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DIREITO CIVIL
PESSOAS JURÍDICAS
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR: Equipe Gran Online
DIAGRAMADOR: Antonio Jr.
CAPA: Washington Nunes Chaves
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode 
ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida 
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autorais e do editor.
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DICLER FORESTIERI
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-
Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São 
Paulo e atual Conselheiro Substituto do TCM-RJ 
(aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado 
nos concursos de Auditor-Fiscal do Estado do Rio 
Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-
AM. Ministra aulas das disciplinas Direito Civil, 
Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
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DIREITO CIVIL
Pessoas Jurídicas
Prof. Dicler Forestieri
SUMÁRIO
Pessoas Jurídicas ........................................................................................5
1. Pessoa Jurídica .......................................................................................5
1.2. Conceito de Pessoa Jurídica ...................................................................5
1.3. Classificação da Pessoa Jurídica .............................................................5
1.3. Começo da Existência Legal das Pessoas Jurídicas ..................................16
1.4. Fim da Existência Legal das Pessoas Jurídicas ........................................18
1.5. Desconsideração da Personalidade Jurídica ...........................................19
1.6. Grupos Despersonalizados ou Despersonificados ....................................25
1.7. Representação e Responsabilidade da Pessoa Jurídica .............................27
1.8. Domicílio da Pessoa Jurídica ................................................................30
Questões de Concurso ...............................................................................32
Gabarito ..................................................................................................60
Questões Comentadas ...............................................................................61
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Pessoas Jurídicas
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PESSOAS JURÍDICAS
1. Pessoa Jurídica
1.2. Conceito de Pessoa Jurídica
A pessoa jurídica é o conjunto de pessoas naturais ou de patrimônios, que 
visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de 
direitos e obrigações. Para existir, são necessários três requisitos:
• organização de pessoas ou de bens;
• licitude de propósitos ou fins; e
• capacidade jurídica reconhecida por norma.
Dessa forma, para que o ser humano possa atingir seus fins e objetivos lí-
citos, se une a outros homens, formando agrupamentos. A esses grupos a lei 
atribui personalidade jurídica, capacitando-os a serem sujeitos de direitos e de 
obrigações.
Nesse sentido é que surgem as pessoas jurídicas, também chamadas de pes-
soas morais, pessoas coletivas, pessoas abstratas, pessoas místicas, pessoas civis 
ou pessoas intelectuais.
1.3. Classificação da Pessoa Jurídica
Vários são os critérios adotados para a classificação das pessoas jurídicas, para 
fins de concurso, destaco os que seguem abaixo:
• Quanto à nacionalidade: as pessoas jurídicas podem ser nacionais ou es-
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trangeiras;
• Quanto à estrutura interna: as pessoas jurídicas podem ser uma univer-
sitas personarum (conjunto de pessoas), como é o caso das corporações 
(associações – fins não econômicos - e sociedades – fins econômicos), ou 
uma universitas bonorum (patrimônio personalizado), como é o caso das 
fundações;
• Quanto às funções e capacidade: as pessoas jurídicas são de direito pú-
blico (interno – art. 41 do CC, ou externo – art. 42 do CC) e de direito pri-
vado.
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito 
privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, 
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao 
seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e to-
das as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas; 
V – os partidos políticos.
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei n. 12.441, 
de 2011)
Fazendo um gráfico esquemático juntando as três classificações, temos, basica-
mente, o seguinte:
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PESSOA
JURÍDICA
DIREITO 
PÚBLICO
DIREITO 
PRIVADO
INTERNO
EXTERNO
CORPORAÇÃO
ASSOCIAÇÃO
SOCIEDADE
Universitas 
personarum
Fim econômico
Fim não 
econômico
Universitas 
bonorum
FUNDAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA
ADMINISTRAÇÃO 
INDIRETA
(União, Estados, Território, DF, Municípios)
(autarquias e demais entidades criadas por lei)
Estados estrangeiros e pessoasregidas pelo DIP
SIMPLES
EMPRESÁRIA
ASSOCIAÇÃO 
PARTIDO POLÍTICO
ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA
A seguir, vamos tratar de cada uma das pessoas jurídicas citadas.
As pessoas jurídicas de direito público interno são aquelas cuja atuação se 
restringe aos interesses e limites territoriais do país. Podem ser da Administração di-
reta (União, estados, Distrito Federal, territórios e municípios) ou da Administração in-
direta (autarquias, fundações públicas, associações públicas e agências reguladoras).
A seguir, alguns exemplos:
• Autarquias: INSS, Incra, INPI (Instituto Nacional de Propriedade Indus-
trial), Iphan (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), USP, Embratur, 
Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), CVM (Comissão de 
Valores Mobiliários), CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica);
• Associações públicas: são consórcios públicos com personalidade jurídica 
de direito público, por conjugarem esforços visando atingir uma finalidade pú-
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blica. Ex.: Copati (consórcio formado por municípios cortados pelo rio Tibagi, 
no Paraná, com o fim de preservar esse rio);
• Fundações públicas: surgem quando a lei individualiza um patrimônio a 
partir de bens pertencentes a uma pessoa jurídica de direito público, afe-
tando-o à realização de um fim administrativo, e dotando-o de organização 
adequada. Ex.: Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São 
Paulo), Funarte (Fundação Nacional das Artes), Funasa (Fundação Centro 
Brasileiro para a Infância e Adolescência);
• Agências reguladoras: são autarquias federais especiais incumbidas de 
normatizar, disciplinar e fiscalizar a prestação de certos bens e serviços de 
grande interesse público por agentes econômicos públicos e privados. Ex.: 
ANA (Agência Nacional de Águas), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), 
Ancine (Agência Nacional do Cinema), Antaq (Agência Nacional de Trans-
portes Aquáticos), Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) etc.
As pessoas jurídicas de direito público externo são regulamentadas pelo 
direito internacional e compreendem as nações estrangeiras (ex.: Itália, França, 
Alemanha, Uruguai etc.) e as pessoas regidas pelo direito internacional públi-
co, tal como a Santa Sé, uniões aduaneiras com o objetivo de facilitar o comércio 
exterior (ex.: Mercosul, União Europeia etc.) e organismos internacionais (ex.: ONU, 
OEA, Unesco, FMI, Interpol, OIT, FAO – Food and Agriculture Organization etc.).
As pessoas jurídicas de direito privado são elencadas no art. 44 do Código 
Civil. Abaixo, estão especificadas cada uma delas. 
Corporações: são caracterizadas pela existência de seus membros. Toda cor-
poração é representada por um grupo de pessoas (naturais ou jurídicas), sendo 
que o patrimônio não é essencial. No Direito romano, as corporações eram conheci-
das como universitas personarum, por representarem um conjunto de pessoas. 
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Têm por objetivo sempre o bem-estar de seus membros, ou seja, existem para 
beneficiar os seus membros.
O gênero corporações se subdivide em duas espécies: as associações e as so-
ciedades.
Associações: surgem quando não há um fim lucrativo ou intenção de dividir 
o resultado, embora tenham patrimônio, formado por contribuição de seus mem-
bros para a obtenção de fins culturais, educacionais, esportivos, religiosos, benefi-
centes, recreativos, morais etc., entretanto, não perdem a categoria de associação 
mesmo que realizem negócios para manter ou aumentar o seu patrimônio, desde 
que não proporcionem ganho aos associados. (ex.: Apae, UNE, Associação de Pais 
e Mestres, Associação dos Advogados de São Paulo etc.)
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para 
fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Além disso, ao se associar, a pessoa assume obrigações inerentes ao objetivo 
da associação. A pessoa jurídica que se caracteriza pela existência de reciprocidade 
de direitos e obrigações é a sociedade.
O documento a ser utilizado na constituição da associação é o estatuto. Tal do-
cumento deve possuir os requisitos listados no art. 54 do CC.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I – a denominação, os fins e a sede da associação;
II – os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III – os direitos e deveres dos associados;
IV – as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
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Além disso, como se trata de uma pessoa sem finalidade lucrativa, os associa-
dos devem ter direitos iguais, apesar de ser possível a existência de uma categoria 
de associados com vantagens especiais. Um exemplo comum ocorre com os asso-
ciados criadores que reservam para si vantagens especiais, enquanto os demais 
associados terão iguais direitos.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir ca-
tegorias com vantagens especiais.
Outro conceito importante está inserido no art. 56 do CC.
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da 
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade 
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Após sua análise, conclui-se que no silêncio do estatuto a qualidade de as-
sociado é intransmissível, seja por ato inter vivos (ex.: doação) ou causa mortis 
(testamento). Entretanto, é possível a transferência de quota ou fração ideal do 
patrimônio da associação.
Ainda sobre o associado, o art. 57 do CC prevê a possibilidade de sua exclusão:
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reco-
nhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos 
previstos no estatuto.
Percebe-se que, para um associado ser excluído da associação, deve haver um 
procedimento específico, com a possibilidade de direito de defesa e, também, pos-
sibilidade de recurso quanto à primeira decisão.
Por fim, seguem outros artigos sobre a associação que, quando são cobrados, 
pede-se a literalidade.
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Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe 
tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei 
ou no estatuto.
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: 
I – destituir os administradores; 
II – alterar o estatuto. 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é 
exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum 
será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. 
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido 
a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de 
deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 
56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso 
este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins 
idênticos ou semelhantes.
§ 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem 
estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restitui-
ção, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio 
da associação.
§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que 
a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que rema-
nescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da 
União.
Sociedades: podem ser simples ou empresárias. A sociedade simples visa ao 
fim econômico ou lucrativo, pois o lucro obtido deve ser repartido entre os só-
cios, sendo alcançado pelo exercício de cenas profissões ou pela prestação de ser-
viços técnicos. Já a sociedade empresária objetiva o lucro por meio do exercício 
de atividade empresarial ou comercial.
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam 
a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, 
entre si, dos resultados. 
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios 
determinados.
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Além disso, cabe citarmos o art. 44, § 2º, do CC.
Art. 44, § 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente 
às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. 
Fundações particulares: é um acervo de bens livres de ônus e encargos (uni-
versitas bonorum) representando um patrimônio (conjunto de bens) a que a lei 
atribui personalidade jurídica, em atenção ao fim a que se destina (fins religiosos, 
morais, culturais ou de assistência). O CC começa a regular a criação de uma fun-
dação no seu art. 62 que, por ter sido modificado pela Lei n. 13.151/2015, é uma 
boa pedida para ser cobrado na prova.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvi-
mento sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas; e 
X – (VETADO).
Percebe-se que a instituição da fundação é um ato solene que depende de es-
critura pública ou testamento. Tais documentos deverão conter a dotação de 
bens a serem transferidos para a fundação, assim como a finalidade a que ela se 
destina.
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Após a escritura pública ou o testamento, deve ocorrer a elaboração do seu 
estatuto. Documento este que deve ser levado à apreciação do Ministério Pú-
blico (responsável por fiscalizar a fundação) para depois ocorrer o registro no 
Cartório das Pessoas Jurídicas.
Dessa forma, concluímos que a instituição de uma fundação deve atravessar 
as seguintes fases:
• Dotação de bens livres: é o momento em que o instituidor destina deter-
minados bens para a criação da fundação. Caso os bens destinados sejam 
insuficientes, deve-se observar o comando do art. 63 do CC;
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados se-
rão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que 
se proponha a fim igual ou semelhante.
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado 
a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o 
fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
• Elaboração do estatuto: pode ser própria (feita pelo próprio instituidor) ou 
fiduciária (quando fica a cargo de alguém de confiança do instituidor). Caso a 
pessoa responsável pela elaboração do estatuto não o faça no prazo estipula-
do, o encargo de elaborar o estatuto caberá ao Ministério Público nos termos 
do art. 65 do CC;
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo 
ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto 
da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade compe-
tente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, 
não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
• Aprovação do estatuto pelo Ministério Público: sendo elaborado pelo 
próprio instituidor ou pessoa de sua confiança, a aprovação o estatuto fica a 
cargo do Ministério Público (MP), entretanto, caso o MP não aprove, poderão 
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passar pela apreciação do juiz da comarca, de forma subsidiária, para que a 
aprovação do MP seja suprida pelo magistrado; no entanto, se o estatuto for 
elaborado pelo MP, sempre deverá passar pela aprovação do juiz; e
• Registro no Cartório das Pessoas Jurídicas: após ultrapassadas as fases 
anteriores, a fundação deverá ser registrada no Cartório do Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas.
Nos termos do art. 66 doCC, modificado pela Lei n. 13.151/2015, também cabe 
ao Ministério Público Estadual (MPE) o encargo de velar pelas fundações.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério 
Público do Distrito Federal e Territórios. 
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um 
deles, ao respectivo Ministério Público.
Já nos termos do art. 69 do CC, as hipóteses de extinção de uma fundação 
são as seguintes:
• quando vencer o prazo de sua duração (entretanto é raro, tendo em vista 
que, normalmente, não se dispõe prazo de duração);
• quando se tornar ilícita a finalidade da fundação, o Ministério Público poderá 
ingressar com uma ação visando à sua extinção; e
• quando se tornar impossível ou inútil a sua manutenção (a causa mais co-
mum, nessa hipótese, é o surgimento de dificuldades financeiras).
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessa-
do, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em 
contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, 
que se proponha a fim igual ou semelhante.
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Para alterar o estatuto de uma fundação, é preciso observar os comandos dos 
arts. 67 e 68 do CC.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I – seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II – não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta 
e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz 
supri-la, a requerimento do interessado. 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os ad-
ministradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, 
requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.
Partidos políticos: são associações civis defensoras do interesse do regime 
democrático, da autenticidade do sistema representativo e dos direitos fundamen-
tais definidos na Constituição Federal de 1988. Sua organização e seu funciona-
mento são regulados por lei específica (Lei n. 9.096/1995).
Art. 44, § 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto 
em lei específica.
Organizações religiosas: também têm natureza de associação. Além disso, a 
criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações 
religiosas são livres, sendo vedado ao Poder Público negar-lhes reconhecimento 
ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
Art. 44, § 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funciona-
mento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhe-
cimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): é uma modali-
dade de empresa criada pela Lei n. 12.441/2011. A Eireli foi constituída para que se 
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pudesse limitar a responsabilidade do empresário ao valor do capital da empresa. 
Tal espécie de pessoa jurídica é estudada mais detalhadamente no Direito Empre-
sarial. Sendo assim, me limitarei a reproduzir o art. 980-A do CC.
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma 
única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que 
não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão “EIRELI” 
após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade 
limitada. 
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada 
somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da 
concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, in-
dependentemente das razões que motivaram tal concentração. 
§ 4º ( VETADO). 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída 
para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão 
de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja de-
tentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as 
regras previstas para as sociedades limitadas.
1.3. Começo da Existência Legal das Pessoas Jurídicas
Enquanto a existência legal das pessoas naturais ocorre por meio de um fato 
biológico (nascimento com vida), a pessoa jurídica tem seu início legal (aquisição 
da personalidade) subordinado a um ato jurídico ou a uma norma. As pesso-
as jurídicas de direito público são criadas por meio de fatos históricos (ex.: 
independência do Brasil), de criação constitucional (ex.: estados-membros da 
Federação brasileira), de lei especial (ex.: autarquias) e de tratados internacio-
nais, caso se trate de uma pessoa jurídica de direito público externo.
Já o processo de formação das pessoas jurídicas de direito privado é 
diferente. 
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Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com 
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando neces-
sário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas 
as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pes-
soas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro.
Compõe-se de duas fases:
• A elaboração do ato constitutivo: sendo uma associação, que tem por 
natureza a inexistência de fins lucrativos, deve-se elaborar um estatuto como 
ato constitutivo. Se a pessoa jurídica tiver fins lucrativos, seja uma sociedade 
simples ou empresária, elabora-se um contrato social como ato constitutivo. 
As fundações possuem como ato constitutivo o testamento ou a escritura pú-
blica;
• O registro do ato constitutivo: para que a pessoa jurídica de direito priva-
do exista legalmente é necessário inscrever os contratos ou estatutos no seu 
registro peculiar. As sociedades empresárias devem se registrar no Registro 
Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial), porém, as demais pes-
soasjurídicas devem se registrar no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
Entretanto, algumas pessoas jurídicas necessitam de autorização do Poder 
Executivo para terem a constituição e o funcionamento válidos. Há como exemplo 
as sociedades estrangeiras, as agências ou estabelecimento de seguros, as caixas 
econômicas, as bolsas de valores, as cooperativas etc.
Faz-se necessário compararmos o início da existência legal (aquisição de perso-
nalidade jurídica) das pessoas naturais e das pessoas jurídicas de direito privado.
O registro, nas pessoas naturais, representa um ato meramente declara-
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tório, pois, mesmo que uma pessoa nasça e não seja feita a certidão de nascimen-
to, ocorre o início da personalidade jurídica. 
No entanto, o registro, nas pessoas jurídicas, representa um ato constitu-
tivo, ou seja, apenas com o registro que se adquire personalidade jurídica. A per-
sonalidade não surge, simplesmente, quando se firma o contrato.
Conforme o art. 45, parágrafo único do CC, havendo defeito no ato constitutivo 
de uma pessoa jurídica de direito privado, pode-se desconstituí-la dentro do prazo 
decadencial de três anos, contado este prazo a partir da publicação de sua ins-
crição no registro.
Segue mais uma tabela:
REGISTRO CONSEQUÊNCIA
PESSOA 
NATURAL
Natureza declaratória
A personalidade é adquirida antes do registro, 
ou seja, por meio do nascimento com vida.
PESSOA 
JURÍDICA
Natureza constitutiva
A personalidade é adquirida por meio do 
registro.
1.4. Fim da Existência Legal das Pessoas Jurídicas
Os mesmos fatores que dão origem a uma pessoa jurídica de direito públi-
co, também podem acarretar o seu término. Dessa forma, extinguem-se pela ocor-
rência de fatos históricos, por norma constitucional, lei especial ou tratados 
internacionais.
Já a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado termina por meio 
da dissolução (ato declaratório motivado por causas supervenientes à constituição 
da sociedade, oriundo de deliberação dos sócios, do Poder Judiciário ou de autoridade 
administrativa, com a finalidade de fazer cessar as atividades) e da liquidação (obje-
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tiva a desativação operacional da sociedade e a apuração do ativo e passivo para pos-
terior pagamento das dívidas e partilha do patrimônio remanescente entre os sócios). 
Após estar encerrada a liquidação, promove-se o cancelamento da inscrição da pessoa 
jurídica no respectivo registro. Caso a pessoa jurídica esteja em funcionamento de-
corrente de autorização do Poder Executivo, o seu término também pode ocorrer por 
meio de um ato governamental que cassar a autorização para o funcionamento.
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua 
dissolução.
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às de-
mais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
1.5. Desconsideração da Personalidade Jurídica 
O fato de a pessoa jurídica registrar seu ato constitutivo acarreta a sua aquisição 
da personalidade, como já vimos. Essa personalidade jurídica é muito importante, 
pois dá origem ao princípio da autonomia da pessoa jurídica (separação pa-
trimonial), ou seja, a pessoa jurídica, quando personificada, não se confunde com 
as pessoas que a integram. 
SEPARAÇÃO 
PATRIMONIAL
PATRIMÔNIO 
DA PESSOA 
JURÍDICA
≠
PATRIMÔNIO DOS 
SÓCIOS E 
ADMINISTRADORES
Dessa forma, é a pessoa jurídica, e não seus integrantes, que participa dos ne-
gócios jurídicos de seu interesse e titulariza os direitos e obrigações dela decorren-
tes. Também é ela (PJ) quem demanda e é demandada em razão de tais direitos 
e obrigações. Finalmente, é apenas o patrimônio da pessoa jurídica (e não o 
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de seus integrantes) que, em princípio, responde por suas obrigações. Com 
a aquisição da personalidade ocorre uma separação patrimonial entre os bens da 
pessoa jurídica e os bens dos sócios e administradores.
Dessa forma, de acordo com o art. 50 do CC, apesar de haver uma separação 
patrimonial entre os bens dos sócios e administradores dos bens da pessoa jurídica, 
é possível que em razão de atos fraudulentos e abusivos, o juiz, a requerimento da 
parte interessada ou do Ministério Público, quando couber intervir, decida estender 
aos bens dos sócios e administradores a execução por dívidas da pessoa jurídica. 
Quando esse fenômeno acontece, a doutrina dispõe que se trata de uma desconsi-
deração da personalidade jurídica.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de fi-
nalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou 
do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos admi-
nistradores ou sócios da pessoa jurídica.
Este fenômeno, também chamado de disregard of the legal entity, encontra 
fundamento no fato de a pessoa jurídica não poder servir de manto protetor 
aos seus representantes ou integrantes da diretoria que praticarem atos 
fraudulentos ou abusivos contra as demais pessoas (terceiros). O escudo 
que a personalidade da pessoa jurídica proporciona aos seus representantes pode 
ser removido e o manto protetor ser suspenso pela teoria da desconsideração da 
personalidade jurídica, também chamada de teoria da despersonalização ou teoria 
da penetração. 
O juiz (não pode ser autoridade administrativa), desde que fundamentada-
mente em processo legalmente estabelecido, pode afastar temporariamente a 
personalidade jurídica da pessoa jurídica e determinar que as pessoas natu-
rais que a representam respondam pelos atos e negócios jurídicos praticados 
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em nome da mesma. Ocorrendo a quebra da personalidade, tais pessoas naturais 
serão incluídas no polo passivo do processo e responderão com seus bens, em face da 
fraude ou abuso comprovados e praticados sob o manto protetor da pessoa jurídica.
Ressalta-se que a desconsideração da personalidadenão acarreta a ex-
tinção da pessoa jurídica nem a exclusão do sócio, apenas permite, em de-
terminada relação (episodicamente), a execução dos bens dos sócios e represen-
tantes em nome da pessoa jurídica.
Preste atenção, pois esse assunto costuma ser muito cobrado em provas de 
concursos.
Segue resumo sobre o assunto:
A desconsideração da personalidade também está prevista em outros diplomas 
legais, dentre eles destacamos o art. 28 da Lei n. 8.078/1990 (Código de Defesa 
do Consumidor) que consagra um universo de possibilidades bem mais abrangente 
que o do Código Civil. 
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Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, 
em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da 
lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração 
também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou 
inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§ 1º (Vetado).
§ 2º As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3º As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações de-
correntes deste código.
§ 4º As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5º Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personali-
dade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos con-
sumidores.
Há quem diga que, no art. 135 do CTN (Código Tributário Nacional), está pre-
vista a desconsideração da personalidade jurídica no que tange às obrigações tri-
butárias quando houver excesso de poderes ou infração de lei.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações 
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, 
contrato social ou estatutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior;
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Na Lei n. 9.605/1998 (Meio Ambiente), também há outra possibilidade de des-
consideração da personalidade jurídica.
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for 
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
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A teoria da desconsideração da pessoa jurídica divide-se em duas: a teoria 
maior e a teoria menor. 
Na teoria maior, também denominada teoria subjetiva, o magistrado, usan-
do de seu livre convencimento, se entender que houve fraude ou abuso de direi-
to, pode aplicar a desconsideração da personalidade jurídica. 
Já na teoria menor, teoria objetiva como denomina parte da doutrina, o cri-
tério adotado é a existência de confusão patrimonial.
Segundo os doutrinadores, no ordenamento jurídico brasileiro, a teoria maior 
é adotada como regra geral (ex.: Código Civil), enquanto a teoria menor é 
acolhida, excepcionalmente, na legislação especial, como, por exemplo, no Di-
reito Ambiental (art. 4º da Lei n. 9.605/1998) e no Direito do Consumidor (art. 
28 do CDC). 
TEORIA MAIOR TEORIA MENOR
CÓDIGO CIVIL LEGISLAÇÃO ESPECIAL
(CDC/Lei n. 9.605/1998)
Ainda sobre a desconsideração da personalidade, cabe ressaltarmos que não 
pode ocorrer para o caso de pessoas jurídicas irregulares ou despersonificadas 
(sem personalidade jurídica). Dessa forma, as sociedades que não foram regu-
larmente constituídas, ou seja, que não possuem registro, não podem ser alvo da 
desconsideração, pois não há autonomia patrimonial protegendo o patrimônio dos 
sócios e administradores.
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O gráfico a seguir ilustra as espécies de sociedades:
SOCIEDADES
• DESPERSONIFICADAS
• EM COMUM
• EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
• PERSONIFICADAS
SIMPLES
(gênero)
• SIMPLES (espécie)
• COOPERATIVAS
EMPRESÁRIAS
• Limitada
• Anônima
• Em comandita simples
• Em comandita por ações
• Em nome coletivo
SOCIEDADES QUE NÃO ESTÃO SUJEITAS À DESCONSIDERAÇÃO POR NÃO POSSUÍREM 
PERSONALIDADE JURÍDICA
1) Sociedade em conta de participação; e
2) Sociedade em comum.
Por fim, cabe ressaltar a possibilidade de desconsideração inversa da per-
sonalidade jurídica. Tal instituto, que foi inicialmente criado pela doutrina e pela 
jurisprudência, ocorre quando o juiz decide sobre a extensão dos efeitos de deter-
minada relação jurídica praticada pelo particular aos bens da pessoa jurídica.
Como exemplo, temos os casos de separação judicial em que o marido transfere 
seus bens particulares para a empresa, fazendo com que, na hora da divisão dos 
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bens, a esposa fique quase sem nada. Nesse caso o juiz pode atingir os bens sociais 
(patrimônio da empresa) de forma a estabelecer uma correta divisão do patrimônio 
adquirido de forma conjunta pelo casal.
Veja o Enunciado n. 283 da IV Jornada de Direito Civil:
Art. 50. É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada “inversa” 
para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens 
pessoais, com prejuízo a terceiros.
Até a vigência do novo Código de Processo Civil (NCPC), a desconsideração 
inversa não estava positivada, existindo apenas conceitos doutrinários e jurispru-
denciais.
Entretanto, o art. 133, § 2º, do NCPC, passou a positivar o instituto desde 2016.
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a 
pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos 
previstos em lei.
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa 
da personalidade jurídica.
1.6. Grupos Despersonalizados ou Despersonificados
Nem todo grupo social constituído para a execução de uma atividade é dotado 
de personalidade. Apesar de alguns grupos possuírem características peculiares à 
pessoa jurídica, lhes faltam requisitos indispensáveis à personificação. Os princi-
pais são os seguintes:
• Família: apesar de ser a base da sociedade, não tem legitimidade ativa ou 
passiva no campo processual;
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• Espólio: é o conjunto de bens formado com a morte de alguém. Tal ente pos-
sui legitimidade, devendo ser representado pelo inventariante, entretanto, 
não deve ser considerado pessoa jurídica;
• Herança jacente ou vacante: caso a pessoa faleça e não deixe sucessores, 
os seus bens serão destinados ao Poder Público e, da mesma forma que o 
espólio, tal conjunto de bens não pode ser considerado pessoa jurídica;
• Massa falida: é o conjunto de bens formado com a decretação de falência de 
uma pessoa jurídica, sendo que não constitui uma pessoa jurídica pois repre-
senta uma simples arrecadação de coisas e direitos;
• Sociedade de fato: são empresas que não possuem estatuto ou contrato 
social e, por isso, não foram registradas;
• Sociedades irregulares: é o ente constituído por uma empresa que possui 
estatuto ou contrato social, entretanto, tal documento não foi registrado na 
Junta Comercial estadual, tal como ocorre com a sociedade em comum e a 
sociedade em conta de participação;
• Condomínio: para alguns doutrinadores, o condomínio edilício constitui uma 
pessoa jurídica, tanto que pode ter inscrição no CNPJ, para outros doutrina-
dores não constitui pessoa jurídica. 
E se cair na prova perguntando se o condomínio é ou não pessoa jurídica?
A tendência moderna tem sido aceitar o condomínio como pessoa jurídica (com 
personalidade jurídica), em decorrência dos Enunciados n. 90 e n. 246, respectiva-
mente, das I e III Jornadas de Direito Civil.
Art. 1.331. Deve ser reconhecida personalidade jurídica ao condomínio edilício nas 
relações jurídicas inerentes às atividades de seu peculiar interesse. (Alterado pelo En. 
246 da III Jornada).
Art. 1.331. Fica alterado o Enunciado n. 90, com supressão da parte final: “nas re-
lações jurídicas inerentes às atividades de seu peculiar interesse”. Prevalece o texto: 
“Deve ser reconhecida personalidade jurídica ao condomínio edilício”.
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1.7. Representação e Responsabilidade da Pessoa Jurídica
Estudamos que a capacidade da pessoa jurídica decorre de sua personalidade 
reconhecida pela ordem pública no momento de seu registro. Entretanto, por ser 
uma instituição jurídica, necessita de uma pessoa natural para representá-la ativa 
e passivamente, exteriorizando sua vontade nos atos judiciais e extrajudiciais que 
participar.
No que se refere à pessoa jurídica de direito público interno, (art. 75 do NCPC), 
veja o que existe a respeito da representação:
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I – a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão 
vinculado;
II – o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
III – o Município, por seu prefeito ou procurador;
IV – a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente fede-
rado designar;
V – a massa falida, pelo administrador judicial;
VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII – o espólio, pelo inventariante;
VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não 
havendo essa designação, por seus diretores;
IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personali-
dade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua 
filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
No tocante às demais pessoas jurídicas em regra, o representante é indicado no 
estatuto. Caso haja omissão de tal indicação, a pessoa jurídica será representada 
pelos seus diretores. Entretanto, os atos dos administradores, quando exercidos 
dentro dos limites definidos no estatuto, também obrigam a pessoa jurídica (art. 
47 do CC).
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Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites 
de seus poderes definidos no ato constitutivo.
Caso tais administradores pratiquem desvio ou excesso de poder, deverão res-
ponder pessoalmente com o seu patrimônio pelos atos lesivos causados às pessoas 
com quem celebraram negócios.
Caso a pessoa jurídica tenha administração coletiva (gerência colegiada), em 
regra, as decisões deverão ser tomadas por metade dos votos dos presentes 
mais um, nos termos do art. 48 do CC. 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este 
artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou 
fraude.
Quanto à sociedade, serão necessários votos correspondentes a mais da meta-
de do capital social da empresa. Já o parágrafo único do dispositivo acima prevê a 
possibilidade de anulação de decisão contrária à lei e ao estatuto, ou eivada de vício 
de consentimento ou social.
Pelo fato de a pessoa jurídica precisar ser representada, ativa ou passivamen-
te, em juízo ou fora dele, deverá ser administrada, em regra, por quem o estatuto 
designar. Porém, se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, caracterizando 
uma vacância geral, então o magistrado, nos termos do art. 49 do CC, deverá no-
mear um administrador provisório.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de 
qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
Sabe-se, porém, que independentemente de a pessoa jurídica ser representada 
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por seus diretores ou por quem conste em seus estatutos ou contrato social, po-
derá (aquela por intermédio destes), outorgar poderes para terceira pessoa (man-
datário), praticar atos e administrar interesses em seu nome (pessoa jurídica). No 
mandato, o mandatário atua por conta e ordem do representado.
Dessa forma, a agilidade do mundo dos negócios impede, muitas vezes, que os 
representantes legais estejam presentes a todos os atos, fazendo, na maioria das 
vezes, se representar por mandatário especialmente nomeado.
Assim como a pessoa natural pode nomear mandatário para a administração de 
seus bens e interesses, como, por exemplo, alguém que passará longo período fora 
do país, a pessoa jurídica, com muito mais razão, também pode usar do mesmo 
instituto. Há de se ressaltar que não podemos confundir a figura da representação 
com a figurado preposto, apesar de que a pessoa jurídica tem a faculdade de fa-
zer-se representar em juízo tanto por intermédio de preposto (funcionário cre-
denciado), como por intermédio de mandatário (não funcionário).
Sobre a responsabilização da pessoa jurídica, pode ser penal e civil. A respon-
sabilização penal é prevista na legislação infraconstitucional por meio da Lei n. 
9.605/1998, que trata dos crimes ambientais. No caso em questão, será respon-
sabilizada tanto a pessoa jurídica quanto a pessoa física pela qual se exteriorizou o 
ato danoso. Sobre a responsabilidade civil, vamos dividi-las em duas.
Responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado. No âmbito 
civil, a responsabilidade da pessoa jurídica pode ser contratual (decorrente de um 
contrato) ou extracontratual/aquiliana (decorrente de um delito). Veremos o as-
sunto com mais detalhes na aula de ato ilícito.
Ressalta-se que toda pessoa jurídica de direito privado, tendo ou não finalidade 
lucrativa, responde pelos danos causados a terceiros, qualquer que seja a sua na-
tureza e os seus fins.
Responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público interno. O as-
sunto encontra-se positivado no art. 43 do CC:
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Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por 
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
No artigo em questão está consagrada responsabilidade civil objetiva na qual a inde-
nização estatal é cabível na hipótese de danos causados por comportamentos dos fun-
cionários, a direitos de particulares, bastando a comprovação da existência de prejuízo.
Por força do art. 37, § 6º, da CF/1988, as pessoas jurídicas de direito público e 
as de direito privado prestadoras de serviços públicos, respondem pelos danos que 
seus funcionários causem a terceiro, sem distinção da categoria do ato, seja co-
missivo ou omissivo; entretanto, é cabível ação regressiva contra o agente público, 
quando tiver havido culpa deste, de modo a não ser o patrimônio público desfalca-
do por sua conduta.
1.8. Domicílio da Pessoa Jurídica
Assim como a pessoa natural, a pessoa jurídica também deve responder pelos 
atos referentes às relações jurídicas em que está envolvida.
O assunto é tratado no art. 75 do CC:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas di-
retorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto 
ou atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada 
um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por do-
micílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas 
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
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A pessoa jurídica não possui residência, mas tem sede ou estabelecimento que 
a “prende” a um determinado lugar. Trata-se do domicílio especial da pessoa jurí-
dica que pode ser livremente escolhido no seu ato constitutivo. 
Não havendo tal escolha, o domicílio será o lugar onde funcionar as respectivas 
diretorias e administrações. 
O gráfico a seguir resume o assunto.
DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO INTERNO
União O Distrito Federal.
Estados e territórios As respectivas capitais.
Municípios
O lugar onde funcione a administração 
municipal.
DOMICÍLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURÍDICAS
Regra.
Onde elegerem domicílio especial no seu 
estatuto ou atos constitutivos.
Na falta de domicílio especial.
O lugar onde funcionarem as respectivas 
diretorias e administrações.
Diversos estabelecimentos
(pluralidade domiciliar).
Cada um deles será considerado domicílio 
para os atos nele praticados.
Se a administração ou diretoria tiver 
sede no estrangeiro.
O lugar do estabelecimento, sito no Brasil, 
a que ela corresponder.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO/2016) Assinale a opção correta a 
respeito da pessoa natural e da pessoa jurídica.
a) Será tido como inexistente o ato praticado por pessoa absolutamente incapaz 
sem a devida representação legal. 
b) Pelo critério da idade, crianças são consideradas absolutamente incapazes e 
adolescentes, relativamente incapazes.
c) As fundações são entidades de direito privado e se caracterizam pela união de 
pessoas com o escopo de alcançarem fins não econômicos.
d) Para se adquirir a capacidade civil plena, é necessário alcançar a maioridade 
civil, mas é possível que, ainda que maior de dezoito anos, a pessoa natural seja 
incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil. 
e) O reconhecimento da morte presumida, quando for extremamente provável a 
morte de quem estava com a vida sob risco, independe da declaração da ausência. 
Questão 2 (CESPE/TRT 8ª REGIÃO/AJOJ/2016) A respeito da pessoa natural e da 
pessoa jurídica, assinale a opção correta.
a) Os partidos políticos, assim como os municípios e a União, são pessoas jurídicas 
de direito público interno.
b) Ao permitir que o nascituro pleiteie alimentos ao suposto pai, por meio de ação 
judicial, a lei reconheceu-lhe personalidade jurídica.
c) No caso de um tutor pretender adquirir para si bens do tutelado, é correto afir-
mar que aquele tem capacidade para a prática desse negócio jurídico, mas carece 
de legitimação para realizar tal aquisição.
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d) São considerados absolutamente incapazes os menores de dezesseis anos de 
idade, os pródigos e aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem ex-
primir sua vontade.
e) A dotação especial de bens livres do instituidor para a criação da fundação só 
tem validade se feita por escritura pública, sendo vedada a sua instituição mediante 
testamento.
Questão 3 (ESAF/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL/2016) 
Em se tratando das pessoas naturais e das pessoas jurídicas, de acordo com o dis-
posto no Código CivilBrasileiro, julgue os itens a seguir como certos ou errados. 
I – As associações constituem-se pela união de pessoas que se organizam para 
fins não econômicos, estipulando, entre os associados, direitos e obrigações 
recíprocos. 
II – O juiz pode suprir, após o prazo legal, a denegação do Ministério Público 
quanto à aprovação de estatuto de fundação. 
III – Não se declarará a ausência da pessoa que deixar mandatário, ainda que 
este não queria exercer o mandato, oportunidade na qual poderá o juiz, a 
requerimento, designar outro mandatário. 
IV – Ante a existência de relação de emprego, se em função dela o menor com 
16 anos completos tiver economia própria, cessará para ele a incapacidade. 
V – São considerados relativamente incapazes os ébrios eventuais e os pródigos. 
Assinale a opção em que os itens estão incorretos.
a) IV e V
b) II e III
c) I e IV
d) III e V
e) I e II
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Questão 4 (FCC/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2015) São pessoas jurídicas de direito 
público externo 
a) a União e os Estados federados, quando celebram contratos internacionais. 
b) somente os organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas. 
c) apenas os Estados estrangeiros. 
d) os Estados estrangeiros e a União. 
e) os Estados estrangeiros e aquelas regidas pelo direito internacional público. 
Questão 5 (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) Rodrigo e Manuela deci-
dem desenvolver conjuntamente a atividade empresarial de fornecimento de ma-
teriais médico-hospitalares. Para tanto, realizam contrato válido com a finalidade 
de constituir a sociedade empresarial. Ocorre que o contrato social não foi levado à 
inscrição no respectivo registro.
Considerando a situação descrita, assinale a afirmativa correta.
a) A pessoa jurídica já possui existência legal, sendo certo que com a assinatura 
do contrato social haverá a separação patrimonial.
b) A pessoa jurídica já possui existência legal, sendo certo que a assinatura do 
contrato social é a única etapa necessária para a existência legal da pessoa jurídica.
c) A pessoa jurídica não possui existência legal, pois para tanto há a necessidade 
de levar o contrato social ao respectivo registro.
d) A pessoa jurídica não possui existência legal, porém já há uma sociedade de 
fato com patrimônio separado da dos seus membros. 
e) A pessoa jurídica não possui existência legal, sendo que a falta de registro torna 
o contrato social firmado absolutamente nulo.
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Questão 6 (FCC/TRE-PB/AJAA/2015) No tocante às pessoas jurídicas, é IN-
CORRETO afirmar:
a) A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e as asso-
ciações públicas são pessoas jurídicas de direito público interno.
b) Não se aplica, em qualquer hipótese, a proteção dos direitos da personalidade 
tratando-se de incompatibilidade legal de institutos.
c) São de direito privado, dentre outras, as organizações religiosas, os partidos 
políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada.
d) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a ins-
crição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo.
e) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua 
inscrição no registro.
Questão 7 (ESAF/PGFN/PROCURADOR/2015) Considerando o que dispõe o Códi-
go Civil acerca das pessoas jurídicas, analise os itens a seguir e assinale a opção 
correta.
a) A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscri-
ção do ato constitutivo no respectivo registro, sendo exigível, nesse caso, autoriza-
ção estatal para a sua criação e personificação. 
b) Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo di-
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verso, prescrevendo em cinco anos o direito de anular essas decisões, quando vio-
larem a lei ou o estatuto. 
c) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis pelos 
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado o 
direito regressivo contra os causadores do dano se demonstrado que agiram com dolo. 
d) As organizações religiosas e as empresas individuais de responsabilidade limita-
da compõem, ao lado das associações, fundações, sociedades e partidos políticos, 
as pessoas jurídicas de direito privado.
e) Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finali-
dade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, de ofício, que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particu-
lares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Questão 8 (FCC/TRT-14ª REGIÃO/AJAJ/2016) Para se alterar o estatuto de uma 
fundação, é mister que a reforma não contrarie ou desvirtue o fim desta e seja de-
liberada 
a) pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação, de-
vendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a dene-
gue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
b) pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, deven-
do, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, 
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
c) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, 
ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, po-
derá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
d) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, 
ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem possibilidade de supri-
mento judicial a requerimento do interessado no caso de denegação. 
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e) pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, de-
vendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem possibilidade de 
suprimento judicial a requerimento do interessado no caso de denegação. 
Questão 9 (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015) No que concerne às fundações, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Constituída a fundaçãopor negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado 
a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se 
não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. 
b) Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou tes-
tamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
c) Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, 
se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que 
se proponha a fim igual ou semelhante. 
d) Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma seja 
deliberada pela unanimidade dos membros competentes para gerir e representar a 
fundação, bem como que a reforma não contrarie ou desvirtue o fim desta. 
e) Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer inte-
ressado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo dispo-
sição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, desig-
nada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
Questão 10 (CESPE/TJ-DFT/AJAJ/2015) Julgue o item seguinte, relativos a obri-
gações, desconsideração da personalidade jurídica e propriedade.
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Ao acolher requerimento de desconsideração da personalidade jurídica feita com 
fulcro no Código Civil, o juiz deve determinar a substituição da pessoa jurídica por 
seus sócios: com a dissolução da pessoa jurídica decorrente da desconsideração, os 
sócios passam a ser os responsáveis pela obrigação da sociedade.
Questão 11 (CESPE/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROCURADOR/2015) Conso-
ante a jurisprudência do STJ, a desconsideração da personalidade jurídica é medida 
excepcional e está subordinada à comprovação do abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado por
a) confusão patrimonial e dissolução irregular.
b) desvio de finalidade conjugado com confusão patrimonial.
c) desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
d) desvio de finalidade e dissolução irregular.
e) mera dissolução irregular.
Questão 12 (FCC/TRT-9ª REGIÃO/AJAJ/2015) G e R são sócios da pessoa jurídica 
Tex, a qual, em razão da crise econômica, deixou de honrar compromissos com o 
fornecedor Xis, que requereu, em ação de execução, a penhora dos bens de G e R. 
De acordo com o Código Civil, o pedido deverá ser
a) indeferido, pois a desconsideração da personalidade jurídica somente é possível 
com a decretação da falência.
b) deferido, independentemente de qualquer requisito, pois os sócios respondem, 
em regra, direta e pessoalmente pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica.
c) deferido apenas se comprovado que Tex não possui recursos para pagamento 
do débito.
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d) indeferido, pois em nenhuma hipótese os sócios respondem pelas obrigações 
contraídas pela pessoa jurídica.
e) deferido se comprovado abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial.
Questão 13 (FCC/TRT-9ª REGIÃO/AJAJ/2015) W assinou contrato com o banco 
Fox na cidade de Curitiba, lá obtendo financiamento. O banco Fox possui sede na 
Cidade de São Paulo e estabelecimentos em quase todas as cidades do Estado do 
Paraná, incluindo Pato Branco, onde W reside. De acordo com o Código Civil, com 
relação ao financiamento obtido por W, considera-se domicílio de Fox:
a) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares 
diferentes, será considerado domicílio a capital do Estado em que o ato tiver sido 
praticado.
b) São Paulo, pois a pessoa jurídica de direito privado tem como domicílio sua 
sede, apenas, para todo e qualquer ato que vier a praticar.
c) Pato Branco, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em luga-
res diferentes, será considerado domicílio o local em que reside o consumidor.
d) qualquer cidade em que Fox tiver estabelecimento, pois, tendo a pessoa jurídica 
diversos estabelecimentos, todos eles serão considerados seu domicílio, para todo 
e qualquer ato que vier a praticar.
e) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares 
diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Questão 14 (FCC/TCM-GO/PROCURADOR/2015) Morrinhos Futebol Clube é uma 
associação esportiva sem fins lucrativos, que decide, para aumentar seus ganhos, 
montar um restaurante em sua sede, aberto aos associados e familiares, bem como 
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uma loja para vender camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas 
dos troféus conquistados. Essa conduta
a) não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o que se carac-
terizaria em ambas as situações, só podendo a imagem da associação ser cedida 
onerosamente a terceiros.
b) é possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois associações po-
dem ter os mesmos fins econômicos que uma sociedade por quotas de responsa-
bilidade limitada.
c) é possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois a realiza-
ção eventual de negócios para manter ou aumentar o patrimônio da associação não 
a desnatura.
d) é possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus, pois a 
abertura de um restaurante, mesmo que sem ganhos pessoais aos associados, 
desnatura sua condição de associação, por não ter nexo com suas atividades es-
portivas.
e) é possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que somente 
para os associados e familiares, pois a venda de uniformes, bolas e troféus, por ser 
livre à população em geral, tem fins lucrativos que a desnaturam enquanto asso-
ciação.
Questão 15 (FCC/ICMS-PE/AUDITOR-FISCAL/2014) Considere: 
I – O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência 
com ânimo definitivo; se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, 
onde alternadamente viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
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II – É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta é exercida; se a pessoa exercitar profissão em 
lugares diversos,

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