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FUNDAMENTOS DO DESIGNER
ATIVIDADE 1
O designer se coloca como uma dobradiça entre os diversos atores envolvidos no processo de inovação dirigida pelo design e os seus sistemas de conhecimento, não em antítese, mas como catalisador de conteúdos e sintetizador de efeitos, assim tornando extremamente adequado para criar uma relação entre teoria e práxis, entre possível e realizável” (CELASCHI, 2008, p. 23 apud FRANZATO, 2011, p. 57).
Entretanto, vale frisar que a tecnologia contribuiu para que se abrisse um leque de ramos na área do designer. Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados ao longo da disciplina, responda: em quais frentes o designer atua hoje? Para responder ao questionamento, pesquise sobre o desenvolvimento da profissão, bem como as atribuições e modificações sofridas ao longo do tempo.
RESPOSTA
Antes de entender em quais frentes o designer atua hoje, temos que entender em primeiro lugar o que é design? O termo design tem sido empregado para nomear qualquer atividade para chamar a atenção para aspecto estético associado a personalização e beleza. 
Exemplo: air design, cake design, nail-design, design de sobrancelhas.
De acordo com o senso comum, quando se elogia o design de um carro ou embalagem, logo pode-se pensar em um produto com uma forma diferenciada, moderna e atraente. Levando a um sentido de algo bem feito, com aparência “bonita”, entretanto, o conceito de design é mais abrangente e plural (HSUAN-AN, 2018).
Resumidamente, o design é o termo que designa a profissão e o designer é o profissional que se dedica ao design. Mas o design não se resume apenas com os produtos de consumos. Então, qual o seu alcance?
Para começo de conversa o design deve estar alinhado com as necessidades da sociedade, por isso muitos produtos são reconfigurados ou melhorados, por apresentem problemas, ou pela descoberta de uma nova tecnologia, ou ainda por adaptação às novas demandas. Essas modificações podem se relacionar à estética, à funcionalidade, à segurança, à qualidade, dentre outros aspectos que podem influenciar a interação entre usuário e produtos (HSUAN-AN, 2018).
A função de um designer é criar e desenvolver conceitos e especificações que otimizam a função, o valor e a estética de produtos, ambientes, sistemas e serviços para o benefício do usuário, da indústria e da sociedade (IDSA, 2018). Existem diversas áreas específicas de atuação do design, como design o design gráfico, de joias, automóveis, embalagens, web design, interface digital, multimídia, dentre outros. Mas de acordo com Hsuan-An (2018) é possível classificar essas diversas campos em 3 grandes áreas: design de produto, design de comunicação e design de interiores.
Para Mozota (2011) as distinções entre um designer e um artista se relacionam com o tipo de trabalho desenvolvido pelo designer, ele cria algo para os outros em uma equipe multidisciplinar gerindo esse processo em prol da inovação. Assim como conceituar o design, definir a arte sempre foi um desafio. A arte é qualquer atividade humana racional e utilitária. Na concepção da estética contemporânea a arte é expressão criadora e processo de construção que por sua combinação de propriedades formais tais como: sons, movimentos, cores, linhas etc., cria objetos de arte (MICHAELIS, 2018). 
Uma segunda distinção que gera debates no campo do design é a distinção entre artesanato e design. De acordo com Freitas (2017) o artesanato está presente desde os povos mais primitivos, surgiu da necessidade do homem de se alimentar, se proteger e se expressar e foi se aprimorando ao longo do tempo. O artesão atuava na produção de objetos desde a concepção do produto até a sua comercialização. O artesanato é uma atividade manual com finalidades comerciais, que pode ou não ser desenvolvida com uso de máquinas, mas há o predomínio da habilidade manual e da criatividade. É produzido em pequena escala. 
Já o design é uma atividade integrada que ultrapassa a considerações formais e funcionais, é uma atividade estratégica de comunicação e inovação, o profissional que atua no design é preparado para a atividade projetual nas mais diversas formas, para análise do comportamento do consumidor e percepções de oportunidades de mercado (FREITAS, 2017). 
Já para Cardoso (2013) a dicotomia entre design e artesanato está desgastada, pois vivemos atualmente em novas perspectivas de produção além da produção em massa. O autor exemplifica apontando que um cartaz projetado e impresso com ferramentas digitais, pode ser realizado por uma única pessoa desde sua concepção a sua produção, e pode ser produzido como peça única, mas não poderia ser considerado um objeto artesanal. O design deve ser pensado como um campo em plena evolução.
E por fim, o terceiro ponto que vamos abordar é a relação entre design e tecnologia. Souto (2012) analisa alguns autores que conceituam a tecnologia e descreve que ela é uma disciplina em paralelo com a ciência. Nesse sentido, a tecnologia não é apenas a aplicação do conhecimento científico, pois pesquisadores de tecnologia analisam áreas ainda com pouco conhecimento estabelecido. A tecnologia visa a produção de know-how (técnica e prática eficiente) para a inovação operacional. Nesse sentido cabe ressaltar também que para a implementação de uma tecnologia em um projeto de design é preciso analisar a sua viabilidade produtiva e rentabilidade, bem como as características físico-químicas presentadas pelos materiais.
A demanda pelo design aumentou ao longo dos tempos. De acordo com Mozota (2011) isso ocorreu por três fatores: a busca de diversidade pelas empresas, geração de novas necessidades por meio da inovação e pelo desejo dos designers de expressarem sua criatividade. Mozota (2011) destaca algumas áreas de integração do design em uma empresa.
Comunicações corporativas e política da marca.
Produto e políticas de inovação
Espaço de varejo e posicionamento da marca
O design pode ser integrado como CEO (responsável pela estratégia de uma empresa) quando a estratégia da empresa implica na modificação de sua identidade, como por exemplo na fusão de empresas. Também pode ser integrado nas comunicações corporativas, em tudo que se relaciona com a identidade visual da organização, online e off-line, criação de eventos ou participação em mostras profissionais. No marketing, o design pode ser integrado na criação de uma nova embalagem, desenvolvimento e valorização de uma marca, organização da promoção do produto. E pode ser integrado na produção de pesquisa e desenvolvimento para um projeto (MOZOTA, 2011).
“O design como profissão tem participação ativa nas economias nacionais” (MOZOTA, 2011, p. 56), por isso também seu desenvolvimento depende da economia nacional e internacional. Ele cria uma demanda por produtos e serviços que estimula o consumo. Bem como, pode contribuir para elevação da taxa de exportação de um país, quando se desenvolvem produtos considerados com qualidade e desempenho superior. Deste modo, o design tem papel importante para gerar vantagem competitiva de um país, visto que a competitividade de uma economia é mensurada por sua capacidade de gerar pesquisas e inovar (BRASIL, 2014).
ATIVIDADE 
Leia o verbete do Dicionário Michaelis (2019, on-line):
“é·ti·ca
sf
FILOS
1 Ramo da filosofia que tem por objetivo refletir sobre a essência dos princípios, valores e problemas fundamentais da moral, tais como a finalidade e o sentido da vida humana, a natureza do bem e do mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as normas consideradas universalmente válidas e que norteiam o comportamento humano.
2 POR EXT Conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social ou de uma sociedade: Parece que não há mais ética na política”.
Atualmente, muitas profissões já possuem seu próprio Código de Ética Profissional, que, basicamente, diz respeito a um conjunto de normas de cumprimento obrigatório. Assim, considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados ao longo da disciplina, responda: como se dáa ética no design?
A ética no design envolve diversos aspectos e pessoas tais como usuários, fornecedores, meio ambiente e sociedade. A atuação do designer nos projetos deve levar em consideração todos os aspectos de maneira que os resultados sejam eticamente coerentes, não discriminando e desrespeitando a sociedade. 
Nesse sentido, o designer deve preocupar-se com as questões que afetam apenas os serem humanos? A promoção dos fins éticos é justificada mesmo quando os meios exigem alguns sacrifícios éticos? (ELVINS; GOULDER, 2014).
Quais os valores éticos devem ser considerados? Por exemplo, o utilitarismo que propaga que se deve produzir ao maior número de pessoas possíveis. Por outro lado, será que há outras abordagens éticas a se considerar no design?
Sim! Como designers devemos evitar discursos discriminatórios de gênero, sexista e homofóbicos, não criar estereótipos raciais em um projeto e se atentar a questões do racismo. Garantir o acesso de todos a um projeto, principalmente pessoas com deficiência. Ter cuidado com ícones destinados a crianças, bem como não restringir um processo a pessoas idosas. Se preocupar com os aspectos ambientais do projeto. Não reforçar estereótipos culturais em projetos que esteja envolvido, bem como ter conhecimento sobre a cultura local onde será vinculado o projeto. Valorização da relação de confiança entre clientes e designers e em relação a ética.
Quando falamos em ética no design, outro aspecto relevante de se abordar é sobre a propriedade intelectual. As relações entre design e propriedade intelectual se dão pela inovação. Esse é um aspecto que gera muitas dúvidas e precisa ser debatido com maior frequência.
De acordo com Poli (2008) o direito autoral faz parte do gênero Propriedade Intelectual que também engloba a Propriedade Industrial. A Propriedade Intelectual é um ramo do direito que estuda o direito exclusivo dos autores e inventores sobre suas obras. O direito intelectual incide sobre as criações intelectuais humanas, tanto voltadas à transmissão de conhecimentos, quanto voltadas à satisfação dos interesses materiais da sociedade.
O direito autoral entendido como um direito de propriedade gera alguns questionamentos: o direito de propriedade seria um bem material e o direito autoral um bem imaterial, o direito autoral não extingue plenamente o vínculo existente entre o autor e a obra, já o direito de propriedade é a transferência que rompe o vínculo entre autor e obra (POLI, 2008). Sendo assim, ainda há muitos desafios quando pensamos em ética no design.

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