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RESUMO - CONTABILIDADE PÚBLICA

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RESUMO 
CONTABILIDADE PÚBLICA
LIVRO UNIASSELVI
UNIDADE 1 TÓPICO 1
1 CONCEITUAÇÃO
· Contabilidade Pública: é a ciência que permite acompanhar a evolução do patrimônio das entidades do setor público, através do fornecimento de informações que visam auxiliar a tomada de decisão por parte dos gestores e demais usuários desta.
Ou seja, a Contabilidade Pública é a ciência que estuda a evolução do patrimônio das entidades do setor público.
· Serviço Público: é toda ação pública que visa atender á sociedade no exercício de um direito ou no cumprimento de um dever. 
Ou seja, Serviço Público é toda atividade administrativa ou de prestação direta ou indireta de serviços á população, exercida por um órgão ou entidade da administração pública ou pela iniciativa privada. 
2 CLASSIFICAÇÃO
“Os serviços públicos podem ser classificados em públicos e de utilidade pública; próprios e impróprios do Estado; administrativos e industriais; “uti universi” e “uti singuli”, conforme Meirelles (2007, p. 331).
· Serviços Públicos: São os prestados diretamente pela administração à comunidade, não cabe delegação destes á terceiros. Isto porque são tidos como essenciais e necessários para a existência do grupo social e do Estado. Geralmente estes serviços exigem atos de império (são aqueles em que a Administração Pública tem supremacia sobre o particular, como, por exemplo, os de defesa nacional, os de polícia, a desapropriação, entre outros) e medidas compulsórias em relação aos administrados.
· Serviços de Utilidade Pública: Estes serviços podem ser realizados diretamente pela administração, como podem ser prestados por terceiros, através da concessão, permissão ou autorização, devidamente regulamentados e sob o controle da administração. 
Estes podem ser realizados desta forma, pois não são serviços públicos essenciais e necessários para a subsistência da sociedade. São exemplos deste serviço público: o transporte coletivo, gás, energia elétrica, telefone, entre outros.
· Próprios e Impróprios: Os serviços públicos próprios do Estado são os que estão diretamente relacionados com as atribuições do poder público, como a segurança, polícia, saúde pública, entre outros. Para a realização destes a Administração se utiliza de sua superioridade para determinar as políticas públicas necessárias para atender aos interesses da coletividade. Por esta razão, estes não podem ser realizados por particulares, nem mesmo sob a forma de delegação. Estes devem ser prestados por órgãos ou entidades públicas.
Já os serviços públicos impróprios do Estado são denominados assim para identificar os que não precisam ser prestados obrigatoriamente pelo Estado, podendo ser prestados através das entidades da administração indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista) ou através da concessão, permissão ou autorização a terceiros para realizarem os mesmos.
Enquanto os serviços próprios são considerados essenciais, os impróprios não o são, e por esta razão geralmente os serviços próprios são gratuitos ou de baixa remuneração (para que a sociedade como um todo tenha acesso ao mesmo) e os impróprios podem ser rentáveis.
· Serviços Administrativos e Industriais: Os serviços administrativos são aqueles executados pela administração a fim de viabilizar o exercício, execução de sua função. São serviços internos necessários para a existência da máquina administrativa.
Já os serviços industriais são serviços diretamente relacionados com a exploração da atividade econômica, e conforme o art. 173 da CF, estes só podem ser realizados pelo Estado quando forem considerados “imperativos da segurança nacional ou de relevante interesse coletivo”. Por esta razão são considerados impróprios, mas que, atendida a condição da norma constitucional, o Estado poderá realizar esta atividade, bem como poderá delegar a terceiros, sob a forma de concessão, permissão ou autorização.
Ainda sobre os serviços industriais, é importante atentar para o fato de que estes, mesmo sendo prestados por terceiros, estão vinculados a uma tarifa ou preço público, que é fixada(o) pelo poder público.
· Serviços UTI UNIVERSI ou UTI SINGULI: Para Meirelles (2007, p. 333), “estes dois tipos de serviço também podem ser denominados, respectivamente, de serviços gerais e serviços individuais”.
Os serviços gerais são aqueles direcionados a atender à coletividade. Não existe o benefício específico para um seleto grupo de usuários, como os de iluminação pública, calçamento, entre outros. Neste momento, se pensarmos na nossa rua pavimentada e iluminada, constataremos que não somos os únicos a sermos beneficiados por sua condição, todos os transeuntes que a utilizam também o são. Por esta razão, estes serviços são considerados indivisíveis no seu utilizar, justamente por não termos como medir o quanto cada usuário está utilizando aquele benefício e assim determinar uma tarifa por sua utilização. É fato que estes precisam ser mantidos, porém a tarifa ou preço público não é a mais adequada para este tipo de serviço, e sim a mensuração deste através de imposto.
Já em relação aos serviços individuais, estes podem ser mantidos através de tarifa ou preço público determinado pelo poder público, justamente por haver condições de mensuração individual. Enquadram-se neste tipo de serviço o fornecimento de energia elétrica, de telefone e água. Desta forma, os serviços públicos individuais são aqueles que são utilizados de forma particular, individual, facultativa e mensurável.
3 TITULARIDADE, COMPETÊNCIA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
De quem é a competência para a prestação de serviço público ou de utilidade pública? A competência é tanto da União como dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios, respeitando os poderes reservados a cada uma das esferas, em conformidade com a Constituição Federal de 1988.
IMPORTANTE
COMPETÊNCIA EXECUTIVA: A competência executiva é a que se refere a quem realiza a execução dos serviços, que, conforme consta na Constituição em seus Art. 21 e 23, podem ser executados privativamente ou em comum, respectivamente.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: Já a competência legislativa se refere a quem tem a capacidade de editar leis, podendo ser estas privativas, concorrentes e suplementares.
Privativas: A competência privativa para legislar é aquela em que é possível a delegação, a outros entes, por meio de lei complementar.
Concorrentes: O conceito de normas gerais, portanto, revela-se fundamental para o correto entendimento dos limites da competência legislativa concorrente, permitindo, inclusive, o controle da invasão ou usurpação de competências entre os entes federativos no exercício dessa espécie de competência constitucional.
Suplementares: A competência suplementar é aquela que atribui aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a faculdade de complementar os princípios e normas gerais.
Entendidas as competências executivas e legislativas quanto aos serviços públicos, abaixo elencaremos algumas dessas competências materiais (executivas) definidas pela Constituição Federal às esferas da União, do Estado, do Distrito Federal e Municípios. 
OBSERVAÇÃO: Para saber mais é só acessar o livro contabilidade pública da UNIASSELVI nas páginas 8 á 13 do tópico 1. 
UNIDADE 1 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior verificamos o que são e quais são os serviços públicos. Neste tópico veremos como o Brasil está estruturado para organizar e executar esses serviços públicos.
Ao buscarmos o entendimento de como estes serviços públicos são executados, verificaremos a existência de uma linha tênue entre a Administração Pública e o serviço público, pois a execução do serviço público é feita privativamente pela Administração Pública, seja ela executada diretamente ou por delegação. A execução desse serviço público ocorre em razão da necessidade de se atender à coletividade, ou seja, cabe à AdministraçãoPública cumprir com a sua finalidade, que é a de organizar, atender, zelar e desenvolver estes serviços públicos, para o bem da população (coletividade), observadas as respectivas áreas de atuação de cada poder.
A Administração Pública existe para atender única e exclusivamente ao interesse coletivo e não ao particular. Em atendendo apenas ao particular, deixa de cumprir com sua finalidade pública. É por esta razão que existe a grande distinção entre a administração pública e a particular.
Na busca de atender ao interesse coletivo, o Estado se organiza de tal forma que possa cumprir com suas principais funções, que são: a Legislativa, a Judiciária e a Executiva.
Legislativo: Elabora as leis e fiscaliza os atos do poder executivo. 
(Ex: Câmera dos deputados e Senados, Assembleia Legislativa, Câmera dos Vereadores)
Executivo: Governa o povo e administra os interesses públicos.
(Ex: Administração direta e indireta)
Judiciário: Julgar quaisquer conflitos que possam surgir garantindo o cumprimento das leis e da constituição. (Ex: Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional, Tribunais e Juizes).
Ainda sobre o interesse público, Celso Antônio Bandeira de Mello descreve que: “O interesse público que à Administração incumbe zelar encontra-se acima de quaisquer outros, e para ela tem o sentido de dever, de obrigação. É obrigada a desenvolver atividade contínua, compelida a perseguir suas finalidades públicas”.
OBSERVAÇÃO: Para saber mais sobre esses poderes, acesse o livro ou consulte a internet.
2 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA
· Direta: A administração pública direta é composta de órgãos que estão diretamente ligados ao chefe do Poder Executivo – no caso do Governo Federal, ao Presidente da República. Assim, temos como exemplos os ministérios, suas secretarias, coordenadorias e departamentos. Esses órgãos não possuem personalidade jurídica própria, o que significa que eles não têm um número de CNPJ (cadastro nacional de pessoas jurídicas).
Um exemplo prático é o Ministério da Fazenda, que é o órgão responsável pela política econômica do país. Dentro de sua estrutura existem diversos órgãos subordinados. Por exemplo, a Secretaria da Receita Federal, que cuida da arrecadação dos tributos federais, e a Secretaria do Tesouro Nacional, responsável pela contabilidade do governo e pela conta única do Tesouro.
A administração direta recebe recursos financeiros dessa conta única e todas suas despesas administrativas e seus investimentos são mantidos com o repasse de dinheiro público proveniente de tributos recolhidos pela União.
Normalmente, esses órgãos atuam em políticas públicas de caráter essencialmente de Estado, como: Defesa Nacional, Relações Exteriores, Saúde, Previdência, Educação e diversas outras áreas.
Os servidores públicos lotados na Administração direta são selecionados por meio de concurso público e possui vínculo estatutário junto ao Estado, o que significa que não são contratados sob as regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), e sim de acordo com estatuto próprio. Eles ocupam cargos públicos criados por lei.
· Indireta: A administração pública indireta, por sua vez, é composta por entidades que, por meio de descentralização de competências do governo, foram criadas para desempenhar papéis nos mais variados setores da sociedade e prestar serviços à população. Essas entidades possuem personalidade jurídica própria (CNPJ), e, muitas vezes, recursos próprios, provenientes de atividades que geram receitas.
O primeiro exemplo são as autarquias. Elas são criadas por meio de lei e prestam serviços à população de forma descentralizada, nas mais diferentes áreas. Um exemplo de autarquia é o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), hoje vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. O INSS atende aos aposentados e pensionistas cobertos pela previdência social e é responsável pelo pagamento de benefícios a milhões de cidadãos.
Existem também, as fundações, como por exemplo, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), que tem por finalidade desenvolver atividades no campo da saúde, da educação e do desenvolvimento científico e tecnológico.
Nas autarquias e fundações, em regra, os cargos públicos são ocupados por servidores estatutários, assim como na Administração direta, ressalvados algumas exceções. Esses servidores também deverão se submeter a concurso público, como previsto na Constituição Federal.
Ainda na administração indireta, temos as empresas públicas e sociedades de economia mista, que só podem ser criadas após autorização em lei.
3 ESTATAIS: QUAL A DIFERENÇA ENTRE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA?
Significado de ESTATAIS: Estatal é uma empresa criada por meio de lei, que pertence ao governo e é controlada total ou parcialmente por algum nível governamental — municipal estadual ou federal.
Você já deve ter ouvido falar muito sobre as chamadas “estatais”. O noticiário anda cheio de manchetes sobre algumas delas. Infelizmente, muitas das notícias tratam de graves esquemas de fraudes contra o patrimônio das estatais brasileiras. É importante, portanto, compreender o que são as tão comentadas empresas estatais, como funciona e qual o seu papel na economia e para a sociedade.
Empresa pública é a pessoa jurídica de direito privado cujas ações pertencem 100% ao Estado (existem nas esferas federal, estadual e municipal). Essas empresas atuam em atividades econômicas e são criadas somente após autorização do legislativo por meio de lei.
Há diversos exemplos de empresas públicas nos mais variados segmentos: empresas de saneamento e água, os Correios, a Caixa Econômica Federal, EMBRAPA, CONAB, etc.
As empresas públicas, em face de suas atividades, muitas vezes obtêm receitas próprias provenientes dos serviços prestados aos cidadãos. Em alguns casos, podem gerar lucro, como é o caso da Caixa. Este lucro pode ser reinvestido em melhor infraestrutura e serviços. Outras, por outro lado, são chamadas estatais dependentes, que necessitam de aportes de recursos públicos para custear seu funcionamento.
Já as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado cujas ações pertencem tanto ao poder público, quanto a outras pessoas, empresas e fundos de investimento no Brasil e no exterior. Geralmente, essas ações são negociadas em bolsa de valores e esses acionistas têm direito a voto e participação nos lucros da estatal. Apesar da participação de sócios privados, o controle majoritário é do Estado.
Elas também são criadas após autorização do Poder Legislativo por meio de lei e atuam em vários setores da economia. Temos como exemplo na esfera federal, o Banco do Brasil e a Petrobras. Em regra, possuem receita própria e capacidade financeira para manter seus custos sem aportes do Tesouro.
Nas empresas públicas, assim como nas sociedades de economia mista, existem empregados públicos contratados pela CLT, mas que também se submetem a concurso público.
4 PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Não podemos falar em Administração Pública sem mencionar os princípios que norteiam esta atividade.
Alguns dos princípios foram expressamente citados na Constituição Federal e são conhecidos através da sigla LIMPE, que identifica os cinco princípios citado no texto legal. São eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Além destes princípios, outros são utilizados pela doutrina e jurisprudência, demonstrando assim a aceitação desses por parte dos que devem adotar as regras da Administração Pública. Estes são denominados por alguns doutrinadores como princípios reconhecidos, são eles: da supremacia do interesse público; da continuidade dos serviços públicos; da indisponibilidade; da autotutela; da razoabilidade; da segurança jurídica e da proporcionalidade.
Neste estudo, vamos discorrer sobre os cincos princípios expressamente citados na Constituição Federal, porém os demais também devemos ser objetos de estudo, através de leituras adicionais.
Toda pessoa que lida com administração pública deveria conhecer pelo menos os cinco princípiosque estão expressos na Constituição Federal, através do conhecido termo LIMPE. Vamos a eles
· Legalidade: Significa que a administração pública está sujeita aos princípios legais, ou seja, as leis ou normas administrativas contidas na Constituição. Neste caso, só é possível fazer o que a lei autoriza.
Quando a administração pública afasta-se ou desvia-se da legalidade, ela é exposta à responsabilidade civil e criminal, conforme o caso. Desta forma, a lei acaba distribuindo responsabilidades aos gestores.
Trazendo essa lógica para o cotidiano, um administrador público em um processo de licitação, por exemplo, deverá proceder de maneira já estabelecida e em hipótese nenhuma de forma diferente.
· Impessoalidade: Aborda tanto a atuação impessoal, que objetiva a satisfação do interesse coletivo, quanto à própria administração pública. Este princípio impõe ao gestor público que só pratique o ato para o seu objetivo legal, vedando qualquer prática de ato administrativo sem interesse público ou vantagem para a gestão.
Podemos citar como exemplo de violação do princípio da impessoalidade, a exaltação do trabalho de um secretário de obras na inauguração de uma obra.
· Moralidade: Trata de obedecer não somente a lei jurídica, mas também a lei ética da própria instituição, ou seja, o administrador público precisa seguir alguns padrões éticos. Portanto, a moralidade administrativa junto à sua legalidade e adequação aos demais princípios, possuem pressupostos que, quando não seguidos, tornam a atividade pública ilegítima.
Sendo assim, o gestor público que agir de forma contrária descumprirá a moralidade como também o princípio de legalidade. Na política, um exemplo prático disto é a nomeação de parentes em cargos comissionados.
· Publicidade: Diz respeito à divulgação oficial do ato para conhecimento público. O princípio da publicidade é um requisito da eficácia e da moralidade. Sendo assim, todo ato administrativo deverá ser publicado, com exceção dos que possuem sigilo nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou de interesse superior da Administração, conforme previstos na lei.
Um tipo de informação que não pode ser divulgada são os dados pessoais de servidores, por exemplo.
· Eficiência: Este princípio exige que a atividade administrativa seja exercida de maneira perfeita, com rendimento funcional. A eficiência exige resultados positivos para o serviço público e um atendimento satisfatório, em tempo razoável.
Conhecer os princípios que norteiam a Gestão Pública é essencial para pôr em prática uma administração pública íntegra, efetiva, transparente e mais próxima da sociedade. No entanto, isso não é tudo! Após estar fundamentado nos pilares estabelecidos anteriormente, o gestor também precisa ficar atento às novas tecnologias e procedimentos que facilitarão cada vez mais a sua gestão de forma segura.
Sistemas de fácil operacionalização, seguros e idealizados conforme parâmetros criteriosos com vista a atender as Leis que norteiam a Transparência Pública serão fundamentais. Um bom começo, principalmente em virtude do seu grau de relevância no âmbito da gestão municipal, é entender quais os principais aspectos a serem observados na contratação de um Sistema de Contabilidade Pública, por exemplo.
OBSERVAÇÃO: O tópico 3 consta no livro de contabilidade pública da UNIASSELVI, dar uma olhada lá. 
UNIDADE 1 TÓPICO 4
1 FUNDOS PÚBLICOS ESPECIAIS
 A Constituição Federal,  preceitua em seu artigo 165, § 9º, inciso II: “estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.”
Isso quer dizer que a Constituição determina que sejam criados estes Fundos e que sua organização será disciplinada por Lei Complementar.
Nas palavras do respeitoso jurista Hely Lopes Meirelles, os Fundos Públicos são “toda reserva de receita para a aplicação determinada em lei”, ou seja, são recursos monetários reservados para determinado fim.
Ao Poder Público cabe diretamente satisfazer as necessidades da coletividade, como a saúde, educação, entre outras. Para tanto, é necessário realizar despesas que impliquem na utilização de recursos públicos arrecadados da população que irão retornar sob a forma de benefícios, tais como hospitais, escolas etc.
O dinheiro de um determinado fundo público pode ser composto por impostos, por outros fundos ou por outros meios de arrecadação, como as taxas. Para exemplificar o  Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), conforme informações retiradas do site do Ministério da Educação, é composto:
· Fundo de Participação dos Estados (FPE);
· Fundo de Participação dos Municípios (FPM);
· Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
· Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações (IPIexp);
· Desoneração das Exportações (LC nº 87/96);
· Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD);
· Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
· 50% do Imposto Territorial Rural (ITR) devida aos municípios;
· As receitas da dívida ativa e de juros e multas incidentes sobre as fontes acima relacionadas.
O dinheiro arrecadado não pertence ao Poder Público. Este atua como seu guardião e  administrador, por meio dos agentes públicos para a obtenção do bem-estar social. Desta forma cabe aos titulares dos recursos, o dever de informar a sociedade, a maneira como foram utilizados durante o período para o qual foram legalmente autorizados.
Os fundos públicos são criados como meio de descentralização financeira de recursos para atender despesas prioritárias de diversas áreas de atuação do Estado, visando garantir que estes recursos sejam realmente aplicados.
Existem dois tipos de Fundos Públicos:
1. Aqueles que são criados pela Constituição Federal (Fundos Públicos Constitucionais), que totalizam 33 e que não serão atingidos pela proposta, como exemplo o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e o Fundo Nacional de Saúde (FNS);
2. Os Fundos Infra-Constitucionais, criados pela Constituição Federal mas por meio de Lei Complementar – totalizam 248 Fundos – que guardam um valor total de R$ 220 bilhões de reais. Estes que serão afetados pela proposta, exemplo, Fundo Nacional da Cultura e o Fundo Geral de Turismo.
Outra conceituação para melhor entendimento...
O Fundo Especial é constituído por receitas orçamentárias para alcançar objetivos ou prestar serviços específicos determinados por lei. Que tanto as receitas orçamentárias (precisam ser especificadas na lei) como a sua aplicação em despesas orçamentárias devem estar consignadas na Lei Orçamentária ou em Créditos Adicionais.
Geralmente o governo busca a criação de Fundos Especiais para garantir recursos a políticas específicas e que precisam naquele momento de mais atenção, como é o caso da Saúde, da Criança e do Adolescente, da Assistência Social, entre outros.
Sendo assim, na lei de criação do fundo é necessário constar de onde virão os recursos (especificar as receitas orçamentárias) e onde estes devem ser aplicados, quais os tipos de serviços que serão suportados por estes recursos.
Alguns fundos mais conhecidos pelos municípios são aqueles voltados para a área social, como o da saúde (Fundo Nacional da Saúde-FNS, Fundo Municipal da Saúde-FMS); da assistência social, da criança e do adolescente (Fundo da Infância e do Adolescente-FIA); fundos de previdência social; da educação (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE), entre outros. Isto não quer dizer que não existam outros fundos em outras áreas, como do turismo, esporte, agropecuária, de investimento, e assim por diante.
UNIDADE 2 TÓPICO 1
1 RECEITA PÚBLICA
Para atender às necessidades da sociedade, o governo precisa prestar serviços e realizar obras no que exige gastos. Então, Receita pública é o dinheiro que o governo dispõe para manter sua estrutura e oferecer bens e serviços àsociedade, como hospitais, escolas, iluminação, saneamento, etc.
Para poder fazer isso, o governo precisa arrecadar dinheiro e faz isso de diversas maneiras. Essa arrecadação vem de impostos, de aluguéis e venda de bens, prestação de alguns serviços, venda de títulos do tesouro nacional, recebimento de indenizações.
Outra conceituação...
Receita pública é o montante total (impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos) em dinheiro recolhido para o Tesouro Nacional, incorporado ao patrimônio do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades de investimentos públicos.
Em sentido amplo, receita pública é o recolhimento de bens aos cofres públicos, sendo sinónimo de ingresso ou entrada.
Diferencia-se da receita tributária, pois ao contrário desta, não está limitada à arrecadação de tributos e multas, sendo que a receita tributária é um dos tipos de receita pública.
A receita pública também embarca as receitas das empresas estatais, a remuneração dos investimentos do Estado e os juros das dívidas fiscais.
A receita pública está dividida em dois grandes grupos, que são as receitas orçamentárias e os ingressos extras orçamentários.
Antes de adentramos na conceituação destes dois grandes grupos de receita é importante ressaltar que a receita pública também pode ser classificada quanto à procedência. Esta classificação é mais utilizada por doutrinadores para fins acadêmicos, pois, como esta não é normatizada, a mesma não é utilizada pelo poder público como classificador oficial.
As receitas quanto à procedência podem ser classificadas em: originárias e derivadas. Veja a conceituação:
· Originárias: As Receitas públicas Originárias, segundo a doutrina, seriam aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração Pública. Resultariam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários.
Ou seja, as Receitas públicas Originárias são as receitas que se originam a partir do patrimônio do próprio estado.
· Derivadas: As Receitas públicas Derivadas, segundo a doutrina, seria a receita obtida pelo poder público por meio da soberania estatal. Decorreriam de imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais.
Ou seja, as Receitas públicas Derivadas são as receitas que derivam do patrimônio da sociedade, ou seja, o governo obtém tributando as empresas. 
1.2 RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
As receitas orçamentárias são aquelas que entram de forma definitiva no patrimônio, são recursos próprios que poderão financiar políticas públicas e os programas de governo. Podem estar previstas no orçamento público LOA ou não. O fato de estar ou não estar prevista na LOA ou em Lei de Crédito Adicional não serve de parâmetro para a diferenciação de receita orçamentária e extraorçamentária.
SIGINIFICADO DE LOA
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. A Constituição determina que o Orçamento deva ser votado e aprovado até o final de cada ano (também chamado sessão legislativa). Cabe ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o Plano plurianual, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Constituição.
A Lei Orçamentária Anual estima as receitas e fixa as despesas do Governo para ano subsequente. Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo emite medida provisória, submetendo-a a aprovação do Congresso Nacional solicitando créditos especiais ou suplementares, ou nos casos especiais, como: guerra, calamidade, comoção internas, dentre outros, emite créditos extraordinários, sem autorização prévia do legislativo, apenas anuência posterior. No caso dos créditos suplementares, estes podem ser solicitados através da própria LOA.
Por outro lado, a necessidade de contenção dos gastos obriga o Poder Executivo muitas vezes a editar Decretos com limites orçamentários e financeiros para o gasto, abaixo dos limites autorizados pelo Congresso. São os intitulados Decretos de Contingenciamento, que limitam as despesas abaixo dos limites aprovados na lei orçamentária.
O Orçamento anual visa concretizar os objetivos e metas propostas no Plano Plurianual (PPA), segundo as diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
1. O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, e estatais chamadas de dependentes (deficitárias).
2. O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
3. O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
· A Classificação da Receita Orçamentária: 
1: Receitas Correntes — Conforme a lei 4.320/64 Art.11 § 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
· Receita tributária — é a proveniente de impostos, taxas e contribuições de melhorias;
· Receita de Contribuições — é a proveniente das seguintes contribuições sociais (previdência social, saúde e assistência social), de intervenção domínio econômicos (tarifas de telecomunicações) e de interesse das categorias profissionais ou econômicas (órgãos representativos de categorias de profissionais), como instrumentos de intervenção nas respectivas áreas;
· Receita patrimonial — rendas obtidas pelo Estado quando este aplica recursos em inversões financeiras, ou as rendas provenientes de bens de propriedade do Estado, tais como aluguéis;
· Receita agropecuária — é a proveniente da exploração de atividades agropecuárias de origem vegetal ou animal;
· Receita de serviços — é a proveniente de atividades caracterizadas pelas prestações de serviços financeiros, transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes a atividades da entidade entre outros;
· Receita industrial — resultante da ação direta do Estado em atividades comerciais, industriais ou agropecuárias;
· Transferências correntes — recursos financeiros recebidos de outras entidades públicas ou privadas e que se destinam a cobrir despesas correntes;
· Outras receitas correntes — provenientes de multas, cobrança da dívida ativa, indenizações e outra receitas de classificação específica;
2- Receita de capital é proveniente de operações de crédito, alienações de bens, amortizações de empréstimos concedidos, transferências de capital e outras receitas de capitais.
· Operações de crédito — oriundas da constituição de dívidas (empréstimos e financiamentos);
· Alienação de bens — provenientes da venda de bens móveis e imóveis e de alienação de direitos;
· Amortização de empréstimos concedidos — retorno de valores anteriormente emprestados a outras entidades de direito público;
· Transferência de capital — recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinado à aquisição de bens;
· Outras receitas de capital — classificação genérica para receitas não especificadas na lei; também classifica-se aqui o superávit do orçamento corrente (diferença entre receitas e despesas correntes), embora este não constitua item orçamentário.
1.3 RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
AsReceitas Extraorçamentárias são aquelas que não fazem parte do orçamento público.
Como exemplos temos as cauções, fianças, depósitos para garantia, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não reclamados, operações de crédito por antecipação de receita (ARO) e outras operações assemelhadas.
Sua arrecadação não depende de autorização legislativa e sua realização não se vincula à execução do orçamento
Tais receitas também não constituem renda para o ente federado, uma vez que este é apenas depositário de tais valores. Contudo tais receitas somam-se às disponibilidades financeiras do ente federado, porém tem em contrapartida um passivo exigível que será resgatado quando da realização da correspondente despesa extraorçamentária.
Em casos especiais, a receita extraorçamentária pode converter-se em receita orçamentária. É o caso de quando alguém perde, em favor do Estado, o valor de uma caução por inadimplência ou quando perde o valor depositado em garantia. O mesmo acontece quando os restos a pagar têm sua prescrição administrativa decorrida. É importante frisar que cauções, fianças, e depósitos efetuados em títulos e assemelhados quando em moeda estrangeira são registrados em contas de compensação, não sendo, portanto considerados receitas extraorçamentárias. '
1.4 OUTRAS INFORMAÇÕES
-> Receita Adicional: São aquelas não previstas no orçamento ou computadas com insuficiente dotação orçamentária. Elas se subdividem em suplementares (destina-se a aumentar a dotação orçamentária que já existe) e especiais (destinam-se a suprir despesas sem dotação específica).
-> Processamento de Receitas: O Processamento da receita pública é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos órgãos arrecadadores, com o objetivo de arrecadar dinheiros e bens públicos que, por força de lei ou contrato, pertençam ao Estado.
O processamento da receita pública abrange dois períodos distintos: a estimação da receita (onde se elabora a proposta orçamentária) e a realização da receita.
-> Estágio da Realização da Receita: O estágio de realização da receita pública reúne atividades que são classificadas em estágios que segundo o Regulamento de Contabilidade Pública, se dividem em previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
Previsão: A previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que constarão na proposta orçamentária.
Lançamento: É a individualização e o relacionamento dos contribuintes, discriminando a espécie, o valor e o vencimento do tributo de cada um. Realizado para os casos de impostos diretos (os que recaem sobre a propriedade e a renda) e outras receitas que também dependem de lançamento prévio (aluguéis, arrendamentos, foros, etc.). É de se observar que não são todas as receitas que passam por esta fase.
Arrecadação: É o momento onde os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações com o Estado.
Recolhimento: É o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente o produto da arrecadação ao Tesouro Público.
É importante observar que nenhum agente arrecadador pode utilizar o produto da arrecadação para realizar pagamentos. Os pagamentos devem ser feitos com recursos específicos para este fim.
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 DESPESA PÚBLICA
Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).
Outra conceituação...
Despesa pública é a aplicação do dinheiro arrecadado por meio de impostos ou outras fontes para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a realização de investimentos.
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo, por meio do ato administrativo chamado orçamento público. Com exceção diz respeito às despesas extraorçamentárias.
As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos:
· Utilidade: atender a um número significativo de pessoas;
· Legitimidade: atender a uma necessidade pública real;
· Discussão pública: ser discutida e aprovada pelo Poder Legislativo e pelo Tribunal de Contas do respectivo ente;
· Possibilidade contributiva: possibilidade de a população atender à carga tributária decorrente da despesa;
· Oportunidade;
· Hierarquia de gastos; e
· Ser estipulada (prevista) em lei.
Ela se divide, no Brasil, em despesa orçamentária e despesa extraorçamentária.
1.2 DESPESA ORÇAMENTÁRIA
A Despesa orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente.
De fato, no setor público, toda despesa, para ser realizada pelo poder público, precisa de autorização legal. Esta autorização legal é obtida através da aprovação da Lei Orçamentária Anual. É por isso que na conceituação realizada pela STN é citado que a despesa orçamentária deriva da utilização de crédito consignado no orçamento, ou seja, já foi definido onde serão aplicados os recursos no decorrer de um exercício.
1.3 CLASSIFICAÇÃO DESPESA ORÇAMENTÁRIA
A despesa orçamentária pode ser classificada:
· Classificação da despesa orçamentária quanto ao seu impacto na situação líquida patrimonial:
Em relação a esta classificação, a mesma ocorre em razão do impacto que esta causa na situação líquida patrimonial. Esta poderá ser efetiva ou não efetiva, conforme o conceito apresentado a seguir:
Despesa orçamentária efetiva: corresponde àquela despesa que reduz a situação líquida patrimonial, e decorre em fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa orçamentária não efetiva: corresponde àquela despesa não interfere na situação líquida patrimonial, e decorre em fato contábil permutativo.
· Classificação da despesa orçamentária quanto à sua natureza:
Elas podem ser subdividas em:
OBSERVAÇÃO: Para melhor estudo indico que cada tópico seja dessas classificações sejam estudadas juntos com o livro de contabilidade pública uniasselvi.
a) CATEGORIA ECONÔMICA DAS DESPESAS (1º nível da natureza de despesa): assim como a receita, a despesa também é classificada em duas categorias econômicas: despesas correntes e despesas de capital.
● Despesas correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
 ● Despesas de capital: classifica-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
b) GRUPO DA NATUREZA DA DESPESA (2º nível da natureza de despesa): é um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:
1. Pessoal e Encargos Sociais;
2. Juros e Encargos da Dívida;
3. Outras Despesas Correntes;
4. Investimentos;
5. Inversões Financeiras;
6. Amortização da Dívida;
7. Reserva de Contingência.
c) MODALIDADE DE APLICAÇÃO: tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento.
d) ELEMENTO DA DESPESA: tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como, vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins.
1.4 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
· Classificação da despesa orçamentária quanto à classificação institucional
É através da classificação institucional que identificamos o órgão e a unidade orçamentária do ente que receberá, através do orçamento público, a consignaçãode valores para a realização da despesa orçamentária.
· Classificação quanto à sua classificação funcional
A classificação funcional da despesa é outra forma de visualizarmos onde os recursos públicos foram aplicados. Esta classificação é tratada no inciso I, do § 1º, do art. 2º, e § 2º, do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320/64.
1.4 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
É através do programa de governo que se define o objetivo que se quer alcançar, seja ele para resolver um problema, atender a uma demanda da sociedade ou para atender qualquer outra necessidade. No MCASP (2014, p. 63), encontramos a seguinte definição para Programa:
É o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
Um dos programas de governo que recebeu mais destaque, inclusive da imprensa internacional, foi o “Programa Fome Zero”, popularizado no mandato do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros programas desenvolvidos no respectivo governo, como o “Bolsa Família”, PROUNI, entre outros. No governo de Fernando Henrique Cardoso encontramos os programas de governo Brasil 500 anos; Escola de Qualidade para Todos; PROAGUA; Morar Melhor, entre outros.
1.5 FASES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
Consultar o livro de contabilidade pública, lá consta tudo explicadinho. 
1.6 DISPÊNDIOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS 
(DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS)
As despesas extraorçamentárias são os dispêndios que não tramitam pelo orçamento, pois não precisam de autorização prévia do Legislativo para que possam ser realizados. São exemplos mais comuns destas despesas os recursos de terceiros que ingressam nos cofres públicos que posteriormente precisam ser devolvidos ao seu proprietário, como, por exemplo, cauções, consignações, entre outros.
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
O planejamento governamental, como em qualquer outro tipo de planejamento, tem como premissa básica definir objetivos, organizar áreas, entre outras ações, a fim de alcançar metas.
Para o Ministério da Economia, o planejamento governamental se traduz principalmente no escopo do Plano Plurianual (PPA), estruturado em programas, diretrizes, objetivos e metas, com vistas a orientar as ações econômicas para o ciclo de governo.
2 PLANO PLURIANUAL - PPA
O Plano Plurianual (PPA), no Brasil, previsto no artigo 165 da Constituição Federal e regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998 [1] é um plano de médio prazo, que estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um período de quatro anos.
É aprovado por lei quadrienal, sujeita a prazos e ritos diferenciados de tramitação. Tem vigência do segundo ano de um mandato presidencial até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Também prevê a atuação do Governo, durante o período mencionado, em programas de duração continuada já instituídos ou a instituir no médio prazo.
Com a adoção deste plano, tornou-se obrigatório o Governo planejar todas as suas ações e também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas, somente devendo efetuar investimentos em programas estratégicos previstos na redação do PPA para o período vigente. Conforme a Constituição, também é sugerida que a iniciativa privada volte suas ações de desenvolvimento para as áreas abordadas pelo plano vigente.
O PPA é dividido em planos de ações, e cada plano deverá conter: objetivo, órgão do Governo responsável pela execução do projeto, valor, prazo de conclusão, fontes de financiamento, indicador que represente a situação que o plano visa alterar, necessidade de bens e serviços para a correta efetivação do previsto, ações não previstas no orçamento da União, regionalização do plano, etc.
Cada um desses planos (ou programas) será designado a uma unidade responsável competente, mesmo que durante a execução dos trabalhos várias unidades da esfera pública sejam envolvidas. Também será designado um gerente específico para cada ação prevista no Plano Plurianual, por determinação direta da Administração Pública Federal. O decreto que regulamentou o PPA prevê que sempre se deve buscar a integração das várias esferas do poder público (federal, estadual e municipal), e também destas com o setor privado.
A cada ano, será realizada uma avaliação do processo de andamento das medidas a serem desenvolvidas durante o período quadrienal – não só apresentando a situação atual dos programas, mas também sugerindo formas de evitar o desperdício de dinheiro público em ações não significativas. Sobre esta avaliação é que serão traçadas as bases para a elaboração do orçamento federal anual.
A avaliação anual poderá se utilizar de vários recursos para sua efetivação, inclusive de pesquisas de satisfação pública, quando viáveis.
Embora teoricamente todos os projetos do PPA sejam importantes e necessários para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, dentro dele já são estabelecidos projetos que detêm de maior prioridade na sua realização.
Pode-se afirmar que o Plano Plurianual faz parte da política de descentralização do governo federal, que já é prevista na Constituição vigente. Nas diretrizes estabelecidas em cada plano, é fundamental a participação e apoio das demais esferas da administração pública, que sem dúvida têm mais conhecimento dos problemas e desafios que são necessários enfrentar para o desenvolvimento sustentável local.
2.1 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de investimento do Poder Público, incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e as empresas públicas e autarquias. Busca sintonizar a Lei Orçamentária Anual (LOA) com as diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidas no Plano Plurianual. De acordo com o art. 165, § 2º da Constituição Federal, a LDO:
· Compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente;
· Orientará a elaboração da LOA;
· Disporá sobre as alterações na legislação tributária;
· Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A iniciativa do projeto da LDO é exclusiva do chefe do Poder Executivo (no âmbito federal, o Presidente da República, por meio da Secretaria de Orçamento Federal). O projeto é então encaminhado ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano, para aprovação.
O poder executivo deve encaminhar o projeto de lei de diretrizes orçamentárias até uma data limite, definida pela Lei Orgânica do Município. A Câmara dos vereadores tem um prazo para realizar a votação - que varia de cidade para cidade. Caso contrário, esta não poderá entrar em recesso.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias pode ser modificada, se assim for necessário, e a forma para que esta possa ser modificada é através do encaminhamento de projeto de lei para aprovação do Poder Legislativo. A LDO não pode ser alterada por ato próprio do Poder Executivo, ou seja, por decreto.
2.2 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. A Constituição determina que o Orçamento deva ser votado e aprovado até o final de cada ano (também chamado sessão legislativa). Cabe ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o Plano plurianual, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Constituição;
A Lei Orçamentária Anual estima as receitas e fixa as despesas do Governo para ano subsequente. Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivoemite medida provisória, submetendo-a a aprovação do Congresso Nacional solicitando créditos especiais ou suplementares, ou nos casos especiais, como: guerra, calamidade, comoção internas, dentre outros, emite créditos extraordinários, sem autorização prévia do legislativo, apenas anuência posterior. No caso dos créditos suplementares, estes podem ser solicitados através da própria LOA.
Por outro lado, a necessidade de contenção dos gastos obriga o Poder Executivo muitas vezes a editar Decretos com limites orçamentários e financeiros para o gasto, abaixo dos limites autorizados pelo Congresso. São os intitulados Decretos de Contingenciamento, que limitam as despesas abaixo dos limites aprovados na lei orçamentária.
O Orçamento anual visa concretizar os objetivos e metas propostas no Plano Plurianual (PPA), segundo as diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
1. O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, e estatais chamadas de dependentes(deficitárias).
2. O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
3. O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Orçamentos são disponibilizados pelos sites dos municípios.
Para a elaboração do projeto da LOA também devem ser observadas as regras (princípios) estabelecidas, através da Lei n° 4.3260/64, que tem como premissa definir normas gerais para a elaboração da LOA. Podem-se encontrar estes princípios de forma explícita ou implícita em diversos artigos da referida lei, como, por exemplo, artigos 2º, 7º, 15, 34, entre outros, que serão descritos a seguir.
2.3 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Para ver os princípios acesse o livro contabilidade pública da UNIASSELVI.
2.4 CRÉDITOS ADICIONAIS
No orçamento público, como já foi verificado, é previstos os valores das receitas orçamentárias que serão utilizadas para financiar as despesas orçamentárias. Em outras palavras, é nesta ferramenta de controle que conhecemos onde serão aplicados os recursos públicos.
Porém, como todo bom planejamento, este não deve ser estático, ele deve sempre estar sendo avaliado e alterado, para que os objetivos do mesmo possam ser alcançados. Até porque, fatos alheios à nossa vontade podem ocorrer, como, por exemplo, intempéries, entre outros.
Além dos fatos alheios à nossa vontade, o governo pode prestar novos serviços, priorizar novas demandas da sociedade, e para que estes possam ser contemplados no exercício corrente, precisam constar na Lei Orçamentária Anual que já está em andamento. Para estes casos a Lei n° 4.320/64 estabelece a abertura de créditos adicionais, assim definido em seu art. 40 - “São créditos adicionais às autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento”.
Como o próprio termo já evidencia, os créditos adicionais são adições, devidamente autorizadas pelo Legislativo, que ocorrem no orçamento, sejam para aumentar despesas já autorizadas – existentes no orçamento, ou para incluir novas despesas (despesas não computadas).
Porém, os créditos adicionais são classificados em suplementares, especiais e extraordinários (art. 41, Lei 4.320/64).
● Suplementar: são as adições realizadas para despesas já consignadas no orçamento público, ou seja, reforçam despesas já existentes na LOA, conforme estabelece o inciso I do art. 41: suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária. Estes poderão ser abertos através de decreto do Poder Executivo, se assim estiver autorizado por lei, e geralmente é na LDO que se verifica este tipo de dispositivo legal.
● Especial: são os créditos que incluem novas despesas na LOA, pois ao definir dotação orçamentária para uma despesa que não estava computada na LOA, é a mesma coisa que dizer que está sendo incluída nova despesa na LOA. No inciso II do Art. 41, especiais, são os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. A abertura de crédito adicional especial deve ocorrer através de lei específica que autorize o mesmo e, posteriormente, através de decreto do Poder Executivo.
Este tipo de dispositivo não tem como estar previsto na LDO, como ocorre para o caso do crédito adicional suplementar, pois se fosse possível prever a realização de tal despesa, então esta já integraria a LOA. É justamente por ser ofertada posteriormente à aprovação da LOA que esta precisa ser autorizada através de lei específica.
● Extraordinários: como o próprio nome esclarece, não acontecem sempre, são imprevisíveis. Pelo inciso III, do art. 41, é apresentada a seguinte definição: extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. Porém, o termo imprevisto não pode ser confundido com “falta de previsão” e sim como imprevisível, e assim se procedeu à correção através da CF em seu art. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
NOTA
Como a Constituição Federal é de 1988, portanto, posterior à Lei nº 4.320/64, o legislador tratou de corrigir tal termo para que assim não houvesse dúvida quanto ao critério de imprevisibilidade e urgência.
Os desastres naturais são os que mais têm provocado às calamidades públicas no Brasil, fazendo com que os governos locais, neste caso, os prefeitos, solicitem a decretação de Estado de Calamidade Pública ou Situação de Emergência, que deve ser reconhecido pelo Ministério da Integração Nacional (em 2011, a responsabilidade é deste Ministério, que pode vir a mudar se a estrutura da União for modificada).
Em razão do caráter de urgência na realização das despesas, o Poder Executivo abre os créditos extraordinários através de decreto encaminhado a posteriori ao Poder Legislativo. É no art. 44 da Lei n° 4.320/64 que assim está estabelecido: os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
UNIDADE 2 TÓPICO 4
1 LICITAÇÕES
Este assunto não é tão difícil quanto parece. Licitação é um processo dentro do âmbito da administração pública que analisa propostas de produto ou serviço. Ao final dele é decidida qual empresa será contratada para fornecer o que a administração precisa.
A licitação busca escolher qual proposta é mais vantajosa para os órgãos públicos, tanto em qualidade como em preço. A oportunidade para apresentar propostas deve ser estendida ao maior número de pessoas possível, possibilitando ampla participação de todos.
O teor burocrático presente no poder público, pode dar a falsa impressão de que o processo licitatório é um tema complexo. E as próprias regras, presentes em editais e contratos podem favorecer esse entendimento.
No entanto, o assunto é menos complicado do que parece. Basta estar atento a alguns pontos importantes para entender melhor o que é licitação.
1.2 PRINCÍCPIOS QUE REGEM A LICITAÇÃO?
1.3 MODALIDADES DAS LICITAÇÕES PÚBLICAS
É preciso estar atento às modalidades e tipos. Muita gente ainda se confunde nesse ponto. É bem comum as pessoas acharem que são a mesma coisa. E não são! Apesar dos nomes serem similares, no mercado licitatório têm aspectos bem diferentes.
Modalidade é a forma como o procedimento licitatório deve ser conduzido. No Brasil existem seis modalidades:
· Concorrência:
A concorrência é a modalidade de licitação mais ampla, com procedimentos e prazos mais amplos. 
Ela pode ser utilizada para compras de qualquer valor e não exige pré-requisito, nem procedimento preambular junto ao órgão público.É importante lembrar que algumas licitações exigem que seja utilizado este tipo de modalidade, como no caso de obras e serviços de engenharia (nos contratos de acima de R$ 3.300.000,00) nas e licitações gerais que tenham o seu valor acima de R$ 1.430.000,00.
A Concorrência também é utilizada (independentemente do valor do contrato) na compra de imóveis, na alienação de imóveis públicos, nas licitações internacionais, nos contratos de concessão de serviços públicos, entre outros.
· Tomada de Preços
A tomada de preço exige que os interessados realizem um cadastramento prévio até três dias antes da data da sessão, apresentando os documentos que são solicitados. É uma modalidade mais ágil que a concorrência e possui ampla publicidade.
Essa modalidade pode ser utilizada para contratos de até R$ 3.300.000,00, no caso de obras e serviços de engenharia e para os demais casos, no limite de até R$ 1.430.000,00.
· Carta Convite
A Carta Convite é a modalidade mais simples, sendo utilizada para compras e contratos de até R$ 330.000,00 para obras e serviços de engenharia e até R$ 176.000,00 para outras contratações.
A empresa licitante é convidada para participar por meio de uma carta-convite, sendo exigida a participação de pelo menos três empresas concorrentes no certame.
Empresas interessadas podem manifestar intenção de participar do certame mesmo sem terem sido convidadas em até 24h antes da sessão.
· Pregão
O pregão foi instituído pela Lei 10.520/02, a qual prevê duas formas de realização,  tanto presencial quanto eletrônica.
Uma das principais características é que se trata de um procedimento mais rápido e tem as fases invertidas. Primeiro as propostas e lances, para depois verificar a habilitação.
Diferentemente das modalidades clássicas, o pregão admite qualquer valor. E será utilizado para aquisição de bens e serviços considerados comuns, ou seja, cuja especificação puder ser estabelecida por critérios objetivos previstos no edital.
Como vimos às características do objeto a ser licitado também são levadas em consideração. Obras e serviços de engenharia complexos, por exemplo, são objetos considerados especiais, pois têm um grau mais específico.
Cada uma dessas modalidades serve a objetivos específicos de um processo de compra pública. No momento de abrir uma licitação, essas modalidades são definidas principalmente pelo valor da compra ou pela complexidade do objeto. Ou seja, a cada limite de valor, um tipo de modalidade clássica diferente e pregão, independentemente do valor, quando o objeto da licitação for de bens ou serviços comuns.
1.4 TIPOS DE LICITAÇÕES PÚBLICAS
Já tipo de licitação é diferente. Tem a ver com os critérios de julgamento usados para o julgamento da proposta dos licitantes.
O tipo de licitação define o que o órgão está procurando na proposta das empresas.
Uma licitação pode optar, por exemplo, pelo tipo Menor Preço. Este processo só vai levar em conta a proposta mais vantajosa em questão de preço para a administração pública. Nenhum outro critério irá valer, nesse caso, a não ser o preço mais baixo. Desde que o produto ou serviço atenda as especificações do edital.
O edital pode também pedir empresas que ofereçam a Melhor Técnica. Nesse caso, todo o processo será baseado em características de ordem técnica.
A licitação pode ser também do tipo Técnica e Preço. Então será observado o melhor custo-benefício tanto econômico quanto técnico. E a proposta vencedora deve ser considerada conforme a técnica e preço apresentados.
Tanto na melhor tipo técnica, quanto Técnica e Preço, apenas serão utilizados em licitações das modalidades clássicas: Concorrência, Tomada de Preços e Convite. O Pregão apenas admite licitações do tipo Menor Preço.
2 TIPOS DE LICITAÇÕES PÚBLICAS
No setor público há quem goste e há quem não goste do termo restos a pagar. Este termo, segundo o artigo “A adoção do Princípio da Competência no tratamento contábil dos Restos a Pagar”, foi utilizado pela primeira vez em 1922, no “Regulamento para execução de Contabilidade Pública”, e permanece na legislação até os dias de hoje. 
Restos a pagar é o termo utilizado para identificar, no encerramento do exercício, as despesas que foram empenhadas e não foram pagas até o dia 31 (trinta e um) de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas (art. 36, Lei n° 4.320/64); e estes pertencem ao exercício financeiro em que se verificarem.
● Restos a pagar processados: são as despesas empenhadas e liquidadas que não foram pagas, ou seja, foi verificado o estágio da liquidação da despesa orçamentária.
● Restos a pagar não processados: são as despesas empenhadas e que não foram liquidadas até o momento de sua inscrição, ou seja, não se deu ainda o direito do credor e, como consequência, também não ocorreu à obrigação por parte da entidade.
No final do exercício, por conta do encerramento do mesmo, a entidade pode se deparar com procedimentos administrativos que ainda estão em tramitação,e que pelos mais variados motivos não serão finalizados no mesmo exercício em que se iniciaram. Porém, a despesa orçamentária a que se referem estes processos administrativos já se encontra empenhada corretamente, pois fazem parte do exercício financeiro em questão. Não se pode simplesmente ignorar que a autorização para o início do procedimento administrativo se deu para este período e através da referida despesa orçamentária autorizada pela LOA. É por esta razão que, ao final do exercício, a entidade pode se deparar com despesas empenhadas e não pagas, que podem ou não estarem liquidadas. 
É importante que se compreenda que o procedimento de inscrição dos restos a pagar deve ocorrer, pois estes pertencem ao exercício financeiro em que se verificarem. A forma para evidenciar estas informações na Contabilidade é que está sendo modificada, principalmente para atender ao Princípio da Competência tratado pela Ciência Contábil. Por isso, ao se buscar mais conhecimento sobre o tema restos a pagar, é necessário realizar esta pesquisa entre as novas referências bibliográficas, pois este está em plena discussão e, com a Nova Contabilidade Pública, que será acompanhada de uma estrutura nova de Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), a sua evidenciação será realizada de forma diferente da praticada nos dias atuais.
UNIDADE 3 TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A Ciência Contábil é aplicada nas mais diversas áreas com o objetivo de registrar, fornecer e evidenciar dados que possam auxiliar os gestores e administradores na tomada de decisão, bem como, a outros usuários desta. Hoje é encontrada em áreas específicas, como na área societária, gerencial, de custos, imobiliária, setor público, na auditoria, entre outras áreas.
2 ASPECTOS GERAIS TRATADOS PELA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
· CONCEITO DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
A contabilidade pública, até então mencionada nas bibliografias disponíveis no mercado, passa a ser identificada como Contabilidade Aplicada ao Setor Público e não mais simplesmente contabilidade pública. Você pode se perguntar: qual a diferença entre uma forma e outra? E, com certeza, à primeira vista pode não compreender a grandeza desta mudança. A diferença está em que a Contabilidade como ciência é única e esta, conforme sua aplicação pode apresentar técnicas específicas quando aplicadas a determinada área, porém os fundamentos sempre serão os mesmos. Não existe uma contabilidade pública como ciência (AZEVEDO, 2010).
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que se aplica, no processo gerador de informações, aos Princípios de Contabilidade e às normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público – definição tratada pela Resolução CFC nº 1.128/08, de 21 de novembro de 2008, a qual aprova a NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação.
Em outras palavras, pode-se verificar que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é aquela que estuda, registra, controla e evidenciaos atos e fatos administrativos ocorridos no setor público que estejam ou não relacionados com o orçamento público, bem como, todas as informações patrimoniais, financeiras, entre outras de controle que possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público, considerando em sua aplicação os princípios de contabilidade, as normas contábeis vigentes, entre outras legislações que versem sobre direito financeiro e finanças públicas.
É importante destacar, neste momento, que as principais legislações aplicadas ao setor público que remetem ao direito financeiro e finanças públicas são a Lei nº 4.320/64 e Lei Complementar 101/2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal.
· OBJETIVO E OBJETO DA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
Desta forma, pode-se perceber que a contabilidade é um meio para auxiliar o gestor no cumprimento de sua missão, desde o planejamento, execução, prestação de contas e as ações para corrigir possíveis desvios. Fica também expressa sua função social, no sentido de permitir a mensuração dos resultados não só financeiros e econômicos, mas também sociais (AZEVEDO, 2010, p. 80).
O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público. Esta definição, conforme já mencionado anteriormente, está evidenciada nas NBCASP.
· CONCEITO DE PATRIMÔNIO PÚBLICO
Patrimônio Público na visão contábil, segundo as NBCASP, é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações (NBC T 16.1 – RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.128/08).
· CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público, definição esta também encontrada nas NBCASP – NBC T 16.1. Este campo de aplicação é o espaço de atuação do profissional de contabilidade que demanda estudo: interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais nestas entidades públicas, conforme estabelece a NBCASP.
Com este conceito sobre o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público acaba o conflito de entendimento que ocorria por parte de alguns usuários, que entendiam que esta deveria ser aplicada somente aos entes da Federação: União, cada Estado, cada Município e Distrito Federal, quando na verdade, na própria Lei n° 4.320/64, em seu Art. 83, já considerava que esta deveria ser utilizada por todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela, pertencentes ou confiados. Desta forma, a norma veio elucidar que todas as entidades do setor público são abrangidas pela Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Agora, você deve estar se perguntando: quem são estas entidades do setor público? E para este esclarecimento recorremos novamente à NBCASP, que conceitua estas entidades do setor público da seguinte forma: são os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiro, bens e valores públicos na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, às pessoas físicas que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público (redação dada pela Resolução CFC nº 1268/09).
NOTA
O enfoque para enquadramento como entidade do setor público passa para a gestão do recurso público e não a característica da entidade gestora, podendo ser até uma pessoa física. Ou seja, não importa a natureza jurídica da entidade, mas sim o fato de gerir ou não recursos públicos.
Porém, após esta conceituação sobre entidade do setor público, outra grande dúvida pode estar surgindo, já que todos aqueles que recebam, guardem, movimentem, enfim tratam com dinheiro, bens e valores públicos, se enquadram para aplicarem a Contabilidade Aplicada ao Setor Público. A norma prevê que esta aplicação poderá ser realizada pelas entidades do setor público de forma integral ou parcial. Vamos aos esclarecimentos deste regramento. 
a) Integralmente: as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais. 
b) Parcialmente: as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.
3 PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PÚBLICO
O ponto de partida para qualquer área do conhecimento humano devem ser sempre os princípios que a sustentam. Esses princípios espelham a ideologia de determinado sistema, seus postulados básicos e seus fins. Valem dizer, os princípios são eleitos como fundamentos e qualificações essenciais da ordem que institui. Os princípios possuem o condão de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, são considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema.
Os princípios que norteiam a contabilidade aplicada ao setor público são o mesmo do setor privado: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo valor original, Competência e Prudência.
OBSERVAÇÃO
Para ler mais é só consultar o livro Contabilidade Público da UNIASSELVI.
4 REGIME CONTÁBIL APLICADO NO SETOR PÚBLICO
O regime contábil adotado para a contabilidade pública é o Regime Misto, ou seja, Regime de Caixa para as Receitas e Regime de Competência para as Despesas. Este procedimento revela a preocupação que o poder legislativo teve para que os gestores públicos não comprometessem recursos que ainda não foram arrecadados. 
O regime misto é um regime contábil que mescla o regime de caixa e o regime de competência.
No Brasil é definido na Lei nº 4.320/64, que estatui normas de finanças e contabilidade pública.
Esse regime adota a competência para a despesa e o regime de caixa para as receitas. Desta forma, as receitas devem ser reconhecidas no momento de seu efetivo recebimento e as despesas, no momento em que são incorridas, independentemente de seu pagamento.
Esse regime adota a competência para a despesa e o regime de caixa para as receitas. Desta forma, as receitas devem ser reconhecidas no momento de seu efetivo recebimento e as despesas, no momento em que são incorridas, independentemente de seu pagamento.
Um exemplo elucidativo:
· Recolhimento de imposto de renda relativo ao ano x.
· O imposto se refere à renda recebida durante o ano x, sendo o ano x o de competência para a receita.
· Porém o pagamento ocorre somente no ano x+1, portanto, o registro contábil somente será efetuado no recebimento, em x+1.
· Realização de despesa
· Compra de mercadorias no mês x, mas com pagamento no mês y.
· O registro contábil será efetuado no mês x.
Existem outros dois regimes contábeis: o de competência e o de caixa.
Com a adoção dos Princípios Fundamentais de Contabilidade para o Setor Público, conforme a Resolução CFC 1.111/07, a Contabilidade Pública deverá passar a observar o seguinte enunciado, o qual deverá ser detalhado e aplicado a partir da elaboração das respectivas NBCASP - Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público:
O Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrência dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebimento, aplicando-se integralmente ao Setor Público.
Os atos e fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência,e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacionam complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas".
5 REGISTRO CONTÁBIL
Para ver sobre registro contábil é só consultar o livro de contabilidade pública da UNIASSELVI nas páginas 180 á 182. 
6 TEMAS RELACIONADOS AO SETOR PÚBLICO
· DIVIDA PÚBLICA
A dívida pública, como o próprio nome esclarece, são obrigações que a entidade do setor público tem com terceiros. A dívida pública pode ser classificada em dívida flutuante e dívida fundada ou consolidada; e estas basicamente são decorrentes de restos a pagar processados e não processados; serviços da dívida a pagar; empréstimos e financiamentos a pagar; débitos de tesouraria; dívidas decorrentes de passivos contingentes, entre outras conforme descreve Mota (2009). 
A dívida flutuante é considerada de curto prazo em função da sua exigibilidade. A sua origem geralmente está relacionada à execução da despesa orçamentária liquidada e não paga, bem como pela inscrição dos restos a pagar processados e não processados; serviço da dívida a pagar que também são decorrentes da execução orçamentária. As que são de origem extraorçamentária são decorrentes de depósitos de terceiros e débitos de tesouraria. 
Já a dívida fundada pode ser oriunda de receita de capital (receita orçamentária) em razão de obtenção de recursos através da operação de crédito; além de financiamentos a pagar e de passivos contingentes. Esta dívida pode ser classificada quanto à sua exigibilidade tanto a curto como de longo prazo conforme descreve Mota (2009). 
O controle sobre a dívida fundada especificamente, deve ser realizado de tal forma que se permita a qualquer tempo verificar a posição dos empréstimos, dos serviços de amortização e dos juros.
· INVENTÁRIOS
O inventário consiste na verificação, por parte da entidade, dos itens que compõem os bens de consumo, bens permanentes e dos valores em espécie existentes em tesouraria, pelo menos ao final de cada ano. Isto significa que a entidade, no decorrer do exercício, deve promover a realização do inventário para que, no momento do fechamento do balanço, estes itens tenham sido verificados e confrontados com a contabilidade.
Mota (2009, p. 275) esclarece que o inventário tem a finalidade de subsidiar o levantamento dos demonstrativos contábeis, especialmente do balanço patrimonial, ao final de cada exercício financeiro; bem como confirmar a responsabilidade dos encarregados de serviços e de almoxarifado pelas existências físicas de bens e valores sob a sua guarda e conservação.
Os inventários podem ser classificados conforme a finalidade com que estes sejam realizados, como, por exemplo, inventário de extinção ou transformação – é realizado sempre que determinada entidade for extinta ou transformada em outra. Estas classificações podem então ser denominadas das seguintes formas, segundo Mota (2009, p. 276): “inventário anual; inventário inicial; inventário de transferência de responsabilidade; inventário de extinção ou transformação e inventário eventual”.
OBSERVAÇÃO
Para saber mais sobre inventários, é só consultar o livro de contabilidade pública da UNIASSELVI nas páginas 183 á 185. 
7 PRESTAÇÃO DE CONTAS
A prestação de contas é um balanço financeiro de uma empresa, associação ou instituição pública. Ele pode ser mensal ou anual. Neste balanço são apresentadas todas as transações financeiras realizadas durante certo período compreendido.
UNIDADE 3 TÓPICO 2
1 PLANOS DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO - PCASP
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público tem como grande função fornecer informações úteis aos usuários e de auxiliar na fiscalização da gestão dos recursos de origem pública.
O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) mostra a relação padronizada de contas, de acordo com normas brasileiras e padrões internacionais de contabilidade. Isso permite a consolidação das contas públicas nacionais, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal.
2 DIRETRIZES DO PCASP
Consulte o livro.
3 CONCEITO DE PLANO DE CONTAS
Uma empresa que não tem plano de contas pode não ter a clareza de todas suas movimentações financeiras, impactando negativamente na hora de tomar decisões, além de prejudicar o andamento de diversos relatórios e documentos contábeis.
O plano de contas contábil é uma forma de identificar as contas da empresa através de códigos e classificações para todos os registros de entradas e saídas.
Essas classificações são essenciais para que os responsáveis pela contabilidade sejam capazes de fazer os relatórios financeiros obrigatórios, como o Balanço Patrimonial e o DRE.
Ou seja, o Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil.
4 OBJETIVO DO PLANO DE CONTAS
O objetivo do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público está assim elaborado:
O Plano de Contas de uma entidade tem como objetivo atender, de maneira uniforme e sistematizada, ao registro contábil dos atos e fatos praticados pela entidade. Desta forma, proporciona maior flexibilidade no gerenciamento e consolidação dos dados e alcança as necessidades de informações dos usuários. Sua entrada de informações deve ser flexível, de modo a atender aos normativos, gerar informações necessárias à elaboração de relatórios e demonstrativos e facilitar a tomada de decisões e a prestação de contas MCASP-PCASP (BRASIL, 2010).
5 TEORIA PATRIMONIALISTA ADOTADA PELO PCASP
Na busca da estruturação contábil, independente da área em questão, se deve levar em conta as teorias das contas, que explicam a representação e a classificação das contas contábeis. As teorias das contas mais conhecidas são: a teoria personalista, a teoria materialista e a teoria patrimonialista.
“Na elaboração da estrutura contábil do PCASP foi adotada como base a teoria patrimonialista, que visa à evidenciação dos elementos patrimoniais, a compreensão da composição patrimonial e a demonstração de todos os bens, direitos e obrigações da entidade” MCASP – PCASP (BRASIL, 2010, p. 8).
Para um melhor entendimento da teoria patrimonialista será apresentado o entendimento tratado pelo MCASP-PCASP (BRASIL, 2010, p. 8):
Teoria Patrimonialista: entende que o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio e que a finalidade contábil é a administração do mesmo. O patrimônio pode ser compreendido pela sua situação estática, pela sua situação dinâmica e pela sua representação quantitativa e qualitativa. De acordo com essa teoria, as contas são classificadas em:
i. Contas patrimoniais: representam a situação estática, ou seja, o patrimônio, os elementos ativos e passivos, que são os bens, direitos, obrigações com terceiros e o patrimônio líquido;
ii. ii. Contas de resultado: representam a situação dinâmica e as variações patrimoniais, ou seja, as contas que alteram o patrimônio líquido e demonstram o resultado do exercício.
Através desta definição da teoria patrimonialista, a seguir será apresentada a estrutura contábil, para que se possa evidenciar as contas patrimoniais e as contas de resultado definidas para o PCASP.
OUTROS TÓPICOS
6 SISTEMA CONTÁBIL APLICADO NO PCASP
7 ESTRUTURA DA PLANIFICAÇÃO DO PCASP
8 NATUREZA DAS INFORMAÇÕES DAS CONTAS DO PCASP
9 LÓGICA DO REGISTRO CONTÁBIL APLICADO AO PCASP
Consulte o livro para saber mais sobre esses tópicos.

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