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Bioética e Legislação em Vigilância Sanitária

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Prévia do material em texto

Bioética e Legislação 
em Vigilância Sanitária
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Milena Vicário Perez
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Bioética
• Conceito de Bioética.
• Abordar a importância de agir com ética no ambiente de trabalho e no dia a dia, com 
ênfase na profi ssão de estética.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Bioética
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Bioética
Conceito de Bioética
A palavra ética é definida por propriedade de caráter, hábito e costume.
Ética profissional é a somatória de normas éticas que formam a consciência do 
profissional, representando a conduta tomada por ele. A ética se dá pelo compor-
tamento de cada indivíduo, é cumprir os valores da sociedade em que se vive, é agir 
sem prejudicar o próximo e se responsabilizar pelas consequências de suas ações. 
Age sabendo que terá que assumir os resultados dos seus feitos.
Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais. Para que a ética seja empre-
gada aos profissionais, é essencial a existência de regras a serem cumpridas e no 
caso do desrespeito destas, serão tomadas algumas penalidades.
Através de regras impostas, o profissional se torna responsável pelos seus atos, 
sofrendo as consequências de não cumprimento.
Importante!
Podemos definir ética como uma estrutura global, que representa como exemplo uma 
casa, feita de paredes e vigas e os costumes representam os alicerces da casa, sendo 
assim, se os costumes se perderem, a estrutura enfraquece e a casa é destruída.
Importante!
Ética está relacionada com o caráter.
MORALÉTICA
Figura 1 – Ética ou moral
Fonte: Getty Images
Ética e Moral
Qual a diferença?
Moral se submete ao valor da ética, pois envolve regras impostas no cotidiano, ne-
las estão impostas regras que os indivíduos devem seguir para conviver em sociedade.
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A ética é definida por autonomia, percepção dos conflitos, agindo de acordo 
com a consciência e coerência.
As consequências de um comportamento antiético afrontam os valores, caráter 
e o principio de uma pessoa, enquanto que a quebra de um valor moral é punida e 
justificada de acordo com a lei que rege o meio.
Ética é a teoria moral do comportamento do indivíduo em sociedade, é a ciência 
de uma maneira específica de comportamento humano, isso mostra que não existe 
um único conjunto absoluto de regras ou de agir do homem que possa ser conside-
rado a verdadeira ética.
Bioética
A palavra grega bioética vem de (bios=vida e ethike=ética), sendo definida como 
o estudo da conduta humana no âmbito da ciência da vida e da saúde, utilizando 
metodologias éticas.
O fundamento entre a vida e a relação entre pessoas e sociedade são pontos de 
referências para a bioética.
Um dos princípios básicos da bioética envolvem autonomia, benefício e justiça.
• Autônima: refere-se ao respeito devido aos direitos fundamentais do homem, 
inclusive o da autodeterminação.
• Benefício: fazer o bem e até prevenir o mal.
• Justiça: obrigação de igualdade.
Importante!
É fundamental que os profi ssionais da área da saúde incorporem às suas práticas os be-
nefícios e os protocolos éticos e legais que norteiam a profi ssão, certifi cando que o pa-
ciente receba apenas cuidados seguros e apropriados (NETTINA, 2014). 
Importante!
Ética Profissional
É o conjunto de valores, normas e condutas que conscientizam as atitudes e o 
comportamento de um profissional.
No âmbito dos deveres e responsabilidades, ela precisa ser coerente com as fina-
lidades interna de sua profissão e com os valores universais próprios de uma ética 
geral, válida para todas as pessoas, dando sentido e legitimidade às práticas profis-
sionais. Com esses aspectos agregados conferem excelência ao exercício profissional.
A ética profissional é de interesse e importância do profissional que busca o me-
lhor desenvolvimento de sua carreira. O profissional que apresenta conduta ética 
conquista mais credibilidade, confiança e reconhecimento.
9
UNIDADE Bioética
Figura 2 – Relacionamento profissional
Fonte: Getty Images
O esteticista que tem como opção o trabalho na área da estética não deve se 
afastar da sua formação básica, nem do código de ética da classe, o qual aponta 
os seus direitos e deveres. Também deve observar o código de ética da classe de 
acordo com o seu município.
De acordo com PEREIRA (2012), a associação dos profissionais de cosmetolo-
gia, estética e maquiagem do estado de São Paulo, o código de ética Art. 3° inciso 
I diz: “realizar seu trabalho ou atividade com responsabilidade e comprometimento 
promovendo seu desempenho pessoal, profissional, cientifica e ético”. E no Art. 3° 
inciso II: “preservar em sua conduta a honra, a lealdade, a nobreza, e a dignidade 
da profissão, zelando pela moral e o caráter de essencialidade a toda sociedade”.
Se não houver o cumprimento da lei ética, dispõe sobre a infração à legislação 
sanitária federal na Lei n° 6.437 de 20 de agosto de 1977 no Art. 2: “sem pre-
juízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações sanitárias serão 
punidas, alternativas ou cumulativamente, com as penalidades de: I – advertência; 
II – multa; III - apreensão do produto; IV – inutilização de produto; V – interdição 
de produto; VI – suspensão de vendas e/ou fabricação de produtos; VII – cancela-
mento de registro de produto; VIII – interdição parcial ou total do estabelecimento; 
IX – proibição de propaganda; X – cancelamento de autorização para funciona-
mento de empresa; XI – cancelamento do alvará de licenciamento”.
Figura 3 – Agir certo ou errado
Fonte: Adaptado de Getty Images
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11
O profissional deve fornecer ao paciente todas as informações referentes ao tra-
tamento estabelecido, possíveis resultados sem ludibriar ou mentir a respeito, expli-
car possíveis riscos, tempo aproximado do tratamento e esclarecer qualquer dúvida.
Segundo o código de ética, FEBRAPE (2003), dos esteticistas, são de responsa-
bilidades fundamentais:
Art. 2º – O esteticista deve prestar assistência, sem restrições de ordem 
racial, religiosa, política ou social, promovendo procedimentos estéticos 
específicos que beneficiem a saúde, higiene e beleza do Homem. I – o 
esteticista presta serviços deestética facial, corporal e capilar, progra-
mando e coordenando todas as atividades correlatas; II – o esteticista 
deve auto avaliar periodicamente sua competência, aceitando e assumin-
do procedimentos somente quando capaz do desempenho seguro para o 
cliente; III – ao esteticista cabe a atualização e aperfeiçoamento contínuos 
de seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais, visando o benefí-
cio de seus clientes, bem como o progresso de sua profissão;
A ética no âmbito profissional diz que procedimentos aplicados por profissionais 
de forma incorreta/inapropriada, ou que não sejam pertinentes a classe, ou que 
usem títulos que não possuam, ou anunciam especialidades nas quais não estão 
habilitadas, vai contra o código de ética e o profissional que atuar dessa forma será 
punido pelo órgão competente. Além de estar atuando de forma irregular, ainda 
coloca a vida do paciente em risco.
Existe a problemática do profissional que atua apenas visando o lucro, essa pos-
tura de má fé pode levar o profissional a enganar o paciente. É de sumo importân-
cia que o profissional se identifique com a área de atuação.
Importante!
O homem sem a capacidade de decisão torna-se pequeno diante da sociedade. Para de-
cidir de forma efi caz e efi ciente é preciso analisar o que é necessário para cada situação, 
por isso toda forma de decisão tem um comprometimento ético. 
Importante!
Antes de iniciar o tratamento, o paciente deve passar pela avaliação para que 
sejam colhidos todos os dados pessoais, a qual é realizada através da ficha de ana-
mnese para investigar se o paciente está apto a receber o tratamento. Em seguida, 
o paciente deverá ser informado sobre o procedimento que irá se submeter, os 
possíveis riscos, cuidados e o resultado esperado.
A avaliação é necessária para que haja um tratamento eficaz, com o mínimo de 
risco possível e alcançando o melhor objetivo. As informações colhidas deverão ser 
respeitadas e somente utilizadas para o propósito para o qual foi revelada.
As informações compartilhadas são instrumentais, sendo apenas servido a um 
propósito específico e a uma única justificativa, que é atingir o melhor objetivo. 
O profissional tem o dever de formular contrato de prestação de serviço adquirido 
11
UNIDADE Bioética
pelo paciente, identificando o tratamento e regras a serem seguidos, na qual deverá 
ser assinado pelas partes.
Um profissional comprometido com a boa ética não se deixa corromper em 
nenhum ambiente, ainda que seja obrigado a conviver com outros indivíduos que 
praticam a má ética.
O profissional tem o dever de ser honesto integralmente, pois transgredindo os 
princípios da honestidade, não prejudica somente a si, mas toda uma classe e até 
uma sociedade.
As leis de cada profissão são elaboradas com o intuito de proteger os profissionais 
da categoria como um todo e os indivíduos que dependem desse profissional, assim, a 
ética é um conjunto de normas de condutas que regem a prática de qualquer profissão.
O código de ética da estética, capitulo 1, parte do principio que:
Art. 1° – o código de ética do esteticista tem por objetivo estabelecer 
normas de conduta do profissional de estética.
Art. 2° – considera-se esteticista o portador de diploma tecnólogo, de 
graduação ou de Pós-graduação em estética, expedido por instituição de 
ensino superior, bem como o portador de diploma de habilitação profis-
sional técnica de estética em nível médio, expedido por instituições de 
cursos de nível médio, devidamente autorizada ou conforme lei vigente.
Art. 3° VII – realizar apenas os procedimentos permitidos ao seu nível de 
competência. VIII – indicar, sempre que necessário ou quando detectar 
uma patologia que não seja ao alcance de seus conhecimentos técnicos e 
científicos, o serviço de profissionais especializados.
Importante!
O sigilo de informações é valido pelo código penal 154, decreto lei n° 2.848, de 07 de 
Dezembro de 1940, que determina:
Art. 154 – Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de 
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem. 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Importante!
E o código de ética ainda diz que: 
Art. 11° – o esteticista, no exercício de sua profissão: IV – não deve 
divulgar informações confidências sobre cliente ou empresa que exerça 
suas funções.
Você considera importante a existência do código de ética na estética?
Ex
pl
or
12
13
Figura 4 – Qual caminho seguir?
Fonte: Adaptado de Getty Images
A mentira demonstra uma postura antiética, uma vez que quem elaborou a 
mentira conhece a verdade e a efetua para atingir seu objetivo, formas que possam 
prejudicar os colegas de profissão, e prometer um resultado inexistente a fim de 
ganhar o cliente ou obter lucro de forma desonesta e antiética.
De acordo com Pereira (2012) o Capitulo 2, Art. 6° inciso IV – divulgar resulta-
dos e métodos de pesquisas não realizadas por si. Inciso V – atrair clientes mediante 
a pesquisa falsa, que ponha em risco a credibilidade da classe.
Essas atitudes são consequências de uma ambição humana de querer sempre 
mais do que se tem e de nunca estar contente com a sua situação, fazendo com 
que a pessoa não pense o que pode estar causando na hora de ultrapassar certos 
limites, por isso, há a necessidade de normas, que trata de uma questão legal e 
ética, pois a ética precede do legal e tanto o conteúdo justo e injusto das leis, como 
o respeito e o acatamento que são de natureza ética.
Por isso, é importante que o espaço de trabalho possua um código de conduta 
ética criada para orientar o comportamento de seus colaboradores de acordo com 
as normas e posturas da organização.
Caráter, disponível em: https://goo.gl/MA5bc1.
Ex
pl
or
Importante!
Os dilemas éticos estão presentes em todas as profi ssões da área da saúde, por se tratar 
de um segmento que lida com a vida.
Importante!
13
UNIDADE Bioética
Deontologia
O termo “Deo” vem da palavra grega dever e “logos” vem de discurso ou tratado.
Deontologia: é o conjunto de deveres, princípios e normas adotadas, é uma disciplina que 
trata da ética adaptada ao exercício da profissão. É um conjunto de comportamentos exigí-
veis aos profissionais.
Ex
pl
or
Sendo assim, a deontologia é uma ética profissional das obrigações práticas, 
baseada na livre ação da pessoa e no seu caráter moral. A busca e respeito aos 
princípios deontológicos significa dirigir-se pelo caminho da perfeição pessoal 
e profissional.
Existem inúmeros códigos de deontologia de responsabilidade de associações ou 
ordens profissionais, criado e adaptado para traduzir o sentimento ético expresso 
nestas. Esses códigos propõem sanções para seus infratores.
Na estética, os códigos apresentam uma função reguladora da profissão, que se 
expressa sob a forma de leis, preceitos e mandamentos que condiz com os procedi-
mentos éticos e jurídicos. As regras de comportamentos são reunidas em códigos, 
conhecidas como código de ética profissional.
Quando um grupo de profissionais da mesma área de atuação passa a ter os 
mesmos valores estabelecidos e agindo com a mesma consciência, forma-se então 
a ciência deontológica, ou seja, a consciência profissional.
Para os profissionais, a deontologia são normas estabelecidas não pela moral e 
sim para a correção de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios.
A ética profissional está presente em todas as profissões e abrange questões 
morais, normativas e jurídicas, a partir de estatutos e códigos específicos.
Em toda ação humana, o fazer e o agir estão diretamente ligados, ou seja, o pri-
meiro diz respeito à competência e eficiência pertinente ao profissional, o segundo 
refere-se à sua conduta e às atitudes que ele deve assumir no desempenho de sua 
atividade, contribuindo de maneira positiva para a construção de sua imagem no 
mercado profissional.
Importante!
É muito importante que o profissional da estética tenha conhecimento da lei que apro-
vamas diretrizes e normas, sendo essa lei nº 13.643/2018 (LEI ORDINÁRIA) de 03/04/2018. 
Importante!
“É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência 
e acharmos tudo normal.” (MARIO SÉRGIO CORTELA)
14
15
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Em Foco: Ética Pessoal e Profissional
https://youtu.be/CMbXcFdODSg
 Leitura
Lei nº 13.643, de 3 de Abril de 2018
https://goo.gl/LN1VC5
Código de Ética e Disciplina dos Profissionais de Estética
https://goo.gl/GbE2tB
Ética Profissional: O que é e qual a sua importância (Guia Completo)
https://goo.gl/aiCCX5
A humanização hospitalar como expressão da ética
https://goo.gl/sk8XDK
15
UNIDADE Bioética
Referências
AMENDOEIRA, João. A ética das profissões. Lisboa, 2008.
BOFF, Leonardo. Ética e Moral: A Busca dos Fundamentos. São Paulo, 2014.
BARSANO, Paulo. Biossegurança: Ações fundamentais para promoção da saúde. 
São Paulo, 2016.
CARVALHO, Adriany. Postura profissional e normas técnicas. Sebrae, Recife, 
2010.
FREITAS, Ludemeia. Código de ética e disciplina da estética. São Paulo, 2012.
NETTINA, Sandra. Brunner – Pratica de enfermagem. São Paulo, 2007.
PEREIRA, Fernando. Manual de orientação para instalação e funcionamento 
de instituto da beleza sem responsabilidade medica. São Paulo, 2012.
PORTAL EDUCAÇÃO. Definição de ética, moral e deontologia e bioética. 
Disponível em: <http://portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/33305/ 
definicao-e-etica#ixzz34IJTKXi7>. Acesso em: 20 de julho de 2018.
RAMOS, Janine. Biossegurança em estabelecimento de beleza e afins. São 
Paulo, 2009.
SANTOS, Nivea. Legislação Profissional em Saúde. São Paulo, 2016.
VAZQUEZ, Adolfo. Ética, Rio de Janeiro, 2006.
16
Bioética e Legislação 
em Vigilância Sanitária
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Milena Vicário Perez
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
• Importância da Biossegurança na Estética;
• Via de Transmissão;
• Riscos e Perigos no Ambiente de Trabalho;
• Doenças Infecciosas Transmitidas;
• Proteção Individual do Profissional;
• Higienização das Mãos;
• Cuidados Básicos no Ambiente de Trabalho.
• Aprender a importância da biossegurança nos consultórios de estética, prevenindo doen-
ças infectocontagiosas instaladas no dia a dia do ambiente de trabalho;
• Prevenir a transmissão de um cliente a outro, protegendo-os contra esses agentes infec-
ciosos e evitando a disseminação dos mesmos;
• Aprender como higienizar corretamente as mãos, conforme determinam os regulamentos 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Biossegurança e Doenças 
Infectocontagiantes
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
Importância da Biossegurança na Estética
Trata-se de assunto importante, porém, alguns profissionais ainda o desconhe-
cem, ficando expostos a riscos no próprio ambiente de trabalho, expondo também 
o seu paciente a esse risco.
A biossegurança na estética precisa de consciência e atenção do profissional 
para a prevenção de doenças no ambiente de trabalho, cobrando redobrados cui-
dados. Assim, é de suma importância a conscientização no que se refere aos ris-
cos potenciais inerentes ao exercício da profissão – tanto ao profissional, quanto 
ao cliente.
Para tanto, são estabelecidas normas pela Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (Anvisa) aos profissionais que atuam na estética, as quais consistidas em um 
documento elaborado como referência para que Estados e municípios instituam 
legislações locais aos estabelecimentos.
O documento da Anvisa é referência técnica ao funcionamento dos serviços de 
estética e embelezamento sem responsabilidade médica, criado em Brasília, DF, em 
dezembro de 2009. É aplicável a todo estabelecimento que inclua atividades de ca-
beleireiro, barbearia, depilação – exceto a laser –, manicure e pedicure, podologia, 
estética facial, estética corporal, massagem relaxante, banho de ofurô, massagem 
estética e outras atividades similares.
A biossegurança tem como objetivo prevenir doenças nesse ambiente de traba-
lho, pois a relação entre profissional e cliente pode estar sujeita a riscos, seja pela 
proximidade, seja pelo próprio contato físico. 
Assim, a norma da Vigilância Sanitária estabelece que os artigos descartáveis 
não devem ser reutilizados, pois perdem as suas características originais, podendo 
contaminar outro cliente. Ademais, todo profissional que atua na estética tem como 
dever utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante o procedimento 
de manicure, pedicure, podologia, depilação, limpeza de pele, retirada de barba e/
ou aplicação de produtos químicos, pois permanecem expostos a patógenos que 
causam doenças, tais como hepatite B e C, herpes, gripe, tuberculose, micose, Sín-
drome de Imunodeficiência Adquirida (Aids); além de produtos que exalam odores 
tóxicos e que podem causar lesões.
A Lei n.º 12.592/2012 preconiza que os profissionais sigam as normas e regras 
sanitárias, evitando, assim, maior risco de doenças infecciosas e dermatoses, pois 
podem ser causadas pelo uso compartilhado de toucas de banho e grampos, sendo 
obrigatória a esterilização de materiais e objetos utilizados nos atendimentos, assim 
como o descarte dos itens dessa destinação – tal lei é obrigatória para todos os 
profissionais da estética.
8
9
Via de Transmissão
A transmissão de agentes infecciosos ocorre de forma direta e indireta, sendo 
que a primeira corresponde ao contato físico entre transmissor e receptor por via 
cutânea ou secreção; já a forma indireta se dá por meio de materiais contami-
nados, ou pela transferência de microrganismos de uma pessoa, ou de materiais 
para outras, ou ainda de um paciente a outro – contaminação cruzada –, resul-
tando em infecção.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Algumas infecções ocorrem pelo manuseio de materiais contaminados com san-
gue, secreções provenientes da extração de acne, meio de contato onde a pele não 
está íntegra, mucosa, ou pelo contato das mãos do profissional com o cliente.
A vigilância sanitária aponta queinstrumentos da estética, tais como pinças, 
agulhas, extratores de comedões, eletrodos, pincéis, espátulas, toalhas, lençóis de 
tecido e tapetes para enfeitar a sala, servem de colonização e disseminação de 
doenças, necessitando de processos de limpeza, desinfecção e esterilização adequa-
das para não ficarem contaminados.
Riscos e Perigos no Ambiente de Trabalho
Risco é aquilo que há como prevenir; é o resultado ou a consequência do perigo, 
de modo que não existiriam riscos se não houvessem perigos.
9
UNIDADE Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
Por sua vez, perigo é uma condição ou um conjunto de circunstâncias com po-
tencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte.
Risco é uma função da natureza do perigo, acessibilidade ou acesso de contato, 
características da população exposta, probabilidade de ocorrência e das consequências.
Perigo é um agente químico, biológico ou físico – incluindo a radiação eletro-
magnética –, ou um conjunto de condições que apresentam uma fonte de risco.
Risco é o resultado medido do efeito potencial do perigo.
Perigo é a situação que contém uma fonte de energia ou de fatores fisiológicos e 
de conduta que, quando não controlada, conduz a ocorrências prejudiciais.
Figura 2
Fonte: Getty Images
Perigo Relacionado ao Trabalho
É definido como o conjunto de propriedades inerentes a um processo que em 
determinada condição pode causar efeitos adversos à saúde ou ao meio ambiente, 
dependendo do grau de exposição.
Ademais, perigo pode ser qualquer elemento potencialmente causador de danos, 
tais como:
• Materiais: substâncias tóxicas – solventes, ácidos, álcalis, metais, gases, plásti-
cos, resinas, material particulado sólido, perfurocortantes etc.;
• Equipamentos: partes móveis sem dispositivo de proteção, condições de uso – 
defeituoso, má conservação, impróprio ao serviço, uso incorreto, guarda em 
local inseguro e/ou inadequado;
• Ambientes de trabalho: áreas de local de trabalho significativamente quentes, 
frias, empoeiradas, sujas, ruidosas e/ou escuras, com a presença de gases, 
vapores, fumos etc.; 
• Sistema de trabalho: fatores relacionados aos sistemas de trabalho, conteúdo 
e organização do trabalho, gerenciamento, cultura organizacional.
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11
Risco Relacionado ao Trabalho
Risco ocupacional é a possibilidade de consequências negativas ou danos à saúde e 
integridade física e/ou moral do profissional, condições estas relacionadas ao trabalho.
O nível de risco é determinado pela combinação da severidade dos possíveis 
danos e da probabilidade ou chance de sua ocorrência.
Figura 3
Fonte: UNIFAL/MG
Figura 4 – Tipos de risco
Fonte: Acervo do Conteudista
11
UNIDADE Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
Riscos físicos:
São definidos como formas de energia a que possa estar exposto o profissional, 
cujos agentes mais comuns são a má iluminação do ambiente, sensação térmica 
dessa área – frio, calor ou umidade –, radiação solar, as pressões e os ruídos.
Ruídos intensos acarretam reflexos em todo o organismo – e não somente no apa-
relho auditivo, mas também na capacidade de concentração e humor. A Organização 
Mundial da Saúde (OMS) indica que 55 decibéis correspondem ao início do estresse 
auditivo. Exemplo: o profissional pode ficar exposto a um nível de 85 decibéis por, 
no máximo, oito horas diárias.
O calor pode provocar desidratação, fadiga física, problemas cardiocirculatórios, 
entre outros; já as baixas temperaturas podem ocasionar feridas, rachaduras e/ou 
a predisposição para doenças respiratórias.
Em atividades relacionadas à estética temos como exemplo o uso da autoclave, a 
qual gera calor, de modo que o ambiente precisa ser climatizado para não provocar 
calor extremo às pessoas envolvidas.
Riscos de acidente:
São os fatores que colocam o profissional em situação vulnerável, podendo afe-
tar a sua integridade, o seu bem-estar físico e psíquico. Exemplos: máquinas e equi-
pamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão com fios elétricos, 
armazenamentos inadequados etc.
Os pontos de transmissão de força, bem como a projeção de peças das máqui-
nas e dos equipamentos podem ser fontes de acidentes.
Riscos químicos:
Estão associados a substâncias químicas, oferecendo perigo à vida dos profissionais. 
Nas atividades estéticas nos deparamos com a aplicação de cosméticos na pele 
e nos cabelos.
A aquisição, o transporte, manuseio e descarte de substâncias químicas são regu-
lamentados por diversos órgãos nacionais, tais como a Anvisa, Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Produtos contendo amônia, peróxidos, hidróxidos, tioglicolatos, substâncias al-
calinas, álcool e acetona constituem as principais fontes de risco químico em esta-
belecimentos de beleza.
Riscos ergonômicos:
São os fatores que podem interferir nas características psicofisiológicas do pro-
fissional, causando desconforto ou afetando a sua saúde. Exemplos: má postura 
nos atendimentos, repetitividade nos movimentos, ritmo excessivo de trabalho e 
levantamento de peso.
12
13
Riscos biológicos:
São causados por fungos, bactérias, vírus, parasitas, protozoários e insetos.
Na área da Saúde incluem qualquer elemento que esteja contaminado com se-
creções, sangue, anexo cutâneo e pele não íntegra.
As vias de transmissão por contaminação dos microrganismos são as seguintes: 
• Aéreas: ocorrem pela inalação presente nas partículas de aerossóis – que são 
dispersos para longe – e gotículas – requerendo o contato próximo entre os 
indivíduos –, alcançando as mucosas da boca e do nariz;
• Cutâneas: ocorrem pelo contato das secreções ou do sangue, ambos contami-
nados, com a pele íntegra, sendo que as mãos representam importantes fontes 
de transmissão de microrganismos. Outra forma dessa transmissão é a picada 
com agulha contaminada. Segundo Marziale (2004), os acidentes ocasionados 
por agulhas infectadas representam entre 80% e 90% das transmissões de 
doenças infecciosas entre os trabalhadores da área da Saúde;
• Oculares: ocorrem pelo lançamento de gotículas ou aerossóis de material in-
fectante nos olhos – dado que a mucosa dos olhos é uma barreira menos efi-
ciente se comparada à pele.
Exposição ao Risco no Local de Trabalho
O tempo de contato com o perigo, ou seja, a duração em que o profissional fica 
exposto ao agente físico aumenta as chances de risco para esse indivíduo. A con-
centração e capacidade agressiva também são determinantes para tal risco.
Assim, a exposição pode ser apresentada de duas formas:
1. Crônica: signifi ca exposição a doses menores por um período maior, em lon-
ga duração. Quando aplicada a materiais que podem ser inalados ou absorvi-
dos através da pele, refere-se a períodos prolongados ou repetitivos de exposi-
ção de duração medida em dias, meses ou anos. Quando aplicada a materiais 
que são ingeridos, refere-se a doses repetitivas com períodos de dias, meses ou 
anos. O termo crônico não se refere ao grau mais severo dos sintomas, mas 
à implicação de exposições ou doses que podem ser relativamente perigosas;
2. Aguda: é a exposição de curta duração. Quando aplicada para materiais 
que podem ser inalados ou absorvidos através da pele, será a exposição de 
duração medida em segundos, minutos ou horas. 
Doenças Infecciosas Transmitidas
• Aids: é uma moléstia infectocontagiosa, provocada pelo retrovírus humano 
HIV, subtipos 1 e 2, caracterizada pela imunodepressão e pela destruição dos 
linfócitos T4. O vírus do HIV sobrevive por até quinze minutos em um instru-
mento que tenha sido contaminado;
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UNIDADE Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
• Hepatite B: é causada pelo vírus HBV e transmitida através de instrumentos 
perfurocortantes contaminados, sendo o sangue o principal veículo de sua 
transmissão – embora a saliva, as lágrimas e o suor possam contribuir para 
a sua disseminação; o risco de contágio é de até 40%. O HBV permanece 
por até duas semanas em um instrumento infectado seco e amaioria dos 
 infectantes não exerce função sobre o qual. Dada a sua resistência aos agentes 
químicos, deve-se utilizar métodos adequados de esterilização para eliminá-los;
• Hepatite C: além do sangue, o vírus pode estar presente em qualquer secre-
ção orgânica. É altamente resistente, sobrevivendo por até três dias em instru-
mento seco contaminado, o qual deve ser devidamente esterilizado, pois nem 
álcool ou água fervente é suficiente para eliminar o risco;
• Onicomicoses: são caracterizadas por fungos nas unhas pela levedura 
albicans. As fontes de infecção são basicamente o solo, os animais, as pes-
soas, os cortadores de unha, as espátulas, os alicates e as toalhas úmidas.
Proteção Individual do Profissional
O EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual, com o objetivo de prote-
ger cada profissional contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e saúde.
O uso desse tipo de equipamento deverá se dar quando houver contato com 
sangue, fluido corporal ou pele não íntegra, assim como no manuseio de materiais 
de superfícies sujas com sangue e fluidos, ou ainda em casos de risco do ambiente 
em que se desenvolve a atividade, o qual não ofereça completa proteção contra os 
potenciais acidentes de trabalho ou doenças profissionais e do trabalho.
Já os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são utilizados no ambiente de 
trabalho com o objetivo de proteger os profissionais dos riscos internos, tais como 
acústicos de fontes de ruído, ventilação, proteção de partes móveis de máquinas e 
equipamentos, entre outros.
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos com-
pletamente, ou se oferecer proteção parcialmente.
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora (NR) 6, do Ministério do Trabalho, 
a empresa é obrigada a fornecer aos colaboradores, gratuitamente, EPI adequado 
ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, com a finalidade de 
proteger a saúde e integridade física do profissional no ambiente de trabalho, sendo 
exemplos dos quais:
• Óculos: para a proteção dos olhos contra impactos de partículas e respin-
gos de produtos químicos ou determinados objetos e produtos que ofereçam 
riscos oculares;
• Máscaras: utilizadas quando houver risco de respingo em mucosa oral e/ou 
nasal, protegendo as vias aéreas superiores de microrganismos contidos nas 
partículas de produtos de tosses, espirros e da própria fala de outrem. Não se 
14
15
deve puxar a máscara ao pescoço, assim como não pode ser reutilizada se 
estiver úmida – devendo ser descartada no lixo de infectante após o seu uso;
• Touca descartável: previne a contaminação do profissional e paciente por 
microrganismos e piolhos. Trata-se de item obrigatório a ambos, sendo trocada 
por uma nova a cada ocasião – devendo ser descartada no lixo de infectante 
após o seu uso;
• Avental: utilizado para prevenir o contato de respingos de material orgânico 
ou de líquidos, sangue, fluido corporal etc. É desaconselhado utilizar avental 
em locais que não seja o seu ambiente de trabalho, devendo ser trocado se 
apresentar sujidade;
• Sapatos fechados: são utilizados com o intuito de prevenir, aos pés, materiais 
orgânicos e de trabalho, evitando acidentes e a transmissão de doenças.
Após o uso dos EPI, tais materiais devem ser realmente descartados – e não reutilizados no próximo paciente.
Figura 5
Fonte: Getty Images
O uso de jaleco deve ser contínuo durante o procedimento e somente para esse 
fim, não se estendendo aos ambientes externos, tais como a rua e os restaurantes.
Figura 6
Fonte: Getty Images
15
UNIDADE Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
A OMS recomenda o uso de luvas a fim de se prevenir dos riscos de contamina-
ção das mãos com sangue e outros fluidos corporais, assim como da disseminação 
de germes ao ambiente e da transmissão do profissional ao paciente e vice-versa – 
ou entre pacientes, ou entre profissionais. Há outro fator relevante, a correta higie-
nização das mãos antes de colocar as luvas.
A OMS alerta que também pode haver riscos de contaminação mesmo com o 
uso de luvas, pois estas, se defeituosas ou mal utilizadas, podem provocar igual 
contaminação, tornando-se necessário lavar as mãos após a retirada das quais.
Figura 7
Fonte: prefeitura.sp.gov.br
16
17
Higienização das Mãos
É a medida mais simples e eficaz para prevenir a propagação e manifestação de 
infecção, sendo reconhecida como uma das principais técnicas para a prevenção 
das infecções relacionadas à assistência à saúde.
O modo de higienizá-las engloba as formas simples, antisséptica e antisséptica 
cirúrgica – pré-cirúrgica.
Em 2010, a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.º 42, 
que dispõe sobre a obrigatoriedade da disponibilização de preparação alcoólica para 
 higienizar as mãos nos pontos de assistência em serviços de saúde, pois foi considerada 
baixa a prática de higienização das mãos. Cabe, segundo esse documento , a higieni-
zação a partir de produtos apropriados em cinco momentos, vejamos:
1. Antes de tocar o paciente;
2. Antes de realizar o procedimento;
3. Após riscos de exposição a fl uidos corporais;
4. Após tocar o paciente;
5. Após contato com superfícies próximas ao paciente.
A capacitação desses profissionais para os cinco momentos, mais lembretes e 
cartazes no local de trabalho – com apontamentos de segurança –, intensificam 
ainda mais essas estratégias para a prevenção de doenças.
Trata-se do ato de higienizar as mãos com água e sabão, removendo bactérias, suji-
dade, oleosidade da pele e suor. Com essa prática evitamos a transmissão de doenças.
Ademais, na Nota Técnica n.º 1/2018, a Anvisa fornece orientações gerais para 
a higienização das mãos em serviços de Saúde com o objetivo de conscientizar os 
profissionais quanto à promoção das boas práticas, esclarecendo sobre os requisitos 
básicos e necessários para a seleção de produtos e da aprimorada técnica.
Os requisitos básicos para a higienização antisséptica correspondem a utilizar 
solução adequada, averiguando se o produto possui o devido registro ou a notifica-
ção na Anvisa.
Para averiguação do produto higienizador antisséptico entre no site da Anvisa, dispo-
nível em: https://bit.ly/2VvHmVv e preencha o formulário de pesquisa com o nome do 
referido produto.
Ex
pl
or
17
UNIDADE Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
A concentração ideal da preparação alcoólica para a fricção antisséptica das 
mãos a ser utilizada em serviços de Saúde deve cumprir o estabelecido na RDC 
n.º 42/2010, contendo entre 60% e 80% na forma líquida e 70% na forma de gel e 
espuma. O tempo recomendado para a higienização corresponde de vinte a trinta 
segundos friccionando uma mão na outra.
Já no preparo pré-operatório das mãos, as unhas devem ser mantidas curtas, 
evitando, assim, o uso de unhas postiças; ademais, todos os objetos utilizados nas 
mãos e antebraços, tais como anéis, relógios e pulseiras, deverão ser removidos 
antes de cada procedimento.
A duração e técnica da higienização pré-operatória da aplicação podem ser acessadas 
em: https://bit.ly/2zVPlBT.Ex
pl
or
Figura 8
Fonte: anvisa.gov.br
Importante!
Deve-se fazer a assepsia das mãos do cliente antes do procedimento para evitar infecções.
Importante!
A higienização das mãos do profissional é tão importante quanto o uso do EPI, 
afinal, trata-se de atitude básica para a biossegurança na estética.
18
19
Cuidados Básicos no Ambiente de Trabalho
Durante a prestação de serviço alguns cuidados básicos devem ser tomados, 
vejamos: 
• Usar EPI adequado para cada atividade;
• Lembrar-se de que a utilização do jaleco deve ser restrita ao ambiente de trabalho;
• Manter as unhas cortadas;
• Evitar anéis, pulseiras e relógios durante o período de atendimento;
• Manter os cabelos presos;
• Usar sapatos fechados;
• Não comer na sala de atendimento;
• Observar sempre as regras de higiene e segurança do trabalho;
• Implementar normas de biossegurança com o objetivo de prevenir riscos para 
colaboradores,alunos, pacientes e ambiente de trabalho.
Figura 9 – “Qualidade signifi ca fazer certo quando 
ninguém está olhando” (Henry Ford, 1863-1947)
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Biossegurança e Doenças Infectocontagiantes
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Biossegurança na estética segundo Ana Claudia Petkevicius e Débora Sozzo
https://youtu.be/bx60AAaI_6M
 Leitura
Lei n.º 12.592, de 18 de janeiro de 2012
Dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, 
manicure, pedicure, depilador e maquiador.
http://bit.ly/2vLfnmb
Nota Técnica n.º 1/2018 – GVIMS/GGTES/Anvisa: orientações gerais para higiene das mãos em serviços de Saúde
http://bit.ly/2vKkBih
Cadeia de transmissão dos agentes infecciosos
http://bit.ly/2vLfk9Z
Biossegurança e risco ocupacional entre os profissionais do segmento de beleza e estética: revisão integrativa
https://bit.ly/2TQUHXN
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Referências
BRASIL. Lei n.º 12.592 – dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de 
cabeleireiro, barbeiro, esteticista, pedicure, depilador e maquiador. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 2012a.
________. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.º 306, de 7 de dezembro 
de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico para gerenciamento de resíduos de 
serviços de Saúde. Brasília, DF, 2004.
________. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higie-
nização das mãos em serviços de Saúde. Brasília, DF, 2018. Disponível em: 
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/cate-
gory/higienizacao-das-maos>. Acesso em: 31 dez. 2018.
________. Manual de orientação para instalação e funcionamento de institu-
tos de beleza sem responsabilidade médica. São Paulo, 2012b.
________. Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética e 
embelezamento sem responsabilidade médica. Brasília, DF, 2009.
BARSANO, P. Biossegurança: ações fundamentais para a promoção da saúde. 
São Paulo: Érica, 2014.
CARVALHO, A. Posturas profissionais e normas técnicas. Recife, PE: Sebrae, 2010.
MARZIALE, M. H. P. Riscos de contaminação ocasionados por acidentes de tra-
balho com material perfurocortantes entre trabalhadores de Enfermagem. Rev. 
Latino-Am. Enfermagem., São Paulo, 2004.
MORENO, P. Biossegurança em estética. Mundo da Estética, 19 mar. 2015. Dis-
ponível em: <https://www.mundoestetica.com.br/dicas/a-biosseguranca-em-esteti-
ca>. Acesso em: set. 2018.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Salve vidas: higienize suas mãos. 
 Brasília, DF, 2014.
PIATTI, I. Biossegurança estética e imagem corporal. Curitiba, PR: Editora do 
Autor, 2013.
RAMOS, J. Biossegurança em estabelecimento de estética e afins. São Paulo: 
Atheneu, 2009.
SANTOS, N. C. M. Legislação profissional em saúde. São Paulo: Érica, 2014.
21
Bioética e Legislação em 
Vigilância Sanitária
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Milena Vicário
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Limpeza, Desinfecção e Esterilização dos Materiais e Ambiente 
de Trabalho e Gerenciamento de Resíduos
• Limpeza;
• Gerenciamento de Resíduos.
• Prevenir a ocorrência de infecções que nos deparamos no cotidiano das clínicas de estéti-
ca e saúde, sendo utilizadas técnicas efi cazes no combate à contaminação do ambiente e 
dos utensílios e o correto gerenciamento dos resíduos, evitando a contaminação do am-
biente e levando os resíduos ao destino certo, ajudando na saúde humana e ambiental.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Limpeza, Desinfecção e Esterilização 
dos Materiais e Ambiente de Trabalho 
e Gerenciamento de Resíduos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Limpeza, Desinfecção e Esterilização dos Materiais e 
Ambiente de Trabalho e Gerenciamento de Resíduos
Limpeza
Nos serviços de saúde, a limpeza e desinfecção de superfícies são essenciais, 
pois tratam-se de elementos primordiais e eficazes nas medidas de controle de 
infecção. Ademais, a higiene e ordem são elementos decisivos no controle de infec-
ções cruzadas. Além disso, trazem ao paciente e profissional confiança e bem-estar 
no ambiente de trabalho. 
A limpeza tem como objetivo preparar e organizar um ambiente de trabalho, man-
tendo a ordem e conservando os equipamentos, as instalações e, principalmente, 
evitando a disseminação de microrganismos.
A transmissão de microrganismos nesses ambientes está ligada à falta de 
rotina nos procedimentos de limpeza e desinfecção de utensílios, sendo de ex-
trema importância o aperfeiçoamento dessas técnicas para garantir proteção ao 
profissional e cliente.
Importante!
Em estabelecimentos da área da saúde e beleza, a forma de matéria orgânica mais crí-
tica é a que contém secreções e sangue, afinal, uma porção dessa matéria orgânica, que 
pode passar despercebida ao olho humano, é suficiente para conter um foco infeccioso 
com milhares de bactérias.
Importante!
São tipos de limpeza:
• Concorrente: realizada diariamente no estabelecimento com o objetivo de 
organizar o ambiente e repor os materiais diários de consumo como, por 
exemplo, papel toalha, papel higiênico, sabonete líquido etc. Nesse procedi-
mento está incluída a limpeza de todas as superfícies horizontais de mobiliá-
rio, tais como piso, instalações sanitárias e equipamentos;
• Terminal: é a técnica mais completa de desinfecção, consistindo na limpeza de 
todas as superfícies horizontais, verticais, internas e externas como, por exem-
plo, ar condicionado, maca, vidros, armários etc. É realizada mensal, quinzenal 
ou semanalmente, conforme a necessidade do ambiente.
Métodos de Limpeza
As formas de limpeza mais utilizadas são:
• Úmida: consiste em passar a esponja ou o pano umedecido em solução de-
tergente/desinfetante/enxaguante, sucedido por outro pano, este umedecido 
em água limpa;
• Molhada: consiste em limpezas de pisos e outra superfície fixa de mobiliários 
por meio de esfregação e enxague com água;
8
9
• Seca: é a técnica de limpeza mais simples, 
consistindo na remoção de sujidade, pó ou 
poeira por meio da utilização de vavssoura, 
pano seco – sendo estes dois recursos pouco 
indicados, pois podem disseminar a poeira 
pelo ar –,ou aspirador.
Os principais produtos uti-
lizados na desinfecção de 
superfícies são: sabão, de-
tergente, álcool, hipoclorito 
de sódio e ácido peracético.
Métodos de Higienização
As substâncias que apresentam como finalidade a limpeza e conservação são 
os detergentes, alvejantes, desincrustantes, limpa-móveis e limpa-vidros, sabões, 
saponáceos e outros.
Quadro 1 – Métodos de higienização
Processo Objetivo Procedimento
Limpeza Eliminação de sujidade em superfícies e objetos
Técnica manual com ação
de sabão e detergentes
Desinfecção
Redução dos microrganismos em objetos 
e superfícies – não necessariamente 
ocorre a destruição de alguns vírus
Ação de agentes desinfetantes 
ou processos físicos, tais como o 
calor e a radiação
Assepsia Redução de microrganismos na pele Ação de agentes químicos antissépticos
Sanitização Redução de microrganismos em ambientes de trabalho
Ação de agentes químicos desinfetantes, 
ou processo físico, tais como radiações
Esterilização 
Destruição de todas as formas 
microbianas, incluindo vírus, 
bactérias e fungos
Ação de agentes químicos esterilizantes, 
ou processo físico como o calor, gases, 
plasma de peróxido de hidrogênio, 
radiações, entre outros
Agentes Químicos Utilizados na Limpeza
Álcool
É empregado o álcool etílico e isopropílico, bactericida, pois age contra fungos, 
vírus e bacilos da tuberculose; porém, não elimina o esporo – que tem a capacidade 
de gerar uma nova bactéria.
A concentração ideal utilizada é entre 60% e 90% por volume.
Os alcoóis não devem ser empregados em materiais de borracha e em certos 
tipos de plástico, pois podem danificá-los. 
Compostos Biclorados
Comumente, usa-se os hipocloritos de sódio ou cálcio.
Agem por inibição, provocando reações enzimáticas dentro das células microbia-
nas, seja por desnaturação de proteínas, seja atuando contra bacilos de tuberculose, 
vírus e fungos.
9
UNIDADE Limpeza, Desinfecção e Esterilização dos Materiais e 
Ambiente de Trabalho e Gerenciamento de Resíduos
Peróxido de Hidrogênio
É um composto que elimina fungos, vírus, bactérias e esporos, pois age pro-
duzindo radicais livres que atacam a membrana lipídica; porém, não é empregado 
como esterilizador por ter atividade inferior à do glutaraldeído, em concentração a 
3%, sendo, então, utilizado como desinfetante.
Compostos Iodados 
São compostos combinados de iodo, além de agentes solubilizantes, sendo 
exemplo mais recorrente a Polivinilpirrolidona Iodada (PVPI), a qual mantém as 
propriedades desinfetantes do iodo sem a toxicidade e os irritantes.
O composto iodado penetra na parede da célula, rompendo a estrutura e sín-
tese das proteínas.
É bactericida, fungicida e vuricida; porém, necessita de contato prolongado para 
eliminar o bacilo de tuberculose e os esporos bacterianos.
É utilizado também como antisséptico e desinfetante, sendo inadequado para 
a desinfecção de superfícies devido à sua coloração.
Glutaraldeídos 
São desinfetantes de alto nível e quimioesterelizadores, mas utilizados em equi-
pamentos médicos, os quais não podem ser autoclavados.
Precisam ser retirados do equipamento com água purificada após a sua esterili-
zação; por causarem toxicidade, tornaram-se pouco práticos quando aplicados na 
área estética.
Derivados dos Fenóis 
Agem penetrando e rompendo a parede celular da bactéria, sendo utilizados em 
ambiente hospitalar e artigos médicos não críticos. Os exemplos mais comuns e 
utilizados são o hexaclorofeno e a clorhexidina.
Compostos de Quaternários de Amônia 
São bons agentes de limpeza, utilizados para a sanitização em superfícies não 
críticas, tais como chão, móveis e paredes.
Têm ação antimicrobiana, fazendo a inativação de enzimas produtoras de ener-
gia, desnaturando proteínas essenciais das células e rompendo a membrana celular.
Limpeza e Armazenamento das Toalhas e Lençóis de Tecidos
As toalhas e os lençóis devem estar limpos, podendo ser lavados de forma 
doméstica ou em lavanderias.
10
11
Na primeira lavagem, deve-se deixar por dez minutos em solução com água 
sanitária na proporção de 100 ml para 10 L de água, ou realizar a última lava-
gem em ácido peracético a 0,03% e passar a ferro quente.
As toalhas e os lençóis devem ser guardados de forma organizada em local 
limpo, seco e arejado, sendo o ideal embalá-los e selá-los, individualmente, em 
sacos plásticos.
Importante!
As toalhas e os lençóis devem ser de uso exclusivo do cliente durante o tratamento; as-
sim, depois de finalizado – o tratamento –, os mesmos deverão ser trocados – e em 
hipótese alguma reutilizados.
Importante!
Limpeza de Acessórios de Equipamentos
Os equipamentos de estética que entram em contato com a pele do paciente, 
tais como corrente russa, ultrassom, acessórios que contêm cabo, eletrodos, ca-
beçotes, roletes e/ou ponteiras, necessitam passar pelo processo de desinfecção 
após o uso em cada cliente; se ao acessório for cabível, deve-se imergi-lo em água e 
sabão neutro; caso o acessório não possa ser imerso em água, deve ser higienizado 
com pano limpo e úmido em água e, em seguida, seco com outro pano também 
limpo e friccionado em álcool 70% com o auxílio de gaze e papel absorvente.
Ademais, deve ser segregado em local fechado, seco e limpo, evitando a deposi-
ção de poeira, podendo-se embalar os artigos em sacos plásticos vedados, abrindo-
-os na frente do cliente.
Limpeza e Desinfecção de Superfícies Fixas 
A limpeza deve ser realizada utilizando água, sabão e ação mecânica, sendo 
aplicada de duas maneiras:
• Concorrente: realizada diariamente e logo após a exposição de sujidade, in-
cluindo recolhimento de lixo, limpeza do piso e das superfícies do mobiliário;
• Terminal: inclui escovação do piso, limpeza do teto, paredes, luminárias e 
janelas, sendo realizada semanal ou quinzenalmente.
Importante!
Áreas críticas, sendo locais de procedimentos cirúrgicos ou invasivos, tais como as áreas
de Podologia e as semicríticas, regiões essas de depilação, estética corporal e facial, 
devem receber maior atenção, sendo necessárias a limpeza e desinfecção uma vez ao dia.
Importante!
11
UNIDADE Limpeza, Desinfecção e Esterilização dos Materiais e 
Ambiente de Trabalho e Gerenciamento de Resíduos
Técnicas de Limpeza do Ambiente 
Como primeiro passo, deverá ser recolhido o lixo, dando início à limpeza do local 
mais alto – próximo ao teto – ao mais baixo; na sequência, higieniza-se da área mais 
limpa à mais contaminada.
Técnica dos Dois Baldes
Inicia-se preparando um balde com água e detergente, ou solução equivalente, 
sendo uma colher de sopa para cada litro de água; em seguida, prepara-se outro 
balde somente com a água para o enxágue – água que deve ser trocada quando 
estiver suja.
Aplica-se o pano com solução de água e sabão na superfície, friccionando com 
força mecânica para soltar a sujeira; enxagua-se o pano na água limpa, sendo apli-
cado na superfície a fim de remover o sabão e a sujeira; enxagua-se o pano nova-
mente para remover o excesso de umidade, podendo ser utilizados dois panos, um 
para cada balde.
Técnica de Descontaminação Localizada
Com o uso de luvas, retirar o excesso de contaminação com papel absorvente, 
desprezando-o no lixo contaminado; aplicar hipoclorito a 1% sobre a área, deixan-
do-o agir por dez minutos; remover o desinfetante com pano úmido e proceder com 
a limpeza utilizando água e sabão. 
Limpeza da Área de Superfícies Fixas 
Piso
Recolher – e depositar em cada lixeira adequada – os resíduos encontrados, reti-
rando o lixo e o substituindo por um novo saco de lixo.
Retirar mobiliários tais como cadeiras, mesas, macas etc., iniciando a técnica dos 
dois baldes, obedecendo sempre uma sequência; secar o piso com um pano seco 
envolvido em um rodo.
Paredes e Teto
Inicia-se pelo teto e depois nas paredes, com movimentos de cima para baixo 
e auxílio de sabão, água e panos – obedecendo sempre a técnica dos dois panos.
Limpeza e Desinfecção dos Mobiliários 
Guardar todos os objetos em bandeja que fique na superfície a ser limpa– se 
metálica, plástica, fórmica ou de granito, utilizar álcool 70%.
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13
Limpeza dos Armários, das Vitrines, Mesas, 
dos Balcões, das Bancadas, Cadeiras e Macas
Iniciar utilizando as técnicas dos dois baldes; caso haja resíduos, empregar esponja; 
em seguida, secar com pano limpo e borrifar álcool 70%, friccionando a superfície 
com um pano seco.
Limpeza do Aparelho de Autoclave
• Externa: utilizar um pano úmido em mistura de água e detergente; em segui-
da, secar e passar um pano limpo borrifando álcool 70%;
• Interna: lavar a câmara de alumínio com uma esponja de fibra sintética macia, 
sabão neutro e água destilada; em seguida, fazer a limpeza da câmara com 
pano macio e álcool 70%.
Limpeza dos Equipamentos de Estética Facial e Corporal
A parte externa e fiação podem ser limpas com pano úmido em água morna e, 
quando necessário, sabão neutro não abrasivo.
Limpeza de Escovas e Pentes de Cabelos
Por serem de uso individual, a cada atendimento é necessário utilizar a devida 
limpeza e desinfecção desses itens, removendo os fios de cabelo da escova após 
cada uso; lavar com água e detergente neutro, formando espuma na proporção de 
uma colher de sopa de detergente para um litro de água, deixando de molho por dez 
minutos; enxaguar abundantemente com água corrente e deixar secar naturalmente, 
com um secador de cabelo, ou utilizar estufa em temperatura máxima de 50°C; em 
seguida, borrifar álcool 70% e deixar secar novamente, guardar em local fechado, 
limpo e seco.
Ademais, a utilização dos produtos de limpeza precisa estar de acordo com 
a legislação vigente, devendo ser observadas as recomendações apresentadas 
pelo fabricante.
Importante!
Os produtos mais utilizados para a limpeza e desinfecção das superfícies fixas, dos mobili-
ários e equipamentos são os detergentes neutros, hipoclorito de sódio a 1% e álcool 70%.
Você Sabia?
Tratamentos dos Artigos 
Os utensílios utilizados na estética podem ser classificados em artigos:
• Críticos: utilizados de modo invasivo, ou denominados perfurocortantes, cujos 
materiais penetram na pele, mucosa, tecido subepitelial e sistema vascular, 
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UNIDADE Limpeza, Desinfecção e Esterilização dos Materiais e 
Ambiente de Trabalho e Gerenciamento de Resíduos
submetendo-os ao contato direto com sangue e fluidos contaminantes. Exem-
plos na estética são os alicates, as navalhas, os extratores de comedões e ou-
tros instrumentos metálicos;
• Semicríticos: utensílios que estabelecem contato direto com a pele e/ou mu-
cosa não íntegras, estas que devem passar por limpeza e desinfecção de alto 
nível, ou mesmo esterilização. São exemplos os pincéis, as toalhas, os eletro-
dos e as ponteiras de eletroterapia;
• Não críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele ínte-
gra; para esses utensílios é empregada a limpeza e desinfecção de médio a 
baixo nível para que tais artigos não se tornem fontes de colonizadores de 
microrganismos. Exemplos são as macas, lupas, espátulas, cubetas e os equi-
pamentos externos.
Gerenciamento de Resíduos 
Os resíduos gerados em atividades humanas são motivos de preocupação, pois 
representam riscos à saúde e ao meio ambiente.
Quando não tomados os cuidados essenciais, tais resíduos contribuem para as 
poluições biológica, física e química do solo, da água e do ar.
Comumente, os resíduos gerados em estabelecimentos de estética são classifica-
dos como comuns, recicláveis, infectantes, químicos e perfurocortantes.
Nesse sentido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elaborou a 
Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.º 306/2004, que dispõe sobre o regu-
lamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, na qual 
estão dispostos os princípios da biossegurança para empregar medidas técnicas, 
administrativas e normativas a fim de prevenir acidentes, preservando a saúde pú-
blica e o meio ambiente. 
Considerando que os serviços de saúde são os responsáveis pelo correto gerencia-
mento de todos os resíduos gerados pelos quais, atendendo às normas e exigências 
legais, desde o momento de sua geração à sua destinação final, é recomendado que 
cada estabelecimento determine espaços adequados para a localização das lixeiras de 
coleta dos resíduos produzidos.
Assim, o correto gerenciamento tem início na separação dos resíduos no mo-
mento do uso e cada lixeira deve conter a identificação com etiqueta adesiva rela-
cionada ao tipo de resíduo.
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VIDRO PLÁSTICO METAL
ORGÂNICOMADEIRAPAPEL
Figura 1 – Identifi cação de resíduos
Fonte: Adaptado de iStock/GettyImages
Classificação dos Resíduos
Grupo A – Resíduos Biológicos
São resíduos que entram em contato com material 
biológico, microrganismos e que podem apresentar 
risco de infecção; esses resíduos devem ser acondicio-
nados em saco branco leitoso, o qual deve ser substi-
tuído quando atingir dois terços de sua capacidade ou, 
pelo menos, ser trocado uma vez a cada 24 horas, 
evitando, assim, riscos de contágio.
Exemplos desses materiais são luvas, algodão, 
gazes e lençóis descartáveis contaminados com resí-
duos biológicos.
Grupo B – Resíduos Químicos
São aqueles que possuem características 
inflamáveis, corrosivas, reativas e/ou tóxicas, 
podendo apresentar risco à saúde pública e ao 
meio ambiente.
Os resíduos de produtos cosméticos po-
dem ser descartados por farmácias, drogarias 
e distribuidoras.
Exemplos desses materiais são ácidos esfo-
liantes, devendo ser identificados pelo símbolo 
característico de risco químico.
Figura 3 – Símbolo 
de resíduos químicos
Fonte: Adaptado de iStock/GettyImages
Figura 2 – Símbolo de resíduos biológicos
Fonte: iStock/GettyImages
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UNIDADE Limpeza, Desinfecção e Esterilização dos Materiais e 
Ambiente de Trabalho e Gerenciamento de Resíduos
Grupo C – Resíduos Radioativos
Quaisquer materiais resultantes de atividade humana e que contenham radio-
nuclídeos.
Esse tipo não faz parte dos resíduos gerados em estabelecimento estético.
Grupo D – Resíduos Reciclados e Comuns
São resíduos domiciliares, tais como sobras de alimento, flores, podas de jardim, 
resultantes de varrição, gesso proveniente de assistência à área da saúde, papel de 
uso sanitário, absorventes higiênicos, materiais utilizados em antissepsia etc.
Podem ser também resíduos reaproveitados/reciclados, tais como plástico, vidro, 
papel e metal que não contenham sujidades.
Entretanto, os lixos considerados comuns devem ser armazenados em sacos 
pretos e separados dos reciclados.
Símbolo de resíduos reciclados ou comuns. Acesse: https://goo.gl/rv8SDb
Ex
pl
or
Grupo E – Resíduos Perfurocortantes 
Tratam-se de materiais perfurocortantes, tais como lâ-
minas de barbear, de bisturis, agulhas, canetas de micro-
agulhamento, utensílios de vidro quebrados na clínica etc.
Ao término do tratamento, devem ser acondicionados 
em caixa de descarte perfurocortante, em recipiente rígido.
Etapas do Gerenciamento de Resíduos 
O gerenciamento de resíduos é de extrema importân-
cia, pois não visa apenas à segregação correta dos quais, 
mas também a separação e o destino, fazendo com que 
a saúde humana e o meio ambiente sejam preservados.
Segundo a RDC n.º 306, o manejo dos resíduos é 
compreendido como a ação de gerenciar os quais em 
seus aspectos infra e extraestabelecimento.
Ademais, são etapas no gerenciamento de resíduos:
• Segregação: separação dos resíduos no momento e 
local de sua geração, de acordo com as suas carac-
terísticas físicas, químicas e biológicas, considerando 
o seu estado e os riscos envolvidos, podendo reciclar 
partes dos resíduos comuns;
Figura 4 – Símbolo de 
resíduos perfurocortantes
Fonte: iStock/GettyImages
INFECTANTE
Figura 5 – Modelo de lixeira com pedal
Fonte: Adaptado de iStock/GettyImages
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• Acondicionamento: trata-se de embalar os resíduos segregados em invólucros 
que evitem vazamentos, reduzindo o risco de contaminação e facilitando a co-
leta, o armazenamento e transporte. Os sacos devem ser alocados em lixeiras 
com tampas e pedaissem contato manual.
• Identificação: permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e 
nas lixeiras, sendo identificados em locais de fácil visualização, utilizando sím-
bolos e cores, atendendo aos parâmetros da Norma Brasileira (NBR) 7500;
• Armazenamento temporário interno: consiste na guarda dos recipientes conten-
do os resíduos já acondicionados nos estabelecimentos onde esses materiais preci-
sam ter uma área específica para tal, ficando ali acondicionados até a retirada pela 
coleta e o transporte na condição de resíduos especiais; 
• Coleta e transporte dos resíduos: é a remoção dos resíduos presentes no 
estabelecimento, transportando-os até a unidade de tratamento, isto por meio 
de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento 
de tais resíduos;
• Tratamento e destino: os resíduos comuns são descartados diretamente em 
aterros sanitários, enquanto que os resíduos da área da saúde devem passar 
por tratamentos como esterilização ou incineração antes de serem encaminha-
dos aos seus destinos.
Ademais, a disposição final dos resíduos após a coleta deve ser fiscalizada e co-
brada pelos estabelecimentos geradores dos quais.
ORGÂNICO PAPEL PLÁSTICO VIDRO METAL MISTOE-WASTE
LIXO TECNOLÓGICO
Figura 6 – Gerenciamento de resíduos
 Fonte: Adaptado de iStock/GettyImages
 
Figura 7 
 Fonte: iStock/GettyImages
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UNIDADE Limpeza, Desinfecção e Esterilização dos Materiais e 
Ambiente de Trabalho e Gerenciamento de Resíduos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Panorama dos resíduos sólidos 2016
https://youtu.be/By2PpicqjMY
Terror! O lixo espalhado nos oceanos!
https://youtu.be/MPE74QNvzp8
 Leitura
Classificação dos artigos e métodos de limpeza
http://bit.ly/2FQIJEm
Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão de biossegurança
http://bit.ly/2FO6f4P
Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.º 222, de 28 de março de 2018, regulamenta as boas práticas de 
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde e dá outras providências
http://bit.ly/2FPDEw4
Verificação da eficácia de desinfetantes de superfícies em uma clínica de estética utilizando metodologia de 
contagem total de bactérias heterotróficas e de bolores e leveduras
http://bit.ly/2FPWYti
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Referências
BRASIL. Lei n.º 12.592 – dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de 
cabeleireiro, barbeiro, esteticista, pedicure, depilador e maquiador. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 2012a.
________. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Regulamentação das boas práticas de gerenciamento dos resíduos de servi-
ços de saúde. Brasília, DF, 2018.
________. Manual de orientação para instalação e funcionamento de institu-
tos de beleza sem responsabilidade médica. São Paulo, 2012b.
________. Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética 
e embelezamento sem responsabilidade médica. Brasília, DF, 2009. 
CARVALHO, A. Posturas profissionais e normas técnicas. Recife, PE: 
Sebrae, 2010.
COSTA, L. Reprocessamento de artigos críticos em unidades básicas de saú-
de. Campinas, SP: [s.n.], 2009.
GARCIA, L. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão 
de biossegurança. Florianópolis, SC: [s.n.], 2003.
MARZIALE, M. H. P. Riscos de contaminação ocasionados por acidentes de tra-
balho com material perfurocortantes entre trabalhadores de Enfermagem. Rev. 
Latino-Am. Enfermagem., São Paulo, 2004.
MORENO, P. Biossegurança em estética. Mundo da Estética, 19 mar. 2015. Dis-
ponível em: <https://www.mundoestetica.com.br/dicas/a-biosseguranca-em-esteti-
ca>. Acesso em: set. 2018.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Salve vidas: higienize suas mãos. 
Brasília, DF, 2014.
PIATTI, I. Biossegurança estética e imagem corporal. Curitiba, PR: Editora do 
Autor, 2013.
RAMOS, J. Biossegurança em estabelecimento de estética e afins. São Paulo: 
Atheneu, 2009.
TAKEDA, A. Q. Verificação da eficácia de desinfetantes de superfícies em uma 
clínica de estética utilizando metodologia de contagem total de bactérias hetero-
tróficas e de bolores e leveduras. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 11, n. 9,
2017. Disponível em: <https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saude-
Desenvolvimento/article/view/777/461>. Acesso em: set. 2018.
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Bioética e Legislação 
em Vigilância Sanitária
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profª. Esp. Milena Vicário 
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Infraestrutura Física Funcional do Estabelecimento de Estética
• Edificação / Instalações Necessárias;
• Estrutura Física do Estabelecimento;
• Abastecimento, Uso e Limpeza da Caixa de Água;
• Esgotamento Sanitário;
• Saúde Ocupacional;
• Organização;
• Equipamentos e Aparelhos.
• Mostrar estrutura adequada do estabelecimento de estética, conforme a ANVISA 
preconiza, como manter o estabelecimento organizado e em dia com a manutenção 
em todas as áreas. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Infraestrutura Física Funcional do 
Estabelecimento de Estética
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Infraestrutura Física Funcional do Estabelecimento de Estética
Edificação / Instalações Necessárias 
Projeto de estabelecimento de clínica de estética: http://bit.ly/2DBrEhv
Ex
pl
or
O espaço físico das clínicas de estética deve respeitar e se enquadrar à legislação 
sanitária, seguindo as normas práticas, para garantir ao profissional e cliente segu-
rança e qualidade nos serviços prestados, evitando riscos à saúde.
O estabelecimento deve ser planejado e arquitetado levando em consideração as 
normas e práticas de biossegurança.
O ambiente deve possuir dimensões compatíveis com as atividades propostas e 
possuir espaço para organização da clínica.
No projeto arquitetônico da clínica, deve ser feita uma análise criteriosa de or-
ganização do ambiente, por meio de um fluxograma, para verificar o tamanho do 
metro quadrado para o setor de funcionamento, sendo importante também distin-
guir entre áreas limpas e contaminadas.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Arquitetura
Consiste na definição gráfica do partido arquitetônico através de plantas, cortes 
e fachadas (opcional) em escala livre,e que contenha graficamente: a implantação 
da edificação e seu relacionamento com o local escolhido, se o estabelecimento 
apresenta acessos, estacionamentos, entre outros.
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Estrutura Física do Estabelecimento
A ANVISA faz referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética 
e embelezamento sem responsabilidade médica.
Os serviços de estética e embelezamento não poderão utilizar suas dependências 
para outros fins, e nem servirem de passagem para outro local.
As instalações devem estar livres de trincas, rachaduras e infiltrações, o estabe-
lecimento deve estar pintado, em boas condições, sem sujidade nas paredes.
As paredes e pisos tem que ser lisos, impermeáveis, resistentes, antiderrapantes 
e de cor clara.
A iluminação deve proporcionar conforto e boa visibilidade.
As instalações elétricas têm que ser suficientes para o número de equipamentos, 
pois o uso de extensões pode ocasionar sobrecarga na tomada e causar curto-cir-
cuito, os fios elétricos precisam estar embutidos e com apresentação de voltagem.
O quadro de força deve estar identificado com acesso desobstruído.
QUADRO 
DE FORÇA
Figura 2 – Exemplifi cação da sinalização do quadro de força
A ventilação, tanto natural quanto artificial, deve adequada, o aparelho de ar 
condicionado precisa apresentar boa funcionalidade e que seja realizada sua limpeza 
regulamente, pois a temperatura do ambiente deve ser agradável.
O ambiente e os equipamentos devem apresentar boa higiene.
Os móveis e os utensílios precisam ser resistentes à limpeza e desinfecção.
Os estabelecimentos deverão ter identificação externa visível, a entrada deve 
possuir fácil acesso e as portas de entrada devem possuir, no mínimo, 0.80m de 
vão livre.
9
UNIDADE Infraestrutura Física Funcional do Estabelecimento de Estética
Porta de acesso à recepção, exemplo de projeto: http://bit.ly/2GHDlVD
Ex
pl
or
Recepção
A sala de recepção deve possuir água potável e copos descartáveis com coletor 
para lixo.
O ambiente deverá ser de fácil acesso, com ventilação e iluminação que garan-
tam conforto ao cliente.
O estabelecimento deverá possuir equipamento contra incêndio dentro do prazo 
de validade e estar em local visível.
A sala deve conter área mínima de 5,5 m².
Sanitários
As instalações dos banheiros devem ser separadas por gênero, contendo pia de 
lavatório com suporte para toalha de papel e dispensador de sabão líquido, vaso 
sanitário com tampa, coletor de lixo com saco plástico e acionamento por pedal.
Figura 3 – Modelo de instalação de banheiro
Fonte: Reprodução
Quando o estabelecimento estiver em centro comercial ou shopping, as instala-
ções sanitárias destinadas ao público poderão ser compartilhadas em outras áreas.
Todos os ralos instalados nos estabelecimentos deverão ser de fecho hídrico e 
tampa escamoteável (abre e fecha) para impedir a entrada de insetos e roedores.
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Vestiário e Sanitário para Funcionários
Deverão ser separados por gênero, providos de vaso sanitários com tampa, pia 
lavatório com dispensador de sabão liquido e suporte para papel toalha, lixeira com 
tampa e acionamento em pedal e armário para guardar os pertences.
Sala de Atendimento
A sala para realização dos procedimentos deverá possuir área mínima de 10 m², 
com largura mínima de 2,50m.
Figura 4 – Modelo de sala de atendimento
Fonte: Reprodução
Nela, o cliente deverá ter garantia de privacidade, havendo sala ou box individual, 
se houver compartimentos por divisórias, deverá possuir no mínimo 2m. de altura. 
As salas destinadas ao atendimento deverão dispor de pia lavatório adequada 
para higienização das mãos, dispensador de sabão líquido e suporte de papel toa-
lha, lixo com acionamento por pedal, bancada fixa para apoio das atividades com 
acabamento liso, impermeável, lavável e de fácil higienização.
A área destinada ao processamento de artigos deverá dispor de pia com bancada 
para limpeza, desinfecção e esterilização dos materiais. Caso essa atividade esteja 
localizada dentro da sala de atendimento, deverá ser estabelecida uma barreira.
O estabelecimento deve dispor de área fechada, limpa e livre da umidade para guar-
dar materiais esterilizados, bem como área para materiais limpos não esterilizados.
Recomenda-se não utilizar cortinas, estantes com livros e objetos grandes e pesa-
dos, vasos com plantas, aquários abertos e outros que sejam de difícil higienização 
na área de atendimento.
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UNIDADE Infraestrutura Física Funcional do Estabelecimento de Estética
Sala de Depilação
A dimensão mínima para a cabine é de 4,50 m².
As cabines deverão ser individuais e possuir acomodação confortável para o cliente.
Cozinha
O estabelecimento deverá disponibilizar local adequado para refeições, não po-
dendo ter comunicação direta com os postos de trabalho ou instalações sanitárias. 
Deverá possuir piso liso, pia com bancada, geladeira e equipamento para aqueci-
mento de alimentos.
Depósito de Material de Limpeza
A área para materiais de limpeza deverá possuir tanque com profundidade su-
perior a 35cm para a higienização de materiais usados no processo de limpeza dos 
ambientes.
Os produtos químicos e saneantes utilizados na limpeza deverão ter registro no 
Ministério da Saúde e estar dentro do prazo de validade.
Armazenamento de Resíduos Sólidos
Área compatível para guardar os resíduos sólidos.
As paredes devem possuir revestimentos de azulejos até a junção com o teto e 
possuir ponto de água; o piso deve ser lavável e de fácil higienização.
Essa área deve possuir porta, dispositivo que impeça a entrada de insetos, roe-
dores e animais, e janela telada para ventilar a área.
Abastecimento, Uso e Limpeza 
da Caixa de Água
O reservatório de água deverá ser provido de água potável, com capacidade 
suficiente à sua demanda diária. A limpeza e desinfecção do reservatório deverá 
ocorrer a cada seis meses, sendo registrada em formulário específico que contenha 
data, método de lavagem, produto utilizado e assinatura.
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Esgotamento Sanitário
O esgotamento sanitário e as águas residuárias deverão ter como destinação 
final a rede coletora de esgotos.
O sistema de caixas de gorduras e de passagem deverão ter manutenção perió-
dica para evitar incrustações ou extravasamentos. 
Saúde Ocupacional
Os profissionais que realizam procedimentos em que são utilizados materiais 
perfurocortantes devem ser vacinados contra hepatite B e tétano.
Figura 5 – Importância da vacinação para os profi ssionais da área da saúde
Fonte: Getty Images
Os estabelecimentos deverão elaborar e tornar disponível aos funcionários o 
manual de procedimentos operacionais padrão (POP) do estabelecimento (nas pró-
ximas unidades vamos aprender a formular o POP).
Os profissionais dos estabelecimentos devem comprovar conhecimento básico 
em controle de infecção, processamento de artigos, biossegurança e gerenciamento 
de resíduos com carga horária mínima de 20 horas.
Organização
Para o momento dos atendimentos a sala tem que estar disposta, sempre limpa 
e organizada.
Não deixe aparelhos amontoados na sala isso pode parecer desorganizado.
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UNIDADE Infraestrutura Física Funcional do Estabelecimento de Estética
Os produtos para uso que forem utilizados de forma fracionada deverão estar 
identificados, etiquetados com nome do produto, marca, lote e prazo de validade.
Fazer a utilização de EPIs de acordo com os procedimentos realizados,
Os resíduos perfurocortantes devem estar acondicionados em recipientes 
Os produtos utilizados nos procedimentos deverão ter registro no Ministério da 
Saúde, ou ter a indicação de isenção, e deverão estar no prazo de validade.
Sala apropriada para limpeza, desinfecção ou esterilização de artigos, provida de 
pia exclusiva e equipamento de esterilização, se necessário. 
Se o estabelecimento for fazer o manuseio de produtos químicos como colo-
ração ou alisamento capilar, deve existir um local apropriado para o manuseio, o 
ambiente deve ser ventilado, iluminado e provido de EPIs.
Para armazenamento de

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