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Prévia do material em texto

PM-SP
POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO
PM-SP
POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO
E X P E D I E N T E
Diretora editorial Juliana Pivotto
Assessoria editorial Mari de Barros
Assistente editorial Leandro Sales
Revisão Equipe de Revisão Nova Concursos
Projeto gráfico Equipe Nova Concursos
Diagramação Equipe de Diagramação Nova Concursos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
(CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057
 PM-SP : Polícia Militar de São Paulo / [Carlos Alexandre Qui-
queto]...[et al]. -- São Paulo : Nova Concursos, 2019. 
 230 p. (Livro de Questões)
ISBN 978-65-80143-14-6
1. Serviço público - Brasil – Concursos 2. Concursos - Proble-
mas, questões, exercícios 3. Polícia Militar do Estado de São 
Paulo - Concursos I. Quiqueto, Carlos Alexandre
CDU 35.08(079.1)
18-0295
Índices para catálogo sistemático:
1. Serviço público - Brasil - Concursos 
© 2019 - Todos os direitos reservados à
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, especialmen-
te gráfico, fotográfico, fonográfico, videográfico, internet. Essas proibições aplicam-se também às 
características de editoração da obra. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 
e parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão 
e indenizações diversas (artigos 102, 103, parágrafo único, 104, 105, 106 e 107, incisos I, II e III, da Lei 
nº 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).
QT021-A-19-PM-SP
Este livro da Coleção Questões Comentadas é mais uma ferramenta elabora-
da pela Editora Nova, que vai ajudar você a conquistar seus principais objetivos 
no âmbito dos concursos públicos. Está organizado por matérias, e cada maté-
ria dividida em tópicos, exigidos no edital do cargo do concurso em questão. 
Também propusemos o comentário de todas as alternativas das questões de 
múltipla escolha. 
Os autores de nossas obras têm larga experiência na área do concurso públi-
co, sendo muitos deles também responsáveis pelas aulas que você encontra em 
nossos Cursos Online. A teoria ensinada em nossos Cursos junto com o livro de 
questões comentadas, tornam-se uma importante ferramenta de aprendizagem 
e estudo. 
O gabarito oficial das questões está de acordo com a lei vigente à época do 
concurso. Em alguns comentários, o autor, em respeito à atualização ocorrida 
na lei, propôs um comentário atualizado e diferente do gabarito oficial. Isto per-
mite ao leitor entender a mudança por meio da resposta contextualizada sem a 
alteração do gabarito oficial em respeito à organizadora da prova do concurso. 
Caro aluno, antes da prova, revise o comentário das questões deste livro. A 
meta é estudar até passar! 
Muito obrigado.
Editores da Nova Concursos
APRESENTAÇÃO DA OBRA
Língua Portuguesa .............................................................................................................................9
Matemática ......................................................................................................................................135
Noções Básicas de Informática ................................................................................................167
Noções Básicas de Administração Pública .......................................................................... 183
História Geral e História do Brasil ...........................................................................................195
Geografia Geral ..............................................................................................................................209
Geografia do Brasil .......................................................................................................................217
Atualidades ......................................................................................................................................223
SUMÁRIO
Sobre a Autora
Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Professora. Graduada pela Faculdade de Filosofia, 
Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela 
Universidade Estadual Paulista – Unesp.
LÍNGUA PORTUGUESA
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Estudos divulgados 
pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, só no ano de 2010, 50 
milhões de pessoas no mundo sobreviveram a acidentes de trânsito com algum 
traumatismo ou ferida. Se nada for feito, a estimativa é de que teremos 1,9 milhão 
de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030.
Disponível em: <www.sbotrj.com.br>. (Adaptado.)
O texto estabelece uma relação entre
a) traumatismo ou ferida e seus tratamentos.
b) acidentes de trânsito e suas causas.
c) mortes no trânsito e suas repercussões.
d) mortes no trânsito e suas formas de prevenção.
e) acidentes de trânsito e suas consequências.
2. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018)
Disponível em: <www.sbotrj.com.br>.
O cartaz chama atenção para o fato de que
a) enviar mensagens pelo celular enquanto se dirige pode provocar acidentes.
b) é importante que os pais estejam informados sobre o paradeiro dos filhos.
c) os traumatismos mais graves são resultado de acidentes de trânsito.
d) dirigir após usar o celular é um comportamento perigoso, que deve ser evi-
tado.
e) os jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito no Brasil.
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3. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) O modo verbal em 
“não digite” expressa um conselho, assim como ocorre com a expressão destacada 
em:
a) Como não haverá expediente bancário na sexta-feira, o boleto poderá ser 
pago na segunda-feira.
b) O morador não autorizou a entrada do técnico para a medição do consumo 
de gás no imóvel.
c) Atenção: não se esqueçam de usar o cinto de segurança também no banco 
de trás do automóvel.
d) Pesquisadores canadenses descobriram que o macarrão não induz o ganho 
de peso.
e) Os candidatos que não apresentarem um documento com foto não pode-
rão realizar a prova.
4. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018)
Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook 
apagou as redes sociais do celular
A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, 
conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora 
do nosso caminho.”
Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente 
o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir’ nos primórdios do Facebook, 
há mais de dez anos.
Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook 
ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida 
real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplica-
tivos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo 
off-line.
Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto 
critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá 
consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que 
acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”.
Ricardo Senra.
Disponível em: <www.bbc.com>. (Adaptado.)
Justin Rosenstein apagou as redes sociais do celular porque elas
a) geravam discussões pouco edificantes que incitavam a intolerância.
b) demandavam que ele passasse tempo excessivo envolvido no trabalho.
c) faziam com que ele se distanciasse das interações na vida não virtual.
d) exigiam que ele dedicasse muita atenção à resolução de equações.
e) impulsionaram os negócios e exigiram computadores mais sofisticados.
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5. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018)
Bill Watterson. O melhor de Calvin. Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br>. Acesso em 
31 mar. 2018.
Na fala do último quadrinho, o garoto
a) revela-se entediado diante da falta de opções de diversão.
b) contraria a afirmaçãode que sábado é o melhor dia da semana.
c) mostra-se confuso diante da grande variedade de atividades.
d) reforça a ideia de que se lançará a diversas distrações.
e) reduz as oportunidades de diversão a uma única.
6. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018)
Geovani Martins: como a favela me fez escritor
Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de 
idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. 
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro 
livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa 
mudança.
Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a músi-
ca, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, 
tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até 
o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre 
tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia 
precisa ser tratada sempre como algo em movimento.
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A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria 
e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não 
me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop 
que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso 
mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encon-
tra seus públicos por becos e vielas.
Geovani Martins.
Disponível em: <https://epoca.globo.com>. Acesso em 06 mar. 2018. (Adaptado.)
Geovani Martins conta que seu livro é resultado de
a) sua vivência pessoal em diferentes favelas.
b) uma imaginação sem paralelo com a realidade.
c) histórias que leu quando ainda era criança.
d) uma reescrita de livros de autores eruditos.
e) leituras de estudos realizados por intelectuais.
7. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Para o autor, con-
sumir
a) é um benefício pouco acessível a moradores de favelas.
b) significa produzir itens que classifica como supérfluos.
c) restringe-se a adquirir produtos produzidos por multinacionais.
d) envolve comprar produtos industrializados e apreciar arte.
e) equivale a rejeitar a influência da cultura estrangeira.
8. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Uma das caracterís-
ticas das favelas para a qual o autor chama a atenção é a
a) precariedade do saneamento.
b) desigualdade econômica.
c) ausência de segurança.
d) diversidade cultural.
e) falta de opções de lazer.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
9. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Assinale a alternativa 
em que a concordância das palavras está de acordo com a norma-padrão.
a) As mortes causadas por acidentes são muito preocupante.
b) Acidentes de trânsito deixam um grande número de feridos.
c) São essenciais que os motoristas dirijam com mais cautela.
d) Foi estabelecido uma estimativa quanto ao número de acidentados.
e) Poderão haver muitos mais vítimas de trânsito se nada for feito.
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CRASE
10. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Assinale a alternati-
va em que o sinal indicativo de crase está empregado corretamente.
a) O garoto gosta de assistir à desenhos animados.
b) O garoto prefere desenhos animados à filmes ou jogos.
c) O garoto passou o sábado assistindo à televisão.
d) O garoto perguntou à seu amigo se ele queria ver TV.
e) O garoto prefere ver desenhos à brincar na rua.
COESÃO E COERÊNCIA
11. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018) Estudos divulgados 
pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, só no ano de 2010, 50 
milhões de pessoas no mundo sobreviveram a acidentes de trânsito com algum 
traumatismo ou ferida. Se nada for feito, a estimativa é de que teremos 1,9 milhão 
de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030.
Disponível em: www.sbotrj.com.br. (Adaptado.)
A expressão “Se nada for feito” pode ser substituída, sem alteração de sentido e 
conforme a norma-padrão da língua, por
a) Apesar de nada ser feito.
b) Pois que nada foi feito.
c) Portanto nada fosse feito.
d) Caso nada seja feito.
e) Segundo nada seria feito.
SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
12. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018)
Geovani Martins: como a favela me fez escritor
Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de 
idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. 
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro 
livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa 
mudança.
Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a músi-
ca, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, 
tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até 
o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre 
tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia 
precisa ser tratada sempre como algo em movimento.
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A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria 
e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não 
me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop 
que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso 
mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encon-
tra seus públicos por becos e vielas.
Geovani Martins. 
Disponível em: <https://epoca.globo.com>. 06 mar. 2018. (Adaptado.)
Uma expressão empregada com sentido figurado está destacada em negrito na 
alternativa:
a) ... os filmes e as séries de sucesso mundial. (3.º parágrafo)
b) ... cultura pop que faz a cabeça dos jovens... (3.º parágrafo)
c) ... encontra seus públicos por becos e vielas. (3.º parágrafo)
d) Destaco esses lugares... (1.º parágrafo)
e) ... meu primeiro livro, publicado em março de 2018... (1.º parágrafo)
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
13. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2018)
Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou 
as redes sociais do celular
A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, 
conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora 
do nosso caminho.”
Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente 
o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir’ nos primórdios do Facebook, 
há mais de dez anos.
Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook 
ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida 
real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos 
de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line.
Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto 
critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá 
consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que 
acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”.
Ricardo Senra.
Disponível em: www.bbc.com. (Adaptado.)
A palavra “Interrogado”, destacada ao início do último parágrafo, pode ser subs-
tituída, no que se refere à norma-padrão, por
a) Ao questionarem-o. b) Ao perguntarem-lhes.
c) Ao os perguntarem. d) Ao questionarem-nos.
e) Ao lhe perguntarem.
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VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
14. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – 
VUNESP – 2010) Leia a charge:
Disponível em: <www.acharge.com.br>.
Sobre a linguagem empregada em – Passa por cima que eu tô com pressa! – é 
correto afirmar que exemplifica a variedade
a) padrão da língua em umafrase em que a ideia de “educação” está confirmada.
b) padrão da língua em uma frase que condena o que seja “falta de educação”.
c) caipira da língua em uma frase em que a ideia de “educação” se faz presente.
d) coloquial da língua em uma frase que exemplifica o que seja “falta de edu-
cação”.
e) popular da língua em uma frase com termos obscenos que negam a ideia 
de “educação”.
15. (PM-SP – ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTERIOR] – VUNESP – 2016) 
Acerca da linguagem empregada em Vidas secas, é possível perceber a ocorrência
a) de muitas variantes linguísticas, para criar personagens sem uma identidade 
específica.
b) de uma variante popular da língua portuguesa restrita a situações de comi-
cidade.
c) do português culto ao longo do texto, sem haver traços de variantes popu-
lares.
d) de uma variante popular, perceptível na recorrência de erros de concordância.
e) da mescla entre o português culto e uma variante popular, típica do nordes-
te brasileiro.
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ORTOGRAFIA
16. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR - 
VUNESP – 2010) __________ moro fora do Brasil. Sou baiana e, cada vez que volto a 
Salvador, fico chocada, constrangida e enojada com essa prática _________ e, _________ 
não dizer, machista dos meus conterrâneos – não se veem mulheres fazendo xixi 
na rua. Mas, antes de prender os___________, tente encontrar um banheiro público 
em Salvador. Se encontrar, tente entrar – normalmente estão trancados –, e tente 
então não passar __________. Vamos copiar a Europa na proibição, mas também na 
infraestrutura.
Seção Leitor. Veja. 14 jul. 2010. (Adaptado.)
Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e respectivamente, com:
a) A dez anos … sub-desenvolvida … por quê … cidadões … mau
b) Há dez anos … subdesenvolvida … por que … cidadãos … mal
c) Fazem dez anos que … subdesenvolvida … porque … cidadões … mau
d) São dez anos que … sub desenvolvida … porquê … cidadãos … mal
e) Faz dez anos que … sub-desenvolvida … porque … cidadães … mau
17. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 
2014) Leia a tira de Hagar, por Chris Browne, e assinale a alternativa que completa, 
correta e respectivamente, as lacunas, em conformidade com as regras de ortografia.
Folha de S. Paulo. Disponível em: <http://zip.net/bdmBgf>. 08 fev. 2014.
a) porque ... por que ... porque ... atraz
b) por que ... por quê ... por que ... atraz
c) por que ... por que ... porque ... atráz
d) porque ... porquê ... por que ... atrás
e) por que ... por quê ... porque ... atrás
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SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
18. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – 
VUNESP – 2010) Leia o texto e analise as afirmações:
Comida de boa qualidade na lata do lixo. Gente com fome e sem ter o que co-
mer. Duas realidades tão próximas que sempre tiraram o sono da economista Luciana 
Chinaglia Quintão. Em 1999, ela decidiu botar a mão na massa e agir. Com fome de 
resultados, criou a ONG Banco de Alimentos, em São Paulo.
A tarefa parecia simples, mas tinha proporções enormes: retirar os alimentos de onde 
sobram e entregar onde faltam. No começo, só mercados de frutas e verduras aposta-
ram em doar para a moça sonhadora. Movida pela solidariedade, de porta em porta, 
ela visitou 400 empresas de alimentos industrializados e não recebeu nenhuma ajuda.
Foi só uma questão de tempo e perseverança. [...] Hoje o Banco de Alimentos trans-
porta pelas ruas congestionadas de São Paulo cerca de 44 toneladas de comida por mês.
Disponível em: <www.almanaqueabril.com.br>. Jan. 2010.
I – Considerando os sentidos estabelecidos no texto, um título adequado a ele e 
em conformidade com a norma padrão no que diz respeito aos aspectos de regên-
cia é: Banco de Alimentos busca onde sobra e leva aonde falta.
II – O texto está organizado na sequenciação, ou seja, marca-se pela temporalida-
de, o que significa que ele é predominantemente narrativo.
III – Nas expressões – Gente com fome... e Com fome de resultados... – o termo 
fome apresenta o mesmo sentido.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas. b) III, apenas.
c) I e II, apenas. d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
19. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VU-
NESP – 2010) Analise a charge:
Disponível em: <www.arionaurocartuns.com.br>.
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A palavra só, presente na fala do personagem, tem o mesmo sentido em:
a) Só vence quem concorre.
b) Mariana veio só, infelizmente.
c) Pedro estava só, quando cheguei.
d) A mulher, por estar só, sentiu-se amedrontada.
e) O marujo, só, resolveu passear pela praia.
20. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) 
Meu desejo
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta,
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta...
Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra...
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra...
Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios de teu leito,
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escumilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro...
Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de langor!
Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/bv000021.pdf>.
Considerando o contexto, é correto afirmar que o uso do diminutivo em sapati-
nho (quinto verso) contribui para que o eu lírico se refira a esse objeto com
a) menosprezo. b) apatia. c) sarcasmo.
d) ternura. e) pena.
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21. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia a tira.
Folha de S. Paulo. 13 set. 2013.
No plano da linguagem verbal, o efeito de humor da charge decorre do emprego 
com duplo sentido da palavra.
a) Amor.
b) você.
c) parar.
d) impulso.
22. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014)
Dois velhinhos
Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo.
Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia 
olhar lá fora.
Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo ne-
gro, as moscas no fio de luz. Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrado, 
anunciava o primeiro:
— Um cachorro ergue a perninha no poste.
Mais tarde:
— Uma menina de vestido branco pulando corda.
Ou ainda:
— Agora é um enterro de luxo.
Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O mais velho acabou morren-
do, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela.
Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava tudo.
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Cochilou um instante — era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pes-
coço: entre os muros em ruína, ali no beco, um monte de lixo.
Dalton Trevisan. Mistérios de Curitiba, 1979.
Conforme o sentido da história, no título do texto, o diminutivo presente na pa-
lavra velhinhos expressa ideia de
a) ironia.
b) reverência.
c) fragilidade.
d) depreciação.
23. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Observe as passagens do texto:
– … esquecidos numa cela de asilo.
– Bem desconfiava que o outro não revelava tudo.
No contexto em que estão empregados, os termos cela e revelava significam, 
respectivamente,
a) cômodo e denunciava.
b) quarto e divulgava.
c) prisão e comentava.
d) aposento e delatava.
24. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP– 2014) Na oração – … foi mencionado como um 
transtorno em ascensão… –, o termo em destaque é antônimo de
a) elevação.
b) declínio.
c) equilíbrio.
d) fortalecimento.
25. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia o poema de João Cabral de Melo 
Neto.
Direito à morte
Viver é poder ter consigo
certo passaporte no bolso
que dá direito a sair dela,
com bala ou veneno moroso.
Ele faz legal o que quer
sem policiais e sem lamentos:
fechar a vida como porta
contra um fulano ou contra o vento;
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fazer, num dia que foi posto
na mesa em toalha de linho,
fazer de seu vivo esse morto,
de um golpe, ou gole, do mais limpo.
No contexto em que está empregado, o termo certo (2.º verso) significa
a) preciso.
b) algum.
c) correto.
d) autêntico.
26. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015)
O Dedo
Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras 
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não 
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande 
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que 
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra, en-
feixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó, revolvi 
a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz intu-
mescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a 
unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel ao principal 
até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura do anel do 
joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a unha 
certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o fragmento do 
dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um simples fruto do 
mar. Mas havia o anel.
A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as 
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada 
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o que 
é isso? ... Explosão de espuma e sal. Sal.
Lygia Fagundes Telles. Um coração ardente.
Nas passagens – ... quando notei o pequeno feixe de fibras emergindo na areia ba-
nhada pela espuma. –, – ... enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. 
– e – Com a ponta do cipó, revolvi a areia. –, os termos em destaque são sinônimos, 
respectivamente, de
a) subindo … desfeitas … remexi
b) escondendo-se … dissolvidas … ajeitei
c) submergindo … decompostas … espalhei
d) vindo à tona … amarradas … baguncei
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27. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) Há termos 
empregados em linguagem figurada na seguinte frase reescrita do texto:
a) Vi que não era algodão: a vértebra meio descarnada seria a coluna vertebral 
de um grande peixe?
b) Agora que a água havia se retraído, eu via um aro de ouro em torno da 
vértebra que encontrara na praia.
c) Naquele estado, o fragmento do dedo trabalhado pela água era agora um 
simples fruto do mar.
d) Unha pintada de vermelho, cujo esmalte descascava, fidelidade do acessó-
rio ao principal até na desintegração.
28. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) O “Anuário 
Brasileiro de Segurança Pública” detalhou pela primeira vez os crimes que resultam 
em mortes nas capitais. O panorama é sombrio: 15 932 vítimas em 2014, quase dois 
óbitos por hora nas principais cidades do país.
No levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização privada 
que congrega especialistas na área), não se observa _________ com relação ao ano 
anterior. Em 2013, ___________ sido 15 804 mortos por violência intencional nas capi-
tais, acréscimo de mero 0,8%.
Tal evolução acompanha de perto o crescimento populacional, o que manteve 
__________ a taxa de 33 por grupo de 100 mil habitantes. Quando se consideram as 
cifras de cada capital, por outro lado, ___________ algumas evidências chocantes.
Folha de S. Paulo. 03 out. 2015. (Adaptado.)
Nas passagens – O panorama é sombrio... (1.º parágrafo) – e – ...15 804 mortos 
por violência intencional nas capitais... (2.º parágrafo) –, os termos em destaque têm 
como antônimos, respectivamente:
a) auspicioso … deliberado
b) desconsolador … impremeditado
c) animador … involuntário
d) infeliz … proposital
29. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015)
Máscara de Dados
A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas, só para des-
cobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais. Enquanto isso, o celular 
de uma jornalista é examinado pela segurança aeroportuária. Mas quando as auto-
ridades verificam o que consta nele, descobrem que ela havia passado todo o seu 
tempo na praia. O narcotraficante e a jornalista são liberados. Minutos mais tarde, 
os nomes, números e dados de GPS que a polícia estava procurando reaparecem.
Uma nova técnica de programação poderia tornar esses cenários reais. O cientista 
de computação Karl-Johan Karlsson reprogramou um telefone para mentir. Ao mo-
dificar o sistema operacional de um smartphone baseado em Android, ele foi capaz 
de colocar dados falsos nele – números inocentes, por exemplo – para que os dados 
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reais escapassem a exames forenses. Ele apresentou sua adulteração em janeiro na 
Conferência Internacional sobre Ciências de Sistemas, no Havaí.
Karlsson testou sua alteração em duas ferramentas forenses normalmente usadas 
por departamentos de polícia.
As duas podem recuperar registros de chamadas, dados de localização e até se-
nhas. Quando executou seu sistema, as ferramentas registraram a informação falsa 
que ele havia programado no celular e não detectaram os conteúdos reais.
Embora sua alteração tenha sido bem-sucedida, Karlsson garante que ela não 
obstruirá uma análise sofisticada pelo FBI ou pela NSA (Agência de Segurança Na-
cional americana). Ainda assim, uma modificação dessas poderia dificultar o julga-
mento de alguns casos criminais. Um telefone que conta duas histórias complica as 
coisas.
Scientific American Brasil. Jul. 2014.
Analise os trechos:
– A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas... (1.º §)
– ... Karlsson garante que ela não obstruirá uma análise sofisticada pelo FBI ou 
pela NSA... (4.º §)
Os termos em destaque são sinônimos, respectivamente, de
a) subtrai e desatravancará.
b) guarda e proibirá.
c) apreende e impedirá.
d) destrói e consentirá.
30. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2015) Iden-
tifica-se palavra empregada em sentido figurado na seguinte passagem do texto:
a) ... só para descobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais.
b) ... descobrem que ela havia passado todo o seu tempo na praia.
c) As duas podem recuperar registros de chamadas, dados de localização e até 
senhas.
d) Um telefone que conta duas histórias complica as coisas.
31. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Leia o texto de 
Drauzio Varella:
Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi reali-
zada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam. 
Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prá-
tica do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para 
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente. Por força da necessi-
dade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o 
computador. Por exemplo, nas salas de embarque durante as viagens de bate e volta 
que sou obrigado a fazer. Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas que 
anunciam os voos, os atrasos, as trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos 
retardatários.
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Mal o avião levanta voo, puxo a mesinhae abro o computador. Estou nas nuvens, 
às portas do paraíso celestial.
O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na 
palestra para a qual fui convidado, os e-mails atrasados.
Minha carreira de escritor começou com “Estação Carandiru”, publicado quando 
eu tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio 
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.
A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse 
seria fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, 
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que 
livro valeria a pena ser escrito?
A resposta encontrei em “On Writing”, livro que reúne entrevistas e textos de 
Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante, He-
mingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas: escrever 
melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que nunca foram 
contadas.
De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar per-
sonagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca 
de Capitu.
Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na 
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita por 
Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia pacientes 
no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.
Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura 
abriu espaço em minha agenda.
Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e da angústia inerentes 
ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz alegria.
Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago 
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou melhor 
do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade 
plena que vai e volta por vários dias.
Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. 13 mai. 2017. (Adaptado.)
A palavra destacada em – Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e 
da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz 
alegria. (10.º parágrafo) – é empregada com o sentido de
a) intrínsecos.
b) inadequados.
c) alheios.
d) diversos.
e) acrescidos.
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32. (PM-SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017) Verifica-se o empre-
go de palavras com sentido figurado em:
a) Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas... (3.º parágrafo)
b) ... aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar 
com o computador. (3.º parágrafo)
c) Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. (10.º parágrafo)
d) Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda. (10.º parágrafo)
e) Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a 
prática do ofício. (2.º parágrafo)
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
33. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – 
VUNESP – 2010) 
Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em 
pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mu-
dança. Retardara-se e repreendera os meninos, que se adiantavam, aconselhara-os 
a poupar forças. A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem pare-
cia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a 
prepará-la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia 
continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar 
menos seco para enterrar-se. Era o que Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o 
chiqueiro e o curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom companhei-
ro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a cama 
de varas. E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria ne-
cessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no caminho coberto de seixos.
Graciliano Ramos. Vidas Secas.
Levando-se em conta o teor da obra de que o trecho foi retirado, é correto afir-
mar que a viagem de Fabiano e sua família
a) decorre da necessidade de busca por um lugar melhor para se viver, já que 
a seca estava destruindo tudo.
b) mostra-se sem justificativa concreta, já que a família estava bem instalada 
naquele local.
c) expressa a necessidade de mudança contínua do povo nordestino, mesmo 
que a seca não o esteja atingindo.
d) acontece pela reocupação das terras pelos antigos donos, agora não mais 
temerosos da seca e da falta de água.
e) revela a submissão de Fabiano às vontades da mulher, mesmo que tenha de 
fazer algo contrariado.
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34. (APMBB-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – 
VUNESP – 2010) Leia os versos de João Cabral de Melo Neto.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
algum roçado da cinza.
É correto afirmar que os versos do poeta pernambucano
a) mostram o sertanejo amargo e sem preocupação com a família e com o 
meio em que vive, o que o torna melancólico e amedrontado pela ordem 
imposta: Seria necessário largar tudo?
b) abordam tema diferente da obra de Graciliano, enfocando os aspectos po-
sitivos da vida no sertão, ao contrário do que se vê na passagem: As alper-
catas chiavam de novo no caminho coberto de seixos.
c) tratam também do tema da seca, mas com uma concepção de sertão dife-
rente de Graciliano, pois este não vê solução para o problema vivido com a 
seca: Podia continuar a viver num cemitério?
d) definem o sertanejo vitimado pela seca da mesma forma que Graciliano, ou 
seja, como um homem que não acredita poder mudar de vida: E os pés dele 
esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão.
e) abordam o mesmo tema da obra de Graciliano, tendo inclusive relação di-
reta com o trecho transcrito, como se vê pela passagem: Nada o prendia 
àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se.
35. (APMBB-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – 
VUNESP – 2010)
Cidades médias ricas e excludentes
Nas últimas décadas, além da consolidação das áreas metropolitanas, a geografia 
brasileira testemunha o sólido avanço das cidades médias. A importância desses 
espaços – que reúnem entre 100 mil e meio milhão de habitantes – se revela em 
análises como uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) 
sobre crescimento da população e do PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios 
na última década. O estudo mostrou que os centros de médio porte tiveram uma 
expansão de sua riqueza de 5% por ano, entre 2002 e 2005, ante 4,63% nas metró-
poles e 4,29% nos pequenos municípios. De 2000 a 2007, seu incremento populacio-
nal médio foi de 2% anuais, enquanto as grandes concentrações urbanas cresciam 
1,66%, e as menores, 0,61%.
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No entanto, embora sejam vistas como “ilhas de prosperidade”, essas cidades são 
marcadas por bolsões de exclusão social, repetindo e às vezes acentuando os con-
trastes típicos do país. Essa é a conclusão de dois grupos de pesquisa da Faculdade 
de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, câmpus de Presidente Prudente. Os espe-
cialistas apontam que, num centro economicamente significativo do interior paulista 
como São José do Rio Preto, por exemplo, mais de 20% da população não tem 
acesso a moradia, educação, saúde e lazer. A porcentagem se repete no município 
mineiro de Uberlândia, enquanto que em Presidente Prudente a taxa sobe para 22%.
Jornal Unesp. Mar. 2010.
De acordo com o texto, o desenvolvimento das cidades médias
a) é representativo porque elas apresentam prosperidade, o que minimiza a 
exclusão social.
b) é similar ao das grandes cidades e ao dos pequenosmunicípios.
c) vem acompanhado de um sério problema, a saber, os bolsões de exclusão social.
d) é comprometido por crescimento tímido devido aos bolsões de exclusão social.
e) compromete a geografia brasileira ao remeter para outras cidades os bol-
sões de exclusão.
36. (APMBB-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – 
VUNESP – 2010) Para responder à questão, leia as estrofes extraídas do episódio “O 
Velho do Restelo”, de Os Lusíadas, de Luiz Vaz de Camões.
Mas um velho, de aspeito* venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C’um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
“Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C’uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
Dura inquietação d’alma e da vida
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios!
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo digna de infames vitupérios;
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Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana.”
*aspecto
As palavras do Velho do Restelo mostram que ele
a) exalta a força e a sabedoria do povo português, mas adverte-o quanto aos 
perigos existentes no mar.
b) está contrariado devido à excessiva vaidade do povo português em sua em-
preitada para conquistar novas terras.
c) descrê da coragem do povo português para realizar conquistas, o que leva-
ria fama e glória a Portugal.
d) lamenta a partida dos homens portugueses, mas entende as inquietações 
da alma e da vida que os movem.
e) prevê perigos e castigos aos homens portugueses, se eles não puserem sua 
honra para conquistar reinos e impérios.
37. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP 
– 2011) O soldado magrinho, enfezadinho, tremia. E Fabiano tinha vontade de le-
vantar o facão de novo. Tinha vontade, mas os músculos afrouxavam. Realmente 
não quisera matar um cristão: procedera como quando, a montar bravo, evitava 
galhos e espinhos. Ignorava os movimentos que fazia na sela. Alguma coisa o em-
purrava para a direita ou para a esquerda. Era essa coisa que ia partindo a cabeça do 
amarelo. Se ele tivesse demorado um minuto, Fabiano seria um cabra valente. Não 
demorara. A certeza do perigo surgira – e ele estava indeciso, de olho arregalado, 
respirando com dificuldade, um espanto verdadeiro no rosto barbudo coberto de 
suor, o cabo do facão mal seguro entre os dois dedos úmidos.
Tinha medo e repetia que estava em perigo, mas isto lhe pareceu tão absurdo 
que se pôs a rir. Medo daquilo? Nunca vira uma pessoa tremer assim. Cachorro. 
Ele não era dunga na cidade? Não pisava os pés dos matutos, na feira? não botava 
gente na cadeia? Sem-vergonha, mofino.
Graciliano Ramos. Vidas Secas.
Conforme as informações apresentadas no trecho, entende-se que
a) Fabiano discutiu com o soldado amarelo e quis agredi-lo porque este o 
ofendera, assim como frequentemente fazia na cidade.
b) o soldado amarelo preparou uma armadilha para Fabiano que, apesar do 
medo que sentia, não hesitou em enfrentar o adversário.
c) Fabiano teve uma situação favorável para enfrentar o soldado amarelo que, 
em outras circunstâncias, valia-se de seu posto para insultá-lo.
d) o soldado amarelo foi desacatado por Fabiano na cidade e, encontrando o 
sertanejo, ameaça-o com um facão que traz entre os dedos suados.
e) Fabiano temia ser preso pelo soldado amarelo na cidade e, por isso, ao en-
contrá-lo em um lugar retirado, agrediu-o com um facão.
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38. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP 
– 2011) De acordo com o texto, o embate entre Fabiano e o soldado amarelo não 
aconteceu porque
a) Fabiano acovardou-se.
b) o soldado enfrentou-o mais uma vez.
c) Fabiano estava mais calmo.
d) o soldado pediu clemência.
e) Fabiano propôs uma trégua.
39. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP 
– 2011) Considere as afirmações.
I – No contexto, o diminutivo em “soldado magrinho” reforça a condição física e 
a fragilidade do soldado na situação apresentada.
II – Em – ... procedera como quando, a montar bravo, evitava galhos e espinhos. –, 
as formas verbais expressam ações concluídas.
III – Na passagem – Se ele tivesse demorado um minuto, Fabiano seria um cabra 
valente. –, as informações são apresentadas na forma de hipótese.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
40. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP 
– 2011) Os Estados Unidos estão, desde 2008, mergulhados em sua maior recessão 
econômica desde a Grande Depressão dos anos 30. Há duas semanas, o desem-
prego estava na casa dos 9,1%, o dobro da taxa de 2007. Nesse cenário, causou 
surpresa a divulgação pelo FBI, a polícia federal americana, de que os índices de 
criminalidade no país atingiram em 2010 o patamar mais baixo dos últimos quarenta 
anos. Com relação a 2009, o número de assassinatos caiu 4,4%, o de assaltos, 9,5%, 
o de roubo de carros, 7,2%, e o de invasões de residência, 1,1%. Como se explica 
essa situação inusitada?
Veja, 22 jun. 2011.
De acordo com o texto, em função da situação vivida pelos Estados Unidos desde 
2008, era de se esperar que houvesse
a) redução significativa no desemprego.
b) aumento nos índices de criminalidade.
c) reversão brusca na economia.
d) manutenção na taxa de desemprego.
e) estabilização da criminalidade.
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41. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP 
– 2011) Leia os versos de Camões para responder às questões.
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus formosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
Nos dois primeiros versos, ao dizer que Inês de Castro estava “posta em sossego” 
e que dos seus anos estava “colhendo doce fruto”, o eu-lírico sugere que ela
a) tinha morrido ainda jovem.
b) era uma jovem irrequieta.
c) teria uma vida longa e rica.
d) teve uma velhice de amarguras.
e) era uma camponesa reclusa.
42. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP – 2011) 
Planos em alta
O aumento do número de brasileiros com plano de saúde, de 50% na última 
década, levanta dúvidas sobre a capacidade das empresas de prestar atendimento 
aceitável a essa legião de clientes.
Não se pode descartar, ainda, o risco de uma piora na já combalida rede pública 
de saúde do país.
Os beneficiários de planos de saúde chegam a 46,6 milhões, ou um quarto da po-
pulação. A bonança econômica dos últimos anos e o crescimento do emprego for-
mal, com a consequente oferta de seguro-saúde aos funcionários, ajudam a explicar 
o fenômeno. Além disso, o serviço deficiente na rede pública estimula a migração 
para os serviços particulares.
Um dos efeitos colaterais a evitar nessa transição seria a sobrecarga da rede pú-
blica, sem o equivalente aumento da remuneração pelos seus serviços. É plausível 
que os planos, assoberbados com a nova leva de clientes antes à margem dos ser-
viços de saúde, sejam tentados a intensificar a prática de direcionar pacientes de 
tratamentos mais complexos e caros para a rede estatal.
O número de clientes de planos de saúde subiu 9% nos 12 meses até março des-
te ano, contra uma elevação de somente 3% nos leitos no setor particular que não 
atende ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Folha de S. Paulo. 24 ago. 2011.
No texto, a argumentação constrói-se em função
a) da hipótese de que a rede pública atende mais pessoas para impedira ex-
pansão dos planos de saúde.
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b) da constatação de que a rede pública de saúde tem condições de atender 
bem a toda a população.
c) da crítica ao atendimento dos clientes pelos planos de saúde, que é pior do 
que na rede pública.
d) do reconhecimento de que os planos de saúde resolveram satisfatoriamen-
te os problemas na área.
e) do questionamento da qualidade do serviço prestado aos beneficiários dos 
planos de saúde.
43. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP 
– 2011) As informações do texto permitem concluir que
a) o avanço dos planos de saúde advindos do emprego formal deveria ser 
contido.
b) os planos de saúde deveriam encaminhar os tratamentos mais complexos e 
caros ao SUS.
c) os atendimentos médicos deveriam ser realizados preferencialmente na 
rede pública de saúde.
d) a rede pública de saúde deveria receber mais investimentos, caso fosse so-
brecarregada.
e) as pessoas à margem dos planos de saúde deveriam continuar nessa situação.
44. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL-MILITAR – VUNESP 
– 2011) E [Barrolo] leu, vagarosamente, serenamente, com o cotovelo enterrado na 
almofada: Exmo. sr. José Barrolo.
– V. Exa., apesar de todos os seus amigos o alcunharem de Zé Bacoco, mostrou 
agora muita esperteza, chamando de novo para a sua intimidade e de sua digna 
esposa o gentil André Cavaleiro, nosso Governador Civil. Com efeito a esposa de V. 
Exa., a linda Gracinha, que nestes últimos tempos andava tão murcha e até desbo-
tada (o que a todos nos inquietava), imediatamente refloriu, e ganhou cores, desde 
que possui a valiosa companhia da primeira autoridade do distrito. Portou-se pois V. 
Exa. como marido zeloso, e desejoso da felicidade e boa saúde de sua interessante 
esposa. Nem parece rasgo daquele que toda a Oliveira considera como o seu mais 
ilustre pateta! Os nossos sinceros parabéns!
Eça de Queirós. A Ilustre Casa de Ramires.
Analisando-se as informações textuais, é correto afirmar que, na carta lida por 
Barrolo,
a) condena-se seu comportamento, por tumultuar o casamento de Gracinha.
b) elogia-se a sua competência no trato com a esposa do Governador Civil.
c) ironiza-se a forma como ele procede com o amigo, de quem roubou a esposa.
d) critica-se o descaso dele em relação à esposa, por conta de questões políticas.
e) zomba-se dele, sugerindo-se que sua mulher o trai com o Governador Civil.
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45. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014)
Investimento em educação reduz criminalidade
A potencialidade da escola como um fator para influenciar o comportamento 
dos alunos e reduzir a violência é comprovada pela economista Kalinca Léia Becker 
em sua tese de doutorado, realizada no programa de pós-graduação em Economia 
Aplicada da Escola Superior de Agricultutra Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Pi-
racicaba.
Em um primeiro estudo, foram coletadas evidências de que a atuação pública na 
área da educação poderia contribuir para reduzir o crime em médio e longo prazo. 
Nessa etapa, foi mensurado o impacto do gasto público em educação na redução da 
taxa de homicídios, utilizando dados dos estados brasileiros, entre os anos de 2001 e 
2009. Em um segundo estudo, foram analisados alguns fatores do ambiente escolar 
e do seu entorno que poderiam contribuir para a manifestação do comportamento 
violento dos alunos, a partir de dados disponibilizados nas Provas Brasil de 2007 e 
2009.
Constatou-se inicialmente que, quando ocorre o investimento de 1% na educa-
ção, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido. Porém, para isso, é necessário que 
a escola funcione como um espaço para desenvolver conhecimento. Kalinca Léia 
Becker observou que escolas com traços da violência, como depredação do patri-
mônio e atuação de gangues, podem influenciar a manifestação do comportamento 
agressivo nos alunos. Por outro lado, quando a instituição promove atividades ex-
tracurriculares, estimulando um convívio saudável, ocorre a redução em 0,96% da 
possibilidade de algum aluno cometer um ato agressivo.
Lucas Jacinto. Agência USP de notícias. Disponível em: <www.usp.br/agen/?p=138948>. 
05 jun. 2013. (Adaptado.)
A pesquisa de Kalinca Léia Becker evidencia que
a) o ambiente escolar não é responsável pelo comportamento agressivo dos 
alunos, uma vez que a escola, via de regra, restringe-se a ser um espaço para 
desenvolver conhecimento.
b) a oferta de atividades extracurriculares, que estimulem o convívio saudável 
no interior da instituição escolar, é suficiente para pôr fim à criminalidade no 
entorno da escola.
c) a violência nas escolas é reflexo da falta de investimento público em edu-
cação, pois foi comprovado que a injeção de 1% na educação cessaria o 
comportamento agressivo nos alunos.
d) a escola que promove atividades extracurriculares apresenta um espaço de 
convivência livre da atuação de gangues e, consequentemente, protegido 
contra atos de vandalismo.
e) o investimento na educação pode reduzir a criminalidade, embora, para que 
isso ocorra, faça-se necessário, também, que a escola privilegie a produção 
de conhecimento.
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46. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 2014) 
Meu desejo
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta,
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta...
Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra...
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra...
Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios de teu leito,
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escumilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro...
Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de langor!
Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/bv000021.pdf>.
A partir da leitura do poema, pode-se concluir que o desejo do eu lírico é
a) conhecer, na realidade, uma mulher que corresponda ao ideal de seus sonhos.
b) estar próximo da amada, por quem gostaria de ter seu amor correspondido.
c) ser capaz de proporcionar à sua amada uma vida mais amena e confortável.
d) encontrar meios de expressar, com exatidão, o que sente pela mulher amada.
e) vencer a timidez para que possa declarar seus sentimentos à mulher amada.
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47. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP 
– 2014) Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, fa-
rinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene 
e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com 
água, e a chita da amostra era cara demais.
Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côva-
do, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe 
gestos oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, 
certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na 
ponta do lenço, meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de seu Inácio.
Aí certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber 
uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano 
virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia 
jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? 
perguntou mentalmente. Animou-se e interrogou o bodegueiro:
– Por que é que vossemecê bota água em tudo?
Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabianofoi sentar-se na calçada, resolvido a conver-
sar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enrique-
cia-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. 
Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era 
pessoa de consideração e votava. Quem diria?
Graciliano Ramos. Vidas Secas. 118. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: 
Record, 2012, p. 27-28. (Adaptado.)
A partir da leitura do texto, pode-se concluir que Fabiano
a) só comprou os itens que Sinhá Vitória havia lhe encomendado depois de 
muito andar e pechinchar.
b) recusou-se a comprar os itens de que Sinhá Vitória precisava por concluir 
que alguns deles eram supérfluos.
c) não comprou o que Sinhá Vitória tinha lhe pedido, uma vez que tinha receio 
de ser enganado pelos comerciantes.
d) gastou o seu dinheiro com os itens que Sinhá Vitória queria e ficou satisfeito 
porque conseguiu evitar que lhe furtassem.
e) comprou o que Sinhá Vitória tinha solicitado na bodega de seu Inácio, pois 
concluiu que este era um negociante idôneo.
48. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP – 
2014) Pode-se dizer que, no que se referia ao uso da linguagem, Fabiano
a) tinha domínio das variantes linguísticas de maior prestígio na sociedade, 
pois havia estudado com um homem bem instruído.
b) reconhecia a importância de saber usar as variantes de prestígio social, em-
bora ele mesmo não as dominasse.
c) era um homem de poucas palavras, mas sabia se comunicar com desenvol-
tura em diferentes circunstâncias, inclusive em situações formais.
d) falava uma variante popular em casa, enquanto na rua ou em estabeleci-
mentos públicos usava uma linguagem culta e formal.
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e) mostrava-se bem articulado, apesar de evitar o emprego de termos da lin-
guagem culta, pois não gostava de parecer pedante.
49. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP 
– 2014) Na apresentação de seu Tomás da bolandeira, percebe-se
a) a organização desigual da sociedade, em que apenas uma minoria tinha 
acesso ao voto.
b) uma noção de mobilidade social na qual a ascensão é promovida pela ins-
trução.
c) o destino de um vaqueiro que, assim como Fabiano, merecia ascender so-
cialmente.
d) o estereótipo do coronel de engenho, que controlava as terras com a força 
dos jagunços.
e) uma cultura em que a instrução, o acesso ao conhecimento, é garantia de 
sucesso econômico.
50. (PM-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR – VUNESP 
– 2014) 
A livraria, clara e larga, respirava para o pomar por duas janelas, uma de peitoril e 
poiais de pedra almofadados de veludo, outra mais rasgada, de varanda, frescamen-
te perfumada pela madressilva que se enroscava nas grades. Diante dessa varanda, 
na claridade forte, pousava a mesa – mesa imensa de pés torneados, coberta com 
uma colcha desbotada de damasco vermelho, e atravancada nessa tarde pelos rijos 
volumes da História genealógica, todo o Vocabulário de Bluteau, tomos soltos do 
Panorama, e ao canto, em pilha, as obras de Walter Scott sustentando um copo 
cheio de cravos amarelos. E daí, da sua cadeira de couro, Gonçalo Mendes Ramires, 
pensativo diante das tiras de papel almaço, roçando pela testa a rama de pena de 
pato, avistava sempre a inspiradora da sua Novela – a Torre, a antiquíssima Torre.
Eça de Queirós. A ilustre casa de Ramires. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/bi000142.pdf.>. (Adaptado.)
A partir da leitura do trecho, conclui-se que escrever, para Ramires, era
a) um trabalho intelectual, que envolvia pesquisa, embora não dispensasse o 
uso da inspiração.
b) uma tarefa feita com displicência, pois representava uma forma de entrete-
nimento.
c) um dom espontâneo, e mesmo instintivo, que emanava de seu contato di-
reto com a natureza.
d) uma atividade para obter o sustento, realizada de maneira mecânica e sem 
criatividade.
e) uma arte voltada à expressão do mundo interior do escritor, alheia a in-
fluências externas.
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51. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) 
Dois velhinhos
Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo.
Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia 
olhar lá fora.
Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo ne-
gro, as moscas no fio de luz. Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrado, 
anunciava o primeiro:
— Um cachorro ergue a perninha no poste.
Mais tarde:
— Uma menina de vestido branco pulando corda.
Ou ainda:
— Agora é um enterro de luxo.
Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O mais velho acabou morren-
do, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela.
Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava 
tudo.
Cochilou um instante — era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pes-
coço: entre os muros em ruína, ali no beco, um monte de lixo.
Dalton Trevisan. Mistérios de Curitiba, 1979.
As informações textuais permitem afirmar que o velhinho que morreu
a) descrevia cenas imaginadas para confortar o amigo na triste condição em 
que vivia.
b) monitorava o movimento na rua para captar cenas cômicas e narrá-las ao 
amigo.
c) reforçava o sofrimento do amigo, citando belas visões das quais ele não 
podia desfrutar.
d) vivia de devaneios, irritando seu amigo que era consciente do beco embaixo 
da janela.
52. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) 
Como todas as dependências descritas pela psiquiatria, a digital não é facilmente 
reconhecida. Mas, da mesma forma que as outras, pode ser diagnosticada a partir 
de um critério claro. Ela está instalada quando o indivíduo começa a sofrer prejuízos 
na sua vida pessoal, social ou profissional, por causa do uso excessivo do meio di-
gital. Na vida real, isso significa, por exemplo, brigar com o parceiro/a porque quer 
ficar on-line mesmo com a insatisfação do companheiro/a ou cair de produção no 
trabalho porque não se concentra na tarefa que lhe foi delegada. 
A gravidade do problema está levando a uma mobilização mundial em busca de 
soluções. Uma das frentes – a do reconhecimento médico do transtorno – está em 
franca discussão. Recentemente, a dependência foi um dos temas que envolveram a 
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publicação da nova versão do Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais, publica-
ção da Associação Americana de Psiquiatria adotada como guia para o diagnóstico 
das doenças mentais. Na edição final, o vício, não citado em edições anteriores, foi 
mencionado como um transtorno em ascensão que exige a realização de mais es-
tudos. Muitos especialistas criticaram o manual porque acreditam já ser o distúrbio 
uma doença com critérios diagnósticos definidos.
IstoÉ. 02 out. 2013.
O assunto discutido no texto é
a) a insatisfação das pessoas pelo uso contínuo do meio digital dentro e fora 
do trabalho.
b) o uso do meio digital para garantir sanidade às pessoas abaladas psicologi-
camente.
c) o desinteresse da área de psiquiatria pelo uso exagerado do meio digital 
pelas pessoas.
d) a compulsão das pessoas pelo meio digital, o que tem ganhado relevância 
na psiquiatria.
53. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) As informações textuais permitem afirmar 
que existe prejuízo à vida de uma pessoa quando ela
a) utiliza o meio digital para efetuar pagamentos de suas contas de consumo.
b) acessa, no ambiente de trabalho, sites de busca para aumentar sua produti-
vidade.
c) compromete o relacionamento com pessoas próximas para ficar conectada.
d) envia mensagens ao companheiro, avisando que o trânsito está caótico.
54. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMA-
ÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) De acordo com o texto, muitos espe-
cialistas criticaram a nova versão doManual Diagnóstico de Transtornos Mentais, 
publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, pois consideram que
a) precisa haver uma coerência entre a atual publicação e as anteriores, pois 
estas não citam a dependência digital como doença.
b) se veem traços de personalidade em casos isolados, insuficientes para defi-
nir a dependência digital como problema de saúde.
c) definir a dependência digital como um transtorno mental exige mais estu-
dos sistematizados sobre o problema.
d) existem critérios diagnósticos precisos para definir a dependência digital 
como um transtorno de saúde mental.
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55. (PM-SP – CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO 
DE SARGENTOS – VUNESP – 2014) Leia o poema de João Cabral de Melo Neto.
Direito à morte
Viver é poder ter consigo
certo passaporte no bolso
que dá direito a sair dela,
com bala ou veneno moroso.
Ele faz legal o que quer
sem policiais e sem lamentos:
fechar a vida como porta
contra um fulano ou contra o vento;
fazer, num dia que foi posto
na mesa em toalha de linho,
fazer de seu vivo esse morto,
de um golpe, ou gole, do mais limpo.
No poema, o eu-lírico defende a ideia de que
a) morrer naturalmente é a saída verdadeira da vida.
b) viver na legalidade isenta o homem de morrer injustamente.
c) morrer por vontade própria é uma prerrogativa da existência.
d) viver implica não se saber como se morrerá um dia.
56. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – 
VUNESP – 2015)
Pela primeira vez, a proporção de brasileiros que se declaram ao IBGE como pre-
tos ou pardos superou 40% entre os matriculados no ensino superior. Uma análise 
superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni, que também reserva 
uma parcela de suas bolsas em universidades particulares para negros. Os dados do 
IBGE mostram, porém, que o movimento já era visível antes mesmo de essas políti-
cas serem adotadas.
Olhando a série histórica, é possível identificar que de 1992 até 1998 não houve 
avanço algum na taxa, que ficou estabilizada em torno de 18%. A partir daí, o cres-
cimento foi constante. Em 2003, por exemplo, quando apenas duas universidades 
(a Uerj e a estadual do Rio Grande do Sul) recebiam sua primeira leva de alunos 
cotistas, o percentual de pretos e pardos no ensino superior já havia aumentado 
para 25%.
Apontar a razão principal para o aumento de afrodescendentes no ensino supe-
rior exige um estudo mais aprofundado, mas é fato que esse movimento aconteceu 
no mesmo período em que as matrículas totais cresceram de 1,4 milhão de estu-
dantes em 1992 para 6,9 milhões em 2013. Com mais vagas, e num ambiente de 
melhoria da renda, é razoável supor que mais jovens negros tiveram oportunidade 
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de ingressar no ensino superior, principalmente no setor privado, que criou mais 
matrículas.
Antônio Gois. Cotas e ProUni. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/cotas-prou-
ni-14576773>. 17 nov. 2014. (Adaptado.)
O autor defende a tese de que
a) a proporção de pretos ou pardos matriculados no ensino superior não cres-
ceu tanto quanto fazem supor os dados do IBGE.
b) a melhoria da renda é uma explicação mais plausível do que o Prouni para 
o aumento do número de pretos ou pardos no ensino superior.
c) a presença de pretos ou pardos no ensino superior tem aumentado devido 
ao sucesso de políticas de inclusão.
d) o aumento do número de pretos ou pardos na universidade tem relação 
direta com a política de cotas raciais.
e) as bolsas em universidades privadas são responsáveis pelo aumento do nú-
mero de pretos ou pardos na educação superior.
57. (APMBB-SP – QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VU-
NESP – 2015) Leia as estrofes do Canto IV de Os Lusíadas, referentes ao episódio 
do Velho do Restelo.
Dura inquietação d’alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo digna de infames vitupérios1;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio2 engana!
A que novos desastres determinas
De levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?
Luís de Camões. Obra completa, 2005, p. 112. (Adaptado.)
1 insultos
2 estúpido, ignorante
Considerando o contexto do discurso do Velho do Restelo, nos versos – Cha-
mam-te Fama e Glória soberana, / Nomes com quem se o povo néscio engana! – as 
palavras em destaque enfatizam o
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a) objetivo nobre dos navegadores portugueses, que viajaram sem a intenção 
de conquistar notoriedade, buscando melhorar a vida de seu povo.
b) espírito empreendedor do povo português, que trocara as promessas de 
fama e glória pela chance de desbravar mares nunca antes navegados.
c) caráter ilusório e destrutivo dos ideais de fama e de glória que levaram os 
navegadores portugueses a empreender suas viagens.
d) propósito louvável dos portugueses que se aventuraram pelos mares, em-
bora eles tenham sido incompreendidos pelo povo.
e) perfil destemido e desprendido dos portugueses que deixaram a segurança 
da terra para enfrentar os perigos do mar.
58. (APMBB-SP - QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP 
– 2015) Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
O cimo da montanha
Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade.
Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a per-
der, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que 
avivar a afeição primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso 
amor, e mais prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgá-
vamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e 
de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre 
nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a 
uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços.
— Minha boa Virgília!
— Meu amor!
— Tu és minha, não?
— Tua, tua...
E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus 
contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha, 
donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós 
o céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com 
as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer...
*personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao 
sultão as histórias que vão adiando a sentença de morte dela.
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1998, p. 128-129.
No contexto de Memórias póstumas de Brás Cubas, o trecho – Repousado esse 
tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a 
descer... – contribui para a descrição do amor de maneira realista, pois sinaliza que 
a relação amorosa
a) se torna mais forte com o tempo.
b) permanece inalterada com o tempo.
c) é indiferente aos acontecimentos.
d) tende a durar eternamente.
e) está sujeita a um fim inevitável.
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59. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015)
Folha de S. Paulo. 22 jun. 2014. (Adaptado.)
A leitura do quadrinho permite concluir que a filha chora porque
a) pensa que seu par romântico pode estar vivendo muito longe de onde ela está.
b) recebe uma advertência de sua mãe por estar pensando em seu par romântico.
c) acredita que pode não ter um par romântico, conforme o que lhe diz a mãe.
d) concorda com a mãe sobre o par romântico, que logo deverá aparecer-lhe.
60. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015)
O Dedo
Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixede fibras 
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não 
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande 
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que 
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra, en-
feixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó, revolvi 
a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz intu-
mescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a 
unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel ao principal 
até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura do anel do 
joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a unha 
certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o fragmento do 
dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um simples fruto do 
mar. Mas havia o anel.
A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as 
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada 
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o que 
é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.
Lygia Fagundes Telles. Um coração ardente.
Ao tomar consciência de que encontrou um dedo na praia, o narrador
a) pensa em um joalheiro ao qual possa vender o anel de ouro com uma es-
meralda incrustada.
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b) passa a fazer conjecturas a respeito da pessoa e das circunstâncias em que 
ela pode ter morrido.
c) foge rapidamente do local, pois a unha pintada de vermelho o surpreende, 
despertando-lhe o medo.
d) começa a recuar, mas é tentado pela curiosidade de mexer no achado para 
encontrar pistas do incidente.
61. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) A frase final do 
primeiro parágrafo – Mas havia o anel. – permite concluir que a presença do adorno 
no achado
a) fazia-o parecer um simples fruto do mar.
b) era insignificante na situação vivida.
c) causava medo extremo ao narrador.
d) indicava a sua condição de dedo.
62. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015)
O Dedo
Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras 
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não 
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande 
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que 
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra, en-
feixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó, revolvi 
a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz intu-
mescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer recuar; a 
unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel ao principal 
até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura do anel do 
joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a unha 
certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o fragmento do 
dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um simples fruto do 
mar. Mas havia o anel.
A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as 
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada 
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o que 
é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.
Lygia Fagundes Telles. Um coração ardente.
Assinale a alternativa em que o enunciado expressa uma situação hipotética.
a) Inclinara-me para ver o estranho objeto...
b) ... eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra...
c) Com a ponta do cipó, revolvi a areia.
d) ... se restasse a unha certamente eu teria fugido...
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63. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015)
Folha de S. Paulo. 02 out. 2015. (Adaptado.)
Com sua fala, a personagem revela que
a) a violência era comum no passado.
b) as pessoas lutam contra a violência.
c) a violência está banalizada.
d) o preço que pagou pela violência foi alto.
64. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015)
Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000 
soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e 
estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres es-
palhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês e 
rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18 de 
junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão Bonaparte. 
O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática das derro-
tas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista brilhante.
Veja. 17 mai. 2015.
De acordo com o texto, a Batalha de Waterloo
a) pôs termo ao avanço do poder de Napoleão sobre os rivais europeus.
b) comprova que não existem limites para uma ambição guerreira.
c) dá novo fôlego para os intentos militares de Napoleão Bonaparte.
d) representa o momento em que os rivais de Napoleão sucumbem.
65. (PM-SP – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VUNESP – 2015) As informações 
do texto permitem afirmar que
a) Napoleão era um comandante com parcos conhecimentos militares.
b) a Batalha de Waterloo é considerada a mais simbólica das derrotas.
c) poucos soldados tiveram um fim trágico na batalha de Waterloo.
d) Napoleão estava cansado das batalhas, quando lutou com seus rivais.
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66. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS – VUNESP - 2015)
Máscara de Dados
A polícia local confisca o celular de um suspeito traficante de drogas, só para des-
cobrir que ele tinha ligado para sua mãe e ninguém mais. Enquanto isso, o celular 
de uma jornalista é examinado pela segurança aeroportuária. Mas quando as auto-
ridades verificam o que consta nele, descobrem que ela havia passado todo o seu 
tempo na praia. O narcotraficante e a jornalista são liberados. Minutos mais tarde, 
os nomes, números e dados de GPS que a polícia estava procurando reaparecem.
Uma nova técnica de programação poderia tornar esses cenários reais. O cientista 
de computação Karl-Johan Karlsson reprogramou um telefone para mentir. Ao mo-
dificar o sistema operacional de um smartphone baseado em Android, ele foi capaz 
de colocar dados falsos nele – números inocentes, por exemplo – para que os dados 
reais escapassem a exames forenses. Ele apresentou sua adulteração em janeiro na 
Conferência Internacional sobre Ciências de Sistemas, no Havaí.
Karlsson testou sua alteração em duas ferramentas forenses normalmente usadas 
por departamentos de polícia.
As duas podem recuperar registros de chamadas, dados de localização e até se-
nhas. Quando executou seu sistema, as ferramentas registraram a informação falsa 
que ele havia programado no celular e não detectaram os conteúdos reais.
Embora sua alteração tenha sido bem-sucedida, Karlsson garante que ela não obs-
truirá uma análise sofisticada pelo FBI ou pela NSA (Agência de Segurança Nacional 
americana). Ainda assim, uma modificação dessas poderia dificultar o julgamento de 
alguns casos criminais. Um telefone que conta duas histórias complica as coisas.
Scientific American Brasil. Jul. 2014.
De acordo com o texto, entende-se que a máscara de dados funciona como uma
a) captação de informações reais, as quais possibilitam verificar se os smart-
phones foram adulterados.
b) alteração no sistema operacional dos smartphones, para proteção das infor-
mações originais.
c) reprogramação das informações dos smartphones, que ficam impossibilita-
dos para alterar dados.
d) adulteração de informações, por meio da qual dados falsos são inseridos 
nos smartphones.
67. (PM-SP – CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS

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