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ANATOMIA PROVA MULTIESTAÇÃO 2 - 3011

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Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
• ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO 
- Os rins são um par de órgãos avermelhados em 
forma de feijão, localizados logo acima da 
cintura, entre o peritônio e a parede posterior 
do abdome. Por causa de sua posição posterior 
ao peritônio da cavidade abdominal, são 
considerados retroperitoneais. Os rins estão 
localizados entre os níveis das últimas 
vértebras torácicas e a terceira vértebra 
lombar (L III), uma posição em que estão 
parcialmente protegidos pelas costelas XI e 
XII. Se estas costelas inferiores forem 
fraturadas, podem perfurar os rins e causar 
danos significativos, potencialmente fatais. O 
rim direito está discretamente mais baixo do 
que o esquerdo porque o fígado ocupa um espaço 
considerável no lado direito superior ao rim; 
- Anatomia externa dos rins - um rim adulto 
normalmente tem 10 a 12 cm de comprimento, 5 a 
7 cm de largura e 3 cm de espessura – 
aproximadamente do tamanho de um sabonete comum 
– e tem massa de 135 a 150 g. A margem medial 
côncava de cada rim está voltada para a coluna 
vertebral. Perto do centro da margem côncava 
está um recorte chamado hilo renal, através do 
qual o ureter emerge do rim, juntamente com os 
vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos; 
 
1. Três camadas de tecido circundam cada 
rim. A camada mais profunda, a cápsula 
fibrosa, é uma lâmina lisa e transparente 
de tecido conjuntivo denso não modelado 
que é contínuo com o revestimento externo 
do ureter. Ela serve como uma barreira 
contra traumatismos e ajuda a manter a 
forma do rim. A camada intermediária, a 
cápsula adiposa, é uma massa de tecido 
adiposo que circunda a cápsula fibrosa. 
Ela também protege o rim de traumas e 
ancora-o firmemente na sua posição na 
cavidade abdominal. A camada superficial, 
a fáscia renal, é outra camada fina de 
tecido conjuntivo denso não modelado que 
ancora o rim às estruturas vizinhas e à 
parede abdominal. Na face anterior dos 
rins, a fáscia renal localiza-se 
profundamente ao peritônio; 
- Anatomia interna dos rins - um corte frontal 
através do rim revela duas regiões distintas: 
uma região vermelha clara superficial chamada 
córtex renal e uma região interna mais escura 
castanha-avermelhada chamada medula renal. A 
medula renal consiste em várias pirâmides renais 
em forma de cone. A base (extremidade mais 
larga) de cada pirâmide está voltada para o 
córtex renal, e seu ápice (extremidade mais 
estreita), chamado papila renal, está voltado 
para o hilo renal. O córtex renal é a área de 
textura fina que se estende da cápsula fibrosa 
às bases das pirâmides renais e nos espaços 
ANATOMIA
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
entre elas. Ela é dividida em uma zona cortical 
externa e uma zona justamedular interna. As 
partes do córtex renal que se estendem entre as 
pirâmides renais são chamadas colunas renais; 
1. Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais da 
medula renal constituem o parênquima, ou porção 
funcional do rim. No interior do parênquima estão 
as unidades funcionais dos rins – aproximadamente 
1 milhão de estruturas microscópicas chamadas 
néfrons. O filtrado formado pelos néfrons é 
drenado para grandes ductos coletores, que se 
estendem através da papila renal das pirâmides. Os 
ductos coletores drenam para estruturas em forma 
de taça chamadas cálices renais maiores e cálices 
renais menores. Cada rim tem de 8 a 18 cálices 
renais menores e 2 ou 3 cálices renais maiores. Um 
cálice renal menor recebe urina dos ductos 
coletores de uma papila renal e a carreia para um 
cálice renal maior. Uma vez que o filtrado entra 
nos cálices, torna- se urina, porque não pode mais 
ocorrer reabsorção. O motivo é que o epitélio 
simples dos néfrons e túbulos se tornam epitélio 
de transição nos cálices. Dos cálices renais 
maiores, a urina flui para uma grande cavidade 
única chamada pelve renal e, em seguida, para fora 
pelo ureter até a bexiga urinária; 
2. O hilo se expande em uma cavidade no interior 
do rim chamada seio renal, que contém parte da 
pelve renal, os cálices e ramos dos vasos 
sanguíneos e nervos renais. O tecido adiposo ajuda 
a estabilizar a posição destas estruturas no seio 
renal; 
- Irrigação sanguínea e inervação dos rins - 
visto que os rins removem as escórias 
metabólicas do sangue e regulam o volume e a 
c o m p o s i ç ã o i ô n i c a d o s a n g u e , n ã o é 
surpreendente que eles sejam abundantemente 
irrigados por vasos sanguíneos. Embora os rins 
constituam menos de 0,5% da massa total do 
corpo, recebem 20 a 25% do débito cardíaco de 
repouso por meio das artérias renais direita e 
esquerda. Em adultos, o fluxo sanguíneo renal, 
o fluxo sanguíneo através de ambos os rins, é 
de aproximadamente 1.200 ml por minuto; 
1. No rim, a artéria renal se divide em várias 
artérias segmentares, que irrigam diferentes 
segmentos do rim. Cada artéria segmentar emite 
vários ramos que penetram no parênquima e passam 
ao longo das colunas renais entre os lobos renais 
como as artérias interlobares. Um lobo renal 
consiste em uma pirâmide renal, um pouco da coluna 
renal em ambos os lados da pirâmide renal, e o 
córtex renal na base da pirâmide renal. Nas bases 
das pirâmides renais, as artérias interlobares se 
arqueiam entre o córtex e a medula renais; aqui, 
são conhecidas como artérias arqueadas. As 
divisões das artérias arqueadas produzem várias 
artérias interlobulares. Estas artérias irradiam 
para fora e entram no córtex renal. Neste local, 
emitem ramos chamados arteríolas glomerulares 
aferentes; 
2. Cada néfron recebe uma arteríola glomerular 
aferente, que se divide em um enovelado capilar 
chamado glomérulo. Os glomérulos capilares então 
se reúnem para formar uma arteríola glomerular 
eferente, que leva o sangue para fora do 
glomérulo. Os capilares glomerulares são únicos 
entre os capilares no corpo, porque estão 
posicionados entre duas arteríolas, em vez de 
entre uma arteríola e uma vênula. Como são redes 
capilares e também têm participação importante na 
formação de urina, os glomérulos são considerados 
parte tanto do sistema circulatório quanto do 
sistema urinário; 
3. As arteríolas eferentes se dividem para formar 
os capilares peritubulares, que circundam as 
partes tubulares do néfron no córtex renal. 
Estendendo-se de alguns capilares glomerulares 
eferentes estão capilares longos, em forma de 
alça, chamados arteríolas retas, que irrigam 
porções tubulares do néfron na medula renal; 
4. Os capilares peritubulares por fim se unem para 
formar as veias interlobulares, que também recebem 
sangue das arteríolas retas. Em seguida, o sangue 
flui pelas veias arqueadas para as veias 
interlobares, que correm entre as pirâmides 
renais. O sangue sai do rim por uma veia renal 
única que emerge pelo hilo renal e transporta o 
sangue venoso para a veia cava inferior; 
5. Muitos nervos renais se originam no gânglio 
renal e passam pelo plexo renal para os rins, 
juntamente com as artérias renais. Os nervos 
renais integram a parte simpática da divisão 
autônoma do sistema nervoso. A maior parte 
consiste em nervos vasomotores que regulam o fluxo 
sanguíneo renal, causando dilatação ou constrição 
das arteríolas renais; 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
- Néfron - os néfrons são as unidades funcionais 
dos rins. Cada néfron consiste em duas partes: 
um corpúsculo renal, onde o plasma sanguíneo é 
filtrado, e um túbulo renal, pelo qual passa o 
líquido filtrado (filtrado glomerular). 
Estreitamente associado a um néfron está a sua 
irrigação sanguínea, que acabou de ser descrita. 
Os dois componentes de um corpúsculo renal são o 
gloméruloe a cápsula glomerular (cápsula de 
Bowman), uma estrutura epitelial de parede dupla 
que circunda os capilares glomerulares. O plasma 
sanguíneo é filtrado na cápsula glomerular, e 
então o líquido filtrado passa para o túbulo 
renal, que tem três partes principais. Em ordem 
de recebimento do líquido que passa por eles, o 
túbulo renal consiste em um: 
Túbulo contorcido proximal (TCP); 
Alça de Henle; 
Túbulo contorcido distal (TCD);
1. Proximal denota a parte do túbulo ligado à 
cápsula glomerular, e distal indica a parte que 
está mais longe. Contorcido significa que o 
túbulo é espiralado em vez de reto. O 
corpúsculo renal e os túbulos contorcidos 
proximais e distais se localizam no córtex 
renal; a alça de Henle se estende até a medula 
renal, faz uma curva fechada, e então retorna 
ao córtex renal; 
2. Os túbulos contorcidos distais de vários 
néfrons drenam para um único ducto coletor. Os 
ductos coletores então se unem e convergem em 
várias centenas de grandes ductos papilares, 
que drenam para os cálices renais menores. Os 
ductos coletores e papilares se estendem desde 
o córtex renal ao longo da medula renal até a 
pelve renal. Então, um rim tem aproximadamente 
1 milhão de néfrons, mas um número muito menor 
de ductos coletores e ainda menor de ductos 
papilares; 
3. Em um néfron, a alça de Henle comunica os 
túbulos contorcidos proximais e distais. A 
primeira parte da alça de Henle começa no ponto 
em que o túbulo contorcido proximal faz a sua 
última curva descendente. Inicia-se no córtex 
renal e estende-se para baixo e para dentro da 
medula renal, onde é chamada ramo descendente 
da alça de Henle. Em seguida, faz uma curva 
fechada e retorna para o córtex renal, onde 
termina no túbulo contorcido distal e é 
conhecido como ramo ascendente da alça de 
Henle. Aproximadamente 80 a 85% dos néfrons são 
néfrons corticais. Seus corpúsculos renais se 
encontram na parte externa do córtex renal, e 
têm alças de Henle curtas, que se encontram 
principalmente no córtex e penetram somente na 
região externa da medula renal. As alças de 
Henle curtas são irrigadas por capilares 
peritubulares que emergem das arteríolas 
glomerulares eferentes. Os outros 15 a 20% dos 
néfrons são néfrons justamedulares. Seus 
corpúsculos renais encontram-se profundamente 
no córtex, próximo da medula renal, e têm alças 
de Henle longas que se estendem até a região 
mais profunda da medula renal. As alças de 
Henle longas são irrigadas por capilares 
peritubulares e arteríolas retas que emergem 
das arteríolas glomerulares eferentes. Além 
disso, o ramo ascendente da alça de Henle dos 
néfrons justamedulares consiste em duas partes: 
uma parte ascendente delgada seguida por uma 
parte ascendente espessa. O lúmen da parte 
ascendente fina é o mesmo que em outras áreas 
do túbulo renal; apenas o epitélio é mais fino. 
Os néfrons com alça de Henle longa possibilitam 
que os rins excretem urina muito diluída ou 
muito concentrada; 
 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
• ANATOMIA DO SISTEMA 
GENITURINÁRIO FEMININO 
- A genitália interna são os órgãos reprodutores 
femininos que estão localizados dentro da cavidade 
pélvica. Eles incluem: 
˜ VAGINA 
~ ÚTERO 
˜ TUBAS UTERINAS 
˜ OVÁRIOS 
˜ VAGINA 
- A vagina é o órgão genital feminino interno 
mais externo. Estende-se do útero à vulva 
( g e n i t á l i a e x t e r n a ) . F u n c i o n a l m e n t e , 
possibilita a menstruação, a relação sexual e o 
parto. A vagina está localizada posteriormente 
à bexiga e à uretra, e anteriormente ao reto; 
- É um canal tubular fibromuscular de 10 cm de 
comprimento, alinhado com a túnica mucosa que 
se estende do exterior do corpo até o colo do 
útero; 
- Ela é o receptáculo para o pênis durante a 
relação sexual, a saída para o fluxo menstrual 
e a via de passagem para o parto. Situada entre 
a bexiga urinária e o reto, a vagina é dirigida 
superior e posteriormente, onde se insere no 
útero. Um recesso chamado fórnice da vagina 
circunda a inserção vaginal ao colo do útero. 
Quando corretamente inserido, um diafragma 
contraceptivo se apoia no fórnice, onde é 
mantido cobrindo o colo do útero; 
- A vagina é irrigada por ramos da artéria ilíaca 
interna: as artérias uterina, vaginal e pudenda 
interna. A drenagem venosa da vagina é 
realizada pelas veias vaginais, que desembocam 
nas veias ilíacas internas. A inervação é 
derivada do: 
√Plexo hipogástrico inferior, através do 
plexo uterovaginal - as fibras simpáticas 
e parassimpáticas são conduzidas pelos 
nervos toracolombar (T12-L1) e esplâncnico 
pélvico (S2-S4), respetivamente; 
√Nervo pudendo através do nervo perineal 
profundo; 
- A linfa é drenada da vagina para os linfonodos 
ilíacos e inguinais superficiais; 
˜ ÚTERO 
- Situado entre a bexiga urinária e o reto, o 
útero tem o tamanho e o formato de uma pera 
invertida. Nas mulheres que nunca engravidaram 
(nuligestas), tem aproximadamente 7,5 cm de 
comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de 
espessura. O útero é maior em mulheres que 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
estiveram grávidas recentemente, e menor 
(atrofiado) quando os níveis de hormônios 
sexuais são baixos, como ocorre após a 
menopausa; 
- As subdivisões anatômicas do útero incluem (1) 
uma parte em forma de cúpula superior às tubas 
uterinas chamada de fundo do útero, (2) uma 
parte central afilada chamada de corpo do útero 
e (3) uma parte inferior estreita chamada de 
colo do útero, que se abre para o interior da 
vagina. Entre o corpo do útero e o colo do útero 
está o istmo do útero, uma região de 
aproximadamente 1 cm de comprimento. O interior 
do corpo do útero é chamado de cavidade uterina, 
e o interior do colo do útero é chamado de canal 
do colo do útero. O canal do colo do útero se 
abre para a cavidade uterina no óstio 
histológico interno do útero e na vagina no 
óstio externo do útero; 
- Normalmente, o corpo do útero se projeta 
anterior e superiormente ao longo da bexiga 
urinária em uma posição chamada anteflexão; 
- O colo do útero se projeta inferior e 
posteriormente e penetra na parede anterior da 
vagina em um ângulo aproximadamente reto; 
- Vários ligamentos que são extensões do peritônio 
parietal ou cordões fibromusculares mantêm a 
posição do útero; 
- O par de ligamentos largos do útero são pregas 
duplas de peritônio que fixam o útero em ambos 
os lados da cavidade pélvica. O par de 
ligamentos uterossacros, também extensões 
peritoneais, encontramse em cada lado do reto e 
ligam o útero ao sacro. Os ligamentos 
transversos do colo estão localizados 
inferiormente às bases dos ligamentos largos e 
se estendem da parede pélvica ao colo do útero e 
vagina. Os ligamentos redondos são bandas de 
tecido conjuntivo fibroso entre as camadas do 
ligamento largo; estendemse de um ponto no útero 
imediatamente inferior às tubas uterinas até uma 
parte dos lábios maiores do pudendo da genitália 
externa. Embora os ligamentos normalmente 
mantenham a posição de anteflexão do útero, 
também possibilitam movimentação suficiente de 
seu corpo útero, de modo que o útero pode 
tornar- se mal posicionado; 
- O útero é irrigado principalmente pela artéria 
uterina, que emerge da artéria ilíaca interna. O 
ramo superior da artéria uterina supre o corpo e 
o fundo, enquanto o ramo inferior irriga o colo 
do útero. O sangue venoso do útero é drenado 
através do plexo venoso uterino para a veia 
ilíaca interna; 
- O útero recebe inervação do plexo hipogástrico 
inferior através do plexo nervoso uterovaginal, 
de forma similar à vagina. A drenagem linfática 
do útero ocorre para os linfonodos lombares, 
inguinais superficiais, ilíacos (interno e 
externo) e sacrais. Para entender melhor essas 
estruturas do sistema genitalfeminino e suas 
relações, dê uma olhada nos recursos abaixo; 
- A inclinação posterior do útero, chamada 
retroflexão, é uma variação inofensiva da 
posição normal do útero. Muitas vezes não há 
causa para esta condição, mas ela pode ocorrer 
após o parto; 
 ˜ TUBAS UTÉRINAS 
- As tubas uterinas (ou trompas de Falópio) são um 
par de órgãos musculares que se estendem dos 
cornos uterinos até aos pólos superiores dos 
ovários. As trompas de Falópio são o onde 
habitualmente ocorre a fertilização do óvulo. 
Elas também transportam o zigoto resultante para 
o útero para implantação; 
- As tubas uterinas são órgãos intraperitoneais, 
revestidos completamente por uma parte do 
ligamento largo do útero chamada de 
mesosalpinge. Elas são constituídas por quatro 
partes principais: 
√ Infundíbulo - a parte distal da tuba 
uterina que se abre para a cavidade 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
peritoneal através do óstio abdominal. O 
infundíbulo contém projeções em formatos 
de dedos chamadas de fímbrias, que se 
estendem sobre a superfície medial dos 
ovários; 
√ Ampola - é a parte mais longa e mais 
larga da tuba uterina. É o local mais 
comum de fertilização; 
√ Ístmo - é a parte mais estreita da tuba 
uterina; 
√ Parte intramural (uterina) - Se comunica 
diretamente com a cavidade uterina através 
do óstio uterino. 
√ Elas se estendem lateralmente através do 
útero; 
√ As tubas, que medem aproximadamente 10 
cm de comprimento, encontramse no interior 
das pregas do ligamento largo do útero, 
fornecendo uma via para os espermatozoides 
chegarem até o óvulo e transportam os 
oócitos secundários e óvulos fecundados 
dos ovários até o útero; 
√ A parte em forma de funil de cada tuba, 
chamada de infundíbulo da tuba uterina, 
está próxima do ovário, mas se abre para a 
cavidade pélvica. Ela termina em franjas 
de projeções digitiformes chamadas 
fímbrias da tuba uterina, que estão 
ligadas à extremidade lateral do ovário. 
Do infundíbulo, a tuba uterina se estende 
m e d i a l m e n t e e , e v e n t u a l m e n t e , 
inferiormente, e se insere no ângulo 
lateral superior do útero. A ampola da 
tuba uterina é a sua parte mais larga e 
mais longa, constituindo os dois terços 
laterais do seu comprimento. O istmo da 
tuba uterina é a parte curta, estreita, 
mais medial e de paredes espessas, que se 
une ao útero; 
√ A tuba uterina recebe suprimento 
arterial das artérias uterina e ovariana. 
A primeira é um ramo da artéria ilíaca 
interna e a segunda emerge da aorta 
abdominal. A drenagem venosa das tubas 
uterinas é mediada pelas veias tubárias. 
Estas drenam para os plexos venosos 
uterino e pampiniforme; 
√ A tuba uterina recebe inervação 
s i m p á t i c a d o p l e x o h i p o g á s t r i c o 
superior(T10-L2) através do nervo 
hipogástrico. A inervação parassimpática é 
proveniente dos nervos esplâncnicos 
pélvicos e do nervo vago. A linfa é 
drenada das tubas uterinas para os 
linfonodos para-aórticos, ilíacos internos 
e inguinais; 
˜ OVÁRIO 
- Os ovários são semelhantes aos testículos, 
possuem a mesma origem embrionária; 
- Os ovários produzem (1) gametas, os oócitos 
secundários que se desenvolvem em óvulos maduros 
após a fertilização, e (2) hormônios, incluindo 
a progesterona e os estrogênios (hormônios 
sexuais femininos), a inibina e a relaxina; 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
- Cada ovário está localizado na fossa ovariana da 
pelve verdadeira, adjacentes ao útero e inferior 
às tubas uterinas. O ovário contém quatro 
superfícies (anterior, posterior, medial e 
lateral) e dois polos (superior e inferior). É 
sustentado em sua posição por vários pares de 
ligamentos: ligamento suspensor do ovário, 
ligamento ovariano próprio (ligamento do ovário) 
e mesovário; 
- Os ovários, um em cada lado do útero, descem até 
a margem da parte superior da cavidade pélvica 
durante o terceiro mês de desenvolvimento; 
- Vários ligamentos os prendem em sua posição. O 
ligamento largo do útero, que é uma prega do 
peritônio parietal, se insere aos ovários por 
uma dobra de duas camadas de peritônio chamada 
de mesovário. O ligamento úteroovárico ancora os 
ovários no útero, e o ligamento suspensor do 
ovário os insere na parede pélvica. Cada ovário 
contém um hilo, o ponto de entrada e saída para 
os vasos sanguíneos e nervos com os quais o 
mesovário está ligado; 
- Os ovários recebem seu suprimento arterial das 
artérias ovarianas, que emergem da aorta 
abdominal. Esses vasos sanguíneos alcançam as 
gônadas percorrendo um trajeto dentro dos 
ligamentos suspensores; 
- O sangue venoso dos ovários é drenado pelo plexo 
pampiniforme. Essas veias posteriormente se 
fundem para formar as veias ovarianas. A veia 
ovariana direita drena para a veia cava 
inferior, enquanto a veia ovariana esquerda 
drena para a veia renal esquerda; 
- Os ovários são inervados pelo plexo nervoso 
ovariano, que recebe fibras dos plexos aórtico, 
renal e hipogástrico (superior e inferior). 
Fibras simpáticas são provenientes dos nervos 
esplâncnicos menores (T10-T11). A inervação 
parassimpática vem dos nervos esplâncnicos 
pélvicos (S2-S4). Os linfonodos lombares são 
responsáveis pela drenagem linfática dos 
ovários; 
˜ PUDENDO FEMININO 
- O pudendo feminino são os órgãos genitais 
externos femininos; 
- Anteriormente às aberturas vaginal e uretral 
está o monte do púbis, uma elevação de tecido 
adiposo recoberta por pele e pelos pubianos 
grossos que acolchoam a sínfise púbica; 
- Do monte do púbis, duas pregas de pele 
longitudinais, os lábios maiores do pudendo, se 
estendem inferiormente e posteriormente. Os 
lábios maiores do pudendo são recobertos por 
pelos pubianos e contêm tecido adiposo, 
glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas 
apócrinas. Eles são homólogos ao escroto; 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2 
- Medialmente aos lábios maiores do pudendo estão 
duas pregas de pele menores chamadas lábios 
menores do pudendo. Ao contrário dos lábios 
maiores do pudendo, os lábios menores do 
pudendo são desprovidos de pelos pubianos e 
gordura e têm poucas glândulas sudoríferas, mas 
contêm muitas glândulas sebáceas. Os lábios 
menores do pudendo são homólogos à parte 
esponjosa (peniana) da uretra; 
- O clitóris é uma pequena massa cilíndrica 
composta por dois pequenos corpos eréteis, os 
corpos cavernosos, e diversos nervos e vasos 
sanguíneos. O clitóris está localizado na 
junção anterior dos lábios menores do pudendo. 
Uma camada de pele chamada prepúcio do clitóris 
é formada no ponto em que os lábios menores do 
pudendo se unem e recobrem o corpo do clitóris. 
A parte exposta do clitóris é a glande do 
clitóris. O clitóris é homólogo à glande nos 
homens. Como a estrutura do sexo masculino, o 
clitóris é capaz de aumentar de tamanho à 
estimulação tátil e tem um papel na excitação 
sexual da mulher; 
- A região entre os lábios menores do pudendo é o 
vestíbulo da vagina. No interior do vestíbulo 
estão o hímen (se ainda existir), o óstio da 
vagina, o óstio externo da uretra e as 
aberturas dos ductos de várias glândulas. O 
vestíbulo da vagina é homólogo à parte 
membranácea da uretra nos homens. O óstio da 
vagina, a abertura da vagina para o exterior, 
ocupa a maior parte do vestíbulo e é limitada 
pelo hímen. Anteriormente ao óstio da vagina e 
posteriormente ao clitóris está o óstio externo 
da uretra, a abertura da uretra para o 
exterior. Em ambos os lados do óstio externo da 
uretra estão aberturas dos ductos das glândulas 
parauretrais. Estas glândulas secretam muco e 
estão embutidas na parede da uretra. As 
glândulas parauretrais são homólogasà 
próstata. Em ambos os lados do óstio da vagina 
propriamente dito estão as glândulas 
vestibulares maiores, que se abrem por ductos 
em um sulco entre o hímen e os lábios menores 
do pudendo. Elas produzem algum muco durante a 
excitação sexual e as relações sexuais, que 
contribui para o muco cervical e fornece 
lubrificação. As glândulas vestibulares maiores 
são homólogas às glândulas bulbouretrais nos 
homens. Várias glândulas vestibulares menores 
também se abrem para o vestíbulo da vagina; 
- O bulbo do vestíbulo consiste em duas massas 
alongadas de tecido erétil imediatamente 
profundas aos lábios de cada lado do óstio da 
vagina. O bulbo do vestíbulo fica cheio de 
sangue durante a excitação sexual, estreitando 
o óstio da vagina e colocando pressão sobre o 
pênis durante a relação sexual. O bulbo do 
vestíbulo é homólogo ao corpo esponjoso e bulbo 
do pênis nos homens; 
˜ PERÍNEO 
- O períneo é uma área em formato de diamante 
medial às coxas e nádegas tanto no sexo 
masculino quanto feminino; 
- Ele contém os órgãos genitais externos e o ânus; 
- O períneo é limitado anteriormente pela sínfise 
púbica, lateralmente pelas tuberosidades 
isquiáticas e posteriormente pelo cóccix; 
- Uma linha transversal traçada entre as 
tuberosidades isquiáticas divide o períneo em 
uma região urogenital anterior que contém os 
órgãos genitais externos e uma região anal 
posterior que contém o ânus; 
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• ANATOMIA DO SISTEMA 
GENITURINÁRIO MASCULINO 
√ As estruturas do sistema genital masculino 
podem ser classificadas em bases funcionais como 
segue: 
- Órgãos sexuais primários: Os órgãos sexuais 
p r i m á r i o s s ã o c h a m a d o s d e g ô n a d a s ; 
especificamente, os testículos no homem. As 
gônadas produzem os gametas, ou espermatozóides, 
e produzem e secretam hormônios sexuais. A 
secreção dos hormônios sexuais masculinos, 
chamados andrógenos, nas idades adequadas e em 
quantidades suficientes causam o desenvolvimento 
dos órgãos sexuais secundários e a manifestação 
dos caracteres sexuais secundários; 
- Órgãos sexuais secundários: Os órgãos 
sexuais secundários são aquelas estruturas 
essenciais para o transporte do espermatozóide. 
As três categorias de órgãos sexuais secundários 
s ã o : o s d u c t o s q u e t r a n s p o r t a m o s 
espermatozóides, as glândulas acessórias e o 
órgão da cópula. Os ductos que transportam os 
espermatozóides incluem os epidídimos, os ductos 
deferentes, os ductos ejaculatórios e a uretra. 
As glândulas genitais acessórias masculinas são 
glândulas seminais, a próstata e as glândulas 
bulbouretrais. O pênis que contém tecido erétil 
é o órgão da cópula. O escroto é uma bolsa de 
pele que inclui e protege os testículos; 
- Os caracteres sexuais secundários não são 
essenciais para o processo da reprodução mas, 
geralmente, são considerados atrativos sexuais. 
No homem, incluem o físico, os pelos do corpo e 
o tom da voz; 
- O períneo é uma região em forma de losango 
situada entre a sínfise púbica e o cóccix. É uma 
região muscular na abertura inferior da pelve. O 
períneo é dividido em um trígono urogenital, 
anterior e um trígono anal, posterior. No 
períneo masculino, o pênis e o escroto estão 
situados na porção anterior do trígono 
urogenital e o ânus está localizado no interior 
da porção posterior do trígono anal; 
- O escroto, semelhante a uma bolsa, está suspenso 
imediatamente atrás da base do pênis. As funções 
do escroto são: sustentar e proteger os 
testículos e controlar suas posições relativas 
na região pélvica do corpo. A frouxa e textura 
da pele do escroto no homem adulto é coberta com 
pelos esparsos e de coloração mais escura que a 
maior parte da pele de outras partes do corpo. 
Também contém numerosas glândulas sebáceas. O 
aspecto externo do escroto varia em momentos 
diferentes no mesmo indivíduo como resultado da 
contração e relaxamento dos músculos escrotais. 
O dartos é uma camada de fibras musculares lisas 
da tela subcutânea do escroto. O cremaster é um 
pequeno feixe de fibras musculares esqueléticas 
que se estende pelo funículo espermático, um 
tubo de fáscia que também inclui o ducto 
deferente, os vasos testiculares e nervos. O 
dartos e o cre-master contraem involuntariamente 
nas temperaturas baixas para aproximar os 
testículos da temperatura mais aquecida do corpo 
na região pélvica. O músculo cremaster é uma 
continuação do músculo oblíquo interno do abdome 
da parede abdominal do qual deriva quando os 
testículos descem para o escroto. Como é um 
músculo esquelético, também pode ser contraído 
voluntariamente. Quando os músculos escrotais se 
contraem, o escroto aparece firmemente enrugado 
e os testículos são puxados mais próximo do 
calor da parede do corpo. Altas temperaturas 
relaxam os músculos dartos e cremaster e os 
testículos ficam suspensos na parte inferior do 
escroto relaxado. A temperatura dos testículos 
se mantém aproximadamente em 35°C, ou 
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aproximadamente 1,5°C abaixo da temperatura 
normal do corpo, através da contração ou 
relaxamento dos músculos escrotais. Essa 
temperatura é a ótima para a produção e 
armazenamento de espermatozóides. O escroto é 
subdividido em dois compartimentos longitudinais 
pelo fibroso septo do escroto. O objetivo desse 
septo do escroto é colocar cada testículo em 
compartimentos separados de maneira que a 
infecção de um lado, geralmente, não afete o 
outro lado. Além disso, o testículo esquerdo 
está geralmente suspenso mais baixo no escroto 
que o direito de forma que os dois não possam 
ser comprimidos conjuntamente. O local do septo 
do escroto é visível na superfície do escroto ao 
longo de um sulco longitudinal mediano chamada 
rafe do períneo. A rafe do períneo se estende 
para diante subjacente ao pênis e para trás na 
direção do óstio anal. A irrigação sanguínea e a 
inervação do escroto são extensas. As artérias 
que servem o escroto são a pudenda interna, ramo 
da artéria ilíaca interna, a pudenda externa, 
ramo da artéria femoral, e a cremastérica, ramo 
da artéria epigástrica inferior. A drenagem 
venosa segue um padrão semelhante ao das 
artérias. Os nervos escrotais são principalmente 
sensitivos; incluem os nervos pudendos, os 
nervos ílio-inguinais e os nervos cutâneos 
femorais posteriores;
- Embora a infertilidade masculina não seja comum, 
pode resultar na exposição dos testículos a 
temperaturas excessivamente altas por um período 
de tempo extenso. Banhos quentes ou saunas 
frequentes podem destruir espermatozóides em tal 
extensão que a quantidade de espermatozóides 
fica muito baixa para capacitar a fertilização; 
- Os testículos são órgãos pares, esbranquiçados e 
ovóides, com aproximadamente 4 cm de comprimento 
e 2,5 cm de diâmetro. Cada testículo pesa entre 
10 e 14 g. Duas camadas de tecidos, ou túnicas, 
cobrem os testículos. A externa túnica vaginal é 
um saco seroso fino derivada do peritônio 
durante a descida do testículo. A túnica 
albugínea é uma membrana fibrosa e dura que 
encapsula diretamente cada testículo. Expansões 
fibrosas internas da túnica albugínea dividem o 
testículo em 250 a 300 lóbulos do testículo em 
forma de cunhas. Cada lóbulo do testículo contém 
túbulos seminíferos firmemente enrolados que 
podem exceder 70 cm de comprimento se forem 
desenrolados. Os túbulos seminíferos são as 
unidades funcionais do testículo porque é neles 
que ocorre a espermatogênese, a produção de 
espermatozóides. Espermatozóides são produzidos 
aos milhares por segundo – mais de 100 milhões 
por dia – ao longo da vida de um homem saudável, 
sexualmente maduro. Formando as paredes dos 
túbulos seminíferos estão as células de 
sustentação (Sertoli) (também chamadas célulasnutridoras ou sustentaculares) que produzem e 
secretam nutrientes para os espermatozóides em 
desenvolvimento situados entre elas. Os 
espermatozóides são formados, mas não estão 
completamente amadurecidos até que alcancem o 
lume de um túbulo seminífero. Entre os túbulos 
seminíferos encontram-se células endócrinas 
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especializadas chamadas células intersticiais 
(células de Leydig). A função dessas células é 
produzir e secretar os hormônios sexuais 
masculinos. Os testículos são considerados 
glândulas mistas exócrinas e endócrinas porque 
produzem espermatozóides e andrógenos. Uma vez 
produzidos, os espermatozóides movem-se pelos 
túbulos seminíferos e entram em uma rede de 
túbulos chamada rede do testículo para maturação 
complementar. Cílios estão localizados em 
algumas das células da rede do testículo. Os 
espermatozóides são transportados para fora do 
testículo e para o interior do epidídimo através 
de uma série de ductos eferentes do testículo. 
Nos ductos espermáticos, os espermatozóides 
podem permanecer férteis durante vários meses, 
em um estado de animação latente. Se eles não 
forem ejaculados, degeneram e são absorvidos 
pelo sangue. Os testículos recebem sangue 
através das artérias testiculares que se 
originam na parte abdominal da aorta 
imediatamente abaixo da origem das artérias 
renais. As veias testiculares drenam os 
testículos. A veia testicular do lado direito 
entra diretamente na veia cava inferior, 
enquanto a veia testicular do lado esquerdo se 
abre na veia renal esquerda. Os nervos 
testiculares inervam os testículos com neurônios 
motores e sensitivos que se originam do décimo 
segmento torácico da medula espinal. A inervação 
motora é feita principalmente através de 
neurônios simpáticos, mas existe uma limitada 
estimulação parassimpática também; 
- Espermatozóide: consiste em uma cabeça oval e um 
flagelo alongado. Embora na cabeça de um 
espermatozóide falte mitocôndrias, contém um 
núcleo com 23 cromossomos. A extremidade da 
cabeça, chamada acrossomo, contém enzimas que 
ajudam o espermatozóide a penetrar no óvulo. O 
corpo do flagelo contém numerosas mitocôndrias 
espiraladas ao redor da parte central 
filamentosa. A mitocôndria supre a energia 
necessária para a locomoção. O flagelo 
impulsiona o espermatozóide com movimentos em 
chicotes. O deslocamento máximo, isoladamente, 
do espermatozóide é de aproximadamente 3 mm por 
hora; 
- Os ductos espermáticos armazenam espermatozóides 
e os transportam dos testículos para a uretra. 
As glândulas genitais acessórias fornecem 
aditivos aos espermatozóides na formação do 
sêmen; 
- O epidídimo é um órgão alongado fixo na margem 
posterior do testículo. Se fosse desenrolado, 
mediria 5,5 m. A porção da cauda tubular 
altamente encaracolada contém espermatozóides em 
suas fases finais de maturação. A porção 
superior dilatada é a cabeça, e a seção média 
cônica é o corpo. A cauda é contínua com a 
porção inicial do ducto deferente; ambos 
armazenam os espermatozóides que serão liberados 
durante a ejaculação. O tempo necessário para 
produzir espermatozóides maduros – desde a 
meiose nos túbulos seminíferos ao armazenamento 
no ducto deferente – é de aproximadamente 2 
meses; 
- O ducto deferente é um tubo fibromuscular com 
aproximadamente 45 cm de comprimento e 2,5 mm de 
espessura que conduz espermatozóides do 
epidídimo para o ducto ejaculatório. Também 
chamado de vas deferens, emerge do escroto e 
ascende ao longo da margem posterior do 
testículo. Daqui, penetra no canal inguinal, 
entra na cavidade pélvica e passa ao lado da 
bexiga urinária pelo lado medial do ureter. A 
ampola do ducto deferente é a porção terminal 
que continua como ducto ejaculatório. A 
estrutura histológica do ducto deferente inclui 
uma camada de epitélio pseudo-estratificado 
colunar ciliado em contato com o lume tubular e 
envolvido por três camadas de músculo liso 
firmemente aderidas. Nervos simpáticos do plexo 
pélvico inervam o ducto deferente. A estimulação 
por esses nervos causa contrações peristálticas 
da túnica muscular, que impulsionam os 
espermatozóides armazenados em direção do ducto 
ejaculatório. A maior parte do ducto deferente 
está localizada no interior de uma estrutura 
conhecida como funículo espermático. O funículo 
espermático se estende do testículo ao canal 
inguinal e consiste em ducto deferente, artéria 
testicular, plexo venoso, nervos, músculo 
cremaster, vasos linfáticos e tec.conjuntivo. A 
porção do funículo espermático que passa 
anterior ao osso púbis pode ser palpada 
facilmente. O canal inguinal é uma passagem para 
o funículo espermático através da parede 
abdominal; é potencialmente uma área fraca e um 
local comum para desenvolvimento de uma hérnia; 
- O ducto ejaculatório tem aproximadamente 2 cm de 
comprimento e é formado pela união da ampola do 
ducto deferente com o ducto da glândula seminal. 
O ducto ejaculatório perfura a cápsula da 
próstata em sua face posterior e continua 
através do interior dessa glândula. Ambos os 
ductos ejaculatórios recebem as secreções das 
glândulas seminais para então ejetar os 
espermatozóides com seus aditivos na uretra 
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prostática onde se misturam com as secreções da 
próstata. A uretra, analisada resumidamente, 
serve como uma passagem para o sêmen e a urina. 
É o ducto terminal do sistema de ductos 
masculinos. 
- Glândulas genitais acessórias: As 
glândulas seminais formam um par, cada uma delas 
com aproximadamente 5 cm de comprimento, e são 
glândulas enoveladas que se colocam na base da 
bexiga urinária, na frente do reto. Elas 
secretam uma substância viscosa, ligeiramente 
alcalina, amarelada que contribui para a 
mobilidade e viabilidade dos espermatozóides. A 
secreção das glândulas seminais contém uma 
variedade de nutrientes, inclusive frutose que 
proporciona uma fonte de energia aos 
espermatozóides. Também contém ácido cítrico, 
proteínas de coagulação e prostaglandinas. A 
descarga das glândulas seminais constituem mais 
de 60% do volume do sêmen. Histologicamente, a 
glândula seminal tem uma extensa camada mucosa 
encaracolada. Essa camada divide o lume em 
numerosos espaços intercomunicantes que estão 
revestidos por epitélios secretores pseudo-
estratificado colunar e cúbico (referido como 
epitélio glandular). O sangue é fornecido às 
glândulas seminais pelos ramos das artérias 
retais médias. As glândulas seminais são 
inervadas por neurônios simpáticos e 
parassimpáticos. O estímulo simpático provoca o 
esvaziamento do conteúdo das glândulas seminais 
nos ductos ejaculatórios dos seus respectivos 
lados; 
- A próstata é firme, do tamanho e da forma de uma 
castanha. Tem aproximadamente 4 cm de largura e 
3 cm de espessura, encontra-se imediatamente 
debaixo da bexiga urinária onde envolve a porção 
inicial da uretra. A próstata é recoberta por 
uma cápsula fibrosa e está dividida em lobos 
formados pela uretra e ductos ejaculatórios que 
se estendem através da glândula. Os ductos dos 
lobos se abrem na uretra. Extensos feixes de 
músculo liso situam-se ao longo da próstata para 
formar uma malha que sustenta o tecido 
glandular. A contração do músculo liso expele o 
conteúdo da glândula e fornece parte da força de 
propulsão necessária à ejaculação do sêmen. A 
fina secreção prostática da cor de leite ajuda a 
motilidade dos espermatozóides como agente de 
liquefação, e sua alcalinidade protege o esperma 
em sua passagem pelo meio ácido da vagina da 
mulher. A próstata também secreta a enzima 
fosfatase ácida, que com freqüência é medida 
clinicamente para avaliar a função prostática. A 
descarga da próstata ocupa aproximadamente mais 
de 40% do volume do sêmen. Ramos visceraisdas 
artérias retais média e inferior suprem a 
próstata com sangue. O retorno venoso forma o 
plexo venoso prostático, juntamente com sangue 
que drena o pênis. O plexo prostático drena nas 
veias ilíacas internas. A próstata tem inervação 
simpática e parassimpática originária do plexo 
pélvico; 
- As glândulas bulbouretrais (de Cowper), que 
formam um par do tamanho de ervilhas, estão 
localizadas debaixo da próstata. Cada glândula 
bulbouretral tem aproximadamente 1 cm de 
diâmetro e drenam na uretra através de um ducto 
de 2,5 cm. Durante a estimulação sexual e antes 
da ejaculação, as glândulas bulbouretrais são 
estimuladas a secretar uma substância mucóide 
que cobre o revestimento da uretra para 
neutralizar o pH da urina residual. Também 
lubrifica a extremidade do pênis em preparação 
para o coito; 
- O pênis, quando distendido, serve como órgão da 
cópula do sistema genital masculino. O pênis e o 
escroto que estão suspensos no períneo 
constituem os genitais externos do homem. Sob a 
influência da excitação sexual, o pênis se torna 
ingurgitado com sangue. Esse ingurgitamento 
resulta do enchimento por sangue de intrincados 
seios ou espaços no tecido erétil do pênis. O 
pênis é dividido em uma raiz proximal, fixa ao 
arco pú-bico; um corpo tubular alongado; e uma 
parte distal em forma de cone, a glande do 
pênis. A raiz do pênis se expande posteriormente 
para formar o bulbo do pênis e os ramos do 
pênis. O bulbo está posicionado no trígono 
urogenital do períneo, onde está fixo à face 
inferior do diafragma urogenital e está 
envolvido pelo músculo bulboesponjoso. Os ramos, 
por sua vez, prendem a raiz do pênis ao ramo 
isquiopúbico e à membrana do períneo. Os ramos, 
que são superiores ao bulbo, estão envolvidos 
pelos músculos isquiocavernosos. O corpo do 
pênis é composto de três colunas cilíndricas de 
tecido erétil, que são mantidas juntas através 
de tecido fibroso e recobertas por pele. O par 
de massas posicionado dorsalmente chamam-se 
corpos cavernosos do pênis. O tecido fibroso 
entre os dois corpos forma o septo do pênis. O 
corpo esponjoso do pênis é ventral aos outros 
dois e envolve a uretra esponjosa. O pênis está 
flácido quando o tecido semelhante a esponja não 
estiver cheio de sangue. No homem sexualmente 
excitado, torna-se firme e ereto como as colunas 
de tecido erétil preenchidas com sangue. Lesões 
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da uretra são mais comuns em homens do que em 
mulheres por causa da posição da uretra no 
pênis. “Lesões por compressão”, nas quais a 
uretra e o pênis são fortemente comprimidos 
entre uma superfície dura e o arco púbico, podem 
romper a uretra. A glande do pênis é a porção 
terminal do pênis em forma de cone, a qual é 
formada pela ampliação do corpo esponjoso. A 
abertura da uretra na extremidade da glande do 
pênis é chamada de óstio externo da uretra. A 
coroa da glande é a proeminente saliência 
posterior da glande do pênis. Na face inferior 
da glande do pênis, uma prega vertical de tecido 
chamada frênulo do prepúcio prende a pele que 
cobre o pênis na glande do pênis. Na pele que 
cobre o pênis faltam pelos e células adiposas, e 
é geralmente mais pigmentada que o resto da pele 
do corpo. A pele do corpo do pênis está 
frouxamente ligada e contínua sobre a glande do 
pênis como uma bainha retrátil protetora chamada 
prepúcio do pênis. O prepúcio do pênis é 
comumente removido em uma criança no terceiro ou 
quarto dia depois do nascimento, ou no oitavo 
dia como parte de um rito religioso judeu. Esse 
procedimento é chamado de circuncisão. Em cada 
lado, o pênis é suprido com sangue através da 
artéria pudenda externa superficial ramo da 
artéria femoral e da artéria pudenda interna, 
ramo da artéria ilíaca interna. O retorno venoso 
se faz através da veia dorsal superficial do 
pênis, que se abre na veia safena magna na coxa, 
e através da veia mediana profunda, que 
desemboca no plexo prostático. O pênis tem 
muitos receptores táteis sensitivos, 
especialmente na glande do pênis, tornando-o um 
órgão altamente sensível. Além disso, o pênis 
tem extensa inervação motora simpática e 
parassimpática; 
- A uretra masculina serve como um tubo comum para 
os sistemas urinário e genital. Contudo, urina e 
sêmen não podem passar simultaneamente porque o 
reflexo nervoso durante a ejaculação inibe 
automaticamente a micção. A uretra masculina tem 
aproximadamente 20 cm de comprimento, em forma 
de S por causa da forma do pênis. Ela é dividida 
em três regiões que serão revisadas 
resumidamente aqui. 
1. A parte prostática da uretra é os 2,5 
cm da porção inicial que atravessa a 
próstata. A uretra prostática recebe a 
drenagem dos pequenos ductos da próstata e 
dos dois ductos ejaculatórios; 
2. A parte membranácea da uretra 
corresponde ao 0,5 cm da porção que 
atravessa o diafragma urogenital. O 
músculo esfíncter externo da uretra está 
localizado nessa região; 
3. A parte esponjosa da uretra é a porção 
mais longa, estendendo-se da margem 
externa do diafragma urogenital ao óstio 
externo da uretra na glande do pênis. Com 
aproximadamente 15cm de comprimento, essa 
porção é envolvida por tecido erétil 
quando passa através do corpo esponjoso do 
pênis. O par de ductos das glândulas 
bulbouretrais abrem-se na parte esponjosa 
d a u r e t r a , p r ó x i m o a o d i a f r a g m a 
urogenital;
- A parede da uretra tem um revestimento interno 
de túnica mucosa composto de epitélio de 
transição e é envolvida por uma camada 
relativamente espessa de tecido muscular liso 
chamada túnica muscular. Glândulas uretrais 
especializadas, incrustadas na parede da 
uretra, secretam muco no lume da uretra. 
• ANATOMIA DOS MÚSCULOS E OSSOS: 
• Braço: o braço estende-se do ombro até o 
cotovelo. Dois tipos de movimento ocorrem entre o 
braço e o antebraço, na articulação do cotovelo: 
flexão-extensão e pronação-supinação. Os músculos 
que realizam esses movimentos são claramente 
divididos em grupos anterior (flexor) e posterior 
(extensor). A ação principal dos dois grupos é na 
articulação do cotovelo, mas alguns músculos 
também atuam na articulação do ombro. Dos quatro 
músculos do braço, três flexores (bíceps braquial, 
braquial e coracobraquial) estão no compartimento 
anterior do braço e são inervados pelo nervo 
musculocutâneo, e um extensor (tríceps braquial) 
está no compartimento posterior do braço, inervado 
pelo nervo radial. Um pequeno músculo triangular, 
na face posterior do cotovelo, o músculo ancôneo, 
cobre a face posterior da ulna proximalmente; 
O músculo bíceps braquial tem duas cabeças: uma 
cabeça longa e uma cabeça curta. Uma faixa larga, 
o ligamento transverso do úmero, passa do 
tubérculo menor para o tubérculo maior do úmero e 
converte o sulco intertubercular em um canal para 
o tendão da cabeça longa do músculo bíceps 
braquial. Quando o cotovelo está estendido, o 
músculo bíceps braquial é um flexor simples do 
antebraço; contudo, quando a flexão do cotovelo 
aproxima-se de 90° e mais força é necessária, o 
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músculo bíceps braquial com o antebraço em 
supinação produz flexão, mas, com o antebraço em 
pronação, o músculo bíceps braquial é o principal 
supinador do antebraço. Uma faixa membranácea 
triangular, a aponeurose do músculo bíceps 
braquial, parte do tendão do músculo bíceps 
braquial, atravessa a fossa cubital e funde-se com 
a fáscia do antebraço (muscular), cobrindo os 
músculos flexores no lado medial do antebraço; 
O músculo braquial, um músculo fusiforme e 
achatado, situa-se posteriormente (profundamente) 
ao músculo bíceps braquial. É o único flexor puro, 
responsável pela produção da maior parte da força 
de flexão. O músculo braquial flete o antebraço em 
todas as posiçõese durante movimentos lentos e 
rápidos. Quando o antebraço é estendido 
lentamente, o músculo braquial estabiliza o 
movimento relaxando-se vagarosamente; 
O músculo coracobraquial, alongado e situado na 
parte superomedial do braço, é um ponto de 
referência útil para a localização de outras 
estruturas no braço. O nervo musculocutâneo 
perfura o músculo, e a parte distal de sua fixação 
indica o local do forame nutrício do úmero. O 
músculo coracobraquial ajuda a fletir e abduzir o 
braço e a estabilizar a articulação do ombro; 
O músculo tríceps braquial é um músculo grande e 
fusiforme, situado no compartimento posterior do 
braço, que se origina pelas cabeças longa, curta 
(lateral) e medial. O músculo tríceps braquial é o 
principal extensor do cotovelo. Como sua cabeça 
longa cruza a articulação do ombro, ele ajuda a 
estabilizar a articulação do ombro aduzida, 
servindo como um músculo de ação direcional, 
resistindo ao deslocamento inferior da cabeça do 
úmero juntamente com os músculos deltoide e 
coracobraquial. Imediatamente proximal à fixação 
distal do músculo tríceps braquial encontra-se uma 
bolsa subtendínea do músculo tríceps braquial, 
entre o tendão do músculo tríceps braquial e o 
olécrano. O músculo ancôneo ajuda o músculo 
tríceps braquial a estender o antebraço e também a 
abduzir a ulna durante a pronação do antebraço. 
•Antebraço: o antebraço situa-se entre o cotovelo 
e o punho e contém dois ossos, o rádio e a ulna, 
que são unidos pela membrana interóssea do 
antebraço. A função do movimento do antebraço, que 
ocorre nas articulações do cotovelo e radiulnar, é 
auxiliar o ombro na aplicação de força e no 
controle da posição da mão no espaço. Os tendões 
dos músculos do antebraço passam pela parte distal 
do antebraço e continuam até o punho, a mão e os 
dedos da mão. Os músculos flexores e pronadores do 
antebraço estão situados no compartimento anterior 
do antebraço e são inervados, principalmente, pelo 
nervo mediano; algumas exceções são supridas pelo 
nervo ulnar. Os músculos extensores e supinadores 
do antebraço estão no compartimento posterior do 
antebraço e são todos inervados pelo nervo radial. 
Os músculos encontram-se no compartimento anterior 
do antebraço. Os tendões da maioria dos músculos 
flexores passam através da face anterior do punho 
e são mantidos na posição pelo ligamento carpal 
palmar e pelo retináculo dos músculos flexores, 
espessamentos da fáscia do antebraço. Os músculos 
flexores estão organizados em três camadas ou 
grupos: 
- Uma camada ou grupo superficial de quatro 
músculos: pronador redondo, flexor radial do 
carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo 
(FUC). A fixação proximal de todos esses 
músculos é feita por um tendão flexor comum no 
epicôndilo medial do úmero, a origem comum dos 
músculos flexores; 
- Uma camada ou grupo intermediário, que consiste 
em um músculo: flexor superficial dos dedos 
(FSD); 
- Uma camada ou grupo profundo de três músculos: 
flexor profundo dos dedos (FPD), flexor longo do 
polegar (FLP) e pronador quadrado. 
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Os cinco músculos, superficiais e intermediário, 
cruzam a articulação do cotovelo; os três músculos 
profundos, não. 
Funcionalmente, o músculo braquiorradial é um 
flexor do antebraço, mas está localizado no 
compartimento posterior do antebraço (extensor) e 
é, assim, suprido pelo nervo radial. Portanto, 
esse músculo é uma importante exceção à regra de 
que o nervo radial supre apenas os músculos 
extensores e que todos os flexores se situam no 
compartimento anterior do antebraço. Os músculos 
flexores longos dos dedos (FSD e FPD) também 
fletem as articulações metacarpofalângicas e 
radiocarpal. O músculo flexor profundo dos dedos 
flete os dedos em ação lenta; essa ação é 
reforçada pelo músculo flexor superficial dos 
dedos quando são necessárias velocidade e flexão 
contra resistência. Quando a articulação 
radiocarpal é fletida ao mesmo tempo que as 
articulações metacarpofalângicas e interfalângicas 
são fletidas, os músculos flexores longos dos 
dedos estão operando com uma distância reduzida 
entre as fixações, e consequentemente a ação 
resultante de suas contrações é mais fraca. A 
extensão da articulação radiocarpal aumenta sua 
distância de operação, e, assim, a contração 
torna-se mais eficiente para produzir uma preensão 
forte. Os tendões dos músculos flexores longos dos 
dedos passam pela parte distal do antebraço, punho 
e palma e continuam até os quatro dedos mediais. O 
músculo flexor superficial dos dedos flete as 
falanges médias; o músculo flexor profundo dos 
dedos flete as falanges distais; 
O músculo pronador quadrado é o agonista para a 
pronação. Ele inicia a pronação e é auxiliado pelo 
músculo pronador redondo quando mais velocidade e 
força são necessárias. O músculo pronador quadrado 
também ajuda a membrana interóssea do antebraço a 
manter o rádio e a ulna unidos, especialmente 
quando golpes (forças) para cima são transmitidos 
através do punho (p. ex., durante a queda sobre a 
mão); 
Os músculos extensores estão no compartimento 
posterior do antebraço (extensor-supinador) e 
todos são inervados por ramos do nervo radial. Os 
músculos extensores podem ser organizados em três 
grupos funcionais: 
•Músculos que estendem e abduzem ou aduzem a mão 
na articulação radiocarpal: extensor radial longo 
do carpo, extensor radial curto do carpo e 
extensor ulnar do carpo 
•Músculos que estendem os quatro dedos mediais: 
extensor dos dedos, extensor do indicador e 
extensor do dedo mínimo 
•Músculos que estendem ou abduzem o polegar: 
abdutor longo do polegar (ALP), extensor curto do 
polegar (ECP) e extensor longo do polegar (ELP). 
Os tendões dos músculos extensores são mantidos no 
lugar, na região do punho, pelo retináculo dos 
músculos extensores, que impede o fenômeno de 
“corda de arco” dos tendões quando a mão é 
estendida na articulação radiocarpal. Quando os 
tendões passam sobre a região carpal dorsal, eles 
são revestidos por bainhas tendíneas sinoviais, 
que reduzem o atrito para os tendões dos músculos 
extensores enquanto atravessam os túneis 
osteofibrosos formados pela fixação do retináculo 
dos músculos extensores na parte distal do rádio e 
da ulna. Os músculos extensores estão organizados 
anatomicamente em camadas superficial e profunda. 
Quatro músculos extensores superficiais (extensor 
radial curto do carpo, extensor dos dedos, 
extensor do dedo mínimo e extensor ulnar do carpo) 
são fixados proximalmente por um tendão comum dos 
músculos extensores no epicôndilo lateral. A 
fixação proximal dos outros dois músculos 
extensores superficiais (braquiorradial e extensor 
r a d i a l l o n g o d o c a r p o ) é n a c r i s t a 
supraepicondilar lateral do úmero e no septo 
intermuscular lateral do braço adjacente. Os 
quatro tendões planos do músculo extensor dos 
dedos passam profundamente ao retináculo dos 
músculos extensores, até os quatro dedos mediais. 
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Os tendões comuns dos dedos indicador e mínimo são 
unidos nas suas faces mediais, próximo das 
articulações metacarpofalângicas, pelos 
respectivos tendões dos músculos extensor do 
i n d i c a d o r e e x t e n s o r d o d e d o m í n i m o , 
respectivamente. O tendão do músculo extensor do 
indicador se une aos tendões do músculo extensor 
dos dedos para passar profundamente ao retináculo 
dos músculos extensores, por meio da bainha dos 
tendões dos músculos extensor dos dedos e extensor 
do indicador (bainha sinovial comum dos 
extensores). No dorso da mão, os tendões do 
músculo extensor dos dedos abrem-se em leque à 
medida que seguem em direção aos dedos. Os tendões 
adjacentes são unidos na região proximal às 
articulaçõesmetacarpofalângicas por três conexões 
intertendíneas oblíquas que restringem a extensão 
independente dos quatro dedos mediais. Assim, 
normalmente, nenhum desses dedos pode permanecer 
em flexão completa enquanto os outros estão em 
extensão completa. 
Nas extremidades distais dos metacarpais e ao 
longo das falanges dos quatro dedos mediais, os 
quatro tendões do músculo extensor dos dedos se 
achatam para formar as expansões extensoras. Cada 
expansão extensora (expansão ou capuz dorsal) é 
uma aponeurose tendínea triangular que envolve o 
dorso e as laterais de uma cabeça do osso 
metacarpal e a base da falange proximal. O 
“capuz”, semelhante a uma viseira, formado pela 
expansão extensora sobre a cabeça do osso 
metacarpal, está fixado de cada lado ao ligamento 
palmar (uma parte espessa da 
membrana fibrosa da cápsula articular das 
articulações metacarpofalângicas). Na formação da 
expansão extensora, cada tendão do músculo 
extensor dos dedos se divide em uma faixa mediana, 
que segue até a base da falange média, e em duas 
faixas laterais, que seguem até a base da falange 
distal. Os tendões dos músculos interósseos e 
lumbricais da mão se unem às faixas laterais da 
expansão extensora. 
O “ligamento retinacular” é uma faixa fibrosa 
delicada que segue obliquamente da falange 
proximal e da bainha fibrosa digital através da 
f a l a n g e m é d i a e d e d u a s a r t i c u l a ç õ e s 
interfalângicas (Figura 6.36B). Durante a flexão 
da articulação interfalângica distal, o “ligamento 
retinacular” torna-se tenso. 
O “ligamento retinacular” tenso traciona a 
articulação interfalângica proximal durante a 
flexão. De modo semelhante, na extensão da 
articulação proximal, a articulação distal é 
tracionada pelo “ligamento retinacular” até quase 
a extensão completa. Os músculos extensores 
profundos do antebraço (abdutor longo do polegar 
[ALP], extensor curto do polegar [ECP] e extensor 
longo do polegar) agem sobre o polegar. O músculo 
extensor do indicador confere independência ao 
dedo indicador, visto que o músculo pode agir 
sozinho ou em conjunto com o m. extensor dos dedos 
para estender o dedo indicador. Os três músculos 
que agem sobre o polegar (abdutor longo do 
polegar, extensor curto do polegar e extensor 
longo do polegar) situam-se profundamente aos 
extensores superficiais e emergem (“surgem”) de um 
sulco, na parte lateral do antebraço, que divide 
os músculos extensores. Por causa dessa 
característica são chamados de músculos emergentes 
(“salientes”) do polegar. Os tendões dos músculos 
abdutor longo do polegar e extensor curto do 
polegar limitam a tabaqueira anatômica 
lateralmente, e o tendão do extensor longo do 
polegar a limita medialmente. A 
tabaqueira anatômica é visível como uma depressão 
triangular durante a extensão total do polegar; 
isso puxa os tendões dos músculos abdutor longo do 
polegar, extensor curto do polegar e extensor 
longo do polegar para cima e produz uma 
concavidade entre eles. 
• Mão: 
- Músculos tenares no compartimento tenar: abdutor 
curto do polegar, flexor curto do polegar e 
oponente do polegar; 
- Músculos hipotenares no compartimento hipotenar: 
abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo 
mínimo e oponente do dedo mínimo; 
- Músculo adutor do polegar no compartimento 
adutor; 
- Músculos curtos da mão, os lumbricais, no 
compartimento central, com os tendões flexores 
longos; 
- Músculos interósseos que se situam em 
compartimentos interósseos separados, entre os 
ossos metacarpais; 
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• Perna: 
Enquanto os músculos do membro superior são 
caracterizados pela versatilidade dos movimentos, 
os músculos dos membros inferiores atuam na 
estabilidade, na locomoção e na manutenção da 
postura. Além disso, os músculos dos membros 
inferiores muitas vezes cruzam duas articulações e 
atuam igualmente nas duas. 
A maioria dos músculos que movimenta o fêmur se 
origina no cíngulo do membro inferior e se insere 
no fêmur. Os músculos psoas maior e ilíaco 
compartilham uma inserção comum (trocanter menor 
do fêmur) e são coletivamente conhecidos como 
músculo iliopsoas. Há três músculos glúteos: 
glúteo máximo, glúteo médio e glúteo mínimo. O 
músculo glúteo máximo é o maior e mais pesado dos 
três, além de ser um dos maiores do corpo e o 
principal extensor do fêmur. Na sua ação muscular 
reversa (AMR), é um potente extensor do tronco na 
articulação do quadril. Em geral, o músculo glúteo 
médio é mais profundo ao M. glúteo máximo e um 
poderoso abdutor do fêmur na articulação do 
q u a d r i l ; é u m l o c a l c o m u m d e i n j e ç ã o 
intramuscular. O músculo glúteo mínimo é o menor 
dos glúteos, localizado profundamente ao músculo 
glúteo médio. 
O músculo tensor da fáscia lata está localizado na 
face lateral da coxa. A fáscia lata é uma camada 
de fáscia profunda, composta de tecido conjuntivo 
denso que envolve toda a coxa. É bem desenvolvida 
lateralmente onde, junto com os tendões dos 
músculos tensor da fáscia lata e glúteo máximo, 
forma uma estrutura chamada de trato iliotibial. O 
trato iliotibial se insere no côndilo lateral da 
tíbia. 
Os músculos piriforme, obturador interno, 
obturador externo, gêmeo superior, gêmeo inferior 
e quadrado femoral são profundos ao músculo glúteo 
máximo e funcionam como rotadores laterais na 
articulação do quadril. 
Os músculos adutor longo, adutor curto e adutor 
magno são encontrados na face medial da coxa; 
originam-se no púbis e se inserem no fêmur. Esses 
três músculos aduzem a coxa e são únicos na 
capacidade de rotação tanto medial quanto lateral 
da coxa. Quando o pé está no chão, esses músculos 
realizam a rotação medial da coxa, mas quando o pé 
está fora do chão, atuam como rotadores laterais 
da coxa. Essa ação é resultante da sua orientação 
oblíqua, de uma origem anterior até uma inserção 
posterior. Além disso, o adutor longo flexiona a 
coxa e o adutor magno estende a coxa. O músculo 
pectíneo também aduz e flexiona o fêmur na 
articulação do quadril. 
Tecnicamente, os músculos adutores e pectíneo são 
componentes do compartimento medial da coxa. No 
entanto, foram incluídos aqui porque atuam no 
fêmur. Na junção entre o tronco e o membro 
inferior há um espaço chamado trígono femoral, 
cuja base é formada superiormente pelo ligamento 
inguinal, medialmente pela margem lateral do 
músculo adutor longo e lateralmente pela margem 
medial do músculo sartório. O ápice é formado pelo 
cruzamento do adutor longo e músculo sartório. O 
conteúdo do trígono femoral, de lateral para 
medial, consiste no nervo femoral e seus ramos, na 
artéria femoral e vários de seus ramos, na veia 
femoral e suas tributárias proximais e nos 
linfonodos profundos. A artéria femoral é 
acessível com facilidade no trígono, sendo o local 
de inserção de cateteres que podem ser 
introduzidos até a aorta e, por fim, até as 
artérias coronárias no coração. Tais cateteres são 
utilizados durante o cateterismo cardíaco, a 
angiocoronariografia e outros procedimentos que 
envolvem o coração. Não raro, hérnias inguinais 
aparecem nessa área. 
Uma fáscia profunda (septo intermuscular) separa 
os músculos da coxa que atuam no fêmur, na tíbia e 
na fíbula em compartimentos medial, anterior e 
posterior. A maioria dos músculos do compartimento 
medial (adutor) da coxa apresenta orientação 
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similar e aduz o fêmur na articulação do quadrill. 
O músculo grácil, que também faz parte do 
compartimento medial, é longo e se estende pela 
face medial da coxa e do joelho. Esse músculo não 
apenas aduz a coxa como também faz rotação medial 
da coxa e flexão das pernas na articulação do 
joelho. Por essa razão, é discutido aqui. 
Os músculos do compartimentoanterior (extensor) 
da coxa estendem a perna (e flexionam a coxa). 
Esse compartimento contém os músculos quadríceps 
femoral e sartório. O músculo quadríceps femoral é 
o maior do corpo, cobrindo a maior parte das faces 
anterior e laterais da coxa. O músculo é, na 
verdade, um músculo composto, em geral descrito 
como 4 músculos separados: (1) reto femoral, na 
face anterior da coxa; (2) vasto lateral, na face 
lateral da coxa; (3) vasto medial, na face medial 
da coxa; e (4) vasto intermédio, localizado 
profundamente ao músculo reto femoral entre o 
músculo vasto lateral e o músculo vasto medial. O 
tendão comum para os 4 músculos, conhecido como 
tendão do músculo quadríceps, se insere na patela. 
O tendão continua abaixo da patela como ligamento 
da patela, o qual se prende à tuberosidade tibial. 
O músculo quadríceps femoral é o grande extensor 
da perna. O músculo sartório é longo e estreito, 
formando uma faixa que cruza a coxa desde o ílio 
do osso do quadril até o lado medial da tíbia. Os 
vários movimentos que ele produz (flexão da perna 
na articulação do joelho e flexão, abdução e 
rotação lateral na articulação do quadril) ajudam 
a realizar a posição sentada de pernas cruzadas na 
qual o calcanhar de um membro é colocado sobre o 
joelho do membro oposto. Seu nome quer dizer 
músculo do alfaiate, porque os alfaiates muitas 
vezes adotam essa posição sentada de pernas 
cruzadas. Os músculos do compartimento posterior 
(flexor) da coxa flexionam a perna (e estendem a 
coxa). Esse compartimento é composto por 3 
músculos: (1) bíceps femoral, (2) semitendíneo e 
(3) semimembranáceo. Visto que os músculos do 
compartimento posterior da coxa passam por duas 
articulações (quadril e joelho), são tanto 
extensores da coxa quanto flexores da perna. A 
fossa poplítea é um espaço em forma de diamante na 
face posterior do joelho, margeado lateralmente 
pelos tendões do músculo bíceps femoral e 
medialmente pelos tendões dos músculos 
semimembranáceo e semitendíneo. Os músculos da 
perna, assim como aqueles da coxa, são divididos 
pela fáscia profunda em 3 compartimentos: 
anterior, lateral e posterior. O compartimento 
anterior da perna consiste em músculos que fazem 
dorsiflexão do pé. Em situação análoga ao punho, 
os tendões dos músculos do compartimento anterior 
são fixados firmemente ao tornozelo por 
espessamentos da fáscia profunda chamados de 
retináculos dos músculos extensores superior 
inferior. 
No compartimento anterior, o músculo tibial 
anterior é longo e espesso, sendo encontrado na 
face lateral da tíbia, onde é facilmente palpável. 
O músculo extensor longo do hálux é delgado e se 
encontra entre e parcialmente profundo aos 
músculos tibial anterior e extensor longo dos 
dedos. Esse músculo penado é lateral ao músculo 
tibial anterior, onde também pode ser palpado com 
facilidade. O músculo fibular terceiro faz parte 
do músculo extensor longo dos dedos com o qual 
divide uma origem comum. 
O compartimento lateral (fibular) da perna contém 
dois músculos que fazem flexão plantar e eversão 
do pé: o fibular longo e o fibular curto. O 
compartimento posterior da perna compreende 
músculos separados em grupos superficial e 
profundo. Os músculos superficiais dividem um 
tendão comum de inserção, o tendão do calcâneo 
(Aquiles), o mais forte do corpo. Ele se insere no 
calcâneo do tornozelo. Os superficiais e a maioria 
dos músculos profundos plantares flexionam o pé na 
articulação do tornozelo. Os músculos superficiais 
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do compartimento posterior são o gastrocnêmio, o 
sóleo e o plantar – os chamados músculos surais. O 
tamanho grande desses músculos tem relação direta 
com a marcha ereta característica dos homens. O 
músculo gastrocnêmio é o mais superficial e forma 
a proeminência da sura. O músculo sóleo, que se 
situa profundamente ao músculo gastrocnêmio, é 
largo e plano. Seu nome deriva da semelhança com o 
peixe solha. O músculo plantar é pequeno e pode 
não existir; às vezes, por outro lado, há dois 
deles em cada perna. Esse músculo percorre um 
trajeto oblíquo entre os músculos gastrocnêmio e 
sóleo. 
Os músculos profundos do compartimento posterior 
são o poplíteo, o tibial posterior, o flexor longo 
dos dedos e o flexor longo do hálux. O músculo 
poplíteo é um músculo triangular e forma o 
assoalho da fossa poplítea. O músculo tibial 
posterior é o mais profundo do compartimento 
posterior, localizado entre os músculos flexor 
longo dos dedos e flexor longo do hálux. O músculo 
flexor longo dos dedos é menor que o músculo 
flexor longo do hálux, mesmo flexionando 4 dedos 
enquanto o outro flexiona apenas 1 na articulação 
interfalângica. 
• Joelho: 
O joelho é uma articulação completa e complexa, 
exposta constantemente à ação do peso corporal. É 
a maior e mais superficial articulação do corpo, 
classificada como sinovial do tipo gínglimo. Ela é 
relativamente fraca mecanicamente, devido à 
incongruência de suas faces articulares. 
A posição ereta e estendida é a mais estável da 
articulação, pois as faces articulares ficam em 
maior contato. Além disso, nessa posição os 
ligamentos colaterais e cruzados estão 
tensionados, imobilizando o joelho juntamente com 
os tendões que circundam a articulação. O músculo 
mais importante na estabilidade do joelho é o 
quadríceps femoral. 
O joelho possui três articulações: tibiofemoral 
medial e lateral e patelofemoral. A estrutura 
articular do joelho é formada pelos côndilos 
femorais, côndilos tibiais e patela. Vários 
tecidos moles contribuem para a estabilidade do 
joelho (por exemplo, ligamentos cruzados e 
colaterais) e fornecem amortecimento dentro da 
articulação (por exemplo, meniscos). 
A cápsula articular do joelho é fortalecida por 
ligamentos extracapsulares, que são o ligamento da 
patela, ligamentos colaterais fibular e tibial, 
ligamento oblíquo e ligamento poplíteo arqueado, e 
por ligamentos intracapsulares, que são os 
ligamentos cruzados e meniscos, que ficam entre as 
faces articulares. 
O ligamento da patela é importante para o 
alinhamento da patela com a face articular patelar 
do fêmur. O posicionamento oblíquo do fêmur e a 
linha da tração do quadríceps femoral em relação 
ao eixo do tendão patelar e da tíbia favorece o 
deslocamento lateral da patela. 
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Os ligamentos colaterais são tensionados na 
extensão completa do joelho, contribuindo para a 
estabilidade na posição de pé. Durante a flexão, 
eles se tornam cada vez mais frouxos, permitindo e 
limitando a rotação do joelho, ou seja, funcionam 
como ligamento de contenção. 
Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula 
articular, fora da cavidade sinovial. Durante a 
rotação medial da tíbia sobre o fêmur, esses 
ligamentos espiralam-se ao redor um do outro, e se 
desenrolam durante a rotação lateral, a qual é 
mais ampla com o joelho fletido. 
O ligamento cruzado anterior limita a rolagem 
posterior do fêmur sobre o platô tibial durante a 
flexão, convertendo este movimento em rotação. 
Além disso, impede o deslocamento posterior do 
fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão da 
articulação do joelho. O ligamento cruzado 
posterior é o mais forte dos dois, limita a 
rolagem anterior do fêmur sobre o platô tibial 
durante a extensão, também convertendo em rotação, 
além de impedir o rolamento anterior do fêmur 
sobre a tíbia e evitar a hiperextensão do joelho. 
Com o joelho fletido com sustentação de peso, esse 
ligamento é o principal estabilizador do fêmur. 
Os meniscos são lâminas de fibrocartilagem no 
formato de meia-lua, sendo importantes na absorção 
de choques. O ligamento transverso do joelho une-
se às margens anteriores dos meniscos, fixando-os 
um ao outro durante movimentosdo joelho. O 
menisco medial é menos móvel sobre o platô tibial 
do que o menisco lateral, que é menor. A ruptura 
dos ligamentos colaterais tibiais costuma resultar 
em ruptura do menisco medial, que se rompe com 
maior facilidade do que o menisco lateral, que é 
mais protegido por ter mais mobilidade. 
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• Pé: 
Os ossos do pé podem ser divididos em tarso, 
metatarsais e falanges. Em relação à nomenclatura 
das superfícies do pé, os termos ‘plantar’ e 
‘dorsal’ são utilizados para denotar as 
superfícies inferior e superior, respectivamente. 
Os termos ‘proximal’ e ‘distal’ são utilizados com 
o mesmo significado dos membros em geral. A 
rotação dos brotos dos membros que ocorre nos 
estágios iniciais do desenvolvimento dos membros 
resulta em polegar direcionado lateralmente na mão 
e hálux direcionado medialmente no pé. A região do 
pé também compreende o tornozelo, que é formado 
pelas partes estreita e maleolar da região distal 
da perna, proximal ao dorso do pé e calcanhar, e 
inclui a articulação talocrural. Os ossos dos pés 
com os ligamentos formam os arcos dos pés, os 
quais são importantes na marcha e na sustentação 
do peso corporal. Os sete ossos do tarso ocupam a 
metade proximal do pé. O tarso e o carpo são 
homólogos, mas os elementos do tarso são maiores, 
refletindo seus papéis no suporte e na 
distribuição do peso corporal. Assim como no 
carpo, os ossos do tarso são dispostos em fileiras 
proximais e distais, mas medialmente há um único 
elemento tarsal intermediário, o navicular. A 
fileira proximal é formada pelo tálus e o 
calcâneo; o eixo longo do tálus é inclinado 
anteromedial e inferiormente, sua cabeça 
direcionada distalmente é medial ao calcâneo em um 
nível mais alto. A fileira distal contém, da face 
medial para a lateral, os cuneiformes medial, 
intermédio e lateral e o cuboide. 
O Tálus é a ligação entre o pé e a perna através 
da articulação do tornozelo. Já o calcâneo é o 
maior osso do tarso e faz projeção posterior em 
relação à tíbia e fíbula na forma de uma curta 
alavanca para os músculos da panturrilha inseridos 
em sua superfície posterior. Ele é irregularmente 
cuboidal e seu eixo longo se inclina distalmente 
para cima e para a região lateral. O navicular faz 
articulação com a cabeça talar proximalmente e com 
os ossos cuneiformes distalmente. Sua superfície 
distal é convexa transversalmente e dividida em 
três facetas (a medial é a maior) para a 
articulação com os cuneiformes. A face dorsal do 
navicular é suprida por um ramo da artéria dorsal 
do pé ou diretamente por esta artéria. Sua face 
plantar é suprida pela artéria plantar medial e a 
tuberosidade é suprida por uma anastomose das 
artérias dorsal do pé e plantar medial. Sua 
inervação é feita pelos nervos fibular profundo e 
plantar medial. Os ossos cuneiformes, em formato 
de cunha, fazem articulação com o navicular 
proximalmente e com as bases do primeiro ao 
terceiro metatarsais distalmente; o cuneiforme 
medial é o maior, o intermédio, o menor. As 
superfícies dorsais dos cuneiformes intermédio e 
lateral formam a base da cunha. A cunha é 
invertida no cuneiforme medial, que é o principal 
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fator no formato do arco transverso. As 
superfícies proximais de todos os três formam uma 
concavidade para a superfície dorsal do navicular. 
Os cuneiformes medial e lateral fazem uma projeção 
distal além do cuneiforme intermédio e formam um 
recesso para a base do segundo metatarsal. 
Um número considerável de músculos está envolvido. 
No total, temos 20 músculos que se empenham para 
movimentar o pé, e nos permitir ficar em posição 
ortostática (em pé), andar, correr etc. 
A maioria deles, 15 músculos, estão localizados na 
face plantar. Esses 15 músculos se organizam em 
quatro camadas, como veremos a seguir. 
A primeira camada é composta por três músculos, 
todos envolvidos com a movimentação dos dedos. O 
músculo abdutor do hálux, que promove abdução e 
flexão do hálux, o primeiro dedo. O músculo flexor 
curto dos dedos, também compõe a primeira camada 
dos músculos da planta. Sua função é fletir os 
quatro dedos laterais, ou seja, ele flete todos os 
dedos com exceção do primeiro dedo, o hálux. E, o 
músculo abdutor do dedo mínimo, é o último 
componente da primeira camada, e desempenha a 
função de abduzir, como o nome sugere, o 5˚ dedo, 
além de realizar também a flexão do mesmo. 
A segunda camada é composta pelo músculo quadrado 
plantar que auxilia na flexão longa dos quatro 
dedos laterais, atuando juntamente ao músculo 
flexor longo dos dedos (músculo da perna). Os 
músculos lumbricais também compõem a segunda 
camada, e realizam a flexão das falanges 
proximais, extensão das falanges médias e distais 
dos quatro dedos laterais. 
A terceira camada é composta por três músculos. Um 
deles é o músculo flexor curto do hálux, que 
realiza flexão da falange proximal do primeiro 
dedo (o hálux). Outro músculo que compõe a 
terceira camada é o músculo adutor do hálux, que 
realiza a adução do hálux, além de compor o arco 
transverso do pé. E o músculo flexor do dedo 
mínimo, que flete a falange proximal do 5˚ dedo. 
E por fim, a quarta camada, formada por músculos 
interósseos. Os músculos interósseos plantares, 
que são três músculos, realizam adução do 3o, 4o e 
5o dedo, além de realizar a flexão das 
articulações metatarsofalangeanas. Temos também os 
músculos interósseos dorsais, que são quatro 
músculos. Eles realizam a abdução do 2o, 3o e 4o 
dedo e, assim como o anterior, realiza a flexão 
das articulações metatarsofalangeanas. 
Além dos 14 músculos localizados na face plantar 
dos pés, temos também músculos na face dorsal. 
Apenas dois músculos estão localizados na face 
dorsal. Um deles é o músculo extensor curto dos 
dedos, o qual realiza a extensão do 2˚, 3˚ e 4˚ 
dedos nas articulações metatarsofalangeanas e 
interfalangeanas, juntamente ao músculo extensor 
longo dos dedos (músculo da perna). E o músculo 
extensor curto do hálux, que juntamente ao 
extensor longo do hálux, realiza a extensão do 
primeiro dedo na articulação metatarsofalangeana. 
Há também quatro músculos intermediários. 
Julia Franco Fernandes - 2˚ PERÍODO 
MEDICINA FASA - 2021.2

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