjados em camadas concêntricas ao redor de vasos sanguíneos, de maneira não uniforme (se fosse, os animais seriam muito pesados) - perda de nadadeiras dorsais e anal - perda dos ossos operculares → surgimento do pescoço (permite movimentação do crânio, que agora é reduzido e mais especializado) - zigapófises: processos vertebrais que interagem entre si e resistem às torções e flexões → coluna vertebral atuando como ponte de suspensão das vísceras Obs.: vértebras e costelas dos peixes firmam o corpo para que ele se curve em fez de encurtar quando os músculos se contraem - surgimento de costelas: proteção dos órgãos internos - músculos axiais: suporte postural do corpo e ventilação dos pulmões, além da locomoção - cinturas pélvica e escapular Obs.: Essas mudanças propiciaram o desenvolvimento de membros, incluindo os dígitos para permitir a locomoção e sustentação desses animais - Várias formas de locomoção: andar trotado, galope, salto, ricochete (salto bípede), furta-passo, andar bípede com o tronco ereto Comer em ambiente terrestre: Na água, a maioria dos itens alimentares é quase sem peso e podem ser sugados para dentro da boca, sendo movidos no seu interior por correntes de água - Em ambiente terrestre: necessário usar a mandíbula e os dentes para agarrar seus itens alimentares, e a língua e as bochechas são utilizadas para mover os itens na boca. - A cabeça deve ser movida sobre a presa - A língua é usada para movimentar a comida; também pode ser projetada para capturar a presa - Glândulas salivares: lubrificação necessária para engolir o alimento na terra; a saliva pode conter enzimas que iniciam a digestão química já na boca, ou ainda ser usada como veneno Respirar ar: baixa densidade e viscosidade do ar tornam os movimentos de ventilação, do tipo vai e vem, de um pulmão sacular, energeticamente possível - A alta concentração de oxigênio no ar reduz o volume de fluido que deve ser bombeado para suprir as necessidades metabólicas do animal Bombeando sangue para cima: em um animal terrestre, o sangue tende a se concentrar em pontos baixos tais como nos membros, e deve ser forçado para cima até o coração para que ele bombeie mais sangue pelas artérias → alta pressão sanguínea - Sistema linfático: retorna o plasma sanguíneo ao sistema circulatório; linfa mantida em movimento por contração dos músculos e tecidos; também envolvido no sistema imune, por interceptar material estranho ou indesejado, além de macrófagos se movimentarem por essa rota. Sistemas sensoriais: o ar não é suficientemente denso para estimular os receptores mecânicos do sistema de linha lateral e não conduz eletricidade o suficiente para que os receptores percebam eletrosensações. - Visão: luz transportada pelo ar com menos perturbação; focalização a partir da mudança do formato das lentes; superfície do olho deve ser mantida protegida, mantida úmida e livre de impurezas: pálpebras, glândulas e dutos lacrimais - Audição: orelha interna assume a função de ouvir sons produzidos no ar, com transmissão de ondas sonoras através de um osso ou uma sequência (cadeia) de ossos na orelha média (que age como amplificador sonoro e percebe alterações de pressão) - Olfato: ápice de desenvolvimento em mamíferos * órgão vomeronasal ou órgão de Jacobson: no céu da boca em répteis, para captação de ferormônios Conservando a água em ambiente seco: pele impermeável e queratinizada (exceto anfíbios), protegendo os corpos da abrasão e limitando a taxa de perda de água por evaporação - Presença de glândulas na pele: anfíbios (umidificação e defesa) e mamíferos (controle da T e alimentação – gland. mamárias) - Bexiga Controle da temperatura: - Ectotérmicos: termorregulação (exposição ao Sol e à sombra) - Endotérmicos: controle da própria temperatura (reações químicas do metabolismo) Origem e Radiação dos Tetrápodes Sinapomorfias: surgimento de zigapófises; cinturas pélvica e escapular; membros com ossos e artelhos (dígitos) Onde evoluíram?: Fósseis mais antigos registrados na América do Norte e Groenlândia (no Devoniano: estavam situadas na linha do Equador; tetrápodes evoluíram de animais presentes em bacias de águas doces) Relações entre peixes e tetrápodas: tetrápodas são aparentados aos peixes sarcopterígeos (que sobrevivem hoje como os peixes pulmonados e celacantos) - Peixes pulmonados são mais próximos dos tetrápodas que os celacantos pois estes são primitivos em um bom número de características e também têm muitas de suas próprias especializações Origem dos tetrápodas: - Porque saíram da água? 1) peixes sarcopterígeos: capazes de deslocar entre poças de água durante períodos secos, para buscar refúgio → mas um peixe continuaria sendo um peixe (pois fica buscando ambiente aquático) 2) pré-características necessárias para viver em terra já existiam em alguns grupos de animais que habitavam o ambiente aquático → pressões seletivas e oportunidades ecológicas (capacidade de habitar em outros nichos ou fuga de predadores) permitiram que esses animais saíssem da água e passassem a explorar o ambiente terrestre - Tetrápodas basais: Acanthosthega e Icthtyosthega - Radiação dos tetrápodas: * Aparecimento da polidactilia: muitos dedos (fórmula básica atual: 5 dedos → membro pentadáctilo não é um caráter ancestral) * Membros com ossos articulados permitiam que esses animais andassem pela terra, ao mesmo tempo que possuíam brânquias para respirar em ambiente aquático (evidência da predominância de vida em ambiente aquático: presença de uma reentrância na superfície ventral dos ossos ceratobranquiais, que sustentavam brânquias → animal podia respirar com os pulmões, mas ainda possuía brânquias) - Origem e radiação dos tetrápodes: *Batracomorfos (Batracho: sapo) - Ordem Temnospondyli: grupo mais duradouro e diversificado, que possuíam cabeças grandes com crânios sem movimento, quatro dedos nas patas → deram origem aos anfíbios - Ordem Lepospondyli: extintos, eram pequenos, centro vertebral único, e tinham vida tanto aquática quanto terrestre *Reptilomorfos: tanto amniotas quanto não amniotas (extintos); eram pequenos, ágeis e se alimentavam de invertebrados terrestres) - Ordem Antrachosauria: não-amniotas (extintos) que incluíam formas terrestres e aquáticas de médio e grande porte; crânio robusto e retenção de movimentos da cabeça - Radiação dos tetrápodes: Salamandras, Anuros e Cecílias Lissamphibia: tetrápodes com tegumento úmido e sem escamas (principal local de trocas gasosas, além de conter glândulas utilizadas durante a corte e outras que produzem veneno; células pigmentares essenciais para determinar padrões de coloração → aposemática, disruptiva, mudança de tom de acordo com a incidência de luz) Linhagens - Anura: sem cauda, 4 patas desenvolvidas (par de patas traseiras alongado), corpo curto e inflexível - Urodela: cauda longa, 4 patas de mesmo tamanho, movem-se por ondulações laterais - Gymnophiona: cauda curta, ápodes, e movem-se como as cobras Sinapomorfias: - Estrutura do tegumento e importâncias das trocas gasosas cutâneas - Papilla amphibiorum: área sensorial de frequências na parede da orelha interna - Complexo operculum-columella: ossos envolvidos na transmissão de sons para a orelha interna - Bastonetes verdes: célula retiniana - Dentes pedicelados: coroa ebase compostos por dentina - Estrutura do músculo levator bulbi: olhos ficam salientes, aumentando a cavidade bucal (para engolir: fecham os olhos) Ciclo de vida: metamorfose - larval aquática, com respiração branquial, cutânea e buco-faríngea - adulta terrestre, com respiração cutâneo-pulmonar Aparelho digestivo: anfíbios adultos costumam apresentar dentes homodontes de implantação acrodonte (fundido no topo das maxilas), com substituição polifiodonte (várias vezes) - Função: segurar a presa (não é utilizado para mastigar) - Língua (Faneroglossos): pegajosa, realiza movimento de catapulta para capturar a presa Urodela: salamandras - Forma de corpo e locomoção mais generalizadas: alongadas, e quase todas as espécies totalmente aquáticas apresentam 4 patas funcionais - Pedomorfose difundida: retenção de características larvais, tais como padrões larvais dos dentes e ossos, ausência de pálpebras, retenção de um sistema de linha lateral funcional e retenção de brânquias externas - Não têm costelas: empregam um bombeamento bucal que força o ar da boca para os pulmões Obs.: Família Plethodontidae não têm pulmão → especializações no aparelho hiobranquial no assoalho da boca permite protração da língua a distâncias consideráveis Anura: sapo, perereca, rã - Ampla distribuição geográfica - Característica mais evidente: patas traseiras aptas a saltos (sistema de alavancagem) * Patas traseiras alongadas; tíbia e fíbula estão fundidas; pélvis fortemente ligada à coluna vertebral curta; ílio alongado e projetado para frente; vértebras caudais fundidas sob a forma de um uróstilo; pélvis e uróstilo enrijecem metade caudal * Membros dianteiros fortes e cintura peitoral flexível absorvem o impacto da aterrissagem - Visão binocular - Formas semi-aquáticas são moderadamente hidrodinâmicas e apresentam membranas interdigitais - Formas terrestres de grande porte possuem pernas curtas, cabeça áspera, membranas interdigitais pouco desenvolvidas - Formas arborícolas têm cabeça e olhos grandes, cinturas finas e pernas longas; em vez de saltar, escalam de modo quadrúpede; discos digitais aumentados (adesão molhada → tensão superficial e viscosidade mantêm juntas as almofadas e a superfície) Gymnophiona: cecílias - Olhos recobertos por tegumento ou ossos - Dobras dérmicas bem visíveis circundam o corpo das cecílias - Par de tentáculos protráteis (um de cada lado do focinho): possível órgão sensorial que permite que as substâncias químicas presentes no ambiente sejam transportadas ao órgão vomeronasal Estratégias reprodutivas - Gymnophiona: Fecundação interna realizada pelo órgão copulador do macho; algumas fêmeas incubam ovos (enrolando-se em torno deles), enquanto outras espécies dão à luz os filhotes completamente formados - Urodela: maioria realiza fecundação interna; pode haver dimorfismo sexual * Macho libera ferormônios, fêmea é atraída, macho libera espermatóforo no substrato ou sobre a fêmea (espermatozoides são liberados quando a cobertura gelatinosa se dissolve e a fecundação ocorre nos ovidutos) - Anura: vocalização e amplexos; fecundação externa * Reprodução explosiva: muitos machos e fêmeas no mesmo local; sucesso reprodutivo muito parecido entre os machos * Reprodução prolongada: macho chega antes no local; sucesso de acasalamento bem desigual; machos competem por vocalização Obs.: Vocalização → Quanto melhor o trilado do macho, maiores as chances de copular; mas o predador reconhece o som e pode ser capaz de saber o tamanho, a textura e a localização, e também preferem indivíduos que realizam trilado * Pode haver um certo cuidado parental (guarda dos ovos, mas podem proteger os girinos) * Pode haver comunicação gestual (estímulo visual, já que a vocalização é ineficaz) Mecanismos antipredatórios: fuga, camuflagem e mimetismo, tanatose, coloração aposemática ou disruptiva, retaliação, grito de agonia, defesas químicas Testudines Grupo homogêneo e facilmente reconhecido, devido à anatomia distinta; grande #spp ameaçadas e extintas, devido à pequena mobilidade e reprodução lenta Amniotas: divididos em três grandes grupos, de acordo com características do crânio (presença de fenestras temporais → anápsida, sinápsida e diápsida) Relações filogenéticas: Testudines apresentam uma combinação de aspectos primitivos e características altamente especializadas que não são partilhadas com outros grupos de vertebrados 1) Grupo derivado de Diápsida 2) Aparentados basalmente com outro grupo Apomorfias (Diápsida e Sinápsida): - Escamas (exceto aves, que substituíram por penas), - Poucas glândulas, - Membros pares (com 3-5 dedos), - Ausência de brânquias, - Coração com três cavidades (exceto Archosauria: crocodilianos e aves), - Ectotérmicos (exceto aves), - Rins metanéfricos, - Sexos separados, fecundação interna - Ovos revestidos por casca calcária: ovo amniótico (supressão da fase larval, ovo com abundante reserva nutritiva → permitiu especializações para comer ovos!) Estruturas dos quelônios - Casco e Esqueleto: casco formado pela fusão de costelas, vértebras e porções da cintura peitoral, impedindo que haja expansão do pulmão para que haja respiração (músculos envolvidos na mobilidade dos órgãos para que o pulmão tenha espaço e possa se expandir) * Ossos da carapaça recobertos por escudos queratinizados * Apenas as aberturas das extremidades cranial e caudal possuem tecidos flexíveis - Pescoço retrátil com 8 vértebras - 4 membros (podem ser pilares ou nadadeiras) - Bico córneo forte e afiado (no lugar de dentes) Ecologia e comportamento dos quelônios - Carapaça pode ter formato de cúpula (terrestres) ou serem achatadas (aquáticas) - Dieta: onívoros (jovens são mais insetívoros; adultos são mais herbívoros) - Migração (de tartarugas marítimas) e volta ao local onde nasceu; seguindo cordilheiras submersas * Informações quimiossensoriais, rastro odorífero * Luz: filhotes vão para onde a luz é mais brilhantes (à noite, seria o oceano) * Direção das ondas: correntes marítimas * Magnetismo: direção e latitude - Visão e Olfato bem desenvolvidos; audição pouco desenvolvida - Reprodução: fecundação interna, sem cuidado parental * Ovos costumam ser esféricos (mais resistentes à pressão) * sexo do filhote é determinado pela temperatura, umidade, e concentração de oxigênio e CO2; * Vários ninhos no mesmo local (tática de defesa contra predação) Lepidosauria Tetrápodes predominantemente terrestres, com algumas spp secundariamente aquáticas; tegumento coberto por escamas e relativamente impermeável à água; fenda cloacal transversal. - Escamas variam em forma, cor, brilho, arranjo, e quantidade - Derme: presença de cromatóforos, com movimentação de pigmentos dentro da célula (mudança de cor) - Estrutura esquelética: elementos ósseos adaptados à terra firme (mais fortes e ossificados que em anfíbios) - Crânio com mais liberdade de movimento em Lepidosauria que em tartarugas * Serpentes: perderam ambas as pontes temporais - Membros: formato variado; pode ser ausente ou vestigial - Cauda bem desenvolvida na maioria dos répteis * Desprendimento da cauda: vértebras caudais são incompletamente ossificadas Lepidosauria: Sphenodontidae (tuarara) e Squamata (lagarto, cobra) Sphenodontidae: noturnos, habitats insulares (não podem elevar a temperatura corpórea durante atividade), alimentam-se principalmente de invertebrados, longevidade - Duas fileiras de cada lado superior; uma nas laterais na parte inferior - Ausência de órgão copulador * Tempo de crescimento e maturidade sexual associados com a temperatura do local (quanto mais quente, melhor) - Ecologia: Exploração de recursos fornecidos pelas colônias de aves marinhas → padrão de comportamento e termorregulação provavelmente não representa uma condição ancestral; também não torna um Sphenodontidae como provável ancestral de Lepidosauria ou Diapsida. Squamata: O crescimento ocorre enquanto as células proliferam nas placas epifiseais cartilaginosas das extremidades dos ossos longos. O crescimento continua, enquantoas placas epifiseais estiverem compostas por cartilagem e pára, completamente, quando as epífises se fundem às diáfises dos ossos, obliterando as placas cartilaginosas. Obs.: Outros répteis continuam crescendo por toda a vida, embora a taxa de crescimento em adultos seja bem menor que em jovens. - Bem adaptados aos mais variados habitats - Fenestra temporal inferior incompleta, ausência da barra temporal inferior e do quadradojugal, redução ou perda dos membros em diversos grupos - Dieta principalmente carnívora, com diferentes estratégias (botes: peçonha, sufocamento, infecção) * Grandes lagartos: costumam ser herbívoros - Forrageamento: ativo ou senta-e-espera - Órgão termossensível * Fossetas loreais: Cascavéis e Jararacas * Fossetas labiais: Jiboia e Sucuri - Serpentes não possuem ouvido externo ou membrana timpânica, mas percebem sons - Serpentes orientam-se por quimiorrecepção * Língua capta partículas e transfere pro Órgão de Jacobson - Dentição de serpentes: * Áglifa: sem presas inoculadoras * Opistóglifa: presas inoculadoras na porção posterior do maxilar * Solenóglifa: presas inoculadoras sobre um maxilar giratório * Proteróglifa: presas inoculadoras permanentemente eretas na porção rostral do maxilar - Metabolismo: Heliotérmicos, termorregulação comportamental e olho pineal
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