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ESTUDO DE CASO – MICROBIOLOGIA Módulo C – Fase I – 2021 – Curso de Ciências Biológicas Por Gabrielle Pugliessi dos Santos Ao falar de Ciência alguns nomes renomados historicamente são lembrados. Um deles, é Louis Pasteur, químico e microbiologista francês conhecido por ser o responsável por refutar a teoria de geração espontânea e mostrar que, mesmo em recipientes esterilizados, há o desenvolvimento de microrganismos se estes recipientes estiverem abertos e em contato com meio externo. Por esta experiência, a academia concedeu-lhe o Prêmio Alhumbert, levando 2.500 francos em 1862. Considerado um dos pais da microbiologia, foi responsável por pesquisas que futuramente detiveram o crédito pelo desenvolvimento de vacinas, além do avanço na compreensão de causas e prevenção de doenças. Além de pesquisas e invenções mundialmente conhecidas até a atualidade, como a técnica conhecida da pasteurização (aquecimento de bebidas entre 60° a 100° para a eliminação de bactérias), Louis Pasteur também foi o responsável por avanços na medicina clínica, principalmente no campo da imunologia e no estudo e desenvolvimento de vacinas. A primeira delas, foi contra a cólera de frango, seguida pela imunização contra o antraz, erisipela suína e raiva. O legado deixado por ele notável, ainda mais quando considerados os prêmios que recebeu ao longo de sua carreira, como sua eleição em 1873 para a Académie Nationale de Médecine, e sua nomeação como comandante da Ordem da Rosa no Brasil. Ainda, recebeu a Medalha Leeuwenhoek da Academia Real Holandesa de Artes e Ciências por suas contribuições à microbiologia em 1895. Atualmente, outros nomes têm crescido no meio científico, principalmente entre mulheres brasileiras. Natalia Pasternak, de 45 anos e natural de São Paulo, é fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), além de ser a primeira brasileira a integrar o Comitê para Investigação Cética. Bióloga formada pela USP, possui doutorado em Microbiologia, também pela Universidade de São Paulo. Apesar do IQC tenha sido fundado em 2018, a popularidade do Instituto obteve avanço após a declaração da pandemia da COVID-19 e, através dele, Pasternak popularizou seu trabalho como divulgadora em combate às desinformações e fake news acerca do SARS-Cov-2 e da doença ocasionada por ele. Ainda em 2020, Natalia Pasternak realizou relevantes e importantes publicações, como o artigo “Believing in Science Is Not Understanding the Science: Brazilian Surveys”, e o livro “Ciência no cotidiano: Viva a razão. Abaixo a ignorância!”, ambos em colaboração com Carlos Orsi. Como frutos de seu incessante trabalho na divulgação científica durante a pandemia, recebeu prêmios como Navalha de Ockham da publicação britânica The Skeptic Reason with Compassion, além de duas moções de agradecimento do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e, ainda, foi homenageada do ano na categoria Ciência e pelo Grupo de Diários América (GDA) como “Personalidade do Ano” no Brasil. Tendo em vista a necessidade de investigação através de estudos e experimentos microbiológicos, para o avanço de novas tecnologias capazes de combater doenças, além de novas epidemias, pensa-se em meios e mecanismos que possam ser utilizados nestes estudos. Um exemplo clássico de equipamento utilizado em experimentos com microrganismos, é o microscópio, principalmente por sua versatilidade e capacidade de demonstrar, em tempo real, a imagem destes seres in vivo. Embora sua invenção seja atribuída à Galileu, o holandês Antony van Leeuwenhoek foi o responsável por seu aperfeiçoamento e começo de utilização em seres vivos, estudando primeiramente os glóbulos vermelhos, além de ter identificado os espermatozoides, abrindo assim as portas para o estudo dos microrganismos. Graças aos seus estudos e de Robert Hooke, posteriormente, foi descoberta a célula. Assim, o entendimento sobre o funcionamento de doenças causadas por microrganismos começou a crescer, possibilitando maior agilidade na identificação de superbactérias resistentes, inclusive, à vacinas e sem tratamento específico, como a bactéria multirresistente responsável por surtos de tuberculose dentro do sistema carcerário russo em 1999. Ainda, com o microscópio é possível avaliar mais precisamente os agentes patológicos, e tentar entender como surgem novas cepas, como é a situação crescente de novas variantes do coronavírus, em 2021. Integrado à avaliação microscópica, o uso de meios de cultura quimicamente definidas e diferenciais permitem maior controle do agente cultivado e desenvolvido no experimento. Deste modo, percebe-se que o avanço da microbiologia em uma era tecnológica, possui impactos não só científicos, mas também sociais. É de suma importância a democratização das informações científicas que podem atuar na prevenção de doenças, e a divulgação científica também auxilia a disseminar a necessidade do cumprimento do esquema vacinal, principalmente infantil e através do SUS, no Brasil, para todas as classes sociais, afim de prevenir novas epidemias e surtos de doenças que pensava-se ser erradicadas no país, como o sarampo, em 2019.
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