PIM 4

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
BRK AMBIENTAL PARTICIPAÇÕES S/A
PIM IV
SOROCABA
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso Superior Tecnologia em Gestão Ambiental
Larissa dos Anjos Silva – RA: 0587692
Manoel Silva Oliveira – RA: 0584331
Patrícia do Nascimento Silva Vargas – RA: 0578658
Reginaldo dos Santos Araújo – RA: 0589813
Tamara Monike Silva de Souza – RA: 0586070
Thais Didoné Araujo de Melo – RA: 0586092
BRK AMBIENTAL
PIM IV
Trabalho apresentado no Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da UNIP, como requisito para aprovação no Projeto Integrado Multidisciplinar IV – PIM IV.
Orientador: Michelly Gonçalves Barboza
Sorocaba
2020
RESUMO
A Constituição Federal da República Federativa do Brasil, traz em seu artigo 6º os direitos sociais dos cidadãos brasileiros. Interpreta-se que todos os desequilíbrios, as práticas segregatórias e a distribuição de poder injustas impedem o avanço do desenvolvimento econômico e social quando desprezam a importância social de acesso a água. Assim, este trabalho teve como foco propor uma análise da empresa BRK Ambiental. Foram realizadas análises textuais qualitativas e os documentos pesquisados foram extraídos do website oficial da empresa. A empresa atua em diversos estados, em mais de 100 municípios, disponibilizando serviços que alcançam mais de 15 milhões de pessoas. A organização tem sua matriz em São Paulo e desde 2017 a Brookfield detém 70% de suas ações. A abrangência de sua atuação na prestação dos serviços de água e esgoto é definida pelo modelo de contratação estabelecido com cada município ou estado. O objetivo deste trabalho é aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas de Fundamentos da Ecologia: ecossistema e biodiversidade, Dinâmica das Relações Interpessoais e Química Ambiental, com intuito de inserir práticas gerenciais fundamentadas nos conhecimentos adquiridos em aula aplicando-os no funcionamento da empresa.
Palavras-chave: BRK Ambiental, Água e Saneamento Básico.
Sumário 
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	BRK Ambiental	4
3.	FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA: ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE	5
3.1.	Sustentabilidade	5
3.2.	Fossa Séptica	5
4.	DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS	8
4.1.	Compliance	8
5.	QUÍMICA AMBIENTAL	10
5.1.	Setores	10
5.1.1.	Gestão de coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos	12
5.1.2.	Reuso de água não potável para fins industriais	13
5.2.	A BRK Ambiental e a tecnologia holandesa NEREDA.	14
6.	CONCLUSÃO	16
8.	REFERÊNCIAS	18
INTRODUÇÃO
A Declaração Universal dos Direitos Humanos – “Universal Declaration of Human Rights”, aprovada em 1948, prenuncia o reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana são fundamentos da liberdade, da justiça e da paz no mundo (UNESCO, 1948).
O Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, implementado pela Comissão dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, tem sido reforçado por resoluções, destacando-se o Comentário Geral nº 15, o qual reconheceu o direito humano à água como um direito econômico, social e cultural destacando os motivos pelos quais a água pode ser reivindicada como tal direito:
" O direito humano à água habilita todas as pessoas à água suficiente, segura, aceitável, fisicamente acessível e disponível para uso pessoal e doméstico. Uma quantidade adequada de água segura é necessária para evitar a morte por desidratação, para reduzir o risco de doenças relacionadas com a água e para fornecer água suficiente para o consumo, cocção, higiene pessoal (UN,2003)"
A Constituição Federal da República Federativa do Brasil, traz em seu artigo 6º a seguinte normativa: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados, na forma da Constituição.”
Interpreta-se que todos os desequilíbrios, as práticas segregatórias e a distribuição de poder injustas impedem o avanço do desenvolvimento econômico e social quando desprezam a importância social de acesso a água.
Assim, este trabalho teve como foco propor uma análise da empresa BRK Ambiental por esta despontar no cenário nacional como detentora de tecnologias que visam a sustentabilidade em suas atividades, abordando e relacionando de maneira adequada o conteúdo assimilado nas disciplinas de Fundamentos de ecologia: Ecossistema e Biodiversidade, Química Ambiental e Dinâmica da Relações Interpessoais nesta empresa.
De acordo com Moraes (1999), na análise textual qualitativa tem-se a fragmentação dos textos e a sua síntese, para posterior reintegração dos elementos semelhantes em categorias formando novos textos, os quais reúnem os aspectos essenciais do objeto de análise. Os documentos consultados nesta pesquisa foram extraídos através de leitura e análise do website oficial da empresa, legislação vigente e bibliografia sugerida aplicada às disciplinas cursadas. As informações coletadas referem-se à preocupação com a identificação do tratamento concebido à água na condição de direito humano e relação aos conteúdos cursados até aqui. Para tanto, buscou-se pelas palavras-chave:  Água e Saneamento Básico, BRK Ambiental, Sustentabilidade.
BRK Ambiental
A empresa BRK Ambiental Participações S.A. inscrita no CNPJ sob o nº 24.396.489/0001-20, com sede matriz em São Paulo – SP, foi criada em janeiro de 2008 e desenvolve atividades no ramo de: construção de redes de abastecimento de água - captação, tratamento e distribuição de água; gestão de coleta, tratamento e construção de redes de esgoto; coleta, tratamento e disposição de resíduos não-perigosos, além de descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos.
A BRK Ambiental se qualifica como sendo a maior empresa privada de saneamento do Brasil. Atua em 100 municípios do país, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins disponibilizando serviços que alcançam mais de 15 milhões de pessoas.
Como sociedade anônima, a empresa integrava a Organização Odebrecht que, em outubro de 2016, vendeu sua participação na subsidiária para o grupo Brookfield, companhia canadense que chegou ao Brasil em 1899 e administra ativos em mais de 30 países, nos cinco continentes.
Desde abril de 2017, a Brookfield detém 70% de ações BRK Ambiental. O FI-FGTS, sigla para Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, detém os 30% de participação restantes do capital social. Criado em 2007, o FI-FGTS é administrado pela Caixa Econômica Federal – empresa da Administração Pública Federal Indireta – e tem seus recursos focados na concretização de projetos de infraestrutura no Brasil.
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A BRK Ambiental tem como presidente a engenheira eletricista Teresa Cristina Querino Vernaglia, que assumiu o comando da empresa em maio de 2017, após a conclusão da aquisição; e, até 2017, a empresa se chamava Odebrecht Ambiental.
FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA: ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE
A disciplina de Fundamentos de Ecologia: ecossistema e biodiversidade trazem conceitos teóricos em que analisa os efeitos das atividades humanas sobre os ecossistemas, com base nas alterações dos ciclos biogeoquímicos. Observa e descreve os fatores abióticos e bióticos e as principais características que regem os padrões de organização das comunidades biológicas em ecossistemas naturais e artificiais apontando e conhecendo os impactos ambientais nos biomas brasileiros.
Sustentabilidade
A empresa afirma desenvolver tecnologias e trabalhar focada para melhorar a qualidade de vida das comunidades onde estão presentes e atender as demandas de seus clientes de forma sustentável. A BRK Ambiental aponta propósitos sustentáveis claros e objetivos em todas as suas esferas de atuação: “Mobilizar a sociedade, planejando em conjunto ações transformadoras para promover o futuro sustentável do Brasil.
Fossa Séptica
A empresa incentiva a condução da sustentabilidade nas comunidadesonde atuam, reforçando o compromisso de mobilizar a sociedade a planejar em conjunto ações transformadoras para promover o futuro sustentável no Brasil. Tendo ações para preservar os recursos naturais e reduzir os impactos ambientais, visando construir o amanhã.
A empresa BRK Ambiental possui alguns sistemas de coleta e tratamento de esgoto, procurando prevenir a contaminação e transmissão de doenças. Grande parte da despoluição deve-se ao tratamento intenso investido nos avanços em esgotamento sanitário, frisa-se aqui o processo de fossa séptica.
É um sistema de tratamento primário de esgoto doméstico, onde acontece a purificação de compostos residuais. São mais usados em áreas rurais e suburbanas. Esse tipo de fossa, veio para substituir a fossa rudimentar, na qual não sofria nenhum tipo de tratamento. É uma forma simples e mais barata de realizar o tratamento do esgoto. Se tornando uma solução temporária para as regiões onde ainda há dificuldades no serviço público de esgotamento sanitário. Apesar de ter uma grande eficiência, esse tipo de fossa não oferece um tratamento com qualidade, como uma estação de tratamento de esgoto (ETE).
O principal objetivo da fossa séptica é purificar a água, para devolvê-la para o meio ambiente, sem provocar nenhum impacto. Ao decorrer do processo haverá a separação e transformação físico-química da matéria sólida presente nos dejetos. Esse processo de decomposição é importante, pois diminui a quantidade de matéria orgânica, porque remove cerca de 40% da demanda biológica de oxigênio (DBO). Resultando na estabilização ideal dos gases, onde estes, se tornam adequados para ser despejados de volta ao meio ambiente de forma segura. Podendo ser usado na irrigação da lavoura, ou até ser reaproveitada para consumo humano, desde que seja devidamente tratada por um processo de cloração. Frisando que na fossa séptica só entram dejetos que vem dos vasos sanitários.
As fossas sépticas são uma estrutura essencial e necessária às moradias, sendo fundamentais ao combate de doenças, pois diminuem o lançamento de dejetos humanos diretamente em rios, lagos, ou mesmo na superfície do solo. O seu uso é primordial para a melhoria das condições de higiene das populações rurais e de localidades que não recebem serviço por redes de coletas publica de esgoto. As fossas não devem ficar muito próximas das residências, devido ao mau cheiro, no mínimo uma distância de 30 metros, edindo no mínimo 1.250 litros. Seu tamanho depende do número de pessoas que residem na casa, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através das normas NBR 7229 e 13969, estabelece todos os parâmetros que devem ser obedecidos na construção das fossas sépticas, podendo ser de alvenaria ou concreto.
Nesse tanque de concreto ou alvenaria, serão despejados pelos vasos sanitários os dejetos para o processo de decantação, onde a parte sólida fica no fundo, sofrendo a decomposição através das bactérias anaeróbicas. Esse processo irá formando um tipo de lodo, enquanto outros resíduos flutuam para o topo, se assimilando a uma espuma. O tanque deve conter uma válvula de escape, uma forma de liberar os gases que serão produzidos pelas bactérias durante o processo de fermentação, havendo assim a evaporação. A água residual do tanque irá passar por um processo de filtração, composto por cascalho e areia, em seguida será depositado através de tubulações em outro tanque sumidouro, permitindo que as águas residuais sejam filtradas pelo solo. A água residual penetra no solo, removendo naturalmente as bactérias, vírus e nutrientes nocivos. Neste modelo de tratamento a remoção da DBO ou DQO fica entre 40% a 70%. A DBO está associada a quantidade de oxigênio que os processos biológicos necessitam para destruir a matéria orgânica, se estiver com o número elevado é porque existe muita matéria orgânica no efluente. Se estiver baixa a DBO é que possa não existir poluição, nem microrganismos decompositores capazes de decompor a matéria. A DQO já é referente à quantidade necessária de oxigênio que os processos químicos precisam para degradar a matéria orgânica. Estando alta significa que o material orgânico consome muito oxigênio durante o processo de degradação, já baixo é o inverso.
Para que a fossa séptica funcione normalmente, é necessário manter a limpeza e manutenção regularmente esse procedimento deve ser feito a cada 6 meses evitando que os dejetos sejam jogados em rios ou solo, podendo causar contaminação e impactar ecossistemas inteiros, com grandes consequências ao meio ambiente e a fauna e flora local. Pois as substâncias mais pesadas se acomodam no fundo, formando uma camada de lodo, se o lodo atingir um nível mais alto que o permitido, mais substâncias sólidas irão para o sistema de absorção do solo. importante que esse procedimento seja realizado por empresas especializadas, pois requer o uso de ferramentas e equipamentos próprios e adequados para a sucção dos dejetos.
Mesmo que existam alguns modelos interessantes de fossa séptica, que trazem pouco impacto a céu aberto, elas devem ser encaradas como soluções temporárias para a ausência do serviço público. A fossa séptica possui algumas vantagens quando construídas como:
· Equipamentos que não utilizam energia;
· Estrutura duradoura;
· Baixo custo na manutenção;
· Solução temporária para comunidades rurais e de baixa renda;
· Evita doenças vinculadas a falta de saneamento básico.
Assim como vantagens a fossa séptica também possui algumas desvantagens:
· Possibilidade de gerar maus odores, porem controláveis;
· Possibilidade de geração de efluente com aspecto desagradável.
Remoção periodicamente de lamas acumuladas no tanque, quanto mais é utilizada, mais rápido vai precisar ser limpa.
DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
A disciplina Dinâmica das Relações Interpessoais propõe a compreensão da importância do trato entre o indivíduo e a coletividade no contexto das organizações reconhecendo as transformações comportamentais, o papel do feedback nessas mudanças e nos relacionamentos. Dispondo-se a abordar aspectos da tomada de decisão, delegação e negociação de forma a refletir sobre o papel dos líderes nesses processos, assim como na administração dos conflitos e nos fatores de pesquisa do clima organizacional.
Compliance
A organização traz em sua estrutura o conceito de Compliance – termo em inglês – que essencialmente significa estar de acordo com uma regra, que relaciona a conduta da empresa e sua adequação às normas dos órgãos regulamentadores.
Segundo o blog siteware, esse conceito abrange todas as políticas, regras, controles internos e externos aos quais a instituição precisa se adequar. Portanto, adequando-se ao compliance, as atividades estarão em plena aquiescência com as regras e legislações aplicadas aos processos. Tanto a empresa como os colaboradores, inclusive fornecedores de interesse, precisam se comportar de acordo com as regras dos organismos reguladores. Além disso, precisam garantir o fiel cumprimento de diversos instrumentos normativos internos, pois, somente desta forma a empresa estará em compliance ambiental, trabalhista, financeiro, contábil e segura operacionalmente.
A BRK Ambiental aponta que considera o Compliance como uma responsabilidade de todos os funcionários, independentemente de hierarquia. Segundo a instituição há o compromisso em implementar sistemas e estruturas apropriadas para fornecer suporte, aconselhamento e orientação necessários para garantir que requisitos éticos e regulatórios sejam identificados e atendidos
A organização disponibiliza uma versão eletrônica dos principais instrumentos normativos de modo que permite uma maior acessibilidade a todos os interessados.
O Código de Conduta Ética Profissional de Funcionários serve como um guia sobre como os funcionários devem agir e comportar-se enquanto colaborador da instituição em tela. O documento disponível ressalta a responsabilidade de proteção à sua reputação, bem como a condução dos negócios e atividades dentro da estrita legalidade e em observância aos princípios e valoresdefinidos. O objetivo é a preservação da cultura corporativa.
Segundo o Código de Conduta da instituição, qualquer funcionário que praticar assédio, agindo ou ameaçando agir de forma violenta, ou discriminar outra pessoa, ou qualquer colaborador que, conscientemente, tolere a discriminação ou assédio de outra pessoa, estará sujeito a medidas disciplinares, inclusive demissão, pois todos têm o direito de trabalhar em um ambiente seguro e saudável. Para tanto, devem obedecer rigorosamente a todas as leis e procedimentos internos sobre saúde e segurança do trabalho.
A Política Antissuborno e Anticorrupção visa assegurar que funcionários, fornecedores e terceiros observem os requisitos das leis antissuborno e anticorrupção, e ofereça orientações sobre as expectativas da empresa com relação à prevenção e identificação de suborno.
Já o Código de Conduta Ética para Fornecedores visa fixar regras que devem pautar a conduta ética e socioambiental dos fornecedores e terceiros que se relacionam com a BRK Ambiental definindo as responsabilidades das partes envolvidas que são importantes para empresa.
QUÍMICA AMBIENTAL
A disciplina Química Ambiental nos aponta que as últimas décadas foram marcadas por crescente conscientização de cidadãos e empresas em relação a danos ambientais causados por atividades humanas, que geram os resíduos e infortúnios que os nossos ecossistemas vêm sofrendo, pois têm destino na atmosfera, nos corpos d'água e nos solos. A doutrina explora os princípios da química e sua importância no meio ambiente, reflete os processos naturais que acontecem na atmosfera, na água e no solo e as alterações provocadas por poluentes nestes processos.
Setores
A organização atua com diferentes modelos de contratos, adaptados às expectativas, necessidades e potencial de investimento das entidades do poder público e dos clientes e parceiros privados interessados nos serviços.
O contrato de concessão ocorre quando há transferência para a iniciativa privada da administração de um serviço ou bem público, por período pré-estabelecido. Neste caso, a BRK Ambiental opera serviços de água e esgoto dentro dos limites do contrato e sob fiscalização e regulação do Poder Concedente e Agência Reguladora. O modelo está fundamentado na Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal.
Parceria Público-Privada é uma modalidade de concessão em que a Administração Pública delega a prestação de um serviço público para a iniciativa privada, com ou sem prévia construção, mediante licitação. A principal diferença entre Concessão e a Parceria Público-Privada é a forma de remuneração do parceiro privado. As PPPs estão reguladas pela Lei nº 11.079 de 30 de dezembro de 2004, que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública.
A operação e a manutenção são fundamentadas na Lei de Licitações (Lei nº 8666/1993) e formalizada entre o Poder Público e a iniciativa privada. Após vencer a licitação, a BRK Ambiental pode atuar na operação e manutenção de ativos de saneamento, como redes de esgoto e estações de tratamento de água e esgoto, entre outros.
A BRK Ambiental opera nos segmentos de água e esgoto e resíduos e atua por meio de parcerias com empresas públicas e privadas em municípios e estados, pois afirma acreditar no potencial de inovação que emerge da parceria entre poder público e iniciativa privada. A abrangência da instituição na atuação na prestação dos serviços de água e esgoto é definida pelo modelo de contratação estabelecido com cada município ou estado, mas está fundamentada nos formatos de:
· Gestão da cadeia de abastecimento de água, da captação à distribuição;
· Gestão de coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos.
Considerando o conceito citado, o tratamento adequado da água é importante para eliminação de microrganismos, em que auxilia na prevenção de doenças que podem atingir a população. Verifica-se que a entidade, no segmento de água e esgoto, atende a cerca de 15 milhões de pessoas em mais 100 municípios. Nesse segmento, a empresa complementa investimentos públicos para universalização dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto em parceria com companhias públicas e privadas e administrações estaduais e municipais.
Acerca da empresa BRK ambiental, a água tratada que é consumida nas residências atendidas pela organização passa por um longo percurso antes de ser disponibilizada nos registros, o seu tratamento é um longo processo de modificação e purificação pelo qual a água passa, até chegar em condições de consumo para abastecer a população.
A água é transportada de rios, mananciais, poços ou represas até as estações de tratamento através de adutoras. Nas estações de tratamento, passa por várias etapas, que serão mais complexas dependendo das impurezas existentes na água, é purificada e depois conduzida para tubulações que ligam às caixas d’água e reservatórios de abastecimento. Alguns dos procedimentos gerais para o tratamento da água são:
Pré-alcalinização: O primeiro processo é passar por tanques que contém uma solução de cloro (Cl), cal (óxido de cálcio, CaO) e sulfato de alumínio Al2(SO4)3. Essas substâncias reagem formando outra substância que é o hidróxido de alumínio (Al (OH)3). Esse processo serve para ajustar o pH aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento. Para o consumo humano, recomenda-se um pH esteja entre 6,0 e 9,5. A sigla pH serve como referência para a determinação do nível de acidez de um meio. Porém, há muito tempo, os químicos também utilizam o pH como referência para determinar, além da acidez, se um meio é básico ou neutro. A água sofre autoionização, ou seja, produz hidrônios (H+) e hidróxidos (OH-). Assim, uma solução aquosa nunca apresenta apenas hidrônio ou hidróxido, mas os dois Os valores utilizados para o pH têm como referência a constante de ionização (Kw) da água na temperatura de 25oC, que é a igual a 10-14. Nessa temperatura, as concentrações dos íons hidrônio e hidróxido produzidos pela água são absolutamente iguais, ou seja, 10-7 mol/L.
Coagulação: Nesta fase, é adicionado sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água. Assim, as partículas de sujeira ficam eletricamente desestabilizadas e mais fáceis de agregar.
Floculação: Após a coagulação, há uma mistura lenta da água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas.
Decantação: Neste processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos de sujeira formados na etapa anterior.
Filtração: Logo depois, a água atravessa tanques formados por pedras, areia e carvão antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.
Pós-alcalinização: Em seguida, é feita a correção final do pH da água, para evitar a corrosão ou incrustação das tubulações.
Desinfecção: É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa do consumidor.
Fluoretação: O flúor também é adicionado à água. A substância ajuda a prevenir cáries.
Ao passar por estas camadas, ela vai abandonando suas impurezas. Agora a água está própria para o consumo. Já está purificada. E fica em reservatórios até ser distribuída.
Gestão de coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos
Cotidianamente ao lavar as mãos, tomar banho, lavar as roupas, louças e ao utilizar a água para diversos fins e descartá-la pelos ralos formarão o esgoto. O contato com esta água residual pode causar doenças pela quantidade de microrganismos ou resíduos tóxicos que provocam o surgimento e o crescimento de bactérias, vírus ou fungos. Daí a importância dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, pois eles evitam a contaminação e transmissão de doenças. Além das questões de saúde, o sistema de coleta e tratamento de esgotos tambémevita a poluição dos córregos, rios e mares, com a preservação dos recursos hídricos e fontes de abastecimento de água.
Os métodos utilizados nas estações de tratamento de esgotos dos municípios variam, mas de maneira geral, os processos respeitam o método de gradeamento, que remove os resíduos sólidos.
Ainda dentro das residências, a água, após ser utilizada, passa pelos encanamentos internos e cai em caixas de concreto e/ou inspeção. Depois, seguem até as ruas onde encontram as redes coletoras. Esse esgoto chega, então, em tubulações de grande porte, conhecidas como coletores-tronco e interceptores, que o transportam até uma estação para que passem por todo o processo de tratamento de esgotos para a retirada de poluentes, antes de que essa água seja devolvida aos cursos d'água.
Reuso de água não potável para fins industriais
Com o agravamento de problemas ambientais que comprometem a qualidade da água potável disponível, iniciativas como reuso de água industrial, tornaram-se fundamentais para a sobrevivência de nossa sociedade. A cada ano diminui a capacidade de reservatórios e mananciais que as abastece.
O Brasil, apesar da abundância aquífera, sofre com problemas de escassez, seca e baixos níveis nos reservatórios e mananciais alcançando uma quase inconcebível crise hídrica a partir de 2014, atingindo principalmente as regiões mais populosas do país, levando cidades inteiras a tomarem medidas de racionamento e revezamento.
Além do abastecimento doméstico, as indústrias também necessitam de água para diversos processos industriais, siderúrgicos e petroquímicos, porém, não necessitam que essa água tenha a mesma qualidade do que aquela destinada ao consumo humano.
Pensando nisso surgiram os projetos de água de reuso industrial, resultante de processos de tratamento de esgoto doméstico, que possibilitam economia para as companhias de tratamento de esgoto, oferecem abastecimento contínuo para os polos industriais e não comprometer a demanda de água potável para a população.
A BRK Ambiental e a tecnologia holandesa NEREDA.
A BRK Ambiental foi a primeira empresa nacional de saneamento a atuar na produção de água de reuso industrial. Usando uma técnica inovadora desenvolvida na Holanda, chamada de NEREDA, nome "fantasia" inspirada nas ninfas das águas, rios e fontes da mitologia Grega, que possuíam, entre outros dons o do controle sobre águas. técnica essa que apresentava ótimos resultados não somente econômicos como ambientais e sociais.
Por se tratar de uma técnica inovadora e ecologicamente correta, apresenta inúmeras vantagens comparadas a outras técnicas usadas atualmente. Algumas vantagens são:
· Infraestrutura reduzida e otimizada;
· Menor custo durante o processo;
· Menor custo em manutenção;
· Economia de energia;
· Menores impactos ambientais.
Trata-se de um processo totalmente biológico, sem a adição de produtos químicos, onde com o uso de reatores sequenciais, atuam no recebimento do esgoto, aeração e decantação. Os reatores, tanques equipados Biomassa Granular Aeróbica (pequenos pedaços de argila expandida) e aeradores, geram o lodo granular, resultando do processo seletivo de bactérias aglomerantes consumidoras de nutrientes (Nitrogênio, Fósforo) e cargas orgânicas, tornam-se capazes de aumentarem de tamanho durante o processo de tratamento, conseguintemente aumentado seu peso facilitando a decantação resultando na retirada de 95% da matéria orgânica, 75% de Nitrogênio e 89% de Fósforo do efluente tratado.
A água sai praticamente pronta para o uso, porém possuem paramentos de qualidade não compatíveis para o consumo humano necessitando de outros processos de custo significativo, assim, a destinação para as indústrias acaba gerando um enorme ganho não só econômico para as companhias de tratamento e indústrias como diminui a demanda por água potável favorecendo a população local.
A BRK Ambiental possui duas unidades que oferecem o serviço de tratamento de esgoto usando a tecnologia NEREDA, em São Paulo e Rio de Janeiro, mas com outras unidades em fase de instalação como por exemplo em Limeira (SP), em Recife (SE) e em Araguaína (TO).
CONCLUSÃO 
Interpreta-se que todos os desequilíbrios impedem o avanço do desenvolvimento econômico e social quando desprezam a importância social de acesso a água. Assim, este trabalho teve como foco propor uma análise da empresa BRK Ambiental. A empresa afirma desenvolver tecnologias e trabalhar focada para melhorar a qualidade de vida das comunidades onde está presente. Foi frisado a fossa séptica que é o tratamento menos oneroso em localidades onde não ocorre a coleta de esgoto. Além do funcionamento ecológico, a organização traz em sua estrutura a integridade corporativa, que relaciona a conduta da empresa e sua adequação às normas dos órgãos regulamentadores. Segundo a empresa, todos colaboram para um ambiente de trabalho positivo. A companhia disponibiliza uma versão eletrônica dos principais instrumentos normativos de modo que permite uma maior acessibilidade a todos os interessados. E segundo a empresa todos colaboram para um ambiente de trabalho positivo previnindo assédio e discriminações.
A BRK Ambiental atua como concessionária de serviço público ou em Parceria Público-Privada situação regulada pelas normativas Lei nº 8.987/1995 e Lei nº 11.079/2004. A abrangência de sua atuação na prestação dos serviços de água e esgoto é definida pelo modelo de contratação estabelecido com cada município ou estado. O processo de tratamento de água inclui ao menos oito processos que inclui a adição de cloro (Cl), cal (óxido de cálcio, CaO) e sulfato de alumínio Al2(SO4)3 e fluoretação, além da passagem por tanques de decantação. A água de reuso possui parâmetros de qualidade não compatíveis para o consumo humano necessitando de outros processos de custo significativo, assim, a destinação para as indústrias acaba gerando um enorme ganho não só econômico para as companhias de tratamento e indústrias como diminui a demanda por água potável favorecendo a população local.
Não encontramos nenhuma fonte que confirmasse alguma iniciativa relativo a qualquer processo de compostagem ou algo parecido, logo recomendamos aos gestores da BRK Ambiental o estudo a respeito da execução de iniciativas e/ou projetos que tratem de transformar esse material em adubo orgânico destinado a agricultura comunitária ou familiar. 
Outro ponto pertinente trata-se da inexistência de projetos de reflorestamento envolvendo áreas de proteção permanentes APPs, nascentes e mananciais localizados nas regiões em que a BRK ambiental atua, novamente não encontramos fontes que descrevessem ou informassem a respeito desse assunto, por isso também recomendamos que sejam estudados possíveis projetos e/ou iniciativas que sanem essa inércia.
REFERÊNCIAS
ACTUALIDADE UNIVERSIA. Universia br. Disponível em: https://www.universia.net/br/actualidad/vida-universitaria. Acesso em: 10 de out. 2020.
BRASIL. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8987compilada.htm Acesso em: 27 de out. 2020.
BRASIL. Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm Acesso em: 27 de out. de 2020.
BRK Ambiental. Wikipédia. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/BRK_Ambiental. Acesso em: 29 de out. 2020
DIAS, Diogo Lopes. O que é pH? Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-ph.htm. Acesso em 21 de nov. 2020.
ENTENDA como funciona uma estação de tratamento de esgoto. Saneamento em pauta por BRK Ambiental. Disponível em https://blog.brkambiental.com.br/estacao-de-tratamento-de-esgoto/. Acesso em: 21 de nov. 2020
ENTENDA o que é compliance nas empresas e a importância desse conceito. Siteware,2017. Disponível em: https://www.siteware.com.br/processos/o-que-e-compliance-nas-empresas. Acesso em: 28 de out. de 2020.
Foco em investimentos para expansão dos serviços de água e esgoto. BRK Ambiental. Disponível em: https://www.ri.brkambiental.com.br/. Acesso em: 05 de nov. de 2020.
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