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PM-SP POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO PM-SP POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO E X P E D I E N T E Diretora editorial Juliana Pivotto Assessoria editorial Mari de Barros Assistente editorial Leandro Sales Revisão Equipe de Revisão Nova Concursos Projeto gráfico Equipe Nova Concursos Diagramação Equipe de Diagramação Nova Concursos Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 PM-SP : Polícia Militar de São Paulo / [Carlos Alexandre Qui- queto]...[et al]. -- São Paulo : Nova Concursos, 2019. 230 p. (Livro de Questões) ISBN 978-65-80143-14-6 1. Serviço público - Brasil – Concursos 2. Concursos - Proble- mas, questões, exercícios 3. Polícia Militar do Estado de São Paulo - Concursos I. Quiqueto, Carlos Alexandre CDU 35.08(079.1) 18-0295 Índices para catálogo sistemático: 1. Serviço público - Brasil - Concursos © 2019 - Todos os direitos reservados à Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, especialmen- te gráfico, fotográfico, fonográfico, videográfico, internet. Essas proibições aplicam-se também às características de editoração da obra. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 102, 103, parágrafo único, 104, 105, 106 e 107, incisos I, II e III, da Lei nº 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais). QT021-A-19-PM-SP Este livro da Coleção Questões Comentadas é mais uma ferramenta elabora- da pela Editora Nova, que vai ajudar você a conquistar seus principais objetivos no âmbito dos concursos públicos. Está organizado por matérias, e cada maté- ria dividida em tópicos, exigidos no edital do cargo do concurso em questão. Também propusemos o comentário de todas as alternativas das questões de múltipla escolha. Os autores de nossas obras têm larga experiência na área do concurso públi- co, sendo muitos deles também responsáveis pelas aulas que você encontra em nossos Cursos Online. A teoria ensinada em nossos Cursos junto com o livro de questões comentadas, tornam-se uma importante ferramenta de aprendizagem e estudo. O gabarito oficial das questões está de acordo com a lei vigente à época do concurso. Em alguns comentários, o autor, em respeito à atualização ocorrida na lei, propôs um comentário atualizado e diferente do gabarito oficial. Isto per- mite ao leitor entender a mudança por meio da resposta contextualizada sem a alteração do gabarito oficial em respeito à organizadora da prova do concurso. Caro aluno, antes da prova, revise o comentário das questões deste livro. A meta é estudar até passar! Muito obrigado. Editores da Nova Concursos APRESENTAÇÃO DA OBRA Língua Portuguesa .............................................................................................................................9 Matemática ......................................................................................................................................135 Noções Básicas de Informática ................................................................................................167 Noções Básicas de Administração Pública .......................................................................... 183 História Geral e História do Brasil ...........................................................................................195 Geografia Geral ..............................................................................................................................209 Geografia do Brasil .......................................................................................................................217 Atualidades ......................................................................................................................................223 SUMÁRIO Sobre a Autora Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Professora. Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista – Unesp. LÍNGUA PORTUGUESA LÍ N G UA P O RT U G U ES A 11 INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 1. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Estudos divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, só no ano de 2010, 50 milhões de pessoas no mundo sobreviveram a acidentes de trânsito com algum traumatismo ou ferida. Se nada for feito, a estimativa é de que teremos 1,9 milhão de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030. Disponível em: <www.sbotrj.com.br>. (Adaptado.) O texto estabelece uma relação entre a) traumatismo ou ferida e seus tratamentos. b) acidentes de trânsito e suas causas. c) mortes no trânsito e suas repercussões. d) mortes no trânsito e suas formas de prevenção. e) acidentes de trânsito e suas consequências. 2. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Disponível em: <www.sbotrj.com.br>. O cartaz chama atenção para o fato de que a) enviar mensagens pelo celular enquanto se dirige pode provocar acidentes. b) é importante que os pais estejam informados sobre o paradeiro dos filhos. c) os traumatismos mais graves são resultado de acidentes de trânsito. d) dirigir após usar o celular é um comportamento perigoso, que deve ser evi- tado. e) os jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 12 3. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) O modo verbal em “não digite” expressa um conselho, assim como ocorre com a expressão destacada em: a) Como não haverá expediente bancário na sexta-feira, o boleto poderá ser pago na segunda-feira. b) O morador não autorizou a entrada do técnico para a medição do consumo de gás no imóvel. c) Atenção: não se esqueçam de usar o cinto de segurança também no banco de trás do automóvel. d) Pesquisadores canadenses descobriram que o macarrão não induz o ganho de peso. e) Os candidatos que não apresentarem um documento com foto não pode- rão realizar a prova. 4. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou as redes sociais do celular A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora do nosso caminho.” Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir’ nos primórdios do Facebook, há mais de dez anos. Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplica- tivos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line. Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”. Ricardo Senra. Disponível em: <www.bbc.com>. (Adaptado.) Justin Rosenstein apagou as redes sociais do celular porque elas a) geravam discussões pouco edificantes que incitavam a intolerância. b) demandavam que ele passasse tempo excessivo envolvido no trabalho. c) faziam com que ele se distanciasse das interações na vida não virtual. d) exigiam que ele dedicasse muita atenção à resolução de equações. e) impulsionaram os negócios e exigiram computadores mais sofisticados. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 13 5. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Bill Watterson. O melhor de Calvin. Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br>. Acesso em 31 mar. 2018. Na fala do último quadrinho, o garoto a) revela-se entediado diante da falta de opções de diversão. b) contraria a afirmaçãode que sábado é o melhor dia da semana. c) mostra-se confuso diante da grande variedade de atividades. d) reforça a ideia de que se lançará a diversas distrações. e) reduz as oportunidades de diversão a uma única. 6. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Geovani Martins: como a favela me fez escritor Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança. Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a músi- ca, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 14 A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encon- tra seus públicos por becos e vielas. Geovani Martins. Disponível em: <https://epoca.globo.com>. Acesso em 06 mar. 2018. (Adaptado.) Geovani Martins conta que seu livro é resultado de a) sua vivência pessoal em diferentes favelas. b) uma imaginação sem paralelo com a realidade. c) histórias que leu quando ainda era criança. d) uma reescrita de livros de autores eruditos. e) leituras de estudos realizados por intelectuais. 7. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Para o autor, con- sumir a) é um benefício pouco acessível a moradores de favelas. b) significa produzir itens que classifica como supérfluos. c) restringe-se a adquirir produtos produzidos por multinacionais. d) envolve comprar produtos industrializados e apreciar arte. e) equivale a rejeitar a influência da cultura estrangeira. 8. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Uma das caracterís- ticas das favelas para a qual o autor chama a atenção é a a) precariedade do saneamento. b) desigualdade econômica. c) ausência de segurança. d) diversidade cultural. e) falta de opções de lazer. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 9. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Assinale a alternativa em que a concordância das palavras está de acordo com a norma-padrão. a) As mortes causadas por acidentes são muito preocupante. b) Acidentes de trânsito deixam um grande número de feridos. c) São essenciais que os motoristas dirijam com mais cautela. d) Foi estabelecido uma estimativa quanto ao número de acidentados. e) Poderão haver muitos mais vítimas de trânsito se nada for feito. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 15 CRASE 10. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Assinale a alternati- va em que o sinal indicativo de crase está empregado corretamente. a) O garoto gosta de assistir à desenhos animados. b) O garoto prefere desenhos animados à filmes ou jogos. c) O garoto passou o sábado assistindo à televisão. d) O garoto perguntou à seu amigo se ele queria ver TV. e) O garoto prefere ver desenhos à brincar na rua. COESÃO E COERÊNCIA 11. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Estudos divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, só no ano de 2010, 50 milhões de pessoas no mundo sobreviveram a acidentes de trânsito com algum traumatismo ou ferida. Se nada for feito, a estimativa é de que teremos 1,9 milhão de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030. Disponível em: www.sbotrj.com.br. (Adaptado.) A expressão “Se nada for feito” pode ser substituída, sem alteração de sentido e conforme a norma-padrão da língua, por a) Apesar de nada ser feito. b) Pois que nada foi feito. c) Portanto nada fosse feito. d) Caso nada seja feito. e) Segundo nada seria feito. SIGNIFICADO DAS PALAVRAS 12. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Geovani Martins: como a favela me fez escritor Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança. Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a músi- ca, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 16 A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encon- tra seus públicos por becos e vielas. Geovani Martins. Disponível em: <https://epoca.globo.com>. 06 mar. 2018. (Adaptado.) Uma expressão empregada com sentido figurado está destacada em negrito na alternativa: a) ... os filmes e as séries de sucesso mundial. (3.º parágrafo) b) ... cultura pop que faz a cabeça dos jovens... (3.º parágrafo) c) ... encontra seus públicos por becos e vielas. (3.º parágrafo) d) Destaco esses lugares... (1.º parágrafo) e) ... meu primeiro livro, publicado em março de 2018... (1.º parágrafo) COLOCAÇÃO PRONOMINAL 13. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou as redes sociais do celular A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora do nosso caminho.” Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir’ nos primórdios do Facebook, há mais de dez anos. Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line. Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”. Ricardo Senra. Disponível em: www.bbc.com. (Adaptado.) A palavra “Interrogado”, destacada ao início do último parágrafo, pode ser subs- tituída, no que se refere à norma-padrão, por a) Ao questionarem-o. b) Ao perguntarem-lhes. c) Ao os perguntarem. d) Ao questionarem-nos. e) Ao lhe perguntarem. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 17 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 14. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Leia a charge: Disponível em: <www.acharge.com.br>. Sobre a linguagem empregada em – Passa por cima que eu tô com pressa! – é correto afirmar que exemplifica a variedade a) padrão da língua em umafrase em que a ideia de “educação” está confirmada. b) padrão da língua em uma frase que condena o que seja “falta de educação”. c) caipira da língua em uma frase em que a ideia de “educação” se faz presente. d) coloquial da língua em uma frase que exemplifica o que seja “falta de edu- cação”. e) popular da língua em uma frase com termos obscenos que negam a ideia de “educação”. 15. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) Acerca da linguagem empregada em Vidas secas, é possível perceber a ocorrência a) de muitas variantes linguísticas, para criar personagens sem uma identidade específica. b) de uma variante popular da língua portuguesa restrita a situações de comi- cidade. c) do português culto ao longo do texto, sem haver traços de variantes popu- lares. d) de uma variante popular, perceptível na recorrência de erros de concordância. e) da mescla entre o português culto e uma variante popular, típica do nordes- te brasileiro. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 18 ORTOGRAFIA 16. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR - VUNESP – 2010) __________ moro fora do Brasil. Sou baiana e, cada vez que volto a Salvador, fico chocada, constrangida e enojada com essa prática _________ e, _________ não dizer, machista dos meus conterrâneos – não se veem mulheres fazendo xixi na rua. Mas, antes de prender os___________, tente encontrar um banheiro público em Salvador. Se encontrar, tente entrar – normalmente estão trancados –, e tente então não passar __________. Vamos copiar a Europa na proibição, mas também na infraestrutura. Seção Leitor. Veja. 14 jul. 2010. (Adaptado.) Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com: a) A dez anos … sub-desenvolvida … por quê … cidadões … mau b) Há dez anos … subdesenvolvida … por que … cidadãos … mal c) Fazem dez anos que … subdesenvolvida … porque … cidadões … mau d) São dez anos que … sub desenvolvida … porquê … cidadãos … mal e) Faz dez anos que … sub-desenvolvida … porque … cidadães … mau 17. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Leia a tira de Hagar, por Chris Browne, e assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, em conformidade com as regras de ortografia. Folha de S. Paulo. Disponível em: <http://zip.net/bdmBgf>. 08 fev. 2014. a) porque ... por que ... porque ... atraz b) por que ... por quê ... por que ... atraz c) por que ... por que ... porque ... atráz d) porque ... porquê ... por que ... atrás e) por que ... por quê ... porque ... atrás LÍ N G UA P O RT U G U ES A 19 SIGNIFICADO DAS PALAVRAS 18. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Leia o texto e analise as afirmações: Comida de boa qualidade na lata do lixo. Gente com fome e sem ter o que co- mer. Duas realidades tão próximas que sempre tiraram o sono da economista Luciana Chinaglia Quintão. Em 1999, ela decidiu botar a mão na massa e agir. Com fome de resultados, criou a ONG Banco de Alimentos, em São Paulo. A tarefa parecia simples, mas tinha proporções enormes: retirar os alimentos de onde sobram e entregar onde faltam. No começo, só mercados de frutas e verduras aposta- ram em doar para a moça sonhadora. Movida pela solidariedade, de porta em porta, ela visitou 400 empresas de alimentos industrializados e não recebeu nenhuma ajuda. Foi só uma questão de tempo e perseverança. [...] Hoje o Banco de Alimentos trans- porta pelas ruas congestionadas de São Paulo cerca de 44 toneladas de comida por mês. Disponível em: <www.almanaqueabril.com.br>. Jan. 2010. I – Considerando os sentidos estabelecidos no texto, um título adequado a ele e em conformidade com a norma padrão no que diz respeito aos aspectos de regên- cia é: Banco de Alimentos busca onde sobra e leva aonde falta. II – O texto está organizado na sequenciação, ou seja, marca-se pela temporalida- de, o que significa que ele é predominantemente narrativo. III – Nas expressões – Gente com fome... e Com fome de resultados... – o termo fome apresenta o mesmo sentido. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 19. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VU- NESP – 2010) Analise a charge: Disponível em: <www.arionaurocartuns.com.br>. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 20 A palavra só, presente na fala do personagem, tem o mesmo sentido em: a) Só vence quem concorre. b) Mariana veio só, infelizmente. c) Pedro estava só, quando cheguei. d) A mulher, por estar só, sentiu-se amedrontada. e) O marujo, só, resolveu passear pela praia. 20. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Meu desejo Meu desejo? era ser a luva branca Que essa tua gentil mãozinha aperta, A camélia que murcha no teu seio, O anjo que por te ver do céu deserta... Meu desejo? era ser o sapatinho Que teu mimoso pé no baile encerra... A esperança que sonhas no futuro, As saudades que tens aqui na terra... Meu desejo? era ser o cortinado Que não conta os mistérios de teu leito, Era de teu colar de negra seda Ser a cruz com que dormes sobre o peito. Meu desejo? era ser o teu espelho Que mais bela te vê quando deslaças Do baile as roupas de escumilha e flores E mira-te amoroso as nuas graças! Meu desejo? era ser desse teu leito De cambraia o lençol, o travesseiro Com que velas o seio, onde repousas, Solto o cabelo, o rosto feiticeiro... Meu desejo? era ser a voz da terra Que da estrela do céu ouvisse amor! Ser o amante que sonhas, que desejas Nas cismas encantadas de langor! Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000021.pdf>. Considerando o contexto, é correto afirmar que o uso do diminutivo em sapati- nho (quinto verso) contribui para que o eu lírico se refira a esse objeto com a) menosprezo. b) apatia. c) sarcasmo. d) ternura. e) pena. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 21 21. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia a tira. Folha de S. Paulo. 13 set. 2013. No plano da linguagem verbal, o efeito de humor da charge decorre do emprego com duplo sentido da palavra. a) Amor. b) você. c) parar. d) impulso. 22. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Dois velhinhos Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo. Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia olhar lá fora. Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo ne- gro, as moscas no fio de luz. Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrado, anunciava o primeiro: — Um cachorro ergue a perninha no poste. Mais tarde: — Uma menina de vestido branco pulando corda. Ou ainda: — Agora é um enterro de luxo. Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O mais velho acabou morren- do, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela. Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava tudo. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 22 Cochilou um instante — era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pes- coço: entre os muros em ruína, ali no beco, um monte de lixo. Dalton Trevisan. Mistérios de Curitiba, 1979. Conforme o sentido da história, no título do texto, o diminutivo presente na pa- lavra velhinhos expressa ideia de a) ironia. b) reverência. c) fragilidade. d) depreciação. 23. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Observe as passagens do texto: – … esquecidos numa cela de asilo. – Bem desconfiava que o outro não revelava tudo. No contexto em que estão empregados, os termos cela e revelava significam, respectivamente, a) cômodo e denunciava. b) quarto e divulgava. c) prisão e comentava. d) aposento e delatava. 24. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP– 2014) Na oração – … foi mencionado como um transtorno em ascensão… –, o termo em destaque é antônimo de a) elevação. b) declínio. c) equilíbrio. d) fortalecimento. 25. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia o poema de João Cabral de Melo Neto. Direito à morte Viver é poder ter consigo certo passaporte no bolso que dá direito a sair dela, com bala ou veneno moroso. Ele faz legal o que quer sem policiais e sem lamentos: fechar a vida como porta contra um fulano ou contra o vento; LÍ N G UA P O RT U G U ES A 23 fazer, num dia que foi posto na mesa em toalha de linho, fazer de seu vivo esse morto, de um golpe, ou gole, do mais limpo. No contexto em que está empregado, o termo certo (2.º verso) significa a) preciso. b) algum. c) correto. d) autêntico. 26. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) O Dedo Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra, en- feixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó, revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz intu- mescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um simples fruto do mar. Mas havia o anel. A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o que é isso? ... Explosão de espuma e sal. Sal. Lygia Fagundes Telles. Um coração ardente. Nas passagens – ... quando notei o pequeno feixe de fibras emergindo na areia ba- nhada pela espuma. –, – ... enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. – e – Com a ponta do cipó, revolvi a areia. –, os termos em destaque são sinônimos, respectivamente, de a) subindo … desfeitas … remexi b) escondendo-se … dissolvidas … ajeitei c) submergindo … decompostas … espalhei d) vindo à tona … amarradas … baguncei LÍ N G UA P O RT U G U ES A 24 27. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Há termos empregados em linguagem figurada na seguinte frase reescrita do texto: a) Vi que não era algodão: a vértebra meio descarnada seria a coluna vertebral de um grande peixe? b) Agora que a água havia se retraído, eu via um aro de ouro em torno da vértebra que encontrara na praia. c) Naquele estado, o fragmento do dedo trabalhado pela água era agora um simples fruto do mar. d) Unha pintada de vermelho, cujo esmalte descascava, fidelidade do acessó- rio ao principal até na desintegração. 28. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) O “Anuário Brasileiro de Segurança Pública” detalhou pela primeira vez os crimes que resultam em mortes nas capitais. O panorama é sombrio: 15 932 vítimas em 2014, quase dois óbitos por hora nas principais cidades do país. No levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização privada que congrega especialistas na área), não se observa _________ com relação ao ano anterior. Em 2013, ___________ sido 15 804 mortos por violência intencional nas capi- tais, acréscimo de mero 0,8%. Tal evolução acompanha de perto o crescimento populacional, o que manteve __________ a taxa de 33 por grupo de 100 mil habitantes. Quando se consideram as cifras de cada capital, por outro lado, ___________ algumas evidências chocantes. Folha de S. Paulo. 03 out. 2015. (Adaptado.) Nas passagens – O panorama é sombrio... (1.º parágrafo) – e – ...15 804 mortos por violência intencional nas capitais... (2.º parágrafo) –, os termos em destaque têm como antônimos, respectivamente: a) auspicioso … deliberado b) desconsolador … impremeditado c) animador … involuntário d) infeliz … proposital 29. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Máscara de Dados A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas, só para des- cobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais. Enquanto isso, o celular de uma jornalista é examinado pela segurança aeroportuária. Mas quando as auto- ridades verificam o que consta nele, descobrem que ela havia passado todo o seu tempo na praia. O narcotraficante e a jornalista são liberados. Minutos mais tarde, os nomes, números e dados de GPS que a polícia estava procurando reaparecem. Uma nova técnica de programação poderia tornar esses cenários reais. O cientista de computação Karl-Johan Karlsson reprogramou um telefone para mentir. Ao mo- dificar o sistema operacional de um smartphone baseado em Android, ele foi capaz de colocar dados falsos nele – números inocentes, por exemplo – para que os dados LÍ N G UA P O RT U G U ES A 25 reais escapassem a exames forenses. Ele apresentou sua adulteração em janeiro na Conferência Internacional sobre Ciências de Sistemas, no Havaí. Karlsson testou sua alteração em duas ferramentas forenses normalmente usadas por departamentos de polícia. As duas podem recuperar registros de chamadas, dados de localização e até se- nhas. Quando executou seu sistema, as ferramentas registraram a informação falsa que ele havia programado no celular e não detectaram os conteúdos reais. Embora sua alteração tenha sido bem-sucedida, Karlsson garante que ela não obstruirá uma análise sofisticada pelo FBI ou pela NSA (Agência de Segurança Na- cional americana). Ainda assim, uma modificação dessas poderia dificultar o julga- mento de alguns casos criminais. Um telefone que conta duas histórias complica as coisas. Scientific American Brasil. Jul. 2014. Analise os trechos: – A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas... (1.º §) – ... Karlsson garante que ela não obstruirá uma análise sofisticada pelo FBI ou pela NSA... (4.º §) Os termos em destaque são sinônimos, respectivamente, de a) subtrai e desatravancará. b) guarda e proibirá. c) apreende e impedirá. d) destrói e consentirá. 30. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Iden- tifica-se palavra empregada em sentido figurado na seguinte passagem do texto: a) ... só para descobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais. b) ... descobrem que ela havia passado todo o seu tempo na praia. c) As duas podem recuperar registros de chamadas, dados de localização e até senhas. d) Um telefone que conta duas histórias complica as coisas. 31. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Leia o texto de Drauzio Varella: Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi reali- zada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam. Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prá- tica do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente. Por força da necessi- dade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 26 Mal o avião levanta voo, puxo a mesinhae abro o computador. Estou nas nuvens, às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails atrasados. Minha carreira de escritor começou com “Estação Carandiru”, publicado quando eu tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros. A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que livro valeria a pena ser escrito? A resposta encontrei em “On Writing”, livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante, He- mingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas: escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que nunca foram contadas. De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar per- sonagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca de Capitu. Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo. Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz alegria. Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que vai e volta por vários dias. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. 13 mai. 2017. (Adaptado.) A palavra destacada em – Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz alegria. (10.º parágrafo) – é empregada com o sentido de a) intrínsecos. b) inadequados. c) alheios. d) diversos. e) acrescidos. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 27 32. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Verifica-se o empre- go de palavras com sentido figurado em: a) Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas... (3.º parágrafo) b) ... aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o computador. (3.º parágrafo) c) Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. (10.º parágrafo) d) Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda. (10.º parágrafo) e) Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática do ofício. (2.º parágrafo) INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 33. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mu- dança. Retardara-se e repreendera os meninos, que se adiantavam, aconselhara-os a poupar forças. A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem pare- cia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era o que Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o chiqueiro e o curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom companhei- ro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a cama de varas. E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria ne- cessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no caminho coberto de seixos. Graciliano Ramos. Vidas Secas. Levando-se em conta o teor da obra de que o trecho foi retirado, é correto afir- mar que a viagem de Fabiano e sua família a) decorre da necessidade de busca por um lugar melhor para se viver, já que a seca estava destruindo tudo. b) mostra-se sem justificativa concreta, já que a família estava bem instalada naquele local. c) expressa a necessidade de mudança contínua do povo nordestino, mesmo que a seca não o esteja atingindo. d) acontece pela reocupação das terras pelos antigos donos, agora não mais temerosos da seca e da falta de água. e) revela a submissão de Fabiano às vontades da mulher, mesmo que tenha de fazer algo contrariado. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 28 34. (APMBB-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Leia os versos de João Cabral de Melo Neto. Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar algum roçado da cinza. É correto afirmar que os versos do poeta pernambucano a) mostram o sertanejo amargo e sem preocupação com a família e com o meio em que vive, o que o torna melancólico e amedrontado pela ordem imposta: Seria necessário largar tudo? b) abordam tema diferente da obra de Graciliano, enfocando os aspectos po- sitivos da vida no sertão, ao contrário do que se vê na passagem: As alper- catas chiavam de novo no caminho coberto de seixos. c) tratam também do tema da seca, mas com uma concepção de sertão dife- rente de Graciliano, pois este não vê solução para o problema vivido com a seca: Podia continuar a viver num cemitério? d) definem o sertanejo vitimado pela seca da mesma forma que Graciliano, ou seja, como um homem que não acredita poder mudar de vida: E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. e) abordam o mesmo tema da obra de Graciliano, tendo inclusive relação di- reta com o trecho transcrito, como se vê pela passagem: Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. 35. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Cidades médias ricas e excludentes Nas últimas décadas, além da consolidação das áreas metropolitanas, a geografia brasileira testemunha o sólido avanço das cidades médias. A importância desses espaços – que reúnem entre 100 mil e meio milhão de habitantes – se revela em análises como uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre crescimento da população e do PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios na última década. O estudo mostrou que os centros de médio porte tiveram uma expansão de sua riqueza de 5% por ano, entre 2002 e 2005, ante 4,63% nas metró- poles e 4,29% nos pequenos municípios. De 2000 a 2007, seu incremento populacio- nal médio foi de 2% anuais, enquanto as grandes concentrações urbanas cresciam 1,66%, e as menores, 0,61%. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 29 No entanto, embora sejam vistas como “ilhas de prosperidade”, essas cidades são marcadas por bolsões de exclusão social, repetindo e às vezes acentuando os con- trastes típicos do país. Essa é a conclusão de dois grupos de pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, câmpus de Presidente Prudente. Os espe- cialistas apontam que, num centro economicamente significativo do interior paulista como São José do Rio Preto, por exemplo, mais de 20% da população não tem acesso a moradia, educação, saúde e lazer. A porcentagem se repete no município mineiro de Uberlândia, enquanto que em Presidente Prudente a taxa sobe para 22%. Jornal Unesp. Mar. 2010. De acordo com o texto, o desenvolvimento das cidades médias a) é representativo porque elas apresentam prosperidade, o que minimiza a exclusão social. b) é similar ao das grandes cidades e ao dos pequenosmunicípios. c) vem acompanhado de um sério problema, a saber, os bolsões de exclusão social. d) é comprometido por crescimento tímido devido aos bolsões de exclusão social. e) compromete a geografia brasileira ao remeter para outras cidades os bol- sões de exclusão. 36. (APMBB-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Para responder à questão, leia as estrofes extraídas do episódio “O Velho do Restelo”, de Os Lusíadas, de Luiz Vaz de Camões. Mas um velho, de aspeito* venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C’um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito: “Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C’uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! Dura inquietação d’alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; LÍ N G UA P O RT U G U ES A 30 Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana.” *aspecto As palavras do Velho do Restelo mostram que ele a) exalta a força e a sabedoria do povo português, mas adverte-o quanto aos perigos existentes no mar. b) está contrariado devido à excessiva vaidade do povo português em sua em- preitada para conquistar novas terras. c) descrê da coragem do povo português para realizar conquistas, o que leva- ria fama e glória a Portugal. d) lamenta a partida dos homens portugueses, mas entende as inquietações da alma e da vida que os movem. e) prevê perigos e castigos aos homens portugueses, se eles não puserem sua honra para conquistar reinos e impérios. 37. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) O soldado magrinho, enfezadinho, tremia. E Fabiano tinha vontade de le- vantar o facão de novo. Tinha vontade, mas os músculos afrouxavam. Realmente não quisera matar um cristão: procedera como quando, a montar bravo, evitava galhos e espinhos. Ignorava os movimentos que fazia na sela. Alguma coisa o em- purrava para a direita ou para a esquerda. Era essa coisa que ia partindo a cabeça do amarelo. Se ele tivesse demorado um minuto, Fabiano seria um cabra valente. Não demorara. A certeza do perigo surgira – e ele estava indeciso, de olho arregalado, respirando com dificuldade, um espanto verdadeiro no rosto barbudo coberto de suor, o cabo do facão mal seguro entre os dois dedos úmidos. Tinha medo e repetia que estava em perigo, mas isto lhe pareceu tão absurdo que se pôs a rir. Medo daquilo? Nunca vira uma pessoa tremer assim. Cachorro. Ele não era dunga na cidade? Não pisava os pés dos matutos, na feira? não botava gente na cadeia? Sem-vergonha, mofino. Graciliano Ramos. Vidas Secas. Conforme as informações apresentadas no trecho, entende-se que a) Fabiano discutiu com o soldado amarelo e quis agredi-lo porque este o ofendera, assim como frequentemente fazia na cidade. b) o soldado amarelo preparou uma armadilha para Fabiano que, apesar do medo que sentia, não hesitou em enfrentar o adversário. c) Fabiano teve uma situação favorável para enfrentar o soldado amarelo que, em outras circunstâncias, valia-se de seu posto para insultá-lo. d) o soldado amarelo foi desacatado por Fabiano na cidade e, encontrando o sertanejo, ameaça-o com um facão que traz entre os dedos suados. e) Fabiano temia ser preso pelo soldado amarelo na cidade e, por isso, ao en- contrá-lo em um lugar retirado, agrediu-o com um facão. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 31 38. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) De acordo com o texto, o embate entre Fabiano e o soldado amarelo não aconteceu porque a) Fabiano acovardou-se. b) o soldado enfrentou-o mais uma vez. c) Fabiano estava mais calmo. d) o soldado pediu clemência. e) Fabiano propôs uma trégua. 39. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Considere as afirmações. I – No contexto, o diminutivo em “soldado magrinho” reforça a condição física e a fragilidade do soldado na situação apresentada. II – Em – ... procedera como quando, a montar bravo, evitava galhos e espinhos. –, as formas verbais expressam ações concluídas. III – Na passagem – Se ele tivesse demorado um minuto, Fabiano seria um cabra valente. –, as informações são apresentadas na forma de hipótese. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III. 40. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Os Estados Unidos estão, desde 2008, mergulhados em sua maior recessão econômica desde a Grande Depressão dos anos 30. Há duas semanas, o desem- prego estava na casa dos 9,1%, o dobro da taxa de 2007. Nesse cenário, causou surpresa a divulgação pelo FBI, a polícia federal americana, de que os índices de criminalidade no país atingiram em 2010 o patamar mais baixo dos últimos quarenta anos. Com relação a 2009, o número de assassinatos caiu 4,4%, o de assaltos, 9,5%, o de roubo de carros, 7,2%, e o de invasões de residência, 1,1%. Como se explica essa situação inusitada? Veja, 22 jun. 2011. De acordo com o texto, em função da situação vivida pelos Estados Unidos desde 2008, era de se esperar que houvesse a) redução significativa no desemprego. b) aumento nos índices de criminalidade. c) reversão brusca na economia. d) manutenção na taxa de desemprego. e) estabilização da criminalidade. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 32 41. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Leia os versos de Camões para responder às questões. Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruto, Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus formosos olhos nunca enxuto, Aos montes ensinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas. Nos dois primeiros versos, ao dizer que Inês de Castro estava “posta em sossego” e que dos seus anos estava “colhendo doce fruto”, o eu-lírico sugere que ela a) tinha morrido ainda jovem. b) era uma jovem irrequieta. c) teria uma vida longa e rica. d) teve uma velhice de amarguras. e) era uma camponesa reclusa. 42. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Planos em alta O aumento do número de brasileiros com plano de saúde, de 50% na última década, levanta dúvidas sobre a capacidade das empresas de prestar atendimento aceitável a essa legião de clientes. Não se pode descartar, ainda, o risco de uma piora na já combalida rede pública de saúde do país. Os beneficiários de planos de saúde chegam a 46,6 milhões, ou um quarto da po- pulação. A bonança econômica dos últimos anos e o crescimento do emprego for- mal, com a consequente oferta de seguro-saúde aos funcionários, ajudam a explicar o fenômeno. Além disso, o serviço deficiente na rede pública estimula a migração para os serviços particulares. Um dos efeitos colaterais a evitar nessa transição seria a sobrecarga da rede pú- blica, sem o equivalente aumento da remuneração pelos seus serviços. É plausível que os planos, assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos ser- viços de saúde, sejam tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. O número de clientes de planos de saúde subiu 9% nos 12 meses até março des- te ano, contra uma elevação de somente 3% nos leitos no setor particular que não atende ao SUS (Sistema Único de Saúde). Folha de S. Paulo. 24 ago. 2011. No texto, a argumentação constrói-se em função a) da hipótese de que a rede pública atende mais pessoas para impedira ex- pansão dos planos de saúde. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 33 b) da constatação de que a rede pública de saúde tem condições de atender bem a toda a população. c) da crítica ao atendimento dos clientes pelos planos de saúde, que é pior do que na rede pública. d) do reconhecimento de que os planos de saúde resolveram satisfatoriamen- te os problemas na área. e) do questionamento da qualidade do serviço prestado aos beneficiários dos planos de saúde. 43. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) As informações do texto permitem concluir que a) o avanço dos planos de saúde advindos do emprego formal deveria ser contido. b) os planos de saúde deveriam encaminhar os tratamentos mais complexos e caros ao SUS. c) os atendimentos médicos deveriam ser realizados preferencialmente na rede pública de saúde. d) a rede pública de saúde deveria receber mais investimentos, caso fosse so- brecarregada. e) as pessoas à margem dos planos de saúde deveriam continuar nessa situação. 44. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) E [Barrolo] leu, vagarosamente, serenamente, com o cotovelo enterrado na almofada: Exmo. sr. José Barrolo. – V. Exa., apesar de todos os seus amigos o alcunharem de Zé Bacoco, mostrou agora muita esperteza, chamando de novo para a sua intimidade e de sua digna esposa o gentil André Cavaleiro, nosso Governador Civil. Com efeito a esposa de V. Exa., a linda Gracinha, que nestes últimos tempos andava tão murcha e até desbo- tada (o que a todos nos inquietava), imediatamente refloriu, e ganhou cores, desde que possui a valiosa companhia da primeira autoridade do distrito. Portou-se pois V. Exa. como marido zeloso, e desejoso da felicidade e boa saúde de sua interessante esposa. Nem parece rasgo daquele que toda a Oliveira considera como o seu mais ilustre pateta! Os nossos sinceros parabéns! Eça de Queirós. A Ilustre Casa de Ramires. Analisando-se as informações textuais, é correto afirmar que, na carta lida por Barrolo, a) condena-se seu comportamento, por tumultuar o casamento de Gracinha. b) elogia-se a sua competência no trato com a esposa do Governador Civil. c) ironiza-se a forma como ele procede com o amigo, de quem roubou a esposa. d) critica-se o descaso dele em relação à esposa, por conta de questões políticas. e) zomba-se dele, sugerindo-se que sua mulher o trai com o Governador Civil. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 34 45. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Investimento em educação reduz criminalidade A potencialidade da escola como um fator para influenciar o comportamento dos alunos e reduzir a violência é comprovada pela economista Kalinca Léia Becker em sua tese de doutorado, realizada no programa de pós-graduação em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultutra Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Pi- racicaba. Em um primeiro estudo, foram coletadas evidências de que a atuação pública na área da educação poderia contribuir para reduzir o crime em médio e longo prazo. Nessa etapa, foi mensurado o impacto do gasto público em educação na redução da taxa de homicídios, utilizando dados dos estados brasileiros, entre os anos de 2001 e 2009. Em um segundo estudo, foram analisados alguns fatores do ambiente escolar e do seu entorno que poderiam contribuir para a manifestação do comportamento violento dos alunos, a partir de dados disponibilizados nas Provas Brasil de 2007 e 2009. Constatou-se inicialmente que, quando ocorre o investimento de 1% na educa- ção, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido. Porém, para isso, é necessário que a escola funcione como um espaço para desenvolver conhecimento. Kalinca Léia Becker observou que escolas com traços da violência, como depredação do patri- mônio e atuação de gangues, podem influenciar a manifestação do comportamento agressivo nos alunos. Por outro lado, quando a instituição promove atividades ex- tracurriculares, estimulando um convívio saudável, ocorre a redução em 0,96% da possibilidade de algum aluno cometer um ato agressivo. Lucas Jacinto. Agência USP de notícias. Disponível em: <www.usp.br/agen/?p=138948>. 05 jun. 2013. (Adaptado.) A pesquisa de Kalinca Léia Becker evidencia que a) o ambiente escolar não é responsável pelo comportamento agressivo dos alunos, uma vez que a escola, via de regra, restringe-se a ser um espaço para desenvolver conhecimento. b) a oferta de atividades extracurriculares, que estimulem o convívio saudável no interior da instituição escolar, é suficiente para pôr fim à criminalidade no entorno da escola. c) a violência nas escolas é reflexo da falta de investimento público em edu- cação, pois foi comprovado que a injeção de 1% na educação cessaria o comportamento agressivo nos alunos. d) a escola que promove atividades extracurriculares apresenta um espaço de convivência livre da atuação de gangues e, consequentemente, protegido contra atos de vandalismo. e) o investimento na educação pode reduzir a criminalidade, embora, para que isso ocorra, faça-se necessário, também, que a escola privilegie a produção de conhecimento. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 35 46. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Meu desejo Meu desejo? era ser a luva branca Que essa tua gentil mãozinha aperta, A camélia que murcha no teu seio, O anjo que por te ver do céu deserta... Meu desejo? era ser o sapatinho Que teu mimoso pé no baile encerra... A esperança que sonhas no futuro, As saudades que tens aqui na terra... Meu desejo? era ser o cortinado Que não conta os mistérios de teu leito, Era de teu colar de negra seda Ser a cruz com que dormes sobre o peito. Meu desejo? era ser o teu espelho Que mais bela te vê quando deslaças Do baile as roupas de escumilha e flores E mira-te amoroso as nuas graças! Meu desejo? era ser desse teu leito De cambraia o lençol, o travesseiro Com que velas o seio, onde repousas, Solto o cabelo, o rosto feiticeiro... Meu desejo? era ser a voz da terra Que da estrela do céu ouvisse amor! Ser o amante que sonhas, que desejas Nas cismas encantadas de langor! Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000021.pdf>. A partir da leitura do poema, pode-se concluir que o desejo do eu lírico é a) conhecer, na realidade, uma mulher que corresponda ao ideal de seus sonhos. b) estar próximo da amada, por quem gostaria de ter seu amor correspondido. c) ser capaz de proporcionar à sua amada uma vida mais amena e confortável. d) encontrar meios de expressar, com exatidão, o que sente pela mulher amada. e) vencer a timidez para que possa declarar seus sentimentos à mulher amada. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 36 47. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, fa- rinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais. Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côva- do, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe gestos oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de seu Inácio. Aí certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? perguntou mentalmente. Animou-se e interrogou o bodegueiro: – Por que é que vossemecê bota água em tudo? Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabianofoi sentar-se na calçada, resolvido a conver- sar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enrique- cia-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria? Graciliano Ramos. Vidas Secas. 118. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2012, p. 27-28. (Adaptado.) A partir da leitura do texto, pode-se concluir que Fabiano a) só comprou os itens que Sinhá Vitória havia lhe encomendado depois de muito andar e pechinchar. b) recusou-se a comprar os itens de que Sinhá Vitória precisava por concluir que alguns deles eram supérfluos. c) não comprou o que Sinhá Vitória tinha lhe pedido, uma vez que tinha receio de ser enganado pelos comerciantes. d) gastou o seu dinheiro com os itens que Sinhá Vitória queria e ficou satisfeito porque conseguiu evitar que lhe furtassem. e) comprou o que Sinhá Vitória tinha solicitado na bodega de seu Inácio, pois concluiu que este era um negociante idôneo. 48. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Pode-se dizer que, no que se referia ao uso da linguagem, Fabiano a) tinha domínio das variantes linguísticas de maior prestígio na sociedade, pois havia estudado com um homem bem instruído. b) reconhecia a importância de saber usar as variantes de prestígio social, em- bora ele mesmo não as dominasse. c) era um homem de poucas palavras, mas sabia se comunicar com desenvol- tura em diferentes circunstâncias, inclusive em situações formais. d) falava uma variante popular em casa, enquanto na rua ou em estabeleci- mentos públicos usava uma linguagem culta e formal. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 37 e) mostrava-se bem articulado, apesar de evitar o emprego de termos da lin- guagem culta, pois não gostava de parecer pedante. 49. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Na apresentação de seu Tomás da bolandeira, percebe-se a) a organização desigual da sociedade, em que apenas uma minoria tinha acesso ao voto. b) uma noção de mobilidade social na qual a ascensão é promovida pela ins- trução. c) o destino de um vaqueiro que, assim como Fabiano, merecia ascender so- cialmente. d) o estereótipo do coronel de engenho, que controlava as terras com a força dos jagunços. e) uma cultura em que a instrução, o acesso ao conhecimento, é garantia de sucesso econômico. 50. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) A livraria, clara e larga, respirava para o pomar por duas janelas, uma de peitoril e poiais de pedra almofadados de veludo, outra mais rasgada, de varanda, frescamen- te perfumada pela madressilva que se enroscava nas grades. Diante dessa varanda, na claridade forte, pousava a mesa – mesa imensa de pés torneados, coberta com uma colcha desbotada de damasco vermelho, e atravancada nessa tarde pelos rijos volumes da História genealógica, todo o Vocabulário de Bluteau, tomos soltos do Panorama, e ao canto, em pilha, as obras de Walter Scott sustentando um copo cheio de cravos amarelos. E daí, da sua cadeira de couro, Gonçalo Mendes Ramires, pensativo diante das tiras de papel almaço, roçando pela testa a rama de pena de pato, avistava sempre a inspiradora da sua Novela – a Torre, a antiquíssima Torre. Eça de Queirós. A ilustre casa de Ramires. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bi000142.pdf.>. (Adaptado.) A partir da leitura do trecho, conclui-se que escrever, para Ramires, era a) um trabalho intelectual, que envolvia pesquisa, embora não dispensasse o uso da inspiração. b) uma tarefa feita com displicência, pois representava uma forma de entrete- nimento. c) um dom espontâneo, e mesmo instintivo, que emanava de seu contato di- reto com a natureza. d) uma atividade para obter o sustento, realizada de maneira mecânica e sem criatividade. e) uma arte voltada à expressão do mundo interior do escritor, alheia a in- fluências externas. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 38 51. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Dois velhinhos Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo. Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia olhar lá fora. Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo ne- gro, as moscas no fio de luz. Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrado, anunciava o primeiro: — Um cachorro ergue a perninha no poste. Mais tarde: — Uma menina de vestido branco pulando corda. Ou ainda: — Agora é um enterro de luxo. Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O mais velho acabou morren- do, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela. Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava tudo. Cochilou um instante — era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pes- coço: entre os muros em ruína, ali no beco, um monte de lixo. Dalton Trevisan. Mistérios de Curitiba, 1979. As informações textuais permitem afirmar que o velhinho que morreu a) descrevia cenas imaginadas para confortar o amigo na triste condição em que vivia. b) monitorava o movimento na rua para captar cenas cômicas e narrá-las ao amigo. c) reforçava o sofrimento do amigo, citando belas visões das quais ele não podia desfrutar. d) vivia de devaneios, irritando seu amigo que era consciente do beco embaixo da janela. 52. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Como todas as dependências descritas pela psiquiatria, a digital não é facilmente reconhecida. Mas, da mesma forma que as outras, pode ser diagnosticada a partir de um critério claro. Ela está instalada quando o indivíduo começa a sofrer prejuízos na sua vida pessoal, social ou profissional, por causa do uso excessivo do meio di- gital. Na vida real, isso significa, por exemplo, brigar com o parceiro/a porque quer ficar on-line mesmo com a insatisfação do companheiro/a ou cair de produção no trabalho porque não se concentra na tarefa que lhe foi delegada. A gravidade do problema está levando a uma mobilização mundial em busca de soluções. Uma das frentes – a do reconhecimento médico do transtorno – está em franca discussão. Recentemente, a dependência foi um dos temas que envolveram a LÍ N G UA P O RT U G U ES A 39 publicação da nova versão do Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais, publica- ção da Associação Americana de Psiquiatria adotada como guia para o diagnóstico das doenças mentais. Na edição final, o vício, não citado em edições anteriores, foi mencionado como um transtorno em ascensão que exige a realização de mais es- tudos. Muitos especialistas criticaram o manual porque acreditam já ser o distúrbio uma doença com critérios diagnósticos definidos. IstoÉ. 02 out. 2013. O assunto discutido no texto é a) a insatisfação das pessoas pelo uso contínuo do meio digital dentro e fora do trabalho. b) o uso do meio digital para garantir sanidade às pessoas abaladas psicologi- camente. c) o desinteresse da área de psiquiatria pelo uso exagerado do meio digital pelas pessoas. d) a compulsão das pessoas pelo meio digital, o que tem ganhado relevância na psiquiatria. 53. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) As informações textuais permitem afirmar que existe prejuízo à vida de uma pessoa quando ela a) utiliza o meio digital para efetuar pagamentos de suas contas de consumo. b) acessa, no ambiente de trabalho, sites de busca para aumentar sua produti- vidade. c) compromete o relacionamento com pessoas próximas para ficar conectada. d) envia mensagens ao companheiro, avisando que o trânsito está caótico. 54. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) De acordo com o texto, muitos espe- cialistas criticaram a nova versão doManual Diagnóstico de Transtornos Mentais, publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, pois consideram que a) precisa haver uma coerência entre a atual publicação e as anteriores, pois estas não citam a dependência digital como doença. b) se veem traços de personalidade em casos isolados, insuficientes para defi- nir a dependência digital como problema de saúde. c) definir a dependência digital como um transtorno mental exige mais estu- dos sistematizados sobre o problema. d) existem critérios diagnósticos precisos para definir a dependência digital como um transtorno de saúde mental. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 40 55. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia o poema de João Cabral de Melo Neto. Direito à morte Viver é poder ter consigo certo passaporte no bolso que dá direito a sair dela, com bala ou veneno moroso. Ele faz legal o que quer sem policiais e sem lamentos: fechar a vida como porta contra um fulano ou contra o vento; fazer, num dia que foi posto na mesa em toalha de linho, fazer de seu vivo esse morto, de um golpe, ou gole, do mais limpo. No poema, o eu-lírico defende a ideia de que a) morrer naturalmente é a saída verdadeira da vida. b) viver na legalidade isenta o homem de morrer injustamente. c) morrer por vontade própria é uma prerrogativa da existência. d) viver implica não se saber como se morrerá um dia. 56. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Pela primeira vez, a proporção de brasileiros que se declaram ao IBGE como pre- tos ou pardos superou 40% entre os matriculados no ensino superior. Uma análise superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni, que também reserva uma parcela de suas bolsas em universidades particulares para negros. Os dados do IBGE mostram, porém, que o movimento já era visível antes mesmo de essas políti- cas serem adotadas. Olhando a série histórica, é possível identificar que de 1992 até 1998 não houve avanço algum na taxa, que ficou estabilizada em torno de 18%. A partir daí, o cres- cimento foi constante. Em 2003, por exemplo, quando apenas duas universidades (a Uerj e a estadual do Rio Grande do Sul) recebiam sua primeira leva de alunos cotistas, o percentual de pretos e pardos no ensino superior já havia aumentado para 25%. Apontar a razão principal para o aumento de afrodescendentes no ensino supe- rior exige um estudo mais aprofundado, mas é fato que esse movimento aconteceu no mesmo período em que as matrículas totais cresceram de 1,4 milhão de estu- dantes em 1992 para 6,9 milhões em 2013. Com mais vagas, e num ambiente de melhoria da renda, é razoável supor que mais jovens negros tiveram oportunidade LÍ N G UA P O RT U G U ES A 41 de ingressar no ensino superior, principalmente no setor privado, que criou mais matrículas. Antônio Gois. Cotas e ProUni. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/cotas-prou- ni-14576773>. 17 nov. 2014. (Adaptado.) O autor defende a tese de que a) a proporção de pretos ou pardos matriculados no ensino superior não cres- ceu tanto quanto fazem supor os dados do IBGE. b) a melhoria da renda é uma explicação mais plausível do que o Prouni para o aumento do número de pretos ou pardos no ensino superior. c) a presença de pretos ou pardos no ensino superior tem aumentado devido ao sucesso de políticas de inclusão. d) o aumento do número de pretos ou pardos na universidade tem relação direta com a política de cotas raciais. e) as bolsas em universidades privadas são responsáveis pelo aumento do nú- mero de pretos ou pardos na educação superior. 57. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VU- NESP – 2015) Leia as estrofes do Canto IV de Os Lusíadas, referentes ao episódio do Velho do Restelo. Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impérios: Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios1; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio2 engana! A que novos desastres determinas De levar estes Reinos e esta gente? Que perigos, que mortes lhe destinas Debaixo dalgum nome preminente? Que promessas de reinos e de minas De ouro, que lhe farás tão facilmente? Que famas lhe prometerás? Que histórias? Que triunfos? Que palmas? Que vitórias? Luís de Camões. Obra completa, 2005, p. 112. (Adaptado.) 1 insultos 2 estúpido, ignorante Considerando o contexto do discurso do Velho do Restelo, nos versos – Cha- mam-te Fama e Glória soberana, / Nomes com quem se o povo néscio engana! – as palavras em destaque enfatizam o LÍ N G UA P O RT U G U ES A 42 a) objetivo nobre dos navegadores portugueses, que viajaram sem a intenção de conquistar notoriedade, buscando melhorar a vida de seu povo. b) espírito empreendedor do povo português, que trocara as promessas de fama e glória pela chance de desbravar mares nunca antes navegados. c) caráter ilusório e destrutivo dos ideais de fama e de glória que levaram os navegadores portugueses a empreender suas viagens. d) propósito louvável dos portugueses que se aventuraram pelos mares, em- bora eles tenham sido incompreendidos pelo povo. e) perfil destemido e desprendido dos portugueses que deixaram a segurança da terra para enfrentar os perigos do mar. 58. (APMBB-SP - QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. O cimo da montanha Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a per- der, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgá- vamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços. — Minha boa Virgília! — Meu amor! — Tu és minha, não? — Tua, tua... E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha, donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer... *personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias que vão adiando a sentença de morte dela. Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1998, p. 128-129. No contexto de Memórias póstumas de Brás Cubas, o trecho – Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer... – contribui para a descrição do amor de maneira realista, pois sinaliza que a relação amorosa a) se torna mais forte com o tempo. b) permanece inalterada com o tempo. c) é indiferente aos acontecimentos. d) tende a durar eternamente. e) está sujeita a um fim inevitável. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 43 59. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Folha de S. Paulo. 22 jun. 2014. (Adaptado.) A leitura do quadrinho permite concluir que a filha chora porque a) pensa que seu par romântico pode estar vivendo muito longe de onde ela está. b) recebe uma advertência de sua mãe por estar pensando em seu par romântico. c) acredita que pode não ter um par romântico, conforme o que lhe diz a mãe. d) concorda com a mãe sobre o par romântico, que logo deverá aparecer-lhe. 60. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) O Dedo Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixede fibras emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra, en- feixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó, revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz intu- mescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um simples fruto do mar. Mas havia o anel. A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal. Lygia Fagundes Telles. Um coração ardente. Ao tomar consciência de que encontrou um dedo na praia, o narrador a) pensa em um joalheiro ao qual possa vender o anel de ouro com uma es- meralda incrustada. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 44 b) passa a fazer conjecturas a respeito da pessoa e das circunstâncias em que ela pode ter morrido. c) foge rapidamente do local, pois a unha pintada de vermelho o surpreende, despertando-lhe o medo. d) começa a recuar, mas é tentado pela curiosidade de mexer no achado para encontrar pistas do incidente. 61. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) A frase final do primeiro parágrafo – Mas havia o anel. – permite concluir que a presença do adorno no achado a) fazia-o parecer um simples fruto do mar. b) era insignificante na situação vivida. c) causava medo extremo ao narrador. d) indicava a sua condição de dedo. 62. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) O Dedo Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra, en- feixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó, revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz intu- mescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um simples fruto do mar. Mas havia o anel. A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal. Lygia Fagundes Telles. Um coração ardente. Assinale a alternativa em que o enunciado expressa uma situação hipotética. a) Inclinara-me para ver o estranho objeto... b) ... eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra... c) Com a ponta do cipó, revolvi a areia. d) ... se restasse a unha certamente eu teria fugido... LÍ N G UA P O RT U G U ES A 45 63. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Folha de S. Paulo. 02 out. 2015. (Adaptado.) Com sua fala, a personagem revela que a) a violência era comum no passado. b) as pessoas lutam contra a violência. c) a violência está banalizada. d) o preço que pagou pela violência foi alto. 64. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000 soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres es- palhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18 de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão Bonaparte. O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática das derro- tas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista brilhante. Veja. 17 mai. 2015. De acordo com o texto, a Batalha de Waterloo a) pôs termo ao avanço do poder de Napoleão sobre os rivais europeus. b) comprova que não existem limites para uma ambição guerreira. c) dá novo fôlego para os intentos militares de Napoleão Bonaparte. d) representa o momento em que os rivais de Napoleão sucumbem. 65. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) As informações do texto permitem afirmar que a) Napoleão era um comandante com parcos conhecimentos militares. b) a Batalha de Waterloo é considerada a mais simbólica das derrotas. c) poucos soldados tiveram um fim trágico na batalha de Waterloo. d) Napoleão estava cansado das batalhas, quando lutou com seus rivais. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 46 66. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP - 2015) Máscara de Dados A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas, só para des- cobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais. Enquanto isso, o celular de uma jornalista é examinado pela segurança aeroportuária. Mas quando as auto- ridades verificam o que consta nele, descobrem que ela havia passado todo o seu tempo na praia. O narcotraficante e a jornalista são liberados. Minutos mais tarde, os nomes, números e dados de GPS que a polícia estava procurando reaparecem. Uma nova técnica de programação poderia tornar esses cenários reais. O cientista de computação Karl-Johan Karlsson reprogramou um telefone para mentir. Ao mo- dificar o sistema operacional de um smartphone baseado em Android, ele foi capaz de colocar dados falsos nele – números inocentes, por exemplo – para que os dados reais escapassem a exames forenses. Ele apresentou sua adulteração em janeiro na Conferência Internacional sobre Ciências de Sistemas, no Havaí. Karlsson testou sua alteração em duas ferramentas forenses normalmente usadas por departamentos de polícia. As duas podem recuperar registros de chamadas, dados de localização e até se- nhas. Quando executou seu sistema, as ferramentas registraram a informação falsa que ele havia programado no celular e não detectaram os conteúdos reais. Embora sua alteração tenha sido bem-sucedida, Karlsson garante que ela não obs- truirá uma análise sofisticada pelo FBI ou pela NSA (Agência de Segurança Nacional americana). Ainda assim, uma modificação dessas poderia dificultar o julgamento de alguns casos criminais. Um telefone que conta duas histórias complica as coisas. Scientific American Brasil. Jul. 2014. De acordo com o texto, entende-se que a máscara de dados funciona como uma a) captação de informações reais, as quais possibilitam verificar se os smart- phones foram adulterados. b) alteração no sistema operacional dos smartphones, para proteção das infor- mações originais. c) reprogramação das informações dos smartphones, que ficam impossibilita- dos para alterar dados. d) adulteração de informações, por meio da qual dados falsos são inseridos nos smartphones. 67. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS– VUNESP – 2015) Anali- sando-se a organização das informações, conclui-se que o primeiro parágrafo a) ilustra ações rotineiras da polícia, fundamentadas na técnica de programa- ção desenvolvida por Karl-Johan Karlsson. b) exemplifica o que seria possível de ocorrer a partir da técnica de programa- ção desenvolvida por Karl-Johan Karlsson. c) relata experiências apresentadas na Conferência do Havaí, com base na téc- nica de programação desenvolvida por Karl-Johan Karlsson. d) desqualifica os avanços tecnológicos, tendo por referência a técnica de pro- gramação desenvolvida por Karl-Johan Karlsson. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 47 68. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Ruídos no forro Passa da meia-noite. Ela cochilou, teve um pequeno pesadelo, acordou sobres- saltada; acalmou-se, agora fita o teto. Ele ainda não dormiu. Fita também o teto, a mesma mancha luminosa. É então que começam os ruídos no forro. Ela estremece, surpresa e assustada. Não é um ruído contínuo. Para e recomeça. O ruído cessa. Minutos se escoam. Logo em seguida, os ruídos no forro recomeçam. Desta vez são bem audíveis. Não há, parece, nenhum cuidado em disfarçá-los. As tábuas rangem. A lâmpada oscila nitidamente. A mão dele sai de sob o lençol. Tateia a mesinha-de-cabeceira. Ali está o revólver, o vinte e dois que ele leva no carro e que à noite fica à mão, carregado; o gatilho em posição de fogo. O barulho agora é contínuo. Não é difícil localizar de onde vem: bem no ponto em que se projeta a réstia de luz, as tábuas afundam ritmicamente. Ele ergue o braço – o revólver niquelado reluz por um instante – ela solta um grito abafado – ele atira. O estampido faz estremecer a casa. O quarto se enche de fumaça e do cheiro da pólvora. Sentam na cama, os dois, inteiriçados, os olhos arregalados fitos no forro. Lá fora, os cães ladram. (Mas nenhuma janela se abrirá, disto eles têm certeza. Tiro é problema de quem disparou e de quem foi atingido. E da polícia.). Os latidos vão cessando aos poucos. A casa agora está absolutamente silenciosa. Nenhum ruído mais se ouve. (Nos dias que se seguirem sentirão o cheiro, fraco mas penetrante, o odor de car- ne em decomposição. Mas não falarão sobre isto, ao jantar. Ele contará de seu dia, do trânsito congestionado, ela se queixará do tempo que se perde para consultar o médico do Instituto. Mas do cheiro, nada dirão. Esperarão que se dissipe – e de fato, ao cabo de uma ou duas semanas só restarão na casa os cheiros familiares, da comida, das plantas que ela cultiva em latas vazias, do lixo acumulado no terreno ao lado. Ao forro, ele nunca subirá.) Cinco da manhã. Bocejam. Uma noite destas não há mortal que aguente, ele diz, e ela ri. Decidem que, se tiverem um filho, ele se chamará Alonso. Moacyr Scliar. Os melhores contos, 1996. (Adaptado.) A passagem do quarto parágrafo – Não é um ruído contínuo. Para e recomeça. – revela que, nesse momento da narrativa, os ruídos eram a) prolongados. b) incessantes. c) intermitentes. d) intensos. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 48 69. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) A mão dele sai de sob o lençol. Tateia a mesinha-de-cabeceira. Ali está o revólver, o vinte e dois que ele leva no carro e que à noite fica à mão, carregado; o gatilho em posição de fogo. Com esse parágrafo, entende-se que o homem a) usa um revólver que deixa na mesinha-de-cabeceira à noite. Como era pre- ciso preparar a arma, tateou a mesinha-de-cabeceira para encontrá-la. b) tem sempre o revólver a seu alcance. Por isso, puxou a mão, que estava embaixo do lençol, e tateou a mesinha-de-cabeceira para pegá-lo. c) mantém um revólver no quarto para se proteger. Como estava em perigo, des- locou a mão de cima do lençol e foi procurá-lo na mesinha-de-cabeceira. d) deixa o revólver em posição de fogo próximo à mesinha-de-cabeceira. Por isso, quando precisou dele, achava que estaria sobre ela. 70. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) As in- formações do texto permitem concluir que a) o casal fazia comentários irônicos em relação ao ladrão morto. b) o ladrão foi morto pelo homem, pois sua carne se decompôs. c) o homem matou um ser vivo, mas não se sabe se é humano. d) o lar do casal caiu em grande tristeza desde que se deu aquele tiro. 71. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Mas nenhuma janela se abrirá, disto eles têm certeza. Tiro é problema de quem dispa- rou e de quem foi atingido. E da polícia. As informações mostram que a) a polícia intervém quando é chamada pela vizinhança. b) a vizinhança se mantém indiferente ao perigo alheio. c) a curiosidade da vizinhança se sobrepõe ao medo. d) a atitude da vizinhança retrata respeito às vítimas. 72. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) A pirataria para o brasileiro é algo tão comum que mal pensamos que este ato, na verdade, é ilegal. Nada como comprar aquele DVD pirata no camelô ou baixar um filminho no Pirate Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é ver- dade? Entretanto, você já se indagou alguma vez se poderia ser punido por isso? Existe uma lenda urbana em nosso país que define como criminoso apenas quem lucra com a pirataria digital. Em outras palavras, a crença que circula de boca em boca é que somente vendedores ambulantes, falsificadores e sites que hospedam esse tipo de conteúdo são passíveis de punição jurídica. Entretanto, não é bem as- sim que funciona. O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de obras que possuem direitos autorais configura crime. Mas por que ninguém é preso ou recebe multas? Simples: a aceitação cultural é tão grande que não existe quase nenhum tipo de fiscalização ou punição para a reprodução e distribuição deste tipo de conteúdo. Vinicius Munhoz. Como a pirataria é castigada em outros países do mundo? Disponível em: <www.tecmundo.com.br>. 14 jul. 2015. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 49 A partir da leitura do texto, conclui-se corretamente que o autor a) parte do pressuposto de que o leitor reproduz filmes piratas porque isso ainda não é crime no Brasil. b) dialoga com o leitor como se este considerasse comum assistir a filmes ad- quiridos por meio da pirataria. c) considera aceitável comercializar filmes piratas, contanto que o lucro da venda seja usado para pagar direitos autorais. d) defende que quem praticar a reprodução ilegal de filmes deve ser preso, como qualquer outro tipo de criminoso. e) julga adequada a maneira como o STJ tem punido exemplarmente aqueles que insistem em assistir a filmes piratas. 73. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) André Dahmer. Malvados. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. É correto afirmar que o efeito de humor da tirinha está associado ao fato de a) a personagem crer que o mundo continua tão perigoso quanto antes, ainda que mais civilizado com a tecnologia. b) o mundo ter se tornado um lugar perigoso para se viver apenas recente- mente, após os avanços promovidos pela tecnologia. c) o progresso promovido pela tecnologia ter reduzido os perigos do mundo, mesmo que este continue violentíssimo. d) a tecnologia ser apresentada como a causa para o mundo ser visto como um lugar onde sempre houve perigo. e) o surgimento da tecnologia aparecer como responsável por tornar o mundo um lugar mais perigoso do que já era antes. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 50 74. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2016) Leia o prólo- go do livro O guarani, de José de Alencar. Prólogo Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que pos- so fazer alguma coisa neste ramo de literatura. Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o co- ração é que fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir, fala a memória ou a imaginação. Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu; e o sentimento, qualquer queele seja, tem a sua beleza. Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um com a minha vida. Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei. Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor eterno, que antes do dilúvio já se havia agarrado à arca de Noé, e pôde assim escapar ao cataclisma. Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente, não as con- dene à primeira leitura, antes de ver as outras que as explicam. Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado nos longos serões das nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco horas. Adeus. Minas, 12 de dezembro. José de Alencar. O guarani. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Considerando-se a obra O guarani em seu conjunto, percebe-se que, ao afirmar – quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um velho manus- crito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei –, o autor a) revela ao leitor que a história que irá apresentar foi escrita enquanto era muito jovem, por isso precisa ser retificada. b) mostra não ser responsável pela apresentação da narrativa, pois se limita a copiar mecanicamente um texto antigo. c) demonstra recusar-se a escrever um romance, por isso limita-se a compilar documentos oficiais, de teor burocrático. d) confessa que a narrativa que vai apresentar é escrita em uma linguagem arcaica, própria de textos religiosos. e) desperta a curiosidade do leitor, atribuindo foros de verdade à história que irá contar, embora seja fictícia. 75. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) Bocejando, apertando os cordões das largas pantalonas de seda que lhe escor- regavam da cinta, Gonçalo, que durante todo o dia preguiçara, estirado no divan de damasco azul, com uma vaga dor nos rins, atravessou languidamente o quar- to para espreitar, no corredor, o antigo relógio de charão. Cinco horas e meia! ... Para desanuviar, pensou numa caminhada pela fresca estrada dos Bravais. Depois LÍ N G UA P O RT U G U ES A 51 numa visita (devida já desde a Páscoa!) ao velho Sanches Lucena, eleito novamente deputado, nas Eleições Gerais de abril, pelo círculo de Vila Clara. Mas a jornada à Feitosa, à quinta do Sanches Lucena, demandava uma hora a cavalo, desagradável com aquela teimosa dor nos rins que o filara na véspera à noite, depois do chá, na Assembleia da Vila. Eça de Queirós. A ilustre casa de Ramires. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. A partir da leitura do trecho, pode-se perceber que Gonçalo é caracterizado como um a) moribundo, que se mantinha totalmente fechado em sua residência. b) político, que se ocupa exclusivamente de assuntos públicos. c) jovem oficial, que tem uma vida social conturbada. d) trabalhador, que procura se manter ocupado e produtivo. e) fidalgo, que vive um cotidiano marcado pelo. 76. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de fei- jão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito. Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara pla- nos. Tolice, quem é do chão não se trepa. Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão des- caradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Graciliano Ramos. Vidas Secas. É correto afirmar que, no trecho citado, as ações de Fabiano são apresentadas como a) resultantes da falta de hábito em planejar-se pensando no futuro. b) fruto de um acentuado despreparo para lidar com as finanças alheias. c) condicionadas ao fato de ele viver em uma terra que não lhe pertence. d) reflexo da pouca importância que ele atribuía à posse de bens materiais. e) consequentes do comodismo diante da facilidade em se fazer empréstimos. 77. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) O trecho – Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa. – ilustra que a análise que Fabiano faz de sua condição de marginalizado é orientada a) pelo imediatismo. b) pela ignorância. c) pelo fatalismo. d) pelo otimismo. e) pelo misticismo. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 52 78. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Pancho. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br>. É correto associar o humor da charge ao fato de que a) os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo viven- do em uma situação de completo confinamento. b) os dois personagens estão muito bem informados sobre a economia, o que não condiz com a imagem de criminosos. c) o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocupação com a aparência. d) o aumento dos preços de cosméticos não surpreende os personagens, que estão acostumados a pagar caro por eles nos presídios. e) os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se encontram. 79. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Um tubarão zebra teve três filhotes sem manter relações sexuais com um macho na Austrália. A fêmea, chamada Leonie, já havia dado crias em 2012, após o cru- zamento com um tubarão chamado Leo. Desde 2013, eles não vivem no mesmo tanque, o que intrigou cientistas e levou a uma análise do caso. “Pensamos que ela poderia ter guardado esperma dentro de si, mas, quando fizemos testes nos filhotes comparando DNA com o do possível pai, constatamos que eles tinham apenas as células da Leonie”, de acordo com Christine Dudgeon, pesquisadora biomédica da Universidade de Queensland, na Austrália. O tubarão mudou seu método de reprodução sexuada para um processo assexuado chamado partenogênese – do grego, “criação virgem” –, que não exige fertilização e é mais comum em plantas e animais invertebrados, apesar da existência de casos semelhantes em lagartos e tubarões. Esta é a primeira vez que cientistas registram um caso de transição de reprodução sexuada para assexuada. A partenogênese é rara e foi registrada somente sete vezes em tubarões, segundo a ABC News australiana. Lucas Agrela. Sem machos, tubarão fêmea se reproduz de forma rara em cativeiro. Disponível em: <http://exame.abril.com.br>. 17 jan. 2017. (Adaptado.) LÍ N G UA P O RT U G U ES A 53 O fato inédito relatado no texto diz respeito a) à possibilidade de haver a ocorrência de partenogênese em tubarões. b) à mudança do método de reprodução sexuada para assexuada. c) ao modo como o tubarão fêmea manteve esperma armazenado desde 2013. d) à técnica usada para analisar a amostra de DNA dos filhotes de tubarão. e) à descoberta de que a reprodução assexuada não se restringe a vegetais. 80. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Um dos recursos utilizados pelo autor para dar credibilidade às informações do texto é: a) a presença de expressões temporais, marcando a sucessão rápida dos acon- tecimentos. b) o relato detalhado de como os pesquisadores cuidaram do animal protago- nista da matéria. c) a citação de uma pesquisadora envolvida diretamente com o evento noticiado. d) o uso de um vocabulário técnico cujo significado não se explica em lingua- gem corrente. e) o emprego de uma linguagem mais popular, com vários desvios da norma- -padrão. 81. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Muitos acontecimentos se tinham passadoentre eles nestes dois dias; há cir- cunstâncias em que os sentimentos marcham com uma rapidez extraordinária, e devoram meses e anos num só minuto. Reunidos nesta sala pela necessidade extrema do perigo, vendo-se a cada mo- mento, trocando ora uma palavra, ora um olhar, sentindo-se enfim perto um do outro, esses dois corações, se não se amavam, compreendiam-se ao menos. Álvaro fugia e evitava Isabel; tinha medo desse amor ardente que o envolvia num olhar, dessa paixão profunda e resignada que se curvava a seus pés sorrindo melancolicamente. Sentia-se fraco para resistir, e entretanto o seu dever mandava que resistisse. Ele amava, ou cuidava* amar ainda Cecília; prometera a seu pai ser seu marido; e na situação em que se achavam, aquela promessa era mais do que um juramento, era uma necessidade imperiosa, uma fatalidade que se devia cumprir. Como podia ele pois alimentar uma esperança de Isabel? Não seria infame, in- digno, aceitar o amor que ela lhe oferecera suplicando? Não era seu dever destruir naquele coração esse sentimento impossível? José de Alencar. O guarani. * imaginava A partir da leitura do trecho, percebe-se que Álvaro a) está dividido entre o compromisso com Cecília e a paixão de Isabel. b) reconhece que ama Isabel, mas a abandona depois de conhecer Cecília. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 54 c) ressente-se do fato de não ter seu amor correspondido por Isabel. d) decide se casar com Cecília, depois de se desiludir com Isabel. e) é alvo do amor de Isabel e de Cecília, embora lhes seja indiferente. 82. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) No primeiro parágrafo, o narrador a) sugere que o amor carnal é inferior ao espiritual. b) defende que o tempo não passa para os amantes. c) destaca o caráter destrutivo do espírito racionalista. d) alerta para o fato de que o amor dura pouco. e) alude à percepção subjetiva da passagem do tempo. 83. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) – Amas-me? – Oh! suspirou ela, cingindo-me os braços ao pescoço. Virgília amava-me com fúria; aquela resposta era a verdade patente. Com os bra- ços ao meu pescoço, calada, respirando muito, deixou-se ficar a olhar para mim, com os seus grandes e belos olhos, que davam uma sensação singular de luz úmida; e eu deixei-me estar a vê-los, a namorar-lhe a boca, fresca como a madrugada, e insaciável como a morte. Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. Ao descrever a boca de Virgília, o narrador, Brás Cubas, usa as comparações “fres- ca como a madrugada, e insaciável como a morte”, que expressam um a) olhar crítico com relação à amada. b) desejo intenso pela amada. c) progressivo desinteresse pela amada. d) sentimento de pena da amada. e) ar de superioridade diante da amada. 84. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2017) A sala de jantar da Torre, que abria por três portas envidraçadas para uma funda varanda alpendrada, conservava, do tempo do avô Damião (o tradutor de Valerius Flaccus), dois formosos panos de Arrás representando a Expedição dos Argonautas. Louças da Índia e do Japão, desirmanadas e preciosas, recheavam um imenso ar- mário de mogno. E sobre o mármore dos aparadores rebrilhavam os restos, ainda ricos, das pratas famosas dos Ramires, que o Bento constantemente areava e polia com amor. Eça de Queirós. A ilustre casa de Ramires. A partir da leitura do trecho, conclui-se que os Ramires a) desdenhavam a riqueza herdada dos antepassados, o que se explicita em: “conservava, do tempo do avô Damião”. b) se endividavam continuamente para adquirir itens caros, o que se explicita em: “recheavam um imenso armário de mogno”. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 55 c) tinham sido mais ricos no passado, o que se explicita em: “rebrilhavam os restos, ainda ricos, das pratas”. d) viviam do comércio de itens raros e de luxo, o que se explicita em: “pratas famosas dos Ramires”. e) representavam o proletariado em ascensão, o que se explicita em: “Bento constantemente areava e polia com amor”. 85. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2017) Nas conversas das mulheres no pino do dia o assunto era sempre as peraltagens do herói. As mulheres se riam, muito simpatizadas, falando que “espinho que pinica, de pequeno já traz ponta”, e numa pajelança Rei Nagô fez um discurso e avisou que o herói era inteligente. Mário de Andrade. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. A partir da leitura do trecho, é correto afirmar que uma das preocupações do autor era a) reproduzir de modo realista o cotidiano do povo brasileiro, privilegiando os mais pobres. b) valorizar a cultura popular brasileira, tanto na temática quanto na linguagem. c) imprimir no texto um tom jornalístico e objetivo, para dar autenticidade ao relato. d) criar um herói que, ao contrário dos heróis tradicionais, não tivesse qualquer qualidade. e) conferir a seus personagens traços facilmente identificáveis como urbanos. 86. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Sinal de apito Um silvo breve: Atenção, siga. Dois silvos breves: Pare. Um silvo breve à noite: Acenda a lanterna. Um silvo longo: Diminua a marcha. Um silvo longo e breve: Motoristas a postos. (A este sinal todos os motoristas tomam lugar nos seus veículos para movimentá-los imediatamente.) Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. Ao reproduzir a linguagem da sinalização de trânsito, com o uso de verbos no imperativo, o poema propõe uma reflexão, de cunho mais filosófico, sobre a) a falta de verba para o trânsito. b) as vantagens do progresso. c) o mau estado das rodovias. d) as leis que regem nossa vida. e) a superexposição da vida privada. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 56 87. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Leia o texto de Drauzio Varella para responder às questões. Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi reali- zada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam. Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para publi- cá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente. Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o compu- tador. Por exemplo, nas salas de embarque durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários. Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens, às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails atrasados. Minha carreira de escritor começou com “Estação Carandiru”, publicado quando eu tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros. A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que livro valeria a pena ser escrito? A resposta encontrei em “On Writing”, livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante, Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas: escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que nunca foram contadas. De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar persona- gens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca de Capitu. Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descritapor Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo. Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz alegria. Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que vai e volta por vários dias. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. 13 mai. 2017. (Adaptado.) Em seu texto, o autor fala a) de seu prazer em escrever. b) da dificuldade em publicar o novo livro. c) do assunto de seu último livro. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 57 d) de seus planos para o futuro. e) da linguagem usada em seus textos. 88. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Após ler o livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway sobre o ato de escrever, o autor Drauzio Varella a) propôs-se a desenvolver uma escrita tão boa quanto a de Machado de Assis. b) procurou reproduzir os estilos de Tchékhov, Homero e padre Antônio Vieira. c) dedicou-se a treinar a escrita continuamente até que chegou à perfeição. d) convenceu-se de que era capaz de escrever tão bem quanto seus autores preferidos. e) resolveu escrever um livro sobre uma história que só cabia a ele contar. 89. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Ao referir-se à ma- neira como escreve, o autor demonstra ter a) facilidade para se concentrar, mesmo em ambientes barulhentos ou movi- mentados. b) necessidade de um espaço tranquilo e reservado para desenvolver suas histórias. c) determinação em adaptar as obras dos mestres da literatura para a realida- de atual. d) interesse em tratar de assuntos que não se relacionem com o exercício da medicina. e) autocrítica excessiva, que o impede de ficar plenamente satisfeito com seus textos. 90. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Ao afirmar – Estou nas nuvens, às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails atrasados. (4.º parágrafo) –, o autor revela a) sua ansiedade por voltar a se comunicar o quanto antes. b) seu alívio diante do fato de não ser importunado. c) seu receio de não dar conta de concluir suas tarefas. d) sua necessidade de estar constantemente conectado. e) sua hesitação em decidir o que deve fazer primeiro. 91. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Com a interrogação – Depois do que disseram esses e outros gênios, que livro valeria a pena ser escrito? (6.º parágrafo) –, o autor expressa a) a curiosidade em conhecer autores contemporâneos que fossem tão bons quanto os clássicos. b) sua certeza de que os livros escritos hoje são cópias malfeitas das obras dos mestres falecidos. c) sua determinação em contar histórias que superassem em qualidade as dos mestres da literatura. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 58 d) seu empenho em colocar em prática o ensinamento colhido nos livros de autores de prestígio. e) a desconfiança de escrever algo que não fosse tão bom quanto os textos dos escritores que admirava. 92. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Viagem O sono é uma viagem noturna: o corpo horizontal no escuro e, no silêncio do trem, avança, imperceptivelmente avança... Apenas o relógio picota a passagem do tempo. Sonha a alma deitada no seu ataúde*: lá longe lá fora no fundo do túnel, há uma estação de chegada (anunciam-na os galos agora) há uma estação de chegada com a sua tabuleta [ainda toda orvalhada... Há uma estação chamada... AURORA! Mario Quintana. Baú de espantos, 2006. *ataúde: caixão, esquife. No poema, o sono é comparado a uma viagem e, também, a) a um lugar tumultuado, o que se comprova em: “há uma estação de chegada”. b) à chuva fina, o que se comprova em: “sua tabuleta ainda toda orvalhada”. c) a um relógio mecânico, o que se comprova em: “o relógio picota a passa- gem do tempo”. d) ao dia ensolarado, o que se comprova em: “AURORA!” e) à morte, o que se comprova em: “Sonha a alma deitada no seu ataúde”. CLASSE DE PALAVRAS 93. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Cidades médias ricas e excludentes Nas últimas décadas, além da consolidação das áreas metropolitanas, a geografia brasileira testemunha o sólido avanço das cidades médias. A importância desses espaços – que reúnem entre 100 mil e meio milhão de habitantes – se revela em análises como uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre crescimento da população e do PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios na última década. O estudo mostrou que os centros de médio porte tiveram uma LÍ N G UA P O RT U G U ES A 59 expansão de sua riqueza de 5% por ano, entre 2002 e 2005, ante 4,63% nas metró- poles e 4,29% nos pequenos municípios. De 2000 a 2007, seu incremento populacio- nal médio foi de 2% anuais, enquanto as grandes concentrações urbanas cresciam 1,66%, e as menores, 0,61%. No entanto, embora sejam vistas como “ilhas de prosperidade”, essas cidades são marcadas por bolsões de exclusão social, repetindo e às vezes acentuando os con- trastes típicos do país. Essa é a conclusão de dois grupos de pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, câmpus de Presidente Prudente. Os espe- cialistas apontam que, num centro economicamente significativo do interior paulista como São José do Rio Preto, por exemplo, mais de 20% da população não tem acesso a moradia, educação, saúde e lazer. A porcentagem se repete no município mineiro de Uberlândia, enquanto que em Presidente Prudente a taxa sobe para 22%. Jornal Unesp. Mar. 2010. No contexto, a conjunção que inicia o segundo parágrafo – No entanto – pode ser substituída por a) À medida que b) Portanto c) Porque d) Todavia e) Ou 94. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Como todas as dependências descritas pela psiquiatria, a digital não é facilmente reconhecida. Mas, da mesma forma que as outras, pode ser diagnosticada a partir de um critério claro. Ela está instalada quando o indivíduo começa a sofrer prejuízos na sua vida pessoal, social ou profissional, por causa do uso excessivo do meio di- gital. Na vida real, isso significa, por exemplo, brigar com o parceiro/a porque quer ficar on-line mesmo com a insatisfação do companheiro/a ou cair de produção no trabalho porque não se concentra na tarefa que lhe foi delegada. A gravidade do problema está levando a uma mobilização mundial em busca de soluções. Uma das frentes – a do reconhecimento médico do transtorno – está em franca discussão. Recentemente, a dependência foi um dos temas que envolveram a publicação da nova versão do Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais, publica- ção da Associação Americana de Psiquiatria adotada como guia para o diagnóstico das doenças mentais. Na edição final, o vício, não citado em edições anteriores, foi mencionado como um transtorno em ascensão que exige a realização de mais es- tudos. Muitos especialistas criticaram o manual porque acreditam já ser o distúrbio uma doença com critérios diagnósticos definidos. IstoÉ. 02 out. 2013. No trecho – … ou cair de produção no trabalho porque não se concentra na tarefa que lhe foi delegada. –, as conjunções em destaque expressam, respectivamente, sentido de a) alternância e causa. b) condição e explicação. c) adição e causa. d) alternância e consequência. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 60 95. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) O Dedo Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixede fibras emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra, en- feixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó, revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz intu- mescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um simples fruto do mar. Mas havia o anel. A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal. Lygia Fagundes Telles. Um coração ardente. Nos períodos – Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a unha. – e – Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as outras. –, as conjunções em destaque expressam, respectivamente, sentido de a) conformidade e conclusão. b) causa e consequência. c) comparação e conclusão. d) causa e explicação. 96. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000 soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres es- palhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18 de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão Bonaparte. O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática das derro- tas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista brilhante. Veja. 17 jun. 2015. Nas passagens – Em um campo enlameado... – e – Em 1815... –, a preposição Em está formando expressões que reportam, respectivamente, às circunstâncias de a) modo e tempo. b) lugar e meio. c) lugar e tempo. d) modo e lugar. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 61 97. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Assinale a alternativa em que a preposição “a” expressa o sentido de direção. a) ... que ele leva no carro e que à noite fica à mão, carregado... b) Mas não falarão sobre isto, ao jantar. c) ... ao cabo de uma ou duas semanas só restarão na casa os cheiros familiares... d) Ao forro, ele nunca subirá. 98. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) A passagem “As mulheres se riam...” está escrita com o pronome se substituído por uma expressão que indica reciprocidade, conforme a norma-padrão da língua, em: a) As mulheres riam por si... b) As mulheres riam dele... c) As mulheres riam entre si... d) As mulheres riam consigo mesma... e) As mulheres riam para ele... TIPOS DE DISCURSO 99. (APMBB-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2010) Para responder à questão, leia as estrofes extraídas do episódio “O Velho do Restelo”, de Os Lusíadas, de Luiz Vaz de Camões. Mas um velho, de aspeito* venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C’um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito: “Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C’uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! Dura inquietação d’alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, LÍ N G UA P O RT U G U ES A 62 Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana.” *aspecto Ocorre o discurso indireto livre quando os limites entre a fala do narrador e a do personagem são apagados. No texto, isso se comprova com o trecho: a) O soldado magrinho, enfezadinho, tremia. b) Realmente não quisera matar um cristão: procedera como quando, a mon- tar bravo, evitava galhos e espinhos. c) Se ele tivesse demorado um minuto, Fabiano seria um cabra valente. d) A certeza do perigo surgira – e ele estava indeciso, de olho arregalado, res- pirando com dificuldade, um espanto verdadeiro no rosto barbudo coberto de suor... e) Cachorro. Ele não era dunga na cidade? não pisava os pés dos matutos, na feira? não botava gente na cadeia? Sem-vergonha, mofino. 100. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais. Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côva- do, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe gestos oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de seu Inácio. Aí certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? perguntou mentalmente. Animou-se e interrogou o bodegueiro: – Por que é que vossemecê bota água em tudo? Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabiano foi sentar-se na calçada, resolvido a conver- sar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enrique- cia-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria? Graciliano Ramos. Vidas Secas. 118. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2012, p. 27-28. (Adaptado.) LÍ N G UA P O RT U G U ES A 63 O trecho do texto correspondente a um pensamento de Fabiano que se mistura à voz do narrador é: a) Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. b) ... amarrou as notas na ponta do lenço, meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de seu Inácio. c) Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. d) Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, con- traiu o rosto. e) Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. 101. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) Bocejando, apertando os cordões das largas pantalonas de seda que lhe escorre- gavam da cinta, Gonçalo, que durante todo o dia preguiçara, estirado no divan de da- masco azul, com uma vaga dor nos rins, atravessou languidamente o quarto para es- preitar, no corredor, o antigo relógio de charão. Cinco horas e meia!... Para desanuviar, pensou numa caminhada pela fresca estrada dos Bravais. Depois numa visita (devida já desde a Páscoa!) ao velho Sanches Lucena, eleito novamente deputado, nas Eleições Gerais deabril, pelo círculo de Vila Clara. Mas a jornada à Feitosa, à quinta do Sanches Lucena, demandava uma hora a cavalo, desagradável com aquela teimosa dor nos rins que o filara na véspera à noite, depois do chá, na Assembleia da Vila. Eça de Queirós. A ilustre casa de Ramires. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Apresentando o pensamento da personagem, percebe-se, no texto, a ocorrência do discurso a) indireto livre, presente no segmento – Cinco horas e meia!... b) direto, presente no segmento – Mas a jornada à Feitosa, à quinta do Sanches Lucena, demandava uma hora a cavalo... c) direto, presente no segmento – desagradável com aquela teimosa dor nos rins que o filara na véspera à noite... d) direto, presente no segmento – pensou numa caminhada pela fresca estrada dos Bravais. e) indireto livre, presente no segmento – atravessou languidamente o quarto para espreitar, no corredor, o antigo relógio de charão. 102. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Pancho. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br>. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 64 Assinale a alternativa em que a fala do personagem está reportada em discurso indireto. a) Conforme ele disse, “os preços de cosméticos subirão 12% neste ano”. b) Os preços de cosméticos subirão 12% naquele ano, disse ele. c) Ele disse: – Os preços de cosméticos subiram 12% neste ano. d) Ele disse que os preços de cosméticos subiriam 12% naquele ano. e) – Os preços de cosméticos, disse ele, subiriam 12% neste ano. VERSIFICAÇÃO 103. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Leia os versos de Camões. Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruto, Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus formosos olhos nunca enxuto, Aos montes ensinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas. Na estrofe, o ritmo é explorado com o recurso a) às rimas e às redondilhas. b) à assonância e aos versos brancos. c) às rimas e aos versos decassílabos. d) à aliteração e aos versos livres. e) às anáforas e aos versos livres. 104. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Sinal de apito Um silvo breve: Atenção, siga. Dois silvos breves: Pare. Um silvo breve à noite: Acenda a lanterna. Um silvo longo: Diminua a marcha. Um silvo longo e breve: Motoristas a postos. (A este sinal todos os motoristas tomam lugar nos seus veículos para movimentá-los imediatamente.) Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 65 Nota-se, na construção do poema, a) a presença de rimas externas, reforçando a regularidade rítmica. b) a ausência de aliterações (repetição de consoantes). c) o emprego de versos regulares (com mesmo número de sílabas). d) o uso de uma linguagem próxima da prosa cotidiana. e) a ausência de repetição de estruturas, gerando sensação de desordem. COESÃO E COERÊNCIA 105. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Leia o trecho: É plausível que os planos, assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos serviços de saúde, sejam tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. Assinale a alternativa em que o trecho é corretamente reescrito, mantendo-se o sentido do texto. a) É plausível que os planos, embora estejam assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos serviços de saúde, sejam tentados a inten- sificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. b) Como os planos estão assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos serviços de saúde, é plausível que sejam tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. c) Os planos estão assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos serviços de saúde, mas é plausível que sejam tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. d) Portanto é plausível que os planos, assoberbados com a nova leva de clien- tes antes à margem dos serviços de saúde, pois são tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. e) É plausível que os planos estejam assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos serviços de saúde, porque são tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 66 106. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Leia o trecho de O Guarani, de José de Alencar. As cortinas da janela cerraram-se; Cecília tinha-se deitado. Junto da inocente meni- na, adormecida na isenção de sua alma pura de virgem, velavam três sentimentos profundos, palpitavam três corações bem diferentes. Em Loredano, o aventureiro de baixa extração, esse sentimento era desejo ar- dente, uma sede de gozo, uma febre que lhe requeimava o sangue: o instinto brutal desta natureza vigorosa era ainda aumentado pela impossibilidade moral que sua condição criava, pela barreira que se elevava entre ele, pobre colono, e a filha de D. Antônio de Mariz, rico fidalgo de solar e brasão. (...) Em Álvaro, cavalheiro delicado e cortês, o sentimento era uma afeição nobre e pura, cheia de graciosa timidez que perfuma as primeiras flores do coração, e do en- tusiasmo cavalheiresco que tanta poesia dava aos amores daquele tempo de crença e de lealdade. (...) Em Peri, o sentimento era um culto, espécie de idolatria fanática, na qual não entrava um só pensamento de egoísmo; amava Cecília não para sentir um prazer ou ter uma satisfação, mas para dedicar-se inteiramente a ela, para cumprir o menor de seus desejos, para evitar que a moça tivesse um pensamento que não fosse imedia- tamente uma realidade. (...) Assim o amor se transformava tão completamente nessas organizações que apre- sentava três sentimentos bem distintos: um era uma loucura, o outro uma paixão, o último uma religião. José de Alencar. O Guarani. Observe as passagens do texto: I – ... uma febre que lhe requeimava o sangue... (2.º parágrafo) II – ... para cumprir o menor de seus desejos... (penúltimo parágrafo) É correto afirmar que os pronomes referem-se, respectivamente, a a) Loredano e Cecília, e ambos são empregados, no contexto, com valor de possessivo. b) Cecília e Peri, e ambos são empregados, no contexto, com valor de indefinido. c) Loredano e Peri, e ambos são empregados, no contexto, com valor de pos- sessivo. d) Cecília e Cecília, e ambos são empregados, no contexto, com valor de de- monstrativo. e) Loredano e Peri, e ambos são empregados, no contexto, com valor de inde- finido. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 67 107. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia o trecho da música Vagalumes, de Pollo. Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí Pra te ver sorrir, eu posso colorir o céu de outra cor Eu só quero amar você E quando amanhecer eu quero acordar Do seu lado Disponível em: <http://letras.mus.br>. Por aí e do seu lado são expressões indicativas de a) companhia. b) modo. c) tempo. d) lugar. 108. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia o poema de João Cabral de Melo Neto. Direito à morte Viver é poder ter consigo certo passaporte no bolso que dá direito a sair dela, com bala ou veneno moroso. Ele faz legal o que quer sem policiais e sem lamentos: fechar a vida como porta contra um fulano ou contra o vento; fazer, num dia que foi posto na mesa em toalha de linho, fazer de seu vivo esse morto, de um golpe, ou gole, do mais limpo. Os pronomes destacados nos versos – que dá direito a sair dela – e – Ele faz legal o que quer – referem-se, respectivamente,a) à toalha e ao direito. b) à morte e ao bolso. c) à porta e ao veneno. d) à vida e ao passaporte. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 68 109. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) O último verso do poema reitera a ideia expressa em a) com bala ou veneno moroso. b) sem policiais e sem lamentos. c) contra um fulano ou contra o vento. d) na mesa em toalha de linho. 110. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Um termo que expressa ideia de equivalência nessa passagem é: a) muito. b) mais. c) depois. d) perder. e) mesma. 111. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) ...folgávamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços. No contexto, os termos se, como e para, em destaque, estabelecem, respectiva- mente, relações de a) dúvida, qualidade e concessão. b) dúvida, comparação e negação. c) condição, comparação e finalidade. d) concessão, intensidade e finalidade. e) condição, qualidade e concessão. 112. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Folha de S. Paulo. 02 out. 2015. (Adaptado.) LÍ N G UA P O RT U G U ES A 69 Observe a reescrita da fala da personagem: – Agora, temos pessoas tão agressivas que a violência é gratuita. – Nessa reescrita, o termo tão expressa sentido de a) conclusão, em um período em que a segunda oração sintetiza o conteúdo expresso pela primeira. b) modo, em um período em que a segunda oração traz uma característica que se compara à primeira. c) oposição, em um período em que a segunda oração contrapõe uma ideia à outra expressa na primeira. d) intensidade, em um período em que a segunda oração apresenta a conse- quência da primeira. 113. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Máscara de Dados A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas, só para des- cobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais. Enquanto isso, o celular de uma jornalista é examinado pela segurança aeroportuária. Mas quando as auto- ridades verificam o que consta nele, descobrem que ela havia passado todo o seu tempo na praia. O narcotraficante e a jornalista são liberados. Minutos mais tarde, os nomes, números e dados de GPS que a polícia estava procurando reaparecem. Uma nova técnica de programação poderia tornar esses cenários reais. O cientista de computação Karl-Johan Karlsson reprogramou um telefone para mentir. Ao mo- dificar o sistema operacional de um smartphone baseado em Android, ele foi capaz de colocar dados falsos nele – números inocentes, por exemplo – para que os dados reais escapassem a exames forenses. Ele apresentou sua adulteração em janeiro na Conferência Internacional sobre Ciências de Sistemas, no Havaí. Karlsson testou sua alteração em duas ferramentas forenses normalmente usadas por departamentos de polícia. As duas podem recuperar registros de chamadas, dados de localização e até se- nhas. Quando executou seu sistema, as ferramentas registraram a informação falsa que ele havia programado no celular e não detectaram os conteúdos reais. Embora sua alteração tenha sido bem-sucedida, Karlsson garante que ela não obstruirá uma análise sofisticada pelo FBI ou pela NSA (Agência de Segurança Na- cional americana). Ainda assim, uma modificação dessas poderia dificultar o julga- mento de alguns casos criminais. Um telefone que conta duas histórias complica as coisas. Scientific American Brasil. Jul. 2014. Na estruturação do texto, a expressão Enquanto isso (1.º §) indica sentido de a) condicionalidade. b) anterioridade. c) proporcionalidade. d) simultaneidade. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 70 114. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Nas passagens – ele foi capaz de colocar dados falsos nele – (2.º §) e – Quando executou seu sistema – (3.º §), os pronomes em destaque referem-se, respectivamente, a a) Karlsson, smartphone e Karlsson. b) smartphone, smartphone e polícia. c) Karlsson, smartphone e polícia. d) smartphone, Karlsson e smartphone. 115. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Ruídos no forro Passa da meia-noite. Ela cochilou, teve um pequeno pesadelo, acordou sobres- saltada; acalmou-se, agora fita o teto. Ele ainda não dormiu. Fita também o teto, a mesma mancha luminosa. É então que começam os ruídos no forro. Ela estremece, surpresa e assustada. Não é um ruído contínuo. Para e recomeça. O ruído cessa. Minutos se escoam. Logo em seguida, os ruídos no forro recomeçam. Desta vez são bem audíveis. Não há, parece, nenhum cuidado em disfarçá-los. As tábuas rangem. A lâmpada oscila nitidamente. A mão dele sai de sob o lençol. Tateia a mesinha-de-cabeceira. Ali está o revólver, o vinte e dois que ele leva no carro e que à noite fica à mão, carregado; o gatilho em posição de fogo. O barulho agora é contínuo. Não é difícil localizar de onde vem: bem no ponto em que se projeta a réstia de luz, as tábuas afundam ritmicamente. Ele ergue o braço – o revólver niquelado reluz por um instante – ela solta um grito abafado – ele atira. O estampido faz estremecer a casa. O quarto se enche de fumaça e do cheiro da pólvora. Sentam na cama, os dois, inteiriçados, os olhos arregalados fitos no forro. Lá fora, os cães ladram. (Mas nenhuma janela se abrirá, disto eles têm certeza. Tiro é problema de quem disparou e de quem foi atingido. E da polícia.). Os latidos vão cessando aos poucos. A casa agora está absolutamente silenciosa. Nenhum ruído mais se ouve. (Nos dias que se seguirem sentirão o cheiro, fraco mas penetrante, o odor de car- ne em decomposição. Mas não falarão sobre isto, ao jantar. Ele contará de seu dia, do trânsito congestionado, ela se queixará do tempo que se perde para consultar o médico do Instituto. Mas do cheiro, nada dirão. Esperarão que se dissipe – e de fato, ao cabo de uma ou duas semanas só restarão na casa os cheiros familiares, da comida, das plantas que ela cultiva em latas vazias, do lixo acumulado no terreno ao lado. Ao forro, ele nunca subirá.) Cinco da manhã. Bocejam. Uma noite destas não há mortal que aguente, ele diz, e ela ri. Decidem que, se tiverem um filho, ele se chamará Alonso. Moacyr Scliar. Os melhores contos, 1996. (Adaptado.) LÍ N G UA P O RT U G U ES A 71 Assinale a alternativa em que se faz correta análise das informações textuais. a) No trecho – teve um pequeno pesadelo, acordou sobressaltada – (1.º §), entre as orações se estabelece uma relação de causa e consequência. b) No período – Mas nenhuma janela se abrirá, disto eles têm certeza. – (10.º §), a expressão nenhuma janela equivale a alguma janela. c) Na oração – A casa agora está absolutamente silenciosa. – (11.º §), o advérbio expressa sentido de negação, equivalente a de jeito algum. d) Na passagem – ... plantas que ela cultiva em latas vazias, do lixo acumulado no terreno ao lado. – (12.º §), a vírgula poderia ser retirada sem prejuízo de sentido. 116. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) A pirataria para o brasileiro é algo tão comum que mal pensamos que este ato, na verdade, é ilegal. Nada como comprar aquele DVD pirata no camelô ou baixar um filminho no Pirate Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é verdade? Entretanto, você já se indagou alguma vez se poderia ser punido por isso? Existe uma lenda urbana em nosso país que define como criminoso apenas quem lucra com a pirataria digital. Em outras palavras, a crença que circula de boca em boca é que somente vendedores ambulantes, falsificadores e sites que hospedamesse tipo de conteúdo são passíveis de punição jurídica. Entretanto, não é bem as- sim que funciona. O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de obras que possuem direitos autorais configura crime. Mas por que ninguém é preso ou recebe multas? Simples: a aceitação cultural é tão grande que não existe quase nenhum tipo de fiscalização ou punição para a reprodução e distribuição deste tipo de conteúdo. Vinicius Munhoz. Como a pirataria é castigada em outros países do mundo? Disponível em: <www.tecmundo.com.br>. 14 jul. 2015. O trecho do segundo parágrafo – Entretanto, não é bem assim que funciona. –, no contexto em que está inserido, apresenta uma afirmação a) condizente com a crença da maioria dos brasileiros. b) contrária ao que já foi exposto pelo STJ. c) a favor do comportamento de quem compra DVD pirata. d) divergente do que afirma o senso comum. e) desfavorável ao discurso que condena a pirataria. 117. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2016) Leia o pa- rágrafo inicial do conto As margens da alegria, de Guimarães Rosa. Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, espe- cial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre LÍ N G UA P O RT U G U ES A 72 de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O Menino. Guimarães Rosa. Primeiras estórias. Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta dos recursos ex- pressivos utilizados no texto. a) A recorrência do pronome se enfatiza a ideia de reciprocidade em – Sorria- -se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. b) O uso do termo estória, no início do texto, sinaliza que o conto é baseado em fatos presenciados pelo autor e registrados segundo critérios científicos. c) A forma verbal flexionada no pretérito imperfeito do indicativo dá como certo o fato de que a ação não chegou a se realizar em – A Mãe e o Pai vi- nham trazê-lo ao aeroporto. d) O fato de o piloto conversar com os passageiros é descrito como corriquei- ro, o que se explicita pelo uso do termo até em – Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. e) O sufixo diminutivo confere ao termo confortavelzinho uma conotação pe- jorativa, evidenciando a precariedade das instalações do avião em que se encontrava o menino. 118. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2016) Toada do Amor E o amor sempre nessa toada: briga perdoa perdoa briga. Não se deve xingar a vida, a gente vive, depois esquece. Só o amor volta para brigar, para perdoar, amor cachorro bandido trem. Mas, se não fosse ele, também que graça que a vida tinha? Mariquita, dá cá o pito, no teu pito está o infinito. Carlos Drummond de Andrade. Alguma poesia. In: Poesia 1930-1962. A respeito da construção de sentido do poema, é correto afirmar que a) a expressão a gente, no quarto verso, evidencia uma generalização sobre o comportamento humano, acentuando o tom filosófico e a linguagem for- mal do texto = incorreta LÍ N G UA P O RT U G U ES A 73 b) o uso da conjunção E iniciando o primeiro verso sugere que o poema dá continuidade a uma espécie de conversa que já estava em curso, como se tratasse de uma velha história. c) a ausência de vírgulas no segundo e no sétimo versos reduz o ritmo do poema, tornando a leitura mais lenta e pausada, criando uma atmosfera de ausência de movimento. d) a expressão dá cá o pito explicita um discurso formal, o que contribui para encerrar o poema com uma tonalidade solene, condizente com a temática do amor. e) a combinação das formas verbais briga e perdoa, no segundo verso, serve para caracterizar o amor como um sentimento que não admite contradição. 119. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Leia o texto de Drauzio Varella para responder às questões. Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi reali- zada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam. Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prá- tica do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente. Por força da necessi- dade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários. Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens, às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails atrasados. Minha carreira de escritor começou com “Estação Carandiru”, publicado quando eu tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros. A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que livro valeria a pena ser escrito? A resposta encontrei em “On Writing”, livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante, He- mingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas: escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que nunca foram contadas. De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar per- sonagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca de Capitu. Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita por LÍ N G UA P O RT U G U ES A 74 Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo. Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz alegria. Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que vai e volta por vários dias. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. 13 mai. 2017. (Adaptado.) Na frase – Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. (4.º parágrafo) –, o termo destacado estabelece relação de a) intensidade. b) causa. c) negação. d) tempo. e) dúvida. 120. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Considere os sen- tidos estabelecidos pelos vocábulos em destaque nas passagens do texto: Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros. (5.º parágrafo) Para mim,o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri. (6.º parágrafo) Nos contextos em que são empregados, os vocábulos em destaque – que e ou – estabelecem, respectivamente, relação de a) finalidade e causa. b) causa e conformidade. c) consequência e alternância. d) conformidade e consequência. e) alternância e finalidade. 121. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Viagem O sono é uma viagem noturna: o corpo horizontal no escuro e, no silêncio do trem, avança, imperceptivelmente avança... Apenas o relógio picota a passagem do tempo. Sonha a alma deitada no seu ataúde*: lá longe lá fora no fundo do túnel, há uma estação de chegada (anunciam-na os galos agora) LÍ N G UA P O RT U G U ES A 75 há uma estação de chegada com a sua tabuleta [ainda toda orvalhada... Há uma estação chamada... AURORA! Mario Quintana. Baú de espantos, 2006. *ataúde: caixão, esquife. No 11.º verso – (anunciam-na os galos agora) – a palavra em destaque sinaliza a) o princípio da noite. b) o momento de despertar. c) a hora mais silenciosa da noite. d) a quietude própria do sono. e) o ponto de partida da viagem. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 122. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal se dá pelos mesmos motivos que na frase: A bonança econômica dos últimos anos e o crescimento do emprego formal, com a consequente oferta de seguro-saúde aos funcionários, ajudam a explicar o fenômeno. a) Verificam-se nos apontamentos, com frequência, alusões às causas e aos efeitos das alterações efetivadas. b) Podem ajudar para a análise da questão a discussão sobre suas causas e o estudo de seus efeitos. c) Não há razões suficientes para o questionamento das causas e dos efeitos das novas medidas. d) Trata-se, com razão, de questionamentos bastante pertinentes sobre as cau- sas e os efeitos das mudanças. e) Vive em novas expectativas com as mudanças realizadas no sistema como um todo. 123. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Considere a charge. Pancho. Gazeta do Povo. Disponível em: <http://zip.net/bsmBgt>. 10 dez. 2013. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 76 A frase – As mentes superiores dominam as inferiores… – está corretamente rees- crita, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em: a) As mentes inferiores tendem a ser dominável pelas superiores… b) As mentes inferiores são propensas de ser dominadas pelas superiores… c) As mentes inferiores deixam-se dominar pelas superiores… d) As mentes superiores exercem domínio às inferiores… e) Domina-se, pelas mentes superiores, aquelas que são inferiores… 124. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta. a) As pessoas estão alertas em relação à gravidade do problema, o que está levando-lhes a uma mobilização mundial em busca de soluções urgente. b) As pessoas estão alerta em relação à gravidade do problema, o que as está levando a uma mobilização mundial em busca de soluções urgentes. c) As pessoas estão alerta em relação a gravidade do problema, o que lhes está levando a uma mobilização mundial em busca de soluções urgente. d) As pessoas estão alertas em relação a gravidade do problema, o que está levando-as a uma mobilização mundial em busca de soluções urgentes. 125. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Nunca se ________ tantas vaias em uma edição do Festival do Rio como na atual, __________ premiação aconteceu ontem ________ noite. Os alvos, no entanto, não foram filmes ruins. E _______ muitos candi- datos para isso. Folha de S. Paulo, 11 out. 2013. (Adaptado.) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: a) ouviram … onde a … à … haviam b) ouviu … que a … a … haviam c) ouviram … cuja … à … havia d) ouviu … da qual a … a … havia 126. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Folha de S. Paulo. 22 jun. 2014. (Adaptado.) LÍ N G UA P O RT U G U ES A 77 De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas nas falas das per- sonagens devem ser preenchidas, respectivamente, com: a) de que … vivia b) que … morar c) de que … estiver d) que … residisse 127. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) O “Anuário Brasileiro de Segurança Pública” detalhou pela primeira vez os crimes que resultam em mortes nas capitais. O panorama é sombrio: 15 932 vítimas em 2014, quase dois óbitos por hora nas principais cidades do país. No levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização privada que congrega especialistas na área), não se observa _________ com relação ao ano anterior. Em 2013, ___________ sido 15 804 mortos por violência intencional nas capi- tais, acréscimo de mero 0,8%. Tal evolução acompanha de perto o crescimento populacional, o que manteve __________ a taxa de 33 por grupo de 100 mil habitantes. Quando se consideram as cifras de cada capital, por outro lado, ___________ algumas evidências chocantes. Folha de S. Paulo. 03 out. 2015. (Adaptado.) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com: a) variação muito significativa … haviam ... inalterada ... despontam b) variações muito significativa ... havia ... inalterada ... desponta c) variação muito significativo ... haviam ... inalterado ... despontam d) variações muito significativas ... havia ... inalterado ... desponta 128. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Atendendo- -se à norma-padrão da língua portuguesa, a passagem – O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática das derrotas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista brilhante. – está adequadamente reescrita em: a) Desde então, costuma-se lembrar o conflito como a emblemática derrota – da qual se pode provar que a ambição de um estrategista brilhante têm limites. b) O conflito, costuma ser lembrado desde então, como a mais emblemática der- rota – a prova mesmo que a ambição de um brilhante estrategista é limitada. c) O conflito costuma ser lembrado, desde então, como o emblema das der- rotas – provando de que se impõe limites à ambição de um estrategista brilhante. d) Desde então, o conflito costuma ser lembrado como a derrota mais emble- mática – a prova de que mesmo a ambição de um estrategista brilhante tem limites. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 78 129. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Assi- nale a alternativa correta quanto à concordância. a) Os ruídos agora são contínuo. Não é difícil localizar de onde vem: bem no pon- to em que se projetam as réstias de luz, as tábuas afundam ritmicamente. b) Os ruídos agora são contínuos. Não é difícil localizar de onde vêm: bem no ponto em que se projetam as réstias de luz, as tábuas afundam ritmicamente. c) Os ruídos agora são contínuo. Não é difícil localizar de onde vêm: bem no ponto em que se projeta as réstias de luz, as tábuas afundam ritmicamente. d) Os ruídos agora são contínuos. Não é difícil localizar de onde vem: bem no ponto em que se projeta as réstias de luz, as tábuas afundam ritmicamente. 130. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) A pirataria para o brasileiro é algo tão comum que mal pensamos que este ato, na verdade, é ilegal. Nada como comprar aquele DVD pirata no camelô ou baixar um filminho no Pirate Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é verdade? Entretanto, você já se indagou alguma vez se poderia ser punido por isso? Existe uma lenda urbana em nosso país que define como criminoso apenas quem lucra com a pirataria digital. Em outras palavras,a crença que circula de boca em boca é que somente vendedores ambulantes, falsificadores e sites que hospedam esse tipo de conteúdo são passíveis de punição jurídica. Entretanto, não é bem as- sim que funciona. O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de obras que possuem direitos autorais configura crime. Mas por que ninguém é preso ou recebe multas? Simples: a aceitação cultural é tão grande que não existe quase nenhum tipo de fiscalização ou punição para a reprodução e distribuição deste tipo de conteúdo. Vinicius Munhoz. Como a pirataria é castigada em outros países do mundo? Disponível em: <www.tecmundo.com.br>. 14 jul. 2015. Uma frase escrita em conformidade com a norma culta e coerente com o que se afirma no trecho do texto – O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de obras que possuem direitos autorais configura crime. – é: a) Está sendo feito o download das obras que tem direitos autorais, embora o STJ tenha esclarecido de que é crime. b) O download de obras com direitos autorais constitui crime, conforme ex- presso reiteradamente pelo STJ. c) Apesar do STJ já ter avisado de que é crime fazer download de obras desres- peitando os direitos autorais, isto vêm acontecendo. d) Não é novidade que são criminosos, segundo o STJ, quem se dedica a fazer download de obras que dispõe de direitos autorais. e) Tratam-se de crimes praticar o download de obras que mantém direitos au- torais, o que já foi denunciado pelo STJ. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 79 131. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) No que se refere à concordância padrão, o trecho “...apesar da existência de casos semelhantes...” pode ser corretamente substituído por: a) ... apesar de haverem casos semelhantes... b) ... apesar de haver casos semelhantes... c) ... apesar de ter sido observado casos semelhantes... d) ... apesar de terem sido observado casos semelhantes... e) ... apesar de ter sido observados casos semelhantes... 132. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) No que se refere à concordância padrão, a frase correta é: a) Os tormentos e a angústia inerentes ao processo de criação são alvos de queixa de escritores talentosos. b) Silêncio e solidão estão entre os requisitos que escritores dizem serem es- sencial para realizar seu ofício. c) As vozes esganiçadas que repercute no aeroporto não chegam a ser um empecilho para ele escrever. d) A comparação com a obra de grandes autores, como Machado de Assis, Gógol, Faulkner e Dante Alighieri, inibiam o autor. e) Dois anos se passou para que, finalmente, Drauzio Varella terminasse de escrever seu último livro. 133. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) A frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, no que se refere à concordância, é: a) Muitas pessoas tem negligenciado as horas de sono, o que levam a vários problemas de saúde. b) É no período do sono que precede imediatamente o estado de vigília que ocorre os sonhos. c) As horas dedicadas ao sono devem ser respeitadas por quem deseja ter uma vida saudável. d) Alguns sonhos se tornam recorrente, e deve ser dado especial atenção a sua interpretação. e) O sono, segundo explicam os especialistas, é essencial para que seja conso- lidado a memória. LITERATURA – PORTUGAL E BRASIL 134. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Leia o trecho de O Guarani, de José de Alencar. As cortinas da janela cerraram-se; Cecília tinha-se deitado. Junto da inocente me- nina, adormecida na isenção de sua alma pura de virgem, velavam três sentimentos profundos, palpitavam três corações bem diferentes. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 80 Em Loredano, o aventureiro de baixa extração, esse sentimento era desejo ar- dente, uma sede de gozo, uma febre que lhe requeimava o sangue: o instinto brutal desta natureza vigorosa era ainda aumentado pela impossibilidade moral que sua condição criava, pela barreira que se elevava entre ele, pobre colono, e a filha de D. Antônio de Mariz, rico fidalgo de solar e brasão. (...) Em Álvaro, cavalheiro delicado e cortês, o sentimento era uma afeição nobre e pura, cheia de graciosa timidez que perfuma as primeiras flores do coração, e do en- tusiasmo cavalheiresco que tanta poesia dava aos amores daquele tempo de crença e de lealdade. (...) Em Peri, o sentimento era um culto, espécie de idolatria fanática, na qual não entrava um só pensamento de egoísmo; amava Cecília não para sentir um prazer ou ter uma satisfação, mas para dedicar-se inteiramente a ela, para cumprir o menor de seus desejos, para evitar que a moça tivesse um pensamento que não fosse imedia- tamente uma realidade. (...) Assim o amor se transformava tão completamente nessas organizações que apre- sentava três sentimentos bem distintos: um era uma loucura, o outro uma paixão, o último uma religião. O Guarani. José de Alencar. Observando-se a descrição da personagem Cecília, no primeiro parágrafo, vê-se que ela corresponde ao modelo a) barroco, em que a mulher vive dividida. b) árcade, em que a mulher é inacessível. c) romântico, em que a mulher é idealizada. d) realista, em que a mulher explora seus instintos. e) parnasiano, em que a mulher reprime os sentimentos. 135. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) Analise as afirmações. I – Loredano não se sentia em condições de casar com Cecília por conta de sua condição social, ou seja, era humilde, como comprova a informação: “o aventureiro de baixa extração.” II – A descrição de Álvaro como um cavalheiro contrapõe-se à de Loredano, visto também como pessoa sem escrúpulos, como comprova a informação: “era ainda aumentado pela impossibilidade moral que sua condição criava”. III – O sentimento de Peri por Cecília é de adoração, como comprova a informa- ção: “o sentimento era um culto, espécie de idolatria fanática”. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 81 136. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Meu desejo Meu desejo? era ser a luva branca Que essa tua gentil mãozinha aperta, A camélia que murcha no teu seio, O anjo que por te ver do céu deserta... Meu desejo? era ser o sapatinho Que teu mimoso pé no baile encerra... A esperança que sonhas no futuro, As saudades que tens aqui na terra... Meu desejo? era ser o cortinado Que não conta os mistérios de teu leito, Era de teu colar de negra seda Ser a cruz com que dormes sobre o peito. Meu desejo? era ser o teu espelho Que mais bela te vê quando deslaças Do baile as roupas de escumilha e flores E mira-te amoroso as nuas graças! Meu desejo? era ser desse teu leito De cambraia o lençol, o travesseiro Com que velas o seio, onde repousas, Solto o cabelo, o rosto feiticeiro... Meu desejo? era ser a voz da terra Que da estrela do céu ouvisse amor! Ser o amante que sonhas, que desejas Nas cismas encantadas de langor! Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000021.pdf>. Condizente com a estética romântica, o poema apresenta a) uma subjetividade intensa, expressa pela repetição da pergunta “Meu desejo?”. b) um vocabulário regionalista, com recorrência de termos de variantes popu- lares da língua portuguesa. c) uma linguagem próxima da prosa cotidiana, com versos livres e sem padrão no uso das rimas. d) a exaltação da vida simples, por meio da descrição realista de uma mulher camponesa. e) o emprego de um discurso marcadamente satírico, com o objetivo explícito de provocar o riso. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 82 137. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, fa- rinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosenede seu Inácio estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais. Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côva- do, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe gestos oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de seu Inácio. Aí certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? perguntou mentalmente. Animou-se e interrogou o bodegueiro: – Por que é que vossemecê bota água em tudo? Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabiano foi sentar-se na calçada, resolvido a conver- sar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enrique- cia-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria? Graciliano Ramos. Vidas Secas. 118. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2012, p. 27-28. (Adaptado.) Condizente com o estilo de Graciliano Ramos, Vidas secas tem uma linguagem a) rebuscada e com predominância de períodos longos, com muitas subordinações. b) pomposa e repleta de recursos que visam a enfeitar o discurso. c) concisa e que apresenta uma descrição mais sucinta das coisas. d) coloquial e subjetiva, que insere o leitor no discurso narrativo. e) detalhista e com longas descrições de ambientes, tanto internos quanto externos. 138. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) A livraria, clara e larga, respirava para o pomar por duas janelas, uma de peitoril e poiais de pedra almofadados de veludo, outra mais rasgada, de varanda, frescamente perfumada pela madressilva que se enroscava nas grades. Diante dessa varanda, na claridade forte, pousava a mesa – mesa imensa de pés torneados, co- berta com uma colcha desbotada de damasco vermelho, e atravancada nessa tarde pelos rijos volumes da História genealógica, todo o Vocabulário de Bluteau, tomos soltos do Panorama, e ao canto, em pilha, as obras de Walter Scott sustentando um copo cheio de cravos amarelos. E daí, da sua cadeira de couro, Gonçalo Mendes Ramires, pensativo diante das tiras de papel almaço, roçando pela testa a rama de pena de pato, avistava sempre a inspiradora da sua Novela – a Torre, a antiquíssima Torre. Eça de Queirós. A ilustre casa de Ramires. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bi000142.pdf>. (Adaptado.) LÍ N G UA P O RT U G U ES A 83 Assim como Machado de Assis, Eça de Queirós é um escritor que procura apre- sentar, em sua obra, uma descrição a) ufanista da sociedade. b) idealizada da sociedade. c) passional da sociedade. d) realista da sociedade. e) fantasiada da sociedade. 139. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VU- NESP – 2015) Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. O cimo da montanha Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a per- der, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgá- vamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços. — Minha boa Virgília! — Meu amor! — Tu és minha, não? — Tua, tua... E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha, donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer... *personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias que vão adiando a sentença de morte dela. Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 1998, p. 128-129. Nesse capítulo, destaca-se uma característica marcante do romance realista de Machado de Assis, que é a) a sucessão rápida de acontecimentos, criando um constante clima de suspense. b) o discurso impessoal, impossibilitando o acesso ao interior das personagens. c) o tom emocional, de indignação, com que se denunciam os problemas sociais. d) a reflexão a respeito das motivações psicológicas das atitudes humanas. e) a descrição de uma natureza exuberante e intocada pela civilização. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 84 140. (APMBB-SP - QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Leia o trecho de Macunaíma, de Mário de Andrade. Muitos casos sucederam nessa viagem por caatingas rios corredeiras, gerais, cor- gos, corredores de tabatinga matos-virgens e milagres do sertão. Macunaíma vinha com os dois manos pra São Paulo. Foi o Araguaia que facilitou-lhes a viagem. Por tantas conquistas e tantos feitos passados o herói não ajuntara um vintém só mas os tesouros herdados da icamiaba estrela estavam escondidos nas grunhas do Roraima lá. Desses tesouros Macunaíma apartou pra viagem nada menos de quarenta vezes quarenta milhões de bagos de cacau, a moeda tradicional. Calculou com eles um di- lúvio de embarcações. E ficou lindo trepando pelo Araguaia aquele poder de igaras, duma em uma duzentas em ajojo que nem flecha na pele do rio. Na frente Macu- naíma vinha de pé, carrancudo, procurando no longe a cidade. Matutava matutava roendo os dedos agora cobertos de berrugas de tanto apontarem Ci estrela. Os ma- nos remavam espantando os mosquitos e cada arranco dos remos repercutindo nas duzentas igaras ligadas, despejava uma batelada de bagos na pele do rio, deixando uma esteira de chocolate onde os camuatás pirapitingas dourados piracanjubas ua- rus-uarás e bacus se regalavam. Macunaíma. Mário de Andrade. 1988, p. 36-37. Um traço do estilo modernista presente no trecho é a a) quebra dos padrões convencionais de pontuação gráfica. b) caracterização do herói como ser nobre, sábio e prudente. c) linguagem impessoal, influenciada pelo discurso jornalístico. d) comparação das personagens humanas com animais selvagens. e) abundância de conectivos lógicos, revelando intenso racionalismo. 141. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2016) Leia o pró- logo do livro O guarani, de José de Alencar. Prólogo Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que pos- so fazer alguma coisa neste ramo de literatura. Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o co- ração é que fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir, fala a memória ou a imaginação. Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza. Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um com a minha vida. Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei. Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor eterno, que antes do dilúvio já se havia agarrado à arca de Noé, e pôde assim escapar ao cataclisma. Previno-lhe que encontrará cenas que não são comunsatualmente, não as con- dene à primeira leitura, antes de ver as outras que as explicam. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 85 Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado nos longos serões das nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco horas. Adeus. Minas, 12 de dezembro. José de Alencar. O guarani. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Considerando-se o contexto global de O guarani, quando o autor afirma – Pre- vino-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente –, chama a atenção para o fato de a narrativa a) ser o relato de cenas que ocorreram quando Cabral chegou ao Brasil com sua esquadra, travando um primeiro contato com os nativos. b) apresentar elementos que remetem a um passado mítico, que não encontra paralelo com o registro histórico de fatos ocorridos no Brasil. c) ambientar-se no passado recente da história do Brasil, quando a descoberta das Minas Gerais promoveu a povoação do interior do país. d) tratar de eventos situados no passado, no período colonial, quando índios e brancos viviam lado a lado nas terras brasileiras. e) retratar o Brasil anterior à chegada dos portugueses, quando índios trava- ram entre si batalhas violentas pela posse de terras. 142. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2016) O pastor moribundo Cantiga de viola A existência dolorida Cansa em meu peito: eu bem sei Que morrerei! Contudo da minha vida Podia alentar-se a flor No teu amor! Do coração nos refolhos Solta um ai! num teu suspiro Eu respiro! Mas fita ao menos teus olhos Sobre os meus: eu quero-os ver Para morrer! Guarda contigo a viola Onde teus olhos cantei... E suspirei! Só a ideia me consola Que morro como vivi... Morro por ti! Se um dia tu’alma pura Tiver saudades de mim, Meu serafim! LÍ N G UA P O RT U G U ES A 86 Talvez notas de ternura — Inspirem o doido amor Do trovador! Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos. Um traço comum à estética romântica, presente tanto no texto citado de José de Alencar quanto no poema de Álvarez de Azevedo, é o a) didatismo. b) objetivismo. c) pessimismo. d) bucolismo. e) sentimentalismo. 143. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) É possível estabelecer uma relação intertextual entre esse poema e as cantigas de amor trovadorescas, porque nesses textos se constata a) a representação personificada de elementos da natureza. b) um eu lírico que diz morrer pela mulher amada. c) um eu lírico feminino que chora por ter sido abandonado. d) um pastor que se identifica com a vida simples do campo. e) a crítica social por meio do uso do discurso irônico. 144. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2016) Leia o pa- rágrafo inicial do conto As margens da alegria, de Guimarães Rosa. Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, espe- cial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O Menino. Guimarães Rosa. Primeiras estórias. Condizente com o estilo de Guimarães Rosa, percebe-se no trecho a) o desrespeito às regras de regência, como em – ... vinham trazê-lo ao aeroporto. b) o uso excessivo de conectivos lógicos, como às vezes e logo. c) a preferência por períodos longos, com muitas subordinações. d) o emprego de neologismos, como justinhamente e desconter-se. e) a linguagem marcadamente formal e a ausência de vocábulos regionais. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 87 145. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) Em harmonia com a estética do modernismo brasileiro, observa-se, no poema, o uso a) da métrica regular e a preferência por rimas internas. b) de um ritmo intenso, que aproxima a poesia da música. c) de uma linguagem coloquial e a irreverência ao tratar do amor. d) de metáforas obscuras, distanciando a poesia da linguagem cotidiana. e) da pergunta retórica, revelando um discurso marcadamente intimista. 146. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) Muitos acontecimentos se tinham passado entre eles nestes dois dias; há circuns- tâncias em que os sentimentos marcham com uma rapidez extraordinária, e devo- ram meses e anos num só minuto. Reunidos nesta sala pela necessidade extrema do perigo, vendo-se a cada mo- mento, trocando ora uma palavra, ora um olhar, sentindo-se enfim perto um do outro, esses dois corações, se não se amavam, compreendiam-se ao menos. Álvaro fugia e evitava Isabel; tinha medo desse amor ardente que o envolvia num olhar, dessa paixão profunda e resignada que se curvava a seus pés sorrindo melancolicamente. Sentia-se fraco para resistir, e entretanto o seu dever mandava que resistisse. Ele amava, ou cuidava* amar ainda Cecília; prometera a seu pai ser seu marido; e na situação em que se achavam, aquela promessa era mais do que um juramento, era uma necessidade imperiosa, uma fatalidade que se devia cumprir. Como podia ele pois alimentar uma esperança de Isabel? Não seria infame, in- digno, aceitar o amor que ela lhe oferecera suplicando? Não era seu dever destruir naquele coração esse sentimento impossível? José de Alencar. O guarani. * imaginava O trecho apresenta uma temática muito explorada no Romantismo, que diz respeito: a) às ações guiadas puramente por impulsos instintivos e carnais. b) ao casamento entre parentes em famílias aristocráticas. c) à crítica ao materialismo da sociedade burguesa e capitalista. d) a um amor que, a princípio, não pode se concretizar. e) aos conflitos de interesses entre patrões e operários. TIPOLOGIA TEXTUAL 147. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) Investimento em educação reduz criminalidade A potencialidade da escola como um fator para influenciar o comportamento dos alunos e reduzir a violência é comprovada pela economista Kalinca Léia Becker em sua tese de doutorado, realizada no programa de pós-graduação em Economia LÍ N G UA P O RT U G U ES A 88 Aplicada da Escola Superior de Agricultutra Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Pi- racicaba. Em um primeiro estudo, foram coletadas evidências de que a atuação pública na área da educação poderia contribuir para reduzir o crime em médio e longo prazo. Nessa etapa, foi mensurado o impacto do gasto público em educação na redução da taxa de homicídios, utilizando dados dos estados brasileiros, entre os anos de 2001 e 2009. Em um segundo estudo, foram analisados alguns fatores do ambiente escolar e do seu entorno que poderiam contribuir para a manifestação do comportamento violento dos alunos, a partir de dados disponibilizados nas Provas Brasil de 2007 e 2009. Constatou-se inicialmente que, quando ocorre o investimento de 1% na educa- ção, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido. Porém, para isso, é necessário que a escola funcione como um espaço para desenvolver conhecimento. Kalinca Léia Becker observou que escolas com traços da violência, como depredação do patri- mônio e atuação de gangues, podem influenciar a manifestação do comportamento agressivo nos alunos. Por outro lado, quando a instituição promove atividades ex- tracurriculares, estimulando um convívio saudável, ocorre a redução em 0,96% da possibilidade de algum aluno cometer umato agressivo. Lucas Jacinto. Agência USP de notícias. Disponível em: <www.usp.br/agen/?p=138948.>. 05 jun. 2013. (Adaptado.) A passagem do texto que explicita uma opinião, evidenciando marcas do texto dissertativo, é: a) Em um primeiro estudo, foram coletadas evidências de que a atuação públi- ca na área da educação poderia contribuir para reduzir o crime em médio e longo prazo. b) Nessa etapa, foi mensurado o impacto do gasto público em educação na redução da taxa de homicídios, utilizando dados dos estados brasileiros, entre os anos de 2001 e 2009. c) Constatou-se inicialmente que, quando ocorre o investimento de 1% na educação, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido. d) Em um segundo estudo, foram analisados alguns fatores do ambiente es- colar e do seu entorno que poderiam contribuir para a manifestação do comportamento violento dos alunos, a partir de dados disponibilizados nas Provas Brasil de 2007 e 2009. e) Porém, para isso, é necessário que a escola funcione como um espaço para desenvolver conhecimento. 148. (APMBB-SP - QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VU- NESP – 2015) Leia a passagem do conto Os cimos, de João Guimarães Rosa. E: — “Pst!” — apontou-se. A uma das árvores, chegara um tucano, em brando ba- tido horizontal. Tão perto! O alto azul, as frondes, o alumiado amarelo em volta e os tantos meigos vermelhos do pássaro — depois de seu voo. Seria de ver-se: grande, de enfeites, o bico semelhando flor de parasita. Saltava de ramo em ramo, comia da árvore carregada. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 89 Toda a luz era dele, que borrifava-a de seus coloridos, em momentos pulando no meio do ar, estapafrouxo, suspenso esplendentemente. No topo da árvore, nas frutinhas, tuco, tuco... daí limpava o bico no galho. E, de olhos arregaçados, o Me- nino, sem nem poder segurar para si o embrevecido instante, só nos silêncios de um-dois-três. João Guimarães Rosa. Primeiras estórias. 1988, p. 155. (Adaptado.) A passagem enfoca um instante de encantamento, em que um tucano se impõe aos olhos como uma figura de extrema beleza. A linguagem descritiva predomina, apresentando o pássaro de maneira mais estática com relação a outros fragmentos da passagem, em: a) A uma das árvores, chegara um tucano, em brando batido horizontal. b) O alto azul, as frondes, o alumiado amarelo em volta e os tantos meigos vermelhos do pássaro... c) Saltava de ramo em ramo, comia da árvore carregada. d) Toda a luz era dele, que borrifava-a de seus coloridos, em momentos pulan- do no meio do ar... e) No topo da árvore, nas frutinhas, tuco, tuco... daí limpava o bico no galho. 149. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – 2017) A sala de jantar da Torre, que abria por três portas envidraçadas para uma funda varanda alpendrada, conservava, do tempo do avô Damião (o tradutor de Valerius Flaccus), dois formosos panos de Arrás representando a Expedição dos Argonautas. Louças da Índia e do Japão, desirmanadas e preciosas, recheavam um imenso ar- mário de mogno. E sobre o mármore dos aparadores rebrilhavam os restos, ainda ricos, das pratas famosas dos Ramires, que o Bento constantemente areava e polia com amor. Eça de Queirós. A ilustre casa de Ramires. Nesse trecho, verifica-se a) a predominância do tipo descritivo. b) a predominância do tipo narrativo. c) a predominância do tipo dissertativo. d) o equilíbrio entre o tipo narrativo e dissertativo. e) o equilíbrio entre o tipo dissertativo e descritivo. TERMOS DA ORAÇÃO 150. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Dois velhinhos Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo. Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia olhar lá fora. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 90 Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo ne- gro, as moscas no fio de luz. Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrado, anunciava o primeiro: — Um cachorro ergue a perninha no poste. Mais tarde: — Uma menina de vestido branco pulando corda. Ou ainda: — Agora é um enterro de luxo. Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O mais velho acabou morren- do, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela. Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava tudo. Cochilou um instante — era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pes- coço: entre os muros em ruína, ali no beco, um monte de lixo. Dalton Trevisan. Mistérios de Curitiba, 1979. Na frase – Agora é um enterro de luxo. –, a expressão de luxo assume o mesmo valor gramatical que a destacada em: a) Na história Os Três Porquinhos, o mais esperto fez sua casa de tijolos. b) O tempo estava bastante chuvoso, mesmo assim ela viajou de avião. c) Eles precisavam de dinheiro para garantir a viagem de férias. d) Sempre tive medo de lobisomem, achava esse tipo de história detestável. PONTUAÇÃO 151. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) A frase – Sem nada ver, o amigo remordia- -se no seu canto. – está corretamente reescrita quanto à flexão verbal, à pontuação e à colocação pronominal em: a) Se remordia, o amigo, no seu canto, sem que nada visse. b) O amigo, sem que nada vesse, se remordia no seu canto. c) Remordia-se, no seu canto, o amigo, sem que nada visse. d) Se remordia no seu canto o amigo, sem que nada vesse. 152. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Assi- nale a alternativa em que se pontua corretamente a reescrita do trecho: Uma noite destas não há mortal que aguente, ele diz, e ela ri. a) Ela riu quando ele disse: que não havia mortal que aguentava uma noite daquelas. b) Ele disse: que não havia mortal que aguentava, uma noite daquelas e ela riu. c) Ele disse que não havia mortal que aguentava uma noite daquelas, e ela riu. d) Ela riu, quando ele disse, que não havia mortal que aguentava uma noite daquelas. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 91 153. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP- 2017) Sem prejuízo do sentido e da correção e conforme a norma-padrão, no trecho “Vir- gília amava-me com fúria; aquela resposta era a verdade patente”, pode-se substituir o ponto e vírgula pela vírgula seguida por: a) e. b) porém. c) por que. d) embora. e) contudo. 154. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que vai e volta por vários dias. Após o acréscimo das vírgulas, a frase permanece pontuada corretamente, confor- me a norma-padrão da língua, em: a) Nesse momento sou, invadido por uma sensação de felicidade plena, que vai e volta por vários dias. b) Nesse momento sou invadido, por uma sensação, de felicidade plena que vai e volta por vários dias. c) Nesse momento sou invadido, por uma sensação de felicidade, plena que vai, e volta por vários dias. d) Nesse momento sou invadido por, uma sensação de felicidade plena, que vai e volta por vários dias. e) Nesse momento, sou invadido por uma sensação de felicidade plena, que vai e volta por vários dias. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 155. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA- ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia a charge. Folha de S. Paulo. 24 set. 2013. (Adaptado.) Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, a fala da primeira personagem deve ser preenchida com a) Ainda não chegou as minhas contas, devido greve dos Correios. b) Ainda não chegaram as minhas contas, devido à greve dos Correios. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 92 c) Ainda não chegou as minhas contas, devido aos Correios em greve. d) Ainda não chegaram as minhas contas, devido os Correios em greve. 156. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Assinale a alternativa em que o uso ou não do acento indicativo da crase e a regência estão em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa. a) A luz dos dados, vê-seque se chega em quase dois óbitos por hora nas principais capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido à violência intencional. b) À luz dos dados, vê-se que se chega a quase dois óbitos por hora nas princi- pais capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido à violência intencional. c) À luz dos dados, vê-se que se chega em quase dois óbitos por hora nas prin- cipais capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido violência intencional. d) A luz dos dados, vê-se que se chega à quase dois óbitos por hora nas princi- pais capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido a violência intencional. 157. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Mas nenhuma janela se abrirá, disto eles têm certeza. Tiro é problema de quem dispa- rou e de quem foi atingido. E da polícia. Quanto à regência e ao emprego da conjunção, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o trecho está corretamente reescrito em: a) Mas eles têm certeza de que nenhuma janela se abrirá, conforme tiro diz respeito em quem disparou e em quem foi atingido. E na polícia. b) Mas eles têm certeza que nenhuma janela se abrirá, portanto tiro diz respei- to quem disparou e quem foi atingido. E a polícia. c) Mas eles têm certeza que nenhuma janela se abrirá, mas tiro diz respeito a quem disparou e a quem foi atingido. E a polícia. d) Mas eles têm certeza de que nenhuma janela se abrirá, pois tiro diz respeito a quem disparou e a quem foi atingido. E à polícia. FIGURAS DE LINGUAGEM 158. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia o trecho da música Vagalumes, de Pollo. Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí Pra te ver sorrir, eu posso colorir o céu de outra cor Eu só quero amar você E quando amanhecer eu quero acordar Do seu lado Disponível em: <http://letras.mus.br>. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 93 Com o propósito de chamar a atenção para os seus sentimentos, o eu-lírico se vale de uma ideia baseada a) no exagero, explorando ações difíceis de se alcançar na realidade. b) na contradição, opondo o tamanho do sentimento à indiferença da mulher amada. c) no eufemismo, usando termos mais brandos para revelar seus sentimentos. d) na sinestesia, misturando sensações visuais e táteis para descrever a mulher amada. PERÍODO COMPOSTO – COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 159. (APMBB-SP - QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VU- NESP – 2015) Leia a charge. Mandrade, Folha de S. Paulo, 21 mar. 2014. Considere a fala da personagem dividida em dois trechos: I – Somos tão bombardeados pela publicidade II – que já não sei mais identificar o que é essencial para minha vida. Com relação ao trecho I, o trecho II expressa a) conformidade. b) proporção. c) causa. d) modo. e) consequência. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 94 CONJUGAÇÃO VERBAL 160. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Pela primeira vez, a proporção de brasileiros que se declaram ao IBGE como pre- tos ou pardos superou 40% entre os matriculados no ensino superior. Uma análise superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni, que também reserva uma parcela de suas bolsas em universidades particulares para negros. Os dados do IBGE mostram, porém, que o movimento já era visível antes mesmo de essas políti- cas serem adotadas. Olhando a série histórica, é possível identificar que de 1992 até 1998 não houve avanço algum na taxa, que ficou estabilizada em torno de 18%. A partir daí, o cres- cimento foi constante. Em 2003, por exemplo, quando apenas duas universidades (a Uerj e a estadual do Rio Grande do Sul) recebiam sua primeira leva de alunos cotistas, o percentual de pretos e pardos no ensino superior já havia aumentado para 25%. Apontar a razão principal para o aumento de afrodescendentes no ensino supe- rior exige um estudo mais aprofundado, mas é fato que esse movimento aconteceu no mesmo período em que as matrículas totais cresceram de 1,4 milhão de estu- dantes em 1992 para 6,9 milhões em 2013. Com mais vagas, e num ambiente de melhoria da renda, é razoável supor que mais jovens negros tiveram oportunidade de ingressar no ensino superior, principalmente no setor privado, que criou mais matrículas. Antônio Gois. Cotas e ProUni. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/cotas-prou- ni-14576773>. 17 nov. 2014. (Adaptado.) Assinale a alternativa cuja expressão verbal em destaque exprime noção de hipó- tese/conjectura. a) A partir daí, o crescimento foi constante. (segundo parágrafo) b) ... esse movimento aconteceu no mesmo período em que as matrículas to- tais cresceram de 1,4 milhão de estudantes em 1992 para 6,9 milhões em 2013. (terceiro parágrafo) c) ... o percentual de pretos e pardos no ensino superior já havia aumentado para 25%. (segundo parágrafo) d) Apontar a razão principal para o aumento de negros no ensino superior exige um estudo mais aprofundado... (terceiro parágrafo) e) Uma análise superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni... (primeiro parágrafo) 161. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Mas quando as autoridades verificam o que consta nele, descobrem que ela havia passado todo o seu tempo na praia. Com todos os verbos transpostos para o passado, o pe- ríodo está corretamente reescrito em: a) Mas quando as autoridades verificariam o que constaria nele, descobriam que ela passa todo o seu tempo na praia. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 95 b) Mas quando as autoridades verificarão o que constou nele, descobrirão que ela passou todo o seu tempo na praia. c) Mas quando as autoridades verificaram o que constava nele, descobriram que ela tinha passado todo o seu tempo na praia. d) Mas quando as autoridades verificavam o que constou nele, vão descobrir que ela tem passado todo o seu tempo na praia. 162. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) Depois numa visita (devida já desde a Páscoa!) ao velho Sanches Lucena, _________ eleito novamente deputado, nas Eleições Gerais de abril, pelo círculo de Vila Clara. Preservando-se as relações temporais estabelecidas no texto original, assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna desse trecho. a) que seria b) que seja c) que será d) que fora e) que fosse 163. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) A passagem em que a primeira forma verbal destacada está flexionada de modo a expressar uma ação ocorrida em um tempo anterior ao da segunda forma verbal destacada é: a) ... há circunstâncias em que os sentimentos marcham com uma rapidez extraordinária... b) ... esses dois corações, se não se amavam, compreendiam-se ao menos. c) Álvaro fugia e evitava Isabel... d) ... prometera a seu pai ser seu marido; e na situação em que se achavam... e) Como podia ele pois alimentar uma esperança de Isabel? 164. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Leia o texto de Drauzio Varella. Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi reali- zada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam. Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prá- tica do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente. Por força da necessi- dade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários. Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens, às portas do paraíso celestial. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 96 O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na palestra paraa qual fui convidado, os e-mails atrasados. Minha carreira de escritor começou com “Estação Carandiru”, publicado quando eu tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros. A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que livro valeria a pena ser escrito? A resposta encontrei em “On Writing”, livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante, He- mingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas: escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que nunca foram contadas. De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar per- sonagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca de Capitu. Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo. Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz alegria. Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que vai e volta por vários dias. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. 13 mai. 2017. (Adaptado.) As formas destacadas em – De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar personagens como Dom Casmurro... (8.º parágrafo) – expres- sam, respectivamente, a) certeza e ação duvidosa. b) convicção e ação testada. c) possibilidade e ação condicionada. d) probabilidade e ação comprovada. e) impossibilidade e ação concreta. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 97 COLOCAÇÃO PRONOMINAL 165. (APMBB-SP - QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Leia a tira. Dik Browne. Folha de S. Paulo, 15 nov. 2014. (Adaptado.) Considerando as relações de sentido e de coesão no contexto, complete, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a norma-padrão da língua portugue- sa, em uma situação formal de comunicação. a) os inspira … mau b) lhes inspiram … mau c) lhes inspira … mau d) os inspiram … mal e) lhes inspira … mal 166. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal na frase reescrita do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. a) Inclinara-me para ver o objeto e, quando olhei-o, notei o pequeno feixe de fibras. b) O fragmento do dedo tornara-se semelhante à feição de um simples fruto do mar. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 98 c) Provavelmente muito teria-se esmerado o joalheiro na cravação da esmeral- da no anel. d) Assim que retraiu-se a água, pude ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra. 167. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Observe a imagem. Gazeta do Povo. 11 ago. 2015. (Adaptado.) Em conformidade com a norma-padrão, a frase que completa coerentemente o balão da fala da personagem é: a) Me veja um café com leite por favor. Ou melhor leite com café. b) Veja-me um café com leite, por favor. Ou melhor, leite com café. c) Veja-me um café com leite por favor? Ou melhor leite com café! d) Me veja um café com leite por favor, ou melhor, leite com café. 168. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Eles gostavam dos mesmos filmes, dos mesmos livros, das mesmas bandas, dos mesmos pratos nos mesmos restaurantes, riam das mesmas piadas, queriam conhecer os mesmos países e ter um filho chamado Frederico. Depois de cinco anos, contudo, __________ daquela mesmice. Ela disse que estava pensando em se separar, ele disse que vinha pensando o mesmo. Ontem, ao partir, ela _________ prometer que jamais teria um filho chamado Frederico. Ele prometeu – e pediu o mesmo. Antônio Prata. Separações. Folha de S. Paulo, 17 nov. 2013. (Adaptado.) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, preenchem-se as lacunas do texto, respectivamente, com: a) cansaram-se ... o fez b) se cansaram ... fez-no c) cansaram-se ... fez ele d) se cansaram ... lhe fez LÍ N G UA P O RT U G U ES A 99 169. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Assinale a alter- nativa em que o trecho do texto está reescrito conforme a norma-padrão da língua portuguesa, com a expressão destacada substituída pelo pronome correspondente. a) ... o prazer de contar aquelas histórias... → ... o prazer de contar-nas... b) ... meio século sem escrever livros. → ... meio século sem escrevê-los. c) ... puxo a mesinha... → ... puxo-lhe... d) ... livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway... → ... livro que reúne-as... e) O médico que atendia pacientes... → O médico que lhe atendia... VOZ VERBAL 170. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Na oração – ... cerca de 200 000 soldados enfrentaram-se por oito horas. –, o pronome se está em- pregado com sentido de reciprocidade. Tal sentido também se verifica em: a) Estavam muito apaixonados os noivos, quando se olharam e disseram “sim”. b) A questão era complexa, tratava-se de um assunto bastante delicado para todos. c) O jovem percebeu o inconveniente de sua canção e logo se retirou do recin- to. d) Todos se aproximaram do stand para ver se conseguiam um autógrafo do escritor. CRASE 171. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Na oração – ... para que os dados reais escapassem a exames forenses. – poderá ser em- pregado “à” no lugar de “a”, se a expressão exames forenses for substituída por a) uma análise forense. b) averiguação forense. c) um especialista forense. d) qualquer investigação forense. 172. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Assinale a alterna- tiva que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir. Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendimento _____ presos da Casa de Detenção, em São Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella chega ao fim de uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de “Estação Carandiru” (1999), que mostra ________ entranhas daquela que foi ________maior prisão da América Latina, e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que trabalham no sistema prisional, LÍ N G UA P O RT U G U ES A 100 Varella agora faz um retrato das detentas da Penitenciária Feminina da Capital, tam- bém na capital paulista, onde cumprem pena mais de duas mil mulheres. O Globo. Disponível em: <https://oglobo.globo.com>. (Adaptado.) a) à … às … a b) a … as … a c) a … às … a d) à … às … à e) a … as … à ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 173. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2017) A palavra assexuado foi formada com um prefixo de negação, assim como o vocá- bulo: a) cruzamento. b) análise. c) reprodução. d) processo. e) invertebrados. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 101 GABARITO COMENTADO 1. Em “a”: Errado – Traumatismo ou ferida e seus tratamentos. Em “b”: Errado – Acidentes de trânsito e suas causas. Em “c”: Errado – Mortes no trânsito e suas repercussões. Em “d”: Errado – Mortes no trânsito e suas formas de prevenção. Em “e”: Certo – Acidentes de trânsito e suas consequências. GABARITO OFICIAL: E 2. Em “a”: Certo – Enviar mensagens pelo celular enquanto se dirige pode provocar acidentes. Em “b”: Errado – É importante que os pais estejam informadossobre o paradeiro dos filhos = (sim! – mas não é a mensagem passada pelo cartaz). Em “c”: Errado – Os traumatismos mais graves são resultado de acidentes de trânsito. Em “d”: Errado – Dirigir após usar o celular é um comportamento perigoso, que deve ser evitado. Em “e”: Errado – Os jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. GABARITO OFICIAL: A 3. Em “a”, Como não haverá expediente bancário na sexta-feira, o boleto poderá ser pago na segunda-feira = indica ação que acontecerá (futuro do presente) Em “b”, O morador não autorizou a entrada do técnico para a medição do consu- mo de gás no imóvel = indica ação realizada (pretérito perfeito) Em “c”, Atenção: não se esqueçam de usar o cinto de segurança também no banco de trás do automóvel = indica conselho (imperativo negativo) Em “d”, Pesquisadores canadenses descobriram que o macarrão não induz o ga- nho de peso = indica um fato atual (presente) Em “e”, Os candidatos que não apresentarem um documento com foto não po- derão realizar a prova = indica possibilidade, hipótese (futuro do pretérito Sub- juntivo) GABARITO OFICIAL: C 4. Em “a”: Errado – Geravam discussões pouco edificantes que incitavam a intole- rância. Em “b”: Errado – Demandavam que ele passasse tempo excessivo envolvido no trabalho. Em “c”: Certo – Faziam com que ele se distanciasse das interações na vida não virtual. Em “d”: Errado – Exigiam que ele dedicasse muita atenção à resolução de equações. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 102 Em “e”: Errado – Impulsionaram os negócios e exigiram computadores mais so- fisticados. GABARITO OFICIAL: C 5. Em “a”: Errado – Revela-se entediado diante da falta de opções de diversão. Em “b”: Errado – Contraria a afirmação de que sábado é o melhor dia da semana. Em “c”: Errado – Mostra-se confuso diante da grande variedade de atividades. Em “d”: Errado – Reforça a ideia de que se lançará a diversas distrações. Em “e”: Certo – Reduz as oportunidades de diversão a uma única. GABARITO OFICIAL: E 6. Em “a”: Certo – Sua vivência pessoal em diferentes favelas. Em “b”: Errado – Uma imaginação sem paralelo com a realidade. Em “c”: Errado – Histórias que leu quando ainda era criança. Em “d”: Errado – Uma reescrita de livros de autores eruditos. Em “e”: Errado – Leituras de estudos realizados por intelectuais. GABARITO OFICIAL: A 7. Em “a”: Errado – É um benefício pouco acessível a moradores de favelas. Em “b”: Errado – Significa produzir itens que classifica como supérfluos. Em “c”: Errado – Restringe-se a adquirir produtos produzidos por multinacionais. Em “d”: Certo – Envolve comprar produtos industrializados e apreciar arte. Em “e”: Errado – Equivale a rejeitar a influência da cultura estrangeira. GABARITO OFICIAL: D 8. Em “a”: Errado – Precariedade do saneamento. Em “b”: Errado – Desigualdade econômica. Em “c”: Errado – Ausência de segurança. Em “d”: Certo – Diversidade cultural. Em “e”: Errado – Falta de opções de lazer. GABARITO OFICIAL: D 9. Em “a”, As mortes causadas por acidentes são muito preocupante (preocupantes). Em “b”, Acidentes de trânsito deixam um grande número de feridos. Em “c”, São essenciais (É essencial) que os motoristas dirijam com mais cautela. Em “d”, Foi estabelecido (estabelecida) uma estimativa quanto ao número de aci- dentados. Em “e”, Poderão haver (Poderá haver) muitos (muito) mais vítimas de trânsito se nada for feito. GABARITO OFICIAL: B LÍ N G UA P O RT U G U ES A 103 10. Em “a”, O garoto gosta de assistir à desenhos animados = a desenhos (palavra masculina) Em “b”, O garoto prefere desenhos animados à filmes ou jogos = a filmes (palavra masculina) Em “c”, O garoto passou o sábado assistindo à televisão. Em “d”, O garoto perguntou à seu amigo se ele queria ver TV = a seu amigo (pro- nome possessivo) Em “e”, O garoto prefere ver desenhos à brincar na rua = a brincar (verbo no infinitivo) GABARITO OFICIAL: C 11. “Se nada for feito” apresenta a ideia de condição. Poderia ser substituído por “Caso nada seja feito” que manteria o sentido. GABARITO OFICIAL: D 12. Em “a”, os filmes e as séries de sucesso mundial = sentido denotativo (real) Em “b”, cultura pop que faz a cabeça dos jovens = sentido conotativo (figurado) Em “c”, encontra seus públicos por becos e vielas = sentido denotativo (real) Em “d”, Destaco esses lugares = sentido denotativo (real) Em “e”, meu primeiro livro, publicado em março de 2018 = sentido denotativo (real) GABARITO OFICIAL: B 13. Quem pergunta, pergunta algo a alguém = perguntaram “a ele/lhe” se se arre- pende: Ao lhe perguntarem. GABARITO OFICIAL: E 14. Em “a”: Errado – Padrão da língua em uma frase em que a ideia de “educação” está confirmada. Em “b”: Errado – Padrão da língua em uma frase que condena o que seja “falta de educação”. Em “c”: Errado – Caipira da língua em uma frase em que a ideia de “educação” se faz presente. Em “d”: Certo – Coloquial da língua em uma frase que exemplifica o que seja “falta de educação”. Em “e”: Errado – Popular da língua em uma frase com termos obscenos que ne- gam a ideia de “educação”. “Tô” faz parte da fala “coloquial”, cotidiana – não formal. GABARITO OFICIAL: D LÍ N G UA P O RT U G U ES A 104 15. Linguagem marcada pela mistura do português culto com uma variante popular. GABARITO OFICIAL: E 16. Podemos descartar os itens que apresentam as formas “cidadões” e “cidadães”, que são erradas. Restam-nos “b” e “d”. Iniciaremos o período utilizando o verbo “haver” no passado – com sentido de tempo: Há dez anos. Teremos, então: Há dez anos... subdesenvolvida ... por que (= uma pergunta su- bentendida) ... cidadãos ... mal (substitua na frase por “bom”: não passar bom [?]; agora, por “bem”: não passar bem = esta está mais coerente, não é? Então é caso para substituição bem X mal – advérbios) GABARITO OFICIAL: B 17. Vamos por eliminação: em frases interrogativas utilizamos “por que” (separado). Se estiver perto do ponto de interrogação: “por quê”; longe, “por que”. Restaram- -nos os itens “b” e “e”. Em respostas usamos “porque” (junto). Atrás sempre com “s”; “traz” – é do verbo trazer; “trás” é sinônimo de “atrás”, mas sem o “a” inicial – “detrás, chegou por trás”. Temos, então: Por que / por quê / porque / atrás. GABARITO OFICIAL: E 18. Analisemos: Afirmativa I – Verdadeiro – Considerando os sentidos estabelecidos no texto, um título adequado a ele e em conformidade com a norma padrão quanto à regência é: Banco de Alimentos busca onde sobra e leva aonde falta. (“Aonde” é usado para verbos que indicam “movimento”.) Afirmativa II – Verdadeiro – O texto está organizado na sequenciação, ou seja, marca-se pela temporalidade, o que significa que ele é predominantemente nar- rativo. Afirmativa III – Falso – Nas expressões – Gente com fome... e Com fome de resulta- dos... – o termo fome apresenta o mesmo sentido. O primeiro período emprega “fome” em seu sentido denotativo (de verdade); o segundo, conotativo (desejo por resultados). GABARITO OFICIAL: C 19. Na fala da personagem, “só” está com o sentido de “apenas”, “somente”. Com ex- ceção de “Só vence quem concorre”, os demais estão empregados com o sentido de “sozinho”. GABARITO OFICIAL: A 20. O uso do diminutivo, neste caso, expressa ternura. GABARITO OFICIAL: D LÍ N G UA P O RT U G U ES A 105 21. O humor está no emprego da palavra “impulso”, utilizada em seu sentido literal, denotativo (“pular”). GABARITO OFICIAL: D 22. O diminutivo “velhinhos” expressa fragilidade. GABARITO OFICIAL: C 23. Esquecidos em um quarto de asilo; desconfiava que o outro não divulgava tudo. GABARITO OFICIAL: B 24. Cuidado! Antônimo tem sentido contrário! Geralmente as questões pedem si- nônimos. Ascensão significa “elevação”; seu contrário/antônimo: queda, declínio. GABARITO OFICIAL: B 25. Certo passaporte no bolso = algum passaporte. GABARITO OFICIAL: B 26. Emergindo / dissolutas / revolvi = Comecemos pelo último termo: remexi. Pronto! Chegamos à resposta. GABARITO OFICIAL: A 27. Nositens apresentados, há presença de linguagem figurada no trecho “trabalha- do pela água”, como se a água tivesse esculpido o objeto encontrado pela autora. GABARITO OFICIAL: C 28. Cuidado! Antônimos (contrários) = sombrio – animador / intencional – invo- luntário. GABARITO OFICIAL: C 29. Sinônimos (mesmo sentido) = confisca – apreende / obstruirá – impedirá. GABARITO OFICIAL: C 30. Há emprego de sentido figurado, conotativo, em Um telefone que conta duas histórias complica as coisas. GABARITO OFICIAL: D LÍ N G UA P O RT U G U ES A 106 31. “Inerentes” tem o sentido de “intrínsecos” = já fazem parte de. GABARITO OFICIAL: A 32. Dentre os itens, o que apresenta sentido conotativo (figurado) é: “às cotoveladas, a literatura abriu espaço” na agenda do autor. GABARITO OFICIAL: D 33. Em “a”: Certo – Decorre da necessidade de busca por um lugar melhor para se viver, já que a seca estava destruindo tudo. Em “b”: Errado – Mostra-se sem justificativa concreta, já que a família estava bem instalada naquele local. Em “c”: Errado – Expressa a necessidade de mudança contínua do povo nordesti- no, mesmo que a seca não o esteja atingindo. Em “d”: Errado – Acontece pela reocupação das terras pelos antigos donos, agora não mais temerosos da seca e da falta de água. Em “e”: Errado – Revela a submissão de Fabiano às vontades da mulher, mesmo que tenha de fazer algo contrariado. A viagem era necessária, devido à seca, mas não desejada: A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. (...) Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. GABARITO OFICIAL: A 34. Em “a”: Errado – Mostram o sertanejo amargo e sem preocupação com a família e com o meio em que vive, o que o torna melancólico e amedrontado pela ordem imposta: Seria necessário largar tudo? Em “b”: Errado – Abordam tema diferente da obra de Graciliano, enfocando os aspectos positivos da vida no sertão, ao contrário do que se vê na passagem: As alpercatas chiavam de novo no caminho coberto de seixos. Em “c”: Errado – Tratam também do tema da seca, mas com uma concepção de sertão diferente de Graciliano, pois este não vê solução para o problema vivido com a seca: Podia continuar a viver num cemitério? Em “d”: Errado – Definem o sertanejo vitimado pela seca da mesma forma que Graciliano, ou seja, como um homem que não acredita poder mudar de vida: E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Em “e”: Certo – Abordam o mesmo tema da obra de Graciliano, tendo inclusive relação direta com o trecho transcrito, como se vê pela passagem: Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Os versos a de tentar despertar / terra sempre mais extinta, / a de querer arrancar / algum roçado da cinza = demonstram a esperança por encontrar um lugar menos sofrido. GABARITO OFICIAL: E LÍ N G UA P O RT U G U ES A 107 35. Em “a”: Errado – É representativo porque elas apresentam prosperidade, o que minimiza a exclusão social. Em “b”: Errado – É similar ao das grandes cidades e ao dos pequenos municípios. Em “c”: Certo – Vem acompanhado de um sério problema, a saber, os bolsões de exclusão social. Em “d”: Errado – É comprometido por crescimento tímido devido aos bolsões de exclusão social. Em “e”: Errado – Compromete a geografia brasileira ao remeter para outras cida- des os bolsões de exclusão. Ao texto: No entanto, embora sejam vistas como “ilhas de prosperidade”, essas cidades são marcadas por bolsões de exclusão social. GABARITO OFICIAL: C 36. Em “a”: Errado – Exalta a força e a sabedoria do povo português, mas adverte-o quanto aos perigos existentes no mar. Em “b”: Certo – Está contrariado devido à excessiva vaidade do povo português em sua empreitada para conquistar novas terras. Em “c”: Errado – Descrê da coragem do povo português para realizar conquistas, o que levaria fama e glória a Portugal. Em “d”: Errado – Lamenta a partida dos homens portugueses, mas entende as inquietações da alma e da vida que os movem. Em “e”: Errado – Prevê perigos e castigos aos homens portugueses, se eles não puserem sua honra para conquistar reinos e impérios. Esta passagem foi utilizada por Camões para representar as pessoas que não estavam de acordo com as navegações portuguesas em busca de novas terras, deixando suas famílias por causa da cobiça, do poder. GABARITO OFICIAL: B 37. Em “a”: Errado – Fabiano discutiu com o soldado amarelo e quis agredi-lo porque este o ofendera, assim como frequentemente fazia na cidade. Em “b”: Errado – O soldado amarelo preparou uma armadilha para Fabiano que, apesar do medo que sentia, não hesitou em enfrentar o adversário. Em “c”: Certo – Fabiano teve uma situação favorável para enfrentar o soldado ama- relo que, em outras circunstâncias, valia-se de seu posto para insultá-lo. Em “d”: Errado – O soldado amarelo foi desacatado por Fabiano na cidade e, en- contrando o sertanejo, ameaça-o com um facão que traz entre os dedos suados. Em “e”: Errado – Fabiano temia ser preso pelo soldado amarelo na cidade e, por isso, ao encontrá-lo em um lugar retirado, agrediu-o com um facão. Ao texto: O soldado magrinho, enfezadinho, tremia. E Fabiano tinha vontade de levantar o facão de novo... Ele não era dunga na cidade? Não pisava os pés dos matutos, na feira? não botava gente na cadeia? Sem-vergonha, mofino. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 108 38. Em “a”: Certo – Fabiano acovardou-se. Em “b”: Errado – O soldado enfrentou-o mais uma vez. Em “c”: Errado – Fabiano estava mais calmo. Em “d”: Errado – O soldado pediu clemência. Em “e”: Errado – Fabiano propôs uma trégua. Volte ao texto quantas vezes forem necessárias. Grife-o, destaque passagens. Ele é o recurso que você tem para responder às questões que o acompanham: E Fa- biano tinha vontade de levantar o facão de novo. Tinha vontade, mas os músculos afrouxavam. GABARITO OFICIAL: A 39. Aos itens: Afirmativa I – No contexto, o diminutivo em “soldado magrinho” reforça a condi- ção física e a fragilidade do soldado na situação apresentada.. Afirmativa II – Em – ... procedera como quando, a montar bravo, evitava galhos e espinhos. –, as formas verbais expressam ações concluídas.. - ações que aconte- ceram e estão acontecendo Afirmativa III – Na passagem – Se ele tivesse demorado um minuto, Fabiano seria um cabra valente. –, as informações são apresentadas na forma de hipótese.. GABARITO OFICIAL: D 40. A situação esperada era o aumento da criminalidade, geralmente ligado à falta de emprego e problemas econômicos. GABARITO OFICIAL: B 41. Eufemismo = maneira poética de se referir à morte de Inês. GABARITO OFICIAL: A 42. Em “a”: Errado – Da hipótese de que a rede pública atende mais pessoas para impedir a expansão dos planos de saúde. Em “b”: Errado – Da constatação de que a rede pública de saúde tem condições de atender bem a toda a população. Em “c”: Errado – Da crítica ao atendimento dos clientes pelos planos de saúde, que é pior do que na rede pública. Em “d”: Errado – Do reconhecimento de que os planos de saúde resolveram satis- fatoriamente os problemas na área. Em “e”: Certo – Do questionamento da qualidade do serviço prestado aos benefi- ciários dos planos de saúde. GABARITO OFICIAL: E LÍ N G UA P O RT U G U ES A 109 43. Em “a”: Errado – O avanço dos planos de saúde advindos do emprego formal deveria ser contido. Em “b”: Errado – Os planos de saúde deveriam encaminhar os tratamentos mais complexos e caros ao SUS. Em “c”: Errado – Os atendimentos médicos deveriam ser realizados preferencial- mente na rede pública de saúde. Em “d”: Certo – A rede pública de saúde deveria receber mais investimentos, caso fosse sobrecarregada. Em “e”: Errado – As pessoas à margem dos planos de saúde deveriam continuar nessa situação. GABARITO OFICIAL: D 44. Em “a”: Errado – Condena-se seu comportamento, por tumultuar o casamento de Gracinha. Em “b”: Errado – Elogia-sea sua competência no trato com a esposa do Gover- nador Civil. Em “c”: Errado – Ironiza-se a forma como ele procede com o amigo, de quem roubou a esposa. Em “d”: Errado – Critica-se o descaso dele em relação à esposa, por conta de questões políticas. Em “e”: Certo – Zomba-se dele, sugerindo-se que sua mulher o trai com o Gover- nador Civil. Pela leitura do texto fica clara a ironia do remetente ao falar da notável mudança ocorrida com a esposa de Barrolo, após este hospedar o governador do distrito: a linda Gracinha, que nestes últimos tempos andava tão murcha e até desbotada (o que a todos nos inquietava), imediatamente refloriu, e ganhou cores, desde que possui a valiosa companhia da primeira autoridade do distrito. Portou-se pois V. Exa. como marido zeloso, e desejoso da felicidade e boa saúde de sua interessante esposa. GABARITO OFICIAL: E 45. Em “a”: Errado – O ambiente escolar não é responsável pelo comportamento agressivo dos alunos, uma vez que a escola, via de regra, restringe-se a ser um espaço para desenvolver conhecimento. Em “b”: Errado – A oferta de atividades extracurriculares, que estimulem o conví- vio saudável no interior da instituição escolar, é suficiente para pôr fim à crimina- lidade no entorno da escola. Em “c”: Errado – A violência nas escolas é reflexo da falta de investimento público em educação, pois foi comprovado que a injeção de 1% na educação cessaria o comportamento agressivo nos alunos. Em “d”: Errado – A escola que promove atividades extracurriculares apresenta um espaço de convivência livre da atuação de gangues e, consequentemente, prote- gido contra atos de vandalismo. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 110 Em “e”: Certo – O investimento na educação pode reduzir a criminalidade, embora, para que isso ocorra, faça-se necessário, também, que a escola privilegie a produ- ção de conhecimento. GABARITO OFICIAL: E 46. Em “a”: Errado – Conhecer, na realidade, uma mulher que corresponda ao ideal de seus sonhos. Em “b”: Certo – Estar próximo da amada, por quem gostaria de ter seu amor cor- respondido. Em “c”: Errado – Ser capaz de proporcionar à sua amada uma vida mais amena e confortável. Em “d”: Errado – Encontrar meios de expressar, com exatidão, o que sente pela mulher amada. Em “e”: Errado – Vencer a timidez para que possa declarar seus sentimentos à mulher amada. Ao descrever objetos que estão presentes diariamente na vida de sua amada, o autor deixa claro que gostaria de estar no lugar deles para ficar próximo da mulher que ama e ter seu amor correspondido (Ser o amante que sonhas, que desejas). GABARITO OFICIAL: B 47. Em “a”: Errado – Só comprou os itens que Sinhá Vitória havia lhe encomendado depois de muito andar e pechinchar.. Em “b”: Errado – Recusou-se a comprar os itens de que Sinhá Vitória precisava por concluir que alguns deles eram supérfluos. Em “c”: Certo – Não comprou o que Sinhá Vitória tinha lhe pedido, uma vez que tinha receio de ser enganado pelos comerciantes. Em “d”: Errado – Gastou o seu dinheiro com os itens que Sinhá Vitória queria e ficou satisfeito porque conseguiu evitar que lhe furtassem. Em “e”: Errado – Comprou o que Sinhá Vitória tinha solicitado na bodega de seu Inácio, pois concluiu que este era um negociante idôneo. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de seu Inácio = não comprou porque tinha receio de que os comerciantes o enganavam. GABARITO OFICIAL: C 48. Em “a”: Errado – Tinha domínio das variantes linguísticas de maior prestígio na sociedade, pois havia estudado com um homem bem instruído. Em “b”: Certo – Reconhecia a importância de saber usar as variantes de prestígio social, embora ele mesmo não as dominasse. Em “c”: Errado – Era um homem de poucas palavras, mas sabia se comunicar com desenvoltura em diferentes circunstâncias, inclusive em situações formais. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 111 Em “d”: Errado – Falava uma variante popular em casa, enquanto na rua ou em estabelecimentos públicos usava uma linguagem culta e formal. Em “e”: Errado – Mostrava-se bem articulado, apesar de evitar o emprego de ter- mos da linguagem culta, pois não gostava de parecer pedante. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enriquecia-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira (...) pessoa de consideração e votava = Fabiano reconhecia a importância de saber usar as variantes de prestígio social, embora ele mesmo não as dominasse. GABARITO OFICIAL: B 49. Em “a”: Certo – A organização desigual da sociedade, em que apenas uma minoria tinha acesso ao voto. Em “b”: Errado – Uma noção de mobilidade social na qual a ascensão é promovida pela instrução. Em “c”: Errado – O destino de um vaqueiro que, assim como Fabiano, merecia ascender socialmente. Em “d”: Errado – O estereótipo do coronel de engenho, que controlava as terras com a força dos jagunços. Em “e”: Errado – Uma cultura em que a instrução, o acesso ao conhecimento, é garantia de sucesso econômico. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria? A expressão nos dá a ideia de que não era qualquer um que votava, apenas os mais “considerados”. GABARITO OFICIAL: A 50. Em “a”: Certo – Um trabalho intelectual, que envolvia pesquisa, embora não dis- pensasse o uso da inspiração. Em “b”: Errado – Uma tarefa feita com displicência, pois representava uma forma de entretenimento. Em “c”: Errado – Um dom espontâneo, e mesmo instintivo, que emanava de seu contato direto com a natureza. Em “d”: Errado – Uma atividade para obter o sustento, realizada de maneira me- cânica e sem criatividade. Em “e”: Errado – Uma arte voltada à expressão do mundo interior do escritor, alheia a influências externas. Busquemos respostas no texto: rijos volumes da História genealógica, todo o Vo- cabulário de Bluteau, tomos soltos do Panorama, e ao canto, em pilha, as obras de Walter Scott = pesquisa; avistava sempre a inspiradora da sua Novela – a Torre, a antiquíssima Torre = e inspiração. GABARITO OFICIAL: A 51. Em “a”: Certo – Descrevia cenas imaginadas para confortar o amigo na triste con- dição em que vivia. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 112 Em “b”: Errado – Monitorava o movimento na rua para captar cenas cômicas e narrá-las ao amigo. Em “c”: Errado – Reforçava o sofrimento do amigo, citando belas visões das quais ele não podia desfrutar. Em “d”: Errado – Vivia de devaneios, irritando seu amigo que era consciente do beco embaixo da janela. O companheiro de quarto descrevia cenas agradáveis e imaginadas por ele (já que o que se via de sua janela era um monte de lixo) para tentar confortar o amigo de quarto. GABARITO OFICIAL: A 52. Em “a”, a insatisfação das pessoas pelo uso contínuo do meio digital dentro e fora do trabalho. Em “b”, o uso do meio digital para garantir sanidade às pessoas abaladas psico- logicamente. Em “c”, o desinteresse da área de psiquiatria pelo uso exagerado do meio digital pelas pessoas. Em “d”, a compulsão das pessoas pelo meio digital, o que tem ganhado relevância na psiquiatria Texto: Recentemente, a dependência foi um dos temas que envolveram a publica- ção da nova versão do Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais. GABARITO OFICIAL: D 53. Em “a”: Errado – Utiliza o meio digital para efetuar pagamentos de suas contas de consumo. Em “b”: Errado – Acessa, no ambiente de trabalho, sites de busca para aumentar sua produtividade. Em “c”: Certo – Compromete o relacionamento com pessoas próximas para ficar conectada. Em “d”: Errado – Envia mensagens ao companheiro, avisando que o trânsito está caótico. GABARITO OFICIAL: C 54. Em “a”: Errado – Precisa haver uma coerência entre a atual publicação e as ante- riores, pois estas não citam a dependência digital como doença. Em “b”: Errado – Se veem traços de personalidade em casos isolados, insuficientes para definir a dependência digitalcomo problema de saúde. Em “c”: Errado – Definir a dependência digital como um transtorno mental exige mais estudos sistematizados sobre o problema. Em “d”: Certo – Existem critérios diagnósticos precisos para definir a dependência digital como um transtorno de saúde mental. Texto: Muitos especialistas criticaram o manual porque acreditam já ser o distúrbio uma doença com critérios diagnósticos definidos. GABARITO OFICIAL: D LÍ N G UA P O RT U G U ES A 113 55. Viver é poder ter consigo / certo passaporte no bolso / que dá direito a sair dela = morrer por vontade própria é uma prerrogativa da existência. GABARITO OFICIAL: C 56. Em “a”: Errado – A proporção de pretos ou pardos matriculados no ensino supe- rior não cresceu tanto quanto fazem supor os dados do IBGE. Em “b”: Certo – A melhoria da renda é uma explicação mais plausível do que o Prouni para o aumento do número de pretos ou pardos no ensino superior. Em “c”: Errado – A presença de pretos ou pardos no ensino superior tem aumen- tado devido ao sucesso de políticas de inclusão. Em “d”: Errado – O aumento do número de pretos ou pardos na universidade tem relação direta com a política de cotas raciais. Em “e”: Errado – As bolsas em universidades privadas são responsáveis pelo au- mento do número de pretos ou pardos na educação superior. Ao texto: Uma análise superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProU- ni / Com mais vagas, e num ambiente de melhoria da renda, é razoável supor que mais jovens negros tiveram oportunidade de ingressar no ensino superior, principal- mente no setor privado, que criou mais matrículas. GABARITO OFICIAL: B 57. Até pelas características deste Canto de Os Lusíadas podemos chegar à resposta, já que o Velho do Restelo “amaldiçoa” e critica as viagens portuguesas: caráter ilusório e destrutivo dos ideais de fama e de glória que levaram os navegadores portugueses a empreender suas viagens. GABARITO OFICIAL: C 58. com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer = por ser realista, Machado mostra que a relação está sujeita a um fim inevitável. GABARITO OFICIAL: E 59. Em “a”: Certo – Pensa que seu par romântico pode estar vivendo muito longe de onde ela está. Em “b”: Errado – Recebe uma advertência de sua mãe por estar pensando em seu par romântico. Em “c”: Errado – Acredita que pode não ter um par romântico, conforme o que lhe diz a mãe. Em “d”: Errado – Concorda com a mãe sobre o par romântico, que logo deverá aparecer-lhe. A filha chora porque pensa que seu par romântico pode estar vivendo muito longe de onde ela está. GABARITO OFICIAL: A LÍ N G UA P O RT U G U ES A 114 60. Em “a”: Errado – Pensa em um joalheiro ao qual possa vender o anel de ouro com uma esmeralda incrustada. Em “b”: Certo – Passa a fazer conjecturas a respeito da pessoa e das circunstâncias em que ela pode ter morrido. Em “c”: Errado – Foge rapidamente do local, pois a unha pintada de vermelho o surpreende, despertando-lhe o medo. Em “d”: Errado – Começa a recuar, mas é tentado pela curiosidade de mexer no achado para encontrar pistas do incidente. A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as outras. Afogada no mar? = o narrador passa a fazer conjecturas a respeito da pes- soa e das circunstâncias em que ela pode ter morrido. GABARITO OFICIAL: B 61. adquirir a feição de um simples fruto do mar. Mas havia o anel. = chega à conclu- são de que se trata de um dedo, já que há um adorno comumente usado neste membro. GABARITO OFICIAL: D 62. Situação que não aconteceu – hipótese: se restasse a unha certamente eu teria fugido. GABARITO OFICIAL: D 63. Infelizmente, a personagem revela que a violência está banalizada, nem há mais “punições” para os agressivos. GABARITO OFICIAL: C 64. Basta retornar ao texto! (...) A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército fran- cês e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18 de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão Bonaparte. GABARITO OFICIAL: A 65. Texto: (...) O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemá- tica das derrotas. GABARITO OFICIAL: B 66. Texto: Ao modificar o sistema operacional de um smartphone baseado em An- droid, ele foi capaz de colocar dados falsos nele. GABARITO OFICIAL: D LÍ N G UA P O RT U G U ES A 115 67. Voltemos ao parágrafo: A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas, só para descobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais. En- quanto isso, o celular de uma jornalista é examinado pela segurança aeroportuária. Mas quando as autoridades verificam o que consta nele, descobrem que ela havia passado todo o seu tempo na praia. O narcotraficante e a jornalista são liberados. Minutos mais tarde, os nomes, números e dados de GPS que a polícia estava procurando reaparecem = exemplifica o que seria possível de ocorrer a partir da técnica de programação desenvolvida por Karl-Johan Karlsson. GABARITO OFICIAL: B 68. Os ruídos eram intermitentes: para e recomeça. GABARITO OFICIAL: C 69. Em “a”: Errado – Usa um revólver que deixa na mesinha-de-cabeceira à noite. Como era preciso preparar a arma, tateou a mesinha-de-cabeceira para encon- trá-la. Em “b”: Certo – Tem sempre o revólver a seu alcance. Por isso, puxou a mão, que estava embaixo do lençol, e tateou a mesinha-de-cabeceira para pegá-lo. Em “c”: Errado – Mantém um revólver no quarto para se proteger. Como estava em perigo, deslocou a mão de cima do lençol e foi procurá-lo na mesinha-de- -cabeceira. Em “d”: Errado – Deixa o revólver em posição de fogo próximo à mesinha-de-ca- beceira. Por isso, quando precisou dele, achava que estaria sobre ela. Entende-se que o homem tem sempre o revólver a seu alcance. GABARITO OFICIAL: B 70. Pela leitura do texto podemos concluir que o homem matou um ser vivo, mas não se sabe se é humano. GABARITO OFICIAL: C 71. Mas nenhuma janela se abrirá, disto eles têm certeza = a vizinhança se mantém indiferente ao perigo alheio. GABARITO OFICIAL: B 72. Em “a”: Errado – Parte do pressuposto de que o leitor reproduz filmes piratas porque isso ainda não é crime no Brasil. Em “b”: Certo – Dialoga com o leitor como se este considerasse comum assistir a filmes adquiridos por meio da pirataria. Em “c”: Errado – Considera aceitável comercializar filmes piratas, contanto que o lucro da venda seja usado para pagar direitos autorais. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 116 Em “d”: Errado – Defende que quem praticar a reprodução ilegal de filmes deve ser preso, como qualquer outro tipo de criminoso. Em “e”: Errado – Julga adequada a maneira como o STJ tem punido exemplarmen- te aqueles que insistem em assistir a filmes piratas. Texto: Nada como comprar aquele DVD pirata no camelô ou baixar um filminho no Pirate Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é verdade? GABARITO OFICIAL: B 73. Em “a”: Errado – A personagem crer que o mundo continua tão perigoso quanto antes, ainda que mais civilizado com a tecnologia. Em “b”: Errado – O mundo ter se tornado um lugar perigoso para se viver apenas recentemente, após os avanços promovidos pela tecnologia. Em “c”: Errado – O progresso promovido pela tecnologia ter reduzido os perigos do mundo, mesmo que este continue violentíssimo. Em “d”: Errado – A tecnologia ser apresentada como a causa para o mundo ser visto como um lugar onde sempre houve perigo. Em “e”: Certo – O surgimento da tecnologia aparecer como responsável por tornar o mundo um lugar mais perigoso do que já era antes. O humor está em afirmar que o surgimento da tecnologia é responsável por tornar o mundo um lugar mais perigoso do que já era antes. GABARITO OFICIAL: E 74. Em “a”: Errado – Revela ao leitor que a história que irá apresentar foi escrita en- quanto era muito jovem, por isso precisa ser retificada. Em “b”: Errado – Mostra não ser responsável pela apresentação da narrativa, pois se limita a copiar mecanicamenteum texto antigo. Em “c”: Errado – Demonstra recusar-se a escrever um romance, por isso limita-se a compilar documentos oficiais, de teor burocrático. Em “d”: Errado – Confessa que a narrativa que vai apresentar é escrita em uma linguagem arcaica, própria de textos religiosos. Em “e”: Certo – Desperta a curiosidade do leitor, atribuindo foros de verdade à his- tória que irá contar, embora seja fictícia. O trecho desperta a curiosidade por ler o texto que será produzido. GABARITO OFICIAL: E 75. Texto: cordões das largas pantalonas de seda / divan de damasco azul / antigo relógio de charão = objetos de valor, o que nos passa a ideia de que Gonçalo é fidalgo; pelas demais descrições, também vive entediado. GABARITO OFICIAL: E 76. Informações no texto: Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 117 77. quem é do chão não se trepa = quem é pobre, morre pobre, não “eleva o nível social” – isso é fato para Fabiano. GABARITO OFICIAL: C 78. Em “a”: Errado – Os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma situação de completo confinamento. Em “b”: Errado – Os dois personagens estão muito bem informados sobre a eco- nomia, o que não condiz com a imagem de criminosos. Em “c”: Errado – O valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos persona- gens, pois eles demonstram preocupação com a aparência. Em “d”: Errado – O aumento dos preços de cosméticos não surpreende os perso- nagens, que estão acostumados a pagar caro por eles nos presídios. Em “e”: Certo – Os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os perso- nagens, dada a condição em que se encontram. GABARITO OFICIAL: E 79. Recorramos ao texto: O tubarão mudou seu método de reprodução sexuada para um processo assexuado chamado partenogênese – do grego, “criação vir- gem” –, que não exige fertilização e é mais comum em plantas e animais inverte- brados. GABARITO OFICIAL: B 80. “Pensamos que ela poderia ter guardado esperma dentro de si, mas, quando fi- zemos testes nos filhotes comparando DNA com o do possível pai, constatamos que eles tinham apenas as células da Leonie”, de acordo com Christine Dudgeon, pesquisadora biomédica da Universidade de Queensland, na Austrália. GABARITO OFICIAL: C 81. Texto: Álvaro fugia e evitava Isabel; tinha medo desse amor ardente que o envolvia num olhar (...) seu dever mandava que resistisse. Ele amava, ou cuidava* amar ainda Cecília; prometera a seu pai ser seu marido = Álvaro está dividido entre Cecília e Isabel. GABARITO OFICIAL: A 82. Em “a: Errado – Sugere que o amor carnal é inferior ao espiritual. Em “b”: Errado – Defende que o tempo não passa para os amantes. Em “c”: Errado – Destaca o caráter destrutivo do espírito racionalista. Em “d”: Errado – Alerta para o fato de que o amor dura pouco. Em “e”: Certo – Alude à percepção subjetiva da passagem do tempo LÍ N G UA P O RT U G U ES A 118 Muitos acontecimentos se tinham passado entre eles nestes dois dias; há circuns- tâncias em que os sentimentos marcham com uma rapidez extraordinária, e devo- ram meses e anos num só minuto. GABARITO OFICIAL: E 83. Em “a”: Errado – Olhar crítico com relação à amada. Em “b”: Certo – Desejo intenso pela amada. Em “c”: Errado – Progressivo desinteresse pela amada. Em “d”: Errado – Sentimento de pena da amada. Em “e”: Errado – Ar de superioridade diante da amada. GABARITO OFICIAL: B 84. Em “a”: Errado – Desdenhavam a riqueza herdada dos antepassados, o que se explicita em: “conservava, do tempo do avô Damião”. Em “b”: Errado – Se endividavam continuamente para adquirir itens caros, o que se explicita em: “recheavam um imenso armário de mogno”. Em “c”: Certo – Tinham sido mais ricos no passado, o que se explicita em: “rebri- lhavam os restos, ainda ricos, das pratas”. Em “d”: Errado – Viviam do comércio de itens raros e de luxo, o que se explicita em: “pratas famosas dos Ramires”. Em “e”: Errado – Representavam o proletariado em ascensão, o que se explicita em: “Bento constantemente areava e polia com amor”. GABARITO OFICIAL: C 85. A preocupação de Mário era a de valorizar a cultura popular brasileira, tanto na temática quanto na linguagem. GABARITO OFICIAL: B 86. A reflexão proposta pelo poema é sobre as leis que regem nossa vida. GABARITO OFICIAL: D 87. A resposta está no texto: (...) Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que vai e volta por vários dias. GABARITO OFICIAL: A 88. Texto: (...) Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alterna- tivas: escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que nunca foram contadas. (...) se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, LÍ N G UA P O RT U G U ES A 119 poderia recriar personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca de Capitu. (...) Restava a outra alternativa... GABARITO OFICIAL: E 89. (...) Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática do ofício. Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o computador. Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos. GABARITO OFICIAL: A 90. O autor se sente bem por saber que não será incomodado por ninguém. GABARITO OFICIAL: B 91. Para mim, o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disse- ram esses e outros gênios, que livro valeria a pena ser escrito? = depois das obras escritas por estes gênios, quaisquer outras não compensariam a leitura, pois não seriam tão boas. GABARITO OFICIAL: E 92. Os versos fazem comparações do sono com uma viagem e com a morte. GABARITO OFICIAL: E 93. É apresentado um ponto positivo sobre as cidades médias (embora sejam vistas como “ilhas de prosperidade”) e, após, o contraste, a ideia oposta (essas cidades são marcadas por bolsões de exclusão social). A conjunção que tem a mesma função de “no entanto” é “todavia”. GABARITO OFICIAL: D 94. Conjunção “ou” é alternância. Agora é analisar se introduz a causa ou a conse- quência da oração principal. Por não se concentrar (causa) / porque não se concentra, há uma queda na produção do trabalho (consequência). GABARITO OFICIAL: A 95. Podemos analisar o “que”, que no contexto tem a função explicativa. Chegamos à resposta! GABARITO OFICIAL: D LÍ N G UA P O RT U G U ES A 120 96. Em um campo enlameado = Dá-nos a noção de lugar / Em 1815 = Dá-nos a noção de quando (tempo). GABARITO OFICIAL: C 97. Em “a”, que ele leva no carro e que à noite = tempo Em “b”, Mas não falarão sobre isto, ao jantar. = tempo Em “c”, ao cabo de uma ou duas semanas = tempo Em “d”, Ao forro, ele nunca subirá. = lugar, direção GABARITO OFICIAL: D 98. Indica reciprocidade a frase As mulheres riam entre si. GABARITO OFICIAL: C 99. Em todos os itens há discurso indireto – o narrador conta o fato; em Cachorro. Ele não era dunga na cidade? não pisava os pés dos matutos, na feira? não botava gente na cadeia? Sem-vergonha, mofino = não se sabe se quem fala é o narrador ou Fabiano. GABARITO OFICIAL: E 100. O único item que não apresenta a fala (clara) do narrador é a que relata: Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas = é a opinião de Fabiano ou do narrador? GABARITO OFICIAL: E 101. Indireto livre: a fala da personagem se confunde com a do narrador = Cinco horas e meia!... GABARITO OFICIAL: A 102. Discurso indireto = a fala da personagem é descrita pelo narrador – sem o uso do travessão: Ele disse que os preços de cosméticos subiriam 12% naquele ano. GABARITO OFICIAL: D 103. Eliminemos versos brancos (livres de rima) e livres (semmétrica). Restam-nos “a” e “c”. Redondilhas são métricas compostas por 5 ou 7 sílabas poéticas. Contemos as do primeiro verso do poema: Es ta vas lin daI nês pos taem sos se* = 10 sílabas poéticas (decassílabo) *Lembre-se de que paramos a contagem da sílaba poética na última palavra de cada verso – na sílaba tônica GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 121 104. Há, no poema, o uso de uma linguagem cotidiana, de fácil compreensão. GABARITO OFICIAL: D 105. O item que mantém coerência e coesão é: Como os planos estão assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos serviços de saúde, é plausível que sejam tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal. GABARITO OFICIAL: B 106. Busquemos os trechos no texto para que saibamos quais termos os pronomes retomam: Em Loredano, o aventureiro de baixa extração, esse sentimento era de- sejo ardente, uma sede de gozo, uma febre que lhe requeimava o sangue = lhe/ Loredano Em Peri (...) dedicar-se inteiramente a ela [Cecília], para cumprir o menor de seus desejos = seus/Cecília GABARITO OFICIAL: A 107. Por aí e do seu lado = os termos em destaque indicam lugar. GABARITO OFICIAL: D 108. Viver é poder ter consigo / certo passaporte no bolso / que dá direito a sair dela [vida], / com bala ou veneno moroso. / Ele faz legal o que quer. Dela (vida) / Ele (passaporte). GABARITO OFICIAL: D 109. de um golpe1, ou gole2, do mais limpo – retoma o verso: com 1- bala ou 2- ve- neno moroso. (Enumerados para facilitar a visualização da relação entre os termos.) GABARITO OFICIAL: A 110. e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. GABARITO OFICIAL: E 111. “Se” é conjunção condicional. Fiquemos com os itens “c” e “e”. “Como” é compa- ração, portanto: condição, comparação e finalidade. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 122 112. “Tão” é advérbio de intensidade. No contexto, apresenta a causa que gerou a consequência: a violência ser gratuita. GABARITO OFICIAL: D 113. “Enquanto isso” nos dá a ideia de que será relatado algum fato que está aconte- cendo ao mesmo tempo em que o fato já narrado (simultaneamente), mas em outro lugar. GABARITO OFICIAL: D 114. Volte ao texto e faça as ligações (risque-o!), ligando os termos que se relacionam. Verá que “ele foi capaz” se refere a Karlsson; “nele”, a smartphone; “seu sistema”, ao de Karlsson. GABARITO OFICIAL: A 115. Em “a”: Certo – No trecho – teve um pequeno pesadelo [causa], acordou sobressal- tada [consequência]– (1.º §), entre as orações se estabelece uma relação de causa e consequência. Em “b”: Errado – No período – Mas nenhuma janela se abrirá, disto eles têm certe- za. – (10.º §), a expressão nenhuma janela equivale a alguma janela. Em “c”: Errado – Na oração – A casa agora está absolutamente silenciosa. – (11.º §), o advérbio expressa sentido de negação, equivalente a de jeito algum. = ex- pressa modo. Em “d”: Errado – Na passagem – ... plantas que ela cultiva em latas vazias, do lixo acumulado no terreno ao lado. – (12.º §), a vírgula poderia ser retirada sem prejuí- zo de sentido. = mudaria o sentido do texto. Sentem o cheiro das plantas que ela cultiva (nas latas vazias) e do lixo. GABARITO OFICIAL: A 116. Texto: a crença que circula de boca em boca é que somente vendedores am- bulantes, falsificadores e sites que hospedam esse tipo de conteúdo são pas- síveis de punição jurídica. Entretanto (= contudo, porém: apresentar-se-á uma ideia oposta, divergente), não é bem assim que funciona. GABARITO OFICIAL: D 117. Em “a”: A recorrência do pronome se enfatiza a ideia de reciprocidade em – Sor- ria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. Em “b”: O uso do termo estória, no início do texto, sinaliza que o conto é baseado em fatos presenciados pelo autor e registrados segundo critérios científicos. = seria História. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 123 Em “c”: A forma verbal flexionada no pretérito imperfeito do indicativo dá como certo o fato de que a ação não chegou a se realizar em – A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. = no caso, realizou-se. Em “d”: O fato de o piloto conversar com os passageiros é descrito como corri- queiro, o que se explicita pelo uso do termo até em – Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. = pelo contrário, dá a entender que foi um fato inusitado. Em “e”: O sufixo diminutivo confere ao termo confortavelzinho uma conotação pejorativa, evidenciando a precariedade das instalações do avião em que se en- contrava o menino. = diminutivo utilizado com o sentido carinhoso. GABARITO OFICIAL: A 118. Em “a”: Errado – A expressão a gente, no quarto verso, evidencia uma generaliza- ção sobre o comportamento humano, acentuando o tom filosófico e a linguagem formal do texto. Em “b”: Certo – O uso da conjunção E iniciando o primeiro verso sugere que o poe- ma dá continuidade a uma espécie de conversa que já estava em curso, como se tratasse de uma velha história. Em “c”: Errado – A ausência de vírgulas no segundo e no sétimo versos reduz o ritmo do poema, tornando a leitura mais lenta e pausada, criando uma atmosfera de ausência de movimento. Em “d”: Errado – A expressão dá cá o pito explicita um discurso formal, o que contribui para encerrar o poema com uma tonalidade solene, condizente com a temática do amor. Em “e”: Errado – A combinação das formas verbais briga e perdoa, no segundo verso, serve para caracterizar o amor como um sentimento que não admite con- tradição. GABARITO OFICIAL: B 119. Pela leitura do período, o termo em destaque nos dá a noção do momento (tem- po) em que o autor iniciava sua atividade de criação = quando o avião levantava voo. GABARITO OFICIAL: D 120. Dá para responder à questão por eliminação (uma das maneiras para solução de questões em um concurso: quando não conseguir encontrar a alternativa correta, tente descartar as incorretas – geralmente há aquelas que não têm coerência com o texto ou com o que é pedido pelo enunciado). No caso desta questão, a conjunção “ou” representa “alternância”. Portanto, ficaremos com a letra “c”, sem a necessidade de analisarmos as demais. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 124 121. Ao poema: há uma estação de chegada / (anunciam-na os galos agora) / Há uma estação chamada... / AURORA! = a estação anunciada pelos galos é a aurora (hora de despertar). GABARITO OFICIAL: B 122. Analisemos o período: A bonança econômica dos últimos anos e o crescimento do emprego formal, com a consequente oferta de seguro-saúde aos funcionários, ajudam a explicar o fenômeno. = verbo concorda com sujeito composto (destaca- dos). Procuremos semelhança nos itens: Em “a”: Verificam-se nos apontamentos, com frequência, alusões = Sujeito sim- ples Em “b”: Podem ajudar para a análise da questão a discussão sobre suas causas e o estudo de seus efeitos = sujeito composto Em “c”: Não há razões = sem sujeito (“há” empregado no com sentido de “existir”, por isso no singular; “razões” é objeto direto) Em “d”: Trata-se, com razão, de questionamentos bastante pertinentes sobre as causas e os efeitos das mudanças = Voz passiva sintética – o “se” tem a função de índice de indeterminação do sujeito (verbo no singular) Em “e”: Vive em novas expectativas com as mudanças realizadas no sistema como um todo. = sujeito oculto GABARITO OFICIAL: B 123. Em “a”: As mentes inferiores tendem a ser dominável (dominadas) Em “b”: As mentes inferiores são propensas de ser (a serem) Em “c”: As mentes inferiores deixam-se dominar pelas superiores. Em “d”: As mentes superiores exercem domínio às (sobre) Em “e”: Domina-se (dominam-se) GABARITO OFICIAL: C 124. As pessoas estão alerta (no singular) em relação à (“relação” pede complemento nominal com preposição) gravidade do problema, o que as (o “que” atrai o pro- nome - no caso, objeto direto: levando quem? Resposta: elas [as] – objeto direto, sem preposição)está levando a uma mobilização mundial em busca de soluções urgentes. GABARITO OFICIAL: B 125. Nunca se ouviram tantas vaias em uma edição do Festival do Rio como na atual, cuja premiação aconteceu ontem à noite. Os alvos, no entanto, não foram filmes ruins. E havia (no sentido de “existir” – sempre no singular) muitos candidatos para isso. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 125 126. Quando utilizamos “lembre-se”, devemos fazer uso do “que”: “lembre-se de que”. Para completar a segunda lacuna, o verbo deve estar com o sentido hipotético (estiver): e se ele estiver. Teremos: lembre-se de que / estiver. GABARITO OFICIAL: C 127. No levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização privada que congrega especialistas na área), não se observa (verbo no singular, portanto a lacuna será preenchida com termos no singular) variação muito significativa com relação ao ano anterior. Em 2013, (“havia” será empregado com o sentido de “tinham”, então sofrerá flexão) haviam sido 15804 mortos por violência intencio- nal nas capitais, acréscimo de mero 0,8%. Tal evolução acompanha de perto o crescimento populacional, o que manteve (“inalterada” concordará com o termo subsequente, que está no singular) inal- terada a taxa de 33 por grupo de 100 mil habitantes. Quando se consideram as cifras de cada capital, por outro lado, (o termo concordará com “algumas evidên- cias”, que está no plural) despontam algumas evidências chocantes. GABARITO OFICIAL: A 128. Em “a”: Desde então, costuma-se lembrar (do) conflito como a emblemática der- rota – da qual (com a qual) se pode provar que a ambição de um estrategista brilhante têm (tem) limites. Em “b”: O conflito, (X) costuma ser lembrado desde então, (X) como a mais em- blemática derrota – a prova mesmo (de) que a ambição de um brilhante estrate- gista é limitada. Em “c”: O conflito costuma ser lembrado, desde então, como o emblema das derrotas – provando de que se impõe (impõem) limites à ambição de um estrategista brilhante. Em “d”: Desde então, o conflito costuma ser lembrado como a derrota mais emble- mática – a prova de que mesmo a ambição de um estrategista brilhante tem limites. GABARITO OFICIAL: D 129. Em “a”: Os ruídos agora são contínuo (contínuos). Não é difícil localizar de onde vem (vêm): bem no ponto em que se projetam as réstias de luz, as tábuas afun- dam ritmicamente. Em “b”: Os ruídos agora são contínuos. Não é difícil localizar de onde vêm: bem no ponto em que se projetam as réstias de luz, as tábuas afundam ritmicamente.. Em “c”: Os ruídos agora são contínuo (contínuos). Não é difícil localizar de onde vêm: bem no ponto em que se projeta (projetam) as réstias de luz, as tábuas afundam ritmicamente. Em “d”: Os ruídos agora são contínuos. Não é difícil localizar de onde vem (vêm): bem no ponto em que se projeta (projetam) as réstias de luz, as tábuas afundam ritmicamente. GABARITO OFICIAL: B LÍ N G UA P O RT U G U ES A 126 130. Em “a”: Está sendo feito o download das obras que tem (têm) direitos autorais, embora o STJ tenha esclarecido de (X) que é crime. Em “b”: O download de obras com direitos autorais constitui crime, conforme expresso reiteradamente pelo STJ. Em “c”: Apesar do STJ já ter avisado de (X) que é crime fazer download de obras desrespeitando os direitos autorais, isto (isso) vêm (vem) acontecendo. Em “d”: Não é novidade que são criminosos (é criminoso), segundo o STJ, quem se dedica a fazer download de obras que dispõe (dispõem) de direitos autorais. Em “e”: Tratam-se (trata-se) de crimes (crime) praticar o download de obras que mantém (mantêm) direitos autorais, o que já foi denunciado pelo STJ. GABARITO OFICIAL: B 131. “Haver”, no sentido de “existir”, ficará sempre no singular: apesar de haver casos semelhantes. GABARITO OFICIAL: B 132. Vamos às correções – entre parênteses: Em “a”: Os tormentos e a angústia inerentes ao processo de criação são alvos de queixa de escritores talentosos Em “b”: Silêncio e solidão estão entre os requisitos que escritores dizem serem essencial (essenciais) para realizar (realizarem) seu ofício. Em “c”: As vozes esganiçadas que repercute (repercutem) no aeroporto não che- gam a ser um empecilho para ele escrever. Em “d”: A comparação com a obra de grandes autores, como Machado de Assis, Gógol, Faulkner e Dante Alighieri, inibiam (inibia) o autor. Em “e”: Dois anos se passou (passaram) para que, finalmente, Drauzio Varella ter- minasse de escrever seu último livro. GABARITO OFICIAL: A 133. Acertos entre parênteses: Em “a”: Muitas pessoas tem (têm) negligenciado as horas de sono, o que levam (leva) a vários problemas de saúde. Em “b”: É no período do sono que precede imediatamente o estado de vigília que ocorre (ocorrem) os sonhos. Em “c”: As horas dedicadas ao sono devem ser respeitadas por quem deseja ter uma vida saudável. Em “d”: Alguns sonhos se tornam recorrente (recorrentes), e deve ser dado (dada) especial atenção a sua interpretação. Em “e”: O sono, segundo explicam os especialistas, é essencial para que seja con- solidado (consolidada) a memória. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 127 134. Junto da inocente menina, adormecida na isenção de sua alma pura de virgem = característica típica das personagens femininas idealizadas pelo Romantismo. GABARITO OFICIAL: C 135. Aos itens: Afirmativa I – Verdadeiro – Loredano não se sentia em condições de casar com Cecília por conta de sua condição social, ou seja, era humilde, como comprova a informação: “o aventureiro de baixa extração”. Afirmativa II – Falso – A descrição de Álvaro como um cavalheiro contrapõe-se à de Loredano, visto também como pessoa sem escrúpulos, como comprova a informação: “era ainda aumentado pela impossibilidade moral que sua condição criava”. = esta informação consta ao falar sobre Loredano, não Álvaro. Afirmativa III – Verdadeiro – O sentimento de Peri por Cecília é de adoração, como comprova a informação: “o sentimento era um culto, espécie de idolatria fanática”. GABARITO OFICIAL: D 136. Em “a”: Certo – Uma subjetividade intensa, expressa pela repetição da pergunta “Meu desejo?”. Em “b”: Errado – Um vocabulário regionalista, com recorrência de termos de va- riantes populares da língua portuguesa. Em “c”: Errado – Uma linguagem próxima da prosa cotidiana, com versos livres e sem padrão no uso das rimas. Em “d”: Errado – A exaltação da vida simples, por meio da descrição realista de uma mulher camponesa. Em “e”: Errado – O emprego de um discurso marcadamente satírico, com o obje- tivo explícito de provocar o riso. A marca romântica presente no poema é o subjetivismo exagerado. GABARITO OFICIAL: A 137. Em “a”: Errado – Rebuscada e com predominância de períodos longos, com mui- tas subordinações. Em “b”: Errado – Pomposa e repleta de recursos que visam a enfeitar o discurso. Em “c”: Certo – Concisa e que apresenta uma descrição mais sucinta das coisas. Em “d”: Errado – Coloquial e subjetiva, que insere o leitor no discurso narrativo. Em “e”: Errado – Detalhista e com longas descrições de ambientes, tanto internos quanto externos. A linguagem é descritiva, colocando o leitor “dentro” do ambiente e das situações retratadas. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 128 138. Machado de Assis tem como principal característica o realismo em suas obras, retratando a sociedade e as personagens como são, assim como Eça. GABARITO OFICIAL: D 139. As obras machadianas apresentam uma análise realista da sociedade e de suas perso- nagens, como também mostra o interior destas – análise psicológica de suas atitudes. GABARITO OFICIAL: D 140. Uma característica do estilo modernista – muito evidente neste texto – é a quebra dos padrões convencionais de pontuação gráfica. GABARITO OFICIAL: A 141. Em “a”: Errado – Ser o relato de cenas que ocorreram quando Cabral chegou ao Brasil com sua esquadra, travando um primeiro contato com os nativos. Em “b”: Errado – Apresentar elementosque remetem a um passado mítico, que não encontra paralelo com o registro histórico de fatos ocorridos no Brasil. Em “c”: Errado – Ambientar-se no passado recente da história do Brasil, quando a descoberta das Minas Gerais promoveu a povoação do interior do país. Em “d”: Certo – Tratar de eventos situados no passado, no período colonial, quando índios e brancos viviam lado a lado nas terras brasileiras. Em “e: Errado – Retratar o Brasil anterior à chegada dos portugueses, quando índios travaram entre si batalhas violentas pela posse de terras. GABARITO OFICIAL: D 142. Característica marcante no romantismo romântico (ultrarromantismo): sentimen- talismo. GABARITO OFICIAL: E 143. Há relação com as cantigas de amor, pois nestas a mulher amada era idealizada e o eu lírico morreria por ela. GABARITO OFICIAL: B 144. A marca estilística de Guimarães Rosa, certamente, é o uso de neologismos. GABARITO OFICIAL: D 145. O modernismo não se preocupava com a métrica. No poema se observa o humor com que o poeta trata o amor. GABARITO OFICIAL: C LÍ N G UA P O RT U G U ES A 129 146. Característica típica do Romantismo: amor idealizado e, às vezes, não concreti- zado. GABARITO OFICIAL: D 147. Todas as alternativas apresentam dados obtidos em pesquisas realizadas; a que apresenta uma opinião é: Porém, para isso, é necessário que a escola funcione como um espaço para desenvolver conhecimento. GABARITO OFICIAL: E 148. Apresenta o pássaro de maneira mais estática o item O alto azul, as frondes, o alumiado amarelo em volta e os tantos meigos vermelhos do pássaro. Nos demais, há verbos que conferem ao tucano movimentos, ações. GABARITO OFICIAL: B 149. O trecho se atém à descrição do ambiente da sala de jantar da Torre. GABARITO OFICIAL: A 150. Agora é um enterro de luxo = adjunto adnominal. Vamos aos itens: Em “a”, casa de tijolos = adjunto adnominal Em “b”, ela viajou de avião = adjunto adverbial Em “c”, Eles precisavam de dinheiro = objeto indireto Em “d”, Sempre tive medo de lobisomem = complemento nominal GABARITO OFICIAL: A 151. Em “a”, Se remordia (Remordia-se) , (X) o amigo, no seu canto, sem que nada visse. Em “b”, O amigo, sem que nada vesse (visse), se remordia (remordia-se) no seu canto. Em “c”, Remordia-se, no seu canto, o amigo, sem que nada visse. Em “d”, Se remordia (Remordia-se) no seu canto ( , ) o amigo, sem que nada vesse (visse). GABARITO OFICIAL: C 152. Em “a”, Ela riu quando ele disse: (X) que não havia mortal que aguentava uma noite daquelas. Em “b”, Ele disse: (X) que não havia mortal que aguentava, (X) uma noite daquelas (,) e ela riu. Em “c”, Ele disse que não havia mortal que aguentava uma noite daquelas, e ela riu. LÍ N G UA P O RT U G U ES A 130 Em “d”, Ela riu, (X) quando ele disse, (X) que não havia mortal que aguentava uma noite daquelas GABARITO OFICIAL: C 153. Em um período, pode-se utilizar a vírgula e, após, a conjunção “e”, com o sen- tido de adição de ideias, mas mudando o sujeito da oração. Por exemplo: Luísa comprou livros, bolsas, e Mariela apenas um casaco. No exemplo do enunciado, o ponto e vírgula pode ser substituído por “e”. GABARITO OFICIAL: A 154. Separaríamos “nesse momento” do período, dando-lhe ênfase, pois faz referência ao tempo em que acontece a ação relatada: Nesse momento, sou invadido por uma sensação de felicidade plena, (aqui o uso da vírgula separará um pronome relativo, tornando a próxima oração explicativa) que vai e volta por vários dias. GABARITO OFICIAL: E 155. Escrevamos a frase e depois a procuremos nas alternativas: Ainda não chegaram as minhas contas, devido à greve dos Correios. GABARITO OFICIAL: B 156. À (“na”, “sob”) luz dos dados, vê-se que se chega a quase dois óbitos por hora nas principais capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido à (regên- cia de “devido” – complemento nominal) violência intencional. GABARITO OFICIAL: B 157. Em “a”, Mas eles têm certeza de que nenhuma janela se abrirá, conforme (pois/ porque) tiro diz respeito em (a) quem disparou e em (a) quem foi atingido. E na (à) polícia. Em “b”, Mas eles têm certeza (de) que nenhuma janela se abrirá, portanto (pois/ porque) tiro diz respeito (a) quem disparou e (a) quem foi atingido. E a (à) polícia. Em “c”, Mas eles têm certeza (de) que nenhuma janela se abrirá, mas (pois/ porque) tiro diz respeito a quem disparou e a quem foi atingido. E a (à) polícia. Em “d”, Mas eles têm certeza de que nenhuma janela se abrirá, pois tiro diz respeito a quem disparou e a quem foi atingido. E à polícia. GABARITO OFICIAL: D 158. Vou caçar mais de um milhão de vagalumes / eu posso colorir o céu de outra cor = coisas impossíveis de se conseguir. GABARITO OFICIAL: A LÍ N G UA P O RT U G U ES A 131 159. Por ser (sermos...) bombardeada pela publicidade (a causa), a personagem não sabe mais identificar o que é essencial para sua vida (consequência). GABARITO OFICIAL: E 160. O item que apresenta uma hipótese através do verbo é Uma análise superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni, já que os demais exprimem fa- tos acontecidos (foi, cresceram, havia aumentado – aumentara) ou que precisam acontecer (exige). GABARITO OFICIAL: E 161. Passemos os verbos para o passado e depois busquemos a resposta nos itens: Mas quando as autoridades verificaram o que constava nele, descobriram que ela havia passado todo o seu tempo na praia. GABARITO OFICIAL: C 162. Sanches já foi eleito, a ação aconteceu. Portanto: que fora. GABARITO OFICIAL: D 163. prometera (pretérito mais que perfeito, passado “mais distante”) a seu pai ser seu marido; e na situação em que se achavam. GABARITO OFICIAL: D 164. “Se” é, no caso, conjunção condicional – expressa condição, uma possibilidade para que outra ação aconteça: se ele escrevesse melhor... recriaria personagens (possibilidade e ação condicionada à possibilidade). GABARITO OFICIAL: C 165. Claro, mas você os (função de objeto direto, sem preposição) inspira... / A mira do mau (substitua por “bem”: a mira do bem perdedor. Sem sentido. Agora por “bom”: a mira do bom perdedor – melhorou! Então estamos diante de adjetivos – bom X mau) perdedor. Teremos: os inspira / mau. GABARITO OFICIAL: A 166. Aos itens: Em “a”, Inclinara-me para ver o objeto e, quando olhei-o, notei o pequeno feixe de fibras = quando o olhei (advérbio atrai o pronome) Em “b”, O fragmento do dedo tornara-se semelhante à feição de um simples fruto do mar LÍ N G UA P O RT U G U ES A 132 Em “c”, Provavelmente muito teria-se esmerado o joalheiro na cravação da esme- ralda no anel = muito se teria Em “d”, Assim que retraiu-se a água, pude ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra = assim que se (o pronome “que” atrai) GABARITO OFICIAL: B 167. Façamos a frase e depois a procuremos nos itens. Não se inicia período com pronome oblíquo. Então: Veja-me um café com leite, por favor. Ou melhor, leite com café. GABARITO OFICIAL: B 168. Após vírgula, segundo a regra, usa-se ênclise (pronome depois do verbo): “contu- do, cansaram-se”. “Ela” atrai o pronome oblíquo: “ela o fez”. GABARITO OFICIAL: A 169. Aos itens: Em “a”, contar aquelas histórias = contá-las (objeto direto) Em “b”, sem escrever livros = sem escrevê-los Em “c”, puxo a mesinha = puxo-a (objeto direto) Em “d”, reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway = que as reúne (o “que” atrai o pronome oblíquo) Em “e”, que atendia pacientes = que os atendia (objeto direto) GABARITO OFICIAL: B 170. Em “a”, Estavam muito apaixonados os noivos, quando se olharam = reciprocidade Em “b”, A questão era complexa, tratava-se de = índice de indeterminação do sujeito Em “c”, O jovem percebeu o inconveniente de sua canção e logo se retirou = refle- xivo Em “d”, Todos se aproximaram = reflexivo GABARITO OFICIAL: A 171. Em “a”, para que os dados reais escapassem a uma análise (não há acento indica- tivo de crase antes de artigo indefinido) Em “b”, para que os dados reais escapassemà averiguação forense Em “c”, para que os dados reais escapassem a um especialista forense (não há antes de artigo indefinido) Em “d”, para que os dados reais escapassem a qualquer investigação (não há antes de pronome indefinido) GABARITO OFICIAL: B LÍ N G UA P O RT U G U ES A 133 172. Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendimento a (preposição – re- gência nominal de “atendimento”, mas sem acento grave por estar diante de pala- vra masculina) presos da Casa de Detenção, em São Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella chega ao fim de uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de “Estação Carandiru” (1999), que mostra as (objeto direto do verbo “mostrar”) entranhas daquela que foi a (artigo definido) maior prisão da América Latina, e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que trabalham no sistema prisional, Varella agora faz um retrato das detentas da Penitenciária Feminina da Capital, também na capital paulista, onde cumprem pena mais de duas mil mulheres. Teremos: a / as / a. GABARITO OFICIAL: B 173. Mesmo que não se conheça o processo de prefixação e os prefixos de negação, pelo sentido das palavras apresentadas nos itens conseguimos chegar à resposta correta. A única que traz a ideia de “não” – no caso, “não vertebrado” – é inver- tebrado. GABARITO OFICIAL: E Sobre a Autora Evelise Leiko Uyeda Akashi Engenheira de Alimentos pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduanda em Matemática pelo Claretiano. Especialista em Lean Manufacturing pela Pontifícia Universidade Católica (PUC). MATEMÁTICA M AT EM ÁT IC A 137 NÚMEROS REAIS 1. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Uma pessoa possui um móvel com algumas gavetas, e quer colocar em cada uma delas o mesmo número de blusas. Ao realizar a tarefa percebeu que, colocando 7 blusas em cada gaveta, 3 blusas ficariam de fora, porém, não seria possível colocar 8 blusas em cada gaveta, pois ficariam faltando 2 blusas na última gaveta. O número total de blusas é a) 30. b) 32. c) 36. d) 34 e) 38. 2. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Em uma gaveta há 24 canetas, sendo 1/6 delas verdes, 3/8 vermelhas, e as demais azuis. O número de canetas azuis que há nessa gaveta é a) 7. b) 10. c) 9. d) 8. e) 11. MMC 3. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Em um depósito há um determinado número de caixas que deverão ser empilhadas, de modo que cada pilha tenha o mesmo número de caixas. Na realização da tarefa foi constatado que, se cada pilha tiver 5 caixas, ou 6 caixas ou 8 caixas, sempre resta- rão 2 caixas fora das pilhas. O menor número de caixas que deverão ser empilhadas nesse depósito é a) 124. b) 126. c) 120. d) 122. e) 118. M AT EM ÁT IC A 138 4. (POLICIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLICIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Uma pessoa toma 3 medicamentos diferentes: A, B e C. O medicamento A, ela toma a cada 4 horas, o medicamento B, a cada 6 horas, e o medicamento C, a cada 12 horas. Sabendo que às 9 horas do dia 1° de agosto essa pessoa tomou os 3 medicamentos juntos, o próximo dia e horário em que essa pessoa tomará esses 3 medicamentos juntos novamente será em a) 1º de agosto, às 24 horas. b) 2 de agosto, às 09 horas. c) 2 de agosto, às 12 horas. d) 1º de agosto, às 21 horas. e) 1º de agosto, às 12 horas. RAZÃO E PROPORÇÃO 5. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Uma loja colocou à venda 80 peças do tipo A e 40 peças do tipo B, e após uma se- mana havia vendido ¼ das peças do tipo A e 2/5 das peças do tipo B. Em relação ao número total de peças colocadas à venda, o número de peças que não foram vendidas nessa semana representam a) 3/5 b) 7/10 c) 3/10 d) 9/10 e) 2/5 6. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Uma pessoa tirou 150 fotos com seu celular e excluiu 14 delas. Considerando-se as fotos restantes, a razão entre as fotos de boa qualidade e as fotos de baixa quali- dade é 3/5. Sabendo-se que havia somente fotos de boa ou de baixa qualidade no celular, o número de fotos de boa qualidade era a) 62 b) 68 c) 57 d) 51 e) 73 7. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) . Em certo dia, em uma empresa onde trabalham 36 pessoas, a razão do número de pessoas resfriadas para o número de pessoas não resfriadas era 2/7. No dia seguinte, constatou-se que mais uma dessas pessoas estava resfriada. Assim, a razão do número de pessoas resfriadas para o número de pessoas não resfriadas passou a ser a) 1/2 b) 3/7 c) 4/7 d) 1/4 e) 1/3 M AT EM ÁT IC A 139 REGRA DE TRÊS 8. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Uma máquina trabalhando ininterruptamente 5 horas por dia produz um lote de pe- ças em 3 dias. Para que esse mesmo lote fique pronto em 2 dias, o tempo que essa máquina terá que trabalhar diariamente, de forma ininterrupta, é de a) 7 horas e 05 minutos. b) 7 horas e 30 minutos. c) 7 horas e 50 minutos. d) 6 horas e 45 minutos. e) 6 horas e 35 minutos. 9. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Uma máquina, trabalhando 4 horas por dia, produz um lote de peças em 12 dias. Se essa máquina trabalhasse 6 horas por dia, produziria o mesmo lote de peças em a) 7 dias. b) 6 dias. c) 9 dias. d) 8 dias. e) 10 dias. 10. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Um estudante precisa fazer todos os exercícios de uma lista e, para isso, decidiu que irá resolver, por dia, sempre a mesma quantidade de exercícios. Se ele resolver 6 exercícios por dia, levará 3 dias a menos do que levaria se resolvesse 4 exercícios por dia. O número de exercícios da lista é a) 36. b) 72. c) 12. d) 48. e) 60. PORCENTAGEM 11. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Um determinado produto, se for comprado a prazo, terá 10% de acréscimo sobre o valor da etiqueta, e passará a custar R$ 93,50. Se esse produto for comprado à vista, terá 20% de desconto sobre o valor da etiqueta. O preço desse produto à vista é a) R$ 79,00 b) R$ 81,40 c) R$ 68,00 d) R$ 72,50 e) R$ 75,80 M AT EM ÁT IC A 140 12. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) No início de um dia, em um escritório, havia 120 envelopes disponíveis para uso, dos quais 37,5% eram amarelos, e os demais, brancos. Sabendo que 20% dos envelopes amarelos e 60% dos envelopes brancos foram utilizados no decorrer do dia, então, o número de envelopes não utilizados nesse dia foi a) 70. b) 66. c) 64. d) 68. e) 62. 13. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) Um comerciante vende todos os seus produtos com acréscimo de 50% sobre o valor de custo. Certo dia, ele fez uma promoção em todos os produtos que vende, concedendo desconto de 10% sobre o preço normal de venda. Nesse dia, esse comerciante vendeu cada unidade de um de seus produtos pelo preço promocional de R$ 27,00. Sendo assim, o valor unitário de custo desse produto foi a) R$ 22,40. b) R$ 20,00. c) R$ 18,60. d) R$ 16,00. e) R$ 14,80. EQUAÇÃO DO 1ºGRAU E SISTEMAS DO 1º GRAU 14. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Uma avenida retilínea terá um trecho de 3,6 km recapeado, e isso será feito em 3 etapas, conforme mostra a figura. O comprimento do trecho a ser recapeado na 2ª etapa é de a) 600 m. b) 400 m. c) 1 000 m. d) 800 m. e) 1 200 m. M AT EM ÁT IC A 141 15. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) . Em uma caixa há parafusos e pregos, num total de 20 unidades. Sabendo que há 4 parafusos a mais do que o número de pregos, então, o número de parafusos dessa caixa é a) 10. b) 6. c) 8. d) 4. e) 12. 16. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Para participar de umafesta são cobrados um ingresso de R$ 80,00 e um preço fixo de R$ 6,00 por qualquer tipo de latinha de bebida. Se uma pessoa gastou nessa festa, com o ingresso e as bebidas, um total de R$ 134,00, então o número de latinhas de bebida consumidas por ela foi a) 8. b) 6. c) 10. d) 7. e) 9. 17. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Dois amigos foram a uma lanchonete e pediram cinco pães de queijo e dois sucos, e pagaram, no total, R$ 19,50. Sabendo que o preço de um pão de queijo mais um suco é R$ 6,00, então, o valor a ser pago na compra de três pães de queijo será a) R$ 9,00. b) R$ 9,50. c) R$ 7,50. d) R$ 8,00. e) R$ 8,50. TABELAS E GRÁFICOS 18. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) 0. A tabela fornece algumas informações sobre o número de vagas abertas e fecha- das nos últimos três anos, pelas indústrias de uma determinada cidade. Ano Nºde vagas abertas (VA) Nºde vagas fechadas (VF) Saldo (VA-VF) 2015 58 X -395 2016 x-66 2017 +72 Total 446 -675 O número de vagas fechadas em 2017 foi a) 281. b) 272. c) 268. d) 285. e) 276. M AT EM ÁT IC A 142 19. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) O gráfico apresenta o número de pontos obtidos pelos grupos A, B, C e D, que par- ticiparam de uma atividade recreativa. Sabendo que o número de pontos obtidos pelo grupo A foi 30% maior que o número de pontos obtidos pelo grupo C, então, na média, o número de pontos obtidos por um grupo foi a) 55. b) 60. c) 70. d) 65. e) 50. 20. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Uma pessoa comprou 4 camisetas de valores diferentes, conforme mostra a tabela. Camiseta Valor Estampada R$ 45,00 Básica R$ 30,00 Regata R$ 25,00 Polo ? Sabendo que, em média, o valor de cada camiseta foi R$ 40,00, a diferença entre o valor da camiseta mais cara e o da mais barata foi a) R$ 20,00. b) R$ 30,00. c) R$ 25,00. d) R$ 35,00. e) R$ 15,00. M AT EM ÁT IC A 143 21. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) A tabela apre- senta o número de tiros que uma pessoa deu nos 5 dias que treinou em um clube de tiros. DIA DA SEMANA NÚMERO DE TIROS Segunda-feira 42 terça-feira 43 Quarta-feira 38 Quinta – feira 35 Sexta-feira 42 Naquela semana, a média aritmética diária de tiros que essa pessoa deu, nesse clube, foi a) 38. b) 39. c) 40. d) 41. e) 42. SEQUÊNCIAS 22. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Em uma parede foi colocada uma faixa horizontal com azulejos azuis (A) e azulejos brancos (B), obedecendo à seguinte sequência: Mantendo sempre essa mesma ordem na colocação dos azulejos, isto é, um azu- lejo azul seguido por dois azulejos brancos, e sabendo que essa faixa terá 57 azule- jos, então, o número de azulejos brancos dessa faixa será a) 34. b) 38. c) 36. d) 40. e) 42. 23. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) Em uma estrada, há telefones SOS instalados a cada 3 quilômetros, sendo o primeiro instalado no quilômetro 5. Do quilômetro 21 ao quilômetro 99, o número de telefones instalados nessa estrada é a) 32. b) 30. c) 28. d) 26. e) 24. M AT EM ÁT IC A 144 POLINÔMIO 24. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) Resolvendo-se a equação algébrica x³ – 7x² + 16x = 10, identificam-se três raízes distintas. A soma dessas raízes é igual a a) 3. b) 4. c) 5. d) 6. e) 7. SISTEMA LINEAR 25. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) O sistema linear terá solução somente quando o valor de α for igual a a) 2. b) 3. c) 4. d) 5. e) 6. LOGARITMO 26. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) Na igualdade a seguir, estão relacionados o tempo t, necessário para garantir um montante M, na aplicação de um capital C, à taxa de juros compostos i. logM – logC – log(1 + i)t = 0 Aproximando-se log 2 para 0,30 e log 3 para 0,48, uma aplicação de R$ 2.000,00, à taxa de juros compostos de 20% ao ano, gerará um montante de R$ 3.000,00 em um período de meses igual a a) 25. b) 26. c) 27. d) 28. e) 29. ANÁLISE COMBINATÓRIA 27. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) Em uma turma com 30 alunos, sendo 13 homens e 17 mulheres, deseja-se escolher, aleatoriamente, um representante, um vice-representante e um suplente, de modo que esse grupo não seja composto somente por homens e não seja composto somente por mulhe- res. O número total de possibilidades para fazer essa escolha é igual a a) 3094. b) 7050. c) 10919. d) 14786. e) 18564. M AT EM ÁT IC A 145 GEOMETRIA PLANA 28. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Uma praça retangular, cujas medidas em metros, estão indicadas na figura, tem 160 m de perímetro. Sabendo que 70% da área dessa praça estão recobertos de grama, então, a área não recoberta com grama tem a) 550 m². b) 400 m². c) 350 m². d) 450 m². e) 500 m². 29. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Um terreno retangular foi dividido em dois lotes, Ι e ΙΙ, conforme mostra a figura, sendo que as medidas indicadas estão em metros. Sabendo que o lote Ι tem a forma de um quadrado com 900 m² de área, então a área total desse terreno é a) 1300 m². b) 1400 m². c) 1500 m² d) 1200 m². e) 1100 m². M AT EM ÁT IC A 146 30. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) . Um terreno retangular cujas medidas, em metros, estão indicadas na figura, foi totalmente cercado com um muro Sabendo que o perímetro desse terreno é 106 metros, então o seu maior lado mede a) 22 m. b) 18 m. c) 35 m. d) 27 m. e) 31 m. 31. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) A figura apre- senta um hexágono regular inscrito em uma circunferência de centro G e diâmetro igual a 20 centímetros. A medida, em centímetros, do segmento de reta de extremidades C e E é igual a M AT EM ÁT IC A 147 32. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) Na figura, os triângulos ABC e FGH são equiláteros, de lados medindo 10 centímetros Sabendo-se que os pontos D e E dividem ao meio os lados AC e BC, respectiva- mente, a área, em centímetros quadrados, da região plana formada pelos quatro triângulos com o interior pintado é igual a GEOMETRIA ESPACIAL 33. (POLÍCIA MILITAR – SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Um bloco maciço de argila tem a forma de um prisma reto de base retangular e altura igual a 24 cm, conforme mostra a figura. M AT EM ÁT IC A 148 Sabendo que o volume desse bloco é 900 cm³, o perímetro da base indicada na figura mede a) 18 cm. b) 20 cm. c) 25 cm. d) 15 cm. e) 22 cm. GEOMETRIA ANALÍTICA 34. (POLÍCIA MILITAR – SP – ALUNO OFICIAL – VUNESP – 2018) Sobre um mapa de uma região, foi aplicado um sistema de coordenadas cartesianas, em que cada segmento de medida unitária, nesse sistema, correspondia a 1,5 quilômetros reais e, nesse sistema, duas praças foram identificadas com as coordenadas (1, –3) e (4, 1). A distância real, em linha reta, em quilômetros, entre essas praças é de a) 5,0. b) 5,5. c) 6,0. d) 7,5. e) 8,0. NÚMEROS REAIS 35. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Uma pessoa entra no elevador, no piso térreo, e vê no painel que os números –2, –1, 5 e 8 já estão acesos, indicando os andares onde o elevador irá parar. Essa pessoa aperta o botão 12, mas por motivos técnicos, o elevador obedece à seguinte ordem: sai do térreo, indicado pelo número 0, sobe até o 5º andar, desce até o 2º subsolo, indicado pelo número –2, depois para no 1º subsolo, indicado pelo número –1, sobe direto até o 8º andar e em seguida sobe até o 12º andar. Sabendo que entre cada andar, a dis- tância percorrida pelo elevador é sempre de 3 metros, então, para fazer o percurso descrito, esse elevador percorreu um total de a) 72 metros. b) 75 metros. c) 69 metros. d) 78 metros.e) 81 metros. M AT EM ÁT IC A 149 MMC 36. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Um comerciante possui uma caixa com várias canetas e irá colocá-las em pacotinhos, cada um deles com o mesmo número de canetas. É possível colocar, em cada pacotinho, ou 6 ca- netas, ou 8 canetas ou 9 canetas e, em qualquer dessas opções, não restará caneta alguma na caixa. Desse modo, o menor número de canetas que pode haver nessa caixa é a) 70. b) 66. c) 64. d) 72. e) 68. RAZÃO E PROPORÇÃO 37. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Em uma sala havia 120 candidatos fazendo uma prova de certo concurso. Após uma hora do início da prova, 1/5 dos candidatos foi embora. Após mais uma hora, 6 candidatos entrega- ram a prova e também saíram, e os candidatos restantes permaneceram até o ho- rário limite estabelecido. Em relação ao número inicial de candidatos que havia na sala, aqueles que ficaram até o horário limite estabelecido correspondem a a) 3/5. b) ¾. c) ¼. d) 1/5. e) ½. 38. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) A razão entre o número de camisetas brancas e o número de camisetas pretas vendidas por uma loja, em determinado dia, foi 3/7. Se nesse dia o número total de camisetas vendidas (brancas + pretas) foi 120, então, o número de camisetas pretas vendidas foi a) 90. b) 88. c) 78. d) 75. e) 84. M AT EM ÁT IC A 150 REGRA DE TRÊS 39. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Uma indústria pos- sui duas máquinas, A e B, que produzem uma mesma peça. A máquina A produz 7 peças em 15 minutos, e a máquina B produz 8 peças em 20 minutos. Nessas condi- ções, é correto afirmar que, no mesmo tempo gasto pela máquina B para produzir 36 peças, a máquina A irá produzir um número de peças igual a a) 40. b) 48. c) 42. d) 46. e) 44. PORCENTAGEM 40. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Uma loja comprou um lote com 60 carregadores para telefone celular e vendeu 15% deles na 1ª sema- na do mês. Entre os demais carregadores, 3 estavam com defeito e foram devolvidos ao fornecedor. Dos carregadores restantes, 75% deles foram vendidos até o final do mês. Após as vendas e a devolução efetuadas, restou ainda um determinado número de carregadores que, em relação ao número de carregadores comprados pela loja, correspondem a a) 20%. b) 15%. c) 12%. d) 17%. e) 22%. SISTEMAS DE EQUAÇÕES 41. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Uma pessoa foi a uma papelaria com R$ 20,00 para comprar canetas, todas de mesmo preço. Ao chegar à papelaria, constatou que, se comprasse 4 canetas e um bloco de anotações gastaria exatamente os R$ 20,00, mas se quisesse comprar somente 6 canetas, não seria possível, pois ficaria faltando R$ 1,00. O valor do bloco de anotações era a) R$ 5,00. b) R$ 6,00. c) R$ 4,00. d) R$ 4,50. e) R$ 5,50. M AT EM ÁT IC A 151 42. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Uma loja colocou 80 camisetas em promoção, algumas do modelo A e todas as restantes do modelo B. Nessa promoção, cada camiseta do modelo A está sendo vendida a R$ 40,00 e cada camiseta do modelo B a R$ 32,00. Sabendo que o valor arrecadado com a venda das 80 camisetas foi R$ 2.840,00, o número de camisetas do modelo A vendidas foi a) 40. b) 30. c) 32. d) 35. e) 38. GRÁFICOS E TABELAS 43. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Um estudante fez quatro simulados, A, B, C e D, preparatórios para uma prova de vestibular. A tabela mostra as notas obtidas por ele em cada um dos simulados. Simulados A B C D Notas 8,0 8,5 ? 9,0 Se a média aritmética das quatro notas foi 8,25, então, a nota obtida no simulado C foi a) 7,75. b) 8,00. c) 7,50. d) 8,50. e) 8,25. 44. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) O gráfico mostra o número de unidades de certo produto vendidas nos meses de julho, agosto, se- tembro e outubro. M AT EM ÁT IC A 152 Sabendo que a soma dos valores arrecadados com a venda desse produto nos me- ses de julho e de setembro foi R$ 840,00 e que o valor arrecadado com as vendas de agosto foi R$ 600,00 a mais do que o valor arrecadado com as vendas de outubro, então, o número de unidades vendidas em outubro foi a) 5. b) 6. c) 7. d) 8. e) 9. GEOMETRIA 45. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Uma peça de ma- deira tem o formato de um prisma reto com 15 cm de altura e uma base retangular com 6 cm de comprimento, conforme mostra a figura. Sabendo que o volume dessa peça é 720 cm³, a área da base é a) 44 cm². b) 36 cm². c) 40 cm². d) 52 cm². e) 48 cm². M AT EM ÁT IC A 153 46. (PM-SP – SOLDADO PM DA 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) O terreno retan- gular ABCD, mostrado na figura, cujas medidas estão indicadas em metros, tem 80 metros de perímetro. Sabendo que 12% da área desse terreno será destinada à construção de uma garagem, a área dessa garagem será de a) 42 m². b) 40 m². c) 45 m². d) 35 m². e) 38 m² M AT EM ÁT IC A 155 GABARITO COMENTADO 1. Podemos pegar por alternativa 30/7 = 4 e sobram 2 Portanto, já não é essa alternativa 32/7 = 4 e sobram 4 36/7 = 5 e sobra 1 34/7 = 4 e sobram 6 38/7 = 5 e sobram 3 (única alternativa que dá certo) GABARITO OFICIAL: E 2. 6 1 8 3+ mmc (6, 8) = 24 24 4 24 9 24 13+ = Portanto as azuis são: 1 24 13 24 11=- 24 11 24 11$ = GABARITO OFICIAL: E 3. Mmc(5, 6, 8)=2³×3×5=120 Mas, como sempre sobra 2 então 120 + 2 = 122 GABARITO OFICIAL: D 4. Mmc(4, 6, 12) = 12 Será depois de 12 horas, portanto 9 + 12 = 21h GABARITO OFICIAL: B 5. peças A não vendidas: 4 3 peças não vendidas de B: 5 3 M AT EM ÁT IC A 156 A: 4 3 80 60 B: 5 3 40 24 120 84 10 7 $ $ = = = GABARITO OFICIAL: B 6. 150 − 14 = 136 x: boa qualidade y: baixa qualidade y x 5 3= Pela propriedade da proporção, temos: y x b a x x y a a b = + = + Assim, x 136 3 8= 8x = 408 x= 51 GABARITO OFICIAL: D 7. resfriadas: x não resfriadas: y y x 7 2 x 36 2 9 = = 9x = 72 x= 8 Não resfriadas: 36 − 8 = 28 Como mais uma ficou resfriada: 27 9 3 1= GABARITO OFICIAL: E M AT EM ÁT IC A 157 8. ↑Hora/dia dia↓ 5 –––––––––– 3 x –––––––––– 2 Quanto mais horas, menos dias=inversamente ↑Hora/dia dia↑ 5 –––––––––– 2 x –––––––––– 3 2x = 15 x = 7,5 7 horas e 30 minutos GABARITO OFICIAL: B 9. ↑Horas/dia dias↓ 4 ––––––––––– 12 6 –––––––––––– x ↑Horas/dia dias↑ 4 ––––––––––––– x 6 ––––––––––––– 12 6x = 48 x = 8 GABARITO OFICIAL: D 10. ↓Exercícios/dia dias↑ 6 ––––––––––––––––– x − 3 4 ––––––––––––––––– x ↑Exercícios/dia dias↑ 4 –––––––––––––––– x − 3 6 –––––––––––––––– x 6x − 18 = 4x 2x = 18 x = 9 Como são 4 exercícios por dia: 9 ⋅ 4 =36 GABARITO OFICIAL: A M AT EM ÁT IC A 158 11. 1,1x = 93,5 x = 85 Desconto de 20%, o preço do produto passa a ser de 80% 0,8 ⋅ 85 = 68 GABARITO OFICIAL: C 12. 37,5% de 120 = 0,375 ⋅ 120 = 45 45 envelopes amarelos, portanto, 75 são brancos. Brancos não utilizados: 40% 0,4 ⋅ 75 = 30 Amarelos não utilizados: 0,8 ⋅ 45 = 36 30 + 36 = 66 GABARITO OFICIAL: B 13. Preço: x Acréscimo: 1,5x Como o desconto é de 10%, ele passa a valer 1 − 0,1 = 0,9 Desconto: 0,9 ⋅ 1,5x = 1,35x 1,35x = 27 x = 20 GABARITO OFICIAL: B 14. 1,2 3 x x 3,6+ + = 3,6 + x + 3x = 10,8 4x = 7,2 x = 1,8 Assim, a segunda etapa: 3 1,8 = 0,6km = 600m GABARITO OFICIAL: A 15. pregos: x prafusos: x + 4 x + x + 4 = 20 2x = 16 x = 8 Parafusos: 8 + 4 = 12 GABARITO OFICIAL: E M AT EM ÁT IC A 159 16. Total: 80 + 6x Sendo x a quantidade de latinhas 134 = 80 + 6x 54 = 6x x = 9 GABARITO OFICIAL: E 17. Pão de queijo: x Suco: y 5x 2y x y + + * 4 19,50 6 ( 2)$ = = - * 4 5x 2y 2x 2y + - - * 4 19,50 12 = =- Somando: 3x = 7,5 Portanto, 3 pães de queijo serão R$ 7,50 GABARITO OFICIAL: C 18. y: vagas de VF 2015 58 − x = −395 x = 453 Total: 446 − VF = −675 VF = 1121 453 + 453 − 66 + y = 1121 y = 281 GABARITO OFICIAL: A 19. 1,3x = 52 x = 40 M = 4 52 85+ 60= GABARITO OFICIAL: B 40 63+ + M AT EM ÁT IC A 160 20. M = 445 30 25 P+ + + 40 = 4 45 30 25 P+ + + 100 + P = 160 P = 60 Diferença: 60 − 25 = 35 GABARITO OFICIAL: D 21. M = 42 43 + 5 38+ 35+ 42+ 5 200 40= = GABARITO OFICIAL: C 22. 3 57 = 19 Terão 19 sequências iguais, como cada uma tem 2 brancos: 19 ⋅ 2 = 38 GABARITO OFICIAL: B 23. Sendo o primeiro nº 5 e o último nº 98 98 = 5 + (n−1) ⋅ 3 93 = 3n − 3 96 = 3n n = 32 Descontando-se dos quilômetros: 5, 8, 11, 14, 17, 20 32 − 6 = 26 GABARITO OFICIAL: D 24. Pela relação de Girard, a soma das raízes é dada pelo segundo termo, no caso − 7x² Portanto, a soma é 7. GABARITO OFICIAL: E 25. 1 3 3 7 4 6 - - - 4 8 1 0 - - - = a D = − 7α + 7 − 72 − 96 + 112 + 48 + 9α − 9 0 = −7α + 7 − 72 − 96 + 112 + 48 + 9α − 9 M AT EM ÁT IC A 161 2α − 10 = 0 2α = 10 α = 5 GABARITO OFICIAL: D 26. I = 20% a.a C = 2000 M = 3000 log 3000 − log 2000 − log (1 + 0,2)t = 0 log (3 ⋅ 1000) −log (2 ⋅ 1000) − t ⋅ log1,2 = 0 log 3 + log 1000 − log 2 − log 1000 − t log1,2 = 0 (I) Sendo 1,2 10 3 4$= log1,2 log 10 3 4$= b l log 3 + log 4 − log 10 0,48 + log 2² − 1 0,48 + 2 log 2 − 1 0,48 + 2 ⋅ 0,30 − 1 = 0,48 + 0,6 − 1 = −0,08 Voltando em I 0,48 − 0,3 − 0,08 = 0 0,08t = 0,18 t = 2,25 anos 2,25 ⋅ 12 = 27 meses GABARITO OFICIAL: C 27. Total de possibilidades A 27! 30! 30,3 = 30 29 28$ $= 2.436= Como não pode ter só de homens, vamos excluir as possibilidades: A 10! 13! 13,3 = 13 12 11$ $= 1.716= Excluindo de mulheres: A 14! 17! 17,3 = 17 16 15$ $= 4.080= 24.360 − 1.716 − 4.080 = 18.564 GABARITO OFICIAL: E M AT EM ÁT IC A 162 28. x + x + x + 20 + x + 20 = 160 4x + 40 = 160 4x = 120 x = 30 Área: 30 ⋅ (30+20) = 30 ⋅ 50 = 1500m² Área não recoberta: 0,3 ⋅ 1500 = 450m² GABARITO OFICIAL: D 29. área lote I: x² x² = 900 x = 30 Área: 30 ⋅ (30+20) = 30 ⋅ 50 = 1500m² GABARITO OFICIAL: C 30. Perímetro: x + x + x + 17 + x + 17 = 4x + 34 4x + 34 = 106 4x = 72 x = 18 Maior lado: x + 17 = 18 + 17 = 35 GABARITO OFICIAL: C 31. raio = 20/2 = 10 Como é um hexágono regular, os lados são iguais ao raio EF = 10 M AT EM ÁT IC A 163 Observe o triângulo EFC, ele é triângulo em E. Portanto, FC² = EF² + EC² 20² = 10² + EC² 400 = 100 + EC² 300 = EC² EC 300= 3 100$= 10 3= GABARITO OFICIAL: A 32. Observando a reta r traçada, os ângulos AV e DV são iguais e medem 60°, assim como F e IU S . Portanto, os triângulos azuis são equiláteros. Sendo assim, como AD mede 5 cm, o lado dos triângulos vale 2,5 A 4 l 32= Como são 4 triângulos: A 4 4 2,5 32 $= 4 4 6,25 3 $= 4 25 3= GABARITO OFICIAL: B 33. V = Ab V = Ab ⋅ h 900 = 5x ⋅ 24 900 = 120x x = 7,5 Perímetro: 7,5 + 7,5 + 5 + 5 = 25cm GABARITO OFICIAL: C M AT EM ÁT IC A 164 34. d (x x )1 2 2= - (y y )1 2 2+ - d (1 4)2= - ( 3 1)2+ - - 3 4 52 2= + = 1,5km ––– 1 medida x ––––––– 5 medidas x = 7,5km GABARITO OFICIAL: D 35. 0 − 5 = 3 × 5 = 15 m 5 até −2 = 15 + 6 = 21 −2 até −1 = 3 −1 até 12 = 36 + 3 = 39 15 + 21 + 3 + 39 = 78 m GABARITO OFICIAL: D 36. mmc (6, 8, 9) = 8 × 9 =72 GABARITO OFICIAL: D 37. 5 1 120 24$ = 24 + 6 = 30 candidatos foram embora. Ficaram: 120 − 30 = 90 120 90 4 3= GABARITO OFICIAL: B 38. Camisetas brancas: x Pretas: y M AT EM ÁT IC A 165 y x 7 3 (I)= x + y = 120 (II) x = 120 − y Substituindo em (I) y 120 y 7 3- = 3 · y = 840 − 7y 10 y = 840 y = 84 GABARITO OFICIAL: E 39. Para produzir 36 peças, a máquina B irá gastar: Máquina B 8 ––––– 20 min 36 –––– x x = 720 : 8 = 90 Máquina A 7 peças ––– 15 min x ––––––––– 90 min x = 42 peças GABARITO OFICIAL: C 40. 0,15 ⋅ 60 = 9 carregadores foram vendidos na 1ª semana 60 − 9 = 51 Entre 51, 3 estavam com defeito, restando 48. 0,75 ⋅ 48 = 36 foram vendidos até o fim do mês. 48 − 36 = 12 carregadores P 60 12= 5 1 0,2 20%= = = GABARITO OFICIAL: A 41. Canetas: x Bloco: y 4 · x + y = 20 6x = 21 x = 3,5 4 ⋅ 3,5 + y = 20 14 + y = 20 y = 6 GABARITO OFICIAL: B M AT EM ÁT IC A 166 42. A B 80+ =* 4 40 A$ + 32 B 2840$ = B = 80 − A Substituindo: 40 · A + 32 · (80 − A) = 2.840 40 · A + 2.560 – 32A = 2.840 8A = 2.840 – 2.560 8A = 280 A = 35 GABARITO OFICIAL: D 43. 8,25 = 4 8 8,5 C 9+ + + 25,5 + C = 33 C = 33 − 25,5 = 7,5 GABARITO OFICIAL: C 44. 840/7 = 120 120 ⋅ 11 = 1.320 1.320 − 600 = 720 foram arrecadados em outubro. 720/120 = 6 GABARITO OFICIAL: B 45. V = 6 ⋅ x ⋅ 15 720 = 90 ⋅ x x = 8 A = 6 ⋅ 8 = 48 cm² GABARITO OFICIAL: E 46. x + x + x + 10 + x + 10 = 80 4x + 20 = 80 4x = 60 x = 15 Área: x ⋅ (x+10) = 15 ⋅ 25 = 375 m² 0,12 ⋅ 375 = 45 m² GABARITO OFICIAL: C Sobre o Autor Carlos Alexandre Quiqueto Graduado em Administração de Empresas e Sistema de Informação. Pós-graduando em Esp. Adm. TI. Administrador. Analista de Sistemas e Consultor em TI. NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 169 EDITORES DE TEXTO, PLANILHA E APRESENTAÇÕES 1. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – MÉDIO – VUNESP – 2018) Tem-se a seguinte planilha, criada no Microsoft Excel 2010, em sua configuração original. Um usuário selecionou as células A1 até B5 e pressionou CTRL+C. Em seguida, abriu o Bloco de Notas do Microsoft Windows 10, em sua configuração padrão, e pres- sionou CTRL+V. Assinale a alternativa que indica corretamente o resultado. a) b) N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 170 c) d) e) N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 171 2. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – MÉDIO – VUNESP – 2018) Tem-se a seguinte planilha criada no Microsoft Excel 2010, em sua configuração original. Assinale a alternativa que indica o resultado correto da fórmula =SOMA(A1:A10), a ser inserida na célula A11. a) 0 b) 25 c) 21 d) 6 e) 15 3. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – MÉDIO – VUNESP – 2018) Tem-se a seguinte planilha criada no Microsoft Excel 2010, em sua configuração padrão, na qual o cursor do mouse está posicionado no título das colunas, entre as colunas A e B, conforme a imagem a seguir. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 172 Assinale a alternativa que exibe o resultado da ação, quando o usuário dá um duplo- -clique com o botão principal do mouse. a) b) c) d) e) N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 173 4. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – MÉDIO – VUNESP – 2018) A partir de um novo documento, totalmente vazio, que está sendo editado com o Microsoft Word 2010, em sua configuração original, assinale a alternativa correta a respeito da formatação que será aplicada ao texto, quando o marcador superior da régua fica mais à direita do que o marcador inferior, como é exibido, por meio de um círculo, em destaque na imagem a seguir. a) Apenas as linhas seguintes à primeira linha, de todos os parágrafos, são recuadas. b) Todas as linhas, de todos os parágrafos, são recuadas. c) Apenas a primeira linha, de todos os parágrafos, é recuada. d) Apenas a primeira linha, somente do primeiro parágrafo, é recuada. e) Apenas as linhas seguintes à primeira linha, somente do primeiro parágrafo, são recuadas. 5. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – MÉDIO – VUNESP – 2018) Em um documento de 10 páginas, editado no Microsoft Word 2010, em sua configura- ção padrão, um usuário preencheu o campo Páginas da janela de configurações de impressão com o conteúdo da imagem a seguir. Assinale a alternativa que indica quais páginas serão impressas. a) Páginas 1 e 10, apenas. b) Páginas 2 até 9, apenas. c) Página 10, apenas. d) Todas as páginas, de 1 até 10. e) Página 1, apenas. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 174 6. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – MÉDIO – VUNESP – 2018) Ao preparar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2010, em sua configuração original, um usuário adicionou uma AutoForma no slide 1. Ao pressionar F5 e iniciar o modo de exibição Apresentação de Slides, essa AutoForma deve ser exibida ime- diatamente, mas precisa ser configurada com uma animação do tipo ____________, para que desapareça. Assinale a alternativa que preenche corretamente alacuna do texto. a) Apagar b) Transição c) Ênfase d) Saída e) Miniaturizar 7. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – CFSD – VUNESP – 2017) No Microsoft Windows 7, em sua configuração original, uma formatação possível no aplicativo Bloco de Notas, acessada a partir do menu Formatar, é a) Marcadores. b) Quebra Automática de Linha. c) Colunas. d) Tabela. e) Centralizar. 8. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – CFSD – VUNESP – 2017) Tem- -se o seguinte texto editado no Microsoft Word 2010, em sua configuração padrão, com o recurso de marcas de parágrafo ativado. Após uma ação, o texto ficou com a seguinte aparência. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 175 Assinale a alternativa que descreve corretamente a ação aplicada. a) Foi pressionado um SHIFT entre as letras. b) Foi pressionado um TAB entre as letras. c) Foi aplicado um espaçamento entre caracteres, do tipo Expandido. d) Foram incluídos 2 espaços em branco entre as letras. e) Foi pressionado um ENTER entre as letras. 9. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – CFSD – VUNESP – 2017) Tem- -se a seguinte planilha, criada no Microsoft Excel 2010, em sua configuração padrão. Assinale a alternativa que contém o resultado da fórmula =SOMASE(A1:D3;ʺ>12ʺ), aplicada na célula A4. a) 72 b) 75 c) 1 d) 10 e) 0 10. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – CFSD – VUNESP – 2017) No Microsoft PowerPoint 2010, em sua configuração original, um slide mestre é a) um slide configurado para ser o modelo de todos os slides de uma apresentação. b) o último slide de uma apresentação. c) o primeiro slide da apresentação. d) um conjunto de anotações que ficam visíveis apenas para o apresentador, durante uma apresentação. e) uma exibição pequena do próximo slide que fica visível apenas para o apre- sentador, durante uma apresentação. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 176 REDES, INTERNET E CORREIO ELETRÔNICO 11. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – MÉDIO – VUNESP – 2018) Miranda e Caio receberam, cada um, uma mensagem de correio eletrônico usando o Microsoft Outlook 2010, em sua configuração original, com as seguintes caracte- rísticas: De: aurelio@vunesp.com.br Para: miranda@vunesp.com.br, caio@vunesp.com.br Os usuários Miranda e Caio responderam ao mesmo tempo a mensagem que re- ceberam, usando a opção Responder a Todos, sem qualquer alteração nos campos de destinatários da mensagem. Considerando apenas essa última ação de Miranda e Caio, assinale a alternativa que indica quantas mensagens Aurelio, Miranda e Caio receberão, respectivamente. a) 1, 2, 2 b) 2, 0, 0 c) 2, 1, 1 d) 2, 2, 2 e) 1, 1, 1 12. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – CFSD – VUNESP – 2017) O usuário Renato preparou uma mensagem de correio eletrônico usando o Microsoft Outlook 2010, em sua configuração padrão, e preencheu seu próprio endereço no campo Para. Ao clicar em Enviar, o Outlook a) envia a mensagem, que não fica armazenada na pasta Itens Enviados, e fica armazenada apenas na pasta Caixa de Entrada. b) grava a mensagem na pasta Rascunhos. c) move a mensagem para a pasta Lixeira. d) envia a mensagem, que fica armazenada em ambas as pastas E-mails Envia- dos e Caixa de Entrada. e) não envia a mensagem porque o destinatário e o remetente são os mesmos. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 177 GABARITO COMENTADO 1. Em “a”: Errado – O Bloco de notas não possui tabelas e/ou formatações avança- das, portanto não há bordas nesta colagem Em “b”: Errado – O Bloco de notas não possui a opção de inserirmos tabelas, logo essa opção com uma tabela representando a colagem não é possível. Em “c”: Errado – Apesar de simples, o bloco de notas não realizaria esta colagem de maneira corrida, como é apresentada aqui. Em “d”: Errado – O bloco de notas não capta o endereçamento das colunas nem das linhas do Excel, somente o conteúdo. Em “e”: Certo – O texto é colado com espaços e tabulações, mas sem nenhuma formatação elaborada. GABARITO OFICIAL: E 2. Em “a”: Errado – O resultado “0” não corresponde à formula proposta na questão. Em “b”: Errado – O resultado “25” não corresponde à formula proposta na questão. Em “c”: Certo – A fórmula =SOMA(A1:A10) vai somar todos os valores contidos nas células de A1 até (dois pontos) A10. O Excel apenas ignora letras contidas na célula, como no caso o valor “D4” conti- do na célula A10, portanto serão somados apenas os valores numéricos: 1 + 2 + 3 +4 + 5 + 6 = 21 Em “d”: Errado – O resultado “6” não corresponde à formula proposta na questão. Em “e”: Errado – O resultado “15” não corresponde à formula proposta na questão. GABARITO OFICIAL: C 3. Em “a”: Errado – O resultado do duplo clique no local indicado não altera a orde- nação das linhas. Em “b”: Certo – Nas planilhas de cálculos, quando a célula não consegue exibir todo o seu conteúdo por causa de sua largura restrita, exibe: - ##### - números que estão nas células, mas sem espaço para exibição - textos truncados - como se eles ‘entrassem embaixo’ da célula ao lado Em ambos os casos, duplo clique na divisão de colunas, ajustará automatica- mente a largura da coluna para um tamanho que permita exibir o conteúdo das células da coluna. Em “c”: Errado – O resultado do duplo clique no local indicado não altera a orde- nação das colunas. Em “d”: Errado – O resultado do duplo clique no local indicado não apaga o con- teúdo da planilha. Em “e”: Errado – O resultado do duplo clique no local indicado não altera a orde- nação das células. GABARITO OFICIAL: B N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 178 4. Em “a”: Errado – A partir do início da digitação já será aplicado o recuo da primei- ra linha. Em “b”: Errado – Na régua horizontal note que existem alguns símbolos. O símbolo 1 é conhecido como “recuo da 1ª linha”, por meio dele é possível criar o espaçamento de parágrafo (o famoso “dois dedos” de parágrafo). O símbolo 2 é “recuo deslocado”, ele altera o deslocamento do texto a partir da segunda linha de um parágrafo. O símbolo 3 é o “recuo à esquerda”, que desloca o espaça- mento simultâneo dos dois símbolos anteriores mantendo a proporção. Existe, também, outro símbolo no canto direito semelhante ao “recuo à esquerda”, só que este é o “recuo à direita”, que limita a margem do texto à direita. Em “c”: Certo – Se temos um texto já escrito, e selecionamos um parágrafo (ap- enas colocando o cursor dentro de qualquer parte do parágrafo) e o recuo de linha, ele vai recuar apenas a primeira linha, somente daquele parágrafo, os out- ros parágrafos do texto ficarão normais (sem recuo). Agora, se ao iniciarmos um arquivo em branco, selecionarmos o recuo de linha, ele irá recuar todas as seguintes primeiras linhas dos seguintes parágrafos. Em “d”: Errado – Se antes de escrevermos um texto, selecionarmos o recuo de linha, ele irá recuar todas as seguintes primeiras linhas dos parágrafos seguintes. Em “e”: Errado – Em um texto já escrito e com um parágrafo pré-selecionado, só é alterado esta seleção e ao ser alterado o recuo, imediatamente é aplicado no que for digitado a partir de então. GABARITO OFICIAL: C 5. Em “a”: Certo – Quando falarmos em impressões, em relação a seleção: Usamos um princípio parecido com o do Excel: “;” - ponto E vírgula -> X e X páginas. Por exemplo: 9 E 13. Em “b”: Errado – Não obedece ao padrão de seleção (intervalo entre os valores). N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 179 Em “c”: Errado – Não indica seleção de página única 10. Em “d”: Errado – “-” - até -> X até X página. Por exemplo: 1 ATÉ 10. Em “e”: Errado – Não indica seleção de página única 1. GABARITO OFICIAL: A 6. Em “a”: Errado – O efeito de animação “Apagar” não gera o efeito desejado no enunciado. Em “b”: Errado – Transição não corresponde a um efeito de animação válida. Em “c”: Errado – Ênfase não corresponde a um efeito de animação válida. Em “d”: Certo – Se o objetivo é retirar um objeto do slide, o tipo de animação adequado é a animação de saída.Em “e”: Errado – Miniaturizar não corresponde a um efeito de animação válida. GABARITO OFICIAL: D 7. Em “a”: Errado – O bloco de notas do Windows é um editor de textos simples, sem funções avançadas de edição de texto, como inserir marcadores. Em “b”: Certo – Em “c”: Errado – Por ser um editor de texto bastante simplificado, não é possível dividirmos o texto em colunas. Em “d”: Errado – Não podemos inserir tabelas nas anotações criadas no bloco de notas. Em “e”: Errado – Não é possível aplicar formatações de parágrafos em anotações criadas pelo bloco de notas. GABARITO OFICIAL: B 8. Em “a”: Errado – A tecla shift não surte efeito algum ao ser pressionada sozinha. Em “b”: Errado – A tabulação é representada da seguinte maneira com as marcas de parágrafo ativa: Em “c”: Certo. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 180 Alterar o espaçamento entre caracteres Às vezes, fazer ajustes sutis na escala e no espaçamento entre caracteres tem um grande impacto. A Escala é outra maneira de ampliar ou reduzir o tamanho de uma fonte. Você pode redimensionar a fonte com base em uma porcentagem do tamanho da fonte original. O Espaçamento pode ser aumentado ou reduzido em incrementos de pontos inteiros e fracionais. Normal – usa o espaçamento padrão ou o normal. Expandido – adiciona o espaçamento proporcional uniformemente entre o texto selecionado. Condensado – diminui o espaçamento, proporcionalmente, entre as letras do tex- to selecionado. Em “d”: Errado – A tecla espaço fica representado da seguinte maneira: V U N E S P Em “e”: Errado – Se tivéssemos clicado entre cada letra, cada uma estaria em uma linha diferente. GABARITO OFICIAL: C 9. Em “a”: Errado – O resultado apresentado “72” não corresponde a fórmula proposta. Em “b”: Errado – O resultado apresentado “75” não corresponde a fórmula proposta. Em “c”: Errado – O resultado apresentado “1” não corresponde a fórmula propos- ta. Em “d”: Errado – O resultado apresentado “10” não corresponde a fórmula propos- ta. Em “e”: Certo: =SOMASE (intervalo de soma; “condição para soma”) Dentro do intervalo de soma não há nenhum número maior que doze (“>12”), logo nada será somado sendo, portanto, a resposta zero. GABARITO OFICIAL: E 10. Em “a”: Certo – Quando você quiser que todos os seus slides contenham as mes- mas fontes e imagens (como logotipos), poderá fazer essas alterações em um só lugar — no Slide Mestre, e elas serão aplicadas a todos os slides. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E IN FO RM ÁT IC A 181 Em “b”: Errado – A nomenclatura “Slide mestre” não corresponde ao primeiro Slide. Em “c”: Errado – A nomenclatura “Slide mestre” não corresponde ao primeiro Slide. Em “d”: Errado – A função “anotações do orador” fica visível em seu monitor, mas não são visíveis para o público. Em “e”: Errado – Se você estiver usando o PowerPoint 2013 ou uma versão mais nova, basta conectar os monitores e o PowerPoint configura automaticamente o Modo de Exibição do Apresentador. No Modo de Exibição do Apresentador, você pode ver suas anotações ao apresentar, enquanto o público vê somente os slides. Para você, as anotações são exibidas no lado direito da janela, abaixo da imagem em miniatura do Próximo Slide. GABARITO OFICIAL: A 11. Em “a”: Errado – Aurélio recebe 2 mensagens no total e não uma, assim como Miranda e Caio só receberam uma no total e não 2. Em “b”: Errado – Aurélio recebe 2 mensagens no total está correto, mas Miranda e Caio recebem uma mensagem. Em “c”: Certo – Miranda respondeu a todos, ou seja, Caio e Aurélio receberam a resposta. Caio respondeu a todos também, ou seja, Miranda e Aurélio receberam a res- posta. Portanto: Aurélio - recebeu a mensagem de Caio e Miranda (2) Caio - recebeu a mensagem do Miranda (1) Miranda - recebeu a mensagem de Caio (1) Em “d”: Errado – Aurélio recebe 2 mensagens, correto, mas Miranda e Caio só receberam uma no total e não 2. Em “e”: Errado – Aurélio recebe duas mensagens e não apenas uma. GABARITO OFICIAL: C 12. Em “a”: Errado – A mensagem fica armazenada tanto na pasta Itens Enviados quanto na pasta Caixa de Entrada. Em “b”: Errado – Não fica em “Rascunho”, pois o envio é consumado. Em “c”: Errado – Não vai para a “Lixeira”, pois o envio é consumado. Em “d”: Certo – Ele envia um e-mail para ele mesmo, logo ficará nas pastas de “Enviados” e na respectiva “Caixa de entrada”. Em “e”: Errado – O envio é consumado. GABARITO OFICIAL: D Sobre a Autora Mariela Cardoso Jornalista e advogada, graduada na Universidade de Marília e Centro Universitário Eurípides de Marília (UNIVEM). Especialista pela Fundação Getúlio Vargas. Coordenadora de Políticas para as Mulheres do Município de Marília-SP. Professora especializada. NOÇÕES BÁSICAS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 185 LEI Nº 10.261/1968 1. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018). Segundo o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei n° 10.261/68), o funcionário que adquirir materiais em desacordo com as disposições legais e re- gulamentares a) deverá indenizar o erário até o limite de seus vencimentos anuais, e será responsabilizado civil e criminalmente pelos seus atos. b) restituirá em dobro o valor dos prejuízos causados ao poder público, e res- ponderá processo administrativo disciplinar, podendo sofrer a pena de de- missão do serviço público. c) responderá pelos seus atos somente se houve efetivo prejuízo aos cofres públicos, devendo sua eventual responsabilidade ser apurada em processo criminal. d) terá que justificar a compra perante seu superior hierárquico, que poderá isen- tá-lo de pena se entender que o funcionário não agiu com dolo ou culpa. e) será responsabilizado pelo respectivo gasto, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimen- to ou remuneração. PROCESSO ADMINISTRATIVO 2. (PM-SP - ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR - VUNESP – 2017) Determinado cidadão pretende ter acesso a um processo administrativo em curso na Polícia Mili- tar do Estado de São Paulo, que se encontra em meio físico e não possui nenhuma restrição de acesso. Nesse caso, deverá o Serviço de Informações ao Cidadão da Polícia Militar, em cumprimento ao previsto na Lei Federal n° 12.527/11, a) indeferir o pedido, porque em se tratando de processo em andamento a consulta pode tumultuar o feito. b) comunicar a data e o local para que o cidadão possa realizar a consulta pessoalmente, em prazo não superior a 20 (vinte) dias. c) extrair cópia integral dos autos e comunicar a data e o local em que as có- pias de consulta podem ser retiradas, sem nenhum custo para o cidadão. d) extrair cópia integral dos autos e comunicar a data e o local em que as có- pias de consulta podem ser retiradas, podendo ser o custo da reprodução cobrado do cidadão. e) comunicar ao cidadão o prazo estimado para que se encerre o procedimento em curso, quando, então, o feito poderá ser disponibilizado para consulta. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 186 REGULAMENTO DISCIPLINAR 3. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) Suponha-se que um Aluno-Oficial do Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública esteja praticando agiotagem e tal fato seja levado ao conhecimento da Po- lícia Militar do Estado de São Paulo. Nos termos do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, é correto afirmar que o Aluno-Oficial a) praticou transgressão disciplinar leve. b) praticou transgressão disciplinar média. c) praticou transgressão disciplinar grave. d) praticou transgressão disciplinar gravíssima. e) não praticou transgressão disciplinar, porque ao Aluno-Oficial não é aplica- do o Regulamento Disciplinar. 4. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) A Polícia Militar do Estado de São Paulo interessa-se por um equipamento novo introduzido no mercado, que auxilia na dispersãode multidões e possui caráter não letal. Esse equipamento é produzido unicamente por uma empresa nos Estados Unidos, que é a detentora de sua patente. Representantes da Polícia Militar Estadual entram em contato com a empresa, pois desejam conhecer melhor o equipamento, para o adquirir, caso ele realmente seja adequado às ações da Corporação. A empresa dos Estados Unidos oferece pagar o valor necessário para que três representantes da Polícia Militar realizem tal viagem. O pagamento seria feito diretamente a cada um desses servidores militares, no valor suficiente apenas para pagamento de pas- sagem aérea, hotel e alimentação, pelo período de 3 (três) dias. Nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, o que é oferecido pela empresa estadunidense a) não deve ser aceito, pois é vedado receber estipêndios de firmas fornece- doras, no País, ou no estrangeiro, mesmo quando em missão referente à compra de material. b) deve ser aceito, pois há um legítimo interesse da Corporação, e o Estatuto não prevê formas de pagamento de tais despesas, como diárias ou ajuda de custo. c) não deve ser aceito, pois é vedado aceitar representação de Estado estran- geiro, sem autorização do Presidente da República. d) deve ser aceito, pelo princípio da supremacia do interesse público, caso o Estado de São Paulo esteja desprovido dos recursos necessários e suficien- tes a tal viagem. e) não deve ser aceito, pois o Estatuto é claro ao estatuir que, nas aquisições a serem efetuadas, deve ser dada preferência ao produto nacional. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 187 CRIME DE RESPONSABILIDADE 5. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) Propõe-se a seguinte situação hipotética: o Governador do Estado de São Paulo passa a gastar os recursos públicos financeiros existentes em ações de interesse público, porém diferentes daquelas que estão previstas na lei orçamentária daquele exercício, o que se caracteriza como a realização de despesas não autorizadas. Considerando apenas o disposto na Constituição do Estado de São Paulo, o Governador estaria cometendo ato a) indiferente, pois sobre o tema nada prevê a Constituição Estadual. b) passível de caracterização como crime comum. c) passível de caracterização como ato de improbidade administrativa. d) passível de caracterização como ato lesivo à Administração Pública Nacional. e) passível de caracterização como crime de responsabilidade. JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE 6. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) Fala-se mui- to, atualmente, sobre a chamada questão “da judicialização da saúde”, que pode ser brevemente resumida como o manejo de ações judiciais para obrigar o Estado, aqui entendido de forma ampla, a cumprir determinações judiciais para atendimento de demandas como o fornecimento de medicamentos e a realização de procedimentos cirúrgicos. Afirma-se que o fundamento constitucional para tais ações é o direito a) à proteção estatal, calcada no dever solidário de todos os entes federativos. b) à seguridade social, com universalidade da cobertura e do atendimento. c) à assistência social, prevista na Constituição Federal como um direito social. d) à saúde, previsto na Constituição Federal como um direito social. e) à saúde, previsto na Constituição Federal como um direito individual. CF/88: N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 189 GABARITO COMENTADO 1. Em “a”, “b”, “c” e “d”: Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa quali- dade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a responsabilidade: I - pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsa- bilidade, ou por não prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço; II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização; III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual. Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais. Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da inden- ização poderá ser descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor destes. Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo havido má-fé, será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de sus- pensão. Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente previstos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pes- soas estranhas às repartições, o desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados. Em “e”: “Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao de- sconto no seu vencimento ou remuneração.” GABARITO OFICIAL: E 2. Em “a”, “c”, “d” e “e”: “Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível.” § 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a repro- dução ou obter a certidão; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 190 III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. § 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, medi- ante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. § 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar. § 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação. § 5º A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja anuência do requerente. § 6º Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em formato impres- so, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo se o requer- ente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos. Em “b”: “Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a espe- cificação da informação requerida.” § 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma dispostano caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: GABARITO OFICIAL: B 3. Em “a”, “b”, “d” e “e”: Art. 13 – “As transgressões disciplinares são classificadas de acordo com sua gravidade em graves (G), médias (M) e leves (L).” Parágrafo único - As transgressões disciplinares são: Em “c”: 25 - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, agiotagem ou transação pecuniária envolvendo assunto de serviço, bens da administração pú- blica ou material cuja comercialização seja proibida (G); GABARITO OFICIAL: C 4. Em “a”: Art. 243 - É proibido ainda, ao funcionário: X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de qualquer natureza; Em “b”, “c”, “d” e “e”: Art. 243 - É proibido ainda, ao funcionário: N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 191 I - fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como representante de outrem; II - participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado; III - requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou out- ros favores semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria; IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empre- sas, estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado; V - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República; VI - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II deste artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário; VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público; VIII - praticar a usura; IX - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição pública, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau; X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de qualquer natureza; XI - valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estra- nha às funções ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito; e XII - fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte. Parágrafo único — Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a participação do funcionário em sociedades em que o Estado seja acion- ista, bem assim na direção ou gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio. Art. 244 - É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo grau, salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a 2 (dois) o número de auxiliares nessas condições. GABARITO OFICIAL: A 5. Em “a”, “b”, “c” e “d”: Atos de improbidade administrativa estão dispostos na Lei nº 8.429/1992, podendo atingir: ▪ funcionários da administração direta ou indireta; ▪ empresa incorporada ao patrimônio público; ▪ entidade cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou receita anual. N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 192 ▪ conforme art. 5º da Lei nº 8429/1992: ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, através de conduta dolosa ou culposa do agente ou de terceiro, haverá ressarcimento integral do dano. O art. 9º, da Lei nº 8.429/1992 enumera os atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito; O art. 10, da Lei nº 8.429/1992 enumera os atos de improbidade que importam prejuízo ao erário; Atenção ao art. 10-A (constitui ato de improbidade administrativa conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário em contrariedade com o dis- posto no art. 8 - A, § 1º, da Lei Complementar nº 116/2003)*; O art. 11, da Lei nº 8.429/1992 enumera atos que atentam contra os princípios da administração pública. Penas: (dispostas no art. 12, da Lei nº 8.429/1992); Para os atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito haverá: suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos; multa de até 3vz o valor do enri- quecimento; proibição de contratar com o poder público pelo prazo de 10 anos; Para os atos de improbidade que importam prejuízo ao erário haverá: suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos; multa de até 2 vezes o valor do dano; proibição de contratar com o poder público pelo prazo de 5 anos; Para atos de improbidade que atentam contra os princípios da administração pública haverá: suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos; multa de até 100vz o valor da re- muneração percebida pelo agente; proibição de contratar com o poder público por 3 anos; Para o caso do agente incorrer no art. 10-A haverá: suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos; e multa de até 3vz o valor do benefício. Outros artigos importantes da Lei nº 8.429/1992, para memorizar e entender os atos de improbidade: art. 8º; art. 17 “caput” e § 1º; art. 20; art.21; art. 22. O art. 23 trata da prescição dos atos de improbidade administrativa. Regra geral: prescreve 5 anos contados do instante em que o réu deixa o cargo, emprego, função ou mandato que titulariza. Exceção: Imprescritibilidade para pedidos de ressarcimento conforme art. 37, § 5º, da CF/1988. Em “e”: Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra: I - A existência da União: II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes con- stitucionais dos Estados; III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: IV - A segurança interna do país: V - A probidade na administração; VI - A lei orçamentária; VII - A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos; VIII - O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, art. 89). Art. 74. Constituem crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados ou dos seus Secretários, quando por eles praticados, os atos definidos como crimes nesta lei. GABARITO OFICIAL: E N O ÇÕ ES B ÁS IC AS D E AD M IN IS TR AÇ ÃO P Ú BL IC A 193 6. Em “a”, “b”, “c” e “e”: Direitos sociais (Art. 6° CF/1988) Alimentação Trabalho Educação Moradia Saúde Lazer Previdência Social Desamparo Maternidade Infância Segurança Em “d”: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Consti- tuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) GABARITO OFICIAL: D Sobre a Autora Silvia Helena de Araújo Professora Mestre em História Cultural pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Tem especialização em cursos preparatórios para vestibulares e concursos. Atua na área docente. HISTÓRIA GERAL E HISTÓRIA DO BRASIL H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 197 HISTÓRIA GERAL HISTÓRIA SÉCULO XX 1. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Analise os dois mate- riais a seguir para responder à questão. Material 1 Disponível em: <https://goo.gl/mPzavT>. Traço contínuo: ferrovia já construída Linha tracejada: ferrovia em construção Mapa da ferrovia Berlim-Bagdá em 1914 Material 2 A Primeira Guerra Mundial envolveu vários países, mas representou, principalmente, o confronto entre quatro potências: França, Inglaterra e Rússia,de um lado; Alema- nha, do outro. MOTTA, M. M. M. A Primeira Grande Guerra. Em: REIS FILHO, D. A.; FERREIRA, J.; ZENHA, C. O século X X v.1. O tempo das certezas: da formação do capitalismo à Primeira Grande Guerra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. (Adaptado.) A análise dos materiais permite concluir que uma das causas da Primeira Guerra Mundial foi H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 198 a) a invasão e o domínio do Império Turco Otomano pelos alemães entre o final do século XIX e o início do século XX, o que contrariou os interesses do Império Britânico, principal aliado otomano. b) o controle direto exercido pelo Império Alemão sobre os Bálcãs, o que in- tensificou a revolta nacionalista dos povos eslavos da região, especialmente sérvios e búlgaros, contrários à Tríplice Aliança. c) a presença alemã na região dos Bálcãs, o que ameaçava diretamente os interesses russos e austro-húngaros na região, aliados que pretendiam con- trolar a navegação entre o Mediterrâneo e o Mar Negro. d) a aliança entre o Império Russo e o Império Turco Otomano, o que contra- riava os interesses alemães e austro-húngaros nos Bálcãs e no Mediterrâneo oriental, agravando as tensões na região. e) o expansionismo germânico em direção à Península Balcânica e ao Oriente Médio, com o objetivo de facilitar o acesso ao petróleo do Golfo Pérsico e aos territórios coloniais na África oriental. 2. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Na Guiné, Moçam- bique e Angola, os movimentos de libertação sempre fizeram cuidadosa distinção entre o povo português, que os apoiava, e o governo ditatorial que estava tentando esmagá-los. Desde o início, tais movimentos temeram que uma revolução política na África portuguesa ainda pudesse deixá-los na condição de dependência neo- colonial de Lisboa e dos interesses econômicos europeus aos quais Lisboa estava ligada e pelos quais às vezes atuava como agente. Por isso, a emergência de ideias “terceiro-mundistas”, no seio das forças armadas portuguesas, foram observadas com grande interesse pelos movimentos marxistas na África. MAXWELL, K. O Império derrotado: revolução e democracia em Portugal. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. (Adaptado.) O trecho citado evidencia o fato de que, no contexto da Guerra Fria, havia forte associação entre a) o nacionalismo conservador e a luta pela autodeterminação dos povos. b) o terceiro-mundismo e os ideais e valores associados ao bloco capitalista. c) as lutas anti-coloniais e a defesa de vínculos identitários com a metrópole. d) as lutas socialistas e os processos de descolonização e libertação nacional. e) os princípios democráticos liberais e o anti-autoritarismo comunista. 3. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) O presidente dos EUA, Thomas Woodrow Wilson, presidira o comitê que redigiu os 30 artigos do pacto constitutivo da Liga das Nações, projeto de seu coração. O presidente via na Liga das Nações o órgão maior de um sistema de segurança coletiva das nações. Pensou grande, muito além do seu tempo e muito além dos tempos de hoje, a julgar pela experiência da ONU. As demonstrações de impotência da Liga das Nações para coibir o emprego da força foram se acumulando. (Luiz de Alencar Araripe, “Tratado de Versalhes”. Em: Demétrio Magnoli (org.), História da Paz. São Paulo: Contexto, 2008. (Adaptado.) H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 199 Uma das “demonstrações de impotência” da entidade está corretamente identifi- cada: a) na tomada da Etiópia pela Itália (1935), caracterizada pelo expansionismo fascista e apoiada por Hitler na geopolítica europeia da época. b) na anexação da Polônia pela URSS (1934), uma das marcas do expansionis- mo soviético que precedeu o início da Segunda Guerra Mundial. c) na militarização da Espanha pela França (1937), com o objetivo de conter o expansionismo nacionalista no levante liderado pelo General Franco. d) na militarização da Normandia pela Inglaterra (1936), como tentativa de bloquear o possível avanço nazista sobre o norte da França e sobre o Canal da Mancha. e) na ocupação da Armênia pela Turquia (1933), o que levou ao chamado “ge- nocídio armênio” no contexto de formação do Estado nacional turco. 4. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) O fim dos velhos im- périos coloniais era previsível e, na verdade, em 1945, considerado iminente na Ásia, mas a futura orientação dos novos Estados pós-coloniais não estava nada clara. Foi nessa área que as duas superpotências continuaram a competir, por apoio e influên- cia, durante toda a Guerra Fria, e por isso a maior zona de atrito entre elas, aquela onde o conflito armado era mais provável, e onde de fato irrompeu. Eric Hobsbawm. Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995. (Adaptado.) Quanto aos exemplos de conflito entre as duas superpotências, é correto identificar: a) a Ucrânia, em que os países da OTAN e do Pacto de Varsóvia disputaram o acesso ao Mar Negro, principal via de ligação marítima entre a Ásia Conti- nental e o Mar Mediterrâneo. b) o Japão, em que Estados Unidos e União Soviética tentaram controlar os rumos políticos do país após a explosão das bombas atômicas, o que pro- longou os conflitos do pós-guerra. c) aÍndia, em que comunistas e liberais indianos lutaram juntos contra o domí- nio britânico, mas depois se dividiram em choques internos que levaram à guerra civil no país. d) o Paquistão, em que os movimentos de libertação nacional se voltaram para o anti-imperialismo e se aproximaram das lutas revolucionárias anticapita- listas. e) a Coreia, em que os coreanos do norte tiveram o apoio do bloco socialista contra os coreanos do sul, apoiados pelos EUA em um violento confronto que durou cerca de três anos. H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 200 HISTÓRIA DO BRASIL BRASIL CONTEMPORÂNEO 5. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) No Brasil pós 1930, a relação entre intelectuais e os valores autoritários que emanavam do Estado não deve ser vista como passiva, com homens letrados e artistas “bem-inten- cionados” tornando-se vítimas das manipulações de políticos espertalhões. As soluções autoritárias para a “questão nacional” ou para o campo cultural, so- bretudo aquelas que envolviam a educação das massas e a imposição de valo- res nacionalistas às elites regionais, eram compartilhadas por vários intelectuais ideologicamente distintos entre si, como liberais, fascistas, católicos e positivis- tas. (Napolitano, M. História do Brasil República: da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo. São Paulo: Contexto, 2016. Adaptado) À época, os intelectuais passaram a ver no Estado a) um agente de efetivação de um projeto politicamente descentralizado, em que prevalecesse a autonomia dos estados. b) um meio para construir os valores da “brasilidade”, forjando uma nação integrada que unisse elites e classes populares. c) um potencializador das práticas econômicas e sociais rurais, evitando choques oriundos da industrialização e da urbanização. d) um mecanismo de reafirmação da identidade religiosa católica brasileira, em detrimento de outras crenças e religiões. e) uma forma de afirmação de um ideal racista, voltado para a defesa da cultura popular e das políticas de branqueamento. 6. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Ainda hoje, as inter- pretações mais difundidas, embora reconheçam a inequívoca vocação democrá- tica da Constituição de 1946, sublinham suas limitações e sua incidência sobre aquilo que consideram ser a fragilidade da experiência democrática brasileira nesse período. (Schwarcz, L. M.; Starling, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. Adaptado). Entre as limitações citadas no trecho, é correto identificar a) a exclusão do voto feminino. b) a manutenção do voto censitário. c) a proibição de manifestações de rua. d) a inexistênciado direito ao habeas corpus. e) a exclusão do direito de voto aos analfabetos. H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 201 7. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Em agosto de 1969, o Presidente Costa e Silva sofreu grave ataque cardíaco. Seguiu-se uma intensa luta pelo poder, em torno da sucessão. Segundo a Constituição de 1967, então em vi- gência, o Vice-Presidente Pedro Aleixo deveria suceder imediatamente ao presiden- te, em caso de morte ou incapacidade deste para os deveres do cargo. Mas Pedro Aleixo opusera-se abertamente ao AI-5, não servindo, portanto, aos propósitos das forças armadas que controlavam o Estado. O Alto Comando das Forças Armadas, dotado de poderes extraordinários, concluiu que “a solução constitucional não era viável”, decidindo que a presidência seria exercida por uma junta pelos ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. (Alves, M. H. M. Estado e oposição no Brasil:1964-1984. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado) A crise sucessória de Costa e Silva evidencia a) a estabilidade política que marcou o país no período, garantida por meio de acordos dos militares com a oposição civil. b) o compromisso reiterado dos militares com a perspectiva de abertura políti- ca, ainda que os movimentos de oposição tenham impedido esse processo. c) a importância que a interlocução com os civis sempre teve para os militares, em especial nas eleições e nas sucessões presidenciais. d) o caráter autoritário e politicamente instável do regime militar, na medida em que a própria Constituição de 1967 estava sendo desrespeitada. e) o cumprimento da lei pelos militares, de tal forma que todos os trâmites legais fossem observados nos contextos eleitorais. 8. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) “O Colégio Eleitoral, agora constituído de forma regular, detém poder político incontestável para cumprir o seu mandato. A campanha para suprimi-lo constitui audaciosa tentativa política para contornar poder legitimamente adquirido nos termos da Constituição vigente. Defender o Colégio Eleitoral contra essa investida intempestiva é um dever que é meu, que é do governo, que é de todos os parlamentares que o apoiam. Cumpre conter a ofensiva desencadeada contra regras do jogo aceitas para eleição do meu sucessor”. Presidente João Figueiredo, em pronunciamento à nação, em 16 de abril de 1984. (Rodrigues, A. T O grito preso na garganta.São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003. Adaptado) Em seu pronunciamento, Figueiredo critica a) o movimento das Diretas Já. b) a fundação de partidos como PT e PDT. c) a candidatura presidencial de Tancredo Neves. d) os comitês de luta pela anistia. e) a organização da luta contra a carestia. H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 202 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 9. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) O regresso ao Rio de Janeiro do 1º Escalão da Força Expedicionária Brasileira em 18 de julho de 1945 estava sendo esperado e interpretado como um marco na campanha das forças oposicionistas. O desfile das tropas pelas ruas da cidade seria como uma grande festa da UDN e de seu candidato. Angela de Castro Gomes. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. P. 284-285. (Adaptado). O trecho revela um momento importante da crise do Estado Novo associada ao retorno da FEB, que: a) reforçaria a importância dos militares e da UDN na construção de uma saí- da negociada para o fim da ditadura, o que levou Getúlio a renunciar e se isolar politicamente, sem estabelecer relação com a cena política que viria a seguir. b) ressaltaria o vínculo entre os setores de oposição a Vargas e a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, na medida em que Vargas tinha sido favorável à entrada na guerra ao lado do Eixo. c) consagraria a vitória da luta pela democracia e a repulsa à ditadura e a seu presidente, evidenciando a contradição entre uma política externa alinhada com os valores democráticos e uma política interna autoritária. d) evidenciaria a fraqueza do governo Vargas naquele contexto, dado o fato de que o governo teve poucos recursos para sustentar as tropas na guerra, o que reforçou as sensações de pobreza e precariedade disseminadas à época. e) consolidaria a aliança entre as elites civis organizadas na UDN, economica- mente intervencionistas e socialmente conservadoras, e os militares recém- -saídos da guerra, autoritários e com forte inspiração fascista. MILITARISMO NO BRASIL 10. (PM-SP – SOLDADO PM 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) O processo de des- compressão do sistema político começara a ser orquestrado em 1975, pelos gene- rais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva, ambos convencidos de que a ditadura deveria fazer suas escolhas e definir o momento mais conveniente para revogar os poderes de exceção. (Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, Brasil: uma biografia. São Paulo. Companhia das Letras, 2015. P. 467. (Adaptado). Tal processo se deu com o objetivo de: H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 203 a) manter a oposição longe do Executivo, de modo a garantir que a transição se realizasse de maneira tutelada, restrita aos círculos civis aliados e sem riscos institucionais. b) realizar uma abertura política plena, reestabelecendo os direitos políticos e as liberdades civis no tempo mais curto possível, superando a situação autoritária na qual o país se encontrava. c) sustentar o bipartidarismo do MDB e da Arena na cena política nacional, impedindo, com isso, a legalização de partidos e grupos políticos mais à esquerda, tais como o Partido Comunista. d) efetivar um projeto de institucionalização da ditadura, de tal forma que os poderes de exceção fossem revogados, mas os militares ficassem no poder por tempo indeterminado. e) garantir uma abertura política em que os exilados não teriam o direito de voltar ao Brasil, assim como os presos políticos permaneceriam detidos até que se completasse a redemocratização. H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 205 GABARITO COMENTADO 1. Em “a”, o Império Turco Otomano e o Império Alemão foram aliados durante a Primeira Guerra Mundial. Em “b”, as revoltas nacionalistas dos povos eslavos da região balcânica ocorreram, princi- palmente, entre sérvios e bósnios. Em “c”, os russos e os austro-húngaros não eram forças aliadas na Primeira Guerra Mundial. Em “d”, o Império Russo e o Império Turco Otomano não eram forças aliadas na Primeira Guerra Mundial. Em “e”, o expansionismo germânico em direção à Península Balcânica e ao Oriente Médio foram fatores importantes para eclosão da Primeira Guerra Mundial, como demonstra o mapa de construção da ferrovia Berlim-Bagdá em 1914. GABARITO OFICIAL: E 2. Em “a”, o nacionalismo conservador se opunha às lutas de independências e à autodeter- minação dos povos africanos. Em “b”, as ideias “terceiro-mundistas” estavam vinculadas aos movimentos marxistas na África. Em “c”, durante o processo de descolonização da África portuguesa não havia a defesa de vínculos identitários com a metrópole, mas com a própria África. Em “d”, o processo de descolonização da África portuguesa foi marcado por ideais social- istas, como maneira de alcançar a libertação nacional. Em “e”, embora houvesse a defesa dos princípios democráticos frente aos regimes dita- toriais, no período, não houve a associação entre os princípios democráticos liberais e o antiautoritarismo comunista. GABARITO OFICIAL: D 3. Em “a”, 1936 a Espanha caiu em guerra civil entre os nacionalistas/fascistas x comunistas e anarquistas. Hitler enviou o exército alemão e usaram pela primeira vez a Blitzkrieg (guer- ra relâmpago) e o conflito espanhol foi considerado um laboratório nazista da tática de Guerra. Venceram os nacionalistas e subiu ao poder o Gal. Franco. A expansão nazista foi marcada por alguns eventos como a participação na guerra civil espanhola em 1936,que anexou os sudetos da Tchecoeslováquia e a Áustria em 38. Tentaram barrar a expansão nazista pelo tratado de Munique, em que Hitler se comprometeu a barrar seu expan- sionismo. Mas pegou os aliados de surpresa ao fazer um pacto de não agressão com Stalin (Pacto de Aço). Após o acordo com os soviéticos, a Alemanha invadiu a Polônia. O chamado genocídio armênio ocorreu durante a primeira guerra mundial, durante a dis- solução do Império Turco Otomano (em 1918, a Turquia nunca assumiu o genocídio). O norte da França era militarizado pela própria França, a chamada “linha Maginot”, mas era uma militarização que se mostrou ineficaz diante da ofensiva nazista. A corrida imperialis- ta na África foi uma das principais causas da primeira guerra. A criação da Liga das Nações não surtiu efeito no controle dos conflitos internacionais, por exemplo, a anexação da Etiópia por Mussolini em 1935, um dos antecedentes da segunda Guerra. H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 206 Em “b”, a Polônia foi invadia em 1939. Em “c”, a Espanha foi militarizada pela Alemanha. Em “d”, o norte da França era militarizado pela própria França- a chamada “linha Maginot”. Em “e”, o chamado genocídio armênio ocorreu durante a primeira guerra mundial, du- rante a dissolução do Império Turco Otomano em 1918. GABARITO OFICIAL: A 4. Em “a”, Ucrânia após a segunda Guerra Mundial passou a ser parte integrante da URSS. Em “b”, Estados Unidos e União Soviética não tentaram controlar os rumos políticos do país após a explosão das bombas atômicas. Em “c”, na Índia em 1947 houve uma guerra civil entre hindus e islâmicos. Em “d”, no Paquistão os principais conflitos são religiosos Em “e”, durante a Guerra fria ocorreram vários conflitos, entre eles: Guerra da Coreia, do Vietnã, a militarização da Ásia e a independência da Índia, que em 47 levou à uma guerra civil entre hindus e islâmicos, que resultou na divisão da Índia. O Japão passou para a área de influência dos EUA e passou a receber investimentos dos EUA. A Ucrânia após a segunda Guerra Mundial passou a ser parte integrante da ex URSS. No Paquistão os principais conflitos são religiosos. Diante do contexto da questão a mais coerente seria marcar a alternativa E, contudo vale um adendo: A Guerra da Coreia teve batalhas entre 1950 e 1953 e assinaram um armistício, e nunca assinaram um tratado de paz (que encer- ra o conflito). Então tecnicamente a Guerra da Coreia continua. Principalmente a Coreia do norte (socialista), usa este estado de conflito (estado de beligerância) para manipular a população em sua pesada ditadura. Além disso o apoio soviético foi quase nulo (pela incapacidade e pelo medo soviético de um novo conflito) e o apoio socialista foi princi- palmente chinês (que estava em processo revolucionário socialista desde 1949). GABARITO OFICIAL: E 5. Em “a”, o Brasil da Era Vargas não possuía um projeto politicamente descentralizado, em que prevalecesse a autonomia dos estados. Em “b”, o papel dos intelectuais no governo Vargas consistia na construção de uma iden- tidade nacional. No estado Varguista o nacional se sobrepõe ao regional, de modo a evitar os conflitos entre classes. Em “c”, o papel dos intelectuais no governo Vargas não consistia em evitar choques ori- undos da industrialização e da urbanização. Em “d”, o papel dos intelectuais no governo Vargas não era a reafirmação da identidade religiosa católica brasileira Em “e”, a afirmação de um ideal racista é contraria a idéia de construção de uma identi- dade nacional que unisse elites e classes populares. GABARITO OFICIAL: B 6. Em “a”, a Constituição de 1934 garantia o voto feminino. Em “b”, o fim do voto censitário ocorreu com o advento da República. Em “c”, com o fim do Estado Novo em 1945 os direitos democráticos foram restabelecido. Em “d”, o direito ao habeas corpus estava preservado na Constituição de 1946 Em “e”, o voto para não alfabetizados somente foi possível apos a promulgação da Con- stituição de 1988. GABARITO OFICIAL: E H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 207 7. Em “a”, a crise sucessória de Costa e Silva evidencia a instabilidade do regime político. Em “b”, os movimentos de oposição desejavam a abertura política, que veio ocorrer somente do final dos anos 1970. Em “c”, a população civil não possuía canais de interlocução com o governo militar, as eleições presidenciais no período eram indiretas. Em “d”, a crise sucessória de Costa e Silva evidencia a instabilidade do regime político, seu caráter autoritário e o desrespeito com a Constituição vigente. Em “e”, todos os trâmites legais não foram respeitados durante a crise sucessória de Costa e Silva . GABARITO OFICIAL: D 8. Em “a”, durante o governo Figueiredo houve o movimento por eleições diretas no Brasil, conhecido por Diretas Já. O movimento não obteve sucesso, encontrando forte oposição do regime militar. Em “b”, a fundação do PDT ocorreu em 1979 e do PT em 1980, no entanto, Figueiredo faz referência ao movimento das Diretas Já e não do pluripartidarismo. Em “c”, neste momento Tancredo Neves não havia se candidatado presidente. Em “d”, ”, a Lei da Anistia Política foi promulgada em 1979. Em “e”, o movimento contra a carestia teve papel importante ao contestar políti- cas econômicas do regime militar durante os anos 1970, no entanto, Figueiredo faz referência ao movimento das Diretas Já e não da situação econômica. GABARITO OFICIAL: A 9. Em “a”, Vargas manteve sua influência política mesmo após a deposição. Do mes- mo modo, os militares e a UDN não foram as únicas forças políticas que atuaram para o fim do Estado Novo. Em “b”, Vargas adentrou à Guerra ao lado dos Aliados. Em “c”, Getúlio Vargas mantinha uma ditadura no Brasil entre 37-45 (O Estado Novo). Era inspirado principalmente no fascismo italiano. Antes de entrar na guerra negociou como os dois lados (os aliados e o eixo), mas o bombardeio de navios brasileiros por submarinos alemães e o financiamento dos EUA para a construção da Usina de Volta Redonda, fizeram Vargas escolher o lado dos Aliados, mas isso representava uma contradição, que foi o alinhamento externo com democracias e o envio de tropas para lutar por ela, enquanto internamente mantinha um governo autoritário. Esta contradição levou Vargas a ser forçado a renunciar e não se candidatar nas eleições de 45. Em “d”, governo teve recursos para sustentar as tropas na guerra. Em “e”, a UDN era economicamente liberal e parte dos setores militares já não pactuavam com os ideais fascistas. GABARITO OFICIAL: C H IS TÓ RI A G ER AL E H IS TÓ RI A D O B RA SI L 208 10. Em “a”, O governo do Gal. Geisel caracterizou-se pela distensão política: abertura do regime militar para a democracia de forma “lenta, gradual e segura”. Em 78 foi revogado o AI-5 e o fim do bipartidarismo, 79 a lei da anistia (ampla geral e irrestrita) e 85 eleições indiretas de Tancredo e Sarney, mesmo após o movimento pelas diretas já (que não alcançou o resultado esperado). A institucionalização da ditadura ocorreu no governo Castelo Branco, a Lei da Anistia perdoou todos os crimes políticos cometidos por militantes de esquerda e agentes do Estado no combate ao comunismo. O processo de abertura durou 10 anos entre 78 e 88 com a promulgação da constituição cidadã. Em “b”, não houve uma abertura política plena. Os direitos políticos e as liber- dades civis não foram restabelecidos no tempo mais curto possível Em “c”, O processo de descompressão do sistema político não possuía o objetivo de sustentar o bipartidarismo. Em “d”, não houve a efetivação do projeto de institucionalização da ditadura du- rante a descompressão do sistema político. Em “e”, com a Lei da Anistia os exilados políticos voltaram ao Brasil. GABARITO OFICIAL: A Sobre a Autora Letícia Veloso Graduada em Jornalismo em 2008. Experiência em materiais impresso, on-line e voltado para TV. Trabalhou em empresas como: Grupo Folha (UOL), Grupo RBS, Rede Vidae Portal do Walmart. Como locutora (tem DRT na área), trabalhou em emissoras de rádio em Minas Gerais e São Paulo. Professora de Conhecimentos Gerais e Atualidades dos cursos on-line e de videoaulas produzidos pelo Grupo Nova. Autora do comentário de questões de concursos públicos de vários livros e outras produções editoriais do Grupo Nova. Em blog fala a respeito de cultura, comportamento e do cotidiano por meio da página da seguinte rede social: GEOGRAFIA GERAL G EO G RA FI A G ER AL 211 GLOBALIZAÇÃO 1. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Nestas últimas décadas, o processo de globalização econômica esteve atrelado ao comércio inter- nacional. Comprova esse fato a) a expansão do pleno emprego no setor industrial nos países considerados emergentes. b) o aumento da independência econômica dos países produtores e exporta- dores de commodities. c) o protecionismo, prática comum, sendo um entrave à circulação de merca- dorias. d) a crescente pressão dos países ricos em enfraquecer os blocos econômicos. e) o enfraquecimento de países que defendem relações comerciais bi ou mul- tilaterais. QUESTÕES AMBIENTAIS 2. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Observe o mapa para responder à questão. <htps://planetevivante.files.wordpress.com. Acesso em 01.04.2018> A leitura do mapa e os conhecimentos sobre as atuais condições socioeconômi- cas mundiais permitem afirmar que é provável que, em 2020, a) os países mais populosos e urbanizados do mundo deverão manter grande suprimento de água potável. G EO G RA FI A G ER AL 212 b) os países com forte crescimento demográfico apresentarão grande disponi- bilidade de recursos hídricos. c) as cidades com maior carência de fornecimento de água potável estarão localizadas nos países subdesenvolvidos. d) as áreas mais desenvolvidas correrão sérios riscos de carência de água, prin- cipalmente para as atividades econômicas. e) as cidades mundiais com forte influência econômica deverão apresentar si- tuações críticas de abastecimento de água potável. GEOPOLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS 3. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) Fundada em 1957, por seis países, a União Europeia completa, neste ano de 2017, 60 anos, contando com 28 países membros, embora o Reino Unido esteja em processo de saída do bloco, que é o mais antigo e estruturado do mundo. No entanto, apesar da longevidade e poderio econômico, pode-se citar como um dos problemas enfrentados pela União Europeia a) A perda de mercados consumidores devido à concorrência com países emergentes do Brics, como a Índia e a África do Sul. b) As diferenças socioeconômicas entre os países membros, o que provoca a forte hegemonia da rica Alemanha sobre vários países. c) As políticas sociais atualmente em declínio devido à entrada de imigrantes, principalmente nos antigos países comunistas. d) A atual perda de importância econômica e política da moeda única, o Euro, frente a moedas fortes como o dólar e o iene japonês. e) A deficiência de recursos naturais, o que gera a necessidade de importações de produtos básicos para a indústria, como o ferro e o carvão. ASPECTOS NATURAIS 4. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) A questão está relacionada à imagem e ao texto a seguir G EO G RA FI A G ER AL 213 Esse fenômeno atmosférico é comum nos grandes centros urbanos industrializa- dos, principalmente naqueles localizados em áreas cercadas por serras ou monta- nhas. Esse processo ocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular por uma camada de ar quente (menos denso), dificultando a circulação do ar. Trata-se a) do efeito estufa. b) da ilha de calor. c) do efeito Coriólis. d) da inversão térmica. e) do fog. 5. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) A questão está relacionada ao mapa apresentado a seguir. Brasil – Bacias hidrográficas Assinale a alternativa que identifica corretamente uma das bacias hidrográficas brasileiras. a) A bacia 2 abrange uma importante reserva de minérios, reconhecida in- ternacionalmente. Como grande parte dos solos da bacia não são férteis, há pequena atividade agrícola, mas, recentemente, observa-se o avanço da pecuária destinada à produção de leite. G EO G RA FI A G ER AL 214 b) A bacia 3 tem grande importância histórica; seu rio principal atravessa área de clima semiárido. A agricultura é uma das mais importantes atividades econômicas, com destaque para a fruticultura. O potencial hidrelétrico da bacia é aproveitado por várias usinas. c) A bacia 5 ocupa área com relevo pouco ondulado, o que possibilita a exis- tência de vários rios navegáveis, mas com pequeno potencial hidrelétrico. A área da bacia concentra a maior parte da população nas porções norte e oeste, onde estão as principais cidades. d) A bacia 1 destaca-se por apresentar elevada densidade demográfica, fato que provoca impacto ambiental, principalmente nas áreas próximas às áreas metropolitanas; os modernos cultivos de grãos representam a principal uti- lização dos solos da bacia. e) A bacia 4 tem a maior parte de sua área em planaltos, o que possibilita aos rios que a compõem grande potencial hidrelétrico já utilizado por várias usi- nas. Sob o aspecto econômico, as terras da bacia são utilizadas para cultivos de produtos destinados à exportação. ESPAÇO GEOGRÁFICO E ATIVIDADES ECONÔMICAS 6. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2017) Observe o gráfico para responder à questão. Brasil – Grandes regiões: Participação na produção de “X” A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre as atividades econômicas brasilei- ras permitem afirmar que, no título do gráfico, o “X” deve ser substituído por a) Grãos. b) Automóveis. c) Cana-de-açúcar. d) Aço. e) Café. G EO G RA FI A G ER AL 215 GABARITO COMENTADO 1. Em “a”: Errado – Prevalecem outros fatores. É importante destacar outra questão da globalização: mão de obra barata em muitos países pobres, com exploração nas condições de trabalho. Em “b”: Errado – A dependência econômica vigora em muitos desses países. Em “c”: Certo – O protecionismo é uma das questões mais significativas do mundo globalizado e nas relações comerciais entre as nações. Em “d”: Errado – Os blocos econômicos têm se mostrado fatores importantes na fomentação de negócios que privilegiem seus membros. Em “e” – Errado – Nações que defendem as relações multilaterais favorecem a integração. GABARITO OFICIAL: C 2. Em “a”: Errado – Com a redução na oferta de consumo, a água potável será o “ouro” do século 21. Em “b”: Errado – Esse cenário não está atrelado ao fornecimento de água. Vale destacar, porém, que o Brasil conta com maior recurso hídrico do mundo. Em “c”: Certo – Os países mais pobres são os que mais sofrerão com a falta de água. Em “d”: Errado – A água como produto disputado estará mais acessível a nações mais ricas. Em “e”: Errado – As cidades mais ricas estarão em vantagem, quanto à disponibi- lidade do recurso quando em comparação a locais mais pobres. GABARITO OFICIAL: C 3. Em “a”: Errado – A União Europeia é o bloco econômico mais influente do mundo. O Euro, por exemplo, é uma moeda sólida e de bastante relevância no mercado. Em “b”: Certo – A Alemanha exerce grande influência frente aos demais membros por sua economia forte. França também se destaca nesse quesito. Em “c”: Errado – Sentença em questão não procede. Em “d”: Errado – O Euro surgiu para unificar a Europa em torno de uma moeda forte. De fato, se tornou importante no cenário mundial, perdendo apenas para o Dólar, dos Estados Unidos, em termos de relevância. Em “e”: Errado – A UE tem privilegiado o mercado interno e produtores europeus, estabelecendo regras mais duras para entrada de produtos estrangeiros. GABARITO OFICIAL: B 4. Em “a”: Errado – Não corresponde à imagem.Só pra constar, efeito estufa natural é importante para manter a temperatura ideal do planeta. Ocorre a concentraçãode gases na atmosfera, que absorve os raios solares. Porém, com intensificação G EO G RA FI A G ER AL 216 desse processo, por conta da poluição atmosférica, a Terra tem sofrido com au- mento da temperatura. Em “b”: Errado – Não corresponde à imagem. Ilha de Calor é aumento de tempe- ratura em área urbana. Em “c”: Errado – Efeito Coriólis implica em um sistema de referência em movimen- to de rotação. Em “d”: Certo – Imagem retrata uma inversão térmica. No caso, se trata do au- mento de ar quente em altitudes elevadas e ar frio em altitudes baixas. Em “e”: Errado – Imagem não se refere ao fenômeno mencionado. GABARITO OFICIAL: D 5. Em “a”: Errado – a bacia em questão é o Rio Tocantins e tem bastante atividade hidrelétrica. Em “b”: Certo – O rio citado é o São Francisco, que dá nome à bacia hidrográfica mencionada. Em “c”: Errado – A bacia mencionada é a Rio Paraná. Uma das características dela é o relevo acidentado. Em “d”: Errado – A maior bacia do mundo, a bacia do rio Amazonas. Ao contrário da informação mencionada, a região não conta com grande densidade demo- gráfica. Em “e”: Errado – Tema citado não procede. GABARITO OFICIAL: B 6. Em “a”: Certo – As regiões Sul e Centro-Oeste são grandes produtoras de grãos, como a soja, por exemplo. Em “b”: Errado – A indústria automobilística brasileira se concentra no Sudeste e Sul. Com alguma participação em outras regiões como Nordeste, mas em menor quantidade. Em “c”: Errado – Dados contidos não se relacionam ao gráfico. Em “d”: Errado – Produção de aço se concentra em Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul Em “e”: Errado – A produção de café se concentra em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. GABARITO OFICIAL: A GEOGRAFIA DO BRASIL Letícia Veloso Graduada em Jornalismo em 2008. Experiência em materiais impresso, on-line e voltado para TV. Trabalhou em empresas como: Grupo Folha (UOL), Grupo RBS, Rede Vida e Portal do Walmart. Como locutora (tem DRT na área), trabalhou em emissoras de rádio em Minas Gerais e São Paulo. Professora de Conhecimentos Gerais e Atualidades dos cursos on-line e de videoaulas produzidos pelo Grupo Nova. Autora do comentário de questões de concursos públicos de vários livros e outras produções editoriais do Grupo Nova. Em blog fala a respeito de cultura, comportamento e do cotidiano por meio da página da seguinte rede social: Sobre a Autora G EO G RA FI A D O B RA SI L 219 ASPECTOS NATURAIS 1. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) O climograma é característico a) De grande parte da Amazônia, que apresenta clima equatorial, forte pluvio- sidade e temperaturas elevadas o ano todo. b) Da área litorânea da região Sul, que apresenta clima subtropical, sem esta- ção seca e elevada amplitude térmica. c) Da área sul da região Sudeste, que apresenta clima tropical de altitude, fraca pluviosidade e temperaturas elevadas o ano todo. d) Da porção central do Centro-Oeste, que apresenta clima tropical úmido, com grande pluviosidade e elevada amplitude térmica. e) Do interior nordestino, que apresenta clima tropical, com os meses de verão mais chuvosos e baixa amplitude térmica. DADOS POPULACIONAIS 2. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) Analisando-se as características da população brasileira, é possível constatar que a) A taxa de fecundidade tem permanecido em fraca expansão, mostrando que há uma tendência de se manter o crescimento vegetativo elevado, prin- cipalmente na zona urbana. b) A taxa de urbanização, que mostra o dinamismo demográfico de um país, tem apresentado forte ampliação, fato que deve igualar as taxas entre as diferentes regiões do país. c) A esperança de vida, que indica o tempo médio de vida dos habitantes, tem sido reduzida, principalmente devido aos problemas decorrentes do desemprego e da crise econômica. d) A migração entre as regiões brasileiras parou de crescer há mais de uma década, o que mostra a regularidade da distribuição das atividades econô- micas pelo país. e) A taxa de mortalidade infantil, que é um dos indicadores mais utilizados para mostrar as condições de vida, em especial aquelas relacionadas à saú- de, está em declínio. G EO G RA FI A D O B RA SI L 220 ATIVIDADES DE PRODUÇÃO 3. (PM-SP – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2018) O último re- censeamento agropecuário foi realizado em 2006. Os doze anos que separaram os dois censos não devem alterar o fato de que, no país, predominam a) Os cultivos permanentes fortemente mecanizados. b) As terras produtivas ocupadas por posseiros. c) As grandes propriedades rurais acima de mil hectares. d) Os minifúndios que ocupam metade das terras rurais. e) As pastagens destinadas à criação de gado leiteiro. G EO G RA FI A D O B RA SI L 221 GABARITO COMENTADO 1. Em “a”: Certo – Representa bem as condições na Amazônia, com predominância de chuvas e alta temperatura. Em “b”: Errado – Não corresponde ao dado citado. Em “c”: Errado – Os dados mencionados não estão ligados à imagem. Em “d”: Errado – Mesma questão em relação à letra “c”. Em “e”: Errado – Questão semelhante às letras “c” e “d”. GABARITO OFICIAL: A 2. Em “a”: Errado – Informação em desacordo com o panorama atual. Em “b”: Errado – A urbanização não é igual em todas as cidades. Em “c”: Errado – A expectativa de vida aumentou nos últimos anos, devido a me- lhorias de condições em boa parte das cidades, com foco na água encanada e saneamento básico, por exemplo. Em “d”: Errado – A migração é um processo constante. O Sudeste ainda mantém posição como região que mais atrai pessoas, embora houvesse queda nos índices nos últimos anos. Em “e”: Certo – A taxa de mortalidade infantil nos anos 2000 é bem inferior aos dados dos anos 80 e 90. GABARITO OFICIAL: E 3. Em “a”: Errado – Nem todas as áreas de cultivo são mecanizadas. Em “b”: Errado – Tema não prevalece. Em “c”: Certo – Vigora esse tipo de propriedade no Brasil. Em “d”: Errado – Os latifúndios têm dominado o cenário, o qual favorece pouco espaço aos minifúndios. Em “e”: Errado – Fato mencionado não condiz com o contexto. GABARITO OFICIAL: C Sobre a Autora Mariela Cardoso Jornalista e advogada, graduada na Universidade de Marília e Centro Universitário Eurípides de Marília (UNIVEM). Especialista pela Fundação Getúlio Vargas. Coordenadora de Políticas para as Mulheres do Município de Marília-SP. Professora especializada. ATUALIDADES AT UA LI DA D ES 225 AGÊNCIA INTERNACIONAL DE RISCO 1. (PM-SP - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR - VUNESP – 2018) A agência in- ternacional de risco Standard & Poor’s (S & P) rebaixou nesta quinta-feira (11. jan. 2018) a nota de crédito soberano do Brasil de “BB” para “BB-”. Com isso, o rating do país segue sem o selo de bom pagador, mas agora está três degraus abaixo do grau de investimento. Já a perspectiva para a nota mudou de negativa para estável. (G1 - goo.gl/mnRUWR. Acesso 01.04.2018. Adaptado) A agência apontou como justificativa para o rebaixamento a) a morosidade na conclusão de obras de infraestrutura como a transposição do rio São Francisco. b) a fragilidade da reforma política aprovada pelo Congresso no final de 2017. c) o atraso na aprovação da reforma da Previdência para reequilibrar as contas públicas. d) o elevado número de desempregados, superior a 12 milhões de pessoas. e) o aumento da inflação provocado pela elevação do preço dos combustíveis. REFORMA TRABALHISTA 2. (PM-SP - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR - VUNESP – 2018) Até 18 de feve- reiro deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) já tinha recebido 18 ações diretas de inconstitucionalidade contra a reforma trabalhista. As mudanças na CLT (Consoli- dação das Leis do Trabalho) entraram em vigor em novembro passado. Folha de São Paulo - goo.gl/ZWn6q3. Acesso em: 1º de abr. de 2018. (Adaptado). A maior parte dos processos tem em comum o fato de a) reivindicarem o fim das férias fragmentadas em três períodos. b) questionaremo trabalho de grávidas em locais insalubres. c) sustentarem a prorrogação do trabalho temporário por mais de três meses. d) pedirem a volta da obrigatoriedade do imposto sindical. e) reclamarem sobre o fim dos saques anuais do PIS-PASEP. AT UA LI DA D ES 226 3. (PM-SP - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR - VUNESP – 2018) Em 26 de fe- vereiro deste ano, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a expulsão de 60 diplomatas russos do país. Outros 14 países europeus, como França e Alemanha, também confirmaram que pedirão a saída de representantes diplomáticos russos de seus países. (UOL - goo.gl/ypk7S2. Acesso 01.04.2018. Adaptado) As medidas tomadas pelos países são uma forma de represália a) ao apoio dos russos à produção de mísseis pelo governo da Coreia do Norte. b) ao envenenamento de um ex-espião russo por agentes químicos, no Reino Unido. c) ao apoio russo ao governo sírio, responsável por milhares de mortos na guerra civil da Síria. d) ao roubo de dados pessoais de milhares de seguidores da rede facebook. e) à adesão russa à nova guerra comercial iniciada em janeiro pela China. POLÍTICA INTERNACIONAL 4. (PM-SP - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR - VUNESP – 2017) Em 19 de se- tembro, na Assembleia da ONU, Donald Trump discursou e atacou diretamente três países: A respeito do país 1, disse que se ele quer se armar com bombas nucleares e mísseis, a única alternativa dos Estados Unidos é destruir totalmente esse país. Depois, Trump falou do país 2, que chamou de ditadura corrupta que patrocina o terrorismo, e que o acordo nuclear, fechado pelo presidente Barack Obama e pelas maiores potências mundiais, é uma vergonha para os Estados Unidos. A respeito do país 3, Trump disse que o governante é um ditador socialista que causou dor e sofrimento ao povo. O presidente americano lembrou que já impôs sanções ao governo do país e falou que os Estados Unidos estão preparados para tomar outras atitudes se o ditador continuar a se impor autoritariamente. G1 goo.gl/HUp924. (Adaptado). Acesso em: 21 set. 2017. Os países 1, 2 e 3 citados por Trump são, respectivamente, a) Iraque, Venezuela e Rússia. b) Israel, Coreia do Norte e Síria. c) Turquia, Arábia Saudita e Cuba. d) Afeganistão, Turquia e Colômbia. e) Coreia do Norte, Irã e Venezuela. AT UA LI DA D ES 227 BALANÇA COMERCIAL 5. (PM-SP - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR - VUNESP – 2017) Leia a notícia de 01 de agosto. Balança comercial brasileira tem melhor julho da história (EBC – Agência Brasil – goo.gl/8Q7TyE. Acesso em 21set.2017) O principal motivo para o bom desempenho da balança foi o aumento a) do volume de medicamentos destinados à Europa. b) da taxa de juros para investimentos estrangeiros. c) da venda de óleos e lubrificantes para a Alemanha. d) dos preços das commodities, como a soja e o milho. e) da exportação de têxteis e vestuário para a China. AT UA LI DA D ES 229 GABARITO COMENTADO 1. Em “a”, “b”, “d” e “e”: “Apesar de vários avanços da administração Temer, o Brasil fez pro- gresso mais lento que o esperado em implementar uma legislação significativa para cor- rigir a derrapagem fiscal estrutural e o aumento dos níveis de endividamento”, destacou a S&P em relatório, acrescentando que as incertezas por causa das eleições de 2018 agra- vam esse cenário. Além da dificuldade em aprovar reformas com efeitos de longo prazo, a S&P destacou ainda que “ocorreram retrocessos até mesmo com medidas fiscais de curto prazo - como uma determinação para suspender o adiamento das altas de salários dos funcionários públicos”. https://g1.globo.com/economia/noticia/sp-rebaixa-nota-do-brasil.ghtml Em “c”: A agência internacional de risco Standard&Poor’s (S&P) rebaixou nesta quinta-fei- ra (11) a nota de crédito soberano do Brasil de “BB” para “BB-”. Com isso, o rating do país segue sem o selo de bom pagador, mas agora está três degraus abaixo do grau de investimento. Já a perspectiva para a nota mudou de negativa para estável. O rebaixa- mento já era esperado por parte do mercado em razão das dificuldades do governo para conseguir a aprovação da reforma da Previdência. Na justificativa para a decisão, a agência apontou como “uma das principais fraquezas do Brasil” o atraso na aprovação de medidas fiscais que reequilibrem as contas públicas. GABARITO OFICIAL: C 2. Em “a”, “c”, “d” e “e”: Duas ações questionam o trabalho intermitente, uma o limite do valor da indenização por dano moral a ser definido pelo juiz, outra pede o fim da correção do depósito recursal e a última alega ameaça à gratuidade da Justiça. Em “b”: A maior parte dos processos tem em comum o fato de pedirem a volta da obrig- atoriedade do imposto sindical. Antes da reforma, o tributo era recolhido anualmente e correspondia a um dia de trabalho, para os empregados, e a um percentual do capital social da empresa, no caso dos empregadores. Com a reforma trabalhista, a contribuição passou a ser opcional. GABARITO OFICIAL: B 3. Em “a”, “c”, “d” e “e”: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (26) a expulsão de 60 russos - incluindo diplomatas e outros funcionários do governo - de seu território e o fechamento do consulado russo em Seattle. A medida contra a Rússia também foi adotada por Austrália, Canadá, Ucrânia, Noruega, Albânia e 16 países da União Europeia (veja lista abaixo). Em “b”: A reação em bloco é uma retaliação contra o envenenamento de um ex-espião russo na Inglaterra que, segundo Londres, foi arquitetado por Moscou. O governo russo, que nega o envolvimento no caso, promete responder a cada país na mesma medida em breve, segundo declaração de fontes do ministério de Relações Exteriores à agência Ria. FONTE:https://g1.globo.com/mundo/noticia/trump-anuncia-expulsao-de-60-russos- dos-eua.ghtml GABARITO OFICIAL: B AT UA LI DA D ES 230 4. Afirmação 1: O país 1 no qual Donald Trump se refere é a Coreia do Norte, que continua desenvolvendo um programa de armas nucleares e de mísseis balísticos, com alcance intercontinentais. Desta forma sabendo qual é o país 1, já daria para responder a questão, pois das cinco alternativas, somente a “e” traz a Coreia do Norte como primeira opção. Afirmação 2: Já o país 2 é o Irã, pois em 2015 os Estados Unidos assinaram um acordo limitando e condicionando o programa, de forma que proíbe o Irã de- senvolver armas nucleares, em troca da retirada das sanções internacionais. Este acordo autorizou o país a prosseguir com um programa nuclear civil. Afirmação 3: O país 3 é a Venezuela, no qual tem como governante o socialis- ta e chavista Nicolás Maduro. O país está politicamente dividido, com grandes divergências entre o governo e a oposição. O Chavismo tem tomado decisões autoritárias que desequilibram a independência dos poderes constituídos e o re- gime democrático no país. GABARITO OFICIAL: E 5. Em “a”, “b”, “c” e “e”: O principal motivo para o bom desempenho da balança comercial em 2017 é o crescimento dos preços das commodities (produtos bási- cos com cotação internacional). Também aumentaram os volumes exportados de alguns produtos. A balança comercial tem superávit quando as exportações (vendas do Brasil para o exterior) superam as importações (aquisições de produtos e serviços no exterior). Em “d”: O Brasil é um grande exportador de commodities, como soja, milho e minério de ferro. A China, o principal, importador do Brasil, é um grande consu- midor das nossas commodities. GABARITO OFICIAL: D