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Práticas de Topografia

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Indaial – 2020
Práticas de toPografia
Prof. Vitor Motoaki Yabiku
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Vitor Motoaki Yabiku
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
Y11p
 Yabiku, Vitor Motoaki
 Práticas de topografia. / Vitor Motoaki Yabiku. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2020.
 192 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0431-4
1. Topografia. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 526.98
III
aPresentação
Caro acadêmico! Bem-vindo ao Livro Didático de Práticas de 
Topografia. Ele é dividido em três unidades: Unidade 1 – Relembrando 
conceitos da topografia; Unidade 2 – Projeto geométrico rodoviário e a 
Unidade 3 – Geoprocessamento, desenho técnico e uso de softwares.
A Unidade 1 é um feedback dos conceitos utilizados em topografia 
e também métodos para utilização dos equipamentos topográficos. 
Ela é iniciada pela apresentação de equipamentos topográficos e seus 
componentes, avançando para métodos de usos e aplicação da estação total 
e GPS em levantamentos.
A Unidade 2 aborda o levantamento topográfico empregado a 
mapeamentos rodoviários e métodos de cálculos de volume e áreas através 
de softwares e de forma manual. Esta unidade tem como objetivo preparar o 
estudante para diversas áreas na atuação profissional, tanto para engenharias 
quanto arquitetura.
A Unidade 3 aborda o desenvolvimento de serviços de 
geoprocessamento, desenho técnico e o uso dos softwares de Sistema de 
Informação Geográfica no planejamento urbano e atividades técnicas para 
atividades de grande escala.
A atividade prática não exclui qualquer tipo de leitura realizada 
neste e outros livros, entretanto, somente empregando a teoria é possível 
uma prática perfeita.
Boa leitura e bons estudos!
Prof. Vitor Motoaki Yabiku
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 - RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA ...............................................1
TÓPICO 1 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ..............................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS – USOS PRÁTICOS ..........................................................3
2.1 ESTAÇÃO TOTAL .............................................................................................................................4
2.1.1 Estação total prismática ...........................................................................................................4
2.1.2 Estação total não prismática ....................................................................................................8
2.2 TEODOLITO .....................................................................................................................................10
2.3 EQUIPAMENTO GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM) .....................................................11
2.3.1 Base ...........................................................................................................................................11
2.3.2 Rover .........................................................................................................................................15
2.4 INSTALAÇÃO DO TRIPÉ ..............................................................................................................18
2.5 USO DO BASTÃO ...........................................................................................................................20
2.6 PRISMA .............................................................................................................................................21
2.6.1 Prisma simples ........................................................................................................................21
2.6.2 Miniprisma ..............................................................................................................................22
2.6.3 Prisma 360° ..............................................................................................................................23
2.6.4 Prisma triplo ............................................................................................................................24
2.7 NÍVEL GEOMÉTRICO ....................................................................................................................25
2.8 ACESSÓRIOS ....................................................................................................................................26
2.8.1 Mira ...........................................................................................................................................26
2.8.2 Bipé ...........................................................................................................................................27
2.8.3 Trena de fibra de vidro e trena de aço .................................................................................28
2.8.4 Nivelamento com mangueira................................................................................................30
2.8.5 Nivelamento com nível a laser ..............................................................................................31
2.8.6 Bússola ......................................................................................................................................33
2.9 PLANILHAS DE CHECKLIST .......................................................................................................34
3 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LEVANTAMENTO – ESTAÇÃO TOTAL .......................35
3.1 POLIGONAL FECHADA E DELIMITAÇÃO DE ÁREAS URBANAS ....................................36
3.2 POLIGONAÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DE PERFIL LONGITUDINALRODOVIÁRIO ..... 37
3.3 ESTAÇÃO LIVRE E CAPTAÇÃO DE DADOS PARA INTERPOLAÇÃO ..............................38
3.4 DICAS DE LEVANTAMENTO COM ESTAÇÃO TOTAL .........................................................39
3.4.1 Inserindo coordenadas de ré .................................................................................................39
3.4.2 Centragem do tripé .................................................................................................................40
3.4.3 Estabilização do tripé e altura da base ................................................................................40
4 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LEVANTAMENTO – GPS ..................................................41
4.1 CAPTAÇÃO DE DADOS COM GPS PÓS-PROCESSADO .......................................................42
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................47
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................48
TÓPICO 2 - GEORREFERENCIAMENTO .........................................................................................49
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................49
2 CADASTRO AMBIENTAL RURAL ..................................................................................................49
sumário
VIII
3 CADASTRO TÉCNICO URBANO ...................................................................................................51
4 ZONEAMENTO PORTUÁRIO E AEROPORTUÁRIO ................................................................52
5 LOCAÇÃO DE OBRA COM GPS RTK ............................................................................................53
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................55
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................64
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................65
UNIDADE 2 - PROJETO GEOMÉTRICO RODOVIÁRIO, IMPLANTAÇÃO E NORMAS ....71
TÓPICO 1 - PROJETO RODOVIÁRIO ...............................................................................................73
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................73
2 PROJETO GEOMÉTRICO RODOVIÁRIO .....................................................................................73
2.1 LEVANTAMENTO DE MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO COM DRONE .......................74
2.2 PROGRAMAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇO TOPOGRÁFICO RODOVIÁRIO .....77
2.3 ESCOLHA DO EQUIPAMENTO A SER EMPREGADO ...........................................................77
2.4 ESCOLHA DA EQUIPE PARA DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES E ATRIBUIÇÕES ..... 78
2.5 PROCESSAMENTO DE DADOS ..................................................................................................79
2.5.1 Dimensionamento de projeto ................................................................................................82
2.5.1.1 Estudos topográficos ..................................................................................................84
2.5.1.2 Estaqueamento e tangentes .......................................................................................85
2.5.1.3 Curva circular e espiral ..............................................................................................86
2.5.1.4 Curvas verticais ..........................................................................................................89
2.5.1.5 Faixa de domínio ........................................................................................................90
2.5.1.6 Seções transversais .....................................................................................................91
2.5.1.7 Dispositivos de drenagem .........................................................................................98
2.5.1.8 Locação.......................................................................................................................101
3 CÁLCULO DE VOLUME ..................................................................................................................102
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................108
TÓPICO 2 - NORMAS
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................111
2 NBR 13.133 – EXECUÇÃO DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ......................................111
2.1 NBR 10.582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO ......................114
2.2 NBR 14.166 – REDE DE REFERÊNCIA CADASTRAL ............................................................114
2.3 NBR 10.068 – FOLHA DE DESENHO: LEIAUTE E DIMENSÕES .........................................115
2.4 NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS – INCRA .....116
2.4.1 Vértice tipo “M” ....................................................................................................................117
2.4.2 Vértice tipo “P” .....................................................................................................................118
2.4.3 Vértice tipo “V” .....................................................................................................................119
2.4.4 Precisões .................................................................................................................................119
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................120
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................127
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................128
UNIDADE 3 - GEOPROCESSAMENTO, DESENHO TÉCNICO E USO DE SOFTWARES .......131
TÓPICO 1 - SOFTWARE GIS E AUTOMAÇÃO TOPOGRÁFICA .............................................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................133
2 SOFTWARES DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) ...............................133
2.1 SELEÇÃO POR ATRIBUTOS COM CAD ..................................................................................134
2.2 KML .................................................................................................................................................136
https://drive.google.com/open?id=1HdgtbqSaDTdxWqz0qwR1anv4KFNU7tf-
http://desktop.arcgis.com/en/arcmap/10.3/map/working-with-layers/using-select-by-location.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69162004000200023
http://www.ufjf.br/petcivil/files/2009/02/Autocad-apostila.pdf
https://www.qgis.org/pt_BR/site/about/index.html
IX
2.2.1 Google Earth Pro ..................................................................................................................137
2.3 QGIS .................................................................................................................................................139
2.3.1 Baixando o QGIS ...................................................................................................................140
2.3.2 Iniciando e abrindo arquivos vetoriais no QGIS ..............................................................1442.4 ARCGIS ...........................................................................................................................................147
2.4.1 Inserindo dados vetoriais e raster no ArcGIS ...................................................................147
2.4.2 Alteração de simbologia no ArcGIS ...................................................................................149
2.4.3 Tabela de atributos do ArcGIS ............................................................................................150
 2.4.4 Seleção espacial no ArcGIS ..................................................................................................155
2.5 GERA MEMORIAL .......................................................................................................................158
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................166
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................167
TÓPICO 2 - DESENHO TÉCNICO EM CAD...................................................................................169
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................169
2 DESENHO TÉCNICO ASSISTIDO POR COMPUTADOR .......................................................169
2.1 COMANDOS ..................................................................................................................................170
2.2 IDENTIFICAÇÃO DE COORDENADAS GEORREFERENCIADAS ....................................171
2.3 ALTERNANDO TIPOS DE COORDENADAS NO GOOGLE EARTH PRO ........................172
2.4 PONTOS DE REFERÊNCIA .........................................................................................................174
2.5 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSÃO ..........................................................................................176
2.5.1 Plot Setup Manager ..............................................................................................................176
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................183
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................187
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................188
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................190
X
1
UNIDADE 1
RELEMBRANDO CONCEITOS DE 
TOPOGRAFIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar tipos de equipamentos distintos para o serviço de campo;
• qualificar os tipos de equipamentos de acordo com a atividade a ser de-
senvolvida;
• avaliar serviços topográficos antigos e compatibilizar com unidades de 
medida atuais;
• interpretar e avaliar uma planta topográfica quanto a sua finalidade;
• distinguir equipamentos de acordo com suas funcionalidades.
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
TÓPICO 2 – GEORREFERENCIAMENTO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
1 INTRODUÇÃO
O levantamento topográfico é uma das primeiras atividades a ser 
executada em campo quando a atividade é relacionada a obras civis. Além da 
sua empregabilidade em obras, a topografia também é imprescindível para 
a organização e regularização de lotes urbanos e rurais. Os conhecimentos 
empregados nessa atividade permeiam diversas áreas do conhecimento, como 
arquitetura, engenharia civil, geografia, cartografia, além dos conhecimentos 
empregados sobre gerenciamento, tecnologia e recursos humanos.
A atividade de levantamento topográfico modificou-se durante os anos 
devido à melhoria da tecnologia empregada. Os teodolitos ficaram no passado 
com a chegada de novos equipamentos que trouxeram produtividade em campo e 
os cálculos manuais foram dinamizados através de softwares que automatizaram 
o cálculo de coordenadas através dos ângulos e distâncias.
Outra grande novidade da topografia atual em relação à topografia 
clássica é o emprego do GPS em diversos métodos: RTK, pós-processado, stop-
and-go, entre outros. O emprego dessa tecnologia possibilitou um cadastro de 
imóvel de forma georreferenciada e também a locação de obras de grandes 
distâncias, com erros que giram na casa dos décimos de centímetros, gerando 
maior confiabilidade no serviço e resultados rápidos para entrega de produtos.
Este tópico apresentará conceitos já estudados da topografia e empregá-
los em trabalhos de campo e escritório. É válido lembrar que os trabalhos de 
processamento de dados e desenho técnico também são trabalhos práticos, tendo 
em vista a existência de profissões especializadas nessas atividades, portanto, não 
sendo menos importantes que os trabalhos de campo, mas complementares.
2 EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS – USOS PRÁTICOS
A topografia, como já dito na introdução, evoluiu muito com o passar dos 
anos. Os equipamentos empregados tiveram melhorias em relação aos softwares 
embutidos e facilidades de conexão com computador e até mesmo bluetooth. 
Em alguns momentos, a inclusão desses elementos eletrônicos não influencia 
de maneira significativa a produtividade em campo, mas em situações de difícil 
acesso, vegetação densa e dificuldades de visada, a utilização dessas novas 
tecnologias aumenta a produtividade.
 
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
4
Além dos equipamentos mais conhecidos, como estação total e GPS, existem 
acessórios e opcionais que são importantes para o levantamento topográfico, 
além de processos gerenciais que devem ser levados em consideração em campo 
para um resultado de boa qualidade e sem necessidades de retrabalho. Os itens 
a seguir apresentarão equipamentos e planilhas que facilitarão a organização do 
trabalho em campo.
2.1 ESTAÇÃO TOTAL
A estação total é um dos equipamentos mais utilizados atualmente e, 
como já citado anteriormente, não é substituída pela presença dos equipamentos 
GPS. As estações totais têm o objetivo da medição de ângulos e distâncias, sendo 
melhor empregada em obras de implantação e controle em comparação a um 
equipamento GPS que, apesar de muito atual, não possui grande empregabilidade 
quando o assunto são cotas.
 
O uso da estação total varia de acordo com as marcas e capacidades do 
hardware, podendo ser empregadas técnicas em campo para que sejam resolvidos 
problemas de escritório diretamente em campo. Algumas das estações totais 
possuem aplicativos internos para cálculos de volume, área, prolongamento e 
identificação de alinhamentos paralelos, facilitando e dinamizando os serviços a 
serem entregues. Para conhecer alguns tipos de equipamentos e suas respectivas 
funções são apresentados os subtópicos a seguir.
2.1.1 Estação total prismática
A estação total prismática é o mais tradicional dos equipamentos 
topográficos atualmente. É adquirido a preços moderados (em 2019 é possível 
encontrar estações totais usadas de boa qualidade e acurácia por valores 
aproximados de R$ 10.000,00) e podem ser empregadas para levantamentos 
planialtimétricos e planimétricos de terrenos e locação de obras, por isso é muito 
comum encontrar esses tipos de estações totais em empresas de engenharia.
 
A limitação da estação total prismática é a captação de dados em locais 
inacessíveis como, por exemplo, bases de pontes, copas de árvorese telhados. As 
estações não prismáticas não podem captar dados onde não existe um elemento 
refletor para que o laser possa retornar. Para que a estação total, que necessita 
de prisma, funcione é necessário que esteja colimada e mirada sobre o elemento 
refletor. A luneta fica como o apresentado a seguir:
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
5
FIGURA 1 – VISADA ATRAVÉS DA LUNETA
FONTE: O autor
Para uma boa operacionalização da estação total é sempre importante 
o operador seguir algumas etapas que lhe conferirão produtividade ou uma 
qualidade adequada aos produtos que serão desenvolvidos. A seguir são 
elencadas algumas dicas para a execução desses serviços.
• Conferência de prumo de bastão
Durante o uso da estação total prismática, uma das necessidades é que 
o conjunto de prisma e bastão estejam no prumo. Caso esse conjunto esteja 
fora do prumo, a acurácia das coordenadas captadas pode ser comprometida, 
representando posteriormente em planta valores de distância e ângulos errados 
entre pontos.
 
Para que o operador da estação total consiga identificar se o bastão está no 
prumo, existe uma dica que vale a pena ser mantida como um padrão para todos 
os serviços de campo prestados:
1. Mirar com a luneta na base do bastão, onde está sua ponta.
2. Travar o eixo horizontal com o parafuso de chamada.
3. Subir vagarosamente a luneta com o eixo vertical até mirar no centro prismático.
4. Caso o bastão saia de centro da visada, significa que está fora do prumo, sendo 
necessário aprumar antes de realizar a medição do ponto.
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
6
FIGURA 2 – PRUMAGEM ERRADA DE BASTÃO E PRISMA DEMONSTRADA PELA LUNETA 
DA ESTAÇÃO TOTAL
FONTE: O autor
A imagem representa como é identificada pelo operador da estação total 
a necessidade de prumagem do conjunto bastão e prisma, quando da leitura 
do ponto a ser medido. À esquerda da imagem é apresentado como a luneta é 
focada e mirada na base do bastão. Em seguida, na imagem à direita, a luneta é 
travada no eixo horizontal e levantada, sendo possível perceber que o centro do 
prisma não fica centralizado em relação ao centro da luneta e evidenciando que o 
prumo não está centralizado. A solução para isso é simples e um bipé poderá ser 
empregado para que a instabilidade transmitida pelo auxiliar de campo ao nível 
de bolha não ocorra.
• Upload e download de dados
Uma das dificuldades atualmente para a operação das estações totais está 
no upload e download de dados a partir do equipamento. O maior problema 
está no fato de que os equipamentos disponíveis e mais acessíveis são antigos 
em relação aos avanços dos computadores atualmente. A incompatibilidade com 
Windows 10 e a necessidade do uso de porta serial em diversos equipamentos de 
GPS e Estações Totais faz com que muitos profissionais mantenham computadores 
antigos para descarregar dados de equipamentos.
 
Quando o profissional não consegue realizar a conexão da estação total 
para o computador ainda existem duas alternativas de acordo com o trabalho a 
ser executado:
ᵒ Coleta de dados: realizar o levantamento e copiar os dados do equipamento 
através do visor (manualmente) e escrevê-los numa tabela em computador.
ᵒ Locação: digitar manualmente os dados para dentro da memória do 
equipamento.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
7
A resolução desses problemas geralmente pode ser efetuada através da 
aquisição de novos cabos (sim, existe um cabo específico para descarregar cada 
equipamento de acordo com a versão do Windows) e softwares que, quando 
pirateados, não conseguem descarregar dados do equipamento. A imagem a 
seguir demonstra um tipo de cabo serial, ainda muito empregado em serviços 
com estações totais antigas, para descarregar e carregar dados de campo para o 
equipamento.
FIGURA 3 – CABO SERIAL DE ESTAÇÃO TOTAL
FONTE: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1299752174-cabo-serial-para-estaco-total-
sokkia-ou-topcon-_JM#position=2&type=item&tracking_id=80542c1b-0d23-42b3-9040-
d791ebe82dc8>. Acesso em: 25 nov. 2019.
Existe a possibilidade de empregar adaptadores de entradas seriais 
para USB, entretanto, o transtorno e dificuldade de configurações de hardware 
e software para a interpretação dessas configurações faz com que muitos 
profissionais optem por carregar e descarregar dados manualmente ou com 
equipamentos antigos.
 
Os equipamentos atuais possuem formas diversificadas para que o 
usuário possa acessar os dados coletados ou a serem implantados em campo. 
O bluetooth, a entrada USB e o uso de pen drives são muito mais comuns 
hoje e facilitam os trabalhos, assim os equipamentos são mais facilmente 
compatibilizados em diversas plataformas utilizadas em computadores de 
forma independente de suas versões.
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1299752174-cabo-serial-para-estaco-total-sokkia-ou-topcon-_JM#position=2&type=item&tracking_id=80542c1b-0d23-42b3-9040-d791ebe82dc8
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1299752174-cabo-serial-para-estaco-total-sokkia-ou-topcon-_JM#position=2&type=item&tracking_id=80542c1b-0d23-42b3-9040-d791ebe82dc8
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1299752174-cabo-serial-para-estaco-total-sokkia-ou-topcon-_JM#position=2&type=item&tracking_id=80542c1b-0d23-42b3-9040-d791ebe82dc8
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
8
As estações totais prismáticas são as mais utilizadas no mercado desse tipo de 
equipamento, entretanto, lembre-se de que superfícies verticais e quinas de paredes, por 
exemplo, não pode ser medidas diretamente e com precisão por ele.
IMPORTANT
E
2.1.2 Estação total não prismática
A estação total não prismática, como o próprio nome diz, não faz uso 
do conjunto bastão e prisma para até determinadas distâncias. É opcional não 
usar o prisma, sendo que o limite de leitura de dados sem o seu uso é limitado 
de acordo com a marca do equipamento. É comum encontrar equipamentos que 
possam realizar leituras sem prisma em torno de 200 metros ou até mais, mas 
para alcançar grandes distâncias é sempre necessário o uso de prismas.
Através da estação total não prismática é possível realizar medições sem 
que seja necessário que o auxiliar de campo se desloque ao ponto desejado para 
a medição, sendo muito mais dinâmico o serviço de campo e precisa a coleta de 
informações. 
O uso desse tipo de estação total torna-se mais caro devido ao preço do 
equipamento ser mais elevado, entretanto, sua produtividade de campo é muito 
mais alta devido à falta de necessidade de deslocamento do auxiliar em campo e 
também à precisão dos dados. Mas como a precisão dos dados é afetada por esse 
equipamento?
Numa estação total convencional o prisma fica sobreposto a um bastão e 
também possui abas laterais que facilitam a visada do operador da estação total 
quando em grandes distâncias. O conjunto prisma e bastão funciona para que seja 
refletido o laser da estação total e a altura empregada no bastão seja descontada 
da leitura para que a coordenada e cota sejam projetadas para o ponto de leitura 
no chão.
O uso do conjunto prisma e bastão impossibilita a captação de pontos 
direto sobre uma superfície vertical, por exemplo, e também quinas de paredes, 
forçando o desenhista a aplicar uma distância para a representação da realidade. 
A imagem a seguir demonstra o prisma com seu suporte para rosquear, o qual 
contém as abas laterais que impossibilitam que o dado captado fique aderente a 
uma superfície vertical ou quina de parede.
DU MATO
Realce
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
9
FIGURA 4 – PRISMA E SUPORTE COM SUAS ABAS LATERAIS PARA FACILITAR VISADA DO 
OPERADOR
FONTE: O autor
Esse tipo de problema é solucionado com o uso de uma estação total 
não prismática porque ela capta a informação sobre a superfície onde o laser 
é apontado, facilitando a representação de superfícies verticais e adensando a 
malha de coordenadas para a criação de um Modelo de Superfície.
O software interno das estações totais que não empregam prisma para 
leitura de pontos é muitosimilar aos que empregam, variando de acordo com a 
marca do equipamento. A diferença é que para as estações não prismáticas não 
existe a configuração de offset aplicado ao prisma.
As estações totais não prismáticas são ótimas para a produtividade, mas não 
conseguem ler grandes distâncias sem o uso de prismas. Lembre-se disso antes de ir a 
campo, porque um prisma pode ser necessário de acordo com a distância a ser medida.
IMPORTANT
E
DU MATO
Realce
DU MATO
Realce
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
10
2.2 TEODOLITO
O teodolito é um equipamento já, muitas vezes, ultrapassado. O fato de 
ser um equipamento pouco usado atualmente não é uma grande justificativa para 
o técnico ou engenheiro responsável não conhecer seu uso. A justificativa ainda 
para o conhecimento desse equipamento é que muitos trabalhos foram realizados 
empregando-o, sendo necessário ainda conhecimento para a interpretação dos 
dados e identificação de possíveis erros cometidos no passado. A maior parte 
dos erros são basicamente cálculos de distâncias horizontais e verticais, sendo 
atualmente fácil a sua correção com o uso de planilhas automatizadas.
 
Para o cálculo de distâncias horizontais a partir de visadas inclinadas é 
utilizada a seguinte equação:
Declividade horizontal
( )= − 2100 * *DH FS FI cos α
 
Sendo:
DH: distância horizontal;
100: constante empregada na maioria dos equipamentos teodolitos no 
mercado brasileiro;
FS: fio estadimétrico superior, possível ver na luneta no momento da 
visada e acima do fio médio;
FI: fio estadimétrico inferior, possível ver na luneta no momento da visada 
e abaixo do fio médio;
Cos²α: cosseno do ângulo de inclinação da luneta, ao quadrado.
Essa equação também é possível empregar quando se utiliza equipamentos 
que são fixos a 90°, como os níveis geométricos. Como citado anteriormente, é 
comum observar documentos gerados a partir de equipamentos antigos como 
o teodolito, portanto, para fazer a “prova-real” das informações é necessário o 
emprego dessa equação. Para mais conferências, também é possível o cálculo da 
diferença de nível entre o ponto de base e a visada através da seguinte equação:
Declividade Vertical ou Diferença de Nível (DN)
( )= + − −250 * *DN hi FS FI sen mα
 
Sendo:
DN: diferença de nível;
Hi: altura do instrumento;
50: constante vertical aplicada à maioria dos equipamentos desse tipo no 
Brasil;
FS: fio estadimétrico superior, possível ver na luneta no momento da 
visada e acima do fio médio;
FI: fio estadimétrico inferior, possível ver na luneta no momento da visada 
e abaixo do fio médio;
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
11
Sen²α: seno do ângulo de inclinação da luneta, ao quadrado;
m: fio médio estadimétrico.
O teodolito é um equipamento fora de uso atualmente, mas não se engane. 
Conhecer o seu uso e métodos de cálculos é um diferencial para quem pretende fazer 
análises de documentos antigos referentes a posses de propriedades e medições de áreas.
NOTA
2.3 EQUIPAMENTO GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM)
Os equipamentos baseados na tecnologia GPS são muito mais empregados 
atualmente do que quando comparado há 20 anos. A evolução desse tipo de 
tecnologia vai desde os mapeamentos topográficos até o cotidiano das pessoas indo 
ao trabalho ou fazendo um pedido de pizza para receber na porta da sua casa.
Na topografia, a tecnologia GPS veio de forma dinâmica, fornecendo dados 
de posicionamento em tempo real e, no caso dos mapeamentos, com correções 
sendo executadas simultaneamente ao levantamento realizado. Isso trouxe uma 
grande facilidade no mapeamento de grandes áreas, especialmente aquelas que 
não possuem intervisibilidade entre vértices ou com obstruções verticais devido 
a variações altimétricas do terreno.
Existem diferentes formas de realizar o levantamento, entretanto, somente 
em uma delas existem diferenças de equipamento: o método Real Time Kinect 
(RTK). Esse é o método mais produtivo atualmente para, em campo, realizar o 
levantamento topográfico utilizando equipamentos GPS. O próximo subtópico 
abordará como esse levantamento deve ser realizado quanto à disposição dos 
equipamentos.
2.3.1 Base
No uso do método RTK são necessários dois equipamentos: o Base e 
o Rover. O Base é o equipamento que fica estático no terreno, em local alto e 
de menor obstrução física possível para que possa se comunicar com o outro 
equipamento que percorrerá o terreno junto ao técnico que captará os dados. 
Essa Base deve ser montada de forma semelhante à estação total, com um tripé e 
nivelado através de bolha, entretanto, para o equipamento GPS é necessário um 
outro elemento chamado “Base nivelante”, demonstrada a seguir:
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
12
FIGURA 5 – BASE NIVELANTE PARA BASE DE GPS
FONTE: O autor
Nessa figura, do lado esquerdo, é demonstrada a parte inferior da base 
nivelante. Essa parte inferior é importante porque nela existe uma rosca na qual 
é realizada a fixação dessa peça ao tripé. A existência da rosca é plausível devido 
à possibilidade de movimentação dessa base nivelante sobre a superfície da mesa 
do tripé, sendo mais maleável para a centragem do equipamento sobre o ponto 
em campo.
Na parte superior da base nivelante é apresentada a rosca para o 
equipamento GPS. Tanto o equipamento Base quanto o Rover possuem uma 
rosca que é compatível com essa base nivelante. Segue a base de um GPS em que 
é demonstrada a rosca para o encaixe da base nivelante:
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
13
FIGURA 6 – BASE NIVELANTE PARA BASE DE GPS
FONTE: O autor
Além da rosca centralizada no GPS, também é apresentada na imagem a 
bateria de alimentação do equipamento e sua antena de comunicação. Essa antena 
é responsável pela comunicação entre o equipamento Base e o Rover e sem ela 
não é possível a aplicação do método RTK em serviço. Além dessa importância 
é recomendado pelos fabricantes e revendedores que o equipamento não seja 
ligado sem essa antena, por risco de queima de placas internas.
Vale ressaltar que essa rosca existe tanto em equipamentos que serão 
utilizados para a função de Base quanto para os que serão empregados na função 
de Rover. Além do uso da base nivelante, o equipamento também requisita um 
alongador para manter o GPS alto em relação ao tripé, mantendo a antena em 
segurança. Junto a esse alongador é, em muitas marcas, colocada uma bateria 
externa para que seja possível realizar mais tempo de serviço de campo.
Em algumas marcas é possível adaptar uma bateria de moto no plug da 
bateria externa, entretanto, existem também algumas mais elaboradas, como a 
demonstrada na imagem a seguir.
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
14
FIGURA 7 – BASE NIVELANTE PARA BASE DE GPS
FONTE: O autor
A bateria externa apresentada é conectada diretamente ao GPS através do 
pino de conexão empregando um cabo, não sendo possível realizar a transmissão 
de energia diretamente pelo bastão ou alongador. Ao final, o conjunto fica com 
altura considerável para que supere os dois metros, favorecendo a transposição 
de alguns obstáculos e aumentando as possibilidades de comunicação entre os 
receptores GPS. Ao final, o conjunto todo fica como o demonstrado na figura a 
seguir.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
15
FIGURA 8 – BASE RTK
FONTE: O autor
O equipamento Base GPS fica rastreando dados de satélites por horas e 
comunica-se ao Rover durante o levantamento. Não esqueça de levar baterias extras 
para o serviço de campo, mas em caso de o equipamento parar de funcionar durante o 
levantamento por falta de bateria não se preocupe quanto aos dados coletados. Eles não se 
perderão e serão armazenados na memória do equipamento.
ATENCAO
2.3.2 Rover
Como citado anteriormente, o equipamento Rover deve se comunicar 
diretamente com o equipamento configurado como Base. Isso ocorre porque 
o método RTK faz a correção do posicionamento em tempo real através do 
posicionamento do equipamento Base e para que eles se comuniquem é empregado 
o rádio internoao equipamento junto à antena conectada em ambos. A presença 
de árvores ou grandes desníveis entre os dois equipamentos gera quebras de 
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
16
comunicação, por isso é tradicional também empregar nos levantamentos com 
o Rover um bastão de altura elevada, podendo alcançar oito metros de modo 
retrátil.
Para que o técnico possa interpretar dados e analisar a situação de 
campo não existe um visor diretamente no GPS, mas um equipamento chamado 
controladora. Essa controladora apresenta diversas informações, como:
• quantidade de satélites captados;
• status da qualidade de comunicação entre equipamentos através do rádio;
• método de captação de dados: PP ou RTK;
• piquetagem para locação de obras ou limites de áreas;
• aplicativos para cálculos de volume, área e determinação de interseções entre 
alinhamentos etc.
A figura seguinte demonstra uma controladora ao lado esquerdo e ao 
lado direito uma imagem aproximada do seu visor.
FIGURA 9 – CONTROLADORA RTK E VISOR DE DADOS
FONTE: O autor
É na controladora que é possível subir e realizar download dos dados 
de campo. Através dela é possível inserir dados através de arquivos em formato 
.csv para fazer locação de obras e também é possível visualizar o mapa de 
posicionamento do equipamento e dos locais para piquetagem. Sem esse item o 
equipamento GPS torna-se inviável para o uso em método RTK, sendo possível 
realizar medições em método pós-processado.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
17
O equipamento Rover não necessita de uma base nivelante. Ele é rosqueado 
diretamente sobre o bastão que pode ser de diferentes alturas. Junto a ele, muitas 
vezes é empregado o bipé para que o equipamento fique no prumo para registro 
fotográfico em monografias.
A figura a seguir demonstra a aparência de um equipamento Rover 
montado e pronto para leitura de coordenadas.
FIGURA 10 – EQUIPAMENTO ROVER
FONTE: O autor
O equipamento Rover é o que se mantém em movimento pelo terreno durante 
o serviço. Quando empregado o método RTK não esqueça que configurações devem ser 
feitas na controladora constantemente, caso esqueça de informar dados no momento da 
coleta de dados, faça isso na etapa de processamento de dados.
ATENCAO
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
18
2.4 INSTALAÇÃO DO TRIPÉ
A instalação do tripé é o primeiro passo a ser executado para a instalação 
de equipamentos GPS e estação total. A instalação desse item é difícil e leva tempo 
para os profissionais que não têm prática, mas quando já existe certa experiência 
é rápido, independentemente da forma do terreno. Para que a instalação do tripé 
seja feita, as etapas são variáveis de acordo com a marca do aparelho, entretanto, 
todos possuem ao menos:
• pé retrátil;
• mesa;
• borboleta.
A mesa é a superfície triangular onde fica situado o equipamento sobre 
o tripé e o elemento que integra as três pernas do tripé. Para que o tripé seja 
retrátil e também possua uma fixação boa para a estabilidade no solo são usadas 
as borboletas, que são, em alguns casos, presilhas e em outros, parafusos. Essas 
borboletas fixam a parte superior e inferior da perna e no limite da parte inferior 
existe uma garra na qual é possível pisar para que exista uma melhor fixação na 
superfície de trabalho.
O nivelamento do equipamento sofre a influência da geometria na qual 
o tripé é alocado. O ideal é que ele esteja posicionado na forma de um triângulo 
equilátero, entretanto, alguns terrenos ou situações não permitem isso. O 
nivelamento do tripé é geralmente feito de modo grosseiro numa primeira etapa 
do trabalho, depois de colocado o equipamento sobre a mesa é feito o ajuste fino 
da bolha nivelante no tripé. Na sequência é demonstrado o modo mais eficaz e 
que fornece maior controle para o nivelamento dos pés do tripé.
FIGURA 11 – FORMA MAIS EFICAZ DE MANUSEIO DOS PÉS DO TRIPÉ
FONTE: O autor
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
19
Do lado esquerdo da figura é apresentada uma forma errada de manuseio 
do tripé quando a intenção é fazer um ajuste fino dele. A falta de um apoio 
fixo para as mãos faz com que os movimentos sejam bruscos, dessa forma, a 
imagem do lado direito da figura demonstra o dedão do operador facilitando a 
movimentação do equipamento.
 
Outra informação que agiliza e facilita a instalação do equipamento é que 
o parafuso de fixação na mesa do tripé é móvel, de forma que seja possível fixar 
e desafixar o equipamento da mesa. Esse ato de afrouxar o parafuso entre a mesa 
e o equipamento é favorável para que o operador possa posicionar corretamente 
o equipamento sobre o ponto desejado. Vale ressaltar que esse parafuso é vazado 
para que seja possível a visualização do ponto no qual está sendo instalado o 
equipamento, em solo.
FIGURA 12 – PARAFUSO VAZADO E MÓVEL NA MESA DO TRIPÉ
FONTE: O autor
Não se esqueça de travar bem a borboleta e a base do tripé no solo para que 
não ocorram deslocamentos do equipamento durante o serviço. Isso assegurará que as 
coordenadas se mantenham fixas num mesmo ponto durante todo o levantamento.
ATENCAO
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
20
2.5 USO DO BASTÃO
Apesar de ser um equipamento comum nos levantamentos, tanto com uso 
de estação total quanto de GPS, o bastão pode ser um diferencial num trabalho de 
campo. Tanto para a estação total, que exige intervisibilidade, quanto para o GPS, 
que precisa de uma certa clareza na comunicação entre rádios, a altura do bastão 
auxilia essas atividades.
 
Existe um bastão que é o mais tradicional para a execução dos 
levantamentos topográficos, que é o retrátil de 3,6 m de altura. Além deste também 
está disponível maiores no mercado, como por exemplo, o que pode alongar-se 
até 8 m de altura. A dificuldade nesse bastão que pode alongar-se tanto é mantê-
lo no prumo para que a coordenada captada seja exatamente a do ponto desejado. 
A seguir são demonstrados os dois tipos de bastão.
FIGURA 13 – À ESQUERDA: BASTÃO DE 3,6 M. À DIREITA: BASTÃO DE 8 M
FONTE: O autor
A altura do bastão precisa ser indicada na estação total e também no GPS. 
Quando modificar sua altura não esqueça de configurar o equipamento no qual está sendo 
realizado o levantamento.
ATENCAO
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
21
2.6 PRISMA
O levantamento topográfico com estação topográfica exige a utilização de 
prisma, com exceção daquelas denominadas não prismáticas, que possuem um 
limite para leituras sem esse item. 
 
Uma curiosidade que pode ser útil em campo é saber que outros elementos 
refletem o laser da estação total. Exemplos são: placas veiculares e adesivos 
prismáticos de caminhão que podem ser colados diretamente nas superfícies 
verticais ou quinas de paredes e locais de difícil acesso ao prisma devido as suas 
dimensões. Esses dois exemplos podem salvar um levantamento no qual foi 
esquecido de levar o equipamento refletivo.
 
Além do prisma mais tradicional existem outros que possuem funções de acordo 
com a distância a ser empregada. A seguir são apresentados os tipos de prismas existentes.
2.6.1 Prisma simples
O prisma tem a função de refletir o laser emitido pela estação total e possui 
uma rosca em sua parte posterior, para que seja possível fixa-lo à moldura.
 
Nessa moldura é possível rosquear o prisma nos dois lados, tanto no que está 
escrito OFF SET 30 mm quando no lado posterior, que está escrito OFF SET 0 mm. 
A informação desses offsets necessita ser descrita na estação total porque através 
desses valores o cálculo de coordenada faz a compensação para o centro do bastão 
e, consequentemente, o ponto no qual este está posicionado. A seguir é apresentada 
uma figura do prisma com sua moldura descrita, o offset de 30 milímetros.
FIGURA 14 – PRISMA E MOLDURA
FONTE: O autor
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
22
Ao empregar o prisma, verifique se ele está com Offset = 30 ou Offset = 0 e 
não esqueça de configurar a estação total para que esteja com o mesmo valor. Caso o valor 
esteja errado,ocorrerá um erro sistemático.
IMPORTANT
E
2.6.2 Miniprisma
Muito empregado para locação de obras, o miniprisma é mais raro de ser 
encontrado no mercado e possui valor superior, sendo possível encontrar esse 
acessório com valores entre US$ 120,53 a US$ 168,74.
 
A precisão conferida a ele tem como justificativa a sua altura diminuta 
que pode ser de somente 30 centímetros, portanto, gerando erros horizontais por 
conta de erros de prumo muito menores. Como consequência do seu tamanho 
e também por ser retrátil, sua facilidade de transporte é ainda maior, sendo 
possível levá-lo em mochilas para realizar serviços de locação de obras e captação 
de dados de campo para desenvolvimento de levantamentos planialtimétricos. A 
figura a seguir demonstra um miniprisma.
FIGURA 15 – MINIPRISMA
FONTE: <https://www.lhgeo.com.br/mini-prisma->. Acesso em: 25 nov. 2019.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
23
A constante de um mini prisma é diferente dos prismas tradicionais. Lembre-se 
de verificar sua constante para configurar na estação total. Além disso, não se esqueça de 
que a altura de mini prismas não são convencionais, sendo possível ficar abaixo de 1,5 m, 
que é a altura mínima do bastão padrão.
IMPORTANT
E
2.6.3 Prisma 360°
Mais uma variedade dos prismas é o Prisma de 360°. Esse prisma reflete 
em todos os lados nos quais ele recebe o laser, sendo mais produtiva a execução do 
serviço em campo e também nele não existe a necessidade de alterar a constante 
prismática, sendo fixa em 0 mm o Offset.
Outra vantagem no uso desse item é que ele não possui a moldura 
empregada nos prismas tradicionais, sendo que o mapeamento de áreas menores 
com este torna-se mais preciso devido à distância entre o centro do bastão e o 
limite da moldura. No levantamento de grandes distâncias, o emprego desse 
equipamento também é mais útil devido à maior reflectância nele existente.
 
Um equipamento desse torna-se um fardo orçamentário para empresas de 
pequeno porte ou as que não requisitem grandes precisões em seus levantamentos. 
O valor desse equipamento atualmente (2019) gira em torno de US$ 650,00 e esse 
investimento deve ser muito específico para atender a uma necessidade, portanto, 
é algo raro de se encontrar no mercado de trabalho, sendo geralmente substituído 
por prismas simples ou também prismas triplos.
FIGURA 16 – PRISMA 360°
FONTE: <https://www.allcomp.com.br/index.php?route=product/product&product_id=1539>. 
Acesso em: 25 nov. 2019.
https://www.allcomp.com.br/index.php?route=product/product&product_id=1539
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
24
O prisma 360° é pouco usado no mercado, entretanto, confere uma boa 
precisão para serviços de campo, além de manter a sua constante sempre em 0 mm.
NOTA
2.6.4 Prisma triplo
O prisma triplo é muito mais acessível financeiramente em relação ao de 
360°. Seu valor pode ser encontrado no mercado em torno de US$ 85,00 e sua 
função é ser um alvo fácil para grandes distâncias, geralmente, superiores a 1 
quilômetro. Nessa distância torna-se muito difícil para o operador da estação total 
visualizar um prisma simples ou até mesmo o de 360°, portanto, para que se torne 
um alvo maior e também mantenha a característica refletiva é empregado esse 
conjunto de três prismas numa mesma moldura para que também seja facilitada 
a reflexão do laser para a estação total.
 
Esse equipamento é de difícil aquisição e uso no mercado topográfico 
brasileiro. Isso se deve pelo fato do uso de tecnologias GPS para a medição de 
grandes distâncias atualmente e também pelo fato da falta de precisão nas leituras 
de grandes distâncias pela estação total com esse conjunto prismático, entretanto, 
este ainda é um equipamento que pode ser empregado em áreas caracterizadas 
pela vegetação de copa alta e gramíneas, porque nesse tipo de situação o sinal 
de satélites e rádio sofre interferências pelas obstruções físicas existentes, mas a 
intervisibilidade de pontos pode ocorrer facilmente.
 
A seguir é demonstrada uma figura para exemplificar como é um prisma 
triplo utilizado em serviços topográficos.
FIGURA 17 – PRISMA TRIPLO
FONTE: <http://twixar.me/JDlT>. Acesso em: 25 nov. 2019.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
25
O prisma triplo é um equipamento pouco utilizado atualmente devido à 
menor precisão alcançada em grandes distâncias com a estação total, entretanto, seu uso 
pode conferir grande produtividade devido à capacidade de reflexão para visadas de longo 
alcance, refletindo em poligonais mais longas.
NOTA
2.7 NÍVEL GEOMÉTRICO
O nível geométrico é o equipamento empregado quando se deseja alcançar 
uma grande precisão em relação à altitude e diferenças altimétricas verticais em 
campo. Equipamentos antigos desse tipo não superam atualmente o que algumas 
estações totais e GPS conseguem fazer, entretanto, os novos conseguem entregar 
uma boa precisão para desenvolvimento de projetos hidráulicos e mapeamentos 
planialtimétricos.
 
Esse equipamento é um dos mais baratos para a aquisição na aplicação 
do setor da topografia. O valor deste chega próximo aos US$ 241,00 e uma das 
maiores aplicações atualmente é no setor rodoviário, através da captação de cotas 
de bueiros para “as built”, projetos de recapeamento ou até mesmo refinamento 
de um levantamento planialtimétrico executado para o projeto geométrico.
 
A seguir é apresentado um modelo de nível geométrico empregado 
para aulas em curso de engenharia civil e arquitetura e também nas atividades 
profissionais de nivelamento rodoviário.
FIGURA 18 – NÍVEL GEOMÉTRICO
FONTE: O autor
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
26
O nível geométrico é uma porta de entrada para o profissional recém-formado 
devido ao seu valor de aquisição, mas a operação desse equipamento requer muita 
precisão e experiência para a leitura de informações. Não se engane quanto à simplicidade 
de botões. Quem contrata um serviço de nivelamento geométrico requisita alta precisão e, 
consequentemente, a responsabilidade aumenta.
ATENCAO
2.8 ACESSÓRIOS
Os equipamentos apresentados a seguir são descritos como acessórios, 
mas isso não diminui a importância deles num levantamento topográfico. O uso 
desses acessórios confere maior qualidade e facilidade ao desenvolvimento dos 
trabalhos e, sem alguns deles, não é possível executar a atividade. 
 
2.8.1 Mira
É um equipamento que, sem seu uso, não é possível realizar o nivelamento 
geométrico de uma área. Existem miras retráteis de alumínio e também algumas 
antigas de madeira, mas é incomum encontrar esta última citada devido ao peso 
que dificulta sua movimentação em campo. As miras de alumínio são as mais 
empregadas em serviço atualmente e é esta mira que deve ser observada através 
da luneta de um nível geométrico.
 
Para diferenciar as cotas na mira é feita uma diferenciação das cores 
vermelha e preta ou, em alguns casos, é colocado um pequeno ponto ao lado 
direito da mira para indicar a metragem. Uma bolinha indica um metro, duas 
bolinhas indicam dois metros, três bolinhas indicam três metros e assim por 
diante.
 
Além de ser possível distinguir os metros por cores também é possível 
identificar pelo lado da plotagem da mira. Quando o lado da representação da 
metragem é alterado significa que são adicionados 10 centímetros. Na figura 
seguinte é demonstrado um exemplo de mira de alumínio empregada para 
nivelamento geométrico.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
27
FIGURA 19 – MIRA EMPREGADA NO NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
FONTE: O autor
A mira é um equipamento fundamental para o nivelamento geométrico. Sua 
interpretação requer prática do operador para que não se confunda quando olhar pela 
luneta, anotando errado o valor da metragem.
ATENCAO
2.8.2 Bipé
É um acessório que não impede a execução de nenhum serviço, entretanto, 
confere maior acurácia nos pontos coletados. O bipé é um apoio para o bastão do 
prisma ou também do GPS. Seu uso é pequeno quando é feito uso da estação 
total, mas muito grande quando empregado o equipamentoGPS, especialmente 
aqueles que não têm a função RTK disponível.
 
Os equipamentos GPS que não fazem leituras com a técnica RTK precisam 
coletar dados através do método PP (Post-processing) e para captar dados 
dessa forma é necessário manter o equipamento estático por um longo período, 
sendo um grande fardo para o auxiliar de campo. Para que o equipamento fique 
estático e no prumo por esse longo período é empregado geralmente um bipé 
para suporte, fazendo com que sobre tempo para desenvolver croqui e realizar 
análises do espaço ao redor. A figura seguinte demonstra um bipé empregado em 
levantamentos topográficos.
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
28
FIGURA 20 – BIPÉ
FONTE: O autor
O bipé é um forte aliado na qualidade de um levantamento topográfico e seu 
preço é baixo quando comparado ao restante dos equipamentos utilizados no trabalho 
(aproximadamente US$ 120,00), justificando sua compra pela qualidade e facilidade 
na dinâmica dos serviços. Um elemento negativo nele é a fragilidade das suas pernas, 
requisitando sempre que o operador tenha cuidado com o seu manuseio.
IMPORTANT
E
2.8.3 Trena de fibra de vidro e trena de aço
Apesar dos equipamentos topográficos serem destinados à medição de 
distâncias, a utilização de trenas ainda é imprescindível para o desenvolvimento 
de serviços. Isso porque algumas informações devem ser inseridas na configuração 
dos equipamentos para que sejam iniciadas as atividades, por exemplo, altura do 
equipamento e também altura do bastão.
 
Sem as informações iniciais de altura dos equipamentos não é possível 
calcular com precisão as cotas do terreno, as built ou implantação, e essa 
informação primária deve ser obtida através de uma trena. Para isso é possível 
empregar alguns tipos de trenas, dentre as mais utilizadas estão a trena de fibra 
de vidro e a trena de aço.
 
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
29
Para ambas as trenas existem erros provenientes do material com que são 
produzidas ou senão erros oriundos do manuseio em campo. Na figura a seguir 
é apresentado um exemplo de trena de fibra de vidro.
FIGURA 21 – TRENA DE FIBRA DE VIDRO
FONTE: <https://www.lojadomecanico.com.br/produto/117096/31/271/trena-fibra-de-vidro-
aberta-50m-x-13mm-brasfort-8127>. Acesso em: 25 nov. 219.
A trena de fibra de vidro possui a característica de precisar ser esticada 
para diminuir a catenária entre os dois pontos a serem medidos. A catenária é 
o “embarrigamento” que se mantém caso esta não seja devidamente esticada, 
mas essa ação de puxar a trena faz com que ela se estique com o decorrer do 
tempo, gerando erros de medição porque uma distância será representada 
numericamente por um valor inferior ao real. É possível ver essa catenária nos 
fios que ligam os postes de luz residenciais.
Além da trena de fibra de vidro também é empregada a trena de aço, 
muito comum ser encontrada em canteiros de obra e seu tamanho reduzido 
facilita o transporte para a aquisição somente da altura dos equipamentos. É 
muito empregada na topografia pela versatilidade e também por não precisar 
ser esticada como a trena, que foi o exemplo anterior, mas possui o problema da 
dilatação do seu material. Para resolver esse problema é necessário empregar o 
coeficiente de dilatação, fornecido pelo fabricante, para diminuir ou aumentar do 
valor obtido em campo. A figura a seguir apresenta uma trena de aço.
https://www.lojadomecanico.com.br/produto/117096/31/271/trena-fibra-de-vidro-aberta-50m-x-13mm-brasfort-8127
https://www.lojadomecanico.com.br/produto/117096/31/271/trena-fibra-de-vidro-aberta-50m-x-13mm-brasfort-8127
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
30
FIGURA 22 – TRENA DE AÇO
FONTE: <https://oximaq.com.br/5501-large_default/trena-em-aco-3m-x-125mm-
vonder.jpg>. Acesso em: 25 nov. 2019.
Catenária é um problema quando são utilizadas trenas maleáveis como a de 
fibra de vidro. Para diminuir esse problema é comum esticar a trena ao máximo, entretanto, 
isso ocasiona outro problema, que é o seu alongamento devido ao material flexível pela 
qual é composta. Esse alongamento acaba representando valores inferiores à realidade, 
gerando impactos sistemáticos para o levantamento.
IMPORTANT
E
2.8.4 Nivelamento com mangueira
Uma das técnicas para realizar o nivelamento em pequenas áreas é o uso 
de uma mangueira transparente (ou translúcida) cheia de água. Através do uso 
dessa mangueira é possível encher o nível de água até o ponto no qual se deseja 
para ambos os lados da mangueira, sendo a partir disso possível identificar a cota 
igual em ambos os lados somente empregando a gravidade.
Essa técnica é muito empregada em obras e, além de mais econômica, 
é mais precisa que muitos serviços de topografia ofertados no mercado. Isso 
porque a captação de cotas com equipamentos topográficos depende de muitas 
variáveis, como a conservação do equipamento, inserção de dados corretamente 
no software interno e também a precisão do manuseio por parte do operador. 
Todas essas variáveis fazem com que os trabalhadores da área civil, quando em 
serviços de pequenas áreas, prefiram empregar o nivelamento por mangueira.
 
A figura a seguir demonstra como uma mangueira flexível é utilizada 
para o nivelamento de uma área do terreno somente demarcada por piquetes ou 
gabarito de obra.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
31
FIGURA 23 – NIVELAMENTO COM MANGUEIRA
FONTE: <https://construfacilrj.com.br/profissao-pedreiro-nocoes-basicas/>. Acesso em: 25 nov. 
2019.
Altura definidah
x
e
A
B
Terreno
Altura nivelada
Diferença das alturas
Ponto de partida
Ponto nivelado
h
x
e
A B
Linha de nivelamento
Mangueira
Água
Nível da água
O nivelamento com mangueira é a técnica mais barata para nivelar obras 
em pequenas áreas, sendo uma forma precisa e adaptável a qualquer terreno. É até mais 
empregada do que o nivelamento geométrico pela sua facilidade e precisão que não 
dependem de mão de obra especializada.
IMPORTANT
E
2.8.5 Nivelamento com nível a laser
Assim como existe levantamento topográfico para áreas externas de 
edificações, também existe esse tipo de trabalho para áreas internas às construções. 
Isso pode ocorrer para a identificação de recalques de edificações (no caso de 
identificação de diferenças de cotas) ou também para mapeamentos de detalhes 
em áreas internas.
 
Através de uma estação total é possível desenhar o modelo tridimensional 
de toda área interna de uma edificação, mas o uso desse equipamento para a 
finalidade de identificação de recalques torna-se improdutivo pelo fato dos dados 
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
32
necessitarem ser processados para a exibição dos valores, portanto, atualmente 
adota-se o nível a laser para fazer essa tarefa. Esse equipamento torna-se ideal 
para áreas internas porque seu uso em alta iluminação torna-se inviável, pois o 
operador não consegue observar a luz emitida pelo equipamento.
 
Com o nível a laser o operador segue a mesma metodologia de um nível 
geométrico, sendo necessário saber a altura na qual o equipamento está sendo 
instalado do chão para que possa ser comparado com o ponto desejado no local. 
A figura a seguir demonstra um exemplo de nível a laser linear GLL 2 da marca 
Bosch.
FIGURA 24 – NÍVEL A LASER
FONTE: <https://www.aecweb.com.br/prod/e/nivel-a-laser-linear-gll-2_9935_14320#gallery-2>. 
Acesso em: 25 nov. 2019.
Como pode ser percebido, além de ser possível a identificação de 
recalques em áreas internas também é possível a verificação do prumo devido à 
projeção também de um alinhamento vertical, sendo uma ótima ferramenta para 
conferência de obras.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
33
O nível a laser é uma ótima ferramenta para conferência de cotas e prumos 
e, dependendo da iluminação do dia, pode até ser empregado em áreas externas. O 
equipamento é leve e gera melhores resultados que diversas estações totais devido à 
facilidade de manuseio.
NOTA
2.8.6 Bússola
A bússola deixou de ser um equipamento imprescindívelpara a execução 
de um levantamento topográfico. A precisão fornecida por uma bússola é baixa, 
sendo possível distinguir pelo operador somente os graus e praticamente nada 
dos minutos e segundos. Além disso, ela é referenciada somente a partir do norte 
magnético que é variável através dos anos, portanto, muito inconstante.
 
Apesar de ser um equipamento pouco usado para o desenvolvimento 
de mapas topográficos atualmente, ela é uma boa opção para orientação em 
vegetação onde não existe intervisibilidade entre pontos lá locados. Um exemplo 
é encontrar vértices já materializados em vegetação de mata atlântica utilizando 
azimutes presentes em planta e direcionando a bússola para o ponto. Na 
sequência é demonstrada uma bússola geológica empregada também em serviços 
topográficos.
FIGURA 25 – BÚSSOLA GEOLÓGICA EMPREGADA EM SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS
FONTE: O autor
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
34
A bússola é um equipamento pouco utilizado atualmente, entretanto, através 
dela é possível obter direcionamentos de azimutes para alcançar locais previamente 
locados, mas sem intervisibilidade para a estação total.
NOTA
2.9 PLANILHAS DE CHECKLIST
Não menos importante está a organização do serviço a ser executado. 
Nesse item de checklist são apresentadas duas propostas de listagem de 
equipamentos e atividades a serem executados em campo. A razão da existência 
desses checklists, além do próprio gerenciamento, é a quantidade de tarefas e itens 
a serem considerados no trabalho, fazendo com que o técnico acabe esquecendo 
de ações importantes para o serviço.
• Checklist de equipamentos
QUADRO 1 – CHECKLIST DE EQUIPAMENTOS
FONTE: O autor
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
35
• Checklist de procedimentos
QUADRO 2 – CHECKLIST DE PROCEDIMENTOS
FONTE: O autor
Os quadros de checklists apresentados são aplicáveis a levantamentos com 
equipamentos GPS, mas estas podem ser alteradas para levantamentos a serem 
feitos com estação total ou até mesmo outros tipos. Esses checklists são muito 
importantes para serviços de longa duração nos quais o desgaste do operador 
e auxiliares é muito grande, fazendo com que passem despercebidas algumas 
etapas relevantes para conferência de qualidade.
A consulta às planilhas de checklist antes e durante o serviço topográfico são 
cruciais para a qualidade do resultado. Existem muitas equipamentos, acessórios e etapas 
de um levantamento topográfico, portanto, depender somente da mente num ambiente 
quente e hostil pode ser um “tiro no pé”.
IMPORTANT
E
3 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LEVANTAMENTO – 
ESTAÇÃO TOTAL
A estação total é o equipamento mais empregado na topografia quando 
o assunto é obra civil. Através da estação total é possível realizar mapeamentos 
planimétricos, planialtimétricos, locação de obras e cálculos de volume. O 
georreferenciamento, apesar de muito importante para a organização urbana e 
rural, não se faz necessário para controle de obras e locação de estacas, por isso para 
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
36
o uso da estação total o operador deve entender de geometria e também possuir 
organização nas atividades do trabalho, também sendo um bom arquivador de 
dados nos quais serão obtidas as informações do serviço a ser executado.
3.1 POLIGONAL FECHADA E DELIMITAÇÃO DE ÁREAS 
URBANAS
A poligonal fechada é uma das maneiras de ter controle dos erros, mas 
sem ter coordenadas conhecidas previamente ao levantamento de campo. Para 
isso o equipamento deve fazer leituras finais nos mesmos pontos de início do 
levantamento que, na teoria, deveriam ser iguais, mas na prática raramente 
acontecem.
 
Afinal, por que isso nunca acontece na prática? Isso ocorre devido a erros 
implícitos ao trabalho de campo, como erros do manuseio do equipamento pelo 
operador ou pela refração atmosférica. Todos os erros, grosseiros, sistemáticos 
ou acidentais são contabilizados nas coordenadas finais do levantamento de uma 
poligonal fechada.
 O emprego dessa técnica muitas vezes é necessário para 
mapeamentos de lotes urbanos. A seguir são apresentadas algumas características 
do uso desse método nessas situações:
 
• Não ter a necessidade de uma coordenada georreferenciada para cálculo de 
erro.
• Existem prefeituras que ainda aceitam levantamentos sem georreferenciamento, 
portanto, torna-se um serviço mais barato para execução porque não tem a 
necessidade de um GPS geodésico.
• A falta de espaço para manusear o equipamento é um problema em lotes 
urbanos, sendo necessário mover a estação total para fazer vários pontos de 
base.
• Quanto mais alterações de pontos de base, maior a precisão do operador no 
momento da instalação do tripé e leitura do prisma.
• Lotes urbanos costumam possuir pequenas áreas, portanto, a largura de muro 
pode influenciar bastante o resultado final. Converse com o cliente antes de 
realizar o serviço para identificar se o mapeamento deve ser feito por fora do 
muro ou por dentro. Existem casos em que o muro é feito em parceria com o 
vizinho, sendo necessário captar os pontos de vértices sobre as quinas.
DU MATO
Realce
DU MATO
Realce
DU MATO
Realce
DU MATO
Realce
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
37
3.2 POLIGONAÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DE PERFIL 
LONGITUDINAL RODOVIÁRIO
O perfil longitudinal é representado através de um plano cartesiano em que 
o eixo Y (ordenada) apresenta os valores de cota e o eixo X (abcissa) apresenta os 
valores de distância a partir da origem. É a partir desse perfil longitudinal que são 
traçados os eixos rodoviários e também cálculos de volume para terraplanagem.
 
É incomum empregar a poligonal fechada para fazer mapeamentos 
rodoviários e mapeamentos de grandes obras, portanto, para esses tipos de 
serviços são empregadas:
• Poligonais enquadradas: o uso desse tipo de poligonal para mapeamentos 
rodoviários resulta em maior produtividade porque o técnico e o equipamento 
não precisam voltar ao ponto inicial para calcular o erro relativo do levantamento. 
Além disso, são necessários dois pontos de coordenadas conhecidas no início e 
fim do levantamento, para que através destes seja possível a identificação dos 
erros lineares e angulares.
• Poligonais abertas: o emprego dessas poligonais para mapeamentos de longas 
distâncias não gera cálculos de erro, entretanto, dependendo do operador da 
estação total é possível realizar o trabalho. A acurácia e experiência do operador 
pode resultar nos mesmos erros existentes numa poligonal enquadrada, 
entretanto, esse valor não é passível de cálculo e apresentação, não resultando 
em garantias qualitativas para o produto.
O gráfico a seguir demonstra como é um perfil longitudinal de uma 
distância de 105 m.
GRÁFICO 1 – PERFIL LONGITUDINAL
FONTE: O autor
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
38
3.3 ESTAÇÃO LIVRE E CAPTAÇÃO DE DADOS PARA 
INTERPOLAÇÃO
O método da estação livre é o mais fácil para ser executado em campo. 
Através deste o operador só precisa instalar o equipamento, fornecer o ângulo de 
ré e iniciar o serviço captando pontos de irradiação para vértices ou elementos 
que deseja identificar em planta. Os itens a seguir são os passos para realizar essa 
atividade:
1) Demarcar ponto no solo no qual a estação total será sobreposta. Essa demarcação 
pode ser com chapas metálicas, tinta ou cola colorida.
2) Instalar o tripé preferencialmente com os pés equidistantes.
3) Colocar a estação total sobre a mesa do tripé.
4) Nivelar o equipamento através da bolha circular e a linear.
5) Verificar no prumo ótico ou laser se o ponto em solo coincide com o centro da 
estação total.
6) Caso o equipamento não fique centralizado com a demarcação em solo, solte o 
parafuso do tripé (abaixo da mesa) e mova o equipamento todo até o local da 
marcação em solo, controlando através do prumo.
a. Caso não seja possível mover a estação até o centro da marcação em solo 
mesmo desrosqueando o parafuso da mesa, refaça as etapas anteriores 
de instalação do tripé para que ele esteja mais centralizadoem relação ao 
demarcado.
7) Com o equipamento centralizado e no prumo, ligue-o e configure a obra. 
Configurar obra significa inserir os dados iniciais para que o equipamento 
fique orientado no plano cartesiano.
8) Insira as coordenadas de estação. No caso de as coordenadas serem arbitrárias, 
coloque valores altos para que não seja necessário trabalhar em escritório com 
valores negativos. Caso as coordenadas já sejam conhecidas e georreferenciadas, 
insira-as no mesmo local.
9) Insira as coordenadas de ré. Caso sejam conhecidas ou georreferenciadas, 
insira-as.
As etapas para a instalação do equipamento são um padrão para quase 
todos os métodos de poligonação. A estação livre é a mais simples e produtiva 
e, dessa forma, emprega-se mais tempo para a captação de dados de campo, 
adensando a malha triangular para geração de curvas de nível. Esse adensamento 
confere maior precisão no cálculo de volume e também na representação da 
drenagem, como demonstrado na seguinte figura:
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
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FIGURA 26 – CURVAS DE NÍVEL EM TRÊS DIMENSÕES
FONTE: O autor
3.4 DICAS DE LEVANTAMENTO COM ESTAÇÃO TOTAL
Após certa prática de trabalho, os profissionais geram um conhecimento 
extracurricular para os serviços de campo e escritório. Através desses conhecimentos 
os trabalhos são agilizados e eficientes, mas nem todos os conhecimentos práticos 
são repassados em aulas de graduação, por isso os subtópicos a seguir elencam 
algumas dicas para os levantamentos a serem feitos profissionalmente.
3.4.1 Inserindo coordenadas de ré
 Em todas as estações totais é necessária a inserção de coordenadas 
de estação, mas a coordenada de ré é algo que algumas conseguem inserir 
automaticamente (após indicar que será empregado um método com coordenadas 
arbitrárias) e outras precisam que essas coordenadas sejam indicadas manualmente 
(a maioria das estações totais são assim).
 
Para aquelas que precisam ser orientadas manualmente pelas coordenadas 
da ré, existe uma forma simplificada de fazer isso para não perder muito tempo 
em campo raciocinando sobre o plano cartesiano. Siga as seguintes etapas:
1) Forneça as coordenadas X: 1000 e Y: 1000 para o ponto de estação (ou base).
2) Após configurar esse ponto de estação, faça a leitura instantânea ao ponto de 
ré, para identificar a distância entre ele e o local do equipamento.
3) Acrescente essa distância para as coordenadas X ou Y.
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
40
A adição dessa distância para as coordenadas X ou Y representará que o 
alinhamento inicial (entre a estação e a ré) estará alinhado com a horizontal ou 
vertical, sendo necessário em escritório posteriormente rotacionar se assim for 
desejado.
3.4.2 Centragem do tripé
O tripé é um dos itens de maior dificuldade inicialmente para uso por 
alunos de graduação. Isso acontece justamente pela dificuldade de centragem 
dele no ponto indicado em solo, mas existe algo que pode ajudar nessa atividade. 
Para conseguir ter uma referência no momento de posicionar o tripé no solo, 
realize as seguintes etapas em campo:
1) Com o tripé fechado, abra-o sobre o ponto cravado ou demarcado em solo.
2) Posicione o parafuso de fixação do equipamento, presente na mesa do tripé, na 
área central.
3) Coloque a cabeça o mais perpendicular possível sobre a mesa e mire, de forma 
grosseira, para o ponto demarcado em solo.
4) Rotacione o tripé de forma que dois pés toquem o solo quase simultaneamente.
5) Após posicionar dois pés no solo, baixe o terceiro, afrouxando a borboleta.
6) Crave bem os pés no solo e coloque o equipamento sobre a mesa.
7) Com o prumo, faça a centragem.
Através dessas dicas a possibilidade de não precisar refazer essas etapas 
de instalação do tripé são muito maiores que a olho nu, evitando retrabalhos.
3.4.3 Estabilização do tripé e altura da base
Quando realizada a instalação do tripé para a estação total, duas coisas 
são esquecidas: a altura do equipamento em relação ao operador e a estabilização 
do tripé. É possível que estes dois não pareçam ser importantes, mas são 
responsáveis por qualidade e agilidade no trabalho por fornecer maior conforto 
para o operador digitar e ler rapidamente as informações.
 
No momento da instalação do tripé já foi citado que é desejável que as 
pernas formem um triângulo equilátero, entretanto, para maior estabilidade 
é necessário abrir mais as pernas. Essa estabilização é necessária para que o 
operador consiga teclar facilmente o painel alfanumérico e o equipamento não 
saia do prumo.
 
Para a altura do equipamento deve-se colocar a mesa na altura dos ombros 
para que depois da instalação do equipamento a luneta fique na altura dos olhos. 
Isso deve ocorrer para que o operador não precise ficar na ponta dos pés ou 
abaixado para realizar leituras de pontos. Isso conferirá maior produtividade em 
campo e evitará dores indesejadas nas costas.
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
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4 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LEVANTAMENTO – GPS
Os métodos de levantamento de GPS já foram demonstrados no livro 
Fundamentos de Topografia. Os métodos mais empregados são:
• Método estático: com esse método o equipamento pode ser de frequência L1 ou 
dupla frequência (L1 e L2 simultâneos), mas de qualquer forma, o equipamento 
mantém-se estático durante um período para a aquisição de precisão através 
da captação de dados de satélites. 
O quadro a seguir demonstra a precisão esperada através desse método 
de levantamento.
QUADRO 3 – PRECISÃO ESPERADA PARA LEVANTAMENTO COM O MÉTODO ESTÁTICO
FONTE: IBGE (2017, p. 16)
Nesse levantamento a produtividade é baixa quando comparada a outros 
métodos, entretanto, ainda é bem utilizado devido ao preço do equipamento e 
à finalidade dos serviços. Quando é mais adequado o mapeamento com estação 
total devido à dificuldade de captação de sinais de satélite ou acesso às áreas, o 
método estático é empregado para georreferenciamento de coordenadas de início 
e fim de poligonal.
• Estático rápido: através desse método é uma variação do estático. Com ele a 
leitura é mais rápida do que a empregada no método citado anteriormente, 
entretanto, a precisão alcançada não é tão alta. É um método suficientemente 
empregado em mapeamentos cadastrais que não requisitam acurácia, se 
preocupando mais com a produtividade.
• Stop and Go: nesse método são necessários dois equipamentos GPS para que 
um sirva como controle horizontal e vertical para o que estará mapeamento de 
maneira dinâmica o terreno. Esse método, de acordo com o INCRA (2013), é 
uma forma intermediária entre o estático rápido e o método cinemático, sendo 
muitas vezes confundido com este último citado.
• Real Time Kinematic (RTK): o método RTK é o mais preciso e rápido 
atualmente. O significado de cinemático em tempo real traduz sua atividade 
em campo porque no mesmo tempo em que o levantamento é realizado a sua 
precisão já pode ser adquirida através da controladora.
UNIDADE 1 | RELEMBRANDO CONCEITOS DE TOPOGRAFIA
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Os métodos mais empregados são estes citados e são variações do método 
estático e cinemático, portanto, agora serão abordados itens para realização de 
atividades em campo.
4.1 CAPTAÇÃO DE DADOS COM GPS PÓS-
PROCESSADO
Para os serviços, atualmente, que requisitam produtividade, especialmente 
em serviços de engenharia civil é comum esse equipamento ser empregado 
somente para captação de início e fim de poligonal, como já citado anteriormente. 
A seguir são demonstrados quais são os botões que precisarão ser empregados no 
uso do equipamento em campo.
FIGURA 27 – FUNÇÕES DE BOTÕES DO GPS DA MARCA TOPCON PARA 
LEVANTAMENTO DE CAMPO
FONTE: O autor
TÓPICO 1 | LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
43
A Figura 27 é referente ao equipamento da marca Topcon, entretanto, as 
funções dos botões podem ser encontradas em outras marcas com disposição 
diferente. Para esse equipamento, os botões destacados através de números na 
imagem realizam as seguintes funções:
1. Rosca da antena: não ligue o equipamento sem a antena

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