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3 2 Conforto térmicoFerramenta externa

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Conforto térmico
APRESENTAÇÃO
Entende-se como conforto térmico o estado de espírito que expressa satisfação com o meio 
ambiente em termos de arquitetura, umidade, circulação do ar e ventilação.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará o conforto térmico, compreenderá as formas de 
troca de calor e entenderá como a arquitetura pode oferecer condições térmicas compatíveis ao 
conforto térmico humano no interior dos edifícios, sejam quais forem as condições climáticas 
externas, por meio de boas decisões de projeto.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir conforto térmico.•
Reconhecer as formas de trocas de calor entre o homem, as edificações e o entorno.•
Identificar as formas de controle e equilíbrio que proporcionam conforto térmico.•
DESAFIO
Cada projeto de arquitetura é único. Somente o arquiteto, em seu processo de concepção é capaz 
de compreender a extensão do programa e as condicionantes do local de implantação. Com isso, 
a grande diferença na hora de propor um projeto que vise à adequada qualidade higrotérmica 
passa pela inserção do usuário desde o início do projeto, por meio da compreensão de seu perfil 
e antecipação de seus movimentos no espaço a ser projetado. A otimização deve ser pensada 
desde o princípio do projeto, quando há menos intervenientes no processo e, portanto, mais 
liberdade, e em função do entorno para uma correta aplicação da arquitetura – da implantação e 
do tratamento do entorno até o projeto dos sistemas de aberturas e esquadrias em relação aos 
ventos disponíveis.
Pensando nisso, os 5 passos de projeto, comuns a todos, seriam: definir perfil do usuário; 
identificar a vocação do local de intervenção; definir o tipo e intensidade de iluminação 
conforme a atividade; identificar o período do dia em que o local é habitado/ocupado; identificar 
as características locais referentes à umidade, ao ruído e à ventilação.
Para que você possa desenvolver o projeto pensando em todos esses fatores, quais seriam os 
critérios a serem considerados que respondam os seguintes questionamentos:
a) Com relação ao entorno, o que deve ser compreendido, definido, localizado e desenhado?
b) No que diz respeito ao microclima, o que deve ser compreendido e discriminado?
c) Como podem ser aplicadas as técnicas de eficiência energética?
INFOGRÁFICO
Os edifícios estão mal isolados termicamente, e isolar corretamente é uma questão crucial em 
termos energéticos, ambientais e também de conforto.
Veja, no infográfico a seguir, algumas medidas e alguns materiais que podem ser adotados para 
se obter maior conforto térmico.
CONTEÚDO DO LIVRO
Ao longo da história da humanidade, o homem teve a necessidade de regular a sua temperatura 
corporal para combater as variações existentes no meio exterior. A arquitetura deve servir ao 
homem e ao seu conforto, o que abrange o seu conforto térmico. Um edifício projetado para o 
clima no qual está inserido torna-se confortável, além de poupar energia.
No capítulo Conforto térmico, da obra conforto ambiental, serão abordadas as definições de 
conforto térmico humano, apresentando as formas de trocas de calor entre o homem, as 
edificações e o entorno, e elencando algumas formas de controle e equilíbrio entre o calor 
metabólico do ser humano e as perdas e/ou ganhos de calor do ambiente, a fim de contribuir 
com o melhor aproveitamento dos recursos naturais, diminuindo o uso de aparelhos eletrônicos.
Boa leitura.
CONFORTO 
AMBIENTAL
Gabriela Ferreira Mariano
Conforto térmico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir conforto térmico.
  Reconhecer as formas de trocas de calor entre o homem, as edificações 
e o entorno.
  Identificar as formas de controle e equilíbrio que proporcionam con-
forto térmico.
Introdução
Conforto térmico é um conceito que não pode ser definido com exatidão. 
A zona de conforto não é algo objetivo, pois varia conforme cada indivíduo 
e depende de fatores quantificáveis, como temperatura e umidade do 
ar, e não quantificáveis, como hábitos e estado mental.
O bem-estar, no contexto do conforto térmico, significa não sen-
tir calor nem frio. Quando as condições exteriores permitem que os 
mecanismos de regulação térmica de um indivíduo sejam reduzidos 
o máximo possível, ou seja, que o organismo esteja em equilíbrio com 
o meio envolvente, dizemos que o indivíduo está termicamente con-
fortável. Entretanto, sempre existem trocas térmicas entre o corpo 
humano e o meio.
Neste capítulo, você vai verificar a definição de conforto térmico, 
identificar as formas de trocas de calor entre o homem e seu entorno 
e vai explorar as formas de controle e equilíbrio que visam ao conforto 
térmico.
Introdução ao conforto térmico
O conforto ambiental é fruto do atendimento das necessidades orgânicas dos 
usuários — térmica, visual, acústica e de qualidade do ar —, por meio da com-
preensão do clima externo e das decisões arquitetônicas compatíveis, conforme 
conceituam Lamberts, Dutra e Pereira (2014). O desempenho das atividades 
no interior das edifi cações requer a observância aos padrões climáticos, de 
forma a propiciar condições favoráveis ao metabolismo dos indivíduos, sem 
prejuízo ao rendimento de suas atividades e à sua saúde.
É imprescindível também que as novas edificações não interfiram des-
favoravelmente nas condições climáticas do meio externo, devendo garantir 
o equilíbrio ambiental por meio da manutenção da qualidade do ambiente 
construído, da temperatura, da umidade do ar, do nível de ruído, da incidência 
solar, entre outros aspectos.
Segundo Frota e Schiffer (2007), a arquitetura deve servir ao homem e ao seu conforto, 
o que abrange o seu conforto térmico. O homem tem melhores condições de vida 
e de saúde quando seu organismo pode funcionar sem ser submetido à fadiga ou 
ao estresse, inclusive térmico. A arquitetura tem como uma de suas funções oferecer 
condições térmicas compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos edifícios, 
sejam quais forem as condições climáticas externas.
As principais variáveis climáticas do conforto térmico são temperatura, 
umidade e velocidade do ar e radiação solar incidente. Elas mantêm estreitas 
relações com o regime de chuvas, a vegetação, a permeabilidade do solo, as 
águas superficiais e subterrâneas, a topografia, entre outras características 
locais que podem ser alteradas pela presença humana.
O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa 
satisfação com o ambiente térmico do seu entorno. Ter conforto térmico sig-
nifica que uma pessoa, usando uma quantidade normal de roupas, não sente 
nem frio nem calor demais, conforme apontam Lamberts e Xavier (2008). 
Alguns fatores que determinam o conforto térmico:
  fatores pessoais (de saúde, psicologia, sociologia) e fatores situacionais;
  temperatura do ar;
  radiação térmica;
Conforto térmico2
  vento;
  roupas;
  nível de atividade.
Sendo o calor a forma mais comum de energia, é muito fácil produzi-lo. 
Existe uma tendência pela qual as diferentes formas de energia são convertidas 
naturalmente em calor; quando uma forma de energia é transformada em 
outra, parte dela se torna calor. O calor pode ser do tipo sensível ou latente, 
conforme apontam Frota e Schiffer (2007) e demonstra a Figura 1.
O calor sensível é aquele transferido entre duas porções de matéria com 
diferença de temperatura. É o calor perdido para o ambiente por meio das 
trocas secas. Ele pode ser transmitido por condução, convecção ou radiação. 
Cada forma de transmissão de calor apresenta seu próprio mecanismo.
O calor latente é a porção de energia necessária para mudar o estado 
físico da matéria, ou seja, mudar seu estado sólido, líquido ou gasoso. 
Ele é aquele envolvido em uma mudança de estado físico (de sólido para 
líquido, de líquido para vapor, de sólido para vapor, ou vice-versa), que 
ocorre à temperaturaconstante para as substâncias puras. É o calor perdido 
por meio de trocas úmidas. Sua importância para o conforto térmico é 
enorme, pois, assim como o suor sobre a pele ao evaporar vai aliviando a 
sensação de calor, uma roupa úmida, no corpo, vai secando e aumentando 
a sensação de frio.
Figura 1. Os tipos de calor e as suas trocas térmicas.
3Conforto térmico
A temperatura do corpo e, consequentemente, o conforto térmico são resultado da 
aplicação dos mecanismos de transferência de calor sensível e latente entre o indiví-
duo e o ambiente. Esse processo obedece às leis da física. Os parâmetros corporais 
(temperatura e taxa de transpiração da pele, roupa e atividade física) normalmente são 
inegociáveis. As variáveis climáticas nos são impostas; mas em um cenário limitado, por 
meio do ambiente construído, conseguimos modificá-las. Quatro variáveis resumem 
as influências do clima e da paisagem sobre o conforto térmico (COSTA, 2003): 
  temperatura do ar;
  velocidade do ar;
  umidade do ar;
  fontes de calor radiante direto ou refletido.
Formas de troca de calor entre o homem, 
as edificações e o entorno
As exigências humanas de conforto térmico estão relacionadas com o funcio-
namento de seu organismo, cujo mecanismo, complexo, pode ser, grosso modo, 
comparado a uma máquina térmica que produz calor durante a sua atividade. 
O homem precisa liberar calor em quantidade sufi ciente para que sua tempe-
ratura interna se mantenha na ordem de 37°C — a chamada homeotermia.
Quando as trocas de calor entre o corpo humano e o ambiente ocorrem 
sem maior esforço, a sensação do indivíduo é de conforto térmico, e a sua 
capacidade de trabalho, desse ponto de vista, é máxima. Se as condições 
térmicas ambientais causam sensação de frio ou de calor, é porque nosso 
organismo está perdendo mais calor ou menos calor do que o necessário 
para a homeotermia. Esta passa a ser alcançada com esforço adicional, que 
representa sobrecarga, com queda de rendimento no trabalho, até chegar ao 
limite, sob condições de rigor excepcionais, com perda total da capacidade 
de trabalho e/ou problemas de saúde.
O conhecimento do clima, dos mecanismos de trocas de calor e do com-
portamento térmico dos materiais permite uma intervenção consciente da 
arquitetura, incorporando os dados relativos ao meio ambiente externo. Assim, 
torna-se possível aproveitar o que o clima apresenta de agradável e amenizar 
seus aspectos negativos.
Conforto térmico4
O homem é um animal homeotérmico. Ou seja, seu organismo é mantido a uma 
temperatura interna sensivelmente constante. Essa temperatura é de 37°C, com limites 
muito estreitos — entre 36,1 e 37,2°C — sendo 32°C o limite inferior e 42°C o limite 
superior para sobrevivência, em estado de enfermidade.
O organismo dos homeotérmicos pode ser comparado a uma máquina térmica 
— sua energia é obtida por meio de fenômenos térmicos. A energia térmica pro-
duzida pelo organismo humano advém de reações químicas internas, sendo a 
mais importante a combinação do carbono — introduzido no organismo sob a 
forma de alimentos — ou do oxigênio, extraído do ar pela respiração. Esse processo 
de produção de energia interna a partir de elementos combustíveis orgânicos é 
denominado metabolismo.
A quantidade de calor liberada pelo organismo é função da atividade de-
senvolvida e dissipada por meio de mecanismos de trocas térmicas entre 
o corpo e o ambiente, que envolvem trocas secas — condução, convecção e 
radiação — e trocas úmidas — evaporação e condensação. Vejamos a seguir 
alguns conceitos relacionados às trocas térmicas.
Trocas térmicas
Trocas secas ou calor sensível: convecção, radiação e condução. As trocas 
térmicas secas são aquelas que envolvem variações de temperatura.
  Convecção — é a troca de calor entre dois corpos, sendo um deles um 
sólido e o outro um fluido (líquido ou gás). É o calor que viaja associado 
a porções da matéria, como o movimento da água nos tubos de um 
radiador ou do vento que atravessa um edifício. Ela pode ser natural 
ou forçada, sendo a convecção natural provocada pelas próprias dife-
renças de temperatura. Já a convecção forçada ocorre por algum fator 
externo, por exemplo, a água nos tubos, que se movimenta pela ação 
de uma bomba, ou o ar que circula propulsionado por um ventilador, 
conforme aponta Costa (2003).
5Conforto térmico
No caso, por exemplo, de um edifício bem ventilado, mesmo que o movimento do ar 
advenha de causas naturais, como o vento, o mecanismo de troca entre a superfície e 
o ar passa a ser considerado convecção forçada. Segundo Frota e Schiffer (2007, p. 32):
[...] quando o fluxo é ascendente, há coincidência do sentido do fluxo 
com o natural deslocamento ascendente das massas de ar aquecidas, 
enquanto no caso de fluxo descendente, o ar, aquecido pelo contato 
com a superfície, encontra nela mesma uma barreira para sua ascensão, 
dificultando a convecção — seu deslocamento e sua substituição por 
nova camada de ar à temperatura inferior à sua.
  Radiação — as trocas por radiação acontecem entre dois corpos que 
não se tocam e que apresentam temperaturas distintas. O fluxo de calor 
ocorre do mais quente para o menos quente, em função das propriedades 
óticas dos dois elementos, até que ambos estejam na mesma temperatura, 
conforme leciona Krause (2011).
  Condução — é a troca de calor entre dois corpos sólidos, ou mesmo entre 
partes do corpo que estejam a temperaturas diferentes e se tocam. A pro-
priedade fundamental de um material na transmissão de calor por condução 
é a condutividade térmica, conforme apontam Frota e Schiffer (2007).
A condutibilidade térmica mede a capacidade de um material de conduzir calor e 
é definida como a relação entre o fluxo de calor e o gradiente de temperatura. A 
condutividade térmica é medida em joules por segundo por metro quadrado de área 
de um corpo quando a diferença de temperatura é de 1°C por metro de espessura do 
corpo, conforme aponta Neville (2016).
Trocas úmidas ou calor latente: evaporação e condensação (calor latente). 
As trocas térmicas úmidas são aquelas que advêm da mudança de estado de 
agregação da água, do estado líquido para o estado de vapor e do estado de 
vapor para o estado líquido, cujos mecanismos são evaporação e condensação.
Conforto térmico6
  Evaporação — troca térmica úmida proveniente da mudança do es-
tado líquido para o estado gasoso. Para ser evaporada, passando para 
o estado de vapor, a água necessita de um certo dispêndio de energia 
(calor latente). Por meio da pele, o calor é transmitido do organismo 
para o ar ambiente pela evaporação cutânea e respiratória. Essa perda 
de calor corporal depende da quantidade de suor (água) evaporada, e a 
evaporação depende da velocidade do ar ambiente, da sua temperatura 
e da pressão parcial do vapor de água, conforme lecionam Frota e 
Schiffer (2007).
  Condensação — troca térmica úmida decorrente da mudança do 
estado gasoso do vapor de água contido no ar para o estado líquido. 
Quando o grau higrométrico do ar se eleva a 100%, a temperatura em 
que ele se encontra é denominada ponto de orvalho e, a partir daí, o 
excesso de vapor de água contido no ar se condensa — passa para o 
estado líquido. A condensação superficial passageira em cozinhas e 
banheiros, nos horários de uso mais intenso, é considerada normal. 
Ela se torna problemática quando se dá em paredes e, principalmente, 
em coberturas de baixa resistência térmica. Um meio para evitar a 
condensação superficial consiste na eliminação do vapor de água 
pela ventilação. Nos edifícios, o mecanismo de troca de calor mais 
frequente é a condução e depende da condutividade térmica dos ma-
teriais, da espessura do elemento envolvente, da área da superfície e 
da diferença de temperatura entre os elementos envolvidos, conforme 
apontam Frota e Schiffer (2007). 
Conforto térmico de um indivíduo
É importante lembrar que o ser humano não sente a temperatura do ambiente 
em si, mas sim a energia perdida pelo seu corpo; tal consideraçãoé importante 
para se avaliar a temperatura de uma determinada divisão do ambiente. Há 
quatro grandes parâmetros a serem considerados para a garantia do conforto 
térmico no ambiente, conforme aponta Silva (2014): 
1. Temperatura do ar.
2. Temperatura média radiante (temperatura média na superfície dos 
elementos que envolvem a divisão).
3. Velocidade do ar.
4. Umidade.
7Conforto térmico
A influência que esses parâmetros têm na energia perdida pelo corpo não é 
igual. No entanto, não é suficiente a medição de apenas um deles. Por exemplo, 
a temperatura média radiante tem normalmente uma maior influência do que 
a temperatura do ar, ainda conforme Silva (2014).
Conforto térmico nas habitações/edifícios 
A maior parte das pessoas passa muitas horas em espaços fechados, normal-
mente no trabalho ou em casa. O conforto dos usuários desses ambientes é de 
extrema importância, pois garante que possam se concentrar ao máximo, ou 
tirar o maior proveito do seu tempo de relaxamento. A forma como os edifícios 
são construídos determina em grande parte o conforto térmico futuro das 
pessoas que vão habitá-los. São as edifi cações que garantem o contraste entre o 
interior e o exterior, permitindo manter uma temperatura adequada no interior, 
enquanto o exterior se encontra demasiado quente ou frio. Elementos como 
paredes, coberturas, pavimentos, portas e janelas, por exemplo, contribuem 
para uma construção consistente e adequada, segundo Silva (2014). Assim, 
quais são as soluções disponíveis no setor da construção que nos permitem 
aumentar o conforto térmico humano em habitações e edifícios? Quais as 
causas do desconforto? Abordaremos esse tema na sequência.
Formas de controle e equilíbrio que 
proporcionam conforto térmico
O conforto térmico, gerido pelo sistema termorregulador, que mantém o 
equilíbrio térmico do corpo humano, pode sofrer infl uências de determinados 
fatores como: taxa de metabolismo, isolamento térmico da vestimenta, umi-
dade relativa, temperatura e velocidade relativa do ar e temperatura radiante 
média. A combinação desses fatores é o principal determinante da sensação 
de conforto ou desconforto térmico, conforme apontam Oliveira et al. (2010). 
A compreensão das exigências humanas de conforto térmico e do clima, 
associada ao conhecimento das características térmicas dos materiais e das 
premissas genéricas para o partido arquitetônico adequado a climas específi cos, 
proporciona condições de projetar edifícios e espaços urbanos cuja resposta 
atenda às exigências de conforto térmico.
O conforto higrotérmico pode ser definido como a ausência de descon-
forto térmico. Em fisiologia, conforme leciona Krause (2011), é dito que 
Conforto térmico8
há conforto higrotérmico quando não é preciso intervir nos mecanismos 
de termorregulação do corpo para uma atividade sedentária e com roupas 
leves. Essa situação pode ser registrada usando índices que não devem ser 
ultrapassados para evitar o acionamento de sistemas de termorregulação 
(aumento ou diminuição do metabolismo, sudorese e outros). O conforto 
higrotérmico é obtido sempre que se consegue manter um equilíbrio entre 
as necessidades do corpo em cada atividade e a oferta climática do entorno, 
de forma que a temperatura de equilíbrio interna permaneça constante e 
em torno de 36,7°C, o que é fundamental para o pleno exercício de todas 
as atividades humanas. 
As principais trocas higrotérmicas entre o homem e a construção estão 
representadas na Figura 2, onde, segundo Krause (2011): 
  R representa as trocas por radiação entre o Sol e a construção, entre 
a abóboda celeste e a construção, entre o corpo e as paredes, entre as 
faces internas das paredes e demais fontes geradoras de calor;
  C representa as trocas por condução, isto é, o contato entre o corpo e 
qualquer superfície em que ele toca, por meio das paredes e do solo 
ou piso;
  Cv consiste nas trocas por convecção entre o corpo e o ar com que está 
em contato direto e entre o ar e as paredes (externa e internamente).
Figura 2. Principais trocas higrotérmicas entre o homem e a construção.
R = trocas por radiação; C = trocas por condução; Cv = trocas por convecção.
9Conforto térmico
A norma NBR 15220-3:2005 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que 
trata do desempenho térmico de edificações, em sua Parte 3, apresenta o zoneamento 
bioclimático brasileiro e as diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de 
interesse social. A Norma é a referência maior para o planejamento das edificações em 
geral e a especificação das obras em garantia das condições de conforto ambiental, 
segundo as especificidades climáticas locais. Para tanto, essa Norma subdivide o País 
em oito zonas bioclimáticas, tendo em vista o estabelecimento de diretrizes construtivas 
e de estratégias de condicionamento térmico passivo para cada zona bioclimática. 
Nos seus anexos, são avaliadas as propriedades térmicas dos materiais utilizados na 
construção de paredes e coberturas.
Um dos fatores fundamentais para o conforto ambiental das cidades é a 
presença de vegetação no meio urbano, seja em áreas verdes, parques e praças, 
seja na arborização dos passeios e lotes. Alguns dos benefícios da vegetação 
comprovadamente aferidos são apresentados abaixo, com base em Bahia e 
Guedes (2012).
  A distribuição por todo o território urbano de massas vegetais, de 
arborização urbana e no interior das quadras é desejável para a eficácia 
da amenização de ilhas de calor, bem como a criação de oásis urbanos, 
minimizando o desconforto térmico e, dessa forma, relacionando-se 
diretamente com a redução do consumo de energia elétrica.
  A distribuição das massas vegetais pela cidade é importante, uma vez 
que os benefícios diretos em conforto térmico são percebidos apenas em 
suas proximidades. Da mesma maneira, o sombreamento das copas das 
árvores ao filtrar a incidência solar direta sobre áreas impermeabilizadas 
favorece o conforto térmico do local. 
O entorno construído é determinado pela tipologia e densidade das 
edificações vizinhas e pela presença e pelo tipo de pavimentações e paisa-
gismo. Por isso, deve-se considerar nesse entorno a existência de fontes de 
poluição atmosférica e sonora, além de obstáculos e impedimentos à circu-
lação natural dos ventos e massas construídas e/ou naturais que retenham 
calor e que possam vir a causar interferência na edificação, ainda conforme 
Bahia e Guedes (2012).
Conforto térmico10
As condicionantes externas terão pesos diferenciados no tratamento dos 
aspectos de conforto térmico das edificações, conforme a situação de con-
dicionamento que se pretende para a edificação. Segundo Bahia e Guedes 
(2012), as edificações, com relação ao condicionamento térmico, podem 
ser dos seguintes tipos.
  Climatizadas: edificações que lançam mão de sistemas artificiais 
para o controle da temperatura e da umidade do ar em seu interior. 
Nesse caso, os prédios deverão funcionar com o mínimo de trocas 
térmicas com o exterior. Entretanto, deverá ser garantida a possibi-
lidade de um sistema de ventilação em caso de pane do equipamento 
de climatização.
  Não climatizadas: aquelas sem sistemas artificiais e que utilizam 
climatização natural, nas quais os fatores climáticos externos são ad-
ministrados para atingir níveis desejáveis de habitabilidade e conforto.
  Híbridas: aquelas projetadas para utilizar sistemas artificiais de con-
dicionamento do ar apenas parte do tempo da sua operação, em geral 
quando condições climáticas extremas de frio ou calor se apresentam.
Alguns parâmetros e condições de contorno podem ser considerados na 
hora de projetar, para assegurar um maior conforto térmico da edificação, 
segundo a ABNT NBR 15220-3:2005 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2005):
  tamanho das aberturas para ventilação;
  proteção das aberturas;
  vedações externas (tipo de parede externa e tipo de cobertura); 
  estratégias de condicionamento térmico passivo.
De acordo com as característicasclimáticas de cada região do Brasil, a 
ABNT NBR 15220-3:2005 orienta sobre a adoção de soluções que assegu-
rem o conforto térmico da edificação, como a necessidade de proteção de 
fachadas e coberturas da insolação indesejável ou o uso de paredes isolantes 
para conservar o calor, em regiões mais frias. A localização e a implantação 
da edificação em relação às construções vizinhas, o clima local, o uso a que 
se destina e suas características construtivas são aspectos que influenciam o 
conforto interno e o desempenho quanto à racionalização do gasto de energia 
elétrica ao longo do tempo.
11Conforto térmico
As estratégias de design passivo objetivam o bom desempenho ambiental 
do edifício por meio de sua arquitetura, permitindo, no inverno, maximizar 
a captação de radiação solar e armazená-la e, no verão, proteger e dissipar o 
calor dos edifícios, reduzindo a necessidade de acionamento de aquecimento 
ou resfriamento artificiais. Para tanto, o design passivo lança mão de um 
planejamento de projeto que favorece, ainda, a ventilação e iluminação natural, 
assegurando melhores condições para a redução do consumo de energia elétrica. 
De um modo geral, as estratégias de design passivo podem ser conformadas 
em duas estações do ano principais, verão e inverno, conforme leciona Bahia 
e Guedes (2012):
  No verão — estratégia de arrefecimento, com o propósito de proteger 
da insolação e dissipar o calor, considerando os seguintes aspectos:
 ■ orientação solar;
 ■ sombreamento exterior;
 ■ dimensionamento de vãos e áreas envidraçadas;
 ■ fator solar dos materiais;
 ■ inércia térmica;
 ■ arrefecimento evaporativo.
  No inverno — estratégia de aquecimento, com o objetivo de captar o 
calor, proteger dos ventos e do frio e manter a renovação interna do ar:
 ■ promoção de ganhos solares;
 ■ posicionamento dos compartimentos;
 ■ proteção dos ventos dominantes;
 ■ isolamento térmico.
Devemos considerar ainda alguns aspectos para se obter um maior conforto 
térmico, como evitar a insolação excessiva, a partir da adoção de elementos de 
proteção das fachadas e da utilização de materiais construtivos com desempe-
nho térmico adequado ao clima da região, ou permitir o seu aproveitamento, 
quando desejável. Trata-se de estratégias que promovem a eficiência energética 
e o conforto ambiental da edificação.
Outra diretriz a ser seguida é a de dimensionar e orientar o prisma 
levando em consideração a carta solar e as temperaturas do ar. Deve-se 
dimensionar os vãos e as aberturas dos ambientes voltados para o prisma, 
quando possível, projetando-os maiores do que a área mínima determinada 
pelo Código de Obras para os compartimentos em geral, conforme leciona 
Bahia e Guedes (2012).
Conforto térmico12
Os chamados prismas de ventilação e iluminação são espaços livres dentro de 
uma edificação em toda a sua altura e que se destinam a garantir a iluminação e a 
ventilação dos compartimentos.
Segundo a Factor Segurança (2006, documento on-line), existem algumas 
medidas de caráter geral que ajudam a obter boas condições térmicas nos 
ambientes; são elas:
• A regulação da temperatura e a renovação do ar devem ser feitas em função 
dos trabalhos executados e mantidos dentro de limites convenientes para 
evitar prejuízos à saúde dos trabalhadores.
• [...] a temperatura e a humidade dos locais de trabalho devem ser adequa-
das ao organismo humano, levados em conta os métodos de trabalho e os 
condicionalismos físicos impostos aos trabalhadores.
• É recomendável que a temperatura dos locais de trabalho oscile entre 18ºC 
e 22ºC, salvo em determinadas condições climatéricas, em que poderá 
atingir os 25ºC.
• A humidade da atmosfera de trabalho deverá oscilar entre 50% e 70%.
• Quando, por diversos condicionalismos, não for possível ou conveniente 
modificar as condições de temperatura e humidade, deverão ser adoptadas 
medidas tendentes a proteger os trabalhadores contra temperaturas e humida-
des prejudiciais, através de medidas técnicas localizadas ou meios de proteção 
individual ou, ainda, pela redução da duração dos períodos de trabalho no local.
• Não devem ser adaptados sistemas de aquecimento que possam prejudicar 
a qualidade do ar ambiente.
Considerando-se o recorte do desempenho ambiental da arquitetura unido 
ao conforto e à eficiência energética dentro do conceito de sustentabilidade, 
partindo da fase conceitual e da definição do partido arquitetônico, o projeto 
de um edifício deve incluir o estudo dos seguintes tópicos, conforme lecionam 
Gonçalves e Duarte (2006): 
  orientação solar e ventos; 
  forma arquitetônica, arranjos espaciais, zoneamento dos usos internos 
do edifício e geometria dos espaços internos; 
  características, condicionantes ambientais (vegetação, corpos de água, 
ruído, etc.) e tratamento do entorno imediato; 
13Conforto térmico
  materiais da estrutura e das vedações internas e externas considerando 
o desempenho térmico e as cores; 
  tratamento das fachadas e coberturas, de acordo com a necessidade 
de proteção solar; 
  áreas envidraçadas e de abertura, considerando a proporção quanto à 
área de envoltório, o posicionamento na fachada e o tipo de fechamento, 
seja ele vazado, transparente ou translúcido; 
  detalhamento das proteções solares, considerando o tipo e o 
dimensionamento; 
  detalhamento das esquadrias. 
O aproveitamento da iluminação natural também é, indubitavelmente, inerente 
a muitos desses aspectos do projeto, como a orientação solar, a geometria dos 
espaços internos, as cores e o projeto das aberturas e das proteções solares. Somado 
a isso, é importante lembrar que são as exigências humanas e os usos, além das 
condições climáticas e urbanas locais e das possibilidades construtivas, que vão 
determinar o grau de independência de um edifício em relação aos sistemas 
ativos de climatização. Por exemplo, problemas de ruído urbano e poluição po-
dem impedir o uso de estratégias passivas em um projeto, mesmo que o partido 
arquitetônico, o uso e o clima sejam favoráveis a elas. Por essa razão, em um caso 
como esse, a iluminação natural é mais facilmente resolvida no projeto do que a 
ventilação natural.
Todos esses aspectos do projeto vistos em conjunto exercem um impacto 
no desempenho térmico do edifício, por terem um papel determinante no uso 
das estratégias de ventilação natural, de reflexão da radiação solar direta, 
de sombreamento, de resfriamento evaporativo, de isolamento térmico, de 
inércia térmica e de aquecimento passivo. O uso apropriado de uma dessas 
estratégias, ou de um conjunto delas, por sua vez, vai ser determinado pelas 
condições climáticas, pelas exigências de uso e ocupação e pelos parâmetros 
de desempenho.
Conforto térmico14
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: desempenho térmico 
de edificações. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.
br/norma.aspx?ID=11>. Acesso em: 29 out. 2018.
BAHIA, S. R.; GUEDES, P. A. Elaboração e atualização do código de obras e edificações. 2. 
ed. ver. e atual. Rio de Janeiro: IBAM/ DUMA, ELETROBRAS/PROCEL, 2012. Disponível 
em: <http://www.ibam.org.br/media/arquivos/estudos/guia_codigo_obras_1.pdf>. 
Acesso em 29 out. 2018.
COSTA, E. Física aplicada à construção: conforto térmico. 4. ed. São Paulo: Blücher, 2003.
FACTOR SEGURANÇA. Ambiente térmico saudável. Tecnometal, nº. 163, mar./abr. 2006. 
Disponível em: <http://www.factor-segur.pt/wp-content/uploads/2014/11/Ambiente-
-termico.pdf>. Acesso em: 29 out. 2018.
FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual de conforto térmico. 8. ed. São Paulo: Studio Nobel, 
2007. 243 p.
GONÇALVES, J. C. S.; DUARTE, D. H. S. Arquitetura sustentável: uma integração entre 
ambiente, projeto e tecnologia em experiências de pesquisa, prática e ensino. Ambiente 
Construído, Porto Alegre, v. 6, n. 4, p. 51-81, out./dez. 2006.
KRAUSE, C. Desempenho térmico e eficiência energética em edificações. Rio de Janeiro: 
PROCEL EDIFICA, 2011.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R.Eficiência energética na arquitetura. Rio de 
Janeiro: Eletrobrás, PROCEL EDIFICA, 2014. 366 p.
LAMBERTS, R.; XAVIER, A. A. P. Conforto e stress térmico. Florianópolis: UFSC, 2008. 87 p. 
Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br/antigo/arquivos/publicacoes/Apconforto.
pdf>. Acesso em: 29 out. 2018.
NEVILLE, A. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. 912 p.
OLIVEIRA, G. S. F. et al. Conforto térmico no ambiente de trabalho: avaliação das variáveis 
subjetivas da percepção do calor. In: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 7., 
2010, Resende. Anais... Rio de Janeiro: AEDB, 2010. Disponível em: <http://www.aedbaja.
aedb.br/seget/artigos10/201_ARTIGO%20-%20SEGET.pdf>. Acesso em: 29 out. 2018.
SILVA, A. et al. Conceito de conforto térmico humano. Projeto FEUP 2014/2015. Faculdade 
de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2014. Disponível em: <https://
paginas.fe.up.pt/~projfeup/submit_14_15/uploads/relat_Q1FQI04_1.pdf>. Acesso 
em: 29 out. 2018.
15Conforto térmico
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: desempenho térmico 
de edificações. Rio de Janeiro, 2003.
BROWN, G. Z.; DEKAY, M. Sol, vento e luz [recurso eletrônico]: estratégias para o projeto 
de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
ENERGY standart for buildings except low-rise residential buildings. I-P Edition. SHRAE 
Standing Standard Project Committee, Atlanta, GA, USA, 2010. Disponível em: <http://
www.usailighting.com/stuff/contentmgr/files/1/b90ce247855d0f17438484c003877338/
misc/ashrae_90_1_2010.pdf>. Acesso em: 29 set. 2018.
MASCARÓ, L. R. Energia na edificação: estratégia para minimizar seu consumo. 2. ed. 
São Paulo: Projeto, 1991. 213 p.
SCHMID, A. L. A ideia de conforto: reflexões sobre o ambiente construído. Curitiba: 
Pacto Ambiental, 2005. 338 p.
VAN LENGEN, J. Manual do arquiteto descalço. Rio de Janeiro: Casa do Sonho, 2002. 724 p.
Conforto térmico16
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Atualmente, uma das maiores preocupações ambientais é a redução do consumo energético dos 
edifícios e das emissões de CO2. Para reverter essa tendência, começam a surgir alternativas 
mais amigas do ambiente e mais acessíveis economicamente. O objetivo é obter edifícios com 
uma excelente qualidade de ar interior e elevado conforto térmico, que serão mais eficientes 
energeticamente e de baixo consumo energético. É assim que surge o conceito de casas 
passivhaus, no qual o principal objetivo é construir edifícios energeticamente eficientes, de 
baixo consumo de energia e, ao mesmo tempo, com um elevado conforto térmico. Esse conceito 
tem sido cada vez mais utilizado na Europa, principalmente na Alemanha, onde a norma foi 
criada. Essa norma alemã é bastante exigente no nível de construção, apresentando uma 
estratégia de construção baseada em vários requisitos de forma a obter um edifício de elevada 
eficiência. 
No vídeo da Dica do Professor, você verá quais são as estratégias do conceito de edifício 
passivo da chamada arquitetura passivhaus.
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EXERCÍCIOS
1) As pessoas passam a maior parte de suas vidas em suas casas, seus locais de trabalho 
e em outros edifícios. Avaliar o nível de conforto térmico é fundamental para o 
estabelecimento de padrões de desempenho ambiental e energético de edifícios.
Segundo Lamberts (2011), qual das afirmações a seguir representa o conceito de 
conforto térmico?
A) O conforto térmico é o conjunto de qualidades do ambiente que o torna agradável sob o 
aspecto da sua iluminação. Assim, há critérios objetivos, como a quantidade de luz 
necessária para as atividades desenvolvidas e o uso de luminárias que não provoquem 
ofuscamento. Alguns fatores que determinam o conforto térmico são pessoais, bom 
sistema de iluminação com o uso adequado de cores e vento.
B) O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa satisfação com o 
ambiente térmico do seu entorno. Ter conforto térmico significa que uma pessoa, usando 
uma quantidade normal de roupas, não sente nem frio nem calor demais. Alguns fatores 
que determinam o conforto térmico são temperatura do corpo, pessoais, temperatura do ar, 
radiação térmica, vento, roupas e nível de atividade.
C) O conforto térmico refere-se às medidas que podem ser tomadas para que o lar permaneça 
sempre dentro do limite de ruídos, tornando o ambiente agradável e aconchegante. Ter 
conforto térmico significa que uma pessoa, usando uma quantidade normal de roupas, não 
sente desconforto com os ruídos externos. Alguns fatores que determinam o conforto 
térmico são pessoais, volume de ruído, radiação acústica e vento.
D) O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa satisfação com o 
ambiente térmico do seu entorno. Ter conforto térmico significa que uma pessoa, usando 
uma quantidade normal de roupas, não sente nem frio nem calor demais. Alguns fatores 
que determinam o conforto térmico são temperatura do corpo, pessoais, temperatura do ar, 
radiação acústica, vento, roupas e nível de atividade.
E) O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa satisfação com o 
ambiente térmico do seu entorno. Ter conforto térmico significa que uma pessoa, usando 
uma quantidade normal de roupas, não sente nem frio nem calor demais. Alguns fatores 
que determinam o conforto térmico são temperatura do ar, pessoais, radiação térmica, 
vento, roupas e nível de atividade.
2) A quantidade de calor liberado pelo organismo é função da atividade desenvolvida e 
dissipada por meio de mecanismos de trocas térmicas entre o corpo e o ambiente, 
envolvendo trocas secas e úmidas. Autores como Frota e Schiffer (2007) apresentam 
esses conceitos.
Indique, a seguir, a alternativa que apresenta os tipos de troca úmida.
A) Convecção - radiação
B) Evaporação – condensação
C) Radiação - evaporação
D) Convecção – condensação
E) Evaporação – condução
3) O entorno construído é determinado pela tipologia e densidade das edificações 
vizinhas, presença e tipo de pavimentações; presença e tipo de paisagismo, por isso, 
deve-se considerar neste entorno a existência de fontes de poluição atmosférica e 
sonora, além de obstáculos e impedimentos à circulação natural dos ventos e de 
massas construídas e/ou naturais que retenham calor, e que possam vir a causar 
interferência na edificação. As condicionantes externas tem importância diferenciada 
no tratamento dos aspectos de conforto térmico das edificações segundo a situação de 
condicionamento que se pretende para a edificação, podendo se optar por sistemas 
climatizados, não climatizados e híbridos.
Considerando estes dados, identifique qual das alternativas abaixo representa um 
sistema híbrido.
A) Aquelas projetadas para utilizar sistemas artificiais para o controle da temperatura e da 
umidade do ar em seu interior. Nesse caso, os prédios deverão funcionar com o mínimo de 
trocas térmicas com o exterior. Entretanto, deverá ser garantida a possibilidade de um 
sistema de ventilação em caso de pane do equipamento de climatização.
B) Aquelas projetadas sem utilizar sistemas artificiais para o controle da temperatura, que 
utilizam climatização natural, em que os fatores climáticos externos são administrados 
para atingir níveis desejáveis de habitabilidade e conforto. Sempre com a possibilidade de 
um sistema de ventilação.
Aquelas projetadas para utilizar sistemas artificiais de condicionamento da temperatura e 
da umidade do ar apenas em parte do tempo de sua operação, em geral, quando as 
C) 
condições climáticas extremas de frio ou calor apresentarem-se.
D) Aquelas projetadas para utilizar sistemas artificiais para o controle da temperatura e da 
umidade do ar em seu interior. Nesse caso, os prédios deverão funcionar com o mínimo de 
trocas térmicas com o exterior. Entretanto, deverá ser garantida a possibilidade de um 
sistema de ventilação e iluminação em caso de panedo equipamento de climatização.
E) Aquelas projetadas sem utilizar sistemas artificiais para o controle da temperatura, que 
utilizam climatização natural, em que os fatores climáticos externos são administrados 
para atingir níveis desejáveis de habitabilidade e conforto. Sempre com a possibilidade de 
um sistema de iluminação natural.
4) As estratégias de design passivo podem ser conformadas em duas estações do ano 
principais: verão e inverno. Dos aspectos listados a seguir, qual corresponde à 
estratégia de arrefecimento nos meses de verão?
A) Promoção de ganhos solares.
B) Isolamento térmico.
C) Posicionamento dos compartimentos.
D) Dimensionamento de vãos e áreas envidraçadas.
E) Proteção dos ventos dominantes.
Considere o desempenho ambiental da arquitetura unido ao conforto e à eficiência 
energética dentro do conceito de sustentabilidade, que se inicia na fase conceitual e na 
definição do partido arquitetônico.
Das alternativas a seguir, assinale aquela que atende a alguns dos itens de verificação 
envolvidos nesse processo relacionados à adoção do partido arquitetônico em função 
5) 
das características climáticas.
A) Orientação solar e carta das marés.
B) Áreas envidraçadas e de abertura e o tipo do fechamento.
C) Forma arquitetônica e condicionantes econômicos.
D) Forma arquitetônica e zoneamento dos usos externos do edifício.
E) Tratamento das fachadas e coberturas, de acordo com a necessidade de proteção contra as 
chuvas.
NA PRÁTICA
Para entender melhor a influência das trocas térmicas na arquitetura, será tomada a condução 
para exemplificar como alguns fatores podem afetar o conforto dos ambientes.
Veja, a seguir, na prática, um caso em que ocorre a troca térmica por meio de 
condução, lembrando que as trocas térmicas por condução são responsáveis pelo “trânsito” do 
calor no interior dos elementos construtivos dos ambientes, porque são elas que propiciam a 
propagação do calor através de um corpo homogêneo ou entre camadas distintas de um corpo 
em temperaturas diferentes.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Transferência de calor e massa: uma abordagem prática
O livro "Transferência de calor e massa: uma abordagem prática" apresenta uma abordagem dos 
princípios básicos da transferência de calor enriquecida com uma ampla faixa de aplicações. 
Este livro provê a união entre fundamentos clássicos e prática moderna. O texto abrange os 
tópicos-padrão de transferência de calor, com ênfase em física e aplicações reais do dia a dia.
A adaptação de edificações e cidades às mudanças climáticas
O livro "A adaptação de edificações e cidades às mudanças climáticas" apresenta uma temática 
atual, que trata das mudanças climáticas e de seus impactos em nossas vidas. Por meio de uma 
narrativa extremamente franca, este livro mostra que a única maneira pela qual haverá chances 
de sobreviver no século XXI é desenvolvendo uma nova geração de edificações resilientes, de 
baixo impacto ambiental, adequada ao meio ambiente local e que funcione com energias limpas 
e renováveis.
Desempenho térmico e eficiência energética em edificações: conforto higrotérmico dirigido 
à concepção arquitetônica
O guia técnico “Desempenho térmico e eficiência energética em edificações: conforto 
higrotérmico dirigido à concepção arquitetônica” propõe, em linguagem simples, as informações 
básicas para o início da abordagem bioclimática do projeto sujeito à climatização mista com 
opção prioritária pela não climatização. Além do texto principal, traz um glossário simples, que 
explica os principais conceitos utilizados e instrumentos úteis para acompanhar o 
desenvolvimento da concepção do projeto.
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