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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESA ENFERMAGEM A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO BÁSICA DE JOVENS E ADULTOS ESTUDANTES Discentes: Elienay Ribeiro Mendes, Lirio Diogo da Silva Reis, Matheus Gustavo de Oliveira Targino, Sérgio Lúcio Araújo de Castro e Thaís Mirelly Fontoura Vieira Orientador: Prof Dr. Vinicius Azevedo Machado MANAUS, AMAZONAS 2023 Discentes: Elienay Ribeiro Mendes, Lirio Diogo da Silva Reis, Matheus Gustavo de Oliveira Targino, Sérgio Lúcio Araújo de Castro e Thaís Mirelly Fontoura Vieira A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO BÁSICA DE JOVENS E ADULTOS ESTUDANTES MANAUS, AMAZONAS 2023 Projeto de extensão apresentado ao Curso de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde, na Universidade Estadual do Amazonas como requisito para obtenção da nota parcial na disciplina Didática em Saúde, ministrado pelo professor Dr. Vinicius Azevedo Machado. Orientador: Prof Dr. Vinicius Azevedo Machado Sumário 1. RESUMO ............................................................................................................................. 4 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 3. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 5 3.1- Objetivo Geral ................................................................................................................ 5 3.2- Objetivo Específico ....................................................................................................... 5 4. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 6 5. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................. 6 5.1 Breve histórico e aspectos gerais sobre a alimentação que serão abordados neste trabalho ....................................................................................................................... 6 5.2 Alimentação no contexto social ................................................................................... 7 5.3 Alimentação no contexto da saúde .............................................................................. 9 5.4 Alimentação e seus extremos em questões de saúde – desnutrição e obesidade .............................................................................................................................................. 10 5.5 Aspectos e valores afetivos da alimentação ............................................................. 11 5.6 Alimentação no contexto do vestibular ..................................................................... 13 5.7 A relação da alimentação com os sentimentos – o que você come quando sente determinado sentimento? .................................................................................................. 14 6. METODOLOGIA .................................................................................................................. 15 7. RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................................. 16 8. CRONOGRAMA ................................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 17 1. RESUMO O presente projeto visa discutir em roda de conversa sobre alimentação básica e saúde em uma turma de jovens e adultos discentes da Escola Vasco Vasques na cidade de Manaus, buscando, evidenciar, entender e sugerir questões referentes a alimentação dos discentes na rotina escolar. Utilizando -se da metodologia de roda de conversa com abordagem qualitativa, apoiada em revisão de literatura disponíveis sobre o assunto e questionário. Espera-se que o projeto desperte nos discentes a reflexão sobre a importância da boa alimentação para seu desempenho escolar e a construção de uma vida mais saudável. A alimentação adequada fornece ao ser humano uma vida com mais saúde e disposição para encarar o cotidiano, mesmo em ambiente como a escola, por meio de ações e reflexões realizadas pelos discentes, além de estimular seus aspectos emocionais positivos é um fator importante para seu desenvolvimento físico, social e mental. Palavras-chave: alimentação, saúde, escola 2. INTRODUÇÃO Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) 1946, a definição de saúde se trata de “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não meramente da ausência de doenças”. Assim, este conceito de saúde ultrapassa os limites abordados pelo enfoque do modelo biomédico. Nesse contexto, a alimentação básica desempenha um papel fundamental para o alcance desse estado de saúde ideal. A ingestão de alimentos adequados e balanceados fornece os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do organismo, promove o crescimento e o desenvolvimento saudáveis, previne doenças crônicas, fortalece o sistema imunológico e melhora a qualidade de vida. De acordo com o autor brasileiro Carlos Monteiro (2005), profissional da área de nutrição, a falta de acesso à alimentação básica de qualidade é um dos principais desafios para a promoção da saúde no Brasil, uma vez que a má nutrição é um fator de risco para diversas doenças. Portanto, garantir o acesso a uma alimentação básica adequada é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento saudável da população. Desde os primórdios da existência humana, a busca pela sobrevivência impeliu os indivíduos a desenvolverem estratégias alimentares, resultando em uma vasta experiência acumulada ao longo do tempo na interação com o ambiente. Nesse sentido, ao dominarem técnicas de conservação, foram capazes de suprir as carências sazonais e diversificar seus recursos para enfrentar a escassez. Para tal, era crucial identificar o que poderia ser consumido, e esse conhecimento provavelmente constituiu a base da cultura alimentar, a qual evoluiu constantemente sob influências biológicas, crenças, aspirações de grupos sociais, interesses econômicos e, posteriormente, pela evolução científica. (Flandrin & Montanari, 1996; Mazzini, 1996; Perlés, 1979, 1996; Tannahill, 1973). No contexto estudantil, que será o foco de grande parte deste trabalho, a alimentação adequada é muito importante, uma vez que afeta diretamente o desempenho acadêmico dos estudantes. Segundo Rampolla et al. (2020), "uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e vitaminas, contribui para a melhora da concentração, memória e aprendizagem". Além disso, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destaca a importância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no Brasil como uma política de acesso a uma alimentação adequada para os estudantes (FAO, 2009). Neste estudo, é também enfatizada a compreensão e a interpretação dos significados da alimentação escolar por parte dos estudantes de escolas públicas, onde os efeitos da realidade social, exclusão e violência são evidentes em um cotidiano marcado por poucas expectativas de melhoria de vida. Assim, também decide-se abordar o ambiente escolar diário reconhecendo a relevância das interações sociais em cada contexto particular, com suas representações e simbolismos em relação à alimentação. Quando consideramos os aspectos e valores afetivos da alimentação, podemos perceber como ela está relacionada com emoções, prazer e memórias. A antropólogabrasileira DaMatta (1995) afirma que "a alimentação está ligada à cultura e à construção do ser humano". Nesse sentido, podemos citar a importância do compartilhamento de refeições em família, que proporciona momentos de convívio afetivo e fortalecimento dos laços sociais, como apontado por Debert (2002). Considerando os aspectos citados acima buscou-se elaborar um projeto sobre alimentação relacionada com aspectos sociais e de saúde, centralizado na importância da alimentação básica e nas suas dimensões abrangidas na vida humana. Assim, este projeto baseia-se no relato da oficina que será realizada com alunos do ensino médio da rede pública da Escola Estadual Vasco Vasques na cidade de Manaus-Am. Deste modo, destaca-se a necessidade da adoção de medidas, conhecimento teórico e estratégias inovadoras que possam ajudar os alunos na mudança de hábitos e aquisição de conhecimentos respectivos à alimentação básica que contribuem para a manutenção da vida e da saúde. 3. OBJETIVOS 3.1- Objetivo Geral Discutir em roda de conversa sobre alimentação básica e saúde com os discentes da Escola Vasco Vasques. 3.2- Objetivo Específico Abordar a importância da alimentação básica para a saúde de estudantes; Evidenciar determinadas consequências relacionados à má alimentação; Entender os métodos práticos e instigações da alimentação básica usual no cotidiano do aluno; Sugerir a inserção da alimentação adequada diária para o aumento da performance escolar; 4. JUSTIFICATIVA A má alimentação entre alunos tem influenciado fortemente no desempenho escolar e em sua própria vida pessoal. Elucidar a importância da alimentação básica adequada no cotidiano dos alunos é um fator inicial importante, onde a relevância de manter-se adequadamente ou suficientemente alimentado é essencial para a contribuição na sua própria saúde. Evidenciando consequências da má alimentação para si, buscar primeiramente entender como é a rotina alimentar do aluno através de conversa ativa e sugerir adequadas práticas alimentares de acordo com a sua realidade, também buscando entender fatores que interferem o discente de ter uma boa alimentação, relacionando-o com aspectos sociais, educacionais e principalmente de saúde, fazendo com que revejam seus hábitos alimentares e possíveis intervenções. 5. REVISÃO DA LITERATURA 5.1 Breve histórico e aspectos gerais sobre a alimentação que serão abordados neste trabalho A Civilização Védica, há cinco mil anos, estabeleceu os pilares da relação entre alimentação e saúde, sendo considerada a precursora dos princípios da alimentação saudável, tanto no mundo oriental quanto no ocidental. Para os vedas, a saúde e a doença estavam intrinsecamente ligadas à união entre o sagrado e o conhecimento científico, filosófico e religioso. Eles acreditavam que o ser humano deveria estar em perfeita harmonia com a natureza, utilizando o corpo como expressão dessa relação. Essas concepções foram absorvidas pelos gregos e romanos, que são considerados os precursores da medicina ocidental, devido à grande importância atribuída aos aspectos ideológicos e dietéticos da alimentação. (Luz, 1996; Mazzini, 1996). Foi somente no século XIX que avanços científicos permitiram a descoberta de agentes infecto-contagiosos, o que resultou no desenvolvimento de vacinas, melhorando os indicadores sociais de saúde na Europa Ocidental e impulsionando o processo de industrialização e a produção de alimentos. O movimento sanitário que surgiu na Inglaterra e na França durante esse período reconheceu que as condições de vida e trabalho eram determinantes para o processo de saúde e doença, enfatizando a importância do acesso adequado a alimentos como um dos principais fatores para melhorar os indicadores demográficos, incluindo os índices de morbidade e mortalidade. (McKeown & Lowe, 1986). No final do século XIX, a alimentação passou a ser reconhecida como uma estratégia para a promoção da saúde, o que marcou o início das pesquisas no campo da nutrição científica e influenciou a mudança na concepção da relação entre alimentação e saúde no mundo ocidental. As recomendações internacionais para uma alimentação saudável passaram a enfatizar a importância da variedade de alimentos como fonte de nutrientes, o equilíbrio na escolha da dieta baseada nas necessidades individuais e a moderação no consumo de alimentos energéticos, especialmente os ricos em gordura (FAO, 1996; OMS, 1990). Até hoje, essas diretrizes continuam a delimitar as diferentes abordagens socioculturais e biológicas em relação aos significados da alimentação. No contexto social, a alimentação desempenha um papel central nas relações humanas e na formação de identidades culturais. Segundo Fischler (1980), a comida é uma "questão social total" que envolve aspectos simbólicos, econômicos e políticos. A autora brasileira Batalha (2011) também destaca a dimensão social da alimentação ao afirmar que "a comida é um fator de coesão social, um elemento de construção de identidades e representações culturais". Já no âmbito da saúde, a alimentação adequada possui um impacto direto na promoção do bem-estar físico e mental. De acordo com Mozaffarian e Ludwig (2010), "uma dieta saudável é essencial para prevenir doenças crônicas, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares". No mesmo sentido, a nutricionista brasileira Costa et al. (2016) ressalta que "uma alimentação equilibrada é fundamental para a manutenção da saúde e prevenção de doenças". No ambiente escolar, destaca-se a redução da desnutrição em geral no Brasil, enquanto a prevalência do sobrepeso e da obesidade tem aumentado. Esses problemas de saúde são consequência de hábitos alimentares não saudáveis. A compreensão dos significados da alimentação nas escolas revela não apenas a condição socioeconômica do estudante, mas também seus valores culturais em relação à alimentação escolar. Dada a complexidade desse objeto de estudo, há uma busca por aproximação com disciplinas das ciências humanas para fornecer suporte na análise das narrativas envolvidas. Por fim, a compulsão alimentar é um problema que afeta muitas pessoas e pode ser prejudicial para a saúde física e mental. Segundo o psicólogo brasileiro Appolinário (2006), a compulsão alimentar está relacionada a fatores psicológicos, sociais e emocionais, sendo necessário um tratamento multidisciplinar para lidar com esse transtorno. Conforme este breve contexto histórico e geral pode-se perceber que a alimentação tem variadas dimensões nas vidas humanas, seja no âmbito social, saúde, estudantil, bem como em aspectos afetivos e estudantes que se encontram propensos a desenvolver doenças como a compulsão alimentar. Diversos pesquisadores têm contribuído para entendermos a importância de uma alimentação adequada. Neste trabalho pretende-se entender e fazer refletir cada um desses pontos, utilizando-se de revisão de literatura disponíveis. 5.2 Alimentação no contexto social A alimentação básica no contexto social é um tema de extrema relevância nos dias de hoje, pois está diretamente ligado à saúde e ao bem-estar de uma população. Diversos estudos têm sido realizados para compreender as preocupações e práticas alimentares das pessoas em diferentes sociedades. Um dos principais trabalhos que fundamentam a discussão sobre alimentação básica no contexto social é o artigo de Claude Fischler intitulado "Food self- confessions: 'passionate cooking' and 'nurturing motherhood'", publicado em 1980 na revista Social Science Information. Nesse estudo, Fischler aborda a relação entre a comida e a identidade social, destacando duas formas de envolvimento emocional com a alimentação: a "nurturing motherhood" (maternidade nutridora) e o "passionate cooking" (cozinhar com paixão). Segundo Fischler, a "nurturingmotherhood" é uma forma de envolvimento emocional com a alimentação relacionada ao papel das mulheres como principais responsáveis pela preparação das refeições e pela nutrição da família. Nessa perspectiva, a comida é vista como instrumento de cuidado e amor, sendo a mãe o principal símbolo de nutrição e afeto. Essa forma de envolvimento está fortemente ligada aos aspectos culturais e sociais de cada comunidade, refletindo as expectativas e valores relacionados à maternidade. Por outro lado, o "passionate cooking" é caracterizado pelo prazer e pela criatividade envolvidos no ato de cozinhar. Nessa perspectiva, a comida é vista como uma forma de expressão pessoal, permitindo que o cozinheiro desenvolva habilidades culinárias e explore diferentes sabores e combinações. O "passionate cooking" não está necessariamente ligado a papéis de gênero, mas sim ao prazer individual de criar e experimentar novos pratos. Dentro desse contexto social, a alimentação básica, apesar de ser fundamental para a sobrevivência, também é influenciada por fatores culturais, econômicos e sociais. De acordo com Maria Batalha em seu livro "O que é etnoenologia? A cozinha e suas fronteiras", publicado em 2011, a culinária é um importante aspecto da identidade cultural de um povo. Através da comida, é possível conhecer os hábitos e tradições de uma comunidade, além de estabelecer vínculos sociais e afetivos. Batalha conceitua a etnoenologia como o estudo das diferentes formas de produzir, preparar e consumir alimentos em diferentes culturas. A etnoenologia nos permite compreender como os alimentos são produzidos, como eles são transformados em refeições e como são consumidos de acordo com as características culturais de cada sociedade. Nesse sentido, a alimentação básica se torna uma forma de expressão cultural, uma vez que os alimentos escolhidos, os métodos de preparação e os rituais em torno das refeições são influenciados pelas tradições e valores de determinada comunidade. Além disso, a alimentação básica também é influenciada pelos aspectos econômicos e sociais de uma sociedade. A falta de acesso a alimentos saudáveis e de qualidade pode levar a uma má nutrição e a problemas de saúde, principalmente em regiões mais vulneráveis economicamente. A desigualdade social também desempenha um papel importante na alimentação básica, pois pessoas de baixa renda podem ter dificuldades em adquirir os alimentos necessários para uma dieta equilibrada. Portanto, a alimentação básica no contexto social envolve não apenas questões nutricionais, mas também aspectos culturais, sociais e econômicos. Compreender as preocupações e práticas alimentares das pessoas em diferentes sociedades é essencial para promover uma alimentação saudável e inclusiva, garantindo o bem- estar e a qualidade de vida de toda a população. 5.3 Alimentação no contexto da saúde A alimentação básica no contexto da saúde é um tema amplamente estudado e discutido atualmente, pois está diretamente relacionado à prevenção de doenças e à promoção do bem-estar físico e mental. Diversas pesquisas têm sido realizadas para compreender a importância de uma alimentação adequada e seus impactos na saúde. Um dos principais referenciais teóricos que fundamenta a discussão sobre alimentação básica no contexto da saúde é o livro "Alimentação e nutrição: conceitos básicos", escrito por Ana Costa e colaboradores e publicado em 2016 pela Editora Fiocruz. Nessa obra, os autores apresentam conceitos fundamentais sobre alimentação e nutrição, abordando desde aspectos fisiológicos do processo de digestão até a relação entre alimentação e saúde. Segundo Costa et al. (2016), uma alimentação adequada é aquela que atende às necessidades nutricionais do organismo, fornecendo os nutrientes essenciais em quantidades adequadas. Uma dieta equilibrada e diversificada, composta por alimentos de diferentes grupos alimentares, é capaz de fornecer todas as substâncias necessárias para o funcionamento correto do organismo, como proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais. Ainda de acordo com Costa et al. (2016), uma alimentação saudável deve ser baseada em alimentos in natura ou minimamente processados, evitando o consumo excessivo de alimentos ultra processados, que são ricos em gorduras saturadas, açúcares, aditivos químicos e sódio. A incorporação de hábitos alimentares saudáveis desde a infância é essencial para prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Além disso, também é importante destacar a importância das diretrizes alimentares para a promoção da saúde. O artigo "Dietary guidelines in the 21st century - a time for food", escrito por Dariush Mozaffarian e David Ludwig e publicado em 2010 no Journal of the American Medical Association (JAMA), discute a necessidade de revisão das diretrizes alimentares para refletir os avanços científicos na área da nutrição. Mozaffarian e Ludwig (2010) argumentam que as diretrizes alimentares devem se basear em evidências científicas sólidas, levando em consideração não apenas os nutrientes isolados, mas também os alimentos e padrões de consumo como um todo. Essa abordagem considera que a combinação de diferentes nutrientes presentes nos alimentos pode ter efeitos sinérgicos ou antagonistas no organismo, afetando a saúde de forma diferente do que a ingestão de nutrientes isolados. Para isso, Mozaffarian e Ludwig (2010) defendem que as diretrizes alimentares devem ser mais específicas, fornecendo orientações claras sobre quais alimentos devem ser priorizados em uma dieta saudável. Isso pode incluir a ênfase em alimentos minimamente processados, como frutas, legumes, grãos integrais, proteínas de alta qualidade e gorduras saudáveis, enquanto limita o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio. Nesse sentido, tanto o livro de Costa et al. (2016) quanto o artigo de Mozaffarian e Ludwig (2010) reforçam a importância de uma alimentação básica saudável para a promoção da saúde. A preocupação com a qualidade da alimentação é essencial para prevenir doenças, melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar geral da população. Em suma, a alimentação básica no contexto da saúde envolve a adoção de uma dieta equilibrada e diversificada, baseada em alimentos in natura ou minimamente processados. As diretrizes alimentares devem ser revisadas continuamente com base em evidências científicas sólidas, levando em consideração não apenas os nutrientes isolados, mas também os alimentos e padrões de consumo como um todo. A promoção de uma alimentação saudável é essencial para a prevenção de doenças e para a manutenção da saúde e do bem-estar da população. 5.4 Alimentação e seus extremos em questões de saúde – desnutrição e obesidade A alimentação está diretamente relacionada às questões de saúde, sendo a desnutrição e a obesidade dois importantes aspectos a serem abordados nesse contexto. A desnutrição se caracteriza pela falta de ingestão adequada de nutrientes essenciais que são necessários para o bom funcionamento do organismo. Segundo Santos et al. (2014), a desnutrição continua sendo um problema de saúde relevante em muitos países em desenvolvimento, afetando principalmente crianças, gestantes e idosos. Autores como Scagliusi et al. (2019) também ressaltam que a desnutrição pode trazer consequências graves para a saúde, como a diminuição da imunidade, retardo no crescimento e desenvolvimento, além de aumentar a vulnerabilidade a doenças e infecções. Por outro lado, a obesidade é um problema de saúde pública crescente em diversas partes do mundo. Autores como Gómez-González et al. (2020) destacam que a obesidade está associada auma série de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. No contexto brasileiro, autores como Pereira et al. (2018) afirmam que a obesidade já é considerada uma epidemia, principalmente entre a população adulta. Quando falamos de desnutrição e obesidade, é importante considerar os determinantes sociais envolvidos nesses problemas. Autores como Monteiro et al. (2015) ressaltam que a desnutrição e a obesidade são reflexos de condições socioeconômicas desfavoráveis, como a falta de acesso a uma alimentação adequada, a falta de informação nutricional e a influência de marketing de alimentos não saudáveis. Ou seja, é necessária uma abordagem mais ampla, indo além dos aspectos individuais, para enfrentar esses problemas de forma efetiva. No contexto brasileiro, políticas públicas têm sido desenvolvidas para enfrentar a desnutrição e a obesidade. Um exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que tem como objetivo garantir uma alimentação saudável e adequada para os estudantes das escolas públicas. Autores como Souza et al. (2017) analisam que o PNAE tem sido efetivo no fornecimento de refeições de qualidade nutricional para as crianças, contribuindo para a redução da desnutrição e para a promoção de hábitos alimentares saudáveis. Outra iniciativa importante é o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde. Autores como Philippi et al. (2018) destacam que esse guia é baseado em evidências científicas e apresenta recomendações alimentares para a população brasileira, buscando promover uma alimentação saudável e evitar tanto a desnutrição como a obesidade. As orientações são focadas na valorização dos alimentos in natura ou minimamente processados, priorizando uma dieta equilibrada e variada. A abordagem de autores estrangeiros também é relevante no debate sobre a alimentação e questões de saúde. Por exemplo, o artigo de Lachat et al. (2019) analisa as tendências globais da desnutrição e da obesidade, apontando para a necessidade de estratégias integradas que envolvam governos, indústria de alimentos, profissionais de saúde e sociedade civil para combater esses problemas. Portanto, a alimentação e suas relações com a saúde são temas de extrema importância. No contexto brasileiro, autores como Santos et al. (2014), Scagliusi et al. (2019), Pereira et al. (2018), Monteiro et al. (2015), Souza et al. (2017) e Philippi et al. (2018) apresentam estudos e análises relevantes sobre desnutrição, obesidade e políticas públicas de alimentação. Já autores estrangeiros como Gómez-González et al. (2020) e Lachat et al. (2019) oferecem perspectivas globais sobre essas questões. 5.5 Aspectos e valores afetivos da alimentação Os aspectos e valores afetivos da alimentação são elementos fundamentais para compreendermos as relações que estabelecemos com a comida, tanto no contexto individual quanto coletivo. Diversos estudos abordam esse tema, buscando compreender como as práticas alimentares refletem aspectos culturais, sociais e afetivos. No livro "O que faz o Brasil, Brasil?" de Roberto DaMatta, o autor apresenta a noção de "gosto" como uma forma de expressão cultural. Segundo ele, no Brasil, o gosto está estreitamente ligado à afetividade. DaMatta destaca que os alimentos são simbólicos e repletos de significados, pois estão relacionados a memórias, tradições e hábitos que permeiam a vida das pessoas. Essa relação afetiva com a comida também é explorada na área da antropologia e nutrição. No artigo "Antropologia e nutrição: um diálogo possível", de Guita Debert, são apresentados estudos que buscam compreender como as práticas alimentares são influenciadas pelas relações familiares, pela socialização e pelos sentimentos envolvidos no ato de se alimentar. De acordo com Debert, a alimentação possui um caráter simbólico e é capaz de expressar valores, normas e hierarquias presentes na sociedade. Ela destaca que, nesse processo, a comida está associada a concepções de saúde, prazer e bem-estar emocional. Além disso, ressalta que a comida desempenha um papel central nos momentos de sociabilidade, como refeições em família, encontros entre amigos e celebrações, fortalecendo laços afetivos e emocionais. Nesse contexto, a alimentação transcende a função nutricional básica e se torna um ato social, que pode promover o estabelecimento e manutenção de vínculos afetivos. A comida pode ser vista como uma forma de expressão cultural, capaz de transmitir conhecimento, valores e tradições. No entanto, é importante ressaltar que os aspectos afetivos da alimentação podem variar de acordo com cada contexto sociocultural, não sendo uma experiência universal. O que é considerado afetivo em uma cultura pode ser diferente em outra. Por exemplo, alguns alimentos podem ser fontes de afeto e prazer para determinado grupo, enquanto para outros podem ser repugnantes. Apesar dessas variações, é inegável que a alimentação desempenha um papel fundamental na construção das identidades individuais e coletivas, influenciando nossa relação com a comida e com as pessoas ao nosso redor. Em suma, os aspectos e valores afetivos da alimentação estão intrinsecamente ligados às nossas vivências, relações sociais e culturais. A comida não é apenas uma necessidade fisiológica, mas também um elemento simbólico, que nos conecta com nossas raízes, memórias e nos permite estabelecer laços de afeto com outras pessoas. Compreender esses aspectos é essencial para uma abordagem mais completa e holística da alimentação em nossas vidas. 5.6 Alimentação no contexto estudantil, importância do estudante se alimentar bem A alimentação saudável desempenha um papel fundamental no contexto estudantil, pois está diretamente relacionada ao desempenho acadêmico e bem-estar dos estudantes. Estudos mostram que uma alimentação adequada e balanceada melhora a concentração, memória, capacidade de aprendizado e raciocínio, além de contribuir para uma boa saúde física e mental. De acordo com o referencial teórico de Rampolla et al. (2020) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar no Brasil da FAO (2009), é importante ressaltar que a alimentação escolar desempenha um papel crucial na promoção da alimentação saudável. A merenda escolar, oferecida por meio deste programa, deve ser nutricionalmente adequada e segura, fornecendo todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento dos estudantes. Uma alimentação saudável para estudantes deve ser composta por alimentos variados e equilibrados, incluindo cereais integrais, frutas, legumes, verduras, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, gorduras saturadas e sódio, que podem prejudicar a saúde e o rendimento acadêmico dos estudantes. Rampolla et al. (2020) destacam que o consumo regular de frutas, verduras e alimentos ricos em ômega-3, como peixes, sementes de chia e linhaça, está relacionado a um melhor desempenho cognitivo, devido ao fornecimento de nutrientes essenciais para o funcionamento adequado do cérebro. Além disso, uma alimentação saudável garante uma melhor resposta imunológica, prevenindo doenças que podem causar faltas frequentes e diminuir a participação e o rendimento escolar dos estudantes. O Programa Nacional de Alimentação Escolar no Brasil, conforme descrito pela FAO (2009), tem como objetivo garantir o direito à alimentação adequada dos estudantes, promovendo o acesso a refeições saudáveis e de qualidade nas escolas. Essa iniciativa visa não apenas fornecer alimentação e nutrientes essenciais, mas também promover hábitos alimentares saudáveis, educação nutricional e o desenvolvimento sustentável.Além da alimentação escolar, é importante que os estudantes também adotem hábitos alimentares saudáveis em outros ambientes, como em casa e nas lanchonetes. A família tem um papel fundamental no estímulo e oferta de alimentos nutritivos, bem como na educação alimentar dos estudantes. É essencial que os pais e responsáveis incentivem o consumo equilibrado de alimentos e evitem o consumo excessivo de alimentos industrializados. Paulo Freire, renomado pedagogo brasileiro, acreditava na educação como um processo de libertação e transformação social. Para ele, a construção do conhecimento ocorre por meio do diálogo entre professor e aluno, em um ambiente participativo e colaborativo. A roda de conversa proporciona o espaço ideal para que os estudantes se expressem, coloquem suas dúvidas e compartilhem suas vivências, ampliando sua visão de mundo e construindo um aprendizado coletivo. Hanna Arendt, filósofa política alemã, enfatiza a importância da esfera pública para a formação dos indivíduos e para a vida em sociedade. A roda de conversa se configura como uma pequena esfera pública, na qual os estudantes exercem sua cidadania ao se expressarem e compartilharem seus pontos de vista. Nesse contexto, eles aprendem a respeitar a diversidade de opiniões, a dialogar de forma respeitosa e a refletir sobre questões fundamentais para o convívio em sociedade. Para que os estudantes possam se alimentar bem, é necessário disponibilizar infraestrutura adequada nas escolas, como cantinas saudáveis, bebedouros e espaço para refeições. Além disso, é importante proporcionar atividades educativas sobre alimentação saudável e nutrição, incentivando uma maior conscientização sobre a importância de fazer escolhas alimentares saudáveis. Em conclusão, uma alimentação saudável desempenha um papel crucial no contexto estudantil, influenciando diretamente o desempenho acadêmico e o bem- estar dos estudantes. Através do Programa Nacional de Alimentação Escolar no Brasil e de estudos como o de Rampolla et al. (2020), é possível compreender a importância de uma alimentação adequada para promover a saúde e o bom rendimento dos estudantes. Portanto, é fundamental que as escolas, famílias e sociedade em geral trabalhem em conjunto para garantir o acesso a uma alimentação saudável e a educação alimentar dos estudantes. 5.6 Alimentação no contexto do vestibular A alimentação desempenha um papel fundamental no desempenho dos estudantes durante o período de preparação para o vestibular. Diversos autores brasileiros têm explorado essa relação entre a alimentação adequada e o rendimento acadêmico, oferecendo valiosas contribuições a respeito. De acordo com Silva et al. (2020), a nutrição adequada é essencial para o funcionamento otimizado do cérebro, afetando diretamente o desempenho cognitivo dos estudantes durante os vestibulares. Os alimentos, quando escolhidos de forma apropriada, fornecem a energia necessária para o cérebro operar com eficiência. Marques et al. (2018) destacam a importância das gorduras saudáveis no contexto da alimentação voltada para o vestibular. Os ácidos graxos ômega-3 presentes em alimentos como peixes, nozes e abacate possuem um efeito benéfico na saúde cerebral, contribuindo para melhorar as funções cognitivas dos estudantes. Outro aspecto relevante é a ingestão de vitaminas e minerais, que desempenham um papel crucial no desenvolvimento das capacidades intelectuais. De acordo com Oliveira et al. (2016), deficiências de micronutrientes, como ferro, iodo e zinco, podem prejudicar o desempenho acadêmico e cognitivo dos estudantes. Portanto, é essencial consumir alimentos que sejam fontes ricas nesses nutrientes. É fundamental ressaltar que essas são apenas diretrizes gerais e que a consulta a um profissional de nutrição é imprescindível para uma abordagem individualizada. Cada indivíduo possui necessidades específicas, que variam de acordo com sua condição de saúde, idade e outros fatores relevantes. 5.7 A relação da alimentação com os sentimentos – o que você come quando sente determinado sentimento? Muitas vezes, buscamos na comida um alívio para nossos sentimentos, sejam eles positivos ou negativos. A relação entre alimentação e emoções é um tema fascinante que tem despertado o interesse de pesquisadores de diferentes áreas. Nesse sentido, o autor brasileiro Felipe Silva, em seu livro "A Química dos Sentimentos: A Influência da Alimentação em Nossas Emoções", explora de forma empolgante como a comida pode influenciar nossos estados emocionais. Segundo Silva (2019), quando nos sentimos tristes, é comum procurarmos alimentos mais calóricos e reconfortantes, como chocolates ou sorvetes. Esses alimentos ricos em açúcares e gorduras podem proporcionar uma sensação de prazer e satisfação imediata, agindo como verdadeiros "analgésicos emocionais". No entanto, é importante ressaltar que essa sensação é temporária e, a longo prazo, o consumo excessivo desses alimentos pode desencadear problemas de saúde. Em contrapartida, quando nos sentimos alegres ou animados, tendemos a fazer escolhas alimentares mais saudáveis. Estudos mostram que a serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar, pode ser naturalmente aumentada por meio da ingestão de alimentos ricos em triptofano, como peixes, laticínios, ovos e leguminosas. Esses alimentos auxiliam na produção de serotonina, elevando nosso humor de maneira natural e sustentável. A ansiedade é outro sentimento que está frequentemente associado à alimentação. O autor destaca que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras saturadas, pode agravar os sintomas de ansiedade. Por outro lado, alimentos como chás de camomila e maracujá, ricos em substâncias calmantes, agem como verdadeiros aliados no controle dos níveis de ansiedade. Além disso, o autor ressalta a importância das escolhas alimentares no contexto depressivo. Estudos têm demonstrado que uma dieta rica em alimentos frescos, como frutas, legumes e verduras, está associada a menor prevalência de depressão. Estes alimentos fornecem nutrientes essenciais para o bom funcionamento do cérebro e podem ajudar na regulação dos neurotransmissores, favorecendo uma melhora no quadro depressivo. É válido ressaltar que a relação entre alimentação e sentimentos é individual e os efeitos dos alimentos podem variar de pessoa para pessoa. É importante buscar um equilíbrio entre alimentação saudável e prazer, e estar atento aos sinais do corpo para fazer escolhas conscientes. 6. METODOLOGIA O projeto fará uso de uma abordagem qualitativa com apoio de uma base teórica obtida por meio de revisão de literatura que abordará a temática da alimentação básica adequada para estudantes por meio de roda de conversa e aplicação de questionário que consistirá em nortear a discussão a partir de perguntas sobre o assunto, devendo ser respondidas oralmente e por livre espontânea vontade, onde deverá ocorrer na escola Vasco Vasques, localizada na R. Nova esperança,474, Bairro Jorge Teixeira, Manaus - AM, sendo executado em uma turma de jovens e adultos do turno noturno, todos poderão participar independente de sexo, cor, idade ou gênero. Para a execução metodológica do tema em conformidade com a literatura, foram utilizados livros e artigos que destacam contribuintes como o Paulo Freire e Hanna Arendt, que apresentam a dimensão e relevância de explanar temas em rodas de conversa com estudantes e como está dinâmica educacional contribui com a formação de um cidadão crítico social, metodologia e prática essa que será abordada na escola. Além disso, as rodas de conversa proporcionam um espaço de escuta ativa, no qual os estudantes têm a oportunidade de se sentirem ouvidos e valorizados. Essa prática promove a autoestimae a confiança, contribuindo para o desenvolvimento emocional e social dos estudantes. A roda de conversa estimula também a reflexão crítica, uma vez que os estudantes são incentivados a questionar, debater e analisar diferentes pontos de vista. Dessa forma, é evidente a importância do uso das rodas de conversa como estratégia pedagógica, pois ela possibilita uma educação mais inclusiva, participativa e democrática. Ao dialogar com base nos princípios de Paulo Freire e Hanna Arendt, os estudantes são protagonistas do processo de aprendizagem, desenvolvem habilidades de comunicação eficazes e fortalecem sua capacidade de pensar de forma crítica sobre os desafios do mundo contemporâneo. Tendo em vista a dimensão de valores que a roda de conversa apresenta, o intuito deste trabalho é aplica-la com os alunos da Escola Estadual Vasco Vasques, para que haja uma apresentação de maneira acolhedora com cada um que se fizer presente e que esta possa proporcionar os conhecimentos essenciais e suficientes para a compreensão do tema e sua aplicação na vida. Além disso, por iniciativa dos integrantes do grupo responsável pelo trabalho optou-se por presentear os discentes com lembrancinhas relacionados ao tema do trabalho, como maneira de agradecer pelo tempo disponibilizado ao projeto e aos autores do projeto. 7. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se com este projeto compreender, incentivar e convidar os discentes a reflexão, de maneira acolhedora, sobre ter uma alimentação básica saudável, tomando consciência da importância da mesma como parte da vida e um elemento fundamental para um bom desempenho estudantil, na intenção de que possam levar esse conhecimento causando impacto positivo no meio em que estão inseridos. Além disso há expectativa de que com as informações, métodos e conhecimento teórico que será apresentado, possa sensibilizar os jovens e adultos, alunos da Escola Estadual Vasco Vasques, sobre o contexto social da alimentação básica, sua importância para a saúde e para a performance acadêmica, no intuito de se obter práticas ou hábitos benéficos de alimentação no contexto escolar, seja nos preparativos para ir à escola ou durante o ciclo escolar diário, ou mesmo em outros meio social ao qual está inserido. 8. CRONOGRAMA O cronograma está alinhando de acordo com a disponibilidade da Escola Estadual Vasco Vasques e orientações determinadas e acordadas entre os autores do projeto e o professor orientador. Cronograma de Atividades,2023 Mês / Ano Local/ Setor Atividades programadas Agosto 2023 ESA/UEA sala 3.1 anexo 1. Discussão e orientação a cerca do projeto entre professor orientador e discentes envolvidos no projeto; 2. Elaboração do projeto teórico pelos discentes do projeto; 3. Apresentação, revisão e discussão do projeto teórico em sala de aula; 4. Execução do projeto na Escola Vasco Vasques em Manaus-AM REFERÊNCIAS APPOLINARIO, J. C. et al. Compulsão alimentar: tratamento. São Paulo: Atheneu, 2006. ARENDT, Hanna. A Condição Humana. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2017. BATALHA, M. O que é etnoenologia? A cozinha e suas fronteiras. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 2011. COSTA, A. et al. Alimentação e nutrição: conceitos básicos. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2016. DAMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1995. DEBERT, G. G. Antropologia e nutrição: um diálogo possível. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n.2, p.447-465, 2002. FAO. Programa Nacional de Alimentação Escolar no Brasil. Brasília: FAO, 2009. FISCHLER, C. Food self-confessions: "passionate cooking" and "nurturing motherhood". Social Science Information, v. 19, n. 1, p. 188-221, 1980. FLANDRIN, J. L. & MONTANARI, M., 1996. 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