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Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 1 AULA 1 à FILOSOFIA DA MÍNIMA INTERVENÇÃO (PARTE 1) ABORDAGEM CLÍNICA DA DOENÇA CÁRIE E SUAS CONSEQUENCIAS • Filosofia mais conservadora envolvendo prevenção e tratamento não invasivo das lesões de cárie. • Tomada de decisão do tratamento. • 1º passo: Tomada de decisão para melhor tratamento. © Identificar fatores de risco à doença cárie à risco. © Diagnóstico correto das lesões de cárie. © Atividade e localização da lesão. © Extensão em esmalte e dentina (ICDAS). • Tratar a lesão é importante, mas para o sucesso do tratamento à aplicar medidas de controle da doença cárie. • O dentista está acostumado em achar cárie e apenas realizar a restauração, no entanto, temos no basear na doença cárie que é a lesão em si e equilibrar o meio bucal. Só tratar a lesão não estamos tratando a doença. • Sempre que possível trabalha com o tratamento não invasivo. • Primeiro temos que identificar os fatores de risco da doença cárie, o que o paciente faz para ele ter cárie? E modificar esses fatores. • Realizar o diagnóstico correto: © Exemplo: uma mancha branca pode ser uma fluorese; hipomineralização do esmalte; de cárie; etc... • Temos que saber se temos uma lesão de cárie ativa ou inativa, ou se está na dentina ou esmalte. • Cárie interproximal à tem um difícil diagnóstico, pois ela não é visível no exame clínico. • Saber a extensão da lesão através do ICDAS. • O paciente precisa melhorar o controle de biofilme à por isso é necessário realizar periodicamente. Explicar os cuidados caseiros que precisam ser realizados. MÉTODOS DISPONÍVEIS (MINIMAMENTE INVASIVO) • Controle mecânico e químico do biofilme dentário. • Fluoterapia caseira e/ou profissional. • Modificação do risco cariogênico da dieta. • Eliminação dos nichos retentivos de placa. • Nem sempre realizamos o controle químico, sempre damos prioridade ao controle mecânico. O químico normalmente é utilizado quando o paciente não tem coordenação motora / necessidades especiais. • Flúor com uso caseiro e profissional. • Modificação do risco cariogênico através de orientações. • Realizar procedimentos que tirem nichos retentivos de placa. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 2 PRESENÇA DE ATIVIDADE DE CÁRIE (ABORDAGEM CONTEMPORÂNEA) • Constatar fatores etiológicos da doença de forma individual. • Necessidade de: © Reforçar orientação de controle de biofilme. © Dentifrício fluoretado (1.000 ppm de F) © Consumo de açúcar na dieta. • Melhora destes fatores: possibilidade de mudança na evolução da doença cárie. • Caso contrário à progressão das lesões à necessidade de abordagens endodônticas e cirúrgicas. • Temos que fazer uma abordagem individual à verificar necessidades individuais. • Nem sempre na odontopediatria abordamos apenas o paciente, muitas vezes precisamos abordar os pais da criança à especialmente no controle de biofilme caseiro. • Esmalte à dentina à polpa (sendo necessário tratamento do canal). • A doença cárie evolui mais rapidamente em crianças por possuírem menos quantidade de esmalte e dentina. • O meio bucal precisa estar equilibrado, se não a restauração não fica e não ocorre o tratamento devido da doença cárie. SUPERFÍCIES OCLUSAIS PERÍODO CRÍTICO DE ERUPÇÃO • Alto risco. • Erupção parcial. • Dificuldade de controle de placa. • Maturação pós-eruptiva. • Presença de capuz ou opérculo gengival. • Impossibilidade de isolamento absoluto. • O período crítico de erupção ocorre desde o momento que o dente irrompe na cavidade bucal até entrar em oclusão funcional. • Mais suscetível a cárie, pois o esmalte não sofreu maturação. • Se o meio bucal não estiver adequado o dente não sofre maturação à não recebe os íons da saliva. • 1º molar permanente muitas vezes não é notado pelos responsáveis. • Nesta fase não conseguimos realizar o isolamento absoluto, o que pode gerar complicações se não utilizar da prevenção. ISOLAMENTO RELATIVO • Isola os dentes da umidade bucal e não do meio bucal. • Usado na impossibilidade de se realizar o isolamento absoluto. • Indicado para molares no período crítico de erupção. • Prendedores de rolos de algodão colocados na mandíbula com uso de sugador. • Prendedor de rolos de algodão à Autamatan de Garmer. • Prendedor de rolos de algodão é importante para que a criança não consiga mexer o algodão com a língua. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 3 • Sempre precisamos trabalhar com o sugador. VERNIZ FLUORETADO • Passo a passo: © Profilaxia; © Isolamento relativo; © Secagem; © Aplicação do verniz fluoretado ou de clorexidina; © Gotejamento de água; © Remoção do isolamento. • Recomendações: © 1 hora sem beber; © 2 horas sem ingerir alimentos sólidos; © 12 horas sem escovar. • Vantagens: © Favorece maturação pós-eruptiva; © Remineralização do esmalte. • Remover o isolamento relativo com cuidado para não remover o verniz. • Adere a superfície e libera o flúor por 12 horas. • Serve para favorecer a maturação pós-eruptiva e se tiver mancha branca ativa de cárie pode ser utilizado para remineralizar essa mancha branca (PROTOCOLO DE REMINERALIZAÇÃO). • Quando temos mancha branca numa superfície oclusal à fazemos o selamento. • Mancha branca em superfície lisa à fazemos o protocolo de remineralização. VERNIZ DE CLOREXIDINA • Passo a passo: © Profilaxia; © Lavar; © Isolamento relativo; © Aplicar com microbrush (2 camadas); © Jatos de ar entre as camadas. • É outro material que pode ser utilizado no período de maturação pós-eruptiva. • É um verniz transparente. • Aplicamos com um microbrush. • Como é líquido uma camada pode não ser suficiente, por isso colocamos uma camada, secamos e reaplicamos uma segunda camada (sendo que depois dessa segunda camada podemos esperar secar sozinho ou com um jato de ar. • Período crítico: © Efeito antimicrobiano à impede a colonização de EGM por 3 meses (superfície oclusal); © Diminui a inflamação gengival de erupção; Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 4 © Alta substantividade. PROVA!!!!!! CONCLUSÃO DO TRABALHO DA PROFESSORA. • EGS: Streptococcus do grupo mutans. • Diminui a inflamação do opérculo. • Pode associar os dois vernizes, no entanto precisamos fazer em sessões diferentes. INTERNATIONAL CARIES DETECTION AND ASSESSMENT SYSTEM (ICDAS) LESÕES DE CÁRIE PROGRESSIVAS • Ativas ou inativas. • Extensão: © Esmalte: escore 1 – 2 – 3 © Dentina: escore 4 – 5 – 6 • Foco: tratamento da lesão. • Filosofia da mínima intervenção: tratamentos © Não invasivo; © Minimamente invasivo. • Quanto estamos diante de uma lesão de cárie precisamos saber se está lesão é ativa ou inativa. Temos que saber reconhecer cada uma. • Outro fator importante a ser levado em consideração é a sua extensão. • Sendo que o nosso foco é tratar a lesão. ESTÁGIO DE SEVERIDADE DAS LESÕES: DIFERENTES OPÇÕES DE TRATAMENTO • Iniciais: © Em esmalte / não cavitadas (ICDAS 1 e 2). • Moderadas: © Podem ou não envolver dentina; © Desde micro-cavitações em esmalte até sombreamento da dentina subjacente (lesão oculta), sem dentina visível clinicamente. • Severas: © Cavitadas em dentina e visualizadas clinicamente. • Decisão de tratamento das lesões: © Atividade e localização; © Profundidade e extensão em dentina; © Idade. • Moderadas: normalmentevão até a JED. • A lesão de cárie oculta ocorre na superfície oclusal, que é quando temos a progressão da lesão em profundidade. MODERADA. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 5 • Diferentes opções de tratamento dependendo da severidade da lesão. • Lesões iniciais são aquelas que temos apenas o envolvimento do esmalte, não cavitadas à relacionado com as manchas brancas. Sendo que só iremos tratar as manchas ativas e não as inativas. • Mancha branca ativa: © Branca; © Rugosa; © Opaca. • Mancha branca inativa: © Lisa; © Brilhantes; © Não precisamos tratar. • Se a mancha branca ativa começar a evoluir podemos formar uma microcavidade no esmalte, ou podemos começar a ter o envolvimento da dentina. Sendo que não conseguimos observar clinicamente. Nesse caso temos uma lesão moderada. Não temos dentina visível clinicamente. • Para saber que chegamos em dentina precisamos fazer uma radiografia. • Lesão de cárie oculta é o ICDAS 4. • Na lesão ativa em dentina, temos um tecido amolecido, úmido, com sensibilidade dolorosa, sendo a cor esbranquiçada a amarelada. • A lesão em dentina inativa é escurecida, endurecida, a lesão progride lentamente dando tempo de produzir dentina reparadora e não temos sensibilidade dolorosa. • Todos esses fatores interferem na decisão que será tomada para tratar: © Ativa ou inativa; © O quanto de tecido dentinário foi acometido; © Localização (superfície lisa ou oclusal); © Qual a extensão; © Verificar comprometimento pulpar; © A idade da criança é importante, para saber quando ocorrerá a exfoliação do dente. • Prognóstico = pós o tratamento do paciente, queremos que o tratamento perdure. • Lesão de cárie oculta: © Não conseguimos observar a cárie clinicamente, no entanto, quando fazemos a radiografia vemos um sombreamento da dentina. • Revisão... © Na superfície oclusal: ∞ Do esmalte para a dentina à o ápice está para oclusal e a base do triângulo está para junção amelo-dentinária; ∞ Na dentina à a base está para junção amelo-dentinária e o ápice está voltado para a câmara pulpar. © Na superfície lisa e proximal: ∞ No esmalte temos a base voltada para superfície externa e o ápice para junção amelo dentinária; ∞ Na dentina vamos ter a base voltada para junção amelo-dentinária e o ápice voltado para câmera pulpar. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 6 DIFERENTES OPÇÕES DE TRATAMENTO AUTOCUIDADOS CASEIROS • Técnicas de escovação (associação de escova unifuto). • Fio dental. • Uso de dentifrícios fluoretados (maior que 1.000 ppm F). • Quantidade adequada. • Controle da cariogenicidade da dieta. • Fundamental para manter o equilíbrio no meio bucal. • Esse pacote estará presente em todos os planos de tratamento, mesmo que o paciente não tenha lesão de cárie. LESÕES INATIVAS EM ESMALTE (ICDAS 1-I; 2-I; 3-I) • Lesão lisa e brilhante. • Se está inativa está estagnada. • Lesões paralisadas à sem atividade prevenção primária. • ICDAS: © 1-I; © 2-I; © 3-I. • IDCAS 3: alargamento do sulco ao entrar metade da ponta ativa da sonda OMS. • Tratamento profissional: © Controle clínico e radiográfico; © Comprometimento estético: ∞ Presença de sulcos escurecidos: selamento estético com selante resinoso opaco. ∞ Mancha branca escurecida: microabrasão. • No ICDAS 3 enxergamos um alargamento do sulco, usando a sonda OMS na microcavidade entrará metade da esfera da sonda à desse modo temos certeza de que a lesão está apenas em esmalte. • Evitamos ao máximo realizar radiografias. • A mancha branca inativa, por conta da alimentação do paciente pode pigmentar à gerando um comprometimento estético. Observando sulcos escurecidos. Podendo realizar selamento. • Quando usamos o selante precisamos orientar os pais, que precisarão tomar mais cuidado. • Ainda quando a mancha se apesenta escurecida podemos fazer a microabrasão, no entanto, quando maior for a mancha pior ficará a estética desse tratamento. ISOLAMENTO ABSOLUTO: VANTAGENS • Melhor visão do campo operatório. • Assepsia / aerossóis. • Evita: © Umidade; Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 7 © Sangramento. • Proteção conta deglutição: © Resíduos; © Medicamentos; © Instrumentos. • Aumento do rendimento de trabalho. • Controle e proteção dos tecidos moles. • Permite trabalho por quadrante. • Ajuda no manejo da criança. • Para fazer selante resino precisamos usar isolamento absoluto. • Para pode usar o isolamento absoluto precisamos utilizar anestesia, antes mesmo da prova do grampo. • Criança não pode sentir dor. ISOLAMENTO ABSOLUTO: CUIDADOS • Condicionamento do paciente. • Pacientes anestesiado. • Profilaxia prévia. • Provar a adaptação do grampo (amarrado com fio dental). • Quando formos colocar o grampo precisamos condicionar o paciente, precisamos a motivar a criança. Informar o que vamos fazer. • Precisamos fazer uma profilaxia prévia, para não empurrar biofilme para o sulco gengival. • Avaliar: © Bordas ou arestas cortantes; © Narinas liberadas; © Respiração: se for bucal fazer orifício no dique. • Se tiver alguma região cortante devemos lixar. SELEÇÃO DE GRAMPOS Dente Grampo 1º molar permanente 7 / 201 Molar parcialmente erupcionado 14 / 14A (mais utilizado) Molares decíduos 3 / 206 Caninos decíduos 00 / 209 ISOLAMENTO ABSOLUTO: CUIDADOS NA REMOÇÃO DO DIQUE • Remover os resíduos. • Cortar e remover as amarrias. • Remover grampo e arco (pinça). SELAMENTO ESTÉTICO COM SELANTE RESINOSO (OPACO) • Indicação: Sulcos escurecidos na oclusal. • Anestesia Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 8 • Profilaxia • Isolamento absoluto • Condicionamento ácido 15” • Lavar abundantemente e secar • Aplicar selante resinoso (fluroshield®) • Fotoativar por 20” • Verificar integridade, bolhas e retenção • Aplicação de flúor gel neutro ou verniz com flúor • Checar oclusão. • Profilaxia feita com predra pomes e água, depois que realizar a profilaxia temos que lavar abundantemente com água. • A marca mais utilizada de selante é o fluorshield. • Com o aplicador de hidróxido de cálcio levamos o selante ao dente do paciente e vamos de mesial para distal. Sem ficar colocando e tirando para evitar bolhas. • Não colocar muito selante para não ter que desgastar no ajuste oclusal à evita perda de esmalte pelos rotatórios. • Passo a passo: 1. Anestesia 2. Profilaxia com pedra pomes e água 3. Lavar o dente 4. Isolamento absoluto 5. Condicionamento ácido por 15 segundos 6. Larvar e secar 7. Aplicar o selante resino 8. Fotopolimerizar por 20 segundos 9. Verificar integridade, bolhas e retenção 10. Remover o isolamento absoluto 11. Ajuste oclusal (verificar contatos prematuros) 12. Aplicar flúor gel neutro. • Aplicamos o flúor em gel neutro pois como fazemos o condicionamento ácido, pegam cúspides onde não vai selante, desmineralizando essas áreas. Ao utilizar o flúor fazemos com que ocorra a remineralização. MICROABRASSÃO • Profilaxia • Proteção dos olhos • Proteção dos tecidos moles com vaselina sólida • Isolamento • Misturar pedra pomes com ácido fosfórico 37%, formando uma pasta • Aplicar na região com taça de borracha ou cunha de madeira por 30” • Enxaguar e reavaliar à se necessário aplicar novamente (máximo 10 vezes por sessão) • Após enxaguar à vernizcom flúor transparente. • A pasta não pode ficar muito líquida. • A pedra pomes precisa ser extrafina. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 9 • O ideal é trabalhas com isolamento absoluto, mas pode ser utilizado o relativo. LESÕES ATIVAS EM ESMALTE • Lesões iniciais. • Autocuidados caseiros. • IDCAS: © 1-A; © 2-A; © 3-A. • Foco paralisar lesões. • Tratamento profissional: © Aplicação de verniz com flúor: prevenção secundária à protocolo de remineralização. © Selamento com CIV alta viscosidade. PROTOCOLO DE REMINERALIZAÇÃO • Aplicação de verniz fluoretado uma vez por semana, durante 4 semanas. • Passo a passo: 1. Profilaxia 2. Lavagem com água 3. Isolamento relativo 4. Secagem 5. Aplicação do verniz fluoretado com microbrush 6. Gotejamento de água 7. Remoção do isolamento com cuidado. • Recomendações: © Ficar 1 hora sem beber; © 2 horas sem alimentos sólidos; © 12 horas sem escovar. • Temos que remover o biolfilme, que estará na porção cervical do dente. • Superfícies lisas. SELAMENTO COM CIV ALTA VISCOSIDADE • Na oclusal. • Não podemos errar nas medidas. • Toda vez que o paciente escovar temos a absorção do flúor que depois será liberado. • Temos que fazer 7 bolinhas de algodão. • Ao colocar o líquido a gota não pode ter bolha. • A primeira gota usamos como primer para limpar a superfície. • E a segunda é a gota plena. • Traz da distal para a mesial com o aplicador de hidróxido de cálcio. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 10 • Passo a passo: Técnica dos 7 pensos de algodão 1. profilaxia + isolamento relativo 2. condicionamento com ácido poliacrílico com bolinha de algodão, com a 1ª gota do líquido (bolha) 3. lavagem com 3 bolinhas de algodão umedecidas em água 4. secar com 3 bolinhas de algodão 5. colocar uma medida do pó e 2ª gota (sem bolha) no bloco de papel (de acordo com recomendações do fabricante) 6. aglutinação do pó ao líquido: dividir a medida do pó em duas partes e juntar a 1ª metade na gota de ácido e depois a 2ª com espátula plástica 7. inserção do CIV com espátula plástica 8. adaptação do CIV com pressão digital com luva vaselinada 9. remoção dos excessos + proteção superficial com vaselina sólida. 10. remoção do isolamento + checagem da oclusão com papel carbono. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 11 AULA 2 à FILOSOFIA DA MÍNIMA INTERVENÇÃO (PARTE 2) LESÕES ATIVAS EM ESMALTE LESÕES DE CÁRIE PROXIMAIS NÃO CAVITADAS (ICDAS 1 – 2) • Não conseguimos observar apenas pelo exame clínico. • Podemos tentar realizar um afastamento dental para observar a lesão de cárie presente. • Tratamento não operatório (ICDAS 1 e 2). • Dúvida de presença da cavitação: radiografia interproximal. • Presença de imagem radiolúcida em dentina à separação temporária até 48 horas. • Tratamento profissional: © Remineralização; © Controle periódico. • Pela radiografia interproximal conseguimos verificar se a lesão de cárie expandiu para a dentina ou se está restrita ao esmalte do dente. • Afastar para ter visão direta. • Separamos os dentes através de fios de ortodontia e observar melhor essa lesão. Se observamos que a lesão está inativa, voltamos aos cuidados caseiros, mantemos o controle periódico e controle da dieta. Se a lesão estiver ativa precisamos fazer protocolo de remineralizarão. • Temos que fazer a profilaxia na interproximal do dente para a remineralização com a taça de borracha não temos acesso. Para ter o acesso associamos a pedra pomes com água e com um fio dental levamos a região. • Evidência científicas: © Lesões iniciais em dentina à custo benefício versus preservação de tecido sadio. • Tratamento profissional: © Lixamento com tiras de lixa de aço + verniz fluoretado; © Aplicação de cariostático, selantes e infiltrantes (Icon); © Controle periódico. • Importante: © Explicar o porquê do tratamento; © Conscientizar: modificações de hábitos alimentes e controle do biofilme. • Quando a lesão que já formou uma pequena cavidade podemos lixar o dente com tiras de lixa de aço e associando com o verniz fluoretado. Lixamos para que se caso tenha uma microcavidade. Temos que verificar o quanto vamos desgastar de tecido sadio para chegar até o tecido cariado. • Com lixamento preservamos muito estrutura dental. • Outras opções de tratamento para essas microcavidades é aplicação de cariostático (paralisa a lesão de cárie, mas fica escurecido no local), aplicar selantes ou infiltrante. • Temos que conscientizar os pais que pelo menos 1 vez por dia o adulto passe o fio dental na criança, pois a criança não tem coordenação motora para utilizá-lo. • Temos que explicar para os pais da criança o motivo de realizar o tratamento minimamente invasivo, que irá preservar grande parte da estrutura dental da criança, gerará menos problemas no futuro. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 12 • Não podemos utilizar o verniz antes de colocar o CIV. • Sempre que tiver resina precisamos fotoativar. LESÕES DE CÁRIE EM DENTINA (ICDAS 4-A; 5-A; 6-A) • Lesões em dentina: © ICDAS 4 (sem dentina exposta): moderadas; © ICDAS 5 – 6 (dentina exposta): severas. • Ativas: © Progressão da lesão: controle da doença. © Forma e função do dente. • Inativas: © Forma e função do dente. • ICDAS 4 podemos ver na radiografia se essa lesão está abaixo da junção amelo-dentinária, lesão moderada (na camada externa da dentina), como também podemos ter um maior acometimento de dentina que é uma lesão severa. • Primeiro temos que ver a progressão dessa lesão de cárie, ou seja, se ela está ativa que evolui rapidamente ou inativa. • Se for uma lesão ativa temos que fazer controle de biofilme e da dieta, temos que arrumar o desequilíbrio do meio bucal. • Temos que observar o quando essa cárie prejudicou a forma e a função do dente. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 13 • Se a dentina estiver exposta numa ICDAS 5 com certeza temos que restituir a forma do dente, pois senão ele não assumirá a sua função. OPÇÕES DE TRATAMENTO ATIVAS EM DENTINA • ICDAS 4-A; 5-A e 6-A. • Foco paralisar lesões. • Tratamento profissional: © Selamento com CIV alta viscosidade ou modificado por resina; © Remoção seletiva + restauração com CIV; © Réplica oclusal. • Se estiver ativa, a primeira coisa que precisamos fazer é paralisar essa lesão. • O tipo de tratamento vai depender do comprometimento dessa lesão. SELAMENTO DE LESÕES DE CÁRIE EM DENTINA SEM EXPOSIÇÃO DE DENTINA • Lesão moderada. • ICDAS-4. • Lesões atingindo a junção amelodentinário (JAD): presença de microcavidades. • Confirmação: RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL. • Presença de imagem radiolúcida no esmalte atingindo a JAD. • Material restaurador de eleição = CIVRM. • Já temos a presença de microcavidades em dentina. • Para confirmar precisamos da radiografia interproximal. SELAMENTO OCLUSAL COM CIV MODIFICADO POR RESINA • Passo a passo: 1. Profilaxia; 2. Isolamento; 3. Condicionamento da superfície (+ fotoativação); 4. Manipulação do material; 5. Aplicação do material + fotoativação; 6. Proteção superficialdo material (+ fotoativação); 7. Remoção do isolamento; 8. Checagem da oclusão com papel carbono; 9. Se necessário: desgaste + proteção superficial. • Fazemos a profilaxia com a escovas de Robinson. • Podemos ou não fazer o isolamento. • Assim que realizamos a remoção do biofilme (profilaxia) quando utilizamos CIVRM temos que usar primer (condicionamento da superfície), e depois fotoativamos. • Com a aplicador de hidróxido de cálcio levamos o material até a superfície oclusal. • Também temos um finish gloss que é uma resina bem líquida que dá um bom vedamento marginal (proteção superficial do material). Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 14 • Toda vez que desgastamos diminuímos a resistência do ionômero e temos chances de degastar o esmalte do dente. • Paciente enquadrado em um programa preventivo. SELANTE RESINOSO • Passo a passo: 1. Anestesia; 2. Profilaxia; 3. Isolamento absoluto; 4. Condicionamento ácido por 15 segundos; 5. Lavar abundantemente e secar; 6. Aplicar selante resinoso (fluorshield) e fotoativar por 20 segundos; 7. Verificar integridade, bolhas e retenção; 8. Aplicação de flúor em gel neutro ou verniz com flúor; 9. Checar a oclusão. • Controle periódico. • Vem num tubo pronto. • Superfície oclusal = escova de Robinson. • Levamos o selante com o aplicador de hidróxido de cálcio. • Não podemos ficar levantando o aplicador de hidróxido de cálcio para não formar bolhas. • Verificamos a integridade do selante com o explorador à tentamos remover o selante com o explorador se sair quer dizer que estava com problemas e precisamos refazer. • Só depois de verificar a integridade do selante iremos remover o isolamento absoluto. • Temos que proteger a superfície oclusal com flúor neutro è protegerá os locais que o ácido atingiu e desmineralizou o dente. Forma de remineralizar a superfície que o ácido esbarrou. REMOÇÃO SELETIVA DE CÁRIE • A remoção seletiva de cárie em termo de filosofia minimamente invasiva é o melhor tratamento para preservação de estrutura dentária sadia. • Mantemos uma camada de dentina afetiva, e já será o tratamento definitivo. • Finalidade: Evitar exposição pulpar. • Remoção total da dentina cariada: © Brocas de carbide ou aço (diâmetro compatível com lesão) em baixa rotação. © Paredes circundantes. © Junção amelodentinária. • Fazemos a remoção total da dentina cariada nas paredes circundante e na junção amelodentinária. • Para fazer essa remoção usamos a brocas de carbide ou de aço em baixa rotação. • A remoção também pode ser realizada com cureta de dentina. • Remoção seletiva nas paredes pulpar e/ou axial. • Dentina afetada: em lascas. • Com instrumentos cortantes manuais (curetas de dentina). Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 15 • Temos que realizar a remoção total de dentina cariada nas paredes circundantes para termos um bom vedamento marginal. • Para fazer a remoção seletiva de tecido cariado precisamos usar curetas de dentina / instrumentos cortantes manuais. • Removemos a dentina infectada, que perdeu a matriz de colágeno e não pode ser remineralizada. • Depois que removemos toda a dentina infectada, chegamos na dentina afetada. Que é uma dentina mais dura, com matriz de colágeno que tem capacidade de remineralizar. PROVA VAI CAIR A REMOÇÃO TOTAL E SELETIVA DE CÁRIE. MUITO IMPORTANTE. • Dentina infectada: © Amolecida; © Matriz de colágeno destruída; © Sem capacidade de remineralização. • Dentina afetada: © Dentina que sai em lascas, é mais dura; © Matriz colágenas em condições de remineralizar. • Depois de remover a cárie fechamos o dente com CIVRM. RESTAURAÇÕES ADESIVAS CONSERVADORAS: TÉCNICA DA MÍNIMA INTERVENÇÃO • Vantagens: © Conservação da estrutura dental sadia, estética, diminuição de infiltração marginal e de recidiva de cárie. • Restauração preventiva ou restauração selante: © Condicionamento ácido + resina composta + selantes de fossas fissuras. • Resina composta + selantes de fossas e fissuras. • CIV de alta viscosidade ou CIVRM è molares decíduos. • As restaurações adesivas conservadoras são chamadas de restauração preventiva ou restauração selante. • Fazemos a remoção seletiva do tecido cariado, depois fazemos o condicionamento ácido em toda a superfície oclusal, onde temos cavidades em dentina preenchemos com resina compostas e depois colocamos selante em fossas e fissuras. • Podemos ter mais de um ponto de cárie na superfície oclusal. • Em molares decíduos usamos CIV de alta viscosidade ou CIVRM. • Passo a passo: 1. Profilaxia; 2. Remoção seletiva em diferentes pontos de dentina; 3. Condicionamento ácido; 4. Lavamos e secamos para receber o material restaurador; 5. Sistema adesivo; 6. Fotopolimerizamos; 7. Resinas nos pontos que foram criados; 8. Fotopolimerizamos; Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 16 9. Depois que a resina estiver na altura da superfície oclusal, realizamos o selante por cima de tudo. • Selantes em todas as fossas, fissura e restaurações. • Passo a passo: 1. Anestesia 2. Profilaxia 3. Isolamento absoluto 4. Remoção total da dentina infectada em todas as paredes circundantes, com atenção para a junção amelodentinária; 5. Remoção seletiva até dentina afetada na parede pulpar / ou axial (quando há risco de exposição pulpar) 6. Proteção do complexo dentino pulpar se necessário 7. Condicionamento ácido da superfície 8. Lavagem e secagem 9. Aplicação do sistema adesivo 10. Fotoativação 11. Colocação da resina composta (técnica incremental) + fotoativação 12. Aplicação e polimerização do selante 13. Checagem da retenção / bolhas 14. Remoção do isolamento 15. Checagem da oclusão com papel carbono • Controle periódico. LESÕES DE CÁRIE PROXIMAIS EM DENTINA (IDCAS 5 E 6) • Avaliar: © Profundidade e a extensão da lesão; © Presença clínica de cavidade; © Integridade da crista marginal. • Lesões cariosas cavitadas proximais com integridade proximal è Técnicas menos invasivas para preservar e reforçar a crista marginal (preparo tipo túnel). • Lesões cariosas cavitadas proximais com comprometimento da crista marginal è remoção seletiva da dentina cariada + material restaurador adesivo. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 17 • Nesta imagem observamos que um dente decíduo exfoliou, assim é possível observar uma cavidade de lesão de cárie na proximal do dente e uma mancha branca ativa de cárie. Para realizar o tratamento realizamos a remoção seletiva de cárie, fechamos a cavidade com CIVRM e remineralizamos a mancha branca. • Neste caso não temos o dente vizinho, o que facilitou a realização da restauração. • Diagnóstico clínico: lesão de cárie em dentina 84 (OD). • Imagem radiolúcida sugestiva de lesão de cárie: disto-oclusal 84. Mesial 85. • PROTEGER O DENTE VIZINHO COM UMA MATRIZ DE AÇO NA HORA DE REMOVER TECIDO CARIADO. • Passo a passo do tratamento realizado: 1. Anestesia; 2. Isolamento absoluto do quadrante; 3. Matriz de aço para proteção do dente vizinho; 4. Remoção total de cárie nas paredes circundantes com brocas compatíveis com a lesão de cárie; 5. Remoção seletiva do tecido cariado nas paredes pulpares e axiais; 6. Condicionamento ácido (deixar a matriz para proteção); 7. Sistema adesivo (deixar a matriz para proteção); 8. Fechamentoda cavidade colocando cunha. LESÕES ATIVAS EM DENTINA: SUPERFÍCIE OCLUSAL Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 18 TÉCNICA DA RÉPLICA OCLUSAL • Características de progressão da lesão de cárie oclusal: em profundidade. • Nesta radiografia temos a progressão em profundidade. • Comprometimento extenso em dentina, sem rompimento da camada externa do esmalte: lesão de cárie oculta. • A ideia é moldar o dente antes de abrir a superfície oclusal com um material resinoso. • Passo a passo: 1. Moldagem prévia da superfície oclusal: anatomia original com material restaurador provisório fotopolimerizável (Bioplic); 2. Realizar a restauração pela técnica incremental; 3. Colocar o último incremento de resina e sobre este o molde vaselinado em posição; 4. Com essa técnica as etapas de escultura, acabamento e ajuste oclusal são simplificadas. • Vaselizamos a superfície oclusal, fazemos um molde com resina, marcamos onde é a vestibular do dente, e guardamos a réplica. • No último incremento de resina não fotopolimerizamos, vazelizamos o molde e encaixamos a réplica na superfície oclusal, removendo o excesso de resina e só depois disso fotopolimerizamos. • Realizar a remoção do tecido cariado de forma seletiva nas paredes pulpar e axial. DENTES DECÍDUOS ANTERIORES • Tratamento estético. • Uso de materiais restauradores adesivos com componente estético: © Resinas compostas; © CIV modificados por resina. • Decisão do material selecionado e resultado final da restauração: © Comportamento da criança; © Controle da umidade; © Quantidade e qualidade de estrutura dentária remanescente; © Exigência estéticas dos pais. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 19 • Temos que explicar os pós e os contras para os pais. • E com muita destruição dentária, não é possível colocar CIV. • Quando mechemos em dentes anteriores precisamos realizar um bisel, para dar um acabamento gradual entre e restauração è não observar a margem. • Quando temos uma mancha branca ativa em dentes anteriores realizamos o protocolo de remineralização. • Se tiver com lesões de cárie em dentina devemos partir para a remoção seletiva. • Sempre temos que realizar primeiro a adequação do meio bucal com CIV (possui a propriedade de liberação de flúor). Para depois partir para a fase restauradora com resina composta. OUTRAS TÉCNICAS RESTAURADORAS PARA DENTES DECÍDUOS TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO (ART) • Técnica minimamente invasiva. • Dispensa anestesia. • Acesso às lesões com instrumentos manuais para remoção do tecido amolecido e totalmente desmineralizado. • Restauração com material adesivo: CIV de alta viscosidade. • É uma filosofia de tratamento. • Estratégia menos traumática sem uso de anestesia e brocas. • Indicações: © Lesões cariosas em dentina, sem alteração pulpar irreversível ou necrose pulpar; © Pacientes com necessidades especiais; © Atendimento de bebês, crianças sem adaptação comportamento e / ou cárie de acometimento precoce; © Idosos em casas de repouso; © Crianças dentro das próprias escolas, entre outras. • Composto pelas fases: © Educativa; © Preventiva; © Restauradora; © Aplicadas simultaneamente. • Nunca como medida isolada. • Associado a medidas preventivas e controle da dor. • Fases educativas e preventiva: sempre retomadas pelo dentista e pessoal auxiliar. • Sempre associar medidas preventivas e educativa. • Preventiva: trabalhar com o paciente, ver como o paciente escova. TÉCNICA DE HALL • Alternativa para molares decíduos com: Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 20 © Grandes destruições coronárias; © Envolvimento de superfícies proximais. • Uso de coroas de aço pré-fabricadas. • Coroas cimentadas: © Sobre o tecido cariado; © Anestesia local; © Sem remoção do tecido cariado ou preparo do dente. • Ainda não temos aqui no Brasil. • Coloca no dente sem fazer nenhum desgaste, colocadas sobre o tecido cariado. CONSIDERAÇÕES • Diagnóstico do risco: fundamental. • Adequação do meio bucal e modificação dos hábitos. • Paciente enquadrado em programa preventivo. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 21 AULA 3 à HUMANIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL NA CLÍNICA INFANTIL • Para ter uma comunicação precisamos ter um receptor e um emissor. • Transmitimos alguma informação para outra pessoa. • Com a pandemia por conta dos EPIs necessários dificultou muito a comunicação. • Comunicação essencial nas relações humanas. • Linguagem acessível / simples para não gerar desconforto na criança. NO CONSULTÓRIO – ATENDIMENTO • Se você fosse paciente, como seria o dentista ideal para você? • Quando chegamos em um ambiente desconhecido temos ansiedade. • E ser atendido por alunos... Como será que pais e crianças pensam? Medo? Ansiedade? • Não podemos demostrar meda e ansiedade à a criança percebe e atrapalhará o atendimento. • Não podemos deixar a criança sem supervisão. • Quando eu vou cuidar de alguém precisamos mostrar que nos importando, não podemos observar apenas a patologia. • Quanto mais compreensão do dentista, melhor será o tratamento do paciente. • Depositando confiança para resolver um problema. • Temos que acalmar o paciente para resolver o problema. • Pacientes apresenta: © Medo; © Traumas; © Ansiedade; © Expectativa. • Convencer o paciente com o nosso conhecimento à existe uma forma de abordagem. • Conversar, olhar e ouvir o paciente. • A criança não tem maturidade para explicar o que ela está sentindo, muitas vezes ela fechará a boca ou chorará. • Nos policiar na linguagem para não aumentar a ansiedade. • O dentista precisa ser eficiente e atencioso è melhores resultados. • Conclusões do estudo: © Pacientes se sentem seguros no atendimento; © Dentista ideal: conhecimento técnico e atitude acolhedora com o paciente; © Sem preferência por gênero; © A ansiedade odontológica é um fator importante. ATENDIMENTO HUMANIZADO • O que é humanização? • O paciente infantil pode carregar a carga negativa por muito tempo è carrega o trauma. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 22 • Tratar o outro com atenção, empatia. • Mostrar que você se importa. • Só a técnica não importa. • Temos que olhar o paciente como um todo. COMUNICAÇÃO • Envolve somente palavras? • Não envolve somente palavras, temos a comunicação verbal e não verbal. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL • Comunicação realizada com o corpo. • Sem uso da palavra falada ou escrita. • Exemplos: © Gestos; © Postura; © Contato visual. • O paciente percebe se estamos ansiosos pela nossa expressão facial. Observa postura e o olhar. • Situação negativa à nós fechamos. • Situação positiva à nós abrimos / percebemos leveza. TIPOS • Aparência física: © 1ª impressão, roupa, aparência. • Proxêmica: © Distância entre você e o outro demonstra a natureza do relacionamento. © Exemplo: dinâmica de grupo. • Paralinguagem: © Tom de voz ou gestos realizados com a boca; © Exemplo: bocejo, risada. • Unhas sujas, roupas desgastadas, mal nutridas .... podem falar muito do paciente. • Toque: © Essencial para transmitir segurança. • Existem sinais que mostram medo, dor,etc. • A criança não consegue expressar seus sentimentos de forma adequada. • Criança aceita muito bem regras / rotinas. • Contato visual: © Expressões transmitidas com os olhos. • Sorriso por trás dos olhos à mudança pós pandemia à colocar imagem do médico / dentista no avental de TNT da pessoa sorrindo para reconhecer. • Cinésica: Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 23 © Linguagem corporal. © Exemplos: ∞ Expressões faciais; ∞ Movimentos da cabeça; ∞ Postura. • Cuidado com a mímica facial. RELAÇÃO PROFISSIONAL-PACIENTE • Como tratar a criança? • Em debate: © Como condicionar o paciente com o uso dos EPIs recomendados? © Que estratégias você usaria? © Você acredita que a criança tenha medo desses trajes? • As crianças em geral não acham estranho essa paramentação, se tornou uma realidade para elas. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 24 AULA 4 à ANESTESIA NA CLÍNICA INFANTIL • A anestesia é um procedimento que causa muito medo tanto no aluno quanto no paciente. TRATAMENTO ODONTOLÓGICO • Componente psicológico è dor: © Medo; © Ansiedade; © Desconforto; © Pânico. • O estigma remonta de muito tempo. • O próprio contexto gera o desconforto. • Muitas crianças não sabem o que esperar do atendimento à como o dentista temos que moldar a paciente para não ficar traumatizada. • Falar à mostrar à fazer. ANESTÉTICOS LOCAIS • Fármacos. • Bloqueio reversível. • Sensação dolorosa: perda ou diminuição. • Não altera a consciência. • Definição: fármacos que promovem o bloqueio reversível do impulso nervoso, com perda ou diminuição da sensação dolorosa, sem que ocorra a perda da consciência. • Promovem o bloqueio reversível. • O paciente fica acordado e consciente durante o paciente. • Sal anestésico: © Amida: ∞ Mais eficaz; ∞ Menor potencial alergênico. © Éster: ∞ Maior potencial alergênico. • Temos um anel aromático que é composto por uma parte lipofílica à permitem que os anestésicos penetrem nos tecidos que de ocorra a difusão desses anestésicos. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 25 • Cadeia intermediária que determinaremos o tipo de anestésico éster ou amida. • Porção hidrofílica à importante para a difusão do anestésico nos fluídos até a fibra nervosa. • Normalmente trabalhamos com anestésicos do tipo amida. ANESTESIA EM CRIANÇAS ADULTOS X CRIANÇAS • Condicionamento: fundamental. • Evitar expressões faciais è medo. • Nunca mostrar a seringa com agulha. • Crianças precisam de condicionamento antes da anestesia ser realizada. • Dentista deve estar preparado para não demonstrar ansiedade e expressões faciais que gerem medo. • NUNCA mostrar a agulha para a criança. • Não usar estas palavras: © Dor; © Sangue; © Agulha; © Picada. • Conversar durante toda a aplicação: distrair a atenção. • Sempre usar agulha curta. • Mostra que é uma situação tranquila, demonstrar para o paciente que estamos lá para ajudá-lo. • Aparência calma. • Prestar muita atenção no que será falado. • Palavras condizentes com a idade da criança. • Durante a aplicação do fármaco temos que conversar com a criança sobre o tempo todo à para desviar a atenção do paciente. CONDICIONAMENTO • Anamnese: © Reações anteriores; © 1ª anestesia: sensação; © Linguagem compatível. • Sensação anestésica. • Imagem negativa. • Ter um espelho para a criança consiga se olhar. • Deixar a criança sempre tranquila. • Explicar o que irá acontecer durante o procedimento. • A anestesia dá uma sensação inchaço pode deixar a criança preocupada à utilizar o espelho. • Apoio das mãos à restringir campo visual. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 26 ANESTÉSICOS LOCAIS MAIS UTILIZADOS • Lidocaína 2%: odontopediatria. • Prilocaína 3%. • Mepivacaína 2%. • Articaína 4%. • Pacientes asmático: © Podem ter alergia à lidocaína; © Substituído: prilocaína. ADMINISTRAÇÃO E DOSAGEM • Menor volume para anestesia adequada. • Injetar lentamente: - dor. • Dose máxima permitida: calculada individualmente (peso). • Usar o menor volume possível à 1 tubete de anestésico, com uma boa técnica. CÁLCULO DA DOSAGEM • Parâmetros: © Concentração do anestésico; © Doses máximas recomendadas; © Peso corporal. • Concentração do anestésico: © Solução anestésica a 2%; © 2 gramas de sal em 100 ml de solução; © Mas a unidade de medida usada é mg; © 100 mL à 2 g ou 2.000 mg; © 1 mL à 20 mg/mL. • Cada tubete anestésico: 1,8 ml. • Lidocaína a 2% à contém 20 mg/mL do sal. • Quanto de sal tem nesse tubete? © 20 mg/mL X 1,8 = 36 mg de lidocaína na concentração de 2%. • Dosagem máxima: • Exemplo: Criança pesando 30 kg. Lidocaína 2% com vasoconstritor. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 27 © 20 mg/mL do sal; © 1 tubete (1,8 mL); © 20 X 1,8 = 36 mg/mL; © Dose máxima: 4,4 mg/kg. • Sempre arredondar para menos. INDICAÇÕES • Todos os procedimentos relacionados a dor. • A partir do momento que a criança sentirá dor, ela não deixará mais atender. CONTRAINDICAÇÕES • Alergia. • Disfunção renal e hepática. • Solicitar orientação médica sobre como proceder. TÉCNICAS ANESTÉSICAS EM CRIANÇAS ASPECTONOS ANATÔMICOS • Saber o que queremos bloquear, para não ter sensibilidade dolorosa, para não perder o condicionamento. • Onde iremos trabalhar e saber o que vamos anestesiar. ANESTESIA TÓPICA • Deve ser utilizada antes de todas as anestesias com uso de agulha. • Sempre indicada. • Técnica: © Secar mucosa; © Rolete com anestésico; © Manter por 3 minutos; © Sugador. • Aspecto final: rugoso. • Sempre a primeira técnica a ser utilizada antes de colocar uma agulha, mesmo antes de fazer cirurgia. • Tira uma sensação muito boa da agulha à sente apenas um toque, mas não a perfuração. • Nos três minutos ir conversando com a criança para o tempo passar. • Sugador ligado para não dissolver o anestésico tópico na saliva e outras regiões ficarem com sensibilidade alterada. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 28 • Não podemos lavar depois. ANESTESIA INFILTRATIVA • Indicação: © Dentes superiores; © Anteriores inferiores. • Técnica: © Local de puntura; © Injetar lentamente. • Puntura em fundo de saco próxima ao ápice do dente a ser anestesiado. Tracionar o lábio de encontro à agulha no momento da punção com cuidado. • Injetar lentamente. • Depois da puntura não devemos injetar, temos que observar o paciente. ANESTESIA INTERPAPILAR • Objetivo à mucosa palatina. • Técnica: © Após infiltrativa; © Puntura: perpendicular. • Objetivo: realizar o bloqueio inicial da região palatina. • Técnica: deve ser realizada após a anestesia infiltrativa no arco superior, puntura perpendicular ao rebordo. ANESTESIA PALATINA • Objetivo: região palatina. • Técnica: © Após intrapapilar; © Região anestesia previamente. • Evitar a puntura diretamente no forame. BLOQUEIO REGIONAL à PTERIGOMANDIBULAR • Indicação: © Molares decíduos; © Dentes permanentes: pré-molares e molares. • Nunca começar o condicionamentocom a técnica ptrigomandibular. Fazer primeiro no arco superior nos molares decíduos. DIFERENÇAS ANATÔMCAS • Adulto X criança. • Ramo ascendente + curto. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 29 • Ângulo goníaco + aberto. • Forame mandibular abaixo plano oclusal (1º molar permanente). • Modificação: inclinação da agulha. • Quando já temos o primeiro molar permanente o forame mandibular fica na altura do plano oclusal. • Quando não temos o primeiro molar permanente o forame mandibular fica abaixo do plano oclusal. • Por isso temos que inclinar a agulha à 45º no segundo tempo operatório da técnica pterigomandibular para depositar o líquido mais próximo do forame mandibular. PROVA!!!! • Técnica à Método indireto © Palpação: ∞ Linha oblíqua externa; ∞ Fossa retromolar; ∞ Puntura da agulha; © Injetar até metade do anestésico. Entrar com a agulha até a metade. © Tracionar seringa para lado oposto: ∞ Com 1º molar permanente à posicionar a agulha entre canino e molar déciduo (próximo do batoque da agulha), no plano oclusal; ∞ Sem 1º molar permanente à agulha a 45º em relação ao plano oclusal, em relação ao forame mandibular. ∞ Injetar 2/3 restantes. • A palpação é importante para saber a espessura da bochecha do paciente. E observar a formação da fossa retromolar. • Palpar a linha oblíqua externa e deslizar o dedo indicador até a fossa retromolar. • Puntura da agulha: a agulha deve ser direcionada pelo meio do dedo indicador, meio da unha, até encontrar o ponto de puntura na fossa retromolar. Administrar 1/3 do tubete. Sem tirar a agulha, girar a carpule para o lado oposto, posicionada entre canino e 1º molar decíduo. • Complementação à Nervo Bucal: © Quando for necessário! © Técnica: ∞ Fundo de saco vestibular, próximo ao 2º molar decíduo; ∞ Bloqueio: gengiva V – molares. ACIDENTES E COMPLICAÇÕES • Úlcera traumática: © Mais frequente nas crianças; © Avisar pais e responsáveis sobre os cuidados após a anestesia. • Hematomas. • Dor no local: © Devido a várias punturas; © Caprichar na técnica. Odontopediatria Mariana Belan RA:D8581B1 T61 FOUNIP 30 • Trismo à dificuldade em abrir a boca. • Paralisia facial. • Parestesia à perda da sensibilidade local. • Lipotímia à perda da consciência devido à vasodilatação periférica à posição de Trendelenburg.
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