Buscar

Uterotônicos e Uterolíticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UTErotônicos e Uterolíticos 
Uterotônicos 
▪ Causam contração uterina; 
▪ Prevenção e tratamento de hemorragia pós-parto; 
▪ Promovem contrações em casos em que 
geralmente existe atonia uterina; 
HPP: perda de pelo menos 500mL de sangue nas 
primeiras 24h pós-parto; 
− Uma das principais causas de mortalidade 
materna; 
− Recomendação como profilaxia → redução dos 
óbitos materno-fetais 
− Hemorragia puerperal: 5% dos casos (destes, 70% 
é por atonia uterina) 
Causas: 
▪ TP prolongado; 
▪ Acretismo placentário; 
▪ Múltipla gestação; 
▪ Pré-eclâmpsia; 
▪ Feto grande; 
▪ Histórico de hemorragia em parto anterior; 
TERCEIRO PERÍODO DO PARTO 
▪ Período desde o nascimento do bebê até a 
▪ Dequitação placentária 
Manejos clínicos: 
 Tração controlada do cordão 
 Massagem uterina 
 Uso de drogas uterotônicas 
INDICAÇÕES 
▪ Indução da contração uterina ou aumentar sua 
tonicidade 
▪ Prevenção e tratamento de hemorragias puerperal 
▪ Iniciar a atividade uterina para indução ou término 
do trabalho de parto 
▪ Aumentar a velocidade TP de progresso lento 
▪ Agilizar a expulsão da placenta → prevenir 
hemorragia 
FÁRMACOS 
- MISOPROSTOL: 
▪ Análogo da prostaglandina E1: atua amadurecendo 
o colo do útero e aumentando as contrações no 
trabalho de parto. 
▪ Aumenta o risco de hiperestimulação uterina, esse 
motivo faz com que o misoprostol não seja a 
primeira linha de escolha médica 
Ação análoga: PGF2α e PGE 
▪ Apresenta-se na forma de comprimidos de 25, 100 
e 200 mcg, podendo ser administrado por via oral, 
sublingual, retal ou vaginal 
Efeitos adversos: 
▪ Diarreia 
▪ Náusea 
▪ Vômitos e dor abdominal 
▪ Risco de hemorragias em caso de uso irracional 
- ERGOMETRINA: 
▪ Alcaloide indólico obtido do Secale cornutum 
(esporão de centeio) que promove um significativo 
aumento da atividade motora do útero. 
▪ Atua estimulando os receptores alfa adrenérgicos 
e de serotonina do miométrio 
▪ Promove a inibição de libertação de fator de 
relaxamento derivado do endotélio. 
Apresentação: comprimidos de 0,2 mg via oral (VO) e 
ampolas de 0,2 mg/mL intramuscular (IM) e 
intravenosa (IV) 
Administrada após o parto: seu uso pode acarretar 
aprisionamento da placenta; 
Complicações: pode ter elevação da pressão arterial; 
Contraindicações: Devido ao seu potencial de 
vasoconstrição, o uso concomitante com outras drogas 
vasoconstritoras deve ser monitorado ou evitado 
- OCITOCINA: 
Ocitocina 
Principal fármaco recomendado pela OMS para 
prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto. 
Outros uterotônicos injetáveis ou o misoprostol são 
uma alternativa na falta deste 
Mecanismo de ação: age nos receptores de ocitocina 
estimulando a musculatura lisa do útero de forma que 
as contrações são semelhantes às observadas durante 
o trabalho de parto, de forma coordenada e regular 
Indicações: Utilizada em vários cenários clínicos como 
indução do trabalho de parto, durante a cesárea e após 
para prevenção e tratamento de atonia uterina 
Disponíveis na forma de ampolas com 5 UI/mL, 
podendo ser administrada IM ou IV 
Efeitos adversos em altas doses: hipotensão, 
sofrimento e morte fetal 
Uterolíticos 
Tocólise: Permitem abolir as contrações uterinas por 
algum tempo, o suficiente para a realização da 
corticoterapia antenatal e/ou para o transporte seguro 
da gestante para outro serviço; 
A escolha do uterolítico deve ser baseada 
principalmente em sua eficácia e segurança; 
REQUISITOS: 
 Período de latência do trabalho de parto: dilatação 
cervical < 3cm 
 Esvaecimento do colo não pronunciado 
 IG: 22-34 semanas 
 Ausência de contraindicações na gestação 
TPP: trabalho de parto prematuro 
▪ 75% dos nascimentos antes de 37 semanas; 
▪ Prevenção durante pré-natal: poucas vezes é 
possível; 
▪ Etiologia multifatorial; 
CONTRAINDICAÇÕES 
▪ Morte fetal; 
▪ Sofrimento fetal; 
▪ Malformações fetais; 
▪ Restrição de crescimento fetal; 
▪ Rotura da bolsa das águas; 
▪ Infecção amniótica; 
▪ DPP; 
▪ Síndromes hipertensivas; 
▪ Diabetes insulino-dependentes; 
▪ Cardiopatias; 
▪ Hipertireoidismo não compensado; 
▪ Placenta prévia; 
▪ Anemia falciforme; 
BENEFÍCIOS 
▪ Adiamento o parto por pelo menos 48 horas: 
possível a realização da corticoterapia antenatal 
Redução do risco de complicações neonatais: 
 Síndrome do desconforto respiratório (SDR) 
 Hemorragia cerebral 
 Enterocolite necrosante e morte neonatal 
 
Permite uma eventual transferência da gestante para 
outro serviço hospitalar com melhores condições de 
atendimentos a prematuros. 
HIDRATAÇÃO 
Estudos randomizados: hidratação não reduz a taxa de 
partos prematuros. 
Casos em que as contrações uterinas e alterações 
cervicais são pouco pronunciadas e há dúvida quanto 
ao diagnóstico do TPP 
Pode-se infundir por via IV soro fisiológico e glicosado 
a 5%, em partes iguais, num total de mL. 
Se após uma hora persistirem as contrações uterinas, a 
terapêutica medicamentosa é introduzida. 
FÁRMACOS 
Duas drogas exclusivas para o uso: ritodrina; atosiban; 
Demais medicamentos passaram por adaptação para 
tocólise; 
AGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS 
- RITODRINA 
Agonista beta-adrenérgico; 
Age nos receptores beta-1 do coração e intestino e 
beta-2 do miométrio, vasos e bronquíolos; 
Atravessa placenta e pode gerar efeitos adversos no 
feto: hipoglicemia, hipotensão e taquicardia; 
- ISOXSUPRINA 
Ação predominantemente em receptores beta-1 
(coração e intestinos) 
Mais efeitos adversos cardiovasculares e, portanto, 
deve ser evitada 
Preferência: drogas de efeito predominantemente 
beta-2 (com ação em miométrio, vasos sanguíneos e 
bronquíolos) 
Ex: Terbutalina, Salbutamol e a Ritodrina 
Efeitos adversos no feto: atravessam placenta 
RN → Taquicardia, hiperinsulinismo, hipoglicemia, 
hipocalemia e hipotensão arterial 
BLOQUEADORES DE CANAL DE CA2+ 
inibem a entrada do cálcio extracelular através da 
membrana citoplasmática 
Impedem a liberação do cálcio intracelular do retículo 
sarcoplasmático e aumentam a saída do cálcio da 
célula miometrial 
Estudos comparativos com outras drogas: 
interpretação com cautela → dados conflitantes 
*Nifedipina 
ANTAGONISTA DO RECEPTOR DE OCITOCINA 
- ATOSIBAN 
Antagonista do receptor de ocitocina; 
Muito usado na europa; 
Estudos comparativos: tão eficaz quanto a ritodrina, o 
salbutamol e a terbutalina para inibir o TPP 
Mais seguro e mais bem tolerado do que os agonistas 
beta-adrenérgicos; 
Competição negativa por receptores de ocitocina 
(compete com ocitocina pelos receptores) 
OUTRAS DROGAS: 
 Sulfato de magnésio: não possui estudos exatos 
sobre sua ação nas contrações (possibilidade de 
competição com cálcio – impedindo sua entrada 
pela membrana) 
Pode gerar Hipermagnesemia: Náuseas, vômitos, 
cefaleia, distúrbios visuais, letargia, fraqueza muscular, 
diminuição de reflexos, hipotensão arterial, 
palpitações e depressão respiratória 
O magnésio atravessa facilmente a barreira placentária 
e a hipermagnesemia pode causar hiporreatividade e 
hipotonia fetal 
A gestante deve ser cuidadosamente monitorada em 
relação à diurese, frequência respiratória e reflexos 
patelares 
Além disso, deve-se avaliar a magnesemia materna a 
cada seis horas 
 Inibidores de óxido nítrico; 
Precisam de mais estudos sobre sua eficácia e efeitos 
adversos; 
 Inibidores de prostaglandinas: 
Indometacina – é eficaz para evitar o parto em 48 horas 
embora os resultados não tenham sido significativos 
Efeitos adversos maternos: Náuseas, vômitos e 
disfunção plaquetária 
Efeitos adversos fetais: Oligoâmnio e o fechamento 
precoce do ducto arterioso, principalmente quando a 
droga é utilizada após a 32ª semana 
Efeitos associadas à indometacina: enterocolite 
necrosante, leucomalácia e hemorragia 
intraventricular. 
REFERÊNCIAS 
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Z3WdTRq8kgV9PK6pHt4xB
HR/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Os%20uterol%C3%ADtic
os%20dispon%C3%ADveis%20na%20atualidade,em%20sua
%20efic%C3%A1cia%20e%20seguran%C3%A7a 
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/protocolos_obstetricia_s
esa_ce_2014_.pdf 
Aula – UNIRV 
 
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Z3WdTRq8kgV9PK6pHt4xBHR/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Os%20uterol%C3%ADticos%20dispon%C3%ADveis%20na%20atualidade,em%20sua%20efic%C3%A1cia%20e%20seguran%C3%A7a
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Z3WdTRq8kgV9PK6pHt4xBHR/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Os%20uterol%C3%ADticos%20dispon%C3%ADveis%20na%20atualidade,em%20sua%20efic%C3%A1cia%20e%20seguran%C3%A7a
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Z3WdTRq8kgV9PK6pHt4xBHR/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Os%20uterol%C3%ADticos%20dispon%C3%ADveis%20na%20atualidade,em%20sua%20efic%C3%A1cia%20e%20seguran%C3%A7a
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Z3WdTRq8kgV9PK6pHt4xBHR/?format=pdf&lang=pt#:~:text=Os%20uterol%C3%ADticos%20dispon%C3%ADveis%20na%20atualidade,em%20sua%20efic%C3%A1cia%20e%20seguran%C3%A7a
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/protocolos_obstetricia_sesa_ce_2014_.pdf
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/protocolos_obstetricia_sesa_ce_2014_.pdf
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/protocolos_obstetricia_sesa_ce_2014_.pdf

Continue navegando