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23
unopar
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
licenciatura em educação física 
	
	
luana alves pereira
PROJETO DE ENSINO
EM licenciatura em educação fisica 
PATOS-PB
2021
luana alves pereira
PROJETO DE ENSINO
EM licenciatura em educação fisica 
Projeto de Ensino apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em Educação Física. 
Docente supervisor: Prof. [Inserirnome do coordenador do curso]
PATOS-PB
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................5
1	TEMA	6
2	JUSTIFICATIVA	8
3	PARTICIPANTES	9
4	OBJETIVOS	10
5	PROBLEMATIZAÇÃO	11
6	REFERENCIAL TEÓRICO	12
7	METODOLOGIA	....18
8	CRONOGRAMA	19
9	RECURSOS	20
10	AVALIAÇÃO	21
CONSIDERAÇÕES FINAIS	22
REFERÊNCIAS	23
INTRODUÇÃO
A presente produção textual refere-se ao seguinte tema, atletas e a saúde mental em tempos de COVID-19. A pandemia por COVID-19 trouxe grandes repercussões no cotidiano da população mundial, devido à necessidade de quarentena, isolamento e distanciamento social. 
Os impactos da vida contemporânea sobre a saúde mental de todos nós foram agravados pela pandemia. Ela provocou medo, sofrimento pela morte de parentes e amigos, angústia entre os trabalhadores de saúde e dos serviços essenciais, a interrupção dos atendimentos com psicólogos e psiquiatras, a perda de renda e a preocupação do desemprego. 
Considerando-se a situação atual mundial, marcada por importantes crises na saúde pública e, mais recentemente, a pandemia causada pela COVID-19, o presente artigo buscou reunir informações e achados de pesquisa a respeito do impacto de tais crises na saúde mental dos atletas. 
O projeto de ensino traz conceitos relacionados à problemática do novo corona vírus e analisa consequências de medidas adotadas para lidar com situações desse tipo, tais como distanciamento social, quarentena e o isolamento. O projeto de ensino também enfoca as repercussões observadas na saúde mental dos atletas, refletindo acerca dos desfechos favoráveis e desfavoráveis dentro do processo de crise. 
Por fim, são apresentadas questões relacionadas à emergência do cuidado em saúde mental, tanto aquele prestado pela psicologia, como aquele que pode ser desenvolvido pelos demais profissionais de saúde, de modo a minimizar os impactos negativos da crise e atuar de modo preventivo.
1. TEMA
A pandemia causada pelo corona vírus levou o mundo a vivenciar uma das maiores crises do sistema capitalista, com profundos impactos no cotidiano de pessoas, grupos e comunidades. A preocupação com a saúde mental da população e dos atletas se intensifica durante uma grave crise social. 
A pandemia do Corona vírus pode ser descrita como uma dessas crises, a qual tem se caracterizado como um dos maiores problemas de saúde pública internacional das últimas décadas, tendo atingido praticamente todo o planeta. Um evento como esse ocasiona perturbações psicológicas e sociais que afetam a capacidade de enfrentamento de toda a sociedade, em variados níveis de intensidade e propagação. Esforços emergenciais de diferentes áreas do conhecimento - dentre elas a Psicologia - são demandados a propor formas de lidar com o contexto que permeia a crise.
Os aspectos da saúde mental dos atletas nas Olímpiadas de Tóquio trazem à tona o debate psicológico, que vai além da dificuldade emocional causada pela pandemia, que os intensificou. Atletas de diversos países assumiram publicamente que enfrentam algum tipo de sofrimento mental e desistiram de competições. 
Pensando nisso, resolvi abordar o seguinte tema: Atletas e a saúde mental em tempos de COVID-19. Esse tema foi escolhido, pois esta intimamente relacionada aos impactos causados pela pandemia. Essa temática contribui de forma significativa para a reflexão sobre a importância da saúde mental dos esportistas, já que muitos clubes negligenciam esse aspecto do atleta, e apesar de ser conhecedores que essa ausência de cuidado pode ocasionar transtornos mentais não diagnosticados e não tratados afetam diretamente a performance dos esportistas, muitos clubes não priorizam essa demanda.
Realizada em meio à pandemia, as Olimpíadas de Tóquio reafirmam que o cuidado com a saúde mental é imprescindível, ainda mais neste momento, de tantas perdas. Além de altamente estressante, os atletas estão lidando com a falta de apoio do público nas competições. 
Os transtornos mentais nunca estiveram tão em pauta como neste momento e ainda bem, precisamos falar deles. Tudo bem não estar bem sempre. Para todos nós, a nossa Olimpíada é o dia a dia. Cada dia somos submetidos a estresses, desafios e a bater recordes de sobrevivência. Por isso, uma das questões chave é o cuidado psicológico de todos nós e o SUS tem o papel importante no atendimento à saúde mental da nossa população.
2. JUSTIFICATIVA
A principal motivação para sustentar o presente projeto de pesquisa, reside na relevância que o tema possui para a sociedade atual, Sendo considerado um tema de suma importância.
Esta pesquisa teve como objetivo analisar o impacto causado pelo Corona vírus na saúde mental dos atletas. Levando em conta a atual fragilidade do cenário, nós sabemos que a saúde mental é importante e devemos monitorara-la com muita atenção. 
Sabemos que atletas precisam estar fortalecidos mentalmente e com seu bem-estar preservado para conseguirem desempenhar bem suas funções, ter um bom resultado nas competições e manter um ambiente esportivo saudável.
 O período da pandemia trouxe aos atletas diferentes restrições e privações, que podem produzir efeitos negativos na sua saúde mental, como estresse, sintomas de ansiedade e depressão.
.
3. PARTICIPANTES
A pandemia do Corona vírus tem um sido um grande desafio para atletas de forma geral. Para uma melhor compreensão do objeto de estudo em pauta, representado por atletas, consultaram-se produções acadêmicas recentes, sobre a saúde mental desses esportistas, a fim de conhecer essa realidade dos esportistas no enfrentamento ao CIVID 19.
4. OBJETIVOS
O presente projeto de pesquisa ocupa-se do momento da pandemia da COVID-19 e as questões de saúde que impactam na saúde mental de atletas. 
Tem-se como objetivo geral da pesquisa: Analisar os problemas de saúde mental apresentados por atletas durante a pandemia. 
O projeto ainda busca observar a prevalência de fatores determinantes de sintomas de estresse, depressão e ansiedade nos atletas, através de dados documentais. 
Neste contexto, o projeto versa conscientizar técnicos e treinadores sobre a importância da preservação da saúde mental dos atletas para um melhor desempenho de suas funções.
6. PROBLEMATIZAÇÃO	
Desde o surgimento da pandemia, o mundo foi obrigado a se adaptar a uma nova lógica social para evitar o contato com o vírus e sua disseminação. Mesmo assim, a saúde mental foi inevitavelmente prejudicada, sobretudo àqueles que mantinham uma rotina completamente dependente de atividades externas, como no caso de atletas profissionais. 
Esse impacto psicológico reflete não somente o medo instalado pela covid-19, mas também a quebra de rotina que os competidores de alto rendimento enfrentaram durante esses meses. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, nos EUA, confirmou que um em cada cinco atletas se sente desmotivado para treinar na quarentena e cerca de 20% apresentam quadros depressivos em mais da metade dos dias da semana. 
  Considerando o exposto, o estudo mostra as dificuldades que os atletas vem enfrentando durante o período de pandemia com relação á saúde mental. A saúde mental é tão importante de ser promovida, monitorada e tratada quanto à saúde física.
 Sabe-se que atletas precisam estar fortalecidos mentalmente e com seu bem-estar preservado para conseguirem desempenhar bem suas funções, ter um bom resultado nas competições e manter um ambiente esportivo saudável. Portanto,indagamos. Quais são os impactos que a pandemia trouxe no desempenho esportivo e mental de atletas? 
6. REFERENCIAL TEÓRICO
O início do ano de 2020 ficou marcado pelo alastramento do surto de COVID-19 a nível mundial. Esta doença infecciosa possui alto grau de contágio e provém do Corona vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), descoberto no ano de 2019. 
A doença de COVID-19 (Corona vírus Disease 2019) é uma infecção respiratória provocada pela Corona vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) (BRASIL., 2020).
Neste sentido, com a constante transmissão do vírus e o alastramento por todo o mundo, o surto inicial acabou se tornando uma pandemia, oficializada no dia 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde. Neste caso,, a medida adotada pela maioria dos países foi o “distanciamento social”, estratégia que veta a possibilidade de aglomerações. 
Consequentemente, eventos, festas, apresentações, escolas, cinemas, teatros, shoppings, academias e eventos esportivos, entre outros passam a ser proibidos. Conjuntamente, também se recomenda que os cidadãos permaneçam o máximo possível em suas residências, para evitar novos contágios da doença (RAIOL, 2020). 
Neste aspecto, entre estas estratégias, a primeira medida adotada é o distanciamento social, evitando aglomerações a fim de manter no mínimo um metro e meio de distância entre as pessoas, como também a proibição de eventos que ocasionem um grande número de indivíduos reunidos em escolas, universidades, shows, shoppings, academias esportivas, eventos esportivos, entre outros. (Reis-Filho & Quinto, 2020).
Dessa forma, esta estratégia, mesmo que considerada radical, é extremamente necessária para diminuir os contágios e alastramento de COVID-19. No entanto, esta nova rotina de isolamento tende a gerar grandes impactos na população em geral, implicando em fatores sociais, psicológicos, físicos. Estes três fatores estão diretamente atrelados à saúde. 
O entendimento sobre saúde, assim como a humanidade em geral, sofreu diversas mudanças ao longo do tempo. Dentre as diferentes concepções, já foi atrelado à saúde, desde crenças místicas, até um entendimento de caráter biomédico (que relaciona o sujeito saudável apenas com a ausência de doenças). 
Atualmente, o entendimento de um modo geral, sobre saúde, tem um sentido mais ampliado, que não se resume apenas em aspectos biológicos, mas em também parâmetros psicológicos e sociais (FARINATTI & FERREIRA, 2006). 
Os atletas de alto rendimento necessitam redobrar seus cuidados em relação à saúde e condicionamento corporal/psíquico, pois sua ferramenta de trabalho e seu diferencial vêm exclusivamente do seu próprio corpo/mente (VIANA & MEZZAROBA, 2013). 
Nessa perspectiva, com a atual ocorrência da epidemia mundial e consequente quarentena, estes atletas tendem a sofrer grandes impactos. Se enquadrar na situação de isolamento social, quebra da extensa rotina de treinos, ao mesmo tempo em que buscam manter seu condicionamento físico/ psíquico e lidam com incertezas de emprego, família e perspectivas para o futuro.
Atletas em esportes de alto rendimento enfrentam uma combinação única de desafios, esgotamento físico, lesões, síndrome do sobre treinamento são alguns fatores de risco para alguns distúrbios de saúde Comum em muitos atletas de elite os problemas de saúde mental são definidos como transtornos psiquiátricos e sintomas de sofrimento psíquico com impacto substancial na qualidade de vida, causando prejuízo funcional no trabalho, atividades sociais e outras áreas importantes da vida (ÅKESDOTTER ET AL., 2020; FOSKETT; LONGSTAFF, 2018; SCHINKE et al., 2018). 
A prevalência de problemas na saúde mental pode atingir 50% dos atletas em algum momento de sua carreira e o pico de início ocorre por volta dos 19 anos (Åkesdotter et al., 2020). Além disso, alguns atletas de alto rendimento também se preocupam com a imagem corporal, principalmente aqueles que competem em esportes estéticos, como mergulho e ginástica, que podem resultar em transtornos alimentares e uso de substâncias (GORCZYNSKI; COYLE; GIBSON, 2017).
Existem também preocupações com a aposentadoria, especialmente quando provocadas repentina e inesperadamente, deixam os atletas de alto desempenho sentindo-se vulneráveis e com sintomas depressivos (GORCZYNSKI; COYLE; GIBSON, 2017; VANNUCCINI ET AL., 2020). Sintomas mentais, como estresse, podem causar mudanças de atenção, distração e aumento da autoconsciência de que tudo pode interferir no desempenho e predispor um atleta a lesão e má recuperação (Putukian, 2016).
 Apesar dos riscos e da carga, atualmente, não existe uma estrutura ou modelo de atendimento abrangente para apoiar e responder às necessidades de saúde mental de atletas de elite (Russell et al., 2019), aliado a isso os atletas mantêm e agem de acordo com suas próprias atitudes, crenças e opiniões em relação à saúde mental (MORELAND; COXE; YANG, 2018). 
Existem vários motivos pelos quais os atletas de alto desempenho podem desejar não divulgar seu estado de saúde mental e buscar apoio. Assim como na população em geral, eles temem lidar com o estigma associado à doença mental e as consequências que daí decorrem, talvez o mais pertinente seja o fato de os atletas não desejarem interromper suas carreiras atléticas (GORCZYNSKI; COYLE; GIBSON, 2017; VAN SLINGERLAND ET AL., 2019).
Pesquisas recentes apontaram vários estressores e desafios únicos que os atletas de alto desempenho enfrentam e que podem explicar parcialmente os problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e estresse (GORCZYNSKI; COYLE; GIBSON, 2017). Esses desafios e estressores únicos incluem demandas de competição e treinamento, bem como lidar com lesões e recuperação (GORCZYNSKI; COYLE; GIBSON, 2017; FOSKETT; LONGSTAFF, 2018). 
Segundo Miranda (2003, p. 6), “o estresse é um desequilíbrio provocado pela relação do indivíduo com as exigências do seu meio. As reações se exageradas em intensidade ou de longa duração podem levar a um desequilíbrio no organismo, chamada de distresse”. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas.
Para Seggar, Pedersen, Hawkes e McGawn (1997 apud ROSE JR., 2002), a maneira com que se interpreta as diversas situações causadoras de estresse e a capacidade do indivíduo de lidar com essas situações influenciam diretamente na porcentagem de estresse vivenciada por esse indivíduo e para Pathmore (1990 apud ROSE JR., 2002), a maneira com que o atleta lida com o estresse determina como será a qualidade e rendimento do seu desempenho esportivo. 
E, de acordo com Miller, Vaughn e Miller (1990 apud ROSE JR., 2002), níveis altos de estresse motivados por variáveis externas como a pandemia, isolamento social, medo, pensamentos negativos, pressão psicológica, as expectativas frente ao seu desempenho, além de emoções que fogem ao controle do indivíduo, podem levar o atleta a um descontrole de suas ações e gerar ansiedade. 
Segundo Nascimento, Bahiana e Nunes-Junior (2012) a ansiedade é uma reação emocional face ao stress, que se caracteriza por nervosismo, preocupação e apreensão que pode ser gerado pelos nossos pensamentos. 
Frischnecht (1990) afirma que a ansiedade é um dos impeditivos mais comuns para uma boa performance. Em casos extremos, seus efeitos criam enormes dificuldades que chegam a perturbar a concentração, pois níveis excessivos de ansiedade tendem a restringir o "campo" de atenção. Os atletas mais ansiosos chegam até a esconder lesões de seus técnicos com medo de não conseguirem manter seu lugar no time. (DAMÁZIO, 1997).
     Segundo Frischnecht (1990), quando se está ansioso ocorre um aumento da freqüência cardíaca, do consumo de oxigênio, da pressão arterial e da freqüência respiratória. Além disso, podem ocorrer náuseas, delírios, secura de boca, sensação de fadiga ou fraqueza, bocejo frequente, tremores, ações nervosas (como roer as unhas, mexer as pernas, enrolar os cabelos, etc.)
Podendo também sofrer com sudorese profunda, micção freqüente, fezessoltas, dificuldade em adormecer, aumento de tensão muscular - podendo ocorrer dificuldade na respiração devido à tensão dos músculos do pescoço e garganta (pode ocorrer estrangulamento no sentido literal e/ou figurado).
 De acordo ainda com Frischnecht (1990), a fraqueza, a falta de equilíbrio das pernas, o aumento da frequência cardíaca e do consumo de oxigênio pode acelerar a fadiga, que é considerado o efeito mais pernicioso da ansiedade. No entanto, a tensão muscular é aumentada, fazendo com que, novamente, seja provocada uma fadiga precoce. 
Temos ainda, outro fator preocupante a depressão. A depressão no desporto é muito comum entre atletas e é um fator que enfraquece a sua condição física. Pode desenvolver-se como consequência de uma variedade de fatores na vida de um atleta, tais como o stress psicológico e emocional associado à competição desportiva (OSTAPIUK-KAROLCZUK, KASPERSKA & BOTWINA, 2015). 
Humphrey, Yow e Bowden (2012) definiram depressão como uma reação emocional dolorosa caracterizada por intensos pensamentos negativos, sensação de perda e sensação de fracasso ou stress associado com a competição desportiva, tais como ansiedade excessiva, frustração, medo, entre outros. Alguns estudos indicaram correlações entre níveis elevados de sintomas depressivos e níveis elevados de stress crónico (OSTAPIUK-KAROLCZUK et al., 2015).
Pode também levar a desequilíbrios hormonais, imunológicos, musculares, mentais/emocionais, causando fadiga, lesões, mau desempenho, entre outros (OSTAPIUK-KAROLCZUK, et al., 2015). Segundo Hammond e colaboradores (2003), os atletas de elite, ou seja, de níveis competitivos superiores, estão mais susceptíveis a sofrer de depressão, particularmente em relação à falha no desempenho. 
De acordo Frischnecht (1990) todas as atividades musculares intensas estabelecem relações com vivências emocionais e, com isso, pode-se dizer que a tensão das reações emocionais atinge sua máxima intensidade em situações de competição. Dessa forma, a preparação psicológica dos atletas ganha uma importância cada vez maior no âmbito esportivo.
Segundo Machado (1997), as emoções podem tanto inspirar quanto inibir a prestação desportiva. Quando as emoções são positivas, o indivíduo pode, facilmente, atingir o sucesso. No entanto, quando toda a excitação se transforma em ansiedade, o atleta, provavelmente, começa a cometer erros.
  Para Frischnecht (1990), somente no mundo do desporto podemos encontrar uma performance individual que é examinada por inúmeras pessoas. O resultado dos atletas são sempre julgados e avaliados por milhares de pessoas nos locais de competição, por mais milhares que assistem na televisão ou ouvem pelo rádio.
Diante desta problemática, a literatura tem apontado diversas estratégias, como por exemplo, relaxamento, visualização no caso do excesso e exercícios de ativação de metas, no caso de baixa ansiedade. Porém, não basta um treinador saber as estratégias de preparo físico e técnico de seus atletas. 
Ele deve possuir também capacidades de ensinar-lhes a lidar com seus estímulos de estresse. Existem competências psicológicas que o atleta deve aprender a dominar, para responder efetivamente às exigências da competição (VIANA, 1989).
 É de grande importância os fatores sociais, o contexto no qual o atleta e sua equipe estão envolvidos, a vontade de vencer, a motivação, a maturidade pessoal e esportiva, a união e coesão do grupo, os desafios já enfrentados, a história passada da equipe, as perspectivas futuras e, em especial, saber o que cada um, cada equipe está apostando em determinada partida, pois esta expectativa irá comandar o que poderá acontecer posteriormente.
Outro fato importante é a demissão do Atleta, que o colocou na situação de desempregado. Porém, ao longo do tempo eles foram se adaptando, lidando com os novos desafios como podiam e se encaixando em uma nova rotina. Isso ocorre pela grande capacidade que o ser humano tem de adaptação a novos ambientes e realidades.
É fundamental que os atletas busquem gerenciar, de forma positiva, suas emoções. Os pensamentos influenciam nas emoções, sendo até determinantes para a resposta emocional do indivíduo, ao passo que as emoções influenciam na capacidade de agir e de tomar decisões. Assim, quanto melhor for a qualidade dos pensamentos e, consequentemente, das emoções, melhor será a forma como o atleta irá enfrentar a situação. 
Além da organização de uma rotina diária com estabelecimento de atividades e horários, uma boa alimentação e hidratação, são importantes que eles desfrutem de momentos de lazer e diversão como brincadeiras em família, jogos educativos, videogame, filmes e leitura. São aspectos fundamentais para levar a vida de forma saudável.
7. METODOLOGIA
Para a construção desta pesquisa optou-se por realizar uma revisão bibliográfica. A partir de referências de autores que se dedicaram a análise e reflexão sobre a saúde mental dos atletas de alto rendimento. 
Buscou-se recolher informações sobre os pressupostos que desencadearam essas mudanças e, foi realizado um levantamento de artigos para compreender como a saúde mental dos atletas foi impactada durante o período de pandemia por COVID-19. 
De acordo com Gil (1999) apud Beuren (2008) destaca que: A pesquisa bibliográfica utiliza-se principalmente das contribuições de vários autores sobre determinada temática de estudo, já a pesquisa documental baseia-se em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.
As bases de dados consultadas foram Google acadêmico e Scielo. Os critérios de inclusão aplicados foram: artigos que abordam sobre saúde mental durante a pandemia; pesquisas realizadas com artigos em português. 
Nas bases de dados foram utilizados os seguintes descritores: COVID-19, coronavírus, pandemia, saúde mental, exercício físico, atividade física, atletas. Nas buscas de artigos sobre saúde mental foram consultadas as bases no Google acadêmico e Scielo. Na Scielo pela busca: (COVID-19, pandemia, coronavírus e saúde mental), não foi encontrado nenhum resultado. 
No Google acadêmico pela busca (COVID-19, pandemia, coronavírus e saúde mental), foram encontras aproximadamente 12.900 resultados. As buscas foram realizadas na primeira semana de setembro de 2021.
Quanto à pesquisa bibliográfica foi realizada uma ampla leitura dos principais autores sobre o assunto das quais foram feitas citações no decorrer do trabalho de modo a colaborar com a discussão sobre a temática em foco.
8. CRONOGRAMA
	Período
	2021
	Meses
	Mar
	Abr
	Maio
	Jun
	Jul
	Agost
	Set
	Out
	Nov
	Definição do tema
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica
	x
	X
	x
	X
	X
	x
	x
	
	
	Referencial teórico
	x
	X
	x
	X
	X
	x
	x
	
	
	Definição da metodologia
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	Definição dos recursos
	
	
	
	
	
	x
	
	
	
	Avaliação
	
	
	
	
	
	
	x
	
	
	Elaboração da conclusão 
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	Ajustes finais
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	Entrega do projeto
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	Apresentação do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
22
9. RECURSOS
Para a construção do plano de ensino utilizamos vários recursos materiais como: os livros das obras literárias estudadas, artigos, monografias, periódicos utilizados na referencial teórico, notebook, roteiro de pesquisa impresso em folhas A4, lápis, borracha, rascunhos. Não utilizamos recursos humanos, tendo em vista que a metodologia de pesquisa escolhida foi um estudo bibliográfico, acerca da Saúde mental dos atletas em tempos de COVID-19.
10. AVALIAÇÃO
A saúde mental é tão relevante quanto à saúde física, no cotidiano de um atleta é essencial que suas condições emocionais sejam monitoradas e tratadas de forma a promover um equilíbrio entre o bom desempenho das funções atléticas, e a preservação da saúde mental. O período da pandemia trouxe aos atletas diferentes restrições e privações, que podem produzir efeitos negativos na sua saúde mental, como estresse, sintomas de ansiedade e depressão. 
A avaliação deste projeto se dará por meioda promoção da reflexão a cerca do tema aqui abordado. A saúde mental é um importante fator que possibilita o ajuste necessário para lidar com as emoções positivas e negativas. Este projeto objetiva conscientizar a treinadores e técnicos de forma geral, que o bom desempenho do atleta não esta relacionado somente ao seu preparo físico, a saúde emocional do atleta é essencial para uma atuação positiva nas competições. Dito isto, investir em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais é essencial para um melhor desempenho na vida atlética. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando as reflexões, informações e análises abordadas no presente estudo, concluímos que a epidemia de COVID-19 gerou grandes impactos na vida dos atletas ocasionando, importantes mudanças na realidade de cada um. Desta forma, como em qualquer outra profissão, os profissionais passaram por dificuldades para se adaptarem aos cuidados e decretos da quarentena.
 As principais dificuldades encontradas se referem ao condicionamento físico, por conta da quebra de rotina e da falta de condições, fatores sociais, a falta de motivação, pressão psicológica, exigências das competições, transtorno de ansiedade, estresse e depressão. 
Além do fato de estarem distantes de seus familiares em um momento tão delicado e conturbado como este. Neste sentido, estes estresses acabam implicando diretamente na saúde destes atletas e, se não conduzidos adequadamente, a soma destes problemas pode gerar complicações ainda maiores.
A saúde mental é tão importante de ser promovida, monitorada e tratada quanto à saúde física. Sabemos que atletas precisam estar fortalecidos mentalmente e com seu bem-estar preservado para conseguirem desempenhar bem suas funções, ter um bom resultado nas competições e manter um ambiente esportivo saudável.
Por fim, acreditamos que o presente estudo é de grande valia, pois abordou análises e reflexões sobre a realidade de atletas de alto rendimento durante a pandemia de COVID-19, que expõem situações pouco mostradas pela mídia e marketing nacional. Deste modo, possibilitou maiores reflexões e o direcionamento para possíveis novos estudos para maiores aprofundamentos nesta área
REFERÊNCIAS
ÅKESDOTTER, C., KENTTÄ, G., ELORANTA, S.,& FRANCK, J. The prevalence of mental health problems in elite athletes. Journal of science and medicine in sport, 23(4), 2020, p. 329-335.
BRASIL. Ministério da Saúde. O que é corona vírus? (COVID-19). Disponível em: https:. Acesso em: 10 de junho de 2020.
DAMÁZIO, W. A ansiedade no voleibol. 1997. Trabalho de Conclusão de Curso - Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1997.
DE ROSE JR., D. O stress e suas implicações no desempenho esportivo. In: Barbanti, V.J.; Amadio, A.C.; Bento, J.O. & Marques, A.T. Esporte e Atividade Física: interação entre rendimento e saúde. São Paulo: Manole. 2002.
FARINATTI, P. T. V.; FERREIRA, M. S. Saúde, promoção da saúde e educação física: conceitos, princípios e aplicações. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2006.
FOSKETT, R. L., & LONGSTAFF, F. The mental health of elite athletes in the United Kingdom. Journal of science and medicine in sport, 21(8), 2018, p.765-770.
FRISCHNECHT, P. A influência da ansiedade no desempenho do atleta e do treinador. Treino Desportivo. Lisboa: II série, n. 15, p.21-28, 1990.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed.São Paulo:Atlas 1999.
GORCZYNSKI, P. F., COYLE, M., & GIBSON, K. (2017). Depressive symptoms in high-performance athletes and non-athletes: a comparative meta-analysis. British Journal of Sports Medicine, 51(18), 2017, p.1348-1354.
HAMMOND, T., GIALLORETO, C., KUBAS, H. & DAVIS, H. The prevalence of failurebased depression among elite athletes. Clinical Journal of Sport Medicine, 23(4), 2003, p. 273-277.
HUMPHREY, J. H., YOW, D.A. & BOWDEN, W.W. Understanding Stress. In Humphrey, J. H., Yow, D. A. & Bowden, W. W. (Eds.), Stress in college athletics: Causes, consequences. Nova Iorque: Routledge, 2012, p.1-18.
MACHADO, A. A. Psicologia do esporte: temas emergentes. Jundiaí: Ápice, 1997.
MIRANDA, J. Stress, o jogo da vida. Serra: Companhia Siderúrgica de Tubarão, 2003.
MORELAND, J. J., COXE, K. A., & YANG, J. Collegiate athletes' mental health services utilization: A systematic review of conceptualizations, operationalizations, facilitators, and barriers. Journal of sport and health science, 2018.,p. 58-69.
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