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Slides Polo 8 ano ap 2

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Territórios e fronteiras . África . Primavera Árabe
Prof. Mário . Colégio Polo Educacional . 2020
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
• Um mapa político apresenta contornos entre os países, chamados de
fronteiras. As fronteiras delimitam a área de atuação de cada Estado.
Podem ser naturais, como uma cordilheira ou um rio; ou artificiais,
como uma linha imaginária.
• As fronteiras podem ser externas ou internas. As fronteiras externas
são as divisas entre os Estados e as fronteiras internas, também
chamadas de limites, são a subdivisão do Estado em regiões, estados
e municípios.
• As fronteiras não são estáticas. Na História do mundo vemos
diversas mudanças de fronteiras ao longo dos anos, devido a guerras
e acordos entre os países sobre seus territórios.
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
A fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do
Sul tem como base o paralelo 38°N, sendo um
exemplo de fronteira artificial
A Serra do Imeri é um exemplo de fronteira natural,
entre o Brasil e a Venezuela
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
A fronteira entre EUA e México é um exemplo de
fronteira externa
A divisa de estados entre Minas Gerais e São
Paulo é um exemplo de fronteira interna
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
• Nas áreas fronteiriças o fluxo de pessoas é muito alto e por isso as
culturas muitas vezes se misturam, criando um espaço multicultural
A Iugoslávia foi um país que deixou de existir em
2003. Atualmente sete Estados e uma província
autônoma ocupam o seu território.
A tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai é
uma área de intensa movimentação de pessoas
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
• Estado é um conjunto de instituições públicas que administra um
território e sua população, possuindo uma organização política. Essa
organização se divide em três esferas de poder:
Legislativo: se encarregam de elaborar as leis que devem ser
cumpridas em seu território. É formado por vereadores,
deputados e senadores.
Executivo: aprova e executa as leis em seu território. É formado
por prefeitos, governadores e o presidente (em alguns países o
chefe de Estado é um rei, imperador ou primeiro-ministro).
Judiciário: aplica as leis e julga os cidadãos de acordo com o que
está estabelecido na constituição federal. É formado pelos juízes e
demais membros dos tribunais de justiça.
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
• Quando o Estado é a entidade
máxima dentro do seu território,
sem estar subordinado a uma
entidade superior, é chamado de
Estado soberano. Por exemplo, o
Reino Unido é formado por
quatro países: Inglaterra,
Escócia, País de Gales e Irlanda
do Norte. Todos estão
subordinados ao poder central do
Reino Unido, de modo que não
são Estados soberanos. Já o
Reino Unido, este sim, é um Estado soberano.
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
• A soberania é a liberdade de um Estado exercer o poder político
sobre seu território sem a intervenção de outros Estados
• Nação é a união entre um povo que compartilha a mesma origem,
idioma, religião, cultura ou história. Quando a nação possui um
território definido e se organiza na forma de um Estado, temos um
Estado-nação. É possível também que um Estado abrigue diversas
nações em seu território ou que uma nação ocupe o território de
mais de um Estado. Quando uma nação não se sente parte de um
Estado é comum que hajam movimentos separatistas pela sua
independência.
• O território é um espaço geográfico delimitado pela área de atuação
de um Estado, onde suas leis vigoram.
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
Podemos considerar Israel como um Estado-nação. A nação judia tem
seu próprio território e sua organização política. Contudo, antes da
formação do Estado de Israel, os palestinos, uma nação árabe,
habitavam a região e reivindicavam a formação do seu Estado. A
disputa territorial entre as duas nações promove uma guerra que já
dura mais de 70 anos.
8º ano Ensino Fundamental
Territórios e fronteiras
• O país é um conceito mais amplo do
Estado, que se refere a tudo que se
encontra no território: suas
características físicas, naturais,
econômicas, sociais, culturais, etc.
Podemos considerar o Brasil como
um país e seu Estado é chamado de
República Federativa do Brasil.
Os símbolos nacionais do Brasil: o brasão da
república, o selo nacional, o hino nacional e a
bandeira nacional
8º ano Ensino Fundamental
Nesta unidade você aprendeu:
- As fronteiras delimitam a área de atuação 
de cada estado
- As fronteiras podem ser naturais ou 
artificiais
- Fronteiras externas são as divisas entre 
os estados
Nesta unidade você aprendeu:
- Fronteiras internas são a subdivisão do 
estado em regiões, também chamadas de 
limites
- Na história do mundo as fronteiras são 
constantemente modificadas
Nesta unidade você aprendeu:
- A organização política do estado se divide 
nos poderes legislativo, executivo e 
judiciário
- Quando o estado é a autoridade máxima 
dentro do seu território, o chamamos de 
estado soberano
Nesta unidade você aprendeu:
- Nação é a união de um povo que 
compartilha as mesmas origens
- Quando a nação ocupa um território e se 
organiza como estado, se torna um 
estado-nação
Nesta unidade você aprendeu:
- Quando uma nação não se sente parte de 
um estado frequentemente ocorrem 
movimentos separatistas
- Território é o espaço geográfico que 
delimita a atuação do estado
Nesta unidade você aprendeu:
- País é um conceito que se refere às 
características físicas, naturais, 
econômicas, sociais e culturais
• A África é o terceiro continente mais extenso do mundo (depois de
Ásia e América), com cerca de 30 milhões de km². É o segundo mais
populoso do mundo (depois da Ásia), com quase 1 bilhão de
habitantes. A população concentra-se nos vales dos grandes rios e
em áreas litorâneas.
• Predominam no continente os escudos cristalinos que formam
planaltos e poucas cadeias montanhosas, como a do Atlas, do Cabo,
Centro-ocidental e Centro-oriental. Nas proximidades do litoral em
todo o continente se localizam as planícies.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Na parte leste do continente os movimentos tectônicos provocaram a
formação de uma grande falha, chamada de Rift Valley. Na região
predominam cadeias de montanhas preenchidas por lagos e
nascentes de rios. Na região se localizam os montes Kilimanjaro
(5.891 m) e Quênia (5.199 m), os mais altos da África, e também os
lagos Vitória, Niassa e Tanganica.
• A localização latitudinal do continente, sendo dividido pela metade
pela Linha do Equador permite que haja uma distribuição uniforme da
luz solar de norte a sul, influenciando a vegetação, massas de ar e
correntes marítimas
África 8º ano Ensino Fundamental
• A distribuição das chuvas é muito variável, devido à existência de
centros de alta pressão atmosférica nas latitudes mais altas do
continente. Próximo à Linha do Equador temos chuvas abundantes,
enquanto nas demais áreas os centros de alta pressão dispersam os
ventos alísios, levando a uma pluviosidade escassa e favorecendo a
formação de desertos como o Saara a norte e o Kalahari a sudoeste.
• Nas partes central e ocidental predomina o clima equatorial; na
porção central o tropical; a norte e sudeste o semiárido; a norte o
desértico; e no sul e extremo norte o clima mediterrâneo.
• A hidrografia do continente é formada por rios distribuídos de
maneira desigual pelo território, sendo muitos deles intermitentes
África 8º ano Ensino Fundamental
• Os principais rios são:
Nilo: é considerado o rio mais extenso do mundo, embora haja um
grande debate sobre onde estão a sua nascente e a nascente do
rio Amazonas, na América do Sul. Os cálculos sobre a sua
extensão variam de mais de 6.600 km a mais de 7.000 km. Apesar
de atravessar o deserto do Saara, suas águas nunca secam. Suas
cheias favorecem a agricultura, sustentando civilizações desde a
Antiguidade. Nasce no lago Vitóriae deságua no Mar
Mediterrâneo.
Congo (ou Zaire): é o segundo maior rio africano, com 4.700 km de
extensão. Nasce na Zâmbia e deságua no Oceano Atlântico, na
fronteira entre a República Democrática do Congo e a Angola.
Neste rio estão as cataratas de Livingstone.
África 8º ano Ensino Fundamental
Zambeze: nasce na Zâmbia e
deságua no Oceano Índico,
no Canal de Moçambique,
possuindo 2.574 km de
extensão. Neste rio estão as
cataratas Vitória.
África 8º ano Ensino Fundamental
África 8º ano Ensino Fundamental
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Rift Valley
Monte Kilimanjaro
8º ano Ensino Fundamental
África
Lago Vitória
Rio Nilo
8º ano Ensino Fundamental
• De acordo com os cientistas, o ser humano teria surgido na África há
cerca de 350 mil anos. O continente também abrigou grandes
civilizações, como a dos egípcios e dos fenícios, sendo
posteriormente ocupado por gregos, romanos e árabes em épocas
diferentes.
• As Grandes Navegações dos séculos XV e XVI fizeram com que o
Norte da África estivesse integrado ao continente europeu durante o
mercantilismo, no período onde as primeiras colônias foram
exploradas no continente. Do litoral foram extraídas matérias-primas
e mão-de-obra escrava que foram deslocadas para outros
continentes.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Com a Revolução Industrial a partir do século XVIII, a crescente
necessidade de matéria-prima e mercados consumidores fez com
que as potências industriais europeias se lançassem pela África e
Ásia, tornando-se áreas de disputa. O período é chamado de
Neocolonialismo ou Imperialismo.
• O conflito pela demarcação de territórios explorados pelos europeus
levou à organização da Conferência de Berlim (1884 – 1885). Os
maiores beneficiados foram o Reino Unido e a França. A divisão dos
continentes africano e asiático foi chamada, respectivamente, de
Partilha da África e Partilha da Ásia.
África 8º ano Ensino Fundamental
• A divisão da África ocorreu de acordo com os interesses dos países
europeus, não respeitando diferenças étnicas, culturais e religiosas.
Nações foram divididas e dentro do mesmo território foram reunidas
nações distintas.
• O plantation (monocultura de exportação) substituiu a agricultura de
subsistência, deixando a África totalmente dependente do mercado
externo
• A dominação europeia interferiu no governo dos países, em esfera
judicial, legislativa e executiva, muitas vezes com a legislação a seu
favor e inclusive introduzindo os idiomas europeus como oficiais
África 8º ano Ensino Fundamental
• A Segunda Guerra Mundial estendeu-se às colônias africanas e
muitos africanos lutaram tanto na África como na Europa. Ao final da
guerra, a devastação do continente europeu e seu enfraquecimento
político e econômico tornou inviável a manutenção das colônias.
• Neste contexto, movimentos por independência tomaram força e
foram financiados pelas potências hegemônicas, EUA e URSS. Sem o
domínio europeu, os países presenciaram diversas guerras civis na
disputa interna pelo poder, além de golpes de Estado e ditaduras
sangrentas, herança da divisão ocorrida na Conferência de Berlim.
• O período de independência dos países africanos é chamado de
descolonização africana
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Partilha da África, durante o Imperialismo Divisão atual da África
8º ano Ensino Fundamental
África 8º ano Ensino Fundamental
• Somente dois países africanos não sofreram com o Neocolonialismo.
Em 1821 os EUA, através da Sociedade Americana de Colonização,
estabeleceram na região do Cabo Mesurado um território que seria
ocupado por escravos livres em seu país. O objetivo era evitar a
miscigenação étnica nos EUA sob o pretexto de que o envio de
negros livres à África ajudaria na redução da criminalidade. Em 1824
a colônia foi batizada como Libéria, que significa “terra livre”.
• A fundação da Libéria foi controversa. Primeiramente, muitos negros
desejavam tornar-se cidadãos estadunidenses; a resistência de
tribos locais à chegada de negros vindos da América desencadeou
diversos conflitos; o território estava na mira de colonizadores
europeus, principalmente Reino Unido e França.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 26 de julho de 1847 a Libéria declarou sua independência dos
EUA, mas ainda manteve fortes laços políticos e econômicos. Um
tratado assinado com o Reino Unido em 1892 e com a França em 1911
delimitaram as fronteias do país. Os acordos com as potências
europeias e o apoio dos EUA livraram a Libéria do Imperialismo na
África.
• A Etiópia tem suas origens no Império Etíope, que ocupou a região
chamada de Abissínia do século X a.C. até 1974. Durante o século XVI
o Império foi alvo de investidas portuguesas, que foram reprimidas
pelas forças imperiais.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 1870 a Itália compra do sultão etíope local um porto na cidade
litorânea de Asseb, no Chifre da África. A posse italiana levou à
colonização da Eritreia em 1890, território que na época era
pertencente à Etiópia. O incômodo dos etíopes com a ocupação
italiana levou à Primeira Guerra Etíope-Italiana (Batalha de Adwa),
em 1896, onde os italianos foram massacrados.
• Já na Segunda Guerra Mundial, em 3 de outubro de 1935 a Itália volta
a atacar a Etiópia procurando garantir seus interesses na África, na
chamada Segunda Guerra Etíope-Italiana. Em 12 de maio de 1936 o
imperador etíope Hailé Selassié foi à Liga das Nações proferir o
discurso que o tornou conhecido em todo o mundo.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 7 de maio de 1936 a Itália anexou oficialmente a Etiópia,
encerrando o conflito. Os movimentos pela retirada dos italianos
seguiram no país.
• No desenrolar da Segunda Guerra, pela frente da África Oriental,
soldados britânicos se aliaram à resistência etíope em 1941 e
forçaram a libertação do país, conseguida em 31 de janeiro
• Hailé Selassié era um entusiasta do pan-africanismo e permaneceu
como imperador da Etiópia até 1974, quando sofreu um golpe de
Estado. Seu nome de batismo era Tafari Makkonen, mas ao se casar
com a filha do imperador Menelik II em 1911 recebeu o título de Ras
(“príncipe”, “líder” em etíope).
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 1930 se tornou o 225º imperador da Etiópia que, de acordo com as
crenças etíopes, seria a representação da suposta união do rei
Salomão de Israel com a rainha de Sabá, que teria dado origem à
linhagem dos imperadores etíopes. Mudou seu nome então para Hailé
África
Hailé Selassié (1892 –
1975)
Selassié, que em etíope significa “o poder da
Trindade”.
• Na década de 1930 surgiu na Jamaica o
movimento rastafári entre negros descendentes
de escravos, que afirma que a Etiópia é o lar de
todos os negros e que Hailé Selassié é a
materialização da segunda vinda de Jesus à Terra
e que o imperador é o próprio Deus vivo.
8º ano Ensino Fundamental
• Após o final da Segunda Guerra Mundial, em meados do século XX,
um movimento de integração do continente africano passa a tomar
forma, chamado de pan-africanismo. O termo teria sido cunhado pelo
estadunidense William Edward Burghardt Du Bois e pelo trinitário
Henry Sylvester Williams.
• Pode-se definir o pan-africanismo como a doutrina política defendida
pela irmandade africana que defendia a libertação do continente de
seus colonizadores e a unificação do continente sob um único Estado.
Foi uma doutrina popular durante o processo de descolonização,
sendo também defendido fora da África por descendentes de
escravos nascidos em outros continentes.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Uma vertente do pan-africanismo pregava também a união dos
afrodescendentes de todo o mundo, retornando à África
• O pan-africanismo não conseguiu a união que desejava entre os
povos africanos. As diferenças étnicas e culturais de tribos locais e
herdadas pelo imperialismo europeu, os interesses políticos de cada
nação e de potências estrangeiras e os esforços dos governos em
conter problemas sociais como a pobreza, a fome e epidemias
tornaram a integração impossível. No entanto, até os diasatuais o
movimento segue com entusiastas dentro e fora da África.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Henry Sylvester Williams
(1869 – 1911)
W. E. B. Du Bois (1868 – 1963)
8º ano Ensino Fundamental
• Kwamane Nkrumah foi um dos maiores líderes o pan-africanismo,
líder do processo de independência da Costa do Ouro Britânica.
Nkrumah rejeitou uma proposta do Reino Unido de independência
gradual e exigiu a independência imediata. Propôs a união dos povos
africanos para a libertação de todo o continente, incitou a
desobediência civil e ganhou adeptos.
• Nkrumah foi preso em 1951, tornando-se um líder ainda mais popular.
Foi solto dias após a esmagadora vitória do seu partido no
Congresso, em eleições promovidas pelos britânicos. Em 1952 foi
eleito para o cargo de primeiro-ministro. Conduziu a Costa do Ouro a
uma independência pacífica em 1957, onde o país foi rebatizado como
Gana, tornando-se a primeira colônia imperialista europeia a se
tornar independente.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Ernesto “Che” Guevara (1928 – 1967) e Kwame Nkrumah (1909 – 1972)
em visita do guerrilheiro argentino à Gana em 1965. Nkrumah era
declaradamente socialista.
8º ano Ensino Fundamental
• A luta pela independência da Argélia tem início na década de 1950
pela população muçulmana, contrapondo-se aos franco-argelinos
(conhecidos como “pés negros”) que eram contra a independência em
relação à França. Em 1962 metrópole e colônia chegam ao acordo de
independência.
• Empresas de petróleo foram nacionalizadas e o país promoveu a sua
industrialização. A saída dos franceses fez com que o número de
cristãos diminuísse muito, fazendo da Argélia um país
predominantemente muçulmano. Os muçulmanos fundamentalistas
chegam ao poder durante a década de 1990.
África 8º ano Ensino Fundamental
• A Nigéria foi colônia do Reino Unido até 1960. A descoberta de
grandes jazidas de petróleo no país já independente levou a conflitos
internos, chegando a haver a divisão do território em Nigéria e Biafra,
em 1967. O novo país tinha o apoio de França e Portugal, mas o
governo nigeriano, apoiado por multinacionais petrolíferas dos EUA e
Reino Unido, reprimiu o movimento rebelde, numa guerra civil que
matou quase 2 milhões de pessoas.
• Recentemente o país sofre com uma guerra civil encabeçada pelo
grupo radical sunita Boko Haram, cujo nome é traduzido como “a
educação não islâmica é pecado”. O grupo atua desde 2001, tendo
início como uma seita religiosa liderada por Mohammed Yusuf. O
grupo repudia a cultura ocidental e prega a imposição dos valores
islâmicos da sharia.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Após a morte de Yusuf em um conflito armado em 2009 o grupo se
assume como uma organização militar. Passou a fazer contato com
outras organizações terroristas, como a Al-Qaeda, recebendo
treinamento militar deste grupo.
• O Boko Haram considera o avanço do cristianismo e da cultura
ocidental na Nigéria como o motivo dos males que ocorrem no país,
como a miséria, afirmando que a única solução seria a imposição da
sharia, perseguindo e executando aqueles que não compactuam com
os seus ideais.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 2014 o grupo ganha notoriedade internacional com o sequestro de
276 mulheres entre 16 e 18 anos numa escola, obrigando-as a se
converter ao islã e a se tornarem esposas de membros do grupo,
fazendo delas escravas sexuais e obrigando muitas a participarem de
ações do grupo como mulheres-bomba.
• Mesmo com o sucesso na fuga de algumas das mulheres e da
libertação mediante negociações como governo nigeriano, estima-se
que mais de 100 mulheres continuam em poder do grupo. De acordo
com a ONU, algumas preferiram continuar no Boko Haram do que
voltar para as péssimas condições de vida que recebiam.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 2015 o Boko Haram voltou a ser notícia matando mais de 2 mil
pessoas num único dia em Baga, na Nigéria. O grupo também luta
contra o apoio militar dos países vizinhos à Nigéria, como os
exércitos de Chade e Níger.
• O atual líder do grupo, Abubakar Shekau já anunciou publicamente a
lealdade do Boko Haram ao Estado Islâmico, levando à expansão das
atividades do EI pela África. Assim como o EI, o Boko Haram também
promove o aliciamento de jovens através das redes sociais e publica
vídeos de seus treinamentos, ações e execuções.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Imagem de vídeo veiculado pelo Boko Haram onde seus membros aparecem
segurando bandeiras do Estado Islâmico
8º ano Ensino Fundamental
• O Egito tornou-se independente antes do início da Segunda Guerra
Mundial, porém as tropas britânicas deixaram totalmente o país
apenas em 1956. Gamal Abdel Nasser liderou em 1953 o golpe de
Estado que levou à queda do rei Farouk I, alinhado ao Reino Unido.
Nasser promoveu políticas nacionalistas, atuou contra o
Neocolonialismo e nacionalizou o Canal de Suez.
• A nacionalização do canal levou à Guerra de Suez, onde Israel,
apoiado pelo Reino Unido e França declararam guerra ao Egito, que
teve apoio da URSS. O conflito durou uma semana e terminou com
um cessar-fogo.
África 8º ano Ensino Fundamental
• O processo de independência da Angola tem início em 1961, com o
surgimento de partidos políticos que queriam tornar o país
independente. O Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA),
de orientação marxista, elegeu Antônio Agostinho Neto como
primeiro presidente, sendo reconhecido por Portugal em 1975.
• A disputa por riquezas como diamante, petróleo, ferro e urano levou
a rivalidades locais e à guerra civil, vencida pelo MPLA em 1976. No
entanto, até os dias atuais são registrados conflitos.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Guiné-Bissau começa a lutar por independência a partir de 1963,
quando o Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo
Verde (PAIGC) inicia a luta armada contra a metrópole. A
independência foi declarada em 1973 e reconhecida em 1974 por
Portugal.
• Em 1964 Moçambique promove uma guerrilha contra os
representantes portugueses através da Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO), de base marxista. Após diversos conflitos,
Portugal reconhece a independência de Moçambique em 1975.
África 8º ano Ensino Fundamental
• No início do século XV as expedições portuguesas chegam ao atual
território da África do Sul pela primeira vez. Contudo, o país recebe
seu primeiro núcleo de colonização. A Companhia Holandesa das
Índias Orientais funda em 1652 uma estação de abastecimento que
mais tarde se tornaria a Cidade do Cabo (Capetown), vindo a ser
colônia britânica em 1806.
• Em 1820, os bôeres (colonos de origem holandesa, alemã, francesa,
belga e dinamarquesa) deixaram a Cidade do Cabo, onde estavam sob
a colonização britânica e migram para as regiões de Natal, Orange e
Transvaal, onde fundam a República Sul-africana e o Estado Livre de
Orange
África 8º ano Ensino Fundamental
• O exército britânico pretendia se apoderar das minas de ouro e
diamante existentes no território dos bôeres, levando à Primeira
Guerra dos Bôeres, entre 1880 e 1881, que culminou com a
independência do Transvaal em relação ao Reino Unido
• Em 1889 o Transvaal exigiu a retirada das tropas britânicas de seu
território e dos territórios da Cidade do Cabo e de Natal, havendo um
conflito armado, a Segunda Guerra dos Bôeres. A guerra termina em
1902 com a anexação das repúblicas bôeres do Transvaal, Orange,
Cidade do Cabo e Natal pelo Reino Unido.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 1910 o Reino Unido reúne suas colônias na União Sul-africana.
Neste mesmo ano foi eleito um primeiro-ministro bôer, Louis Botha,
cujo governo promoveu leis segregacionistas. Em 1913 foi criada a Lei
de Terras dos Nativos, que deixou apenas 7,5% das terras do país
para os negros, que somavam 2/3 da população e deixou os mestiços
sem direito às terras.
• O principal partido político dos africânderes (colonos holandeses da
Igreja Calvinista), o Partido Reunido Nacional, venceu as eleições de
1948 liderado por Daniel François Malan. O tema da campanha era ainstituição de políticas segregacionistas. O governo então instituiu o
apartheid, onde a segregação racial foi legislada.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Louis Botha (1862 – 1919)
Daniel François Malan
(1874 – 1959)
8º ano Ensino Fundamental
• O apartheid trouxe impactos à população negra relativos ao uso da
terra, liberdade de expressão, locomoção, moradia, etc. Haviam áreas
separadas para o uso da população branca, enquanto os negros
ficavam com as áreas menos favorecidas.
África
Advertência a negros (nativos), indígenas e
mestiços (de cor) para que se afastem de
uma instalação
• O levante popular contra o regime
racista foi amplamente reprimido
pelo governo. Teve como seu
principal líder Nelson Mandela. Em
1963 Mandela é condenado à prisão
perpétua, considerado traidor da
pátria pelo governo.
8º ano Ensino Fundamental
• Desde 1962 a ONU impôs sanções à África do Sul, como o boicote
comercial, algo que não representou grande incômodo devido às
riquezas naturais encontradas no país. Diante da ineficácia das
medidas, a comunidade internacional se uniu para fazer pressão no
governo sul-africano contra o apartheid.
• Nos anos 1980 o governo sul-africano torna-se ainda mais violento,
quando o presidente Pieter Willem Botha promove uma campanha de
extermínio aos opositores. Centenas de negros foram mortos.
• Em 1989 Frederik Willem de Klerk sucede P. W. Botha como
presidente e começa uma campanha contra o apartheid. As
proibições a partidos políticos opositores foram retiradas e Nelson
Mandela foi libertado em 1990.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 1993, Chris Hani, líder de um movimento negro, é
assassinado. O governo e a oposição passam a
acelerar os mecanismos que colocassem fim do
regime racista, chegando a uma nova constituição.
Em 1994 ocorrem as primeiras eleições multirraciais
África
P. W. Botha (1916 –
2006)
da história da África do Sul, que
elegem Nelson Mandela como o
primeiro presidente negro do país. A
eleição de Mandela põe fim ao
apartheid.
Chris Hani (1942 –
1993)
8º ano Ensino Fundamental
África
Nelson Mandela (1918 – 2013) foi libertado da prisão em 13 de fevereiro de 1990, aos 71 anos
8º ano Ensino Fundamental
África
F. W. de Klerk e Nelson Mandela se cumprimentam
no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, em
1992
Os dois chefes de Estado receberam o Prêmio
Nobel da Paz em 1993
8º ano Ensino Fundamental
• Entre 1990 e 1994 ocorreu a guerra civil de Ruanda. O país é habitado
por três grandes etnias, os tutsis têm a pele mais clara, feições mais
finas e são mais altos, de origem bantu; os hutus têm a pele mais
escura e são mais baixos, de origem bantu; e os twa também de baixa
estatura, mas de origem pigmeu. Os hutus são a grande maioria,
seguidos pelos tutsis, e os pigmeus são uma minoria muito pequena.
• Apesar de compartilharem de uma mesma cultura, tutsis e hutus
eram rivais desde o século XVIII, quando os tutsi ocupavam o poder
no Reino de Ruanda e representavam a elite local
África 8º ano Ensino Fundamental
• Durante o Imperialismo as rivalidades se intensificaram. A princípio
os alemães colonizaram Ruanda e exerceram o domínio em parceria
com os tutsis, que dispunham de privilégios e ocupavam cargos
administrativos. Após as punições do Tratado de Versalhes, a
Alemanha perdeu suas colônias e o território ruandês foi entregue à
Bélgica. Os colonizadores belgas mantiveram os privilégios dos
tutsis.
• Os tutsis foram considerados superiores em seu país e a rivalidade
com os hutus se acirrou ainda mais a partir da década de 1930,
quando os belgas passaram a emitir documentos de identidade à
população que informavam a etnia do indivíduo. Muitos serviços
estabeleciam altura mínima para o seu uso, como matrículas
escolares.
África 8º ano Ensino Fundamental
• A partir da década de 1950 se iniciam os movimentos pela
independência de Ruanda, liderados por hutus. Em 1959 hutus
invadiram aldeias tutsis e aprisionaram os moradores, cortando-lhes
os pés com facões, alegando assim resolver a diferença de estatura.
Os protestos desencadearam a Revolução Ruandesa entre 1959 e
1961, onde o conflito sangrento levou à vitória dos hutus e à
independência de Ruanda em 1962.
• A partir deste momento os hutus passaram a exercer superioridade
sobre os tutsis. Os hutus afirmavam que os tutsis eram forasteiros,
já que o povo teve origem na Etiópia. Grégoire Kayibanda foi eleito
presidente e iniciou a perseguição aos tutsis, que os obrigou a
fugirem para países vizinhos, principalmente Uganda e Burundi.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 1973 a ditadura de Kayibanda sofre um golpe de Estado liderado
por Juvénal Habyarimana, um militar hutu do norte, primo do
presidente e membro do governo. As origens do golpe são o
genocídio tutsi promovido pelos hutus no Burundi, país vizinho. Em
Ruanda os hutus do norte exigiam do presidente Kayibanda uma
repressão mais dura aos tutsis e o acusavam de privilegiar os
interesses dos hutus do sul.
• A insatisfação dos hutus do norte com o presidente e os casos de
corrupção do governo foram o estopim do golpe militar. Fala-se
numa revolução sem derramamento de sangue, mas é sabido que
após o golpe os membros do novo governo perseguiram os membros
do governo antigo.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Grégoire Kayibanda
(1924 – 1976)
Juvénal
Habyarimana (1937 –
1994)
8º ano Ensino Fundamental
• Habyarimana intensificou o massacre aos tutsis e promoveu uma
ditadura que dissolveu todos os partidos políticos e que ao longo do
tempo mergulhou em corrupção. O governo teve apoio da França e da
Bélgica a partir da década de 1970.
• A partir da década de 1980 o governo se enfraqueceu devido a uma
crise econômica. A crise se agravou quando a comunidade
internacional exigiu como condição para a ajuda financeira que o país
fosse democratizado. Neste período o discurso de ódio aos tutsis foi
reforçado com o surgimento do Akazu, grupo extremista criado pela
esposa do presidente, Agathe Habyarimana. O Akazu deu origem a
outro grupo extremista, o Poder Hutu.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Pressionado por órgãos internacionais, Habyarimana anuncia um
projeto de democratização do país em 1990. No entanto, no mesmo
ano, no dia 2 de outubro, os tutsis iniciaram ataques às tropas
nacionais com uma milícia armada de refugiados tutsis em Uganda,
chamada de Frente Patriótica de Ruanda (FPR). Iniciava-se a guerra
civil.
• Em 1993 o conflito é interrompido pela assinatura de um cessar-fogo
entre o Habyarimana e a FPR. O presidente concordou com o retorno
de refugiados tutsis para Ruanda, além de estabelecer um exército
formado por uma associação do governo com a FPR e o agendamento
de eleições.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Extremistas hutus acusaram Habyarimana de traição. ONGs e países
denunciaram à ONU a formação de uma milícia hutu denominada
Interahamwe, que era financiada pela França. A ONU ignorou as
denúncias.
• Voltando de um acordo de paz na Tanzânia, o avião do presidente
Habyarimana foi atacado nas proximidades do aeroporto de Kigali,
capital de Ruanda, em 6 de abril de 1994. No avião também estava o
presidente do Burundi, Cyprien Ntaryamira, um hutu. O ataque não
deixou sobreviventes.
África 8º ano Ensino Fundamental
• O Poder Hutu prontamente acusou os tutsis de promoverem o ataque,
sendo um claro pretexto para o retorno da guerra civil. Extremistas
hutus tomaram o poder e promoveram nos meses seguintes o
genocídio dos tutsis. Vilas inteiras foram arrasadas, sem qualquer
intervenção internacional. Milícias tutsis reagiram também com
violência. Estima-se que 800 mil pessoas tenham morrido, sendo a
maioria tutsi.
• A RPF foi apoiada pelo exército de Uganda e passou a conquistar
territórios antes dominados por hutus. Em 4 de julho as forças tutsis
tomaram Kigali, dando fim à guerra civil ruandesa. Dois milhões de
hutus fugiram para o Zaire (atual República Democrática do Congo).
No período seguinte a RPF promoveu o genocídio hutu em Ruanda e
no Zaire, sendo estimadas 60 milmortes.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Orfanato em Kigali se torna hospital de campanha do Médicos Sem
Fronteiras, recebendo tutsis vítimas de ataques, em 13 de abril de 1994
8º ano Ensino Fundamental
África
Destroços do avião que levava o presidente de Ruanda, Juvénal Habyarimana, e o
presidente do Burundi, Cyrpien Ntaryamira, abatido por um míssil terrestre em 1994
8º ano Ensino Fundamental
África
Hutus se dirigindo ao Zaire para fugir do avanço da FPR em 1994
8º ano Ensino Fundamental
• O período de guerra civil na Ruanda e o período após a guerra
estenderam seus reflexos aos vizinhos Burundi e Zaire. O Burundi foi
junto com Ruanda uma colônia alemã, onde também habitam tutsis e
hutus. Também se tornou colônia belga após o Tratado de Versalhes.
• Em 1962 o país conseguiu sua independência e uma monarquia
estabeleceu o equilíbrio do poder entre tutsis e hutus. Com o
assassinato do primeiro-ministro em 1965 o país passou a viver
golpes de Estado e tensões étnicas. Entre 1965 e 1966 ocorreram três
golpes de Estado.
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• Em 1993 ocorreram as primeiras eleições presidenciais no país,
elegendo Melchior Ndadaye, um hutu. No mesmo ano Ndadaye foi
fuzilado por oficiais tutsis. O ocorrido provoca a reação dos hutus,
iniciando a guerra civil.
• Em 1994 Cyprien Ntaryamira, um hutu, foi eleito presidente.
Ntaryamira foi morto dois meses depois a bordo do avião onde estava
o presidente de Ruanda, Juvénal Habyarimana, num atentado em
Ruanda. A morte do presidente levou a novos conflitos entre hutus e
tutsis. Em 1996 os tutsis dão um golpe de Estado nomeando Pierre
Buyoya presidente. Buyoya já havia sido presidente entre 1987, sendo
deposto em 1993.
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África
Cyprien Ntaryamira
(1955 – 1994)
Melchior Ndadaye (1953 
– 1993)
8º ano Ensino Fundamental
• Os Acordos de Arusha, na Tanzânia, em 2000 estabeleceram a
transição para um governo de inclusão étnica no Burundi. Em 2003
Buyoya entregou o poder ao seu vice-presidente Domitien Ndayizeye,
um hutu.
• Ndayizeye foi sucedido por Pierre Nkurunziza, também hutu, em
2005. A guerra civil terminou formalmente em 15 de maio de 2015.
Entretanto, os seguidos mandatos de Nkurunziza são vistos como
ditatoriais, o que provocou atos hostis entre tutsis e hutus
novamente.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Protestos dos tutsis contra o governo em 2015 deram início à
chamada Crise de Burundi, que dura até os dias de hoje. Em maio de
2020 foram realizadas eleições, onde Nkuruziza não se candidatou
para o quarto mandato seguido. Apoiou Évariste Ndayishimiye, que
venceu as eleições.
• As eleições no Burundi foram muito criticadas porque acredita-se
que Nkuruziza ainda teria poder sobre o povo, fazendo de
Ndayishimiye um “fantoche”; e também por a eleição ter ocorrido em
meio à pandemia de COVID-19. A morte de Nkuruziza em 8 de junho
de 2020 adiantou a posse de Ndayishimiye, que deveria ocorrer em
agosto, para 18 de junho. O poder continua nas mãos dos hutus.
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África
Pierre Buyoya
Pierre Nkurunziza
(1964 – 2020)
8º ano Ensino Fundamental
• A atual República Democrática do Congo foi colonizada pela Bélgica
em meados do século XIX, quando foi adotada a alcunha de Congo
Belga. A população é de maioria tutsi.
• Durante a década de 1950 tiveram início os protestos pela
independência do país, liderados por Patrice Lumumba, adepto do
socialismo. Forçados pela população a reconhecer sua
independência, a Coroa Belga reconheceu o Congo como um Estado
livre em 1960. Lumumba foi o primeiro-ministro e Joseph Kasavubu
foi eleito presidente. O país adota o nome de República do Congo e,
mais tarde, em 1964 se torna República Democrática do Congo, para
se diferenciar do país vizinho República do Congo, ex-colônia
francesa.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Apenas um mês após a independência, uma rebelião liderada por
Moise Tshombe e financiada por Bélgica, França e EUA estoura na
província de Katanga. Tinha início a chamada Crise do Congo, cujo
objetivo era derrubar o socialismo no país.
• Visando uma conciliação, Kasavubu afastou Lumumba e as tropas da
ONU foram enviadas ao país. Meses depois Lumumba tentou fugir da
prisão domiciliar e foi capturado, torturado e morto pelas tropas de
Tshombe e oficiais belgas. Mesmo alegando ser um governo neutro,
Kasavubu se aliou à URSS e recebeu dos soviéticos suprimentos e
armas para conter a rebelião.
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África
Joseph Kasavubu (1915 –
1969)
Patrice Lumumba
(1925 – 1961)
8º ano Ensino Fundamental
• Em 1963 as tropas da ONU chegam a Katanga e Tshombe foge para a
Rodésia do Norte (atual Zâmbia) e depois para a Espanha. A ONU se
retirou em 1964, considerando o país pacificado. No mesmo ano
Tshombe volta à República Democrática do Congo para tentar tomar
o poder. Foi nomeado primeiro-ministro pelo presidente Kasavubu.
• Em meio ao caos congolês, surge uma nova figura política. Joseph-
Desiré Mobutu era partidário de Lumumba durante a independência
do país, sendo nomeado por ele comandante do exército. A nomeação
de Mobutu criou um racha no governo, pois Kasavubu temia que
Mobutu pudesse dar um golpe de Estado, sabendo que o comandante
era muito ambicioso.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Quando Kasavubu afastou Lumumba ao ser pressionado pelos EUA,
Lumumba não aceitou e ordenou a Mobutu que destituísse Kasavubu.
O presidente, por sua vez, ordenou a Mobutu que destituísse o
primeiro-ministro. Mobutu entregou Lumumba aos homens de
Tshombe, tendo como consequência a morte de Lumumba.
• Em 1964 um apoiador de Lumumba, Pierre Mulele, tentou dar um
golpe no governo de Kasavubu, mas foi reprimido pelas tropas
federais, lideradas por Mobutu. Em 1965 Kasavubu nomeou Évariste
Kimba primeiro-ministro, desagradando Tshombe e causando uma
crise interna. Mobutu se aproveitou da fraqueza do governo para
aplicar um golpe de Estado, assumindo poderes absolutos. A Crise do
Congo estava oficialmente finalizada.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Moise Tshombe
(1919 – 1969)
Joseph-Desiré
Mobutu (1930 – 1997)
8º ano Ensino Fundamental
• A ditadura de Mobutu rompeu com a URSS e foi totalmente a favor
dos interesses ocidentais e seus opositores foram torturados e
assassinados. Ao mesmo tempo, adotou um nacionalismo que
rompeu com as heranças coloniais, substituindo os costumes
europeus pelos costumes africanos. Em 1971 mudou o nome do país
para Zaire.
• Embora o país fosse muito rico em recursos naturais a riqueza foi
usufruída apenas por uma pequena parcela da população. A
corrupção era uma das características mais marcantes da ditadura.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Com a derrocada do socialismo no início da década de 1990, os EUA
cortam a ajuda financeira a governos anti-socialistas, deixando o
Zaire numa profunda crise econômica. Em 1993 uma rebelião liderada
por Étienne Tshisekedi recebeu apoio dos EUA e da União Europeia,
que pediram a instalação de um governo de transição.
• Em 1994 chegaram ao Zaire cerca de 1 milhão de ruandeses
(predominantemente hutus) fugindo do genocídio local. A tolerância
de Mobutu à permanência dos hutus deixou a população do Zaire,
predominantemente tutsi, enfurecida. Laurent-Désiré Kabila liderou a
revolta tutsi no Zaire, apoiados pela vizinha Uganda e pelo regime
tutsi em Ruanda. Era o início da Primeira Guerra do Congo.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 17 de maio de 1997 os rebeldes conquistaram a capital Kinshasa e
o ditador Mobutu foi destituído e se exilou em Togo e depois em
Marrocos. Laurent-Désiré Kabila tornou-se presidente e devolveu ao
país o nome de República Democrática do Congo. Terminava a
Primeira Guerra do Congo.
• A promessa de democracia não se cumpriu durante o governo de
Laurent-Désiré Kabila. O presidente fez uso do autoritarismo e
rompeu relações com Uganda e Ruanda, que lhe ajudaram a tomar o
poder, levando à revolta dos tutsi dentro e fora da República
Democrática do Congo.
África 8º anoEnsino Fundamental
• No dia 2 de agosto de 1998 a Ruanda invadiu a República Democrática
do Congo, sendo depois apoiada por Uganda e Burundi, dando início à
Segunda Guerra do Congo. Os congoleses tiveram o apoio de Angola,
Chade, Zimbábue e Namíbia.
• Embora em 1999 o Acordo de Lusaka, na Zâmbia, tivesse estabelecido
um cessar-fogo entre todos os países, as hostilidades estavam longe
de acabar. Em 2001 Laurent-Désiré Kabila foi assassinado no palácio
presidencial por um segurança. Nenhum rival político jamais assumiu
a ordem da execução. Seu filho Joseph Kabila assumiu a presidência.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Joseph Kabila avançou muito as negociações de paz. Assinou em
2002 com outros chefes de Estado os Acordos de Sun City, na África
do Sul, que estabeleceram o cessar-fogo na República Democrática
do Congo. Em julho de 2003 as tropas de Ruanda e Uganda deixaram
o país, colocando fim à Segunda Guerra do Congo. Foi instituído um
governo com colaboração de diferentes grupos congoleses,
mantendo Kabila como presidente.
• Foi a maior guerra da História Moderna da África, envolvendo oito
países e deixando um saldo de quase 4 milhões de mortos. Foram
registradas atrocidades como estupros, escravatura sexual, incesto
forçado e canibalismo, especialmente contra mulheres congolesas. A
matança nesse período foi chamada de genocídio congolês.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Joseph Kabila
Laurent-Désiré
Kabila (1939 – 2001)
8º ano Ensino Fundamental
África
Soldados do exército congolês durante a Segunda Guerra 
do Congo
Mulheres congolesas vítimas de estupro
em assembleia sobre abuso sexual em
2001
8º ano Ensino Fundamental
• O Sudão do Sul se tornou independente do Sudão no dia 9 de julho de
2011. Em 1955, logo após a independência do Sudão, o Sudão do Sul
decide se separar, iniciando a Primeira Guerra Civil Sudanesa. O
norte do Sudão era de maioria muçulmana, no entanto o sul do país
era de maioria cristã e animista. Os sulistas conseguiram através do
Tratado de Adis Abeba em 1972 o título de região autônoma,
encerrando o conflito.
• Em 1983 o presidente Gaafar Nimeiry declara o Sudão um Estado
islâmico e tira a autonomia do Sudão do Sul. Os sulistas regiram com
violência e foram reprimidos, iniciando a Segunda Guerra Civil
Sudanesa. O conflito durou mais de 21 anos e deixou cerca de 2
milhões de mortos e contou com a participação de crianças e
adolescentes. Foi o mais fatal desde a Segunda Guerra Mundial.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Um acordo de paz em 2005 pôs fim à Segunda Guerra Civil Sudanesa
e devolveu a autonomia ao Sudão do Sul. O acordo também
estabelecia um referendo a ser realizado em 2011 sobre a separação
do sul, com vitória do “sim” e a concretização da independência. O
Sudão do Sul é rico em petróleo e o acordo de paz só foi realizado
após um consenso com o Sudão sobre a divisão dos lucros da
exploração.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
A população sul-sudanesa comemora a independência do país em 2011
8º ano Ensino Fundamental
• Ainda no Sudão, a região de Darfur passou a presenciar conflitos
entre a população e o governo a partir de 2003. A situação de
pobreza da população e os privilégios que o governo concede aos
muçulmanos em detrimento do restante da população fizeram com
que a população marginalizada se levantasse e pegasse em armas.
• Os dois principais grupos que atuam nesta outra guerra civil são o
Movimento de Justiça e Igualdade (MJI) e o Exército de Libertação
Sudanesa (ELS), que lutam contra o exército nacional, e o Janjaweed,
milícia árabe financiada pelo governo sudanês para lutar contra os
rebeldes. O governo reprimiu os movimentos rebeldes com muita
violência.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Em 2006 um acordo de paz foi firmado, mas não contou com a
aderência de todos os grupos rebeldes. Em 2009 o presidente do
Sudão Omar al-Bashir foi acusado de crimes de Guerra pelo Tribunal
Internacional, porém foi deposto apenas em 2019.
• Em 2013 os conflitos voltaram a acontecer, e desde 2015 vêm sendo
amenizados. De acordo com a ONU, mais de 300 mil pessoas já
morreram e 2,7 milhões tiveram que abandonar o país, refugiando-se
em países vizinhos, principalmente o Chade.
• A situação na região ainda é de miséria, com necessidade de ajuda
humanitária. Desde a deposição de al-Bashir um conselho de
transição de governo administra o Sudão.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
O ex-presidente Omar al-Bashir chega a Darfur escoltado pelo 
exército nacional em 2017
Localização da região de Darfur, 
no Sudão
8º ano Ensino Fundamental
• O continente africano pode ser regionalizado da seguinte forma:
Norte da África: é composta por Saara Ocidental, Marrocos,
Argélia, Tunísia, Líbia, Egito e Sudão. Os países são abrangidos
pelo deserto do Saara e a população é de origem árabe, sendo por
isso a região chamada também de “África Branca”. Via de regra, os
países apresentam melhores condições econômicas e sociais que
os países da África Subsaariana e predomina a religião islâmica.
Ao norte da África está a região do Magreb (“onde o Sol se põe”
em árabe), formada pelos países do Norte da África, exceto
Egito e Sudão, e contando ainda com a Mauritânia, ao sul do Saara
Ocidental.
África 8º ano Ensino Fundamental
África Subsaariana: formada por todos os países localizados
abaixo do Norte da África, ao sul do deserto do Saara. Muitos
países da região apresentam os piores índices sociais e
econômicos do mundo. Apesar de a África do Sul apresentar os
melhores índices de todo o continente, ocorrem no país problemas
típicos de países subdesenvolvidos. A população é
predominantemente negra, por isso a região também é chamada
de “África Negra”. Todavia a população está dividida em diversas
etnias e tribos. A região pode ser dividida em quatro sub-regiões:
África Ocidental, África Central, África Oriental e Sul da África.
Logo ao sul do Saara está a região do Sahel (“costa” ou “fronteira”
em árabe), que vai do litoral do Atlântico ao do Mar Mediterrâneo.
A região é marcada pela extrema pobreza, tensões geopolíticas,
alto crescimento demográfico e avanço da desertificação.
África 8º ano Ensino Fundamental
África 8º ano Ensino Fundamental
África 8º ano Ensino Fundamental
• Atualmente a África do Sul é um país em desenvolvimento e a melhor
economia do continente africano. No cenário mundial, faz parte do
BRICS, bloco econômico que participa com Brasil, Rússia, Índia e
China. No entanto, as altas taxas de desemprego, violência e
desigualdades sociais são desafios a serem encarados nos dias de
hoje.
• O subdesenvolvimento impera no continente africano, com grandes
desafios econômicos e sociais. O setor primário é a base da
economia, sendo a produção voltada para exportação. A venda de
produtos de baixo valor agregado impõe sérias dificuldades para o
desenvolvimento dos países.
África 8º ano Ensino Fundamental
• Nos últimos anos a China tem se aproximado dos países do
continente, investindo na exploração mineral. Os EUA não aprovam a
influência chinesa no continente, alegando uma tentativa de
“colonização”.
• Apesar de gerar empregos e movimentar a economia dos países
africanos, os produtos chineses ganham espaço no mercado interno,
afetando negativamente o desenvolvimento das indústrias locais
África 8º ano Ensino Fundamental
• Mesmo que o setor primário detenha a maioria do PIB dos países,
muitos tem necessidade de outros gêneros agrícolas, que são
importados. Uma das regiões de maior aproveitamento agrícola é o
Magreb, onde o clima mediterrâneo favorece o cultivo de trigo,
oliveiras e frutas; na África Central cultiva-se amendoim, café e
cacau; nas florestas equatoriais exploram-se a madeira e o dendê.
• A pecuária no continente é pouco desenvolvida, devido aos baixos
investimentos e às condições naturais. Na África Subsaariana é
praticada para a subsistência. O rebanho bovino distribui-se pelas
regiões áridas e semiáridas; nas regiões mediterrâneas criam-se
caprinos e ovinos.
África 8º ano EnsinoFundamental
• A indústria africana é liderada pela África do Sul, devido à mão-de-
obra barata e riqueza mineral do território, seguida por Egito e
Nigéria. As principais indústrias são a têxtil, alimentícia e
petroquímica.
• A indústria enfrenta dificuldades para atrair investimentos devido à
escassa mão-de-obra especializada, pouco capital interno, baixo
poder aquisitivo da população e infraestrutura precária de
transportes e comunicações.
África 8º ano Ensino Fundamental
• A maioria dos minérios é exportada para países industrializados. O
Norte da África é rico em petróleo e gás natural, sendo Líbia e
Argélia membros da OPEP. Na África Subsaariana Nigéria, Guiné
Equatorial, Gabão e Angola, também são membros da OPEP; Congo,
Botsuana e África do Sul produzem diamantes.
• A rede rodoviária é a principal rede de transportes. A maioria das
rodovias encontra-se próximo ao litoral para facilitar a exportação. A
maioria das rodovias está em estado precário.
África 8º ano Ensino Fundamental
• O continente africano tem grandes taxas de emigração. Africanos
refugiam-se na Europa e na América buscando segurança, emprego
e fugindo de conflitos étnicos, políticos e religiosos.
• Os países mais populosos da África são Nigéria, Etiópia, Egito,
República Democrática do Congo e Tanzânia. A diversidade étnica e
religiosa é traço marcante do continente.
África 8º ano Ensino Fundamental
África 8º ano Ensino Fundamental
• Embora o continente seja um grande produtor e exportador de
gêneros agrícolas, muitos países apresentam elevado número de
subnutridos, sendo o continente em pior situação em relação à fome.
• Os países que mais sofrem com a fome são Etiópia, Somália, Sudão,
Sudão do Sul, Moçambique, Malawi, Libéria e Angola. Segundo a ONU,
cerca de 150 milhões de africanos não consomem o mínimo de
calorias mínimas diárias.
• Podemos atribuir a ocorrência da fome no continente africano aos
seguintes fatores:
Ocupação de grande parte das terras para o plantation;
Diminuição da oferta de alimentos no continente;
África 8º ano Ensino Fundamental
Desertificação gerada pela ocupação de áreas impróprias para a
agricultura;
Diminuição das pastagens e terras férteis;
Guerras civis.
África
O mapa da fome no mundo
8º ano Ensino Fundamental
África 8º ano Ensino Fundamental
Crianças sofrem com a desnutrição em Mogadíscio, Somália
África 8º ano Ensino Fundamental
• O continente também é arrebatado por grandes epidemias. Nos anos
1980 a África registrou seus primeiros casos de contaminação por
AIDS. Nos dias atuais estima-se que 42 milhões de pessoas estejam
contaminadas, havendo milhões de mortes em consequência da
doença todos os anos.
• O IDH do continente fica seriamente comprometido, já que as mortes
em decorrência da AIDS e demais epidemias diminui severamente a
expectativa de vida e a PEA. Em países como Botsuana, Lesoto,
Suazilândia e Zimbábue a contaminação chega a um caso a cada três
adultos; na Namíbia, África do Sul e Zâmbia, um em cada cinco; e na
maioria dos países restantes, um a cada vinte.
África 8º ano Ensino Fundamental
• 70% dos casos de AIDS do continente estão concentrados na África
Subsaariana. Estima-se que até 2025 hajam 200 milhões de pessoas
contaminadas.
• Entre o final do século XX e início do século XXI a África sofreu com
surtos do vírus Ebola. O vírus ataca os rins, fígados e vasos
sanguíneos e a taxa de mortalidade varia entre as populações de 50%
a 90% dos casos. Os primeiros casos datam de 1976, quando foram
registrados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 1.100 casos e
793 mortes.
• O tratamento da doença ainda é experimental e o enfermo é
submetido a um alto grau de isolamento, devido ao fácil contágio que
ocorre por saliva, sangue ou fluido corporal
África 8º ano Ensino Fundamental
• Os países mais afetados são Guiné, Libéria e Serra Leoa. De acordo
com a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), em 2016 o surto de Ebola
foi controlado e assim permanecendo até os dias de hoje. Contudo,
surtos passados foram precedidos por novos e constantes surtos,
sendo necessária toda a atenção das autoridades.
• Outras epidemias como cólera e malária são constantes no
continente. As péssimas condições de saneamento básico são
determinantes para que a África esteja fadada à proliferação de
doenças.
África 8º ano Ensino Fundamental
África
Principais causas de morte na África
8º ano Ensino Fundamental
África
Surtos de Ebola na África em 2014
8º ano Ensino Fundamental
Nesta unidade você aprendeu:
- A áfrica é o terceiro maior continente 
do mundo e o segundo em população
- A população se concentra ao longo dos 
vales e nas áreas litorâneas
- A predominância no relevo é de escudos 
cristalinos
Nesta unidade você aprendeu:
- A formação de desertos como o saara e o 
Kalahari se deve à dispersão dos ventos 
alísios nos centros de alta pressão
- Devido à grande extensão latitudinal o 
continente apresenta diversidade de 
climas
Nesta unidade você aprendeu:
- Os principais rios são o Nilo, congo (ou 
zaire) e Zambeze
- De acordo com os cientistas, a áfrica é o 
berço da espécie humana
- O continente abrigou grandes 
civilizações, como os egípcios e os 
fenícios
Nesta unidade você aprendeu:
- Durante as grandes navegações o 
continente foi intensamente explorado, 
fornecendo matérias-primas e mão-de-
obra escrava
Nesta unidade você aprendeu:
- A necessidade de novas matérias primas 
fez com que os europeus promovessem o 
neocolonialismo ou imperialismo na 
áfrica
Nesta unidade você aprendeu:
- Durante o imperialismo o continente foi 
dividido de acordo com os interesses dos 
europeus, sem considerar as divisões 
culturais já existentes
- A segunda guerra mundial enfraqueceu o 
domínio europeu sobre a áfrica, levando 
ao processo de “descolonização”
Nesta unidade você aprendeu:
- Libéria e etiópia eram países 
independentes que não foram colonizados 
durante o imperialismo
- A formação da Libéria
- O império etíope e as guerras etíope-
italianas
- Hailé selassié e o movimento rastafari
Nesta unidade você aprendeu:
- O pan-africanismo foi o movimento que 
lutou pela independência das colônias 
africanas e que defendia a união do 
continente em um único estado
- Muitos países enfrentaram guerras civis 
em disputas pelo poder após a 
independência
Nesta unidade você aprendeu:
- Kwamane nkrumah liderou gana a uma 
independência pacífica em 1957
- Gana foi a primeira colônia imperialista a 
se tornar independente na áfrica
- A independência da Argélia ocorreu em 
1962 num acordo entre a frança e sua 
colônia
Nesta unidade você aprendeu:
- A saída de franceses da Argélia diminuiu o 
número de cristãos e tornou o país 
predominantemente muçulmano
- Muçulmanos fundamentalistas chegaram 
ao poder na Argélia na década de 1990
- A Nigéria se tornou independente do reino 
unido em 1960
Nesta unidade você aprendeu:
- A descoberta de petróleo na Nigéria 
desencadeou conflitos que levaram à 
independência da região de biafra e depois 
à sua reintegração à Nigéria
Nesta unidade você aprendeu:
- O boko haram é um grupo terrorista 
surgido na Nigéria em 2001 que prega a 
luta contra a cultura ocidental e a 
imposição da sharia
- O boko haram teve ligações com a al-
qaeda e atualmente é um aliado do estado 
islâmico
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1953 gamal abdel nasser deu um golpe 
de estado no egito e promoveu políticas 
nacionalistas, como a nacionalização do 
canal de suez
- A independência de angola foi liderada 
pelo mpla, reconhecida por Portugal em 
1975
Nesta unidade você aprendeu:
- As disputas internas pelas riquezas 
levaram à guerra civil vencida pelo 
mpla em 1976
- Ainda ocorrem confrontos civis em 
angola
Nesta unidade você aprendeu:
- Guiné-Bissau se tornou independente de 
Portugal em 1974 após a guerra de 
independência
- Moçambique tem a independência 
reconhecida por Portugal em 1975 após 
conflitos com a frelimoNesta unidade você aprendeu:
- O território da áfrica do sul passou pelas 
colonizações portuguesa, holandesa e 
britânica antes de se tornar 
independente
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1910 o reino unido promove a união das 
suas colônias na áfrica do sul e o 
primeiro-ministro louis botha promove 
políticas segregacionistas
- Em 1948 Daniel malan promoveu o 
segregacionismo na legislação do país, 
iniciando o apartheid
Nesta unidade você aprendeu:
- A população negra, maioria na áfrica do 
sul, sofreu restrições quanto à liberdade 
de expressão e de locomoção
- Nelson mandela foi o líder do movimento 
de resistência negro, condenado à prisão 
perpétua em 1963 como traidor da pátria
Nesta unidade você aprendeu:
- As sanções impostas pela onu à áfrica do 
sul em decorrência do apartheid foram 
ineficazes e mobilizaram a comunidade 
internacional a pressionar o governo 
sul-africano
Nesta unidade você aprendeu:
- P. w. botha torna o apartheid ainda mais 
violento na década de 1980, intensificando 
o etnocídio negro
- Willem de Klerk abre caminho para o fim 
do apartheid a partir de 1989 ordenando a 
soltura de presos políticos
Nesta unidade você aprendeu:
- Nelson mandela foi libertado em 1990 e 
venceu as primeiras eleições 
multirraciais em 1994
- Mandela se tornou o primeiro presidente 
negro da áfrica do sul e sua eleição 
marca o fim do apartheid
Nesta unidade você aprendeu:
- Entre 1990 e 1994 ocorreu a guerra civil 
em Ruanda, marcada por conflitos entre 
tutsis e hutus
- Os tutsis foram privilegiados durante a 
colonização belga
- Os hutus protestaram e tomaram o país 
após a revolução ruandesa
Nesta unidade você aprendeu:
- Após tomarem o poder os hutus 
promoveram o genocídio tutsi
- Juvénal Habyarimana deu um golpe de 
estado e estendeu o genocídio tutsi ao 
Burundi
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1990 milícias tutsis refugiadas em 
uganda retornam à Ruanda a atacam as 
tropas nacionais, dando início à guerra 
civil
Nesta unidade você aprendeu:
- Após estabelecer um cessar-fogo com 
milícias tutsis em 1993 Habyarimana foi 
morto num atentado junto com o 
presidente de burundi, Cyprien Ntaryamira
- Milícias hutus tomaram o poder e 
promoveram um novo genocídio tutsi
Nesta unidade você aprendeu:
- Milícias tutsis reagiram aos abusos e 
tomaram o poder em 4 de julho de 1994
- Após a tomada do poder os tutsis 
passaram a promover o genocídio hutu
- O burundi também conviveu com 
hostilidades entre tutsis e hutus
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1993 Melchior Ndadaye, um hutu, foi 
eleito presidente
- Ndadaye foi fuzilado por milícias tutsis 
pouco tempo depois, dando início à guerra 
civil burundiana
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1994 o hutu Cyprien Ntaryamira foi 
eleito presidente. Dois meses depois foi 
morto num atentado em Ruanda junto 
com o presidente local Juvénal
Habyarimana
- Em 1996 um golpe de estado tutsi nomeou 
pierre buyoya presidente
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 15 de maio de 2015 termina 
oficialmente a guerra civil no burundi
- As acusações de poder ditatorial exercido 
pelo presidente hutu Pierre Nkurunziza
retomaram as hostilidades em 2015 na 
chamada crise de burundi, que dura até 
os dias atuais
Nesta unidade você aprendeu:
- A república democrática do congo 
também foi palco do conflito entre tutsis 
e hutus
- Em 1964 moise tshombe lidera 
manifestações contra o socialismo do 
primeiro-ministro patrice lumumba, 
desencadeando a crise do congo
Nesta unidade você aprendeu:
- O presidente joseph kasavubu afastou 
lumumba, que pouco tempo depois foi 
capturado e morto
- Aproveitando-se dos desentendimentos 
entre kasavubu e tshombe, Joseph-Desiré
Mobutu dá um golpe de estado em 1964, 
encerrando a crise do congo
Nesta unidade você aprendeu:
- Mobutu praticou um governo nacionalista 
e anti-socialista
- Em 1971 Mobutu muda o nome do país para 
zaire
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1993 Étienne Tshisekedi liderou uma 
rebelião aprovada por eua e união 
europeia que estabeleceu um governo de 
transição
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1994 a tolerância de Mobutu aos hutus 
fugidos de Ruanda levou a protestos 
tutsis que deram início à primeira 
guerra do congo
- Em 1997 os tutsis conquistam o zaire, 
tornando Laurent-Désiré Kabila 
presidente
Nesta unidade você aprendeu:
- Laurent-Désiré Kabila devolve ao país o 
nome de república democrática do congo
- O rompimento das relações de Laurent-
Désiré Kabila provoca a reação tutsi 
dentro e fora do país
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1998 a Ruanda apoiada por uganda e 
burundi invade a república democrática 
do congo, irrompendo a segunda guerra 
do congo
- Os congoleses foram apoiados por angola, 
chade, zimbábue e namíbia
Nesta unidade você aprendeu:
- Após o assassinato de Laurent-Désiré
Kabila, seu filho joseph kabila participou 
dos acordos de paz que encerraram a 
segunda guerra do congo em 2003
Nesta unidade você aprendeu:
- As mortes e outras atrocidades 
registradas durante a segunda guerra do 
congo foram chamadas de genocídio 
congolês
- Em 1955 o sudão do sul tentou se separar 
do sudão pela primeira vez, na primeira 
guerra civil sudanesa
Nesta unidade você aprendeu:
- O norte do sudão era de maioria 
muçulmana e o sul era de maioria cristã 
e animista
- A primeira guerra civil sudanesa termina 
em 1972 com o título de região autônoma 
conferido ao sudão do sul, ainda 
integrando o território do sudão
Nesta unidade você aprendeu:
- Em 1983 gaafar nimeiry declara o sudão
um estado islâmico e tira a autonomia do 
sudão do sul, irrompendo a segunda 
guerra civil sudanesa
Nesta unidade você aprendeu:
- O acordo de paz ocorreu apenas em 2005, 
devolvendo a autonomia ao sudão do sul e 
estabelecendo um referendo sobre a 
independência da região em 2011
- O referendo foi favorável à 
independência e no mesmo ano foi criado 
o estado do sud~ão do sul
Nesta unidade você aprendeu:
- A partir de 2003 a população da região de 
darfur se rebela contra o sudão
justificando ser preterida em relação 
aos muçulmanos pelo governo
- O governo reprimiu com violência os 
movimentos rebeldes
Nesta unidade você aprendeu:
- Um acordo de paz foi firmado em 2006 
mas não foi aderido em sua totalidade
- Em 2013 os conflitos voltam a acontecer, 
diminuindo de intensidade a partir de 2015
- Mais de 300 mil pessoas já morreram e 2,7 
milhões deixaram o sudão no conflito de 
darfur
Nesta unidade você aprendeu:
- A situação do darfur ainda é de 
calamidade, necessitando de ajuda 
humanitária
- Em 2019 o presidente do sudão, omar al-
bashir, foi deposto
- Atualmente um conselho de transição 
administra o sudão
Nesta unidade você aprendeu:
- A REGIONALIZAÇÃO DO CONTINENTE EM NORTE 
DA ÁFRICA E ÁFRICA SUBSAARIANA
- Atualmente a áfrica do sul é a melhor 
economia africana e é membro do brics
- O setor primário é a base da economia do 
continente
Nesta unidade você aprendeu:
- A china tem se aproximado 
economicamente dos países africanos, 
sendo acusada de promover um novo 
“colonialismo”
- O magreb é a região de melhor 
aproveitamento agrícola da áfrica
Nesta unidade você aprendeu:
- A pecuária é pouco desenvolvida devido 
aos baixos investimentos e às condições 
naturais
- A indústria é liderada pela áfrica do sul, 
seguida por egito e Nigéria
- As principais indústrias são a têxtil, 
alimentícia e petroquímica
Nesta unidade você aprendeu:
- O norte da áfrica é rico em petróleo e 
Argélia, líbia e Nigéria são membros da 
opep
- A principal rede de transportes é a 
rodoviária
Nesta unidade você aprendeu:
- O continente tem altas taxas de 
emigração, principalmente em direção à 
europa e américa
- Os países mais populosos são Nigéria, 
etiópia, egito, república democrática do 
congo e tanzânia
Nesta unidade você aprendeu:
- O continentepossui uma grande 
diversidade étnica e religiosa
- É o continente que apresenta a pior 
situação em relação à fome e à 
subnutrição
- Grandes epidemias assolam o continente, 
tendo o maior registro de casos de aids
• A partir de 2010 tem início do Norte da África e no Oriente Médio uma
revolução movida por ideais democráticos denominada Primavera
Árabe. O primeiro movimento ocorreu na Tunísia, num protesto
contra o ditador Zine el-Abidine Ben Ali.
Primavera Árabe
Zine el-Abidine Ben 
Ali (1936 – 2019)
• Um vendedor de frutas chamado Mohamed
Bouazizi saiu em protesto em frente a um prédio
do governo em 17 de dezembro de 2010.
Protestando contra o confisco da sua mercadoria,
exigiu falar com o governador local, ameaçando
atear fogo ao próprio corpo caso não conseguisse.
Frente à negativa, Bouazizi se encharcou de
diluente e pôs fogo a si mesmo, sendo socorrido e
levado ao hospital, mas vindo a falecer no dia 4 de
janeiro de 2011.
8º ano Ensino Fundamental
• Os protestos desencadeados
com a morte de Bouazizi
tomaram todo o país e foram
impulsionados pelas
mobilizações nas redes
sociais. Dez dias após a morte
do comerciante, Ben Ali
renunciou ao cargo que
ocupava desde 1987, fugindo
para a Arábia Saudita.
Primavera Árabe
Protestos em memória de Mohamed Bouazizi (1984 –
2011) após a sua morte na Tunísia 
8º ano Ensino Fundamental
• O sucesso da mobilização na Tunísia trouxe esperança a outros
países árabes que desejavam depor seus ditadores. O seguinte foco
dos protestos foi o Egito, contra o presidente Hosni Mubarak, no
poder desde 1981. No dia 1º de fevereiro de 2011 mais de 1 milhão de
egípcios tomaram Cairo em protestos, que se expandiram por
Primavera Árabe
Hosni Mubarak (1928 
– 2020)
Alexandria e Suez. Mubarak renunciou em 11 de
fevereiro de 2011.
8º ano Ensino Fundamental
Primavera Árabe
Praça tomada por manifestantes no Cairo, Egito, em 2011
8º ano Ensino Fundamental
• Na Líbia a ditadura de Muammar al-Gaddafi durava quase 42 anos,
tendo chegado ao poder em 1969. Foi o líder árabe que ficou mais
tempo no poder em toda a História. Em 17 de fevereiro de 2011 os
protestos pedindo a renúncia de al-Gaddafi tomaram o país e
passaram a ser reprimidos com violência pelo governo.
• Até o final de fevereiro muitas cidades foram tomadas pelos
manifestantes. al-Gaddafi sofreu deserções em suas tropas e de
ocupantes de cargos administrativos, mas continuava a reprimir
movimentos opositores. Em 17 de março de 2011 a ONU autorizou a
ocupação da OTAN na Líbia, virando o jogo a favor dos opositores.
Primavera Árabe 8º ano Ensino Fundamental
• al-Gaddafi foi capturado em
Sirte em 20 de fevereiro de
2011. Ainda vivo, foi exibido
como um troféu dos rebeldes
pelas ruas da cidade e, em
seguida, morto.
Primavera Árabe
Imagem de um vídeo feito do momento da captura de
Muammar al-Gaddafi (1942 – 2011) em Sirte, na Líbia.
Após ser encontrado num esconderijo, al-Gaddafi foi
linchado e levado a um carro para um “desfile” onde foi
exibido como um troféu dos rebeldes líbios. Momentos
depois o ditador foi executado.
8º ano Ensino Fundamental
• Na Síria os protestos pacíficos de 2011 foram duramente reprimidos
pelo ditador Bashar al-Assad. Em julho do mesmo ano desertores do
exército formam o Exército Sírio Livre se opondo ao governo. Os
conflitos entre rebeldes e o governo resultam na Guerra Civil Síria.
Primavera Árabe
Bashar al-Assad
• Aproveitando-se da dissidência, membros do Estado
Islâmico chegam à Síria. A princípio apoiavam os
rebeldes e depois passaram a atacar tanto os
rebeldes quanto as forças armadas, tentando
acabar com os dois grupos e consolidar sua
hegemonia.
8º ano Ensino Fundamental
• Para escapar da violência, muitos sírios passaram a se refugiar em
países vizinhos. A população síria vive no fogo cruzado entre as
tropas de al-Assad e do EI. As tropas de al-Assad têm o apoio das
forças armadas russas no combate ao EI. O conflito dura até os dias
Primavera Árabe
Atentado terrorista promovido pelo EI em Homs, Síria, em 2016
atuais, tendo por volta
de 500 mil de vítimas.
8º ano Ensino Fundamental
• Os movimentos da Primavera Árabe na Síria tiveram reflexos nas
fronteiras do país com o Iraque. Naquele momento sunitas e xiitas
voltaram a se confrontar em território iraquiano e o primeiro-
ministro Nouri al-Maliki aproveitou a saída da coalizão liderada pelos
EUA em 2011 para promover uma série de reformas.
• al-Maliki expulsou das forças armadas os membros sunitas de maior
prestígio e os substituiu por correligionários. O EI reagiu com
violência às reformas do primeiro-ministro e planejou instalar um
califado muçulmano da Síria ao Iraque.
Primavera Árabe 8º ano Ensino Fundamental
• O EI promoveu massacres e conquistou as cidades iraquianas de
Ticrite, Faluja e Mossul. O governo iraquiano reagiu também com
violência. No Iraque o combate ao EI pelo governo tem apoio da
coalizão ocidental e de milícias curdas.
• A partir de 2016 o EI começa a perder territórios na Síria e no Iraque,
devido à ação dos governos locais. Em 2017 foi completamente
expulso do Iraque e na Síria as derrotas se tornam cada vez mais
constantes, com o grupo sendo empurrado para perto da fronteira
com o Iraque. Atualmente o grupo se encontra muito enfraquecido.
Primavera Árabe 8º ano Ensino Fundamental
Primavera Árabe
Soldados iraquianos libertam a cidade de
Mossul do EI em 2017
O Exército Sírio Livre liberta Al-Safa do EI em 2018
8º ano Ensino Fundamental
• Os desdobramentos da Primavera Árabe continuam ocorrendo e
foram sentidos também em diversos outros países da África e
Oriente Médio, variando em intensidade. A onda de protestos e
mobilizações teve seu auge entre 2010 e 2012 e os reflexos dos
protestos tiveram durações diferentes nos variados países.
• Nos países onde os protestos foram abafados pelas ditaduras locais
passaram a acontecer perseguições e massacres a fim de coibir
novas rebeliões
Primavera Árabe 8º ano Ensino Fundamental
Nesta unidade você aprendeu:
- A primavera árabe foi um movimento 
ocorrido a partir de 2010 no norte da 
áfrica e oriente médio
- Os protestos começam na Tunísia 
reivindicando a saída de Zine el-Abidine
Ben Ali
Nesta unidade você aprendeu:
- Ben ali renunciou ao poder em 2011
- Protestos no egito em 2011 pediram a saída 
de hosni Mubarak, que renunciou no 
mesmo ano
- Em 2011 muammar al-Gaddafi foi capturado 
e morto após quase 42 anos de ditadura 
na líbia
Nesta unidade você aprendeu:
- Protestos pacíficos em 2011 foram 
duramente reprimidos pelas forças de 
bashar al-assad na síria
- A tentativa frustrada de depor o ditador 
sírio abriu caminho para atividades do 
estado islâmico no país
Nesta unidade você aprendeu:
- O ei passou a perseguir tanto os 
apoiadores de al-assad como os rebeldes 
sírios
- em 2011 nouri al-maliki afastou oficiais 
sunitas das forças armadas iraquianas
- O ei reagiu à decisão de al-maliki e entrou 
em conflito com o exército
Nesta unidade você aprendeu:
- A partir de 2016 o ei passou a perder 
territórios que havia conquistado na 
síria e no iraque
- A síria conta com ajuda militar da Rússia 
e o iraque conta com o apoio da coalizão 
ocidental para deterem o ei
Nesta unidade você aprendeu:
- Apesar de os protestos que levaram o 
nome de primavera árabe terem esfriado 
após 2012 seus desdobramentos ainda 
ocorrem
- Nos países onde as manifestações foram 
contidas pelo exército local os governos 
promovem perseguições
Dúvidas:
prof_mario_polo@hotmail.com
mailto:prof_mario_polo@hotmail.com
“Foi o tempo que dedicaste à tua 
rosa que a fez tão importante”
O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint-Exupéry

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