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Conceito e métodos - Criminologia

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CRIMINOLOGIA
O termo CRIMINOLOGIA foi usado pela primeira vez em 1883 por PAUL TOPINARD, porém, quem difundiu o termo foi Raffaele Garofalo em 1885. 
· O DIREITO PENAL é autônomo, define o crime, contravenção e suas penas, e vê o crime como NORMA, e por este motivo é uma ciência do DEVER SER - normativa. 
· A CRIMINOLOGIA é autônoma, tem como objeto o crime, criminoso, vítima e controle social e vê o crime como FATO. E por este motivo é uma CIENCIA DO SER, ou seja, empírica, pois o seu objeto vive no MUNDO REAL, e não no mundo dos valores. 
· A POLÍTICA CRIMINAL não tem autonomia, e trabalha com estratégias para CONTROLAR o crime. Para a política criminal, o crime é VALOR.
Tem como método o EMPIRISMO, ou seja, parte da análise dos FATOS, método da ESCOLA POSITIVA. 
Difere do método da escola clássica que é um método formal, abstrato. 
É INTERDISCIPLINAR pois tem relação com outras ciências.
OBJETOS DA CRIMINOLOGIA
· DELITO: De acordo com a criminologia, o delito é a conduta de incidência massiva na sociedade, capaz de causar dor, aflição e angústia, persistente no espaço e no tempo.
Para se configurar DELITO precisa estar presente as características: 
- Incidência massiva na população
O delito não pode ser um fato isolado, deve acontecer com expressividade na população. 
- Incidência aflitiva
O delito deve causar dor, angustia, sofrimento à vítima individualizada ou à sociedade como um todo. Por exemplo, lavagem de capitais, homicídios, furtos.
- Persistência espaço-temporal
O crime deve ser algo distribuído pelo território nacional que aconteça com certa regularidade. 
- Inequívoco consenso
Está implícito.
· DELINQUENTE
Passou a ter destaque com o surgimento da Escola Positiva e o desenvolvimento das ciências sociais, como a Antropologia e a Sociologia, que entendiam que o criminoso era um ser atávico, preso a sua deformação patológica.
Os clássicos entendiam o autor do fato, dotado de livre arbítrio, era visto como um pecador que teria optado pelo mal quando poderia ter direcionado sua conduta para o bem.
Segundo os correcionalistas, o criminoso era um ser inferior e incapaz de governar a si próprio, merecendo atitude pedagógica e de piedade por parte do Estado. 
De acordo com os marxistas, o criminoso é uma vítima inocente das estruturas econômicas impostas pelo capitalismo.
A Criminologia moderna trata o delinquente como um ser histórico, real, complexo e enigmático, um ser normal que pode estar sujeito às influências do meio e não aos determinismos.
· VÍTIMA
Inicialmente deixada de lado no estuda da Criminologia, que a considerava como algo insignificante na existência do delito, passou por 03 (três) grandes momentos nos estudos penais. 
A idade de ouro, que compreende os primórdios da civilização até o fim da Alta Idade Média, onde a vítima possuía papel de destaque, traduzido pela Lei de Talião. 
O período de neutralização, que surgiu com a Santa Inquisição, passando a vítima a perder importância frente ao Poder Público e ao monopólio da jurisdição. 
Por fim, a revaloração da vítima, que ganhou destaque no Processo Penal com os pensamentos da Escola Clássica, sendo objeto de leis como no caso dos Juizados Especiais Criminais, que conferiu grande destaque processual à vítima.
Vitimização Primária: Prejuízo oriundo diretamente do delito.
Vitimização Secundária, Revitimização ou Sobrevitimização: Sofrimentos adicionais advindos do sistema de justiça criminal (processo e investigação), decorrentes do tratamento dado pelas instâncias formais de controle social.
Vitimização Terciária: Humilhação e abandono pelo Estado e pelo próprio grupo social.
Vitimização indireta: Sofrimento suportado por pessoas relacionadas intimamente à vítima do delito, que, embora não diretamente lesionadas pela conduta criminosa, partilham de seu sofrimento.
Para Benjamin Mendelsohn, as vítimas podem ser classificadas da seguinte forma:
a) Vítima completamente inocente ou vítima ideal: “é aquela que não tem nenhuma participação no evento criminoso”. 
b) Vítima menos culpada do que o delinquente ou vítima por ignorância: é aquela que “contribui, de alguma forma, para o resultado danoso”. 
c) Vítima tão culpada quanto o delinquente: é aquela cuja participação ativa é imprescindível para a caracterização do crime.
d) Vítima mais culpada que o delinquente ou vítima provocadora.
e) Vítima como única culpada, cujos exemplos apontados pela doutrina são os seguintes: “indivíduo embriagado que atravessa avenida movimentada vindo a falecer atropelado, ou aquele que toma medicamento sem atender o prescrito na bula, as vítimas de roleta-russa, de suicídio, etc.”.
· CONTROLE SOCIAL
Formado por um conjunto de mecanismos e sanções sociais que submetem os indivíduos às normas de convivência social. Há dois sistemas de controles que coexistem, o primeiro deles, dito informal, está relacionado com a família, religião, escola, profissão, clubes e outros, enquanto o segundo, chamado de formal, é representado pela Polícia, Ministério Público, Forças Armadas e demais órgãos públicos, com caráter nitidamente mais rigoroso e com conotação político-criminal.
· CIFRAS
Cifra Negra: Refere-se à porcentagem de crimes não solucionados ou punidos, à existência de um significativo número de infrações penais desconhecidas "oficialmente". É a “mãe” de todas as cifras.
Cifra Cinza: Tratam-se dos crimes que chegam ao conhecimento da autoridade policial, entretanto não prosperam na fase processual.
Cifra Dourada: Trata-se especificamente da criminalidade cometida pelas classes privilegiadas, referindo-se também a expressão “crimes de colarinho branco”.
Cifra Verde: Dizem respeito aos crimes ambientais que não chegam ao conhecimento das autoridades
Cifra Amarela: São os crimes cometidos por funcionários públicos, onde geralmente a vítima deixa de denunciar o fato às autoridades competentes por medo de represálias
Cifra Rosa: Tratam-se dos crimes com viés homofóbico
Cifra Azul: Contrapõem-se aos chamados “crimes do colarinho branco”, dizem respeito aos pequenos crimes comuns praticados por pessoas economicamente desabastadas e se verifica como uma alusão aos macacões azuis utilizados nas fábricas dos Estados Unidos.
VITIMIZAÇÃO
VITIMIZAÇÃO- a pessoa sofre as consequências negativas de um fato criminoso.
VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA – sofrimento direto ou indireto, psíquico ou material do delito. É o sentimento gerado na vítima após a ocorrência do delito. Sempre ocorrerá.
VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA – custos pessoais adicionais do sistema legal. Vergonha em depor. Reviver o crime perante o Juiz. Constrangimento vivido dentro do sistema de controle formal. Não ocorre sempre. Também conhecida como por “sobrevitimização” ou revitimização.
VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA – custos da penalização para o infrator e terceiros. Constrangimento da vítima perante a comunidade e local onde mora em decorrência do crime. Não ocorre sempre.
OBS: A CRIMINOLOGIA É AUTÔNOMA, NÃO INDEPENDENTE POIS POR SER INTERDISCIPLINAR PRECISA DO CONHECIMENTO DE OUTROS RAMOS!!! 
OBS: A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as concausas da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade.
Criminalização primária: É a praticada pelo legislador no processo de criação das condutas tipificadas é DIFERENTE DE Prevenção primária: Que é a política cultural, econômica e social (educação e socialização, casa, trabalho, bem-estar social, qualidade de vida).

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