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AINEs - aula

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
 
 
 
TRATAMENTO DA DOR: 
DOR NOCICEPTIVA: 
 Analgésicos, AINEs 
 Corticosteroides 
 Opiácios 
 Psicotrópicos 
 Interrupção das vias 
 Estimulação do SNP e 
SNC 
DOR NEUROPÁTICA: 
 Antidepressivos 
 Antiepilépticos 
 Opiácios 
 Interrupção das vias 
 Estimulação do SNP e SNC 
DOR PSICOGÊNICA: 
 Psicoterapia  Psicotrópicos  Psicocirurgia 
TRATAMENTO DA DOR E DA INFLAMAÇÃO: 
- AINEs 
 Fármacos  controlar a dor e o processo inflamatório 
 Várias classes químicas  variedade farmacocinéticas 
 Propriedades gerais em comum  derivados de ácidos orgânicos 
 Utilizados principalmente por VO, retal, IM ou IV, tópica, otológica, conjuntival 
FARMACOCINÉTICA DOS AINES 
- Bem absorvidos e sua biodisponibilidade não é modificada pelos alimentos 
- Altamente metabolizados  CYP3A ou CYP2C 
- Eliminados na maioria  rins e excreção biliar 
- Alto grau de irritação do TGI deve-se a extensa circulação êntero-hepática 
- A maioria se liga altamente às PtP (albumina) 
ELCOSANOIDES: 
- Prostaglandinas e leucotrienos 
- Elcosanoides por serem derivados de ácidos graxos essenciais de 20 carbonos esterificados em 
fosfolipídeos da membrana celular 
- A síntese dos elcosanoides pode ser desencadeada por diversos estímulos que ativam receptores de 
membrana, acoplados a uma proteína regulatória ligada a um nucleotídeo guaninico (proteína G), resultando 
na ativação da fosfolipase A2 ou elevação da concentração intracelular do Ca2+ 
- A fosfolipase A2 hidrolisa fosfolipideos da membrana, particularmente fosfatidilcolina e fosfatidiletanolamina, 
liberando o ácido araquidônico 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
- O ácido araquidônico liberado servirá como substrato para 2 vias enzimáticas distintas: 
 A via das ciclooxigenases, que desencadeia a biossíntese das prostaglandinas e dos tromboxanos 
 A via das lipoxigenases, responsável pela síntese dos leucotrienos, lipoxinas e outros compostos 
AS COX: 
- As COX possuem 2 atividades distintas: 
1. Uma atividade de endoperóxido redutase que oxida e cicliza o ácido grazo precursor não-esterificado, 
para formar o endoperóxido cíclico PGG (prostaglandina G) 
2. Uma atividade peroxidade que converte o PGG em prostaglandina H (PGH) 
- O local ativo com atividade de ciclooxigenase está localizado em um longo canal hidrofóbico formado no 
centro de alfa-hélices associadas à membrana, permitindo que o ácido araquidônico tenha aceso diretamente 
ao local ativo sem deixar a membrana. A função de peroxidase está localizada do outro lado da enzima, 
sendo semelhante em ambas as isoformas enzimáticas 
- A síntese das PG inicia-se com a atividade da COX catalisando a adição do oxigênio molecular ao ácido 
araquidônico, para formar, inicialmente, o endoperóxido intermediário prostaglandina G2 (PGG). A COX, por 
sua atividade peroxidase, catalisa a redução da PGG  em PGH2 
- As PGG e PGH apresentam pouca atividade e servem como substrato para a formação de prostanoides 
ativos, incluindo PGD2, PGE2, PGF2, prostaciclina (PGI2) e tromboxanos (TXA2)  tem tempo de meia vida 
curta 
RECEPTORES DE PG: 
- As PG formadas se ligam a receptores prostanoides na membrana celular, acoplados à proteína G 
- A ativação da proteína G  estimulação de sistemas efetores  pela liberação de segundos mensageiros 
em diversos tecidos 
- Esses receptores estão organizados em 5 grupos de acordo com a PG com os quais eles apresentam maior 
afinidade, designados de DO (PGD2), FP (PGF2), IP (PGI2) TP (PXA2) e EP (PGE2) 
- A maioria dos r-PG seja receptores de superfície da membrana celular (receptores acoplados à proteína G) 
- Alguns podem estar localizados na membrana nuclear, cujos ligantes atuam como fatores de transcrição, 
alterando a expressão gênica 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS E PATOLÓGICAS DAS CICLOOXIGENASES: 
- As prostaglandinas estão envolvidas em diversos processos fisiológicos e patológicos, incluindo: 
 Vasodilatação ou vasoconstrição 
 Contração ou relaxamento da musculatura 
brônquica ou uterina 
 Hipotensão 
 Ovulação 
 Metabolismo ósseo 
 Aumento do fluxo sanguíneo renal, 
resultando em diurese, natriurese, caliurese 
e estimulação da secreção de renina 
 Proteção da mucosa gástrica e regulação 
do fluxo sanguíneo local 
 Inibição da secreção ácida gástrica 
 Crescimento e desenvolvimento nervoso 
 Resposta imunológica 
 Hiperalgesia 
 Regulação da atividade quimiotáxica celular 
 Resposta endócrina 
 Angiogênese 
 Progressão metastásica 
COX1 E COX2 NO CÉREBRO: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
- Os lipopolissacarídeos e as citocinas podem promover a indução de COX2 em várias regiões do encéfalo e 
que a COX1 é expressa em diversos neurônios 
 A COX1 é distribuída prevalentemente no prosencéfalo, onde as PG estão envolvidas em funções de 
integração, como modulação do sistema nervoso autônomo e de vias sensoriais de transmissão 
 De maneira interessante, a COX2 é expressa em algumas regiões do encéfalo (córtex, hipocampo, 
complexo amígdala-hipocampo), hipotálamo e medula espinhal 
 A via regulatória da resposta febril é a melhor compreendida. A liberação de interleucina-1-beta (IL-
1BETA), a partir do estímulo de pirógenos, promove a síntese central de PGE2, e esta ativa o centro 
termorregulador situado na área pré-óptica do hipotálamo anterior, desencadeando a febre 
EFEITOS DOS AINES: 
 
- A dose dos AINEs necessária para reduzir a inflamação é superior a necessária para inibir a formação de 
prostaglandinas, sugerindo outros mecanismos de ação pelos quais são mediados os efeitos anti-
inflamatórios 
- Efeitos: 
 Inibição da produção de prostaglandinas 
 Inibem proteases específicas envolvidas na degradação de proteoglicanos e os colagenios de 
cartilagem 
 Inibem a geração de radicais de oxigênio, principalmente superóxido 
FARMACODINÂMICA DOS AINES: 
- Inibindo as ciclooxigenases, os AINEs provocam uma série de efeitos: 
 Impedem o efeito vasodilatador das prostaglandinas, causando vasoconstrição renal e redução na 
taxa de filtração glomerular, podendo evoluir para necrose tubular aguda 
 Impedem o efeito inibitório das prostaglandinas sobre os linfócitos T, permitindo a ativação dessas 
células, com consequente liberação de citocinas pró-inflamatórias 
 Deslocam o ácido araquidônico para a via das lipoxigenases, aumentando a síntese de leucotrienos 
pró-inflamatórios 
 A lipoxigenase induz um aumento da permeabilidade capilar, podendo contribuir para a proteinúria, por 
alterar a barreira de filtração glomerular 
 
EFEITOS ADVERSOS DOS AINES: 
- No SNC: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
 Cefaleias 
 Zumbidos 
 Tontura 
 Meningite asséptica  rara 
- CVR: 
 Retenção hídrica 
 Hipertensão 
 Edema 
 Infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca 
congestiva  raro 
 
- GI: 
 Dor abdominal 
 Displasia 
 Náuseas 
 Vômitos 
 Úlceras ou sangramentos 
 
- Hematológicas: 
 Raramente trombitopenia, neutropenia ou anemia aplásica 
- Hepáticos: 
 Provas de função hepática anormais  Insuficiência hepática  raro 
- Pulmonares: 
 Asma 
- Cutâneos: 
 Exantemas de todos os tipos  Prurido 
- Renais: 
 Insuficiência renal 
 Falência renal 
 Hiperpotassemia 
 Proteinúria 
AINES E NEFROTOXICIDADE: 
- A nefrotoxicidade é um sério problema e é mediada pela inibição da prostaglandina na arteríola glomerular 
aferente e nefrite intersticial 
- Ocorrência  incidente nos indivíduos com doença renal persistente 
- A preocupação deve ser maior pela idade dos pacientes e sua função renal rebaixada, principalmente nos 
usuários de diuréticos e anti-hipertensivos; motivos pelos quais para esse grupo de doente estes 
medicamentos são contraindicados 
 
 
INDICAÇÕES CLÍNICAS: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
 Manifestações musculoesqueléticas localizadas (distensão e entorse, dor lombar) em pacientescom 
artrite reumatoide, poliomiosite, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica progressiva, 
poliartrite nodosa e espondilite anquilosante 
 Dismenorreia primária 
 Mastocitose sistêmica 
 Serosites lúpicas (pleurite e pericardite) 
 Tratamento da gota aguda e em osteoartrose, artroplastia e fibrose cística 
CLASSES: 
INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX: 
- Derivados do ácido salicílico (salicilatos)  ácido acetilsalicílico (aspirina), salicilato de sódio 
- Derivados do ácido fenilacético  diclofenaco de sódio, aceclofenaco 
- Derivados do ácido propiônico  ibuprofeno, Naproxeno 
- Derivado do ácido indolacético  Etodolaco 
INIBIDORES COX1/COX 2 
- AAS, indometacina - Diclofenaco, cetoprofeno - Piroxicam, iburofeno 
COX2: 
- Celecoxibe - Etoricoxibe 
PREFERENCIAL COX2: 
- Meloxican - Nimesulide 
CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA MEIA VIDA PLASMÁTICA: 
 Meias vidas curtas  1-9h  diclofenaco, cetoprofeno, fenoxiprofeno, AAS, ibuprofeno, cetorolaco 
 Meias vidas médias  10h  sulindaco, etodolaco, celecoxibe, diflunisal 
 Meias vidas longas  até 60h  naproxeno, meloxicam, piroxicam 
FATORES CONDICIONANTES NA ESCOLHA DE UM AINE: 
DEPENDENTES DO FÁRMACO; 
 Eficácia 
 Efeitos adversos 
 Duração da ação 
 Formulação 
 Preço 
DEPENDENTES DO DOENTE: 
 Variação individual 
 Doença 
 Ritmo diário dos sintomas 
 Idade 
 Doenças associadas 
 Uso de outros fármacos 
SALICILATOS (A. ACETILSALICÍLICO/ASPIRINA) 
- Ações: 
 Anti-inflamatória  vasodilatação e edema 
 Analgésica  PGs, hiperalgesia, Bk, 5-HT, dor 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
 Antipirética  IL-1, PGs, hipotálamo, febre 
ASPIRINA 
- A aspirina em baixas doses acetila a COX1 de forma irreversível, bloqueando a síntese de TXA2 pelas 
plaquetas  efeito antiplaquetário (dura de 8-10 dias) 
- Em baixas doses, a aspirina tem pouco efeito sobre a síntese de PGI2 no endotélio vascular 
- O efeito final do uso da aspirina em baixas doses é uma redução do risco de trombose 
AAS: 
- Inibe a agregação plaquetária 
- Prevenção de pré-infarto 
- AAS infantil tem efeito antiagregante obtido em doses menores que as doses anti-inflamatórias 
- Plaqueta somente expressa COX1  inibição de COX1 inibe a produção de TXA2 (indutor de agregação 
plaquetária) 
- Contraindicado em caso de suspeita de dengue 
- Dengue hemorrágica  risco de sangramento  inibição de agregação plaquetária em pacientes com 
hemorragia é potencialmente fatal 
EXCREÇÃO: 
- Dependente do ph e dose absorvida 
 Urina alcalina  ph 8,0  80% de salicilato livre  aumenta a taxa de excreção 
 Urina ácida  ph 4,0  10% de salicilato livre 
 Aumento da dose  maior excreção de fármaco livre 
- Dependente de associação com fármacos que se ligam à albumina 
INDICAÇÕES CLÍNICAS: 
 Analgesia  dores leves a moderadas 
Cefaleia, dismenorreia, mialgias, artralgias, neuralgias, desconforto pós-operatório, pós parto, cirurgias 
odontológicas, procedimentos ortopédicos 
 Antitérmico  cuidado síndrome de REYE 
- Usar em crianças o paracetamol 
- Não pode usar em pacientes hemofílicos ou que usam heparina ou anticoagulantes orais  hemorragias 
EFEITOS ADVERSOS ASPIRINA E SALICILATOS: 
- Síndrome de REYE  combinação de distúrbio hepático com encefalopatia – taxa de mortalidade de 25% 
- O paracetamol não tem sido implicado e é o fármaco de escolha para antipirexia em crianças e adultos 
jovens 
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
- Contraindicado o uso de AINEs no último trimestre da gravidez 
- Risco de fechamento do canal arterial 
- O inicio do parto pode ser atrasado e a duração aumentada  aumento da hemorragia pós-parto 
- O uso de AINEs sugere um risco aumentado de aborto espontâneo, malformações cardíacas 
DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO 
 Salicilato de metila  (calminex H )  uso externo 
 Dores músculo esqueléticas 
INTOXICAÇÃO AGUDA: 
- Leve: 
 45-65mg/dl 
 Náusea, vômitos, epigastralgia, zumbido e rubor 
 Desidratação 
- Moderada: 
 65-90mg/dl 
 Hipertermia, hiperventilação, sudorese, cefaleia, ansiedade, surdez, vertigem, irritabilidade e tremores 
 Acidose metabólica precose  crianças < 4 anos 
 Alcalose respiratória  adultos e crianças maiores 
 Acidose metabólica compensada  adultos 
 Alterações bioquímicas leves ou moderadas  Na+, K+, glicemia 
- Severa 
 90-1120mg/dl 
 Alterações bioquímicas graves  hipo ou hiperglicemia, aumento TP, ureia e creatina séricas, 
hipocalemia, hipo ou hipernatremia 
 SNC  confusão, sonolência, delírio, convulsões e coma 
 Insuficiência real, hepática, edema pulmonar, choque e óbito 
DERIVADOS DA PIRAZOLONA: 
- Fenilbutazona (butazolidina) 
- Oxifembutazona (Febupen) 
- Dipirona ou Metamizol (Anador) (Novalgina) (Maxiliv) 
USOS: 
 Ação analgésica e antipirética 
 Não deve ser usado por mais de uma semana devido aos efeitos adversos 
 Alguns autores  a dipirona apenas como bom analgésico, antipirético e espasmolitico 
 
ADM: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 
 
 Oral  Retal  Parenteral 
DIPIRONA: 
- A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e espasmolítico 
- É uma pró-droga  gera vários metabólitos, mas há 2 com propriedades analgésicas: 
 4-metil-aminoantipirina (4-MAA com 90% de biodisponibilidade) 
 4-amino-antipirina (4-AA) 
- O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA, 48% pra AA 
- IV  meia vida = 14 minutos para a dipirona 
- Excreção renal = 96% na urina e 6% pelas fezes 
CONTRAINDICAÇÕES: 
- Não deve ser adm a pacientes: 
 Com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras 
pirazoloas (ex: fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex: fenilbutazona, oxifembutazona) com 
experiência prévia de agranulocitose com uma destas substâncias 
 Com função da medula óssea prejudicada (após tratamento citostático) ou doenças do sistema 
hematopoiético 
 Que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactoides (urticária, rinite, 
angioedema) com analgésicos como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, 
naproxeno 
 Com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (risco de hemólise) 
 Gravidez e lactação 
 Em crianças com idade entre 3-11 meses ou pesando menos de 9kg, não adm IV, preferir IM 
USO DE DIPIRONA E DISCRASIAS SANGUÍNEAS: 
- A dipirona é o principal analgésico da terapêutica brasileira 
- Ocupa o 4º lugar na etiologia da agranulocitose, depois de ticlopidina, clozapina e metamizol 
- A ocorrência de aplasia medular é rara no uso intensivo de dipirona 
DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL: 
- Paracetamol  inibidor seletivo COX3 
 Fraco inibidor da COX periférica 
 Não apresenta ação plaquetária e nem no tempo de coagulação 
 Alternativa para Aas  não irritante gástrica 
 Não apresenta atividade anti-inflamatória 
 A via de adm é VO 
 Lesão hepática importante  hepatotóxico (10-15g) 
 Neutropenia/trombocitopenia 
- A dose terapêutica convencional varia de 325-1000mg em adultos, não ultrapassando 4000mg ao dia 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 
 
- Em crianças, pode-se adm uma dose de 10mg/kg, não utilizando mais que 5 doses em 24h 
- O paracetamol tem 3 mecanismos metabólicos: 
1. Conjugação com ácido glicurônico (glicuronização) 
2. Sulfatação 
3. Oxidação 
- A via oxidativa produz um metabólito altamente tóxico em condições terapêuticas, se une ao glutation, 
formando conjugados de cisteína e ácido mercaptúrico 
- A glicuronização e a sulfatação produzem metabólitos atóxicos 
METABOLISMO DO PARACETAMOL: 
- Em doses acima de 4g/dia, após a saturação das vias metabólicas principais, o paracetamol sofre oxidação, 
gerando o metabólito tóxico n-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI) 
- Doses terapêuticas de paracetamol (325-1000mg) resultam em quantidades pequenas de NAPQI, na qual 
são conjugadas glutationPARACETAMOL: TOXICODINÂMICA: 
EFEITO TÓXICO: 
- O subproduto obtido através do sistema P450 oxidade é hepatotóxico (N-acetil-benzoquinoneimina – 
NAPQI) 
- Este reage com os grupamentos – SH da glutationa (GSH), resultando em ácido mercaptúrico-cisteína 
- Em superdosagem, a produção do NAPQI excede a capacidade de conjugação com GSH e o NAPQI reage 
diretamente com as macromoléculas hepáticas, as proteínas tiólicas (PSH) (ligação covalente) 
- Oxidação de PSH e tióis não proteicos  peroxidação lipídica e distúrbio da homeostase do íon cálcio 
intracelular (morte celular) 
- O dano renal talvez ocorra pelo mesmo mecanismo 
PARACETAMOL: ANTIDOTO 
- N-acetilcisteína – FLUIMUCIL 
MECANISMO DE AÇÃO: 
 Precursor de GSH  aumenta a síntese de GSH hepática 
 Doador de grupo sulfidrila  substituto de GSH 
 Aumenta a conjugação do paracetamol com sulfato 
 Melhora a função de múltiplos órgãos na insuficiência hepática 
DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO: 
- Indometacina  Indocid 
- Aceclofenaco  Proflam 
- Sulindaco  Clinoril  análoco da indometacina 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 
 
- Diclofenaco  Voltaren e Cataflan 
USOS: 
- Potentes anti-inflamatórios (mais do que a aspirina) em casos agudos dolorosos como artrite reumatoide, 
espondilite anquilosante e osteoartrite 
- Controle da dor pós-operatório inclusive em olhos 
- Em neonatos prematuros a indometacina tem sido utilizada para acelerar o fechamento do ducto arterioso 
- Não deve ser usado para baixar febre, exceto quando a febre é refratária a outros antipiréticos como na 
Doença de Hodgkin 
DICLOFENAC: 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS: 
- Anti-inflamatório, analgésico e antipirético 
- Mais potente que o AAS, a indometacina e o naproxeno na inibição da COX 
- Indicado para o tto da artrite reumatoide, osteoartrite e espondilite ancilosante 
APRESENTAÇÕES: 
 Comprimidos 
 Supositório 
 Gel tópico 
 Injetável 
 Solução oftálmica 
OUTROS DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO: 
- Ceterolaco trometamol  atividade anti-inflamatória e antipirética leva. Potente analgésico para a dor pós-
operatória, eficácia equivalente a da morfina em baixas doses para o controle da dor (associar com opioide 
para alivio da dor) 
 Toragesic 
 30mg/IV 
 10mg/sublingual 
 Meia vida  4-6h 
DERIVADOS INDÓLICO ACÉTICO: 
- Indometacina 
 Derivado indol 
 Potente inibidor não seletivo de COX, que também pode inibir as fosfolipases A e C, reduzir migração 
de neutrófilos 
 Potencia  10-40x mais potente que o AAS 
 Doses diárias  25mg 2-3x/dia ou 75-100mg/noite 
 RAM  cefaleia, neutropenia, trombocitopenia 
 Indicações  artrite reumatoide moderada a grave, osteoatrite e artrite gotosa aguda, fechamento 
canal arterial 
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO OU ÁCIDO FENILPROPIÔNICO 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 
 
 Naproxeno  mais potente e melhor 
tolerado 
 Ibrupofeno  equipotente ao AAS 
 Cetoprofeno  análogo do ibuprofeno 
 Flurbiprofeno 
 Fenoprofeno 
 Loxoprofeno 
 Pranoprofeno 
 Indoprofeno 
 
- Potentes como anti-inflamatório, analgésico e antipirético e, a baixa toxicidade leva a melhor aceitação por 
alguns pacientes em menos incidência de efeitos adversos do que a aspirina e a indometacina 
- Usos  artrite reumatoide, osteoartrite, tendinite, bursite, enxaqueca, dismenorreia primária, etc 
- Apresentação  enteral e parenteral 
NAPROXENO 
Flanax  275mg/20com e 550mg/10mp 
Naproxeno  250mg/15comp e 500mg/20com 
IBUPROFENO: 
- Equiporente ao AAS 
- Absorção rápida com meia vida de 2h 
- Dose <800mg 4x/dia + dose habitual = 400mg/6h 
- VO  comprimidos, cápsulas gelatinosas, gotas e suspensão 
- Efeitos adversos: 
 Melhor tolerado e efeitos no TGI em 5-15% dos pacientes 
 Menos débito urinário 
 Limita efeitos cardioprotetores do AAS 
 Trombocitopenia, exantema, cefaleia, tonturas, etc 
- Usos: 
 Alívio de cefaleias, mialgias, artrite reumatoide, osteoartrite, dismenorreia primária, traumatismos com 
entorses, luxações e fraturas, febre e alívio da dor aguda ou crônica associada à reação inflamatória 
CETOPROFENO: 
Bi-Profenid  150mg/10com 
Profenid  1mg/ml xpe: fr/150ml + seringa graduada 
Profenid Entérico  100mg/20comp 
FLURBIPROFENO 
Targus LAT  40mg/adesivo (envelope com 5 adesivos) 
LOXOPROFENO: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 
 
Loxoprofeno sódico anidro  60mg/comp 
ETODOACO: 
Flancox  330 e 400mg/comp 
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO OU OXICAMS: 
 Piroxicam 
 Tenoxicam 
 Meloxicam 
 Beta-ciclodextrina – piroxicam 
VANTAGENS: 
 Meia vida mais longa 
 Apenas 20% dos pacientes apresenta efeitos adversos, entretanto, aumenta o tempo de coagulação e 
pode interferir na eliminação renal de lítio 
- Piroxicam tem meia vida plasmática de 70h 
- Meloxicam tem meia vida de cerca de 20h 
- Piroxicam muito mais anti-inflamatório do que analgésico 
 Usado para o tratamento de artrite reumatoide 
- Meloxicam apresenta seletividade de 40x para a COX2 (preferencialmente seletivo) 
DERIVADOS DO ÁCIDO FENILANTRANÍLICO 
- Ácido mefenâmico 
 Uso  dismenorreia devido a ação antagonista nos receptores da PGE2 e PGF2alfa 
 VO 
 Efeitos colaterais mais frequentes: 
- GI  dispepsia, desconforto gástrico 
- Anemia hemolítica 
 Contraindicações  doença GI, alteração da função renal 
 A limitação tem sido diarreia e inflamação intestinal 
INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA CICLOXIGENASE 2  COX2 
 Celecoxibe 
 Etoricoxibe 
- Estes fármacos tem a ação específica sobre a enzima COX2 sendo também conhecidos como coxibe 
- Usos: 
 Anti-inflamatórios 
 Analgésicos 
 Antipiréticos 
 
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COXIBS: 
- Introduzidos no mercado em 1999 e os primeiros representantes dessa classe foram o celecoxib e rofecoxib 
- A 2ª geração dos COXIBs inclui etoricoxibe 
- Diferem na sua estrutura química 
- Diferente dos AINEs convencionais que possuem um grupo carboxil na estrutura: 
 Celecoxibe  pró-droga do valdecoxib  são sulfonamidas 
 Etoricoxibe  não metilsufonas 
NIMESULIDA: 
- É uma sulfonamida com seletividade para COX2 
- Ação: 
 Inibição da fosfodiesterase tipo IV 
 Redução da formação do ânion superóxido 
(O2) 
 Inibição de proteinases (elastase, 
colagenase) 
 Prevenção da inativação do inibidor da alfa-
1-protease 
 Inibição da liberação de histamina dos 
basófilos e mastócitos humanos e inibição 
da atividade da histamina 
- Efeitos farmacológicos: 
 Inibidor PGs fraco 
 Mecanismo central analgésico noradrenérgico 
 Analgésico somente 
- Dose: 
 Comprimido  100mg/12h 
 Gostas 50mg 
 Suspensão 10mg/ml 
 
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- Aconselha-se adm os comprimidos, comprimidos dispersíveis, granulados, gostas ou suspensão oral após 
as refeições 
- RAM: 
 Diarreia 
 Náuseas 
 Vômitos 
 Prurido 
SEGURANÇA DE USO DE NIMESULIDA: 
- A hepatotoxicidade causada pela nimesulida tem sido relatada como grave e até fatal, de acordo com vários 
casos documentados em diversos países 
- No Brasil, é largamente comercializada e amplamente prescrita como medicamento rotineiro por médicos e 
dentistas, além de ser também usada pela população de forma inadvertida, muitas vezes sem prescrição e 
acompanhamento profissional 
- Recomendam restringir a duração do tratamento (15 dias com dose max de 100mg/dia) para minimizar os 
riscos de lesão hepática

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