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Disciplina de Sistemas Hidráulicos e Disciplina de Sistemas Hidráulicos e PneumáticosPneumáticos Atuadores lineares: funções, características e critérios de seleção (Aula 4) Prof. Fabiano Brites Atuadores hidráulicosAtuadores hidráulicos lineares:lineares: - Convertem o trabalho hidráulico em energia mecânica; - Promovem deslocamento linear, diferente dos atuadores rotativos. Atuadores hidráulicos lineares:Atuadores hidráulicos lineares: Atuadores hidráulicos lineares:Atuadores hidráulicos lineares: Conceito: equipamento de um sistema hidráulico em que uma quantidade de óleo é admitida, sob pressão, para dentro de um cilindro (ou camisa), empurrando o pistão (ou êmbolo), que por sua vez está conectado a uma haste, movimentando-a. Atuadores hidráulicos lineares:Atuadores hidráulicos lineares: Diferenças em relação ao atuador pneumático: - Fluido utilizado (óleo); - São submetidos a maiores esforços; - São mais robustos (mais resistentes); - Indicados para situações que aliam força e controle de velocidade/parada; - Exige dimensionamento a partir do diâmetro da haste (dh), pelo Critério de Euler para evitar a deformação por flambagem da haste, já que em geral são projetados unicamente para suportar cargas axiais (de tração ou compressão); - Dependendo de como eles são conectados às montagens mecânicas, podem propiciar outros tipos de movimentos mecânicos. Lembrando do conceito geral de flambagem:Lembrando do conceito geral de flambagem: - Ocorre em peças esbeltas (seção transversal muito menor que o comprimento) quando submetidas ao esforço de compressão axial; - É considerada uma instabilidade elástica do componente, perdendo sua estabilidade sem que o material atinja a tensão de escoamento; - Tal colapso ocorre na direção de menor momento de inércia (J) considerando sua seção transversal. Atuadores lineares Atuadores lineares -- tipos de cilindros:tipos de cilindros: Atuadores lineares Atuadores lineares -- tipos de cilindros:tipos de cilindros: Dimensionamento básico de um atuador:Dimensionamento básico de um atuador: - Definir a aplicação; - Definir a força de avanço (Fa); - Definir as extremidades de fixação (como será fixado?); - Dimensionar o diâmetro da haste (dh) via cálculos (dhcalculado); - Escolher via catálogo dos fabricantes o atuador com dhcomercial igual ou superior ao calculado; - Dimensionar as pressões e vazões relacionadas ao avanço e retorno (Qr), e às condições especificadas ao projeto; - Dimensionar as tubulações e outros componentes: válvulas, bomba, reservatório, etc. dhcomercial ≥ dhcalculado Critério para seleção do diâmetro da haste (Critério para seleção do diâmetro da haste (dhdh):): Conforme o Critério de Euler (deformação por flambagem): - Carga de flambagem (K): - Força de avanço (Fa) máxima permissível Atenção: a flambagem depende do módulo de Young do material e não da sua tensão de escoamento! Sendo: λ = comprimento livre de flambagem (cm); E = módulo de elasticidade do aço (módulo de Young) = 2,1 . 107 N/cm2; S = coeficiente de segurança (em geral, 3,5); J = momento de inércia axial para seção circular (cm4). Critério para seleção do diâmetro da haste (Critério para seleção do diâmetro da haste (dhdh):): - Compilando as equações, tem-se: Obs.: o comprimento livre de flambagem (λ) depende, logicamente, do comprimento da haste (Lh) em “cm” e de como é fixado o atuador nas suas extremidades (condição funcional). Atenção: pois em alguns catálogos de fabricantes o comprimento da haste (Lh) pode estar em “mm”! Comprimento livre de flambagem (Comprimento livre de flambagem (λλ) ) –– Tabela 1.2Tabela 1.2 Outros tipos de fixações Outros tipos de fixações das extremidades:das extremidades: - Fonte: manual da empresa Parker; - NFPA: National Fluid Power Association. Tabela 1.3 Tabela 1.3 -- DiâmDiâm. da haste comercial . da haste comercial ((dhdhcomercialcomercial)) Exercício resolvido:Exercício resolvido: Pressão de trabalho (Ptb) e pressão nominal (Pn) de Pressão de trabalho (Ptb) e pressão nominal (Pn) de um atuador:um atuador: - No cálculo da Ptb considera-se o rendimento do atuador (ηat), que em geral, é da ordem de 90%, e aplica-se a equação abaixo: - Para o cálculo da Pn deve-se considerar a Ptb, já calculada, e as perdas do sistemas (singularidades, etc.), que em geral situam-se em 65%. Logo a Pn do atuador deverá ser: Exercício resolvido (continuação):Exercício resolvido (continuação): Lembre-se que não há movimento se não existir vazão do fluido (óleo) decorrente da variação de pressão, e assegurando o avanço e o retorno do sistema! Cálculo da vazão necessária para os atuadores:Cálculo da vazão necessária para os atuadores: - Vazão de avanço (Qa): - Vazão de retorno (Qr) Unidades: m3/s ; cm3/s ; litros por minuto (LPM) ; galões por minuto (GPM) Sendo: Volca = volume da câmara anterior (m3, cm3 ou L); Volcp = volume da câmara posterior (m3, cm3 ou L); ta = tempo de avanço (s ou min); tr = tempo de retorno (s ou min). Exercício resolvido (continuação):Exercício resolvido (continuação): Exercício resolvido (continuação):Exercício resolvido (continuação): Cálculo da pressão induzida (Cálculo da pressão induzida (PiPi) nos atuadores:) nos atuadores: - Pressão induzida no avanço (Pia): -Pressão induzida no retorno (Pir): Força de retorno do atuador (Fr): - Resultante da resistência à passagem do fluido, decorrente de um duto, filtro ou outro componente mal dimensionado que acarrete resistência à saída do fluido do cilindro. Exercício resolvido (continuação):Exercício resolvido (continuação): Cálculo da vazão induzida (Cálculo da vazão induzida (QiQi) nos atuadores:) nos atuadores: - Vazão induzida no avanço (Qia): - Vazão induzida no retorno (Qir): - Ocorre em atuadores (cilindros) de duplo efeito; - Na zona de saída do fluido haverá uma vazão que pode ser maior ou menor que a vazão de entrada (indução de ΔQ). Va = Velocidade de avanço (cm/s); Vr = Velocidade de retorno (cm/s). Exercício resolvido (continuação):Exercício resolvido (continuação): Amortecedor de fim de curso:Amortecedor de fim de curso: - Ao final do curso (avanço ou retorno) o atuador desenvolve energia cinética elevada que poderá comprometer a estrutura do êmbolo, sendo necessário o uso de amortecedores de fim de curso. Choque hidráulico (ou batida):Choque hidráulico (ou batida): - Se uma quantidade substancial de energia cinética não é estancada, o choque hidráulico (ou batida) pode causar dano ao cilindro; - Os amortecimentos podem ser instalados em ambos os lados de um cilindro (na dianteira – avanço; ou na traseira – retorno). Processo de amortecimento nos atuadores:Processo de amortecimento nos atuadores: - Consiste de uma válvula de agulha de controle de fluxo e de um plugue ligado ao pistão; - O plugue de amortecimento pode estar no lado da haste (nesta posição ele é chamado de colar), ou pode estar no lado traseiro (onde é chamado de batente de amortecimento); - Conforme o pistão do cilindro se aproxima do seu fim de curso, o batente bloqueia a saída normal do líquido e obriga o fluido a passar pela válvula controle de vazão; - Nesta altura, algum fluxo escapa pela válvula de alívio de acordo com a sua regulagem. O fluido restante adiante do pistão é expelido através da válvula controle de vazão e retarda o movimento do pistão; - A abertura da válvula controle de vazão determina a taxa de desaceleração; - Na direção inversa, o fluxo passa pela linha de bypass da válvula de controle de vazão onde está a válvula de retenção ligada ao cilindro; - Como regra geral, os amortecimentos são colocados em cilindros cuja velocidade da haste exceda a 600 cm/min. Exercícios propostos:Exercícios propostos: ReferênciasReferências FIALHO, Bustamante, A. Automatismos Pneumáticos - Princípios Básicos, Dimensionamentos de Componentes e Aplicações Práticas. São Paulo: Érica, 2015. [Minha Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518190/ FIALHO, Bustamante,A. Automação Hidráulica - Projetos, Dimensionamento e Análise de Circuitos. 6 ed. São Paulo: Érica, 2011. [Minha Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536505121/ FIALHO, Bustamante, A. Automatismos Hidráulicos - Princípios Básicos, Dimensionamentos de Componentes e Aplicações Práticas. São Paulo: Érica, 2015. [Minha Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518183/ BONACORSO, N. G.; NOLL, V. Automação eletropneumática. 12 ed. São Paulo: Érica, 2013. 160 p. BUSTAMENTE, A. F. Automação pneumática: projetos, dimensionamento e análise de circuitos. 7 ed. São Paulo: Érica, 2007. 324 p. SANTOS, A. A.; SILVA, A. Ferreira da. Automação pneumática: produção, tratamento e distribuição de ar comprimido, técnicas de comando de circuitos combinatórios e sequenciais. 2 ed. Porto: Publindústria, 2009. xv, 319. FIALHO, Bustamante, A. Automação Pneumática - Projetos, Dimensionamento e Análise de Circuitos. 7 ed. São Paulo: Érica, 2011. [Minha Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536505176/ MACINTYRE, Joseph, A. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. [Minha Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-1964-2/ Além de catálogos, manuais e sites das empresas: Parker, Rexroth, Festo, PCL, Hennings, Manuli, IMI Norgren, Rotork, etc.
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