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Respiratório de Aves

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Anatomia Respiratória da Aves 
• Cavidade celomática: compartimento único para 
todos os órgãos 
• Sistema pulmonar composto por 
→ Componente de ventilação: fossas nasais, traqueia, 
brônquios, sacos aéreos, esqueleto torácico e 
músculos da respiração 
→ Troca gasosa: pulmão parabronquial 
− Preso à parede dorsal das costelas 
− Não se expandem ou contraem, apenas troca gasosa 
Traqueia 
• Função 
− Conduzir o ar das narinas e boca até os brônquios 
− Aquecer, umedecer e “filtrar” o ar 
• Anéis traqueais completos 
• Formas diferentes de acordo com a espécie 
− Divertículos, traqueia dupla, traqueia em espiral 
• Pescoço mais longo que mamíferos, porém, traqueia 
mais larga 
• Aves possuem frequência respiratória mais lenta 
• Volume corrente maior que mamíferos 
• Mais complacência respiratória que mamíferos 
• Gastam menos energia que mamíferos na respiração 
• Processo respiratório mais eficiente que mamíferos 
Brônquios 
• Mamíferos formam “árvores brônquicas” 
• Aves possuem somente três ordens bronquiais 
− Brônquios primários 
− Brônquios secundários 
− Brônquios terciários 
Brônquios Primários 
• Porção extra e intrapulmonar 
 
 
• Camada muscular lisa bem desenvolvida 
• Responde a estímulos que alteram seu diâmetro 
- Acetilcolina, histamina, pilocarpina 
• Conduz o ar para os brônquios secundários e sacos 
aéreos caudais 
Brônquios Secundários 
• Todo brônquio que surge do primário 
• Dispostos medialmente ou lateralmente e 
ventralmente e dorsalmente 
• Os médio-ventrais conduzem o ar para os sacos 
aéreos craniais 
• Os médio-dorsais conduzem o ar para os sacos aéreos 
caudais 
• Os latero-ventrais conduzem o ar para os sacos aéreos 
caudais 
Brônquios Terciários 
• Também chamados parabrônquios ou pulmões 
parabronqueais 
• Tecido circundante realiza as trocas gasosas 
• Tubos estreitos e longos, com alto grau de 
anastomose 
• Musculatura lisa inervada pelo vago (constrição) e 
pelo simpático (dilatação) 
• Superfícies internas repletas de átrios (aberturas) 
• Entre os átrios existem septos interatriais cobertos 
por camada epitelial 
• Capilares aéreos 
− Ductos (infundíbulos) levam até os capilares aéreos 
− Formam anastomoses, semelhante a distribuição de 
capilares sanguíneos 
− Trocas gasosas entre manto de capilares sanguíneos e 
aéreos 
− Maior área de superfície e menor espessura do 
pulmão = troca de gases mais eficiente que mamíferos 
Respiratório de Aves 
 
- Não existem alvéolos como observado nos mamíferos, 
mas nos parabrônquios existem tubos extremamente 
finos contendo ar, onde ocorrem as trocas gasosas 
Sacos Aéreos 
• Aves possuem 9 sacos aéreos 
− Dois cervicais 
− Um clavicular ímpar 
− Dois torácicos craniais 
− Dois torácicos caudais 
− Dois abdominais 
• São pouco vascularizados 
− Troca gasosa pouco significativa 
• Arejam ossos e músculos 
• Fornecem o fluxo aéreo ao pulmão aviário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECÂNICA DA VENTILAÇÃO DAS AVES 
Músculos da Respiração e do Esqueleto Torácico 
• Aves não possuem diafragma muscular 
• Dependem da musculatura cervical, torácica e 
abdominal para respirar 
• Inspiração e expiração são processos ativos 
• Respiração em ciclos: ventilação não é homogênea 
 
 
 
 
 
• Inspiração 
− Músculos inspiratórios se contraem 
− Volume interno da cavidade toracoabdominal 
aumenta 
− Sacos aéreos também aumentam de volume 
− Pressão nos sacos aéreos negativa 
− Entrada de ar atmosférico por diferença de pressão 
• Expiração 
− Volume interno da cavidade toracoabdominal diminui 
− Pressão nos sacos aéreos aumenta para expulsão do 
ar para o ambiente externo 
TROCA GASOSA 
• É mais eficiente em aves que em mamíferos 
• Modelo de corrente cruzada entre o gás e o fluxo 
sanguíneo 
• Não há equivalente a ar alveolar, uma vez que a troca 
é constante 
• Mecanismo de Contracorrente: o sangue é trazido 
pelos capilares sanguíneos, fluindo em direção 
contrária ao fluxo de ar nos parabrônquios e capilares 
aéreos, o que potencializa as trocas gasosas 
 
 
 
 
 
 
• Fatores que influenciam a eficiência da troca gasosa 
− Desequilíbrio da ventilação e perfusão 
− Barreiras à difusão 
− Falta de homogeneidade dentro do pulmão 
 
Troca Gasosa, Voo e Altitude 
• Voo 
− Capacidade de produzir elevação, acelerar e manobrar 
− Forma de locomoção de maior demanda energética e 
respiratória 
− Em altas velocidades o custo energético e menor que 
outras formas de locomoção 
Hemoglobina aviária 
• Aves adultas possuem dois tipos de hemoglobina: A e 
D 
− A: mais prevalente e menor afinidade pelo O2 (se 
dissocia + fácil nos tecidos) 
− D: maior afinidade pela hemoglobina 
• Por ter dois tipos de hemoglobina, com diferentes 
afinidades, amplia-se a faixa de pressão do O2 
− A ave consegue se adaptar em situações de maior 
pressão de O2 (ambiente térreo) ou menor pressão de 
O2(grandes altitudes e dentro da água) 
• Nas aves o CO2 quase não se liga a hemoglobina 
Troca Gasosa e Mergulho 
• Melhor mergulhador aviário = Pinguim-imperador 
- Alcança até 540m de profundidade 
- Tempo de submersão de 28 min 
• Para um bom mergulhador 
- Profundidade e o tempo dependem da reserva de O2 
• Locais de reserva de O2 
− Sistema respiratório 
− Sangue 
− Músculos 
• Fatores que interferem na oxigenação 
− Volume de ar respirado 
− Volume sanguíneo 
− Concentração de hemoglobina 
− Massa muscular 
 
• Aves mergulhadoras que mergulham mais 
profundamente e por mais tempo, a contribuição do 
O2 respiratório é menor que o O2 sanguíneo e dos 
tecidos 
• Outros mecanismos fisiológicos do mergulhador 
− Bradicardia 
− Eficiência na natação 
− Tolerância hipoxêmica 
− Capacidade anaeróbica aumentada 
 
 
CONTROLE DA VENTILAÇÃO 
Regulação Respiratória 
• Mecanismo de regulação central (tronco encefálico) e 
periférica semelhante aos mamíferos 
• Particularidade 
− Aves possuem um grupo de quimiorreceptores 
intrapulmonares que respondem agudamente ao 
CO2 e são insensíveis ao O2 
− Afetam a frequência e o volume respiratórios 
• Mecanorreceptores periféricos no sistema 
respiratório sensíveis a insuflação do sistema 
respiratório 
• Barorreceptores podem influenciar na respiração 
− Pressão arterial elevada → hipoventilação 
− Pressão arterial baixa → hiperventilação 
• Termorreceptores 
− Localização central e periférica e integração 
hipotalâmica 
− Percepção da temperatura ambiental promovendo 
calafrios ou respiração ofegante 
− Aves perdem calor principalmente pela respiração 
− Maximização da ventilação do espaço morto para 
trocar calor, sem hiperventilar os parabrônquios 
 
MECANISMOS DE DEFESA PULMONAR 
Transporte Mucociliar 
• Traqueia e brônquios recobertos com muco 
• Cílios movem o muco com partículas até a orofaringe 
(escada rolante) para ser deglutido 
Fagocitose 
• O epitélio dos parabrônquios é responsável pelos 
processos de fagocitose 
 
CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS 
Cuidados na Contenção 
- Não se deve impedir o movimento de dobradiça do 
esterno pois isto impossibilita a ventilação adequada do 
pulmão de uma ave 
 
Anestesia 
Aves são muito sensíveis a maioria dos anestésicos e 
podem induzir a parada respiratória 
- Decúbito dorsal prejudica a ventilação

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