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Indaial – 2019
Turismo e HoTelaria 
para evenTos
Profª. Vaniele Weinrich Stuepp
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Vaniele Weinrich Stuepp
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
ST933t
 Stuepp, Vaniele Weinrich
 Turismo e hotelaria para eventos. / Vaniele Weinrich Stuepp. –
 Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 179 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0349-2
1. Turismo. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 338.4791
III
apresenTação
Diante de tanta informação a respeito do tema Eventos, esta disciplina 
tem como objetivo, apresentar para você, futuro tecnólogo em eventos, como 
o turismo e a hotelaria podem ser grandes parceiros.
Você já parou para pensar como essa parceria poderia funcionar? 
Quais as alternativas que o turismo e a hotelaria podem apresentar aos 
eventos como forma de angariar lucros?
Nesta disciplina iremos estudar três unidades, nas quais podemos 
citar os seguintes temas: Turismo e hotelaria, dois termos convergentes; 
Conhecendo o papel do turismo e da hotelaria e por último, mas não menos 
importante, Operacionalidade dos eventos no turismo e na hotelaria.
O foco principal deste livro didático é que você, acadêmico de 
Eventos, possa compreender mais do universo encantador do turismo e da 
hotelaria. Ampliar a sua visão e quem sabe poder incentivar você se tornar 
um grande empreendedor de eventos, utilizando essas grandes atividades 
que são o turismo e a hotelaria.
Você sabia que o turismo é uma importante fonte de renda em 
nosso país? E que compreender temas relacionados aos processos de 
recepção, viagens, eventos, gastronomia, serviços de alimentação e bebidas, 
entretenimento e interação, fazem parte dos eventos?
Precisamos compreender o contexto das relações humanas em 
diferentes espaços geográficos e dimensões socioculturais, econômicas e 
ambientais.
Estaremos com você nas unidades do livro didático, desvendando 
esse maravilhoso universo!
Bons estudos!
Profᵃ. Vaniele Weinrich Stuepp
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfi m, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 – TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES ...................... 1
TÓPICO 1 – HISTÓRICO DO TURISMO .......................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O TURISMO E A HISTÓRIA ............................................................................................................. 4
2.1 GRAND TOUR: UMA IMPORTANTE PARTE DA HISTÓRIA ................................................ 9
3 O INÍCIO DO TURISMO ................................................................................................................... 10
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 14
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 15
TÓPICO 2 – HISTÓRICO DA HOTELARIA ..................................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 A HISTÓRIA E AS HOSPEDAGENS ............................................................................................... 18
3 HOSPEDAGENS NA IDADE MÉDIA ............................................................................................. 19
4 A HOSPEDAGEM NA IDADE MODERNA ................................................................................... 20
5 IDADE CONTEMPORÂNEA ............................................................................................................. 23
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 24
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 28
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 30
TÓPICO 3 – EVOLUÇÃO DA HOTELARIA E DO TURISMO NO BRASIL .............................. 33
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 33
2 O CONTEXTO BRASILEIRO ............................................................................................................. 34
3 O TURISMO NO BRASIL ................................................................................................................... 36
4 A HOTELARIA BRASILEIRA ............................................................................................................ 42
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 43
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 50
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 58
UNIDADE 2 – CONHECENDO O PAPEL DO TURISMO E HOTELARIA ................................ 61
TÓPICO 1 – CONCEITOS E DEFINIÇÕES........................................................................................ 63
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 63
2ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................................................. 63
3 EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E ORGANIZAÇÃO ................................................................................ 66
4 RECURSOS HUMANOS..................................................................................................................... 67
5 TURISMO ............................................................................................................................................... 69
5.1 TURISTA, EXCURSIONISTA E VISITANTE ............................................................................... 71
6 HOTELARIA .......................................................................................................................................... 72
7 EVENTOS ............................................................................................................................................... 73
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 76
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 78
sumário
VIII
TÓPICO 2 – ESTRUTURA DO TURISMO ........................................................................................ 81
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 81
2 O PAPEL DO GOVERNO ................................................................................................................... 82
3 AS ORGANIZAÇÕES QUE PROMOVEM O TURISMO E A HOTELARIA ........................... 83
3.1 NÍVEL INTERNACIONAL ............................................................................................................ 84
3.2 NÍVEL NACIONAL ........................................................................................................................ 89
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 94
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 96
TÓPICO 3 – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS MODALIDADES DE TURISMO: 
 TIPOS DE TURISMO E DE TRANSPORTE .............................................................. 99
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 99
2 TIPOLOGIA DO TURISMO .............................................................................................................. 99
2.1 ECOTURISMO ...............................................................................................................................100
2.2 TURISMO DE AVENTURA ..........................................................................................................101
2.3 TURISMO DESPORTIVO .............................................................................................................101
2.4 TURISMO CULTURAL .................................................................................................................102
2.5 TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS ....................................................................................103
3 TRANSPORTES ..................................................................................................................................103
3.1 TRANSPORTES RODOVIÁRIOS ................................................................................................104
3.2 TRANSPORTES MARÍTIMOS .....................................................................................................104
3.3 TRANSPORTES FERROVIÁRIOS ...............................................................................................106
3.4 TRANSPORTES AÉREOS .............................................................................................................106
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................109
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................113
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................114
UNIDADE 3 – OPERACIONALIDADE DOS EVENTOS NO TURISMO E 
 HOTELARIA ................................................................................................................115
TÓPICO 1 – RELAÇÕES ENTRE AS ATIVIDADES TURÍSTICAS E O SETOR DE
 EVENTOS .........................................................................................................................117
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................117
2 OFERTA TURÍSTICA ........................................................................................................................118
2.1 ESTRATÉGIAS NA OFERTA TURÍSTICA .................................................................................121
2.2 DEPARTAMENTO DE EVENTOS NO SETOR TURÍSTICO ..................................................125
2.3 POSSÍVEIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS EVENTOS ...............................................................127
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................131
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................133
TÓPICO 2 – TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS ..................................................................135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135
2 TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS: RELAÇÃO DE INTERDEPENDÊNCIA .............136
2.1 RAZÕES DO CRESCIMENTO DO TURISMO DE EVENTOS ..............................................147
2.2 EVENTOS ESPECÍFICOS DA SAÚDE OFERTADOS NA HOTELARIA ..............................149
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................151
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................152
IX
TÓPICO 3 – CONTRIBUIÇÃO DOS EVENTOS PARA A SAZONALIDADE
 HOTELEIRA ...................................................................................................................155
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................155
2 DIVERSIFICAÇÃO DO PRODUTO ..............................................................................................156
3 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES .............................................................................................161
4 EVENTOS COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE 
 ORGANIZAÇÕES TURÍSTICAS HOTELEIRAS ........................................................................166
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................169
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................173
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................174
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................175X
1
UNIDADE 1
TURISMO E HOTELARIA: DOIS 
TERMOS CONVERGENTES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• narrar a história do turismo no Brasil e no mundo;
• ampliar o conhecimento acerca do que o turismo ajudou a desenvolver 
nas ações socioeconômicas do mundo;
• explicar a importância da hotelaria no contexto Brasil e mundo;
• apresentar a estrutura evolutiva do turismo e hotelaria.
Esta unidade está dividida em três tópicos e no decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – HISTÓRICO DO TURISMO
TÓPICO 2 – HISTÓRICO DA HOTELARIA
TÓPICO 3 – EVOLUÇÃO DA HOTELARIA E DO TURISMO NO BRASIL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
HISTÓRICO DO TURISMO
1 INTRODUÇÃO
Na formação de um Tecnólogo em Eventos, o mercado exige que se 
tenha o conhecimento básico sobre o turismo e a hotelaria, e você acadêmico 
será apresentado ao início de todo o processo histórico do turismo. Esse tópico 
apresentará a história do turismo mundial, aonde teremos a oportunidade de 
conhecer as suas origens.
Diante de uma crescente busca por ações sustentáveis e observando o 
turismo como uma atividade socioeconômica, podemos apresentar inúmeras 
empresas que se destacam como parceiras da natureza. Em meio à natureza, temos 
a inserção do homem e ele utiliza muito o meio ambiente para fins comerciais. 
Andrade (2002) afirma que o turismo é o complexo de atividades e serviços 
relacionados aos deslocamentos, transportes, alojamento, alimentação, circulação 
de produtos típicos, atividades relacionadas aos movimentos culturais, visitas, 
lazer e entretenimento.
Sabemos que os eventos também estão inseridos dentro do turismo, e 
cabe a nós, caro acadêmico, refletir sobre o turismo, a sua importância e conhecer 
um pouco mais de sua história. É importante conhecer o passado, para que com 
ele possamos conhecer e saber onde queremos chegar, como cita a famosa frase 
de Confúcio: “Se queres prever o futuro, estuda o passado”.
O turismo nasce de um conjunto de atividades, ou seja, de uma série 
de fatos e acontecimentos. Lembrando-se de que desde os tempos remotos as 
pessoas viajavam com as mais diversas motivações.
Então, está na hora de aprofundarmos o Tópico 1, que trata do turismo e 
da história. Preparado para mergulhar neste mundo do conhecimento? Sabemos 
que é um conteúdo histórico e abrangente, mas lembre-se de que estaremos 
sempre aqui para auxiliá-lo neste mágico estudo! 
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
4
2 O TURISMO E A HISTÓRIA
Sabemos que os grandes viajantes dos tempos antigos eram orientados 
pela natureza, como os ventos, o Sol, a Lua etc. Você já parou para analisar que 
eles realizavam compras e vendas, através das suas viagens e movimentavam o 
comércio nas mais distantes terras do mundo?
O que isso tem de tão interessante neste estudo? O fenômeno turístico está 
relacionado com as viagens.
Veja você mesmo ao saber dos seus antepassados, a sua cultura, ou até 
mesmo as atualidades desde que você nasceu, Isso faz com que você reflita sobre 
as suas atuais ações e comportamentos. Somos o reflexo do que realizamos ou 
com o que convivemos no passado.
Que tal aprofundarmos nossos conhecimentos sobre a História do 
Turismo no mundo? Assim, em termos históricos, o turismo teve início quando o 
homem deixou de ser sedentário e passou a viajar, principalmente motivado pela 
necessidade de comércio com outros povos. É aceitável, portanto, admitir que o 
turismo de negócios antecedeu o de lazer (IGNARRA, 2013, p. 2).
Viajar era sempre arriscado e perigoso, pois não se tinha conhecimento 
a respeito da terra, dos animais e das próprias pessoas, além de surpresas 
desagradáveis, pois os viajantes fantasiavam, ao mesmo tempo que tinham medo 
do inesperado (ANDRADE, 2002).
Para fins didáticos, precisamos compreender que as viagens de motivações 
econômicas tinham foco na exploração, pois os povos buscavam conhecer novas 
terras para sua ocupação. Dessa maneira, o turismo de aventura data de milênios 
antes de Cristo. A motivação religiosa também foi responsável por viagens na 
Idade Média, por intermédio das Cruzadas. O turismo religioso, portanto, data 
de muitos séculos atrás. O turismo de saúde também não é um fenômeno recente 
(IGNARRA, 2013).
Em se tratando de religião, Chon (2014, p. 31) afirma que:
A religião também teve papel importante no desenvolvimento do 
turismo. À medida que o cristianismo, depois de 313 d.C., ia sendo aceito 
pelos romanos, peregrinos começaram a viajar a Jerusalém e Belém 
para ver o local de nascimento do cristianismo. As viagens a esses locais 
continuaram ao longo dos séculos, já́ que a área também é sagrada para 
judeus e muçulmanos. Os muçulmanos fazem peregrinações a Meca, na 
Arábia Saudita, local de nascimento do islamismo. 
No Império Romano, eram comuns as viagens para visita às terras. O 
turismo ligado à prática de esportes já́ era registrado na civilização helênica, com 
a realização dos jogos olímpicos. (IGNARRA, 2013).
TÓPICO 1 | HISTÓRICO DO TURISMO
5
Barreto (2006) enfatiza que as viagens dos romanos são antecedentes 
remotos do turismo, mas que não podem ser comparados ao turismo de hoje, 
fundamentalmente em aspectos socioeconômicos. Do ponto de vista motivacional 
pode-se dizer que as pessoas estavam movidas pelos mesmos objetivos que hoje 
caracterizam o turismo de lazer, este será o conceito que veremos na Unidade 2.
“O Império Romano construiu muitas estradas, o que foi determinante 
para que seus cidadãos viajassem entre os séculos II a.C. e o século II d.C., mais 
intensamente que na Europa do século XVIII inclusive” (BARRETO, 2006, p. 45).
Chon (2014) afirma que quando os romanos construíram uma rede de 90 mil 
quilômetros de estradas primárias e 200 mil quilômetros de estradas secundárias, 
viajar ficou mais simples. As estradas eram duras e permitia o uso de carretas e 
carroças, o que tornava o andar e o cavalgar mais rápidos. Atingiam todas as áreas 
do Império Romano (do Mar do Norte ao Saara e da costa do Oceano Atlântico às 
margens do Rio Danúbio e à Mesopotâmia), que compreendia a maior parte do 
mundo habitado na época. 
FIGURA 1 – MAPA DO IMPÉRIO ROMANO
Tebas
AlexandriaTrípoli
Cartago
Jerusalém
Antióquia
TrebisondaBizâncio
Atenas
Tessâlonica
Cirene
Londinium
Mar Mediterrâneo
Mar NegroOceano
Atlântico
Mar 
Vermelho
Mar 
Cáspia
Roma
FONTE: <https://www.historiadomundo.com.br/imagens/romana_mapa.jpg>. Acesso em: 
17 dez. 2018.
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
6
Em sua opinião, qual é a importância da história para o turismo? O 
turismo e a história se inter-relacionam? Justifique a sua resposta de acordo com 
as suas leituras até este ponto do nosso livro didático e com o seu conhecimento. 
Faça com as suas palavras um resumo do seu entendimento, e ao final deste 
tópico, reveja o que você escreveu. Assim, conseguirá realizar um comparativo 
de quanto você aprendeu até agora, com o conhecimento adquirido ao final da 
unidade!
AUTOATIVIDADE
Quando falamos das formas de deslocamento, podemos pensar que para 
buscar ainda melhores terras, foi necessário a utilização de transportes terrestres 
e marítimos, o que foi bastante comum nas regiões do Mar Mediterrâneo. O 
deslocamento físico esteve presente na transformação humana desde a pré-
história (ASSUNÇÃO, 2012).
Para uma melhor compreensão da história do turismo, é essencial definir o 
conceito de viagem, que significa apenas o deslocamento, e o conceito de turismo, que 
implica a existência dos recursos e infraestrutura (BARRETO, 2006).
ATENCAO
Já no governo de Alexandre, o Grande, na Ásia Menor, existiam grandes 
eventos que aproximavam visitantes de todas as partes do mundo. Na região do 
Éfeso, atual Turquia, eram registrados mais de 700 mil visitantes para apreciar 
exposições de mágicos, de acrobatas e de outros artistas. Podemos considerar 
como os primeiros registrosdo turismo de eventos, nos quais havia um grande 
número de prostitutas, o que nos leva a crer que o turismo sexual também já 
existia naquela época (IGNARRA, 2013).
Depois dessa época, tivemos o início do turismo da Idade Média, que 
foi marcado por viagens de nível social mais elevado, nas quais os viajantes se 
hospedavam em castelos ou em casas particulares. Os demais utilizavam desde 
barracas até hospedarias. Na Idade Média, observou-se também o início de um 
hábito nas famílias nobres de enviarem seus filhos para estudar nos grandes 
centros culturais da Europa. Nasciam, assim, as viagens de intercâmbio cultural 
(IGNARRA, 2013).
TÓPICO 1 | HISTÓRICO DO TURISMO
7
Já na Idade Média, aquele que perambulava pelas ruas causava medo, e 
a luta da população era fazer com que as pessoas mudassem seus costumes, e se 
fixassem em um local, o que geraria maior controle. A expansão do povo europeu 
teve como foco a relação comercial de troca, aonde as viagens de descobrimento 
iniciaram com as viagens de deslocamento para as américas. Gradualmente os 
deslocamentos da Europa para a América foram crescendo, até chegarmos ao 
Brasil (ASSUNÇÃO, 2012). O contexto sobre o Brasil será tratado no Tópico 3.
Podemos citar que a necessidade de ampliação do comércio implicou a 
ampliação também das rotas dos comerciantes. Como víamos anteriormente, 
as viagens que inicialmente eram apenas terrestres passaram a incluir roteiros 
marítimos, primeiramente ligando a Europa à África pelo mar Mediterrâneo e 
depois pelos oceanos (IGNARRA, 2013).
Resultando dessas ações, temos Marco Polo, conhecido por sua obra mais 
famosa, que se chama As Viagens de Marco Polo. O seu livro foi uma espécie de 
diário de suas aventuras. Na leitura complementar você encontrará mais detalhes 
sobre a história do livro.
Dessa época datam as grandes viagens de Marco Polo (1271), um 
veneziano que chegou a visitar a China. A despeito da motivação 
exploratória comercial, as viagens de Marco Polo podem ser 
consideradas as primeiras viagens turísticas de longo percurso. Antes 
dele, Benjamin de Tudela, judeu residente em Zaragoza, em 1160, 
viajou pela Europa, Pérsia e Índia (IGNARRA, 2013, p. 5).
DICAS
Marco Polo virou série na Netflix! O roteirista californiano John Fusco sempre 
foi fascinado pelas histórias do Marco Polo e apresentou cenas de batalhas em cenários da 
Ásia. Caro acadêmico, para ampliar a sua visão sobre essa história, por mais fictícia que seja, 
sugerimos que assista a alguns capítulos desta interessante série.
Tendo em vista a grande fama do Marco Polo, na matéria a seguir, 
conseguimos identificar as sete curiosidades sobre a vida e as viagens deste 
italiano:
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
8
MARCO POLO: 7 CURIOSIDADES SOBRE A VIDA E AS 
VIAGENS DO ITALIANO
O italiano foi o primeiro europeu a descrever detalhadamente suas 
experiências na China
Marco Polo, embora não tenha sido o primeiro europeu a chegar a 
China, foi o que mais ficou famoso por suas viagens ao Oriente. Isso porque 
registrou suas aventuras no livro As Viagens de Marco Polo, que descreve as 
maravilhas do país e serviu como inspiração e ponto de partida para outros 
viajantes.
Estima-se que o filho de um rico mercador de Veneza tenha nascido 
no dia 15 de setembro de 1254 (historiadores não chegaram a um consenso em 
relação à data exata) e tenha vivido até 1324. A seguir, conheça curiosidades 
sobre sua vida e suas aventuras:
1. Ele começou suas viagens bem jovem.
Marco Polo tinha cerca de 17 anos quando começou sua jornada em 
direção à Ásia, na esperança de chegar ao império de Kublai Khan, líder 
mongol que fundou a Dinastia Yuan, que dominou a China por quase um 
século.
2. E foi durante elas que conheceu seu pai e seu tio.
Um pouco antes no nascimento de Marco Polo, seu pai, Niccolo, e tio, 
Maffei, partiram em uma expedição para a Ásia, onde ficaram por mais de 15 
anos.
3. Ele passou mais de duas décadas viajando.
Marco Polo passou 24 anos viajando por cerca de 25 mil quilômetros, 
enfrentando muitas adversidades, como era de se esperar para as condições 
da época. O mais difícil, porém, teria sido receber permissão de Kublai Khan 
para voltar para a Itália – o líder acreditava que deixar os viajantes partir 
denotaria fraqueza.
4. Ele escreveu suas memórias na prisão.
Três anos depois de voltar da viagem, Polo foi preso ao liderar uma 
gangue veneziana contra a cidade-rival Gênova (na época, a Itália ainda 
não era unificada). Na prisão, conheceu Rustichello de Pisa, famoso por ser 
escritor de romances. Polo então ditou sua história a Rustichello, que atuou 
como uma espécie de ghostwriter. Um ano depois, quando foram soltos, o 
livro estava pronto.
TÓPICO 1 | HISTÓRICO DO TURISMO
9
5. Muitos historiadores duvidam da veracidade de seus relatos.
As descrições elaboradas das maravilhas do Oriente fizeram muita 
gente duvidar das histórias de Marco Polo na época. Até hoje, historiadores 
se dividem entre os que acreditam que o grosso do livro seja de fato verdade, 
com alguns exageros, e os que duvidam até que ele tenha chegado à China. 
Fato é que ele certamente confundiu animais exóticos, como elefantes, 
macacos, crocodilos ou rinocerontes, com criaturas mágicas e mitológicas. 
Os últimos foram descritos por ele como sendo unicórnios.
6. Ele nunca mais saiu da Europa.
Após voltar da Ásia, grupos tribais dominaram territórios importantes 
na Rota da Seda, que ligava a Europa à Ásia, impedindo a passagem por 
trechos importantes. Cada vez menos viajantes ousaram cruzar por ela, e 
Polo passou as últimas décadas de sua vida sem sair de Veneza.
7. Ele inspirou Cristóvão Colombo.
O primeiro europeu a chegar à América foi inspirado por Marco Polo. 
Segundo historiadores, Cristóvão Colombo carregava uma cópia do livro do 
viajante veneziano e planejava seguir os passos de Polo, tentando contatar 
o sucessor de Kublai Khan. O que ele não sabia, porém, era que o império 
mongol havia sido destruído na época de sua viagem.
MARASCIULO, Marília. Marco Polo: 7 curiosidades sobre a vida e as viagens do italiano. 
Revista Galileu. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/
noticia/2018/09/7-curiosidades-sobre-vida-e-viagens-de-marco-polo.html>. Acesso em: 11 
dez. 2018.
2.1 GRAND TOUR: UMA IMPORTANTE PARTE DA HISTÓRIA
Durante o Renascimento, viagens educacionais e culturais também se 
tornaram populares. Estudantes britânicos faziam o chamado Grand Tour da 
Europa para estudar artes e ciências avançadas. Algumas cidades que estavam 
no roteiro eram: Paris, Roma, Veneza, Munique, Viena e, especialmente, Florença, 
o centro do Renascimento. A duração da viagem poderia ser de até três anos. 
Resorts e balneários foram desenvolvidos nas localidades do Grand Tour para 
atender aos viajantes (CHON, 2014).
“Viajar! Eis aí uma boa receita, que passou a ser muito praticada. Viajar, 
não só para apoderar-se de bens materiais, mas também para observar os usos e 
costumes de outros povos” (CASTELLI, 2017).
Um fenômeno social típico da cultura europeia do século XVIII, o Grand 
Tour se denominou como: as viagens aristocráticas realizadas pelo continente 
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
10
europeu. Que eram consideradas viagens por prazer, os quais constituem 
matrizes remotas dos fluxos de turismo de lazer e cultural do nosso tempo atual 
(SALGUEIRO, 2002).
O Grand Tour, sob o importante título de “viagem de estudos”, assumia 
o valor de um diplomata que lhes conferia significativo status social, embora, 
a programação era baseada em passeios de excelente qualidade e repletos 
de atrativos prazerosos, que denominavam de “turísticos”, na qual teve essa 
nomenclatura adotada para expressar a realização de viagem através de países 
e regiões, e até mesmo como volta ao mundo! Os ingleses consideravam as 
pessoas cultas, somente se tivessem realizado o Grand Tour através da Europa 
(ANDRADE, 2002).
O viajante era chamado de Grand Tourist, e comoSalgueiro (2002) afirma, 
o viajante era amante da cultura dos antigos e de seus monumentos, com um 
gosto exacerbado por ruínas que beirava a obsessão e uma inclinação inusitada 
para contemplar paisagens.
Nas diversas bibliografias consultadas percebemos que o Grand Tour não 
pode ser considerado Turismo pelos conceitos atuais, mas mostrou-se muito 
importante para o delineamento do Turismo que é praticado hoje. Essas “viagens 
de estudos” promoveram também o início dos intercâmbios.
3 O INÍCIO DO TURISMO
Quando a Idade Média chegou ao fim, o capitalismo comercial começou 
a aparecer. Foi uma época muito importante para o desenvolvimento de todo o 
globo terrestre e sua evolução.
Este período foi marcado pela criação de extensas vias de movimento 
de comerciantes ao longo do território europeu, primórdios das autoestradas 
de hoje. No entroncamento dessas vias surgiram as grandes feiras de troca de 
mercadorias. Era o início das feiras que atualmente provocam grande fluxo de 
turismo no mundo todo (IGNARRA, 2013).
O pesquisador suíço Arthur Haulot encontrou a origem da palavra turismo 
no hebraico, que na Bíblia aparece como Tur, com o significado de “viagem de 
reconhecimento” (BARRETO, 2006).
O turismo movimenta bilhões de dólares no mundo todo e teve o seu 
início através de Thomas Cook, um pregador batista inglês, que observava um 
trem passar, e neste momento teve uma excelente ideia: organizar uma viagem! 
Esta viagem era para até 570 pessoas e tinha como linha de saída Lancaster e sua 
chegada era Loughborug. Seu objetivo era efetuar suas pregações (CÂNDIDO; 
VIEIRA, 2003).
TÓPICO 1 | HISTÓRICO DO TURISMO
11
Esse início se deu em 1841 e teve como resultado a criação do “turismo 
planejado” em que se apresentava não somente o transporte, mas todo o 
planejamento do “passeio” que continha preço, passagem, traslados, refeições 
e hospedagem. Thomas Cook foi o pioneiro do agenciamento de viagens, 
organizando a primeira viagem comandada por uma pessoa, acumulando até 
1851 o transporte de 165 mil pessoas.
Repare nesta ação de Cook, ele pensou estrategicamente e acabou 
inovando, ou seja, trazendo à tona uma situação que ainda não existia no mundo. 
Como consequência, as pessoas que viajavam necessitavam de hospedagem.
Cook mudou o seu escritório para Londres e começou a imaginar um 
sem-número de viagens originais. Logo estava organizando grandes excursões 
no circuito da Europa, com itinerários que incluíam a travessia de quatro países 
diferentes na Europa. Ele ajudou a popularizar a vocação turística da Suíça, 
organizando uma excursão pelo país em 1863 (WALKER, 2002).
Foi assim, que em Cook criou o Plano Cook de Alojamento e Transporte. Por 
consequência, em 1867, ele criou o precursor do voucher nos dias de hoje, que 
oferecia diversos tipos de serviço, inclusive alojamento (CÂNDIDO; VIEIRA, 
2003). Thomas é considerado o “pai do turismo”.
A família de Cook tinha plena consciência da elasticidade da demanda 
por viagens. Reduzindo-se os custos, mais pessoas viajariam. Quanto 
maior o volume de pessoas viajado por um determinado meio de 
transporte, mais provável é a queda dos seus preços. Por exemplo, 
fretando trens e vapores inteiros, e reservando uma grande quantidade 
de quartos de uma só vez, Cook conseguia reduzir os custos das 
viagens consideravelmente (WALKER, 2002, p. 23).
É interessante ressaltar que turista é aquele que viaja, mas que sempre retorna 
ao seu lar.
ATENCAO
Logo após as façanhas de Thomas Cook, as viagens marítimas 
desenvolveram-se bastante. Com o advento dos barcos a vapor na segunda 
metade do século XVIII, a navegação passou a ser mais segura, e as viagens 
intercontinentais se tornaram comercialmente viáveis. Essa situação fez com que 
um grande intercâmbio turístico iniciasse, principalmente entre a Europa e os 
demais continentes. Em 1867 foi organizada a viagem marítima da Cidade do 
Quaker, nos Estados Uni- dos, ao Mediterrâneo e à Terra Santa, com 60 passageiros, 
incluindo Mark Twain, que escreveu o passeio em uma de suas obras. Foi então 
que se realizou o primeiro cruzeiro marítimo organizado e anunciado para os 
turistas (IGNARRA, 2013).
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
12
DICAS
Mark Twain (1835-1910) foi um escritor norte-americano, autor dos livros 
"Aventuras de Tom Sayer" e "As Aventuras de Huckleberry Finn", entre outros. Foi considerado 
um dos autores mais importantes do oeste americano.
 
 Mark Twain (1835-1910) nasceu na pequena vila de Florida, no Estado de Missouri, 
nos Estados Unidos, no dia 30 de novembro de 1835. Registrado com o nome de Samuel 
Langhorne Clemens, mais tarde, ficou conhecido com o nome de Mark Twain. Em 1839, 
sua família mudou-se para a cidade portuária de Hannibal, às margens do rio Mississipi. 
Desde criança conheceu a tristeza. Levado a uma vila de pioneiros do oeste central, viu 
escravos açoitados e homens baleados, em plena rua. Estudou em uma escola particular, 
mas quando tinha 12 anos ficou órfão de pai e com 13 anos deixou a escola para se tornar 
aprendiz de tipógrafo.
 
 Em 1850, começou a trabalhar no jornal de seu irmão, Orion, como impressor e 
assistente editorial. Foi então que o jovem descobriu que gostava de escrever. Herdou do pai 
o espírito aventureiro. Dois anos depois, deixou sua cidade para trabalhar em uma tipografia 
na cidade de St. Louis. Em 1856 tornou-se piloto fluvial. Nessa época começou a escrever 
textos de humor e adotou o pseudônimo de "Mark Twain", expressão usada pelos barqueiros 
que significava “marca segura para se navegar”. FONTE: <https://www.ebiografia.com/mark_
twain/>. Acesso em: 18 dez. 2018.
Como pode ser visto, os séculos XV e XVI foram marcados pelas grandes 
navegações; e o século XIX foi marcado pelas grandes mudanças e organização 
do turismo, quando se passou a pensar no bem-estar e conforto do turista, sem 
esquecer a rentabilidade das ações realizadas. Como resultado do crescimento do 
turismo, a atividade foi se estruturando. 
Em 1875, por exemplo, foi criado o Camping Club de Londres; em 
1890, o Turing Club da Franca. Também em 1890, foi criada a primeira 
associação de hotéis, a Sociedade Suíça de Hoteleiros. Em 1909, criou-
se a Associação de Albergues da Juventude. Em 1919, foi a vez de 
os agentes de viagem se organizarem, com a criação da Federação 
Internacional de Agências de Viagens (Fiav).
A estruturação do setor privado do turismo foi acompanhada da 
estruturação do setor público. Em 1910, foi criado o primeiro órgão 
público oficial de turismo: o Office National du Tourisme, na França. 
Em 1947, criou-se a União Internacional de Organismos Oficiais de 
Turismo, entidade precursora da atual Organização Mundial do 
Turismo (OMT) (IGNARRA, 2013, p. 6).
TÓPICO 1 | HISTÓRICO DO TURISMO
13
DICAS
Há 100 anos, o professor alemão Richard Schirrmann teve uma ideia que 
transformou a maneira de viajar dos jovens do mundo todo, e o que era aventura escolar 
transformou-se na maior rede de albergues da atualidade. Passado um século daquela tarde 
chuvosa que mudou os planos do grupo de estudantes que viajava pelo Vale do Bröl, na 
Alemanha, os albergues da juventude – também chamados de hostels – são agrupados 
numa federação que reúne mais de 4 mil unidades, em cerca de 80 países. Os serviços e os 
preços oferecidos possibilitam que muitos estudantes se aventurem mundo afora, sem gastar 
muito para dormir. Com o passar dos anos, os dormitórios enormes têm fi cado cada vez mais 
raros: nos dias de hoje, é possível reservar quartos duplos e até individuais nos albergues.
FONTE:<https : / /www.dw.com/pt-br /a lbergue-da- juventude-completa-100-
anos/a-4599727>. Acesso em: 16 dez. 2018.
DICAS
Cabe neste momento, caro acadêmico, apresentar o site da Associação de 
Albergues da Juventude, que você pode encontrar pelo seguinte endereço eletrônicos: 
<https://www.hihostels.com/pt/destinations/br/hostels>.
Você poderá conquistar descontos em hospedagens no mundo todo, individualmente ou 
viagens em família.Consulte o site! O símbolo da Associação é
FONTE: <https://www.youtube.com/user/Hostelling>. Acesso em: 16 dez. 2018.
14
Neste tópico, você aprendeu que:
• O turismo nasce de um conjunto de atividades, ou seja, de uma séria de fatos e 
acontecimentos. 
• Viajar era sempre arriscado e perigoso.
• O Império Romano construiu muitas estradas, o que foi determinante para que 
seus cidadãos viajassem entre os séculos II a.C. e o século II d.C.
• O conceito de viagem, que significa apenas o deslocamento, e o conceito de 
turismo, que implica a existência dos recursos e infraestrutura.
• Marco Polo escreveu um livro, que foi uma espécie de diário de suas aventuras, 
conhecido por sua obra mais famosa, que se chama As Viagens de Marco Polo. 
• Os ingleses consideravam as pessoas cultas, somente se tivessem realizado o 
Grand Tour através da Europa.
• A origem da palavra turismo no hebraico, que na Bíblia aparece como Tur, com 
o significado de “viagem de reconhecimento”.
• O turismo teve o seu início através de Thomas Cook, um pregador batista 
inglês, que observava um trem passar, e neste momento teve uma excelente 
ideia: organizar uma viagem para até 570 pessoas.
RESUMO DO TÓPICO 1
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1 Por que viajar, no século XV era considerado arriscado e perigoso?
2 De acordo com a Organização Internacional do Turismo, houve uma 
expansão maior do que o esperado no turismo internacional na primeira 
metade do ano de 2013, que revela que o turismo passa a integrar o padrão 
de consumo de um número cada vez maior de pessoas, não só́ em economias 
desenvolvidas, mas especialmente em economias emergentes (MARTINEZ, 
2013, p. 7). Diante deste contexto, como é chamado o “pai do turismo”?
3 Quando pensamos em deslocamento, podemos elencá-lo ao turismo e o seu 
desenvolvimento? Justifique a sua resposta.
4 O turismo passa também a ser encarado como aspecto primordial para 
o alcance do desenvolvimento social, econômico, político e cultural e 
levanta novas questões sobre desenvolvimento sustentável, liberdade de 
ir e vir, tolerância, respeito aos direitos dos turistas e, simultaneamente, às 
tradições, normas e práticas dos países anfitriões (MARTINEZ, 2013, p. 7). 
Considerando esse contexto, avalie as sentenças a seguir:
I - Já na Idade Moderna, aquele que perambulava causava medo, e a luta da 
população era fazer com que as pessoas mudassem seus costumes, e se 
fixassem em um local, o que geraria um maior controle.
II - O Grand Tour se denominou como: as viagens aristocráticas realizadas 
pelo continente europeu.
III - Marco Polo, escreveu uma espécie de diário de suas aventuras, o qual 
chama-se As Viagens de Marco Polo. 
IV - Mark Twain criou o Plano Cook de Alojamento e Transporte.
É correto o que se afirma em: 
a) ( ) II, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II.
d) ( ) II e III.
AUTOATIVIDADE
16
17
TÓPICO 2
HISTÓRICO DA HOTELARIA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
As reflexões do Tópico 2 têm como objetivo apresentar o histórico da 
hotelaria no mundo e no Brasil, apresentado de forma breve e cronológica. Para 
um profissional da área de eventos, é primordial conhecer o ramo hoteleiro e 
as suas origens, salientando sempre a importância das pessoas, pois não há 
hospedagem sem o hóspede.
Hóspede é a pessoa que usufrui do hotel e da sua infraestrutura.
É importante compreender que a atuação da hospitalidade para o 
reparo das energias despedidas nas viagens era de suma importância, pois o 
hotel é uma extensão da residência do viajante, e mesmo em qualidade inferior, 
se torna a sua segunda casa, para que possa alcançar o objetivo da sua viagem 
(ANDRADE, 2002).
Você sabia que o símbolo da hospitalidade é o abacaxi? Chon (2014) afirma 
que a sua origem precisa é desconhecida, mas muitos acreditam que a ideia de o 
utilizar foi emprestada dos primeiros povos a cultivar a fruta. 
Esses povos colocavam abacaxis do lado de fora de suas casas para 
demonstrar que os visitantes eram bem-vindos. Colonizadores 
europeus levaram a fruta para a Europa e para as colônias norte-
americanas no século XVII. Como a exótica fruta era mais rara e 
mais cara que caviar, simbolizava o que havia de melhor em termos 
de Hospitalidade. Ela era usada para honrar a realeza e os hóspedes 
muito ricos (CHON, 2014, p.1).
Perceba que a hotelaria está totalmente ligada às palavras descanso, 
pausa, residência, hospitalidade. Você também acredita nisso? Quando busca 
algum lugar para descanso a primeira coisa que vem à mente é buscar um local 
seguro e de repouso? Nós buscamos e acreditamos que você também. Buscamos 
conforto e também queremos segurança. São necessidades que o ser humano 
tem, principalmente quando está longe de casa.
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
18
A hotelaria faz parte dos equipamentos turísticos representados pelo trade 
turístico, os quais são: agências de viagens, operadoras, meios de transportes, bares, 
restaurantes, museus etc., os quais devem ser sempre observados com bastante 
cautela, focando sempre em qualidade, prestação de serviços, comportamentos 
éticos objetivando o melhor para o cliente/hóspede. Que tal conhecermos um 
pouco mais sobre a hotelaria e a sua história?
2 A HISTÓRIA E AS HOSPEDAGENS
O que os livros apresentam é que a história da hospedagem é bastante 
antiga, e muito usual. Hospedavam-se viajantes por negócios e principalmente 
para assistirem aos jogos olímpicos gregos. Andrade (2002, p. 165) afirma que 
“Determinar as origens da hospedaria ou da hotelaria é tarefa quase impossível: 
ela se perde no tempo, talvez ainda quando o homem “morava” sob copas de 
árvores ou em seus troncos corroídos, em cavernas ou lapas”.
A palavra hospedagem deriva do latim hospitium, que significa hospitalidade 
(dada ou recebida). A hospitalidade também é originária do latim hospitalitas, que significa 
o ato de oferecer bom tratamento a quem se dá ou recebe hospedagem (CÂNDIDO; 
VIEIRA, 2003).
ATENCAO
Chon (2014) apresenta que os historiadores acreditam que as primeiras 
estruturas destinadas ao pernoite de pessoas:
[...] foram erguidas no Oriente Médio, ao longo das rotas de comércio 
e das caravanas, há cerca de quatro mil anos. Essas estruturas, 
denominadas caravanserai, situavam-se em intervalos de 12 
quilômetros de distância e funcionavam de modo muito semelhante 
aos atuais kahns do Oriente Médio, uma vez que forneciam abrigo 
(para homens e animais) e nada mais. Todas as provisões – comida, 
água, colchões – eram trazidas pelo viajante. Registros antigos desses 
estabelecimentos revelam condições físicas consideradas severas para 
os padrões atuais. Entretanto, o espírito de hospitalidade era forte, 
talvez mais especialmente no Oriente Médio. Um tradicional ditado 
do Oriente Médio ilustra bem a devoção à hospitalidade: “Eu nunca 
sou um escravo – exceto para o meu hóspede” (CHON, 2014, p. 4).
As primeiras hospedagens devem ter ocorrido nos tempos de Olympia e 
Epidauro quando os povos da época tinham necessidade de viajar muito, porque 
todo o tipo de comércio era praticado através de deslocamentos. No sopé do Monte 
Cronos, em Olímpia, na Grécia antiga, foi erguida a primeira hospedaria, com a 
finalidade de hospedar os visitantes que vinham assistir aos jogos olímpicos gregos.
TÓPICO 2 | HISTÓRICO DA HOTELARIA
19
3 HOSPEDAGENS NA IDADE MÉDIA
A religião fez parte de uma grande parte da história de hospedagens na 
Idade Média, pois a oficialização do Cristianismo fez com que as viagens religiosas 
acontecessem. Andrade (2002) afirma que na civilização cristã, a hospitalidade 
passou a ser considerada obrigação decorrente da caridade, fraternidade e da 
justiça, em decorrência de que se acredita que Jesus Cristo tenha nascido em um 
estábulo, em viagem que seus pais faziam em cumprimento de obrigações civis. 
“As principais hospedarias e pousadas surgiram na Idade Média por uma 
necessidade advinda das viagens constantes das autoridades eclesiásticas que 
sentiam o desconforto de não terem aonde pernoitare alimentar-se” (CÂNDIDO; 
VIEIRA, 2003, p. 30).
Com o surgimento dos mosteiros e conventos, os cristãos construíram 
mais cômodos e até mesmo alas de quartos que eram destinados aos forasteiros 
que passavam por perto das casas religiosas. Ou seja, nascia um convento e criava-
se um recanto para atendimento de peregrinos, romeiros, penitentes e viajantes. 
Como o caminho das cruzadas também se tornaram estradas imperiais e rotas 
oficiais, os mosteiros e os conventos femininos e masculinos aumentaram. Eles 
se dedicavam à prática cristã, através do exercício da hospitalidade, assistência 
médica e hospitalar (ANDRADE, 2002).
As igrejas não cobravam por essas acomodações, apesar de esperarem que 
os viajantes lhes fizessem uma contribuição. As viagens e o comércio aumentavam 
gradualmente na Europa, e os monastérios permaneceram como os principais 
estabelecimentos de hospedagem, tanto para os que viajavam a negócios quanto 
para os que viajavam por lazer (CHON, 2014).
Novos períodos de guerra aconteceram na história, que receberam o nome 
de Guerras Santas, representadas pelas Cruzadas, que foram guerras mistas com 
cunho religioso e popular. Cândido e Vieira (2003) afirmam que as cruzadas foram 
o elemento de alavancagem do fluxo turístico, pois os soldados e peregrinos 
eram recebidos em muitos mosteiros, abadias, estalagens etc. Foi a partir da 
reconquista das cidades sagradas que uma ordem religiosa conhecida como 
São João de Jerusalém incentivou a criação de uma guarnição de cavalheiros para 
oferecer um abrigo seguro. Esses cavalheiros criaram os hospitais, que não eram 
do mesmo formato que os hospitais de hoje. Vale lembrar que eles eram formados 
por financiadores, que poderiam ajudar a custear o “pouso” de peregrinos velhos 
e enfermos. A figura hóspede pode ter sido originada da palavra hospital, cuja 
palavra tem raiz latina hospes, que significa hóspede.
Já no fim da Idade Média, surgiram as hospedagens com fins lucrativos, 
e por consequência as associações e sociedades. Surgiu, assim, o hoteleiro que 
tinha como missão atender somente aos viajantes de classe rica. Quanto melhor o 
atendimento, maior crédito junto às autoridades da época o hoteleiro recebia. Ser 
hoteleiro era importante e representava poder. Por volta de 1420, a lei francesa 
exigiu o cadastramento oficial dos estabelecimentos destinados à hospedagem 
(CÂNDIDO; VIEIRA, 2003).
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
20
4 A HOSPEDAGEM NA IDADE MODERNA
Neste período houve a queda do Império Romano, que foi tomado 
pelos turcos. As viagens continuaram a ser realizadas, e surgiram os albergues, 
e juntamente com as hospedarias e pousadas iniciaram a oferta de alimentação 
para seus viajantes e hóspedes (CÂNDIDO; VIEIRA, 2003).
Podemos perceber que a ampliação das ofertas turísticas foram despertas 
a partir das necessidades das pessoas, pois os viajantes/hóspedes necessitavam 
suprir as suas necessidades principais. A categoria da hospedagem voltada 
ao público de maior classe social conseguiu atingir ainda mais clientes, por 
oferecerem maiores comodidades, e deixando com que o seu hóspede se sentisse 
em casa, nascendo assim de fato o termo “hospitalidade”.
De acordo com Castelli (2017), as principais vertentes da hospitalidade 
são o abrigo, a alimentação e o deslocamento.
FIGURA 2 – PRINCIPAIS VERTENTES PARA A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE 
HOSPITALIDADE ATUAL
Alimentação
Deslocamento
Abrigo
FONTE: Adaptado de Castelli (2017) 
Na Idade Moderna também temos a Renascença (séculos XV a XVII) 
quando o homem se tornou o parâmetro do mundo, trazendo uma visão 
antropocêntrica e oportunizando os estudos nos campos das ciências humanas. 
Os ilustres pensadores da época tinham o desejo de viajar para ver, sentir e 
matar a curiosidade sobre a cultura e demais atrativos advindos de outros países. 
Montaigne e Shakespeare registraram em suas obras esse desejo. Com o advento 
da escrita, é possível encontrar relatos da maneira de como os viajantes eram 
acolhidos (CASTELLI, 2017).
TÓPICO 2 | HISTÓRICO DA HOTELARIA
21
DICAS
Que tal aprofundar seus estudos com um livro de Shakespeare?
Sugerimos que você leia o livro Júlio César, obra que teve o ambiente de Roma como sede 
da história, pois contará a história do Grande Império Romano. Além de trazer um pouco de 
cultura, esta obra irá transportar você para um famoso destino turístico, que é a capital da Itália.
FIGURA 3 – JÚLIO CÉSAR, LIVRO DE WILLIAM SHAKESPEARE
FONTE: <https://www.amazon.com.br/J%C3%BAlio-C%C3%A9sar-William-Shakespeare/
dp/8582850654?tag=goog0ef-20&smid=A1ZZFT5FULY4LN&ascsubtag=go_7266
85122_54292137521_242594579893_pla-398339832603_c>. Acesso em: 17 dez. 2018
A essa altura, você deve se perguntar sobre as propriedades privadas. 
Na Inglaterra, elas prosperaram menos que nas propriedades de hospedagem 
religiosa. Em 1539, como parte de sua disputa com a Igreja Católica Romana, 
o rei inglês Henrique VIII declarou que todas as terras de propriedade da 
Igreja deveriam ser doadas ou vendidas. Essa situação fez com que houvesse o 
crescimento das hospedarias particulares, pois a Igreja teve de abrir mão de suas 
propriedades. As propriedades particulares se multiplicaram (CHON, 2014).
Cândido e Vieira (2003) afirmam que foi na França que surgiu o primeiro 
tarifário e guia para a hospedagem, com a identificação dos preços em exposição 
nos cartazes e placas. A partir de 1650, a expansão marcante da hotelaria europeia 
se deu juntamente com a evolução dos meios de transporte. Essa expansão foi 
marcada na Europa e na América do Norte por sensíveis modificações, e até 1700, 
as principais foram:
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
22
• Introduzidas placas indicativas para evidenciar uma boa comida (Europa).
• Lei obrigou a todas as cidades oferecerem uma hospedaria (EUA).
• As diligências inglesas inovam com a criação de horários preestabelecidos nas 
viagens.
• Na América do Norte, a Maçonaria entra no mercado hoteleiro e são criados os 
primeiros SPAS.
Por volta de 1792 foram desenvolvidas algumas regras de hospedagem. A 
seguir encontra-se um quadro explicativo sobre a evolução delas, pois baseando-
se nisso, temos os códigos de conduta e ética atuais.
QUADRO 1 – POR DENTRO DA INDÚSTRIA: LEI E ÉTICA
As primeiras regulamentações da indústria da Hospitalidade
As primeiras regulamentações conhecidas da indústria são encontradas 
no Código de Hamurabi. Durante o governo de Hamurabi no Antigo Império 
Babilônico, de 1792 a 1750 a.C., ele desenvolveu o que foi considerado um 
sábio e justo “código de leis”. O código obrigava as proprietárias de tavernas 
a denunciar qualquer hóspede que planejasse um crime. O código também 
proibia adicionar água às bebidas ou enganar quanto à dose servida. A punição 
para esses “crimes” era morte por afogamento.
Na época do Império Romano, as normas tinham evoluído. Por exemplo, 
a mulher de um dono de hospedaria não podia ser punida por desobedecer às 
leis contra o adultério; os donos de hospedaria não podiam servir ao exército 
porque este era um serviço nobre; e os donos de hospedaria não podiam ter a 
guarda de crianças menores de idade.
Algumas vezes, as regras eram instituídas pelos donos de tavernas. No 
século XVI, na Inglaterra, havia leis como: não era permitido mais de cinco 
pessoas na mesma cama; não era permitido deitar de botas na cama; não era 
permitido acolher nenhum amolador ou construtor de lâminas; era proibida a 
presença de cachorros na cozinha; tocadores de realejo tinham de dormir nos 
sanitários.
Apesar de algumas normas parecerem absurdas, as primeiras 
regulamentações ajudaram no desenvolvimento da indústria e algumas delas 
permanecem até hoje.
FONTE: Adaptado de Chon (2014)
TÓPICO 2 | HISTÓRICO DA HOTELARIA
23
Percebemos ao longo do Tópico 2 que a hotelaria tem suas raízes em épocas 
muito remotas, e que são ligadas ao desenvolvimento social da humanidade. 
Assim como o turismo, a hotelaria é um fenômeno que aproximaas pessoas e 
provoca mudanças no comportamento dos envolvidos, dos padrões culturais e 
de toda a história. Conhecer essa importante faceta da história é estabelecer uma 
relação com o desenvolvimento da história. Eis que é chegado o momento de 
conhecer um pouco mais dos meios de hospedagem no mundo, deixando para 
trás a Idade Moderna e seguindo em direção da Idade Contemporânea.
5 IDADE CONTEMPORÂNEA
Esse capítulo tem como intenção realizar um aparato geral dos 
acontecimentos históricos da hotelaria a partir da idade Moderna. Em se tratando 
de história, Cândido e Vieira (2003) afirmam que os próximos acontecimentos 
foram realizados na Idade Contemporânea, e que ela foi dividida em três partes:
• Idade Contemporânea I – de 1798 até 1870 – tem como fator de destaque a 
unificação da Itália.
• Idade Contemporânea II – de 1870 até 1945 – grande migração de italianos para 
o Mundo Novo e o final com o término da Segunda Guerra Mundial.
• Idade Contemporânea III – de 1945 até 2000 – Fim da Segunda Guerra e 
Mundial e início de um novo século.
Esse novo século é designado pelos dias atuais, quando marcantes avanços 
tecnológicos, nos meios de transporte e de comunicação se destacaram. As viagens 
com cunho de negócios e lazer trouxeram novas alternativas (CASTELLI, 2017).
As viagens continuaram a se expandir, e com elas as pousadas e 
hospedagens, a Idade Contemporânea é marcada pelo desenvolvimento e 
expansão da hotelaria, quando os investimentos em prédios de dois e três andares 
começaram a se destacar, chamando atenção para uma hotelaria moderna.
Na Europa, surgiu a indústria hoteleira, com características e filosofia 
de empresa destinada a explorar comercialmente os viajantes (CÂNDIDO; 
VIEIRA, 2003).
Em se tratando de empresas hoteleiras, Weinrich (2013, p. 18) cita que 
“Não somente conceituar um hotel, ou saber atender a um cliente, as empresas 
hoteleiras necessitam saber a importância do meio ambiente para a empresa, pois 
está diretamente ligada ao seu crescimento econômico, social e ambiental”.
Essa visão da hotelaria como empresa fez com que seu desenvolvimento 
acontecesse principalmente na Revolução Industrial, que a partir de 1970 teve 
como influência importantes nomes da época, tais como Saint-Simon, Auguste 
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
24
Comte, Karl Mark, Stuart Mill, os quais buscavam não só trocas econômicas, mas 
também sociais e culturais (CASTELLI, 2017).
Nesta mesma época, a cidade de Nova Iorque recebeu os primeiros hotéis 
no centro da cidade, e um dos mais famosos é o City Hotel, que foi inaugurado 
em 1794, e tinha 73 apartamentos coletivos com o custo de US$ 2 por diária/
pessoa, com as três refeições do dia inclusas. Um ano depois, as colônias belgas, 
que se situavam na África e no México importaram dos EUA estruturas metálicas 
para implantação de hotéis pré-fabricados. Percebe-se, neste momento, uma 
época de desenvolvimento. No período de 1810 até 1820, novos hotéis e casas de 
hospedagem surgiram em diversos países, com novas técnicas de construção e 
tecnologia. Mas com a evolução dos trens, muitos hotéis acabaram fechando, por 
estarem localizados longe das estações, essa situação fez que Londres recebesse 
o primeiro hotel considerado de ferrovia, construído junto a uma movimentada 
estação de trem: Euston Station Hotel (CÂNDIDO; VIEIRA, 2003).
A Idade Contemporânea, comumente denominada Época 
Contemporânea, numa linha do tempo, teve seu início no final do século XVIII, 
com a Revolução Francesa e segue até os dias atuais. Dentro desse contexto, é 
importante lembrar que ela foi dividida em três grandes momentos:
I - Idade Contemporânea I.
II - Idade Contemporânea II. 
III - Idade Contemporânea III. 
Enumere os grandes momentos contemporâneos com os seus conceitos:
( ) Caracterizada pelo fim da Segunda Guerra Mundial e início de um novo 
século.
( ) Caracterizada pela unificação da Itália.
( ) Caracterizada como o marco inicial pela grande migração de italianos 
para o Mundo Novo e o final com o Término da Segunda Guerra Mundial.
Sobre os conceitos anteriores, assinale a sequência correta: 
a) I, II, III. 
b) III, I, II. 
c) I, III, II.
d) II, III, I.
AUTOATIVIDADE
TÓPICO 2 | HISTÓRICO DA HOTELARIA
25
“As viagens de trem diminuíram a duração da jornada e melhoraram 
o conforto – uma viagem de 180 quilômetros que, de carruagem, demorava 11 
horas, passou a levar apenas duas horas e meia de trem. Disso resultou que as 
viagens de longa distância tornaram-se mais fáceis [...]” (CHON, 2014, p. 88).
A evolução dos transportes também contribuiu para a formação de 
um grande número de vilas e cidades, com uma razoável distância entre elas, 
aumentando também o número de viajantes e como consequência o número 
de empresas hoteleiras. E foi nessa mesma época que se tem informações da 
inauguração do hotel comercial mais antigo, que ainda existe. O chamado Wekalet 
Al – Ghury, no Cairo. A sua localização é bastante privilegiada, pois encontra-se a 
500 metros da célebre mesquita Al-Azhar (ANDRADE, 2002).
NOTA
Wekalet Al – Ghury, que foi construído no Cairo, Egito, é atualmente um centro 
cultural, e se você digitar no Youtube esse nome, conseguirá verificar diversas apresentações 
que ocorreram dentro desse antigo prédio. Será possível visualizar a sua rica construção, com 
mármores coloridos. Vale a pena a pesquisa!
Em alguns locais próximos da fronteira dos Estados Unidos, que buscavam 
desenvolver-se, foram construídos hotéis, tavernas e restaurantes antes mesmo 
da chegada das ferrovias, na expectativa de que isso atraísse novos comércios. 
Uma boa parte dos resorts norte-americanos – entre os quais muitos nas Castkill 
Mountains, em Nova York, e outros na Flórida – foi construída próxima às 
principais linhas de trem (CHON, 2014).
Ainda sobre o desenvolvimento das estradas de ferro, podemos perceber 
que:
Foi durante o desenvolvimento das estradas de ferro que os primeiros 
hotéis verdadeiramente grandes foram construídos na América do 
Norte. O Tremont House foi edificado em 1828, em Boston. Com 
ele, teve início uma nova era para o profissional de Hospitalidade: o 
hoteleiro, que era o dono, gerente ou quem cuidava do estabelecimento. 
O Tremont House foi planejado exclusivamente para receber e servir 
hóspedes. O hotel neoclássico de Isaiah Roger tinha 170 apartamentos, 
um saguão circular com cúpula, grandes salas de convenções, uma 
sala de jantar com 200 lugares em que se servia comida francesa e uma 
sala de leitura repleta de jornais de todo o mundo. Como o hotel tinha 
três pavimentos (os elevadores ainda não haviam sido inventados), 
a gerência do Tremont criou o cargo de mensageiro para ajudar a 
carregar as bagagens dos hóspedes escada acima (CHON, 2014, p. 89).
Cândido e Vieira (2003) citam que entre 1890 e 1920 as principais evoluções 
hoteleiras no mundo, que exerceram influência ainda nos dias atuais, foram:
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
26
• Fundação em Lausanne, na Suíça, da École Hotelière. 
• O Hotel Netherland, em Nova Iorque, sendo o primeiro hotel com telefone em 
todas as Unidades Habitacionais (UHs).
• O primeiro Hotel Waldorf Astoria foi construído em Nova Iorque onde hoje está 
localizado o Empire State.
• Já em 1908 foi construído o primeiro hotel direcionado para executivos, o 
chamado Buffalo Statler, com encanamento, banheiro privativo e fechadura 
na porta principal do apartamento, além de interruptor na porta principal do 
apartamento.
• Foi construído em Nova Iorque, o Hotel Pennsylvania, considerado o maior do 
mundo, na época, com 2002 apartamentos.
• Nasce a Statler Company, precursora das cadeias hoteleiras, criando fluxos 
operacionais e normas.
Caro acadêmico, podemos perceber que com as inovações, as hospedagens 
sofreram mais uma grande mudança: a chegada dos transportes em massa, que 
foram os aviões. Foi uma épocaconsiderada o Boom! Você consegue imaginar 
o que aconteceu? Mais uma vez a hotelaria sofreu com essa mudança no estilo 
de viajar. Os hotéis que se encontravam próximos às estações ferroviárias não 
atraíam mais tantos clientes, e o foco se voltou às proximidades dos aeroportos. 
“Além disso, o serviço das linhas aéreas diminuiu tanto o tempo e o desconforto 
das viagens internacionais que a globalização dos negócios tornou-se regra desde 
então” (CHON, 2014, p. 89).
Em 1970 tivemos o lançamento do Boing 747 com a maior capacidade de 
transporte, acelerando o desenvolvimento. Juntamente com esse evento, tivemos 
em Orlando, nos Estados Unidos, a inauguração do Walt Disney World. Essa 
inauguração foi um marco para a hotelaria, que precisou atender à demanda de 
turista em massa.
DICAS
A Disney World é um complexo de parques espalhados pelo mundo com 
a finalidade de encantar as pessoas com seus brinquedos e sonhos. Os parques são 
“desenhados” como um complexo turístico, todos eles possuem hotéis Disney, lojas de 
roupas e suvenirs Disney e meios de transporte da Disney trazendo conforto e um lucro 
conjunto aos empreendimentos dos Parques. No início era apenas um parque, mas com o 
passar do tempo foram criados os parques temáticos e aquáticos com a finalidade de dar 
diversas opções de lazer em um único lugar. 
FONTE: <http://www.revistaturismo.com.br/passeios/disney.htm>. Acesso em: 19 dez. 2018. 
Para mais informações e pesquisas sobre a Disney, sugerimos o site: <https://disneyworld.
disney.go.com/pt-br/>.
TÓPICO 2 | HISTÓRICO DA HOTELARIA
27
E para finalizar este tema, precisamos comentar sobre a expansão da 
economia. Quando a economia se amplia, o mesmo ocorre com a oferta e a demanda. 
As condições econômicas favoráveis do início do século XX anunciaram a era 
dourada dos hotéis, período no qual muitos grandes estabelecimentos hoteleiros 
foram construídos nos Estados Unidos. Mas não podemos deixar de relatar a 
Grande Depressão. Foi uma época em que bancos faliram, a taxa de desemprego 
subiu e o número de viagens caiu. Muitos dos hotéis que sobreviveram à 
Depressão são agora extremamente conhecidos (Statler, Ritz-Carlton e Hilton). 
Um outro súbito crescimento econômico aconteceu nos anos 1980. Os incentivos 
fiscais para investidores, as expectativas de uma alta demanda e a economia em 
crescimento auxiliaram o vasto aumento hoteleiro. No final dos anos 1980 e início 
dos anos 1990, entretanto, os empreendimentos futuros foram restringidos, e a 
indústria ficou seriamente prejudicada pela oferta excessiva, recessão econômica 
e eliminação dos incentivos fiscais (CHON, 2014).
Aí foi chegado o momento em que a hotelaria procurou, mais uma 
vez, se profissionalizar e buscar alternativas para sobreviver. Entra em cena 
os incrementos e o marketing. Um dos incrementos foram as convenções e os 
eventos.
28
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A hospitalidade significa o ato de receber bom tratamento a quem se dá ou 
recebe hospedagem.
• A palavra hospedagem significa hospitalidade.
• Hospitalidade e hospedagem derivam do latim.
• As primeiras estruturas destinadas ao pernoite de pessoas foram erguidas no 
Oriente Médio, ao longo das rotas de comércio e das caravanas, há cerca de 
quatro mil anos.
• A religião fez parte de uma grande parte da história de hospedagens na Idade 
Média, pois a oficialização do Cristianismo fez com que as viagens religiosas 
acontecessem.
• A figura hóspede pode ter sido originada da palavra hospital, cuja palavra tem 
raiz latina hospes, que significa hóspede.
• No fim da Idade Média surgiram as hospedagens com fins lucrativos.
• O hoteleiro que tinha como missão atender somente aos viajantes de classe 
rica.
• As principais vertentes da hospitalidade são o abrigo, a alimentação e o 
deslocamento.
• Na Idade Moderna temos a Renascença (séculos XV a XVII) quando o homem 
se tornou o parâmetro do mundo, trazendo uma visão antropocêntrica e 
oportunizando os estudos nos campos das ciências humanas. 
• Foi na França que surgiu o primeiro tarifário e guia para a hospedagem, com a 
identificação dos preços em exposição nos cartazes e placas.
• A Idade Contemporânea foi dividida em três partes:
o Idade Contemporânea I – de 1798 até 1870 – tem como fator de destaque a 
unificação da Itália.
o Idade Contemporânea II – de 1870 até 1945 – grande migração de italianos 
para o Mundo Novo e o final com o término da Segunda Guerra Mundial.
o Idade Contemporânea III – de 1945 até 2000 – Fim da Segunda Guerra e 
Mundial e início de um novo século.
29
• A evolução dos transportes também contribuiu para a formação de um grande 
número de vilas e cidades, com uma razoável distância entre elas, aumentando 
também o número de viajantes e como consequência o número de empresas 
hoteleiras.
• As condições econômicas favoráveis do início do século XX anunciaram a era 
dourada dos hotéis.
30
Leia o texto a seguir:
KEMMONS WILSON
Fundador da Holiday Inn
Em 1952, ele pegou emprestado US$ 300.000 e a ideia de sua mãe para 
um logotipo e abriu a primeira unidade de uma cadeia de hotéis familiares 
cujo nome foi inspirado em um filme de Bing Crosby e Fred Astaire. Suas 
acomodações foram planejadas para as famílias: preços acessíveis, acomodação 
gratuita para crianças e uma piscina em cada hotel. Ele criou a maior empresa 
de hospedagem do mundo, e certa vez declarou que 96% de todos os viajantes 
americanos já́ haviam sido hóspedes da cadeia pelo menos uma vez.
Ele prometeu a seus clientes “nenhuma surpresa” – e manteve essa 
promessa por quase quatro décadas. Ele é Kemmons Wilson: fundador, 
construtor e homem de marketing da Holiday Inn.
Nascido em Osceola, Arkansas, em janeiro de 1915, Wilson mudou-
se para Memphis, Tennessee, com sua mãe, Ruby, após o falecimento de seu 
pai, no outono daquele ano. Começou a trabalhar aos 14 anos, primeiro como 
entregador de uma farmácia e depois, aos 17, como dono de um carrinho de 
pipocas em um teatro local. De forma eventual, Wilson investiu em uma série 
de empreendimentos, entre os quais máquinas de fliperama, corridas de avião 
e construção civil. Também administrou uma revendedora de órgãos e pianos 
e serviu o exército durante certo período.
Durante férias familiares pelo interior, no início da década de 1950, 
Wilson teve, subitamente, a ideia de um novo tipo de hotel. Sua família 
não admitia hospedar-se em acomodações à beira da estrada, de modo que 
existiam apenas duas opções: hotéis luxuosos e caros, onde era cobrada a 
hospedagem de cada criança, ou motéis sujos onde amantes “se entregavam 
à veneração de Vênus”.
Pouco tempo depois, Wilson fez um empréstimo no banco e construiu 
seu primeiro Holiday Inn em sua cidade natal, Memphis (apesar de nascido 
em Arkansas, Wilson foi criado em Memphis e se refere a ela como sua cidade 
natal). O que tornava os Holiday Inns diferentes? Cada quarto era maior 
que a média, com duas camas de casal. O hotel tinha um restaurante – algo 
que a maioria dos motor-hotéis daquele período não tinha. A hospedagem 
de crianças menores de 12 anos era gratuita. Em cada quarto havia televisão 
(gratuita), telefone e uma Bíblia. Talvez o mais importante era que cada 
AUTOATIVIDADE
31
estabelecimento era erguido sob a promessa de Wilson (e slogan da Holiday 
Inn): “A melhor surpresa é não haver surpresas”. Wilson continuou a construir 
seu império e, à medida que o sistema rodoviário interestadual se desenvolvia, 
seus Holiday Inns ajudavam a criar um fenômeno da Hospitalidade.
No verão de 1989, a Bass PLC, um conglomerado britânico considerado 
a principal cervejaria do Reino Unido e o maior operador hoteleiro do mundo, 
comprou a Holiday Corporation. Kemmons Wilson, o pioneiro da hotelaria, 
que construiu um dos maiores impérios comerciais do século XX, partiu para 
outro negócio: uma cadeia de motor-hotéis denominada Wilson Inns. Essa 
cadeia oferece unidades habitacionais maiores que a média e acomodações 
luxuosas (com forno demicro-ondas e pia) por preço acessível.
Não existem bares, restaurantes ou piscinas nos Wilson Inns. Eles 
competem com cadeias mais baratas, como Hampton Inns, Red Roof Inns, 
La Quintas e Motel 6. Wilson trabalha em seu novo empreendimento com o 
mesmo zelo por alto padrão de atendimento, controle de qualidade e serviço 
ao consumidor que tornaram a Holiday Inn uma das marcas mais conhecidas 
no mundo.
FONTE: CHON, Kye-Sung. Hospitalidade: conceitos e aplicações. 2. São Paulo: Cengage 
Learning, 2014 1 recurso on-line ISBN 9788522116195.
Agora responda:
1 Analisando os conteúdos deste tópico, você acredita que as mudanças nos 
transportes definiram o tipo de hotel que Kemmons Wilson abriu em 1952?
2 Apresente as duas opções de hospedagem que Kemmons Wilson foi o 
precursor.
3 De qual período o Holiday Inns fez parte?
a) ( ) Idade Média.
b) ( ) Idade Moderna.
c) ( ) Idade Contemporânea.
32
33
TÓPICO 3
EVOLUÇÃO DA HOTELARIA E DO 
TURISMO NO BRASIL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Quando o turista decide viajar, sair da sua rotina, acaba por conhecer 
locais e culturas diferentes daquela em que vive. Você, acadêmico do Curso 
Superior de Tecnologia em Eventos, também busca conhecer novas culturas e 
aprender com sensações e costumes diversos?
Se você respondeu que sim, será fácil compreender ainda mais o nosso 
Tópico 3, pois ele trata da evolução da hotelaria e do turismo no Brasil. Caso 
tenha respondido não, caro acadêmico, podemos resolver esta situação.
Várias são as evidências de que o mercado de turismo no Brasil 
vem sustentando sua tendência de crescimento nos últimos anos: a 
expansão dos desembarques domésticos, das taxas de ocupação de 
hotéis, dos gastos de turistas estrangeiros no país, do faturamento 
e dos postos de trabalho em agências de turismo, em operadoras e 
nos meios de hospedagem; o incremento das vendas de pacotes 
turísticos em agências de viagem, dos aluguéis de veículos para 
turismo e mesmo o aumento dos financiamentos ao setor (MELLO; 
GOLDENSTEIN, 2011, p. 25).
NOTA
Vamos complementar o assunto com um pouco de curiosidade? Um 
vídeo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) está disponível na 
internet. Ele apresenta as realidades brasileiras, ou seja, aquilo que o Brasil tem de mais 
bonito. Que tal você assistir ao vídeo no link: <https://www.youtube.com/watch?time_
continue=4&v=9w2oPxqYhbE>.
34
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
“No contexto internacional, o Brasil disputa mercado com as demais 
regiões e os demais países que oferecem, cada qual, suas distintas atrações 
turísticas” (MELLO; GOLDENSTEIN, 2011, p. 7).
Depois de estudarmos dois tópicos específicos sobre a história do Turismo 
e da Hotelaria, você consegue, caro acadêmico, imaginar quais as características 
que fizeram com que o nosso país adquirisse componentes comerciais, para que 
fosse tratado como um destino turístico? Posso lhe adiantar que com toda a nossa 
singularidade, a qual compete citar a nossa cultura, os nossos descendentes, o 
desenvolvimento e a nossa miscigenação foram destaques para a nossa evolução. 
Vamos então ler e descobrir juntos as peculiaridades do nosso país?
2 O CONTEXTO BRASILEIRO
Assunção (2012) apresentou em seu livro o contexto em que a colônia 
portuguesa avançou o novo território em busca de riquezas e índios, ocupando 
assim a América. Esse movimento fez com que eles conquistassem o nosso 
território brasileiro.
Ou seja, a história do turismo no Brasil começa com o próprio 
descobrimento. De acordo com Ignarra (2013, p. 7),
As primeiras expedições marítimas que chegaram com Américo 
Vespúcio, Gaspar Lemos, Fernando de Noronha e outros não 
deixavam de fazer turismo de aventura. Nota-se que essas viagens 
exploratórias não se restringiam aos portugueses. Documentos 
históricos mostram que navegadores espanhóis, franceses, holandeses 
e ingleses exploraram as costas brasileiras.
O século XVIII foi marcado pela exploração do ouro, na Região de Minas 
Gerais, estimulando grandes deslocamentos dentro do território brasileiro. 
Circulação de homens, produtos e ideias fizeram com que o governo português 
enviasse cientistas para o Brasil, que nada mais significava a chegada de viajantes, 
dispostos a coletar dados e informações para serem levadas à Europa, resultando 
estudos sobre o nosso país, e por consequência, motivando mais homens a saírem 
de suas pátrias e viajar (ASSUNÇÃO, 2012). Essa movimentação deu início ao 
turismo receptivo.
Em se tratando de turismo e hotelaria, Cândido e Vieira (2003, p. 37) 
consideram que:
A Indústria Turística e a Indústria Hoteleira na realidade não poderiam 
ser consideradas Indústrias propriamente ditas, mas é evidente que 
a evolução de outros ramos industriais fez com que esse binômio: 
Hotelaria e Turismo, que não pode crescer separadamente, tivesse 
grande incentivo para a sua realidade atual. (grifos do autor)
TÓPICO 3 | EVOLUÇÃO DA HOTELARIA E DO TURISMO NO BRASIL
35
Müller et al. (2011) destacam fatos e acontecimentos significativos da 
década de 1970, contextualizando principalmente o que se refere aos investimentos 
em infraestrutura básica e em serviços turísticos, especialmente a hotelaria. Esse 
período também foi favorável ao surgimento dos primeiros cursos superiores de 
turismo e dos primeiros congressos científicos da área; e o incentivo do governo 
para o desenvolvimento da atividade, configurando uma década de grandes 
avanços, tanto privados como públicos, para a atividade turística brasileira. 
Ainda nesta mesma época, o turismo aparecia como uma atividade econômica 
importante para o desenvolvimento do país, dando foco para o turismo receptivo. 
Para atrair turistas estrangeiros, a EMBRATUR (Empresa Brasileira de Turismo), 
criada pelo Decreto-Lei nº 55, de 18 de novembro de 1966, investiu na divulgação 
positiva da imagem do Brasil no exterior, exaltando a cidade do Rio de Janeiro, o 
carnaval e a mulher.
DICAS
A EMBRATUR foi criada como o significado da sigla Empresa Brasileira de 
Turismo, e atualmente ela mantém a mesma sigla, mas é chamada de Instituto Brasileiro 
de Turismo.
FIGURA 4 – LOGO EMBRATUR
FONTE: <https://pbs.twimg.com/profile_images/940168662215831552/e8ToLPO-
_400x400.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2019.
Desde 2003, a EMBRATUR é responsável apenas pela promoção, marketing e 
apoio à comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no mercado 
internacional. Todos os assuntos antes atribuídos a ela relativos ao cadastramento de 
empresas, à classificação de empreendimentos dedicados às atividades turísticas e ao 
exercício da função fiscalizadora, foram transferidos para o Ministério do Turismo.
FONTE: <http://www.embratur.gov.br/>. Acesso em: 21 dez. 2018.
O turismo é considerado um segmento de serviços, ou também inserido 
no setor terciário, que no Brasil vem expondo uma participação crescente face 
ao PIB do país. Em 1980, o setor de serviços era responsável por 48,8% do PIB 
36
UNIDADE 1 | TURISMO E HOTELARIA: DOIS TERMOS CONVERGENTES
brasileiro, já em 1995 alcançou 55,7%, caracterizando uma melhora expressiva 
face ao desempenho declinante observado para o setor industrial (SAAB, 1999). 
“O setor de serviços é o setor com maior participação na economia. No 3º trimestre 
de 2018, o setor de serviços (que inclui o comércio) representou 73,1% do valor 
adicionado do PIB brasileiro” (DATA SEBRAE, 2019).
3 O TURISMO NO BRASIL
Castelli (2017) afirma que a miscigenação entre brancos, índios e negros, 
no início da nossa colonização, e muitas outras nações, que se juntaram a nós, 
auxiliaram o nosso desenvolvimento, apresentando a nossa singularidade. O que 
de fato, nos faz ser um país multicultural.
Apesar de toda destruição feita no decorrer dos séculos, continua sendo a 
beleza natural o principal produto turístico do Brasil. Basta analisar as estatísticas 
do turismo nacional e internacional (Embratur e OMT) para verificar que uma 
das maiores motivações dos turistas em relação a determinadas

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