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O paisagismo na arquitetura e no urbanismo APRESENTAÇÃO Ocupando-se da organização, concepção e planejamento do conjunto de elementos naturais ou artificiais de um espaço, o paisagismo vem, ao longo das décadas, ganhando novos horizontes. Os valores e conceitos intrínsecos a cada projeto variam de acordo com o tempo, o lugar e a sociedade, sendo diretamente influenciados por esses fatores. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os princípios do paisagismo a partir do século XX, identificando características de projetos dos períodos moderno e contemporâneo. Você também reconhecerá a importância do paisagismo no desenvolvimento urbanístico de uma cidade e analisará projetos de micro e média escala. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o paisagismo nos períodos moderno e contemporâneo.• Avaliar exemplos de paisagismo na micro e na média escala.• Examinar exemplos de paisagismo no urbanismo.• DESAFIO Pocket Park, em tradução literal, significa “Parque de Bolso”. Na prática, é um espaço normalmente menor que uma praça, onde são projetados e implantados espaços de estar e lazer, que proporcionem descompressão dentro de grandes cidades. Você é arquiteto e urbanista e presta serviços de paisagismo. Um grupo de donos de restaurante e lojas de uma famosa rua do Rio de Janeiro o procurou e solicitou um projeto para melhorar a qualidade de um lote sem uso, pertencente a um deles, no coração dessa famosa rua. Os comerciantes gostariam de proporcionar um espaço aberto de qualidade para seus potenciais clientes e demais usuários da rua, mas que também possa se tornar um atrativo para seus negócios. Após estudar muito sobre paisagismo, você considerou que a melhor alternativa é transformar esse lote em um Pocket Park. A partir das necessidades de seus contratantes, cite pelo menos três características que irão compor seu projeto para o Pocket Park. INFOGRÁFICO Assim como todas as expressões artísticas, o paisagismo sofre influência direta do contexto histórico-cultural da época em que se insere. As características de cada sociedade moldam a maneira como as cidades funcionam, impactando no desenho urbano e paisagístico das cidades. No Infográfico a seguir, você verá as principais características das eras moderna e contemporânea no Brasil e seus reflexos na paisagem urbana. CONTEÚDO DO LIVRO A paisagem das cidades tem se transformado ao longo do tempo. Acompanhando as evoluções humanas e da sociedade, os projetos paisagísticos são fortemente influenciados pelos ideais e valores vigentes à época de sua concepção. A partir do século XX, o conceito de paisagismo ganha novas dimensões, adaptando-se às necessidades que começam a emergir nesse período. No capítulo O paisagismo na arquitetura e no urbanismo, da obra Projeto de paisagismo I, você reconhecerá a importância dos projetos paisagísticos para o urbanismo de uma cidade. Serão apresentados exemplos de paisagismo nas escalas micro e média, nos períodos moderno e contemporâneo. Boa leitura. PROJETO DE PAISAGISMO I Anna Carolina Manfroi Galinatti O paisagismo na arquitetura e no urbanismo Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o paisagismo nos períodos moderno e contemporâneo. Avaliar exemplos de paisagismo na micro e na média escala. Examinar exemplos de paisagismo no urbanismo. Introdução Paisagem, segundo o dicionário Caldas Aulete (2019, documento on-line), é o “[...] espaço que pode ser alcançado pelo olhar; o conjunto de elementos naturais ou artificiais de um espaço exterior observados de um determinado lugar [...]”. O paisagismo se ocupa da organização, da concepção e do planejamento desse conjunto. É fácil reconhecer que os valores e conceitos determinantes nessa organização variarão conforme o tempo, o lugar e a sociedade que vive nesse espaço. A ideia de paisagem para um nobre francês do século XVIII é diferente da ideia que tem um habitante de uma grande metrópole no século XXI. Neste capítulo, você reconhecerá as diferenças entre os paisagismos moderno e contemporâneo. Além disso, avaliará exemplos nas micro e média escalas e no urbanismo, bem como compreenderá seus significa- dos e os elementos que caracterizam essas diferentes escalas. Paisagismo moderno e paisagismo contemporâneo No século XX, novos métodos de análise da paisagem começam a surgir, separando em camadas informações como tipos de solo, vegetação e demo- grafi a (WATERMAN, 2010). Os grandes parques nacionais, as cidades-jardins e a necessidade de planejamentos urbanos destacaram as divisões dentro da profi ssão entre arquitetos paisagistas, urbanistas e planejadores urbanos. O moderno na arte (incluindo a arquitetura) foi o resultado do processo de condensação de inconformismo e descontentamento por parte de artistas e projetistas para com as rotinas e práticas que lhes foram ensinadas. Esse estado geral de insatisfação deu origem a uma série de movimentos, que, hoje, recebem o nome genérico de “arte moderna” (GOMBRICH, 2000). Durante o período moderno, o paisagismo seguia os mesmos princípios dos projetos arquitetônicos: pureza de forma, primazia da função, ausência de ornamen- tação. Tais princípios, no entanto, entraram em conflito com a realidade de que a maioria das plantas deveria ser tratada como ornamentais. De certa forma, isso representou uma rejeição, por parte dos projetistas, de um grupo de plantas, o que refletiu em jardins com uma estrutura formal muito rígida. No Brasil, o paisagismo modernista se caracteriza por um forte tom local, devido ao nacionalismo cultural do período dos anos 40, 50 e 60. Valoriza-se o uso de vegetação tropical no tratamento e na formalização dos projetos, que passam a incluir instalações para lazer e prática esportiva. Roberto Burle Marx foi um dos principais arquitetos paisagistas do período, sendo responsável pelo projeto de paisagismo de edificações relevantes, como o Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, e os projetos de Pampulha, em Belo Horizonte. Roberto Burle Marx (1909–1994) teve um papel de grande relevância na construção da arquitetura paisagí stica nacional. Para conheçer um pouco mais da história desse arquiteto paisagista, acesse o link a seguir: https://qrgo.page.link/dBujx O paisagismo na arquitetura e no urbanismo2 O Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo, é o primeiro grande parque urbano do Brasil, tornando-se um referencial paisagístico para o país (Figura 1). A concepção arquitetônica é de Oscar Niemeyer, e o paisagismo, que deveria ter seguido as linhas geométricas do projeto inicial, de Burle Marx, que acabou adotando caminhos orgânicos. Figura 1. Parque Ibirapuera, em São Paulo. Fonte: cifotart/Shutterstock.com. Atualmente, o desenho urbano vem estabelecendo uma nova prática de traçado para as cidades, na qual a importância com questões ambientais é amplamente reconhecida (WALL; WATERMAN, 2012). Os novos modelos de paisagismo, defendidos pelo profissionais contemporâneos, defendem uma sustentabilidade social e propõem cidades com redução da emissão de carbono, novos modelos de circulação e parques. A busca por esse modelo de urbanização, no entanto, enfrenta grandes desafios, impostos pela economia neoliberal, que coloca o desenvolvimento econômico acima das preocupações sociais e ambientais. A arquitetura paisagística consolidada no século XX enfrenta, nos dias atuais, o desafio de consolidar-se como a profissão mais indicada para orientar o crescimento e o desenvolvimento das cidades. As composições paisagísticas traduzem preocupações ecológicas e ambientais. Há uma tentativa de maximi- zação das áreas verdes e minimização do uso de elementos não sustentáveis. A natureza integra-se com os elementos construídos de maneira fluida, e a composição é mais livre, como pode ser visto na Figura2. 3O paisagismo na arquitetura e no urbanismo Figura 2. Matrizes ecológicas que valorizam o comum e reciclam o ambiente no parque Red Ribbon, na China. Fonte: Márquez (2013, documento on-line). Exemplos de paisagismo: micro e média escalas O paisagismo é uma profi ssão que combina arte e ciência para confi gurar e gerir o ambiente construído e os elementos que o compõem em diferentes escalas (WALL; WATERMAN, 2012). Os paisagistas intervêm em uma grande diversidade de lugares, cujas dimensões e características variam muito. Microescala Na microescala, o paisagismo pode ser utilizado para diferentes fi nalidades. Imagine que você mora em uma casa que não possui recuo de jardim, mas deseja ter um espaço onde possa cultivar suas plantas e temperos. O projeto de um pequeno jardim de inverno poderia atender à sua demanda, criando em sua residência um espaço de estar útil. O uso da vegetação em ambientes fechados traz inúmeros benefícios ao ambiente, podendo contribuir até mesmo para a criação de um microclima. O paisagismo na arquitetura e no urbanismo4 É o caso de espaços vegetados criados dentro de edifícios (Figura 3). O plantio de espécies vegetais colabora na qualidade térmica dos locais, já que a massa verde filtra o excesso de luz e calor. Além disso, há aumento também na qualidade do ar. Figura 3. Interior do Palácio Itamaraty, paisagismo de Burle Marx. Fonte: Renne (2019, documento on-line). Ainda na microescala, cabe destacar a presença dos chamados pocket parks, pequenos parques que configuram uma interessante solução para locais densos, como grandes centros urbanos. Os miniparques são estruturas compactas, normalmente localizadas em lotes urbanos inutilizados, terrenos baldios, ou, ainda, em sobras de terrenos nas cidades. Embora pequenos em dimensões, esses espaços costumam ser completos, agregando áreas com vegetação, áreas sombreadas, áreas para sentar-se, entre outras atividades. No Brasil, o primeiro miniparque implantado foi a Praça do Amauri, em São Paulo, projetada pelo arquiteto Isay Weinfeld. Em outros países, esse conceito já é amplamente utilizado em cidades densas, como é o caso de Nova Iorque, que conta com diversos miniparques ao longo de sua extensão (Figura 4). Esses locais funcionam como pequenos refúgios urbanos para a população, que os utiliza em diversos horários ao longo do dia, para relaxar, ler ou fazer refeições. 5O paisagismo na arquitetura e no urbanismo Figura 4. Greenacre Park, em Nova Iorque. Fonte: Greenacre Park (2019, documento on-line). A importância de espaços com essa escala é reconhecida pelo arquiteto e urbanista Jan Gehl. Em seu livro Cidades para as Pessoas, o autor dedica algumas páginas para falar das distâncias ideias para o relacionamento e a convivência dos indivíduos nos espaços públicos. Para Gehl (2013, p. 52), “[...] pequenos espaços e curtas distâncias trazem uma experiência de ambientes urbanos calorosos, independente do clima [...]”. Média escala As distinções entre escalas são sutis e não muito precisas. É mais fácil compreendê-las de maneira relacional, ou seja, comparando os espaços com outros conhecidos. Se um jardim no interior de um edifício pode ser considerado microescala e um projeto urbano, grande escala, a média escala seria o espaço intermediário entre eles. Um parque, talvez. O Ibirapuera, apresentado antes, tem mais de 1.580.000 m². É difícil classifi cá-lo como um projeto de média escala. No entanto, se tomarmos o seu tamanho em relação à cidade de São Paulo, talvez essa categoria seja adequada. Portanto, mais importante que dimensões absolutas são as relações entre os diferentes espaços, pois constituem o fator mais relevante para estudá-los e compará- -los uns com os outros. Um conceito importante que deve ser trabalhado é que os elementos de paisagismo vão muito além dos elementos naturais. A história da ar- quitetura é repleta de exemplos de grandes espaços público definidos exclusivamente por elementos artificiais e pela ação do homem sobre o O paisagismo na arquitetura e no urbanismo6 espaço urbano. Veja, por exemplo, a Piazza del Campo, em Siena, na Itália (Figura 5). Um dos principais pontos turísticos da cidade, a praça reúne monumentos como o Palazzo Pubblico, a Fonte Gaia e a Torre del Mangia, esta última também um ótimo exemplo de elemento que organiza a forma urbana, constituindo um marco de orientação espacial. A forma da praça, em formato de uma letra “D” maiúscula, é conformada pelas edificações ao seu redor, que atuam como as paredes de uma sala de estar a céu aberto. O piso de tijolos avermelhados é o tapete que distingue aquele espaço do restante da pavimentação da cidade nessa praça, que, desde a Idade Média, é o local em que ocorre o Palio di Siena, uma corrida de cavalos que é um dos principais eventos da cidade. Observe que a definição desse ambiente é dada pela ausência de elementos, e não pela presença. Figura 5. Siena, Itália. Vista para a Piazza del Campo. Fonte: Irina Sen /Shutterstock.com Exemplos de paisagismo no urbanismo O paisagismo tem papel fundamental na confi guração das cidades, aprimorando não somente a beleza de um lugar, mas também permitindo uma melhor inte- ração entre as pessoas (WALL; WATERMAN, 2012). Os arquitetos paisagistas não se preocupam apenas com as questões estéticas de seus projetos, pois criam paisagens para serem habitadas, que dialogam com os espaços construídos ao seu redor. Esse espaço é fortemente infl uenciado pelos ideais e os valores vigentes à época da concepção do projeto. 7O paisagismo na arquitetura e no urbanismo O exemplo brasileiro mais relevante sobre como a ideologia e uma forma de pensar a sociedade exerce influência sobre a sua construção é a capital federal, Brasília, uma cidade planejada a partir do ideário moderno. Os Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna (CIAM, do francês Congrès Internationaux d'Architecture Moderne) foram uma série de eventos organizados para discutir a cidade moderna. Esses congressos contaram com a participação de nomes ilustres da arquitetura e do urbanismo, no entanto, foram capitaneados pelo arquiteto franco-suíço Le Corbusier, que criou a proposta de uma Unidade de Habitação, que integraria vida urbana e paisagem natural (Figura 6). No IV CIAM, foi idealizada a Carta de Atenas, em 1933, um manifesto urbanístico que influenciou Lúcio Costa na concepção do plano piloto de Brasília. Figura 6. Desenho de Le Corbusier de uma Unidade de Habitação. O desenho sintetiza ideais modernos sobre a integração entre vida urbana e paisagem natural. Esse ideal influenciou a produção do período, como pode ser observado nas superquadras de Brasília. Fonte: Zeroundicipiù (2017, documento on-line). O paisagismo na arquitetura e no urbanismo8 Uma das proposições centrais do urbanismo moderno é a separação das funções (morar, trabalhar, lazer) e a integração da vida urbana com o ambiente natural. A proposta de verticalização das edificações tinha como outra face da moeda a liberação do solo, para que o bucólico e o artificial coexistissem em harmonia. Um exemplo de grande relevância dentro do arquitetura e do urbanismo é a Unite d’Habitation, de Le Corbusier (Figura 7). Construído em 1952, esse projeto habitacional tinha como foco a vida comunitária dos moradores. O complexo compreendia lugares de estar, lazer, compras e uma verdadeira cidade-jardim vertical. Nessa edificação, o paisagismo aparece em diversos momentos, dos espaços ajardinados livres sob os pilotis de sustentação à cobertura viva e um grande terraço-jardim com áreas de lazer. Figura 7. Cobertura da Unité d’Habitation. Fonte: Kroll (2016, documento on-line). Essa perspectiva foi implementada nas habitações de Brasília. O sucesso da proposta é controverso, uma vez que Brasília conta com apoiadores e críticos, com bons argumentos dos dois lados. O que parece um ponto pacífico, no entanto, é que uma vez que não existe um modelo único paracidade, a capital é mais uma das infinitas formas de ocupar o espaço urbano, representando o teste de um modelo: o da cidade moderna. A Figura 8 apresenta um edifício moderno de uma superquadra de Brasília. 9O paisagismo na arquitetura e no urbanismo Figura 8. Edifício em uma superquadra de Brasília. Fonte: Finotti (2007, documento on-line). Outro aspecto interessante do projeto urbanístico de Brasília é sua dimensão simbólica. Na praça dos Três Poderes — onde estão o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal e o Palácio do Planalto, que representam, respectivamente, o Poder Legislativo Federal, o Poder Judiciário e o Poder Executivo —, a pes- soa tem a visão desobstruída por qualquer elemento, natural ou artificial, de modo que possa contemplar os três edifícios (Figura 9). Há, nessa visão, uma profundidade de significado muito grande, uma vez que a configuração do espaço construído — projeto paisagístico — confirma e reforça a crença em uma ficção humana: a democracia representativa. Figura 9. Praça dos Três Poderes, Brasília, Distrito Federal. Fonte: Finotti (2007, documento on-line). O paisagismo na arquitetura e no urbanismo10 Em uma abordagem mais contemporânea de espaço aberto, algumas cidades aproveitam espaços abandonados ou subutilizados para criar parques e áreas de lazer e convívio para a população. Tal abordagem pode ser observada no parque linear Highline, em Nova Iorque, que se estende por uma antiga linha de trem abandonada (Figura 10). Funcionando como um jardim suspenso, o parque contempla, ao longo de seu percurso, equipamentos de estar e lazer e pequenas instalações de serviços. Figura 10. Highline, parque linear em Nova Iorque, uma abordagem contemporânea. Fonte: Francois Roux Shutterstock.com. Pode-se concluir, portanto, que os espaços construídos pelas pessoas são influenciados pelos seus ideais e visão de mundo, ao mesmo tempo que servem para confirmá-los e justificá-los. 11O paisagismo na arquitetura e no urbanismo CHAN, K. Roberto Burle Marx: um mestre muito além do paisagista modernista. 2016. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/792669/roberto-burle-marx-um- -mestre-muito-alem-do-paisagista-modernista. Acesso em: 13 ago. 2019. DICIONÁRIO CALDAS AULETE. 2019. Disponível em: http://www.aulete.com.br/paisa- gem. Acesso em: 13 ago. 2019. FINOTTI, L. Oscar Niemeyer: superquadras, Brasília: unidade de vizinhança cedeu es- paço à realidade. 2007. Disponível em: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/ especiais/oscar-niemeyer-superquadras-brasilia-01-12-2007. Acesso em: 13 ago. 2019. GEHL, J. Cidades para as pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2000. GREENACRE PARK. [Site]. 2019. Disponível em: https://greenacrepark.org/photo-gallery/. Acesso em: 13 ago. 2019. KROLL, A. Clássicos da arquitetura: Unite d' Habitation / Le Corbusier. 2016. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/783522/classicos-da-arquitetura-unidade-de- -habitacao-le-corbusier. Acesso em: 13 ago. 2019. MÁRQUEZ, L. Parque Red Ribbon / Turenscape. 2013. Disponível em: https://www.archdaily. com.br/br/01-156629/parque-red-ribbon-slash-turenscape. Acesso em: 13 ago. 2019. RENNE, M. Palácio do Itamaraty. 2019. Disponível em: https://spguia.melhoresdestinos. com.br/system/fotos_local/fotos/2442/show/palacio-do-itamaraty.jpg. Acesso em: 13 ago. 2019. WALL, E.; WATERMAN, T. Desenho urbano. Porto Alegre: Bookman, 2012. WATERMAN, T. Fundamentos de paisagismo. Porto Alegre: Bookman, 2010. WBRASÍLIA. Praça dos Três Poderes. 2019. Disponível em: http://wbrasilia.com/wpraca- dostrespoderes001.jpg. Acesso: 13 ago. 2019. ZEROUNDICIPIÙ. XIII. 2017. Disponível em: http://www.zeroundicipiu.it/2012/10/30/ xiii/9/. Acesso em: 13 ago. 2019. O paisagismo na arquitetura e no urbanismo12 DICA DO PROFESSOR Elaborar um projeto de paisagismo é uma oportunidade de criar um espaço dinâmico que irá causar um impacto positivo na vida das pessoas, conectando-as a um ambiente agradável e acolhedor. Nesta Dica do Professor, você irá reconhecer os principais cuidados que se deve ter ao iniciar um projeto de paisagismo, desde preocupações de ordem prática até dicas de como compor um espaço agradável, diversificado e estimulante. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) As expressões artísticas sofrem influência direta do contexto no qual se inserem. Assim, é correto afirmar que a paisagem tem sido modificada ao longo das décadas; suas características variando de acordo com a maneira como a sociedade funciona. Sobre os paisagismos moderno e contemporâneo no Brasil, é correto afirmar que: A) o paisagismo contemporâneo tem forte influência do nacionalismo cultural. B) o paisagismo moderno prioriza formas puras e exalta a importância da função. C) Roberto Burle Marx é um dos principais representantes do paisagismo contemporâneo. D) as preocupações sociais e ambientais são características do paisagismo moderno. E) durante o Modernismo, os projetos paisagísticos priorizavam a composição livre e fluida dos elementos. 2) Embora nem sempre tão claras, existem algumas diferenças entre os princípios de projetos paisagísticos modernos e contemporâneos. Assinale como verdadeira (V) ou falsa (F) as seguintes afirmações: ( ) No paisagismo contemporâneo, representado pelas obras de Burle Marx, há preocupações ambientais. ( ) A ausência de ornamentação é uma das principais características dos projetos paisagísticos modernos. ( ) Os projetos paisagísticos contemporâneos buscam maximizar as áreas verdes, devido a influências do nacionalismo cultural. ( ) Os arquitetos e urbanistas do período moderno propunham cidades sustentáveis. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é: A) F - V - F - F. B) F - V - F - V. C) V - V - F - F. D) V - F - V - V. E) F - F - F - V. O conceito de paisagismo pode ser aplicado a diferentes escalas, de pequenos e detalhados espaços a grandes planos urbanísticos. Considere as seguintes assertivas sobre projetos paisagísticos de microescala: I – Caracteriza-se como projeto em microescala aquele que possui área menor que 15 m2. 3) II – Os miniparques são parques de pequeno porte, ideias para cidades pequenas. III – Um Pocket Park pode ser uma boa solução de uso para um terreno baldio. IV – O uso de vegetação em ambientes internos, como o interior de edifícios, pode melhorar a qualidade do ar. Estão corretas: A) I, III e IV. B) I e II. C) II, III e IV. D) III e IV E) I, II e III. 4) Os projetos paisagísticos organizam, concebem e planejam o conjunto de elementos de um espaço. Esse espaço pode assumir diferentes formas e ter diferentes dimensões. A respeito do paisagismo nas escalas micro e média, é correto afirmar que: A) são considerados projetos em microescala os detalhamentos de mobiliário urbano. B) o determinante na qualidade de um projeto de paisagismo é a integração dos elementos naturais com o espaço construído pelo homem. C) uma praça seca, sem nenhum tipo de vegetação, pode ser considerada um projeto paisagístico. D) parques com área superior a 500 m2 são considerados projetos de média escala. E) o que determina a escala de um projeto é a quantidade de elementos presentes, como equipamentos e mobiliário urbano. 5) É incontestável a importância do paisagismo na configuração urbana. Os ideais e valores existentes no período de concepção dos projetos os influenciam fortemente. No Brasil, temos muitos exemplos de influência de ideologias em projetos. Considere as assertivas a seguir: I – A Carta de Atenas foi um manifesto urbanístico moderno que influenciou Lúcio Costa na concepção do plano piloto de Brasília. II – A integração das funções (morar, trabalhar, lazer) e a separação da vida urbana com o ambiente natural é uma das proposições centrais do urbanismo moderno. III – A capital federal, Brasília, é um dos mais relevantes exemplos de cidade contemporâneaplanejada. IV – Os projetos paisagísticos podem assumir dimensões simbólicas, como é o caso da Praça dos Três Poderes. Estão corretas: A) I e II. B) I, II e III. C) I, II e IV. D) I e IV. E) II e III. NA PRÁTICA Projetos paisagísticos podem representar um importante papel no desenvolvimento das cidades, solucionando problemas ambientais e criando espaços de lazer e convívio para a população. Suas preocupações ultrapassam a esfera estética e vão ao encontro das necessidades sociais e culturais da população. A seguir, você vai conhecer o caso de uma área urbana degradada na China que, por meio de incentivos do governo e de um projeto paisagístico complexo, foi revitalizada e reinaugurada como parque público: o Parque Minghu. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: 4 paisagistas brasileiros para se inspirar O paisagismo é capaz de transformar o ambiente construído e proporcionar bem-estar aos usuários. Confira, na reportagem a seguir, a obra de quatro importantes paisagistas brasileiros. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Parque flutuante feito com lixo plástico coletado de rio A preocupação ambiental é um dos temas mais discutidos na contemporaneidade. Conheça o "Recycled Park", espaço público holandês construído com materiais reciclados. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Burle Marx e o Palácio do Itamaraty O Palácio do Itamaraty comemorou, em 2017, 50 anos. Confira, no vídeo a seguir, um pouco mais desse projeto paisagístico, cuja autoria é de Roberto Burle Marx. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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