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Educação Formal e Caráter Reprodutivista

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FACULDADE UNINA
CURSO LETRAS/LIBRAS 
DIDÁTICA – EDUCAÇÃO FORMAL COM CARÁTER REPODUTIVISTA
CURITIBA
2021
GABRIEL RODRIGUES
DIDÁTICA – EDUCAÇÃO FORMAL COM CARÁTER REPODUTIVISTA
Atividade apresentada à disciplina de Didática, do Curso de Letras/libras daFaculdade Unina
 ProfªSupervisor: Jezuina Kohls Schwanz
	
	
CURITIBA
2021
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda o tema educação formal e seu caráter reprodutivista, tendo como objetivo discorrer sobre as principais características da educação formal e também do modelo reprodutivista de ensino que são é profundamnete ligados um ao outro, também serão realizadas reflexões sobre o tema em relação a contextos mais atuais que podem ser observados em instituições de ensino contemporâneas. 
Trilla-Bernet (2003) associa a educação formal ao ensino regular, e Gohn (2006) define a educação formal como “aquela que é desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados...”. A educação formal possui objetivos claros e específicos sendo representada principalmente pelas escolas e universidades. Ela depende de diretrizes educacionais centralizadas, como o currículo, que possuem estruturas hierárquicas e burocráticas, determinadas em nível nacional, com órgãos fiscalizadores dos ministérios da educação, têm um caráter metódico e organiza-se por idades/níveis de conhecimento. Nela o resultado esperado é a aprendizagem efetiva, certificação e atribuição de diplomas que capacitam os indivíduos a seguir para níveis e graus mais avançados.
DESENVOLVIMENTO
A Educação formal é a educação que é desenvolvida na escola, contando com espaços, objetivos, cronogramas e planejamentos pré-determinados, ou seja, é a educação que ocorre entre quatro paredes, que aprendida dentro da sala de aula, sendo transmitida por profissionais competentes e com objetivos claros. O agente de construção do saber na Educação formal é o Professor.
É de conhecimento geral que a educação formal possui um caráter reprodutivista, ou seja, se trata de uma visão que, em linhas gerais, constata que a função própria assumida pela educação seja a de reproduzir a sociedade da qual ela faz parte, fazendo parte do papel conservador da escola, o que reflete uma característica da espécie humana, conservar o que já existe, porém também através da capacidade de pensar, analisar e compreender a realidade o ser humano se torna capaz de interferir e transformar essa mesma realidade.
Dermeval Saviani denominou as teorias “crítico-reprodutivista” e explica o motivo dessa definição apontando que:
[...] são críticas, uma vez que postulam não ser possível compreender a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais. Há, pois, nessas teorias uma cabal percepção da dependência da educação em relação à sociedade. Entretanto, como na análise que desenvolvem chegam invariavelmente à conclusão de que a função própria da educação consiste na reprodução da sociedade em que ela se insere, bem merecem a denominação de ‘teorias crítico-reprodutivistas’ (SAVIANI, 2018, p. 13).
 Saviani também afirma que “tais teorias contam com um razoável número de representantes e manifestam-se em diferentes versões” (SAVIANI, 2018, p. 13). O autor ressalta as diferentes manifestações presentes no âmbito do grupo de teóricos que, segundo ele, participam dessa perspectiva.
A educação formal foi estabelecida em espaços também considerados formais, que se moldaram a partir das necessidades dos indivíduos inseridos nesses espaços. Já a escola formal é uma instituição de caráter social que foi instaurada com a finalidade de transmitir o legado cultural da humanidade (UFPB, 2016) através de uma metodologia reprodutivista, com um enfoque tradicional dirigido a uma pequena minoria, caracterizando assim a educação como um processo individual de desenvolvimento. Essa visão vem a ser transformada ao fim do século XX, quando a educação também passa a ser vista como algo socialmente construído (GADOTTI, 2000; RAUBER, 2008).
Almeida (2004) apresenta a visão de que ainda existe uma pressão quando se trata de atender as demandas de reproduzir, manter e reforçar privilégios para alguns em detrimento da maioria, o que é perceptível em reformas e programas oficiais por conta das mudanças ocorridas nas concepções de homem, educação, ensino e sociedade, mudanças que trazem um novo modelo que exige que os indivíduos busquem atender as demandas da maioria, ampliando assim os direitos de todos. Tudo isso ocorreu por conta da predominância insurgente do capitalismo, que fez com que a educação formal alterasse seu foco para atender as necessidades desse sistema, o que ampliou a caracterização da educação como um direito de todos e responsabilidade do estado. A partir disso nasceu à compreensão de tanto a instituição de ensino quanto os docentes devem oferecer uma prática com o intuito de ultrapassar a simples transmissão de conteúdo fazendo surgir assim um ensino atraente, voltado para uma real transformação dessa prática. 
Através da expansão do capitalismo pode-se perceber como o ensino formal envolve gastos com estrutura e material o que faz com que somente os ricos tivessem acesso ao saber, e a partir disso se observa a necessidade de fazer com que o ensino se torne mais barato e, por consequência, acessível também aos mais pobres (ALVES, 2006, p. 76). Então é organizado um manual que reúne o conhecimento humano, porém, de modo adequado ao modelo de educação que ele estava propondo.
 Surgia um novo instrumento de trabalho do professor: o manual didático. [...] O manual didático surgiu com pretensão de substanciar uma síntese dos conhecimentos humanos de uma forma mais adequada ao desenvolvimento e à assimilação da criança e do jovem. Especializou-se, também, em função dos níveis de escolarização e das áreas de conhecimento, multiplicando-se da mesma forma que os instrumentos de trabalho, dentro da oficina, que, por força da divisão do trabalho, ganharam as configurações mais adequadas às operações que realizavam. [...]. Ao realizar certo grau de simplificação e de objetivação do trabalho didático, o manual possibilitou a queda dos custos da 30 instrução pública. Com isso atendeu a um pré-requisito necessário à universalização do ensino. (ALVES, 2006, p. 76-77).
Já em um contexto mais atual a educação já superou o caráter reprodutivista, a aprendizagem não é mais vista como uma transferência, mas sim como uma mediação entre o educando e o conhecimento, significando uma atitude e um comportamento do docente de se colocar como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, valendo ressaltar que o docente não é mais tido como o detentor desse conhecimento. Na atualidade há muitas instituições de ensino que são voltadas a minorias e tem como base o modelo construtivista, que buscam formar cidadãos pensantes, críticos e reflexivos, no sentido de lutarem por uma sociedade mais democrática. Porém em muitos locais no território brasileiro ainda existem escolas que seguem modelos reprodutivistas, sobretudo em instituições conservadoras, como escolas religiosas ou militares.
	
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M. D. de (Organizadora). Currículo como artefato social. 2. Edição. Natal: EDUFRN, 2004
ALVES, Gilberto Luiz. A produção da escola pública contemporânea. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.
GADOTTI, M. Perspectivas Atuais da Educação. Disponível em:
Gohn, M.G. (2006). Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação das políticas públicas de educação, 14 (50), 27-38. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n50/30405.pdf
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 2018.
Trilla-Bernet. (2003). La educación fuera de la escuela. Âmbitos no formales y educación social. Barcelona: Ariel.
UFPB (Universidade Federal da Paraíba). Didática. Disponível em: Microsoft Word - 5 - Didatica.docx (ufpb.br)

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