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05 Tecido Cartilaginoso

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TECIDO CARTILAGINOSO 
O tecido cartilaginoso, ou cartilagem, é uma variedade de tecido conjuntivo especializado, 
formando, juntamente com o tecido ósseo, o grupo dos tecidos esqueléticos - constituintes 
do esqueleto dos vertebrados. A cartilagem é caracterizada por se apresentar como um tecido 
de consistência semirrígida e, portanto, adequado para a sustentação de certas estruturas do 
organismo. Em sua constituição encontram-se células, denominadas de condrócitos, de baixo 
metabolismo, imersas em uma abundante matriz extracelular avascular – a matriz 
cartilaginosa – que serve como principal elemento morfofuncional para a distinção do tipos de 
cartilagem. 
Existem três tipos de cartilagem, distribuídos em diferentes estruturas corporais. A cartilagem 
hialina é encontrada na sustentação da árvore respiratória, em articulações sinoviais, e em 
discos epifisários; estes últimos representam remanescentes temporários na maioria dos 
ossos em crescimento, uma vez que o esqueleto de um embrião é inicialmente quase todo 
formado por cartilagem hialina, a qual é sucedida pelo tecido ósseo no mecanismo de 
ossificação endocondral. A cartilagem elástica está presente em poucos locais, tais como o 
pavilhão auricular e em cartilagens da laringe. A cartilagem fibrosa, ou fibrocartilagem, é 
encontrada em discos intervertebrais, na sínfise púbica, e em locais de inserção de ligamentos 
e tendões nos ossos. 
Para a distinção dos três tipos de cartilagem, deve-se ter em mente a percepção do aspecto da 
matriz cartilaginosa à microscopia de luz. A matriz da cartilagem hialina é basófila e 
homogênea, devido à presença de abundantes glicosaminoglicanos em sua matriz e sem 
elementos fibrosos visíveis. Na matriz da cartilagem elástica, sobressaem fibras elásticas 
adequadamente evidenciadas por técnicas de coloração seletivas, enquanto que na matriz da 
fibrocartilagem predominam abundantes fibras colágenas típicas. 
TECIDO CARTILAGINOSO 
1 2 
3 4 
A prancha anterior mostra imagens de peças de cartilagem hialina (1, 2, 3 e 4). 
Observe que a cartilagem hialina possui células – condrócitos – enclausuradas no interior de espaços 
denominados de lacunas (antigamente denominados de ”condroplastos”) em meio à matriz 
cartilaginosa. Os condrócitos são pequenos e eventualmente podem ter sido removidos de suas lacunas 
durante o processamento histológico (observe algumas lacunas vazias em 1). Observe os agregados de 
condrócitos, formando os grupos isógenos (GI, em 1), os quais são representativos do crescimento 
intersticial das peças cartilaginosas, em função da divisão dos condrócitos nas lacunas. 
A matriz cartilaginosa se apresenta essencialmente basófila à coloração do H&E – em função da grande 
quantidade de proteoglicanos com glicosaminoglicanos sulfatados, os quais são moléculas ácidas – e 
de aspecto homogêneo, o que corresponde ao fato de seus elementos fibrosos – representados 
principalmente por fibrilas de colágeno do tipo II – não serem visualizados à microscopia de luz e ainda 
serem suplantados pela grande quantidade de glicosaminoglicanos presente na matriz. Repare ainda 
que existe uma área circunferencial, ao redor das lacunas de condrócitos, denominada de matriz 
territorial (MT, em 4), onde a basofilia é mais intensa devido ao predomínio de glicosaminoglicanos 
nesta área, enquanto que o restante da matriz cartilaginosa – comparativamente menos basófila – é 
caracterizada como matriz interterritorial (MI, em 4). 
Note o pericôndrio (Pe, em 1), que é uma camada de tecido conjuntivo que reveste a maioria das peças 
de cartilagem hialina, sendo responsável pelo fornecimento de nutrientes ao tecido cartilaginoso e pelo 
seu crescimento aposicional. O pericôndrio possui dois folhetos: um externo (pericôndrio fibroso, PF 
em 2) formado por um tecido conjuntivo denso modelado com fibras colágenas, fibroblastos, células 
mesenquimais e capilares, e um interno (pericôndrio condrogênico, PC em 2), formado por 
condroblastos em diferenciação, ativos na produção de matriz, e que colaboram para o crescimento 
aposicional da cartilagem. 
Coloração: H&E. 
TECIDO CARTILAGINOSO 
5 6 
7 8 
TOS 
TOS 
GIC 
GIA 
A prancha anterior mostra áreas de cartilagem hialina associada ao tecido ósseo. 
As fotomicrografias 5 e 6 mostram áreas da cartilagem articular, que corresponde a uma 
faixa de cartilagem hialina que recobre as extremidades articulares dos ossos longos e curtos 
nas articulações móveis (diartroses, ou articulações sinoviais). A cartilagem articular é uma 
típica peça de cartilagem hialina, dotada de condrócitos pequenos, o quais tendem a 
apresentar um formato mais achatado na superfície da peça cartilaginosa (seta em 5) e mais 
arredondado em regiões mais profundas. Observe a presença espaçada de grupos isógenos 
coronários (GIC em 6, grupamentos arredondados) e axiais (GIA em 6, fileiras de 
condrócitos) próximos ao tecido ósseo subcondral (TOS em 5 e 6). Observe em 5 que a 
cartilagem articular não se apresenta revestida por um pericôndrio, como a maioria das 
peças cartilaginosas, sendo nutrida pelo líquido sinovial, produzido pela membrana sinovial 
que reveste internamente a cavidade articular. 
Em 7 e 8 observa-se o disco epifisário (ou cartilagem epifisária), uma faixa de cartilagem 
hialina presente entre as epífises e a diáfise de ossos longos em formação pela ossificação 
endocondral. O disco epifisário possui várias zonas de cartilagem hialina, onde se notam os 
condrócitos sofrendo modificações morfológicas e quantitativas importantes, relacionadas à 
sua proliferação (o que denota o crescimento intersticial da cartilagem do disco epifisário, 
com a formação de grupos isógenos axiais (setas em 7 e 8); isto permite o surgimento de 
mais matriz cartilaginosa a sofrer calcificação para a instalação do tecido ósseo sobre sua 
estrutura) e à sua hipertrofia (cabeças de seta em 7 e 8 – os condrócitos dos grupos 
isógenos axiais aumentam de tamanho, indicativo de sua progressiva degeneração e morte 
para a instalação do tecido ósseo sobre restos de cartilagem calcificada – estrelas em 8). 
Coloração: H&E. 
TECIDO CARTILAGINOSO 
9 10 
11 12 
Pe 
A prancha anterior mostra imagens de peças de cartilagem elástica (9, 10, 11 e 12). 
Sob o ponto de vista histológico, as peças de cartilagem elástica são semelhantes às de 
cartilagem hialina; no entanto, há diferenças, algumas mais sutis, outras marcantes. 
Os condrócitos da cartilagem elástica são ligeiramente maiores que os da cartilagem 
hialina; por isso, tem-se a noção de que os condrócitos da cartilagem elástica se 
encontram mais agrupados uns aos outros, e que a quantidade de matriz cartilaginosa 
entre eles é menor, o que também contribui para dificultar a percepção de grupos 
isógenos em peças de cartilagem elástica. 
A matriz da cartilagem elástica possui os mesmos componentes da matriz da cartilagem 
hialina – tanto é que, em colorações de rotina (por ex., H&E), peças de cartilagem hialina e 
elástica se assemelham bastante. Porém, a matriz da cartilagem elástica é mais bem 
definida em colorações especiais para o sistema elástico, onde se percebe melhor a sua 
principal característica, que é a abundância de delgadas fibras elásticas (setas) 
aleatoriamente espalhadas em meio à matriz. Isto elimina a possibilidade do caráter 
homogêneo da matriz, conforme se observa na matriz da cartilagem hialina, uma vez que 
elementos fibrosos – as fibras elásticas – se mostram perceptíveis na matriz. 
Peças de cartilagem elástica também são revestidas por um pericôndrio (Pe), com seus 
folhetos externo (fibroso) e interno (condrogênico), com as mesmas funções que o 
pericôndrio de peças de cartilagem hialina. As fibras elásticas da matriz da cartilagem 
elástica se continuam com as do pericôndrio. 
Coloração: método da resorcina-fucsina de Weigert (para componentes do sistema 
elástico). 
TECIDO CARTILAGINOSO 
13 14 
15 16 
A prancha anterior mostra imagens de peças de cartilagem fibrosa, ou fibrocartilagem (13, 
14,15 e 16). 
A cartilagem fibrosa possui uma matriz acidófila, ao contrário da matriz dos demais tipos 
de cartilagem (que é basófila, em função da abundância de proteoglicanos com 
glicosaminoglicanos sulfatados), uma vez que nela predominam feixes paralelos de fibras 
colágenas (colágeno do tipo I), entre os quais encontram-se pequenos condrócitos 
isolados ou formando grupos isógenos axiais (área demarcada em 13). A cartilagem 
fibrosa não possui pericôndrio, e seus condrócitos obtêm nutrientes a partir de tecidos 
adjacentes, uma vez que quase sempre a cartilagem fibrosa se encontra associada a outros 
tecidos. 
A fotomicrografia em 13 mostra uma área de fibrocartilagem se inserindo em uma área de 
tecido ósseo, representando a inserção de um tendão em um osso. Em 14, percebe-se a 
matriz territorial basófila ao redor dos condrócitos, que ainda mantém alguns 
componentes típicos dos outros tipos de cartilagem, como os glicosaminoglicanos 
sulfatados. O corte histológico em 15 mostra uma área de cartilagem fibrosa corada em 
tricrômico de Gomori, onde as fibras colágenas da matriz se coram em tonalidade verde. A 
imagem em 16 mostra parte de um disco intervertebral (estrutura de união entre os 
corpos de vértebras na coluna vertebral), formada por cartilagem fibrosa, correspondente 
ao anel fibroso. Observe que a fibrocartilagem mantém uma continuidade com a 
cartilagem hialina da superfície do corpo da vértebra. 
Coloração: 13, 14, e 16: H&E; 15, tricrômico de Gomori. 
QUESTÕES COMPLEMENTARES 
 
• Qual é a diferença entre o crescimento intersticial e o crescimento aposicional das 
peças de cartilagem? Qual é a consequência desses tipos de crescimento para o tecido? 
 
• O que significa a caracterização da matriz da cartilagem hialina ao microscópio de luz 
como “basófila e homogênea”? 
 
• Qual é o papel da cartilagem hialina na ossificação endocondral? 
 
• Quais são os principais critérios para a distinção dos tipos de cartilagem à 
microscopia de luz?

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