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educação em saúde, conceito, questões comentadas,

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1 
 
 
 
2 
 
 
Prof.ª Natale Souza 
Saúde Coletiva 
Educação em Saúde e o 
autocuidado 
 
3 
 
 SUMÁRIO 
 
Educação em Saúde ............................................................................................................................... 4 
Educação Popular no Ministério da Saúde: identificando espaços e referências .................. 5 
Educação popular na formação dos profissionais de saúde ............................................................ 9 
O papel dos serviços de saúde .................................................................................................................. 10 
União entre teoria e prática....................................................................................................................... 11 
Algumas Considerações importantes: .................................................................................................. 13 
Autocuidado .......................................................................................................................................... 28 
Teoria do autocuidado ................................................................................................................................. 30 
Teoria de sistemas de enfermagem ........................................................................................................ 32 
Papel da equipe no apoio ao autocuidado ........................................................................................... 33 
Simulado ................................................................................................................................................. 35 
Gabarito .................................................................................................................................................. 42 
Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
 
Em conformidade com o princípio da integralidade, a abordagem do profissional de 
saúde não se deve restringir à assistência curativa, e sim buscar dimensionar fatores de 
risco à saúde e, por conseguinte, à execução de ações preventivas e de promoção, a 
exemplo da educação em saúde. 
 
Seguindo este princípio, as atividades de educação em saúde estão incluídas entre as 
responsabilidades dos profissionais de saúde. Ela permeia todos os níveis de prevenção, 
além de estar presente nas ações de recuperação e tratamento. 
 
A Educação em Saúde é inerente a todas as práticas desenvolvidas no âmbito do. 
Como prática transversal proporciona a articulação entre todos os níveis de gestão do 
sistema, representando dispositivo essencial tanto para formulação da política de saúde 
de forma compartilhada, como às ações que acontecem na relação direta dos serviços 
com os usuários. 
 
 
Nesse sentido tais práticas devem ser valorizadas e qualificadas a fim de que 
contribuam cada vez mais para a afirmação do SUS como a política pública que tem 
proporcionado maior inclusão social, não somente por promover a apropriação do 
significado de saúde enquanto direito por parte da população, como também pela 
promoção da cidadania. 
 
5 
 
É preciso também repensar a Educação em Saúde na perspectiva da participação 
social, compreendendo que as verdadeiras práticas educativas somente têm lugar entre 
sujeitos sociais e, desse modo, deve estar presente nos processos de educação 
permanente para o controle social, de mobilização em defesa do SUS e como tema 
relevante para os movimentos sociais que lutam em prol de uma vida digna. O princípio 
da integralidade do SUS diz respeito tanto à atenção integral em todos os níveis do 
sistema, como também à integralidade de saberes, praticas, vivencias e espaços de 
cuidado. 
 
 
 
Para tanto torna-se necessário o desenvolvimento de ações de educação em saúde numa 
perspectiva dialógica, emancipadora, participativa, criativa e que contribua para a 
autonomia do usuário, no que diz respeito à sua condição de sujeito de direitos e autor de 
sua trajetória de saúde e doença; e autonomia dos profissionais diante da possibilidade 
de reinventar modos de cuidado mais humanizados, compartilhados e integrais. 
 
 
Nesse sentido apresenta-se a educação popular em saúde como portadora da 
coerência política da participação social e das possibilidades teóricas e metodológicas 
para transformar as tradicionais práticas de educação em saúde em práticas pedagógicas 
que levem à superação das situações que limitam o viver com o máximo de qualidade de 
vida que todos nós merecemos. 
 
Educação Popular no Ministério da Saúde: identificando espaços e 
referências 
 
A partir de 2003, passa a fazer parte da estrutura do Ministério da Saúde uma área 
técnica que torna os princípios teóricos, políticos e metodológicos acumulados e ainda a 
construção no campo da Educação Popular em Saúde, como orientadores de suas ações e 
de seu projeto político. 
 
6 
 
A institucionalização, ou seja, a definição de um espaço formalizado tem como 
pressuposto a participação de sujeitos sociais, ativos, criativos, transformadores e 
como missão o apoio ao desenvolvimento de práticas que fortaleçam a constituição 
desses sujeitos. Este processo encontra-se estritamente vinculado ao movimento de 
reflexão crítica, ressignificação e (re)descoberta de outras práticas de educação que 
aconteciam no âmbito dos serviços e dos movimentos populares. 
 
 
Protagonizado por múltiplos atores da sociedade civil: movimentos sociais, profissionais 
que atuam nos serviços de saúde, professores e pesquisadores de universidades, 
educadores populares e agentes populares de saúde, o processo de construção tem como 
base a reflexão sobre o estado da arte das práticas de educação em saúde nos serviços e 
a formulação de proposições com possibilidades de transformar tais práticas. 
 
 
Afirma-se a educação em saúde como pratica na qual existe a participação ativa da 
comunidade, que proporciona informação, educação sanitária e aperfeiçoa as atitudes 
indispensáveis para a vida. 
Ao promover espaço institucional para as ações de Educação Popular e mobilização 
social, o Ministério da Saúde assume o compromisso de ampliar e fortalecer a 
participação da sociedade na política de saúde desde sua formulação ao exercício do 
controle social. 
E, neste sentindo, a Educação Popular em Saúde, localizada na SGTES e atualmente 
na SGEP, representa o lugar, na estrutura do Ministério da Saúde, que atua em estreita 
comunicação e diálogo com os movimentos sociais que produzem ações e práticas 
populares de saúde; com as iniciativas dos serviços e dos movimentos que resgatam e 
recriam cultura popular e afirmam suas identidades étnicas, raciais, de gênero; apoiando 
espaços públicos onde se realiza o Encontro entre governo e sociedade civil 
qualificando o controle social e ampliando a gestão participativa no SUS. 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Educação Popular em Saúde, ao mobilizar autonomias individuais e coletivas, abre 
a alteridade entre indivíduos e movimentos na luta por direitos, contribuindo para a 
ampliação do significado dos direitos de cidadania e instituindo o crescimento e a 
mudança na vida cotidiana das pessoas. 
 
 
 
Considerando que a Educação Popular em Saúde representa o conjunto de conceitos 
polissêmicos, que ganham expressão concreta nas ações sociais orientadas pela 
construção de correspondência entre as necessidades sociais e a configuração de 
políticas públicas, proporcionando lutas coletivas em torno de projetos que levem à 
autonomia, solidariedade, justiça e equidade. 
 
 
As ações de Educação Popular em Saúde impulsionam movimentos voltados para a 
promoção da participação social no processo de formulação e gestão das políticas 
públicas de saúde direcionando-aspara o cumprimento efetivo das diretrizes e dos 
princípios do SUS: universalidade, integralidade, equidade, descentralização, 
participação e controle social. 
 
Educação popular: instrumento de gestão participativa dos serviços de saúde. 
 
8 
 
A educação em saúde é um campo de práticas e de conhecimento do setor saúde que 
tem se ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação assistencial e o 
pensar e fazer cotidiano da população. 
Diferentes concepções e práticas tem marcado a história da educação em saúde no 
Brasil, mas, até a década de 70, a educação em saúde foi basicamente uma iniciativa das 
elites políticas e econômicas e, portanto, subordinada aos seus interesses. Voltava-se 
para a imposição de normas e comportamentos por elas considerados adequados. Para os 
grupos populares que conquistaram maior forca política, as ações de educação em saúde 
foram esvaziadas em favor da expansão da assistência individualizada à saúde. 
Pode-se afirmar que uma grande parte das experiências de Educação Popular em 
Saúde está hoje voltada para a superação do fosso cultural existente entre os serviços de 
saúde, as organizações não-governamentais, o saber sanitário e as entidades 
representativas dos movimentos sociais. De outro lado, a dinâmica de adoecimento e de 
cura do mundo popular e feita desde a perspectiva dos interesses das classes populares, 
reconhecendo, cada vez mais, a sua diversidade e heterogeneidade. 
Atuando a partir de problemas de saúde específicos ou de questões ligadas ao 
funcionamento global dos serviços, busca-se entender, sistematizar e difundir a logica, o 
conhecimento e os princípios que regem a subjetividade dos vários atores envolvidos, de 
forma a superar incompreensões e mal-entendidos ou tornar conscientes e explícitos os 
conflitos de interesse. A educação Popular dedica-se à ampliação dos canais de interação 
cultural e negociações (cartilhas, jornais, assembleias, reuniões, cursos, visitas, etc.) entre 
os diversos grupos populares e os diversos tipos de profissionais e instituições. 
A Educação Popular é um saber importante para a construção da participação, 
servindo não apenas para a criação de uma nova consciência sanitária, como também para 
uma democratização mais radical das políticas públicas. Não é apenas um estilo de 
comunicação e ensino, mas também um instrumento de gestão participada de ações 
sociais. É também o jeito latino-americano de fazer promoção da saúde. 
É importante que deixe de ser uma prática social que acontece de forma pontual no 
sistema de saúde, por intermédio da luta heroica de alguns profissionais de saúde e de 
movimentos sociais, para ser generaliza da amplamente nos diversos serviços de saúde, 
em cada recanto da nação. Um dos grandes desafios, para isso, é a formação amplia da de 
 
9 
 
profissionais de saúde capazes de uma relação participativa com a população e os seus 
movimentos. 
Hoje, um dos maiores desafios do movimento de Educação Popular em Saúde é o 
delineamento mais preciso das estratégias educativas de sua incorporação amplia da nos 
cursos de graduação de todos os profissionais de saúde, na formação de agentes 
comunitários de saúde, na educação permanente em saúde dos trabalhadores do SUS, nos 
cursos de pós-graduação, etc. 
A definição de saúde vem sendo aperfeiçoada a cada momento. Hoje a definição 
mais holística é o bem-estar biopsicossocial cultural e espiritual, evidenciando a 
importância dos fatores culturais e da religiosidade como influenciadores na qualidade de 
vida de uma pessoa. 
 
 
Educação popular na formação dos profissionais de saúde 
 
Tem-se erroneamente associado o conceito de Educação Popular à educação 
informal dirigida ao público popular. O adjetivo "popular" presente no nome Educação 
Popular se refere não à característica de sua clientela, mas à perspectiva política desta 
concepção de educação: a construção de uma sociedade em que as classes populares 
deixem de ser atores subalternos e explorados para serem sujeitos altivos e importantes 
na definição de suas diretrizes culturais, políticas e econômicas. 
 
 
 
A experiência dos movimentos sociais tem mostra do que este modo de conduzir o 
processo educativo pode ser aplicado com sucesso na formação profissional. Muitas 
iniciativas educacionais nas universidades (principalmente em projetos de extensão), nos 
 
10 
 
treinamentos das Secretarias de Saúde de seus profissionais e nas organizações não 
governamentais vêm sendo orientadas pela Educação Popular, descobrindo, aos poucos, 
os caminhos metodológicos de sua aplicação nesse novo contexto institucional. A 
educação dos trabalhadores de saúde nesta perspectiva é fundamental para a ampliação 
de uma gestão participativa no SUS. 
Atitude reflexiva e crítica diante da sociedade, a compaixão com o sofrimento 
humano, a sensibilidade com a sutileza das manifestações das dinâmicas subjetivas e o 
engajamento com os movimentos sociais não podem ser ensinados massivamente por 
meio de disciplinas teóricas. Todavia, podem-se criar situações pedagógicas, orienta das 
pela experiência acumulada da Educação Popular, em que são problematizadas as 
vivências e indignações dos profissionais em sua relação com a realidade, compartilhadas 
iniciativas de enfrentamento e busca de soluções e valorizada a curiosidade na busca de 
entendimento das raízes das questões sociais mais importantes. 
 
 
O papel dos serviços de saúde 
 
A medicina institucionalizada nos serviços de saúde foi organizada em práticas 
especializadas, orientadas para atuar normativamente sobre problemas de saúde. 
A educação em saúde, assim denominada porque, na preposição "em" afirma-se o 
vínculo com os serviços de saúde, foi destinada a desempenhar um importante papel em 
termos de controle social dos doentes e/ou das populações "de risco". O âmbito da 
educação em saúde é relativamente amplo. Inclui desde técnicas destinadas a assegurar 
a adesão às terapêuticas lidar com o abandono do tratamento, com a "negociação" da 
prescrição médica pelos pacientes até aquelas outras, orientadas para a prevenção de 
comportamentos "de risco", a exemplo da gravidez precoce, o consumo de drogas legais 
(álcool, tabaco) e ilegais (maconha, cocaína), a falta de higiene corporal, o sedentarismo e 
a falta de exercício físico. 
As condições e as razões que levam as pessoas a adotar estes comportamentos ou 
atitudes ficam à margem das preocupações da maioria dos profissionais dos serviços e dos 
técnicos com responsabilidade gerencial. São dimensões que estão "fora" do setor saúde. 
 
11 
 
Aplica-se simplesmente a norma: você tem isso, deve fazer aquilo. A solução consiste em 
seguir a norma, no caso, consumir medicamentos, cumprir prescrições. 
Compensar, no nível individual, problemas de caráter social eis o papel fundamental 
a que os serviços de saúde são chamados a desempenhar. Os serviços de saúde são como 
Singer, Campos e Oliveira (1988) denominaram, serviços de controle social, cuja 
finalidade consiste em prevenir, suprimir ou manipular as contradições geradas pelo 
desenvolvimento capitalista no âmbito da vida social, contradições que aparecem sob a 
forma de "problemas" de saúde. O sistema de atenção médica funciona, na sociedade 
capitalista, como uma forma de com pensar, no nível individual, problemas ou condições 
sociais que apontam para situações socialmente injustas do ponto de vista da saúde. 
 
 
 
 
 
União entre teoria e prática 
 
A Educação Popular não é algo parado. Ela tem se modificado com a transformação 
da sociedade. Tem sido aplicada em novos e surpreendentes campos. Estamos sempre 
precisando de novos "Paulos Freires" que continuem o trabalho de elaborar teoricamente 
essas mudanças e de sistematizar a experiência que os movimentos sociais vão 
acumulando em suas lutas. Este e um trabalho que tem se mostrado difícil. 
Paulo Freire explanou sobre cinco princípiosque considerava fundamentais aos 
educadores e às educadoras: 
 
 
12 
 
 
 
O que se entende por Educação e Saúde e quais são os seus fundamentos? 
 
A Educação e Saúde e, do ponto de vista dominante e tradicional, uma área de saber 
técnico, ou seja, uma organização dos conhecimentos das ciências sociais e da saúde 
voltada para "instrumentalizar" o controle dos doentes pelos serviços e a prevenção de 
doenças pelas pessoas. 
 
Enfoques de educação e saúde 
 
O enfoque educativo predominante nos serviços de saúde durante décadas, 
praticamente exclusivo, é o preventivo. Os pressupostos básicos desse enfoque são, de 
um lado, o de que o comportamento dos indivíduos está implicado na etiologia das 
doenças modernas (crônico-degenerativas), comportamento visto como fator de risco 
(dieta, falta de exercício, fumo etc.) e, de outro, o de que os gastos com assistência médica 
têm alta relação em termos de custo-benefício. Ou seja, os gastos produzem pequenos 
benefícios por que os problemas de saúde são de responsabilidade dos indivíduos. 
 
 
 
A educação sanitária preventiva lida com "fatores de risco" comportamentais, ou 
seja, com a etiologia das doenças modernas. A eficácia da educação expressa-se em 
comportamentos específicos como: deixar de fumar, aceitar vacinação, desenvolver 
 
13 
 
práticas higiênicas, usar os serviços para prevenção do câncer, realizar exames de vista 
periódicos. O repasse de informação, normalmente por meio da consulta ou em grupos, 
de palestra seguida ou não de perguntas e respostas, é o procedimento típico do 
preventivismo. 
Com a instituição do Programa Saúde da Família (PSF), em 1994, o preventivismo 
deixou de ser exclusivo. O PSF, além da proposta de ampliar a cobertura de serviços, 
trouxe a perspectiva de mudar o modelo de atenção à saúde no Brasil. 
Pode-se dizer que, ao lado do preventivismo ainda dominante, um novo enfoque 
começou a ser desenvolvido, o chamado enfoque da escolha informada que enfatiza o 
lugar do indivíduo, sua privacidade e dignidade, propondo uma ação com base no princípio 
da eleição informada sobre os riscos à saúde. 
 
 
Algumas Considerações importantes: 
 
1. A mudança de nomenclatura de educação sanitária para educação em saúde diz 
respeito a mudanças nos paradigmas vigentes na prática educativa da época. A educação 
sanitária baseava-se na concepção de que o indivíduo tinha que aprender a cuidar de sua 
saúde, vista como ausência de doença; 
2. O objetivo da educação em saúde, por sua vez, não é o de informar para a saúde, 
mas de transformar saberes existentes. A prática educativa, nesta perspectiva, visa ao 
desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade dos indivíduos no cuidado com a 
saúde, porém não mais pela imposição de um saber técnico-científico detido pelo 
profissional de saúde, mas sim pelo desenvolvimento da compreensão da situação de 
saúde. Objetiva-se, ainda, que essas práticas educativas sejam emancipatórias. A 
estratégia valorizada por este modelo é a comunicação dialógica, que visa à construção 
de um saber sobre o processo saúde-doença-cuidado que capacite os indivíduos a 
decidirem quais as estratégias mais apropriadas para promover, manter e recuperar sua 
saúde. 
3. Dentre os diversos espaços dos serviços de saúde, destaca-se os de atenção 
básica como um contexto privilegiado para desenvolvimento de práticas educativas em 
saúde. Isso devido à particularidade destes serviços, caracterizados pela maior 
 
14 
 
proximidade com a população e a ênfase nas ações preventivas e promocionais. Dentre 
as funções de um médico de atenção básica, destacam-se: prestar atenção preventiva, 
curativa e reabilitadora, ser comunicador e educador em saúde. 
 
 
(2016/FUNCAB/EMSERH) Sobre a Educação em Saúde é correto afirmar: 
 
a) até os dias de hoje, a Educação em Saúde no Brasil é basicamente uma iniciativa das 
elites políticas e econômicas e, portanto, subordinada aos seus interesses. 
b) Apesar da participação de profissionais de saúde nas experiências de Educação Popular 
manteve-se no setor de saúde uma tradição autoritária e normatizadora da Educação em 
Saúde. 
c) A Educação em Saúde é o campo de prática e conhecimento do setor Saúde que tem se 
ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar e 
fazer cotidiano da população. 
d) A Educação em Saúde visa criar sujeitos subalternos educados: sujeitos limpos, polidos, 
alfabetizados, bebendo água fervida, comendo farinha de soja e defecando em fossas 
sépticas, independentemente da conquista de sua liberdade e de seus direitos. 
e) as práticas de Educação em Saúde têm como objetivo principal a inserção de um técnico 
nas pequenas comunidades periféricas identificando lideranças e problemas 
mobilizadores. 
 
Comentário: 
A educação em saúde é o campo de prática e conhecimento do setor saúde que tem se ocupado 
mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar e fazer cotidiano da 
população. Diferentes concepções e práticas têm marcado a história da educação em saúde no 
Brasil. Mas, até a década de 1970, a educação em saúde no Brasil foi basicamente uma 
iniciativa das elites políticas e econômicas e, portanto, subordinada aos seus interesses. Voltava-
se para a imposição de normas e comportamentos por elas considerados adequados. 
 
 
 
15 
 
Resposta Correta: 
c) A Educação em Saúde é o campo de prática e conhecimento do setor Saúde que tem 
se ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar 
e fazer cotidiano da população. 
 
 
 
(2016/IBFC/EBSERH/HUAP-UFF) As práticas de educação em saúde no SUS 
compreendem: 
 
a) Ações desenvolvidas pelos movimentos sociais e populares para a qualificação da 
participação social e reconhecimento do saber popular em saúde 
b) Relações entre sujeitos sociais que portam diferentes saberes e ocupam diferentes 
espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, participativas, mediadas pela ação 
comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou menos formalizadas 
c) Dimensões vinculadas à doença e à prescrição de normas, sendo consideradas 
estratégias básicas para a promoção da saúde 
d) Ações de institucionalização de espaços de participação, desenvolvimento de 
mecanismos democráticos de gestão e formação de gestores para a gestão estratégica e 
participativa 
e) Eventos e ações de conscientização e luta pelo direito universal à saúde 
 
Comentário: 
As práticas de educação em saúde no SUS compreendem relações entre sujeitos sociais que 
portam diferentes saberes e ocupam diferentes espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, 
participativas, mediadas pela ação comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou 
menos formalizadas. 
Painel de indicadores de promoção da saúde, in: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/painel_indicadores_sus_promocao_saude.pdf 
 
 
16 
 
Resposta Correta: 
b) Relações entre sujeitos sociais que portam diferentes saberes e ocupam diferentes 
espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, participativas, mediadas pela ação 
comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou menos formalizadas. 
 
 
(2010/IPAD/Prefeitura de Caruaru – PE) “As ações desenvolvidas em parceria com 
movimentos sociais e populares para a qualificação da participação social e 
reconhecimento do saber popular em saúde” é definida como (Painel de Indicadores do 
SUS/ Promoção da Saúde): 
 
a) Educação permanente para o controle social. 
b) Promoção da equidade. 
c) Mobilização social em saúde. 
d) Educação Popular em Saúde. 
e) Fortalecimento das práticas de gestão participativa. 
 
Comentário: 
- Educação Popular em Saúde: são ações desenvolvidas em parceria com movimentos sociais e 
populares para a qualificação da participação social e reconhecimento do saber popular em 
saúde. 
- Educação Permanente para o Controle Social: compreendeações de formação de conselheiros 
e lideranças sociais para o exercício do controle social em saúde. 
- Promoção da Equidade são ações voltadas à mobilização, formação e ampliação do acesso à 
saúde de populações em situação de vulnerabilidade e risco à saúde, como a população negra, 
LGBT e população do campo e floresta. 
- Fortalecimento das práticas de Gestão Participativa são ações de institucionalização de 
espaços de participação, desenvolvimento de mecanismos democráticos de gestão e formação 
de gestores para a gestão estratégica e participativa. 
 
17 
 
- Mobilização social em saúde compreende a realização de eventos e ações de conscientização 
e luta pelo direito universal à saúde. 
- Produção de conhecimentos envolve pesquisas e publicações elaboradas com intuito de 
difundir e qualificar a gestão estratégica e participativa no SUS. 
 
Resposta Correta: 
d) Educação Popular em Saúde. 
 
 
 
(2016/BIO-RIO/Prefeitura de Mangaratiba – RJ) Em relação às competências da 
Educação em Saúde, NÃO é correto afirmar: 
 
a) apoiar tecnicamente os gestores e representantes das comunidades na elaboração, 
implementação e avaliação de Projetos e Ações de Educação em Saúde e Mobilização 
Social, fortalecendo o controle social. 
 b) estabelecer currículo, conteúdo, programa e metodologias próprios, utilizando 
recursos audiovisuais de acordo com cada população a ser ensinada. 
c) estimular o associativismo e proporcionar acesso às instalações, habitações saudáveis 
e espaços para organização comunitária, possibilitando a geração de trabalho e renda. 
d) articular o intercâmbio de metodologias inovadoras e de experiências bem-sucedidas 
das ações de Educação em Saúde, junto às instituições estaduais, municipais, movimentos 
sociais e organizações não governamentais 
e) promover o intercâmbio intra e interinstitucional de metodologias inovadoras e de 
experiências bem-sucedidas das ações de Educação em Saúde, bem como com os 
movimentos sociais e de educação popular em Saúde. 
 
Comentário: 
Educação Popular em Saúde: são ações desenvolvidas em parceria com movimentos sociais e 
populares para a qualificação da participação social e reconhecimento do saber popular em 
saúde. 
 
 
18 
 
Resposta Correta: 
b) estabelecer currículo, conteúdo, programa e metodologias próprios, utilizando 
recursos audiovisuais de acordo com cada população a ser ensinada. 
 
 
 
2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Sobre a Educação em Saúde, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) O papel do profissional de saúde é ser mero transmissor de informações. 
b) Paulo Freire exerceu forte influência no movimento da educação popular em saúde no 
Brasil. 
c) Didaticamente, o plano de educação em saúde deve ser realizado somente com 
intervenção individual. 
d) O cliente deve ser receptor passivo de informações e abster-se de relatar suas 
experiências. 
e) A finalidade da educação em saúde é atender aos objetivos meramente técnicos de 
campanhas sanitárias. 
 
Comentário: 
A Educação Popular não é algo parado. Ela tem se modificado com a transformação da 
sociedade. Tem sido aplicada em novos e surpreendentes campos. Estamos sempre precisando 
de novos "Paulos Freires" que continuem o trabalho de elaborar teoricamente essas mudanças 
e de sistematizar a experiência que os movimentos sociais vão acumulando em suas lutas. Este 
e um trabalho que tem se mostrado difícil. Paulo Freire explanou sobre cinco princípios que 
considerava fundamentais aos educadores e às educadoras: 
 
Resposta Correta: 
b) Paulo Freire exerceu forte influência no movimento da educação popular em saúde 
no Brasil. 
 
 
 
19 
 
(2016/SUGEP – UFRPE – Adaptada pelo Autor) Acerca das relações entre educação e 
saúde, é correto afirmar que, na atualidade: 
 
a) As ações de promoção da saúde agregam as de educação em saúde. 
b) há maior preocupação em envolver mais diretamente as pessoas que estão sob risco de 
adoecer, ao contrário daquelas que apresentam bom estado de saúde. 
c) por meio da educação, busca-se alcançar o estado de saúde plena, isto é, a mais 
completa ausência de doença. 
d) o público-alvo do enfermeiro educador é constituído, prioritariamente, pelos outros 
profissionais da equipe de enfermagem. 
e) a educação em saúde é o ramo da atuação da enfermagem voltada exclusivamente para 
a formação de mão de obra nessa área. 
 
Comentário: 
A Educação em saúde é uma das ações do Prevenção primária em Saúde, no que tange à 
promoção da Saúde. 
 
Resposta Correta: 
a) As ações de promoção da saúde agregam as de educação em saúde. 
 
 
 
(2014/CESPE/Câmara dos Deputados) No que se refere à educação em saúde, julgue o 
item que se segue. 
 
A educação em saúde é um processo de participação popular essencial à construção de 
conhecimento para a solução dos problemas de saúde. 
 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
20 
 
Comentário: 
Educação Popular em Saúde: são ações desenvolvidas em parceria com movimentos sociais e 
populares para a qualificação da participação social e reconhecimento do saber popular em 
saúde. 
 
Resposta Correta: 
Certo. 
 
 
 
(2012/CESGRANRIO/Transpetro – adaptada pelo autor) Prevenção em Saúde Pública 
é a ação antecipada com o objetivo de interceptar ou anular a evolução de uma doença. 
Qual a medida de prevenção primária tem como resultado a manutenção da saúde e do 
bem-estar geral? 
 
a) Fisioterapia 
b) Isolamento 
c) Educação em saúde 
d) Terapia ocupacional 
e) Aconselhamento genético 
 
Comentário: 
A Educação em saúde é uma das ações do Prevenção primária em Saúde, no que tange à 
promoção da Saúde. 
 
Resposta Correta: 
c) Educação em saúde 
 
 
 
(2014/IADES/EBSERH) A educação em saúde está voltada para a melhoria da qualidade 
de vida do indivíduo e da coletividade. A respeito desse assunto, assinale a alternativa 
que não corresponde aos objetivos da educação em saúde. 
 
 
21 
 
a) Conscientizar o indivíduo para que considere a saúde como um valor. 
b) Estimular a utilização dos serviços de saúde 
c) Orientar o indivíduo sobre o fato de que a sua saúde depende somente do Estado. 
d) Incentivar o indivíduo a cuidar de sua saúde por meio dos próprios esforços e ações, 
exercendo a cidadania almejada. 
e) Fornecer conhecimento com a finalidade de estimular pacientes para efetivar 
mudanças em seu comportamento. 
Comentário: 
A saúde não depende só do Estado e as ações de educação em saúde reforçam a ideia de 
participação popular, controle social e autocuidado. 
 
Resposta Correta: 
c) Orientar o indivíduo sobre o fato de que a sua saúde depende somente do Estado. 
 
 
 
(2015/AOCP/FUNDASUS) Considera-se como um dos pressupostos importantes da 
Política Nacional de Educação Popular em Saúde: 
 
a) o diálogo. 
b) o método científico. 
c) a centralização no profissional de saúde. 
d) a recusa de práticas e saberes populares. 
e) a alienação. 
Comentário: 
O diálogo é um dos pressupostos mais importantes para a operacionalização da Educação em 
saúde. Os saberes dos sujeitos envolvidos devem ser levados em consideração e a escuta é uma 
“via de mão dupla”. 
 
Resposta Correta: 
a) o diálogo. 
 
22 
 
 (2014/BIO-RIO/Fundação Saúde). Na atenção básica, utilizam-se várias técnicas 
relacionadas à educação em saúde, uma medida de prevenção: 
 
a) relativa. 
b) primária. 
c) secundária. 
d) terciária. 
e) de risco. 
Comentário: 
A Educação em saúde é uma das ações do Prevenção primária em Saúde, no que tange à 
promoção da Saúde. 
 
Resposta Correta: 
b) primária. 
 
 
(2017/FCM/IF-RJ) O papel da enfermeira na educação em saúde, relacionado aos maus 
hábitos de vida do paciente é: 
 
a) criar mecanismos de punição para o paciente em casos de recaída. 
B) elaborar metas a serem seguidas, desconsiderando a opinião do paciente. 
c) reforçar o processo de mudança, considerando a inclusão da família nesteprocesso. 
d) respeitar as vontades do paciente, sem determinar prazos para as mudanças de hábitos. 
e) estabelecer metas para as mudanças de hábitos, considerando sua integração ao estilo 
de vida global do paciente. 
 
Comentário: 
A educação em saúde também deve ser operacionalizada através de planos de ação, onde os 
envolvidos – profissional, usuário e familiares, devem estar envolvidos e com seus papeis 
definidos na implementação dos planos. 
 
Resposta Correta: 
c) reforçar o processo de mudança, considerando a inclusão da família neste processo. 
 
23 
 
 (2010/CESPE/INCA) No modelo emergente de educação em saúde, conhecido como 
modelo dialógico e participativo, o objetivo da educação não é o de informar para a 
saúde, mas de transformar saberes existentes, visando à autonomia e à emancipação 
dos indivíduos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
Comentário: 
As práticas de educação em saúde, compreendem relações entre sujeitos sociais que portam 
diferentes saberes e ocupam diferentes espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, 
participativas, mediadas pela ação comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou 
menos formalizadas – visando a autonomia e emancipação dos indivíduos. 
 
Resposta Correta: 
Certo. 
 
 
 (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) A educação em saúde é um campo que possui 
diversas facetas, constituindo um conjunto de práticas das áreas tanto da educação 
quanto da saúde. A respeito desse tema, assinale a alternativa correta. 
 
a) No Brasil, a educação em saúde constituiu-se no âmbito da saúde pública e privada, 
orientando novas práticas. 
b) Duas dimensões dessa disciplina se destacam e persistem atualmente: uma envolvendo 
a aprendizagem sobre as doenças e outra caracterizada como promoção da saúde pela 
Organização Mundial da Saúde, incluindo os fatores sociais que afetam a saúde. 
c) Atualmente, há uma significativa estagnação de programas de pesquisas que incluem 
essa área. 
d) A educação em saúde é um processo sistemático, contínuo e permanente que objetiva 
a formação e o desenvolvimento da consciência crítica dos estudiosos na busca de 
soluções para problemas, não sendo ainda acessível à população. 
 
24 
 
e) A educação em saúde ainda é algo recente e em desenvolvimento, por isso não possui 
embasamento legal, o que tem dificultado o cumprimento de algumas normas. 
 
Comentário: 
A promoção da saúde e a educação em saúde são temas interligados. Desde o sentido da 
prevenção primária, no que tange a promoção da saúde, até a operacionalização da Política 
Nacional de Promoção da Saúde – Portaria 2.446/14, que tem em seus alicerces a educação em 
saúde. 
 
Resposta Correta: 
b) Duas dimensões dessa disciplina se destacam e persistem atualmente: uma 
envolvendo a aprendizagem sobre as doenças e outra caracterizada como promoção da 
saúde pela Organização Mundial da Saúde, incluindo os fatores sociais que afetam a 
saúde. 
 
 
(2011/CESPE/SEDUC-AM) As ações socioeducativas e(ou) de educação em saúde 
objetivam, exclusivamente, o fornecimento de informações e a adesão dos usuários e 
famílias às práticas definidas pela equipe de saúde. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário: 
As ações de educação em saúde não objetivam exclusivamente o fornecimento de informações, 
e sim o empoderamento dos atores envolvidos no processo, gerando autonomia e visão crítica. 
 
Resposta Correta: 
Errado. 
 
(2015/CESPE/FUB) Com relação a alguns aspectos da gestão em saúde, julgue o 
próximo item. 
 
 
25 
 
Entre as práticas que constituem a gestão participativa inclui-se a reconstrução do significado 
da educação em saúde, algo que se desenvolve nas instituições de educação formal e nos 
serviços de saúde. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário: 
As práticas de educação em saúde, compreendem relações entre sujeitos sociais que portam 
diferentes saberes e ocupam diferentes espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, 
participativas, mediadas pela ação comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou 
menos formalizadas – visando a autonomia e emancipação dos indivíduos. 
 
Resposta Correta: 
Certo. 
 
 
(2010/CESPE/INCA) Organização Mundial da Saúde (OMS), o objetivo da educação em 
saúde é desenvolver nas pessoas o senso de responsabilidade pela sua própria saúde e 
pela saúde da comunidade a qual pertençam e a capacidade de participar da vida 
comunitária de uma maneira construtiva. Julgue o item a seguir, relativo à educação 
em saúde. 
 
O Manual de Educação em Saúde foi elaborado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para 
padronizar as ações educativas relativos ao controle de doenças, a partir da identificação das 
necessidades locais. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário: 
As práticas de educação em saúde, compreendem relações entre sujeitos sociais que portam 
diferentes saberes e ocupam diferentes espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, 
 
26 
 
participativas, mediadas pela ação comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou 
menos formalizadas – visando a autonomia e emancipação dos indivíduos e não há um Manual 
específico, pois, as ações devem ser construídas em conjunto com a comunidade e de acordo com 
a real necessidade. 
 
Resposta Correta: 
Errado. 
 
 
(2014/CESPE/Câmara dos Deputados) No que se refere à educação em saúde, julgue o 
item que se segue. 
 
As ações de educação em saúde fundamentam-se em responsabilidades individuais, estatais 
e coletivas e estimulam a formação de uma consciência epidemiológica em todos os setores da 
sociedade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário: 
A educação em saúde como processo político pedagógico requer o desenvolvimento de um 
pensar crítico e reflexivo, permitindo desvelar a realidade e propor ações transformadoras e não 
uma consciência epidemiológica. 
 
Resposta Correta: 
Errado. 
 
 
(2010/CESPE/TRE-BA) A relação entre o profissional de saúde e o usuário é um dos 
fatores mais importantes para a adesão, deste, a terapêuticas e programas de educação 
e saúde. A respeito desse assunto, julgue o próximo item. 
 
A maior adesão do usuário a terapêuticas e programas de educação e saúde pode estar 
associada a uma comunicação empática do profissional de saúde que lhe presta atendimento. 
 
27 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
A comunicação adequada entre profissionais e usuários gera uma relação de confiança. As 
informações devem ser dialogadas, pactuadas e o uso de linguagem acessível e postura 
empática. 
 
Resposta Correta: 
Certo. 
 
 
(2015/VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos – SP) O educador Paulo Freire disse 
que “a educação não transforma o mundo. A educação muda as pessoas. As pessoas 
mudam o mundo." É correto afirmar, então, que Paulo Freire entendia a educação em 
saúde como caminho para: 
 
a) a aquisição de habilidades para o trabalho. 
b) o desenvolvimento de autonomia das pessoas para decisões. 
c) a hierarquização das pessoas segundo seu conhecimento. 
d) a formação acadêmica e ascensão social. 
e) o domínio de tecnologia e independência financeira. 
 
Comentário: 
As práticas de educação em saúde, compreendem relações entre sujeitos sociais que portam 
diferentes saberes e ocupam diferentes espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, 
participativas, mediadas pela ação comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou 
menos formalizadas – visando a autonomia e emancipação dos indivíduos. 
 
Resposta Correta: 
b) o desenvolvimento de autonomia das pessoas para decisões. 
 
 
28 
 
AUTOCUIDADO 
 
Autocuidado e cuidar de si mesmo, buscar quais são as necessidades do corpo e da 
mente, melhorar o estilo de vida, evitar hábitos nocivos, desenvolver uma alimentação 
sadia, conhecer e controlar os fatores de risco que levam as doenças, adotar medidas de 
prevenção de doenças. Todas essas ações visam a melhoriada qualidade de vida. 
Para que o autocuidado se torne eficaz e seguro e não somente acessível e 
econômico, salienta-se a importância do continuo desenvolvimento da competência do 
indivíduo e da comunidade para o autocuidado. Considera-se, portanto, o autocuidado 
como ingrediente essencial no cuidado a saúde, a ser complementado por recursos 
técnicos e profissionais. O indivíduo ao adquirir um habito positivo em relação a sua 
doença, ele sai do status de desinformação e dependendo do próprio desejo de querer 
mudar ou agir ele pode, além de se informar, interessar-se, envolver-se e finalmente 
tornar-se atuante no processo de transformação. Isto pode mudar a história da doença na 
população afetada. 
 
 
 
 O autocuidado é uma atividade do indivíduo apreendida pelo mesmo e orientada para 
um objetivo. É uma ação desenvolvida em situações concretas da vida, e que o indivíduo 
dirige para si mesmo ou para regular os fatores que afetam seu próprio desenvolvimento, 
atividades em benefício da vida, saúde e bem-estar. O autocuidado, conforme nos valida 
 
29 
 
a autora, tem como propósito, o emprego de ações de cuidado, seguindo um modelo, que 
contribui para o desenvolvimento humano. As ações que constituem o autocuidado são 
os requisitos universais, de desenvolvimento e os de alterações da saúde. 
No início do século XXI, as doenças crônicas já eram responsáveis por 60% das 
despesas com o tratamento de doenças em todo o mundo e podem atingir 80% em 2020, 
principalmente aos países em desenvolvimento. Além disso, a adesão ao tratamento das 
doenças crônicas é de apenas 20%, o que provoca elevados encargos à família, ao governo 
e à sociedade, além de estatísticas negativas para a saúde. No Brasil, em 2011, as doenças 
crônicas não transmissíveis (DCNTs) já eram responsáveis por 70% das mortes, com 
destaque para as doenças cardiovasculares (30%) e o câncer (15,6%), atingindo 
principalmente as pessoas de baixa renda e escolaridade, além de grupos vulneráveis, 
como o dos idosos. 
Como a maioria das condições crônicas é evitável e muitas de suas complicações 
preveníveis, os profissionais de saúde, mediante a interação com o paciente e sua família, 
devem orientá-los quanto à adoção de medidas preventivas, por meio da educação e de 
habilidades de comunicação. Como colaboradora para as práticas de saúde de forma 
individual e coletiva, a enfermagem se faz importante na prevenção de agravos, além da 
promoção e proteção da saúde, visando à prevenção de incapacidades, à manutenção da 
funcionalidade e à melhoria da qualidade de vida, sobretudo da população idosa. 
 
 
 
A prática educativa é parte integrante do cuidado em enfermagem. Essa prática, na 
concepção de Acioli, deve ser compartilhada por meio de um espaço para a troca de 
experiências e de saberes, onde o enfermeiro possa observar a realidade e identificar as 
necessidades, a fim de avaliar e reorientar sistematicamente o planejamento das ações a 
desenvolver. 
 
Em nível macro, políticas pontuais e esforços também têm sido envidados tanto pela 
Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no 
Brasil, seja para a prevenção, seja para o controle de tais agravos. A OMS propõe o modelo 
de cuidados inovadores para condições crônicas baseado em uma tríade, que se encontra 
 
30 
 
no centro do modelo formado pelo paciente e pelos familiares, pelo grupo de apoio da 
comunidade e pela equipe de atenção à saúde. A enfermagem integra a equipe de saúde e 
disponibiliza seu processo de cuidar de diferentes formas para o enfrentamento das 
condições crônicas. O autocuidado é destacado nesse modelo como importante 
estratégia de enfrentamento que "possibilita as pessoas a cuidarem de si mesmas com o 
auxílio de informações e materiais educacionais criteriosamente elaborados, incluindo 
assessoramento por meio de serviços online ou de televisão digital". 
A enfermagem, como campo de conhecimento e prática, concebe o autocuidado, 
baseando-se no constructo teórico de Dorothea Orem, desenvolvido em 1959, como "o 
desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para 
manter a vida, a saúde e o bem-estar". Segundo o pensamento teórico de Dorothea Orem, 
quando uma pessoa não reúne habilidades suficientes para atender a uma demanda de 
autocuidado, torna-se necessário que outra pessoa exerça tais cuidados, no caso, o 
enfermeiro. Carpenito-Moyet, em concordância com Dorothea Orem, também concebe o 
autocuidado como a capacidade de uma pessoa prestar seu próprio cuidado, em todas as 
áreas, de forma independente. 
Em 1985, Dorothea Orem desenvolveu sua teoria geral do déficit de autocuidado, 
composta por três teorias inter-relacionadas: a teoria do autocuidado; a teoria do déficit 
de autocuidado e a teoria dos sistemas de enfermagem. 
 
 
Teoria do autocuidado 
 
De acordo com Orem (1985), os indivíduos para engajar – se no autocuidado, estão 
condicionados pela idade, estado de desenvolvimento, experiência de vida, orientação 
sócio - cultural saúde e recursos disponíveis, normalmente pessoas adultas cuidam 
voluntariamente de si mesmas, já pessoas como: bebê, criança, idoso, pessoa inválida, 
pessoas doentes requerem uma total assistência. 
 
 
 
 
 
31 
 
Requisitos do Autocuidado segundo Orem (1985) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A promoção do funcionamento e desenvolvimento humanos, em grupos sociais 
conforme o potencial humano, limitações humanas conhecidas e o desejo humano de ser 
normal. Normalidade é utilizada no sentido daquilo que é essencialmente humano e 
aquilo que está de acordo com as características genéticas e constitucionais, bem como 
os talentos das pessoas. 
Segundo a autora em questão, quando o enfermeiro identifica a capacidade de 
autocuidado inadequada para alcançar os requisitos de autocuidado, existe déficit de 
autocuidado (DAC). 
O déficit de autocuidado relacionado ao banho/higiene é o estado em que o 
indivíduo apresenta capacidade prejudicada para realizar ou completar as atividades de 
banho/higiene de si mesmo. Os problemas de higiene entre as pessoas acamadas são mais 
elevados em relação as outras, pois seu confinamento no leito, o estresse e o tratamento 
contribuem para o acúmulo maior de secreções. 
 
 
32 
 
Na UTI a maioria dos pacientes não apresentam capacidade para locomoção e tem maior 
número de limitações físicas o que os impedem de manter alto nível de higiene corporal. 
 
 
O banho no leito se torna uma necessidade humana essencial para estas pessoas, 
que precisam de repouso absoluto, ou cuja, mobilidade e locomoção estejam afetadas. A 
enfermagem é quem presta assistência direta a estes pacientes e muitas vezes o grau de 
dependência desses pacientes não é determinados. 
 
Orem identifica cinco métodos de ajuda. São as seguintes: 
 
1. Agir ou fazer para o outro 
2. Guiar o outro 
3. Apoiar o outro (física e psicologicamente) 
4. Ensinar o outro 
 
O enfermeiro pode ajudar o indivíduo, utilizando-se de qualquer um ou de todos os 
métodos, de modo de oferecer assistência com autocuidado. 
 
 
Teoria de sistemas de enfermagem 
 
A teoria dos sistemas de enfermagem está baseada nas necessidades de 
autocuidado e na capacidade do paciente em desempenhá-las. É classificada em três 
tipos: 
➢ Sistema totalmente compensatório, quando o indivíduo é incapaz de desenvolver 
ações de autocuidado necessitando totalmente da enfermagem; 
➢ Sistema parcialmente compensatório, no qual tanto o indivíduo quanto a 
enfermagem desenvolvem ações de autocuidado; 
➢ Sistema de apoio-educação, em que a pessoa é capaz de desenvolver seu 
autocuidado, mas necessita de orientação do enfermeiro para que possa aprender 
a desempenhá-lo. 
 
33 
 
Na visão de Orem, após o enfermeiro identificar o déficit de AC, ele estabelece o 
plano de ação junto ao paciente, delegando a sua responsabilidade,a do paciente e a de 
outros profissionais, para que as demandas terapêuticas do AC sejam atendidas. 
O grau e o tipo de intervenção de enfermagem irão variar em proporção ao poder 
ou as limitações na capacidade de AC do paciente. Orem diferencia três tipos de sistemas 
de enfermagem, que vão desenvolver a assistência sistematizada com a finalidade de 
trazer o cliente à situação de (re) assumir seu próprio cuidado ou cuidado dependente. 
 
 
Papel da equipe no apoio ao autocuidado 
 
Para apoiar o autocuidado, a equipe de saúde precisa auxiliar as pessoas a adotarem 
comportamentos saudáveis, e estabelecer uma relação ética onde a valorização do outro, 
da sua história de vida e da sua capacidade em resolver seus problemas é considerada. 
A pessoa é quem decide quais comportamentos quer adotar neste momento e 
elabora um plano de ação para isso, o Plano de Autocuidado. Para a elaboração e 
acompanhamento do plano, a equipe de saúde deve favorecer e apoiar o processo de 
mudança e não o dirigir. É uma parceria que se estabelece entre os profissionais de saúde, 
os usuários, seus familiares e a comunidade. 
O primeiro passo para o autocuidado é a avaliação da capacidade da pessoa em 
exercê-lo. Para isso, o profissional de saúde deve observar se a pessoa tem autonomia e 
independência suficientes para a realização do plano de autocuidado; e aceita participar 
do processo. 
A Técnica dos 5 “As” sistematiza as ações da equipe de saúde no apoio ao processo 
de mudança de comportamento. Memorizar os 5 As e aplicá-los nas intervenções de 
saúde que impliquem em adoção de novos comportamentos, aumenta a possibilidade de 
efetividade terapêutica nas condições crônicas. 
A partir dessa técnica, torna-se mais fácil a elaboração do Plano de Autocuidado 
Apoiado. Este plano é construído conjuntamente entre a pessoa e a equipe de saúde e 
tem como objetivo organizar as intervenções que serão realizadas pela pessoa para o 
controle da sua condição de saúde. 
 
 
34 
 
Técnica dos 05 “As” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Russel, Glasgow e Doriane. (2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
1.(2016/FUNCAB/EMSERH) Sobre a Educação em Saúde é correto afirmar: 
 
a) Até os dias de hoje, a Educação em Saúde no Brasil é basicamente uma iniciativa das 
elites políticas e econômicas e, portanto, subordinada aos seus interesses. 
b) Apesar da participação de profissionais de saúde nas experiências de Educação Popular 
manteve-se no setor de saúde uma tradição autoritária e normatizadora da Educação em 
Saúde. 
c) A Educação em Saúde é o campo de prática e conhecimento do setor Saúde que tem se 
ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar e 
fazer cotidiano da população. 
d) A Educação em Saúde visa criar sujeitos subalternos educados: sujeitos limpos, polidos, 
alfabetizados, bebendo água fervida, comendo farinha de soja e defecando em fossas 
sépticas, independentemente da conquista de sua liberdade e de seus direitos. 
e) As práticas de Educação em Saúde têm como objetivo principal a inserção de um 
técnico nas , pequenas comunidades periféricas identificando lideranças e problemas 
mobilizadores. 
 
2.(2016/IBFC/EBSERH/HUAP-UFF)As práticas de educação em saúde no SUS 
compreendem: 
 
a)Ações desenvolvidas pelos movimentos sociais e populares para a qualificação da 
participação social e reconhecimento do saber popular em saúde 
b)Relações entre sujeitos sociais que portam diferentes saberes e ocupam diferentes 
espaços. São práticas dialógicas, estratégicas, participativas, mediadas pela ação 
comunicativa entre os participantes, podendo ser mais ou menos formalizadas 
c)Dimensões vinculadas à doença e à prescrição de normas, sendo consideradas 
estratégias básicas para a promoção da saúde 
d)Ações de institucionalização de espaços de participação, desenvolvimento de 
mecanismos democráticos de gestão e formação de gestores para a gestão estratégica e 
participativa 
e) Eventos e ações de conscientização e luta pelo direito universal à saúde 
 
36 
 
 
3. (2010/IPAD/Prefeitura de Caruaru – PE) “As ações desenvolvidas em parceria com 
movimentos sociais e populares para a qualificação da participação social e 
reconhecimento do saber popular em saúde” é definida como (Painel de Indicadores do 
SUS/ Promoção da Saúde): 
 
a) Educação permanente para o controle social. 
b) Promoção da equidade. 
c) Mobilização social em saúde. 
d) Educação Popular em Saúde. 
e) Fortalecimento das práticas de gestão participativa. 
 
4. (2016/BIO-RIO/Prefeitura de Mangaratiba – RJ) Em relação às competências da 
Educação em Saúde, NÃO é correto afirmar: 
 
a) apoiar tecnicamente os gestores e representantes das comunidades na elaboração, 
implementação e avaliação de Projetos e Ações de Educação em Saúde e Mobilização 
Social, fortalecendo o controle social. 
b) estabelecer currículo, conteúdo, programa e metodologias próprios, utilizando 
recursos audiovisuais de acordo com cada população a ser ensinada. 
c) estimular o associativismo e proporcionar acesso às instalações, habitações saudáveis 
e espaços para organização comunitária, possibilitando a geração de trabalho e renda. 
d) articular o intercâmbio de metodologias inovadoras e de experiências bem-sucedidas 
das ações de Educação em Saúde, junto às instituições estaduais, municipais, movimentos 
sociais e organizações não governamentais 
e) promover o intercâmbio intra e interinstitucional de metodologias inovadoras e de 
experiências bem-sucedidas das ações de Educação em Saúde, bem como com os 
movimentos sociais e de educação popular em saúde. 
 
 
5. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Sobre a Educação em Saúde, assinale a 
alternativa correta. 
 
 
37 
 
 
a) O papel do profissional de saúde é ser mero transmissor de informações. 
b) Paulo Freire exerceu forte influência no movimento da educação popular em saúde no 
Brasil. 
c) Didaticamente, o plano de educação em saúde deve ser realizado somente com 
intervenção individual. 
d) O cliente deve ser receptor passivo de informações e abster-se de relatar suas 
experiências. 
e) A finalidade da educação em saúde é atender aos objetivos meramente técnicos de 
campanhas sanitárias. 
 
6. (2016/SUGEP – UFRPE – Adaptada pelo Autor) Acerca das relações entre educação 
e saúde, é correto afirmar que, na atualidade: 
 
a)As ações de promoção da saúde agregam as de educação em saúde. 
b)há maior preocupação em envolver mais diretamente as pessoas que estão sob risco de 
adoecer, ao contrário daquelas que apresentam bom estado de saúde. 
c) por meio da educação, busca-se alcançar o estado de saúde plena, isto é, a mais 
completa ausência de doença. 
d) o público-alvo do enfermeiro educador é constituído, prioritariamente, pelos outros 
profissionais da equipe de enfermagem. 
e)a educação em saúde é o ramo da atuação da enfermagem voltada exclusivamente para 
a formação de mão de obra nessa área. 
 
7.(2014/CESPE/Câmara dos Deputados) No que se refere à educação em saúde, julgue 
o item que se segue. 
 
A educação em saúde é um processo de participação popular essencial à construção de 
conhecimento para a solução dos problemas de saúde. 
 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
38 
 
 
8. (2012/CESGRANRIO/Transpetro – adaptada pelo autor) Prevenção em Saúde 
Pública é a ação antecipada com o objetivo de interceptar ou anular a evolução de uma 
doença. 
Qual a medida de prevenção primária tem como resultado a manutenção da saúde e do 
bem-estar geral? 
 
a) Fisioterapia 
b) Isolamento 
c) Educação em saúde 
d) Terapia ocupacional 
e) Aconselhamento genético 
 
9. (2014/IADES/EBSERH) A educação em saúde está voltada para a melhoria da 
qualidade de vida do indivíduo e da coletividade. A respeito desse assunto, assinale a 
alternativa que não corresponde aos objetivos da educação emsaúde. 
 
a) Conscientizar o indivíduo para que considere a saúde como um valor. 
b) Estimular a utilização dos serviços de saúde 
c) Orientar o indivíduo sobre o fato de que a sua saúde depende somente do Estado. 
d) Incentivar o indivíduo a cuidar de sua saúde por meio dos próprios esforços e ações, 
exercendo a cidadania almejada. 
e) Fornecer conhecimento com a finalidade de estimular pacientes para efetivar 
mudanças em seu comportamento. 
 
10. (2015/AOCP/FUNDASUS) Considera-se como um dos pressupostos importantes da 
Política Nacional de Educação Popular em Saúde: 
a) o diálogo. 
b) o método científico. 
c) a centralização no profissional de saúde. 
d) a recusa de práticas e saberes populares. 
e) a alienação. 
 
39 
 
 
11. (2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) Na atenção básica, utilizam-se várias técnicas 
relacionadas à educação em saúde, uma medida de prevenção: 
 
a) relativa. 
b) primária. 
c) secundária. 
d) terciária. 
e) de risco. 
 
12. (2017/FCM/IF-RJ) O papel da enfermeira na educação em saúde, relacionado aos 
maus hábitos de vida do paciente é: 
 
a)criar mecanismos de punição para o paciente em casos de recaída. 
b)elaborar metas a serem seguidas, desconsiderando a opinião do paciente. 
c) reforçar o processo de mudança, considerando a inclusão da família neste processo. 
d)respeitar as vontades do paciente, sem determinar prazos para as mudanças de hábitos. 
e)estabelecer metas para as mudanças de hábitos, considerando sua integração ao estilo 
de vida global do paciente. 
 
13. (2010/CESPE/INCA) No modelo emergente de educação em saúde, conhecido como 
modelo dialógico e participativo, o objetivo da educação não é o de informar para a 
saúde, mas de transformar saberes existentes, visando à autonomia e à emancipação 
dos indivíduos. 
 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
14. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) A educação em saúde é um campo que possui 
diversas facetas, constituindo um conjunto de práticas das áreas tanto da educação 
quanto da saúde. A respeito desse tema, assinale a alternativa correta. 
 
a) No Brasil, a educação em saúde constituiu-se no âmbito da saúde pública e privada, 
orientando novas práticas. 
 
40 
 
 
b) Duas dimensões dessa disciplina se destacam e persistem atualmente: uma envolvendo 
a aprendizagem sobre as doenças e outra caracterizada como promoção da saúde pela 
Organização Mundial da Saúde, incluindo os fatores sociais que afetam a saúde. 
c) Atualmente, há uma significativa estagnação de programas de pesquisas que incluem 
essa área. 
d) A educação em saúde é um processo sistemático, contínuo e permanente que objetiva 
a formação e o desenvolvimento da consciência crítica dos estudiosos na busca de 
soluções para problemas, não sendo ainda acessível à população. 
e) A educação em saúde ainda é algo recente e em desenvolvimento, por isso não possui 
embasamento legal, o que tem dificultado o cumprimento de algumas normas. 
 
15. (2011/CESPE/SEDUC-AM) As ações socioeducativas e(ou) de educação em saúde 
objetivam, exclusivamente, o fornecimento de informações e a adesão dos usuários e 
famílias às práticas definidas pela equipe de saúde. 
 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
16. (2015/CESPE/FUB) Com relação a alguns aspectos da gestão em saúde, julgue o 
próximo item. 
 
Entre as práticas que constituem a gestão participativa inclui-se a reconstrução do significado 
da educação em saúde, algo que se desenvolve nas instituições de educação formal e nos 
serviços de saúde. 
 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
17. (2010/CESPE/INCA) Organização Mundial da Saúde (OMS), o objetivo da educação 
em saúde é desenvolver nas pessoas o senso de responsabilidade pela sua própria saúde 
e pela saúde da comunidade a qual pertençam e a capacidade de participar da vida 
 
41 
 
 
comunitária de uma maneira construtiva. Julgue o item a seguir, relativo à educação 
em saúde. 
 
O Manual de Educação em Saúde foi elaborado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para 
padronizar as ações educativas relativos ao controle de doenças, a partir da identificação das 
necessidades locais. 
 
( ) Certa 
( ) Errada 
 
18. (2014/CESPE/Câmara dos Deputados) No que se refere à educação em saúde, julgue 
o item que se segue. 
 
As ações de educação em saúde fundamentam-se em responsabilidades individuais, estatais 
e coletivas e estimulam a formação de uma consciência epidemiológica em todos os setores da 
sociedade. 
 
( ) Certa 
( ) Errada 
 
19. (2010/CESPE/TRE-BA) A relação entre o profissional de saúde e o usuário é um dos 
fatores mais importantes para a adesão, deste, a terapêuticas e programas de educação 
e saúde. A respeito desse assunto, julgue o próximo item. 
 
A maior adesão do usuário a terapêuticas e programas de educação e saúde pode estar 
associada a uma comunicação empática do profissional de saúde que lhe presta atendimento. 
 
( ) Certa 
( ) Errada 
 
20. (2015/VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos – SP) O educador Paulo Freire 
disse que “a educação não transforma o mundo. A educação muda as pessoas. As 
 
42 
 
 
pessoas mudam o mundo." É correto afirmar, então, que Paulo Freire entendia a 
educação em saúde como caminho para: 
 
a) a aquisição de habilidades para o trabalho. 
b) o desenvolvimento de autonomia das pessoas para decisões. 
c) a hierarquização das pessoas segundo seu conhecimento. 
d) a formação acadêmica e ascensão social. 
e) o domínio de tecnologia e independência financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 C 
2 B 
3 D 
4 B 
5 B 
6 A 
7 CERTO 
8 C 
9 C 
10 A 
11 B 
12 C 
13 CERTO 
14 B 
15 ERRADO 
16 CERTO 
17 ERRADO 
18 ERRADO 
19 CERTO 
20 B 
 
43 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Alves VS. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da 
atenção e reorientação do modelo assistencial. Interf.-Comun. Saúde, Educ. 2005; 9(16):39-52. 
 
Alves, Gehysa Guimarães. Aerts, Denise. As práticas educativas em saúde e a Estratégia Saúde da 
Família. Ciênc. saúde coletiva vol.16 no.1 Rio de Janeiro Jan. 2011 
 
Brasil. Ministerio da Saude. Secretaria de Gestao Estrategica e Participativa. Departamento de Apoio 
à Gestao Participativa. Caderno de educacao popular e saude / Ministerio da Saude, Secretariade 
Gestao Estrategica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestao Participativa. - Brasilia: 
Ministerio da Saude, 2007.160 p. 
 
Brandão CR. A educação popular na área da Saúde. Interf.-Comun., Saúde, and Educ. 2001; 5(8):127-
31. 
 
Pelicioni MCF, Pelicioni AF. Educação e promoção da saúde: uma retrospectiva histórica. O Mundo da 
Saúde 2007; 31(3): 320-28. Extraído de 
[http://www.scamilo.edu.br/pdf/mundo_saude/55/02_restrospectiva_historica.pdf], acesso em [9 de 
novembro de 2008]. 
Peduzzi, Marina. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev Saúde Pública 
2001;35(1):103-9 
Peduzzi, Marina. Trabalho em equipe. Disponível em: 
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/traequ.html 
 
 
 
 
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44 
 
 
 
45 
 
 
https://enfconcursos.com/l/completo-ebooks

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