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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Direitos Políticos��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Inelegibilidades Relativas �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Inelegibilidade Por Motivos Funcionais – Limite de Reeleição ������������������������������������������������������������������������������2
Inelegibilidade por Motivos Funcionais – Regra de Desincompatibilização �������������������������������������������������������4
Inelegibilidade Reflexa – Parentesco ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
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Direitos Políticos
Inelegibilidades Relativas
As inelegibilidades relativas são circunstâncias que impedem que o cidadão concorra a alguns 
cargos em virtude de condições especiais do próprio candidato ou de seu cônjuge ou parente�
As hipóteses de inelegibilidades relativas são EXEMPLIFICATIVAS e não taxativas, porque a 
própria Constituição autoriza que outras hipóteses de inelegibilidades sejam criadas por meio de Lei 
Complementar� Vejamos o Art� 14§ 9º da CF:
Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a 
fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida 
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico 
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
A Lei complementar mencionada no dispositivo é a Lei 64/90, chamada de Lei das Inelegibilidades, 
que foi significativamente alterada pela LC 135/2010, que é a Lei da Ficha Limpa�
Podemos destacar três hipóteses de inelegibilidades relativas previstas na CF: a) inelegibilidade 
por motivos funcionais: limite de reeleição; b) inelegibilidade por motivos funcionais: desincompati-
bilização; c) inelegibilidade reflexa ou em virtude do parentesco; d) inelegibilidade do militar�
Inelegibilidade Por Motivos Funcionais – Limite de Reeleição
Dispõe a CF no Art� 14, § 5º:
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
Dessa forma, o Presidente da República, os Governadores de Estado e os Prefeitos só podem se 
reeleger por um único período subsequente, ou seja, 4 anos mais 4 anos, estando inelegíveis para o 
mandato seguinte�
Esse dispositivo estabelece um limite a reeleição dos membros do Poder Executivo, vedando a 
reeleição para um terceiro mandato de forma sucessiva�
Cumpre observar que a vedação é para um terceiro mandato SUCESSIVO, posto que é possível 
que um candidato cumpra três ou mais mandatos, desde que não os realize de forma sucessiva�
Outra observação importante é a de que essa limitação só se aplica aos membros do Poder Executivo, 
pois não existe limitação à reeleição para os membros do Poder Legislativo�
De acordo com a literalidade da CF, essa limitação abrange não apenas os titulares, mas também 
aqueles que sucederam (definitivo) ou substituíram (temporário) o titular do cargo, ou seja, os vices�
Contudo, de acordo com a jurisprudência do STF, a “mera substituição” não deve ser computada 
para fins de reeleição, incidindo a inelegibilidade relativa somente quando houver o exercício efetivo 
da titularidade do cargo, que se dá mediante eleição ou sucessão� Vejamos a decisão:
CONSTITUCIONAL. ELEITORAL. VICE-GOVERNADOR ELEITO DUAS VEZES CONSECUTIVAS: 
EXERCÍCIO DO CARGO DE GOVERNADOR POR SUCESSÃO DO TITULAR: REELEIÇÃO: POSSIBI-
LIDADE. CF, art. 14, § 5º. I. – Vice-Governador eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador. No 
segundo mandato de Vice, sucedeu o titular. Certo que, no seu primeiro mandato de Vice, teria substituí-
do o Governador. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de Governador, porque o exercício da titularidade 
do cargo dá-se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando sucedeu o titular é que passou a exercer 
o seu primeiro mandato como titular do cargo. II. – Inteligência do disposto no § 5º do art. 14 da Consti-
tuição Federal. III. – RE conhecidos e improvidos.
(STF – RE: 366488 SP, Relator: CARLOS VELLOSO, Data de Julgamento: 04/10/2005, Segunda Turma, Data de Publicação: DJ 
28-10-2005)
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Dessa forma, podemos estabelecer algumas observações pertinentes em relação ao Vice:
a) os vices poderão ser eleitos para o mesmo cargo, ou seja, o de Vice por um único período 
subsequente;
b) os vices reeleitos poderão se candidatar ao cargo do titular nas eleições subsequentes, mesmo 
que tenham substituído os titulares�
Vamos exemplificar: imaginemos que Zezinho e Luizinho sejam eleitos respectivamente aos 
cargos de Prefeito e Vice, uma vez cumprido o primeiro mandato, foram reeleitos, e finalizaram o 
segundo mandato, pergunta-se:
a) Zezinho pode ser candidato à reeleição como Prefeito? A resposta é evidentemente não, pois 
ele já cumpriu dois mandatos e está impedido de cumprir um terceiro mandato consecutivo�
b) Zezinho pode ser candidato a Vice-Prefeito na eleição imediatamente seguinte ao término do 
seu segundo mandato como Prefeito? A Resposta é também não, pois caso o titular venha a 
falecer ou perca o seu cargo, Zezinho assumiria e iria cumprir um terceiro mandato, o que é 
proibido pela CF�
c) Luizinho pode ser candidato a Vice-Prefeito nas eleições seguintes? A resposta é não, pois ele já 
foi Vice por dois mandatos consecutivos�
d) Luizinho pode ser candidato ao cargo de Prefeito nas eleições seguintes? Aqui a resposta é 
SIM, ainda que Luizinho tenha substituído temporariamente o titular ele poderá se candida-
tar ao cargo do titular, isso porque o tempo em que Luizinho foi Vice não é computado como 
exercício de mandato eletivo, dessa forma, ele poderia ser candidato a Prefeito�
Quanto a essa última indagação, temos que ir além:
No exemplo citado, Zezinho e Luizinho cumpriram dois mandatos na condição de Prefeito e 
Vice até o final� Dessa forma, Luizinho pode ser candidato ao cargo do Prefeito, cumprindo um 
primeiro mandato e, por consequência, poderá na sequência ser candidato à reeleição�
Entretanto, se Luizinho tiver sucedido Zezinho ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito, 
poderá também candidatar-se ao cargo do titular, contudo, não poderá ser candidato à reeleição, 
pois o período de sucessão deve ser contado como um primeiro mandato�
Assim, concluiu o TSE a consulta com a seguinte ementa:
CONSULTA. PODER EXECUTIVO. TITULAR. VICE. SUBSTITUIÇÃO. REELEIÇÃO.
– O Vice que não substituiu o titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito poderá concorrer ao cargo 
deste, sendo-lhe facultada, ainda, a reeleição, por um único período.
– Na hipótese de havê-lo substituído, o Vice poderá concorrer ao cargo do titular, vedada a reeleição e a 
possibilidade de concorrer ao cargo de Vice.
(Consulta nº 1058, Resolução normativa de, Relator(a)Min� Humberto Gomes De Barros, Publicação: DJ – Diário de justiça, 
Volume 1, Data 05/07/2004, Página 01)
PREFEITO – PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO DA MESMA NATUREZA
De acordo com a jurisprudência, os PREFEITOS que já cumpriram o segundo mandato su-
cessivo não poderão candidatar-se a outro cargo de Prefeito, ainda que em Município distinto, em 
respeito ao princípio republicano� Essa decisão veio a afastar a figura do Prefeito itinerante ou pro-
fissional, conforme entendimento do STF:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. REELEIÇÃO. PREFEITO. INTERPRE-
TAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA 
ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. I. REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 
14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO 
DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO DIVERSO. O instituto da reeleição tem 
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fundamento não somente no postulado da continuidade administrativa, mas também no princípio re-
publicano, que impede a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio republicano 
condiciona a interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, de modo que a 
reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não apenas 
no mesmo Município, mas em relação a qualquer outro Município da federação. Entendimento con-
trário tornaria possível a figura do denominado “Prefeito itinerante” ou do “Prefeito profissional”, o que 
claramente é incompatível com esse princípio, que também traduz um postulado de temporariedade/al-
ternância do exercício do poder. (...) O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como Prefeito de 
determinado Município fica inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro Município da 
federação.
(STF – RE: 637485 RJ, Relator: Min� GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 01/08/2012)
Inelegibilidade por Motivos Funcionais – Regra de Desincompatibilização
Os membros do Poder Executivo, para concorrer a OUTROS cargos, deverão renunciar aos seus 
respectivos mandatos no prazo de 6 (seis) meses antes das eleições, conforme Art� 14, §6º da CF:
§ 6º. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Convém salientar que não será necessária a renúncia para concorrer ao mesmo cargo, ou seja, 
para concorrer à reeleição�
Os vices não precisam se desincompatibilizar para concorrer a outros cargos, desde que não 
tenham sucedido ou substituído o titular nos seis meses anteriores ao pleito�
É o que diz o § 2º do Art� 1º da LC 64/90:
§ 2º O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, pre-
servando os seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não 
tenham sucedido ou substituído o titular.
Inclusive, caso o Vice assuma o mandato de seus titulares, no prazo de desincompatibilização, 
ainda que de forma temporária, haverá inelegibilidade reflexa para os seus parentes�
Inelegibilidade Reflexa – Parentesco
A inelegibilidade em decorrência do parentesco é chamada de reflexa, porque a inelegibilidade 
é gerada para terceiros, e não para quem está no cargo eletivo, ou seja, não é direta� É uma proibição 
para o cônjuge ou parente até 2º grau de membros do Poder Executivo� Vejamos o que diz o texto 
constitucional no Art� 14, § 7º:
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, 
até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, 
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, 
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Dessa forma, o titular de um mandato eletivo ou quem tenha substituído nos últimos seis meses 
antes das eleições, pertencente ao Poder Executivo – Presidente, Governador e Prefeito, gera, no 
seu território de jurisdição, inelegibilidade para o cônjuge ou parente até segundo grau, tanto para 
cargos do Poder Executivo quanto para os cargos do Poder Legislativo�
Observe que os membros do Poder Legislativo não geram inelegibilidades ao seu cônjuge e 
parentes, mas tão somente os membros do Executivo�
Cônjuge é o esposo, a esposa, decorrente do casamento civil, religioso, ou de União Estável, 
inclusive as uniões homoafetivas.
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O parentesco pode se dar de duas formas, por consanguinidade – que decorre de aspectos biológicos – 
ou por afinidade – que se constitui em decorrência do casamento ou da união estável, tornando o cônjuge 
ou companheiro parente dos parentes do outro, inclusive nas hipóteses de adoção�
Esse parentesco pode-se dar em linha reta ou colateral�
 → Por consanguinidade e em linha reta temos os ascendentes e os descendentes, sem limites de graus:
1º grau: pai e filho
2º grau: avô e neto
3º grau: bisavô e bisneto
 → Por consanguinidade e em linha colateral temos aquelas pessoas que, apesar de não serem ascen-
dentes e descentes, decorrem de um ancestral comum, encerrando o parentesco até o 4º grau:
2º grau: irmãos
3º grau: tios e sobrinhos
4º grau: sobrinhos-netos, tios-avós e primos
 → Por afinidade e em linha reta temos os ascendentes e os descendentes do cônjuge, sem limites:
1º grau: sogro, sogra, genro, nora, enteados
2º grau: avôs do cônjuge, netos do cônjuge
3º grau: bisavô e bisneto do cônjuge�
 → Por afinidade e em linha colateral temos aquelas pessoas que, apesar de não serem ascendentes e 
descentes, decorrem de um ancestral comum; a afinidade vai apenas até o segundo grau:
2º grau: cunhados�
Verifica-se que a inelegibilidade é apenas até o 2º grau, não alcançando, portanto, parentes de 3º 
e 4º graus�
Observe o esquema:
FORMAS DE PARENTESCO GRAUS DE PARENTESCO
1º grau 2º grau
Parentesco con-
sanguíneo
Em linha 
reta
Ascendentes PAIS (inclusi-
ve madrasta e 
padrasto)
AVÓS
Descendentes FILHOS NETOS
Em linha 
colateral
---- ----- IRMÃOS
Parentesco por 
afinidade
Em linha 
reta
Ascendentes SOGROS (inclu-
sive, padrasto 
ou madrasta do 
cônjuge ou com-
panheiro)
AVÓS DO CÔNJUGE 
OU COMPANHEIRO
Descendentes ENTEADOS, 
GENROS E 
NORAS (inclusi-
ve do cônjuge ou 
companheiro)
NETOS
Em linha 
colateral
- - CUNHADOS (irmãos 
do cônjuge ou compa-
nheiro)
RESUMINDO:
1) O cônjuge, os parentes e afins, até o segundo grau, ou por adoção de PRESIDENTE, não poderão 
se candidatar a nenhum cargo eletivo no País�
2) O cônjuge, os parentes e afins, até o segundo grau, ou por adoção de GOVERNADOR não poderão 
se candidatar a nenhum cargo dentro daquele Estado� Isso inclui os cargos de Vereador, Prefeito 
e Vice-Prefeito (de qualquer dos Municípios daquele Estado), bem como os cargos de Deputado 
Federal, Deputado Estadual, Senador, Governador e Vice-Governador por aquele Estado�
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3) O cônjuge, os parentes e afins, até o segundo grau, ou por adoção de PREFEITO não poderão se 
candidatar a nenhum cargo dentro daquele Município, ou seja, estarão inelegíveis para ao cargo 
de Vereador,Prefeito e Vice-Prefeito�
EXCEÇÕES:
 → 1A – REELEIÇÃO
Ao lermos o Art� 14, §7º, percebemos, em sua parte final, que há uma exceção a essa regra da ine-
legibilidade reflexa, vejamos: salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Essa disposição significa que a inelegibilidade reflexa não se aplica caso o cônjuge, parente ou 
afim já possua mandato eletivo e esteja candidato à reeleição; nessa situação, será possível que estes 
se candidatem à reeleição, mesmo se ocuparem cargos dentro da circunscrição do Chefe do Executivo; 
se, entretanto, a candidatura for para outro cargo que não de reeleição, haverá inelegibilidade�
 → 2A – RENÚNCIA
O cônjuge, os parentes e afins são elegíveis até mesmo para o cargo do titular, quando este (o 
titular) tiver direito à reeleição (primeiro mandato) e houver renunciado seis meses antes do pleito�
Se for para outros cargos que não o do titular, bastará a renúncia seis meses antes do pleito�
Imaginemos o seguinte exemplo: José é Prefeito e Maria, sua esposa, quer se candidatar�
a) Se Maria quiser se candidatar ao cargo de vereadora, basta que José renuncie seis meses antes 
do pleito para que ela fique elegível�
b) Se Maria quiser se candidatar ao cargo do titular, ou seja, ao cargo de Prefeita, para que fique 
elegível, o titular deverá estar no primeiro mandato (tenha direito à reeleição) e também 
renunciar seis meses antes do pleito�
Convém lembrar o caso da Ex-Governadora do RJ, Rosinha Garotinho, que foi eleita em 2002, 
logo após seu esposo, Anthony Garotinho, que foi eleito em 1998, para um primeiro mandato, ter 
renunciado seis meses antes para concorrer ao cargo de Presidente em 2002�
Destaca-se que não haverá inelegibilidade reflexa se, por exemplo, o esposo e a esposa forem 
candidatos a cargos eletivos pela primeira vez� Isso porque, como nenhum dos dois detém mandato 
eletivo, não haverá inelegibilidades�
Quanto à figura do cônjuge, temos que destacar ainda a Súmula vinculante 18 do STF:
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibili-
dade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
Em decorrência dessa súmula, a separação ou o divórcio na vigência do mandato não afastam a 
inelegibilidade reflexa para o mandato subsequente�
Contudo, a referida súmula não se aplica no caso de extinção do vínculo conjugal pela morte de 
um dos cônjuges�
Desse modo, a inelegibilidade não se aplica ao viúvo (a) do Chefe do Executivo, uma vez que o 
falecimento afasta a inelegibilidade, conforme orientação da jurisprudência do TSE:
ELEGIBILIDADE – CÔNJUGE VAROA – PREFEITO FALECIDO. Elegível, podendo concorrer à ree-
leição, é o cônjuge de Prefeito falecido, mormente quando este foi sucedido pelo Vice-Prefeito. (TSE. 
Consulta n.º 54-40. Relator Min. Marco Aurélio. Julgado em 24.04.2012. Publicado em 31.05.2012).
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No caso de desmembramento de Município, o parente do Prefeito do Município originário não 
pode se candidatar a Prefeito do Município recém-criado�1
Exercícios
01. O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e 
quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos não poderão ser reeleitos para 
novo período subsequente�
Certo ( ) Errado ( ) 
02. É inelegível para o cargo de vereador ex-cônjuge de Governador do Estado, ainda que se 
trate de reeleição e a dissolução do vínculo conjugal tenha ocorrido antes do início do 
mandato de Governador�
Certo ( ) Errado ( ) 
03. Vice-Governador de Estado que não tenha sucedido ou substituído o Governador durante o 
mandato não precisará se desincompatibilizar do cargo atual no período de seis meses antes 
do pleito para concorrer a outro cargo eletivo�
Certo ( ) Errado ( ) 
04. João, Governador do Estado X, faleceu no primeiro ano do seu mandato, sendo sucedido por 
José, que havia sido eleito Vice-Governador� Ao fim do mandato em que sucedeu João, José se 
elegeu Governador do Estado X� Com a proximidade do encerramento desse novo mandato, 
entendendo que ainda possui muitos projetos para realizar, José almeja se candidatar à reelei-
ção� À luz da Constituição da República, a reeleição pretendida por José não é possível, uma 
vez que, ao suceder João, José passou a exercer seu primeiro mandato como titular do cargo de 
Governador, de maneira que somente poderia ser reeleito para um único período subsequente, 
o que já ocorreu�
Certo ( ) Errado ( ) 
05. Para concorrer a outros cargos, os Governadores devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito, salvo se já estiverem exercendo os mandatos pela segunda vez seguida�
Certo ( ) Errado ( ) 
06. Prefeito reeleito para um mesmo Município, sendo inelegível para um terceiro mandato, 
transfere seu domicílio eleitoral para Município diverso, buscando afastar a inelegibilidade� 
Pode-se, com fundamento na interpretação constitucional, afirmar que
a) a inelegibilidade encontra-se afastada, vez que a vedação constitucional não alcança 
Município diverso�
b) a inelegibilidade encontra-se afastada, desde que respeitado o prazo de desincompatibilização�
c) a inelegibilidade está configurada, não se admitindo terceiro mandato, mesmo na hipótese 
de Município distinto�
d) é possível a referida situação na medida em que o texto constitucional prevê expressamente 
a figura do Prefeito Itinerante�
e) a inelegibilidade será afastada, desde que expressamente previsto na Lei Orgânica do 
Munícipio, com fundamento no princípio da autonomia municipal�
GABARITO
01 - Errado
02 - Errado
03 - Certo
04 - Certo
05 - Errado
06 - C
1 RE 158�314-2

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