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RESUMO FILME HOTEL RUANDA

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RESUMO FILME HOTEL RUANDA/ CONFLITO NA ÁFRICA
A história central do filme é o episódio vivido pelo administrador do hotel belga quatro estrelas “Milles Collines”, localizado em Kigali, capital de Ruanda. Paul Rusesabagina era hutu, a etnia dominante que iniciou a campanha para eliminação física da oposição política dos tutsis. Mas sua mulher era tutsi. Rusesabagina se tornou um herói ao abrigar no hotel cerca de 1.200 pessoas que assim como sua mulher eram tutsis, contando apenas com sua coragem para isso depois que as forças da ONU se recusaram a intervir no conflito. 
A diversidade étnica no continente africano é um dos fatores responsáveis pelo desencadeamento de vários conflitos armados, no entanto, muitas dessas guerras no continente são consequências dos processos de colonização e descolonização dos países africanos, pois os colonizadores não respeitaram as diferenças culturais entre as diversas etnias, separando grupos que viviam em harmonia e, muitas vezes, colocando em mesmo território grupos rivais. Essa atitude contribuiu bastante para intensificar os problemas na África, após terem explorado a riqueza do continente, os europeus deixaram o território com graves problemas econômicos, sociais e uma série de conflitos separatistas e étnicos.
Um dos maiores exemplos de lutas entre diferentes grupos étnicos foi entre hutus e tutsis em Ruanda. Até a Primeira Guerra Mundial essa região pertencia à África Oriental Alemã. Em 1919, após a derrota dos alemães na guerra, os belgas assumiram o controle do território.
Durante o processo de colonização da Bélgica, os tutsis correspondiam a aproximadamente 15% da população de Ruanda. Mesmo sendo minoria, eles foram escolhidos pelo poder colonial para governar o país pelo fato de terem a cor da pele mais clara, o nariz mais fino e por serem mais altos. A maioria hutu (85%) ficou excluída do processo socioeconômico do país.
Porém, em 1959, os hutus se revoltaram com a condição em que estavam e assumiram o poder do país em 1961, nesse mesmo ano Ruanda adquiriu status de República, e, no ano seguinte, a Bélgica reconheceu sua independência e retirou suas tropas do país.
Nesse momento iniciou-se a perseguição aos tutsis, em 1963, tutsis exilados no Burundi organizaram um exército e voltaram para Ruanda, porém, foram massacrados pelos hutus.
Em abril de 1994, retornando de uma conferência na Tanzânia, os presidentes hutus de Ruanda e Burundi foram vítimas de um acidente aéreo. A morte desses líderes desencadeou a volta dos massacres.
Em Ruanda, estima-se que 13% da população tenha morrido no genocídio promovido em 1994 pelos hutus, sendo 90% desse total da minoria tutsi.

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