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Quimica 12a

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Ficha Técnica 
Título: Química, Programa da 12ª Classe 
Edição: ©INDE/MINED - Moçambique 
Autor: INDE/MINED – Moçambique 
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique 
Arte final: INDE/MINED - Moçambique 
Tiragem: 350 Exemplares 
Impressão: DINAME 
Nº de Registo: INDE/MINED – 6306/RLINLD/2010 
 
 
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Prefácio 
 
Caro Professor 
 
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral. 
 
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de se 
reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem 
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser 
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos. 
 
As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver, 
compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a 
vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa 
economia cada vez mais moderna e competitiva. 
 
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em 
mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de 
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas, 
empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da transformação curricular e 
a quem aproveitamos desde já, agradecer. 
 
Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelamos 
ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa criatividade e 
empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão 
para o combate à pobreza. 
 
 
Aires Bonifácio Baptista Ali. 
 
Ministro da Educação e Cultura 
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1. Introdução 
 
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra 
no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como 
objectivos: 
 
• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos 
aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país. 
• Corresponder aos desafios da actualidade, através de um currículo diversificado, flexível e 
profissionalizante. 
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens, tanto para o mercado de trabalho 
como para a continuação de estudos. 
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social. 
 
Constituem principais documentos curriculares: 
• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os 
objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de 
implementação; 
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos; 
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG); 
• Outros materiais de apoio. 
 
 
1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG 
 
O Currículo do ESG, introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que visam a 
formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que continuem a 
aprender ao longo de toda a sua vida. 
 
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação sólida que integre uma componente 
profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências relevantes para 
uma integração plena na vida política, social e económica do país. 
 
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do 
mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das 
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros 
desafios. 
 
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma 
formação integral do indivíduo que assenta em quatro pilares, assim descritos: 
 
Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, 
de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os 
seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de 
tomar em diversas circunstâncias da sua vida; 
 
Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos 
científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a 
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais; 
 
Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito 
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, 
mas também às tendências de transformação no mercado; 
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Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, 
saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de 
diversas culturas, religiões, raças, entre outros. 
Agenda 2025:129 
 
Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize 
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir 
sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável. 
 
Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes 
para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos e como cidadãos 
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral. 
 
1.2. Os desafios da Escola 
 
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel 
da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes 
quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, 
assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus 
conhecimentos ao longo da vida. 
 
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida? 
 
As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é, 
conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para 
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto 
significa, que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar critica e 
criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de 
conhecimentos, práticas e valores. 
 
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à 
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a 
realidade do país. 
 
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as 
competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita, 
matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como 
cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente: 
 
a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa; 
b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem e 
busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia; 
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e 
apresentação dos trabalhos; 
d) Resolução de problemas que reflictam situações quotidianas da vida económica social do 
país e do mundo; 
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar bem 
com os outros; 
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos; 
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem 
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas; 
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i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza; 
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança; 
k) Desenvolvimento de projectos e estratégias de implementação, individualmente ou em 
grupo; 
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças. 
 
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática 
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo. 
 
 (...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar 
situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a 
escola estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as 
regras de comportamento se elas forem exigidas e cumpridas por todos os membros da 
comunidade escolar de forma coerente e sistemática. 
PCESG:27 
 
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça, solidariedade, 
humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à pátria, o amor 
próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo bem comum, deverá 
estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os momentos da vida da escola. 
 
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja 
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis 
subsequentes. 
 
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a 
uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas 
habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de 
problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias 
ocupações ao longo da vida. 
 
1.3. A Abordagem Transversal 
 
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um 
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é 
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema 
parecidas com as que vão enfrentar na vida. 
 
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas 
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos 
temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes 
dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver 
com os outros e bem fazer. 
 
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal 
forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam 
para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares 
sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades, 
atitudes e valores. 
 
O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo 
do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua 
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abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas 
transversais. 
 
O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também como uma das estratégias que 
permite estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias 
áreas de conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a 
realizar no âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e 
até a comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos. 
 
 
1.4 As Línguas no ESG 
 
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No 
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas 
estrangeiras (Inglês e Francês). 
 
As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas as 
disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores 
deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às 
diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante 
nas produções dos alunos em todas as disciplinas. 
 
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura 
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões 
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades 
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa 
situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários 
sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou 
lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma 
apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la. 
 
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso 
da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos 
constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade. 
 
 
1.5. O Papel do Professor 
 
O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na 
família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho. 
 
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em 
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para 
a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para 
a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais. 
 
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se 
estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à 
disciplina, às componentes transversais e às situações reais. 
 
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este 
consiga: 
 
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• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos, 
habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções; 
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de 
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um 
problema que os obrigam a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de 
outras áreas do saber; 
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e 
corrigi-los durante o processo de trabalho; 
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e 
transformá-lo; 
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa 
perspectiva formativa. 
 
Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à 
profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa 
pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste 
sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade 
se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas 
próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história localpoderá 
envolver diferentes disciplinas. Por exemplo: 
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e 
correcção dos textos; 
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes; 
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região; 
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes. 
 
Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de 
análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o 
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG. 
 
As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o 
desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um 
centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e 
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O 
aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação, 
reflectindo criticamente sobre a sociedade. 
 
O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos e 
aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar 
implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor da 
heterogeneidade vivencial dos alunos. 
 
As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e 
utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito 
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse pela 
integração social e vocação profissional. 
 
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2. O Ensino e Aprendizagem na Disciplina de Química 
 
A Química, ciência que estuda as substâncias, suas propriedades e os processos de transformação de 
umas em outras, é parte integrante das ciências naturais, cujo desenvolvimento é caracterizado por uma 
relação entre a teoria e a prática. Tem um papel importante no desenvolvimento da sociedade na área da 
ciência, pois, as suas leis, teorias e aplicações práticas solidificam princípios universalmente 
reconhecidos. É uma disciplina imprescindível para o estudo de importantes processos nos cursos de 
Biologia, Medicina, Veterinária, Agronomia, Geologia, Engenharias, Arquitectura e Ciências físicas. 
Para que a Química cumpra o seu papel ela deve proporcionar aos alunos conhecimentos sólidos e de 
máximo rigor científico sobre teorias e leis fundamentais, da classificação de fenómenos e substâncias, 
mostrando a sua diversidade. Como tarefa permanente, os alunos deverão dominar a linguagem química 
oral e escrita, para assegurar um saber-fazer sólido e aplicável. Deve, ainda, capacitar os alunos para a 
correcta utilização das teorias e leis na resolução dos problemas práticos e na explicação dos fenómenos 
que ocorrem na Natureza. 
A apropriação dos conhecimentos científicos e o desenvolvimento das capacidades intelectuais e 
manuais dos alunos devem caracterizar-se por um alto grau de participação destes no processo de ensino-
aprendizagem. Por isso, é necessário recorrer ao trabalho prático experimental e utilizar diferentes meios 
de ensino ao longo de todo o ciclo. 
O professor deve tomar em consideração que há conceitos das outras disciplinas que os alunos podem 
aplicar para melhorar a compreensão nesta ciência.. Através da ligação da Química com outros 
conteúdos das outras disciplinas, sobretudo da Física, Biologia, Geografia e Matemática, o professor 
deve criar condições para realizar aulas mais motivantes e criativas e, ao mesmo tempo, deve levar a 
cabo pressupostos para aquelas disciplinas, devendo existir uma colaboração estreita entre os professores 
de Química e os das outras disciplinas. 
As experiências químicas contribuem para o desenvolvimento de atitudes, tais como: trabalho metódico e 
sistemático, utilização racional dos materiais e do tempo, trabalho em equipa (grupo), higiene, protecção 
do meio ambiente, amor e interesse pela disciplina, entre outras. Para tal, no programa estão previstos 
trabalhos experimentais, pois os professores devem garantir a ligação com a base experimental da 
Química através de ensaios de demonstração e através do trabalho independente do aluno. 
Durante as aulas de Química o professor deverá desenvolver nos alunos a cultura de aquisição de 
conhecimentos pela pesquisa. A primeira etapa da pesquisa consistiria na análise de factos e fenómenos 
de relativa simplicidade. Gradualmente poder-se-á aumentar a complexidade da matéria de pesquisa ao 
longo do ciclo. Neste sentido, pensa-se no cidadão capaz de actuar de forma competente a partir da 
prática, à medida que investiga e apreende sobre os factos reais do seu quotidiano social e cultural. 
O desafio da educação escolar é tornar a aprendizagem da Química relevante para o aluno. Neste 
contexto, além dos métodos tradicionais de ensino e aprendizagem, frequentemente utilizados pelos 
professores, julga-se pertinente incluir nesse processo, formas alternativas de abordagem da Química, as 
quais propiciam aos alunos, oportunidades para que possam fazer uma nova leitura do mundo que os 
rodeia, através dos Temas Geradores. 
Esses temas chamam-se geradores porque, qualquer que seja a natureza de sua compreensão, como a 
acção por eles provocada, contém em si a possibilidade de desdobrarem-se em outros que provocam 
novas tarefas que devem ser cumpridas. 
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Para além dos conteúdos definidos nos programas de ensino existem outros que pela sua natureza podem 
ser tratados em mais do que uma disciplina, são os temas transversais. Os procedimentos metodológicos 
para o seu tratamento encontram-se em cada unidade temática e dependem da especificidade de cada 
tema. Por exemplo, na área da saúde sugerem-se assuntos ligados à higiene, saúde, nutrição, prevenção 
de doenças como malária, cólera e outras, através da gestão de resíduos sólidos. 
Ao longo do programa serão tratados alguns factos históricos sobre o conceito histórico de oxidação e 
redução, o conceito ácido-base, os quais serão abordados nos temas com eles relacionados. 
O segundo ciclo do ESG compreende duas classes, 11ª e 12a Classes. A leccionação da disciplina de 
Química neste ciclo contribui para continuar a desenvolver, nos alunos, a capacidade para a interpretação 
científica do mundo, explicando sob o ponto de vista químico o movimento da matéria. 
Na 11a classe os alunos aprofundam os conhecimentos sobre os principais tipos de compostos 
inorgânicos e suas propriedades e exercitar os alunos na utilização da linguagem. Dá-se ênfase à 
aplicação das substâncias químicas que contribuem para o desenvolvimento do país nas áreas agrícolas, 
industrial, sócio-económica e cultura. A aprendizagem da Química deve privilegiar o desenvolvimento 
de competências definidas para o ESG que incluem aptidões e atitudes socialmente relevantes para a 
vida prática. Assim, a parte experimental deste programa, tem como objectivo desenvolver capacidades 
e habilidades de comunicação, observação e interpretação dos resultados. Visa também desenvolver 
interesse pela disciplina de Química. 
Na 12a classe os alunos continuam o estudo dos compostos inorgânicos e orgânicos, ampliando o 
conhecimento sobre as substâncias e suas transformações, contribuindo assim para uma concepção mais 
ampla sobre a Natureza. 
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3. Objectivos Gerais da disciplina 
Aprendizagem da Química no Ensino Secundário Geral visa: 
• Desenvolver, nos alunos, a capacidade de interpretar cientificamente o mundo, explicando, do 
ponto de vista químico, o movimento da matéria; 
• Proporcionar aos alunos conhecimentos sólidos e de máximo rigor científico sobre teorias e leis 
fundamentais, da classificação de fenómenos e substâncias, mostrando a sua diversidade; 
• Capacitar os alunos para a correcta utilização das teorias e leisna resolução dos problemas 
práticos e na explicação dos fenómenos que ocorrem na natureza; 
• Desenvolver habilidades que lhe permite aplicar os conhecimentos adquiridos nesta disciplina 
para a solução de diferentes problemas da vida; 
• Desenvolver habilidades práticas de manipulação de instrumentos disponíveis durante a 
realização de experiências químicas; 
• Valorizar a importância dos avanços da disciplina e suas implicações no ambiente e na 
comunidade 
• Capacitar os alunos para a pesquisa e sistematização de informações relacionadas com a química 
em diferentes meios de comunicação e sua correcta utilização; 
• Valorizar o uso sustentável dos recursos disponíveis e sua protecção. 
 
4. Competências a desenvolver no 2º Ciclo 
 Utiliza na forma oral e escrita a nomenclatura das substâncias em diversas situações da vida; 
 Apresenta oralmente e por escrito os resultados das experiências químicas, e trabalhos de 
investigação, comunicação sobre eventos, visitas de estudo e entrevistas usando a terminologia 
apropriada; 
 Usa as formas apropriadas para estabelecer contactos com empresas, agentes económicos e 
consumidores em diferentes situações; 
 Pesquisa, trata os dados e apresenta os resultados dos trabalhos usando as TICs; 
 Interpreta e resolve problemas que envolvem cálculos químicos de forma independente; 
 Identifica as informações ou variáveis relevantes num problema e elabora possíveis estratégias 
para equacioná-la e resolvê-la; 
 Utiliza o laboratório como um meio para busca e comprovação de Leis, teorias e manifestação 
das reacções químicas; 
 Interpreta as ligações químicas usando modelos macroscópicos; 
 Selecciona procedimentos e estratégias adequadas para resolver problemas que envolvem 
cálculos químicos; 
 Apresenta os resultados das experiências, trabalhos de investigação e projectos respeitando a 
estrutura de um trabalho científico. 
 Usa materiais e equipamentos adequados para fazer medidas, cálculos e realizar experiências 
químicas; 
 Respeita a opinião dos colegas na realização de experiências químicas e outros trabalhos; 
 Relaciona as leis, regras, teorias, postulados e normas da Química com as leis sociais na 
resolução de problemas; 
 Discute as formas pelas quais o estudo da Química influencia as relações humanas na 
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resolução pacífica de problemas. 
 - Divulga os benefícios que a Química trás para o Homem e as desvantagens do uso inadequado 
dos produtos químicos; 
 Usa conhecimentos sobre os métodos de obtenção de substâncias químicas para o benefício 
individual, da comunidade e do país 
 Aplica os conhecimentos químicos e suas tecnologias na utilização dos produtos e adubos 
químicos. 
 Demonstra atitudes correctas e conduta social responsável em relação à saúde individual e da 
comunidade; 
 Divulga as formas de conservação dos produtos alimentares, higiénicos, medicamentosos e os 
princípios básicos para a conservação de um ambiente sadio; 
 Realiza debates na escola e na comunidade sobre as consequências que advêm do uso 
inadequado dos produtos químicos 
 Usa os diferentes métodos de separação de misturas para a produção de substâncias úteis para 
a comunidade. 
 Aplica os conhecimentos sobre pH: na produção e conservação de alimentos, no tratamento 
dos solos, no combate a erosão, na medição da poluição dos rios, lagos, etc. 
 Usa as novas tecnologias na pesquisa e resolução de problemas que afectam a comunidade; 
 Aplica o método científico para deduzir leis e a partir de uma lei explica os factos observados 
 Realiza experiências químicas recorrendo ao material local e de fácil acesso. 
 Planifica e elabora projectos de produção de substância úteis à comunidade e ao país a partir de 
material localmente disponível 
 Usa cartazes e panfletos contendo informações sobre substâncias tóxicas e outros males que 
enfermam a comunidade; 
 Apoia e orienta os deficientes, idosos e crianças nas diversas actividades na comunidade. 
 
5. Objectivos Gerais do 2º Ciclo 
No final do 2º Ciclo, os alunos devem: 
• Aplicar os conceitos fundamentais da química ao contexto mais amplo da realidade local e 
global; 
• Aplicar a linguagem química na representação das substâncias e das reacções químicas; 
• Aplicar a linguagem química, teoria atómica, teoria de ácido-base, velocidade e equilíbrio 
químico, reacções redox, propriedades físicas e químicas das substâncias, para resolver 
problemas qualitativa e quantitativamente; 
• Conhecer o significado qualitativo e quantitativo das equações das reacções químicas a luz 
da lei da conservação da massa e processos termoquímicos; 
• Relacionar a Lei Periódica e a estrutura electrónica dos elementos com as suas propriedades; 
• Explicar as ligações químicas, e os principais métodos de obtenção e identificação dos 
compostos inorgânicos; 
• Relacionar as ligações químicas com a estrutura e as propriedades das substâncias 
• Nomeiar os compostos inorgânicos e orgânicos com base nos critérios de nomenclatura 
estudados; 
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• Aplicar os conceitos de solução, concentração, energia, trabalho e entalpia, velocidade, 
equilíbrio químico, transferência de protões e electrões, na preparação ou obtenção de 
substâncias; 
• Comparar a teoria ácido-base segundo Arrhenius e Bronsted-Lowry; 
• Descrever os factores de que depende a velocidade e o equilíbrio químico de uma reacção 
química; 
• Interpretar e aplicar o conceito de redução, oxidação, redutor, oxidante e potencial normal 
redox; 
• Elaborar tabelas, gráficos e resumos; 
• Utilizar tabelas, gráficos e resumos na interpretação de fenómenos; 
• Distinguir as classes e as reacções típicas dos compostos inorgânicos e orgânicos; 
• Conhecer a importância bioquímica e económica dos compostos orgânicos. 
• Aplicar os procedimentos químico-técnicos para a produção de substâncias químicas com 
interesse económico ou de uso corrente; 
• Interpretar um texto na linguagem química utilizando fontes científicas como livros, 
manuais, tabelas, gráficos, e outras; 
• Manipular as substâncias e instrumentos laboratoriais para a realização de experiências cumprindo com as normas de higiene e segurança; 
• Realizar experiências químicas e interpretar os resultados; 
• Representar esquematicamente os aparelhos e as aparelhagens das diferentes experiências químicas; 
• Redigir os relatórios de experiências químicas, visitas de estudos e de trabalhos de investigação; 
• Participar activamente na protecção do meio ambiente; 
• Desenvolver o espírito de trabalho colectivo, crítico e tolerante no relacionamento com os 
outros; 
• Desenvolver hábitos de higiene e organização no trabalho individual ou em grupo; 
• Utilizar os conhecimentos químicos adquiridos no desenvolvimento sócio-económico da 
comunidade e do país; 
• Participar activamente nos processos de manutenção da saúde ao nível da comunidade; 
• Usar racionalmente os recursos naturais existentes na comunidade e no país; 
• Aplicar os conhecimentos de química em benefício do Homem da natureza e do meio 
ambiente: 
 
 
 
 
 
 
 
6. Visão Geral dos Conteúdos do 2ºCiclo 
1. Conteúdos das aulas da 11a Classe 
 
1ª Unidade temática: Conceitos Fundamentais 
2ª Unidade temática: Estrutura Atómica 
3ª Unidade temática: Tabela Periódica 
4ª Unidade temática: Ligação Química 
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5ª Unidade temática: Classes principais dos Compostos Inorgânicos 
6ª Unidade temática: Soluções 
7ª Unidade temática: Termoquímica 
 
2. Conteúdos das aulas da 12a classe 
 
1ª Unidade temática: Cinética Química 
2ª Unidade temática: Equilíbrio Químico 
3ª Unidade temática: Equilíbrio Químico em Solução Aquosa 
4ª Unidade temática: Reacções Redox e Electroquímica 
5ª Unidade temática: Química Orgânica 
7. Objectivos Gerais da 12ª Classe 
Ao terminar a 12ª Classe, os alunos devem: 
• Conhecer o conceito de velocidade de reacção; 
• Descrever os factores de que depende a velocidade de reacção química, do equilíbrio químico 
e a teoria de colisão; 
• Aplicar o princípio de Le Chatelier-Broun no deslocamentodo equilíbrio químico e em 
processos industriais; 
• Efectuar cálculos químicos com base na velocidade e lei da velocidade de uma reacção; 
• Conhecer o desenvolvimento das teorias ácido-base; 
• Aplicar os conceitos e a Lei do equilíbrio segundo Ostwald nas soluções electrolíticas; 
• Classificar os electrólitos segundo o seu grau de ionização; 
• Utilizar a tabela de valores de Ka e Kb para determinar o grau de basicidade e acides das 
soluções; 
• Aplicar os conceitos pH, pOH, solução tampão na determinação do carácter químico de uma 
solução; 
• Efectuar cálculos sobre pH, pOH, hidrólise e produto de solubilidade. 
• Aplicar os conceitos de oxidação, redução, oxidante, redutor e par conjugado redox, na 
identificação de reacções redox; 
• Representar e acertar uma reacção redox através de semi-equações e da equação global; 
• Conhecer o conceito de eléctrodo e potencial normal redox; 
• Utilizar os valores de potencial normal redox para prever a espontaneidade e extensão da 
reacção redox, bem como determinar a f.e.m. de uma célula electroquímica ou electrolítica; 
• Relacionar as reacções redox com as transformações de energia química e eléctrica; 
• Conhecer os fundamentos e as aplicações da electrólise; 
• Efectuar cálculos de massas e volumes de reagentes e produtos usando as leis de Faraday; 
• Conhecer a importância da Química Orgânica para a vida, indústria, agricultura, Medicina, 
Biologia, etc.; 
• Conhecer as principais características, a ocorrência, os principais métodos de obtenção e as 
propriedades químicas das funções orgânicas estudadas; 
• Aplicar a nomenclatura Usual e IUPAC para nomear os compostos orgânicos mais comuns; 
 14
• Conhecer as aplicações dos compostos mais comuns de cada função química; 
• Conhecer as reacções de combustão, substituição, adição, eliminação e polimerização como 
reacções típicas dos compostos orgânicos; 
• Identificar as reacções típicas para cada função química orgânica; 
• Aplicar a linguagem química nos diferentes contextos da disciplina; 
• Realizar experiências químicas com material convencional e localmente disponível e de fácil 
acesso; 
• Aplicar as regras de higiene e segurança durante as experiências químicas; 
• Redigir os relatórios das experiências químicas, visitas de estudo e de trabalhos de 
investigação; 
• Desenvolver o espírito colectivo, crítico e tolerante no relacionamento com os colegas; 
• Criar hábitos de higiene e organização no trabalho individual ou em grupo; 
• Desenvolver o espírito de protecção e conservação do meio ambiente; 
• Utilizar os conhecimentos adquiridos no desenvolvimento sócio-económico da comunidade e 
do país em geral; 
• Usar racionalmente os recursos naturais existentes no país. 
.
8. Visão geral dos conteúdos da 12ª Classe 
TRIMESTRE CONTEÚDOS CARGA 
HORÁRIA 
1º
 T
ri
m
es
re
 
1ªUnidade temática: Cinética Química 
- Conceito. Reacções rápidas e lentas. 
- Teoria de colisões. Complexo activado. Energia de activação. 
- Factores que afectam a velocidade de uma reacção química: 
natureza dos reagentes, concentração, temperatura, superfície de contacto e catalisador 
- Velocidade de uma reacção: velocidade média e instantânea 
- Lei de velocidade. Ordem da reacção. 
- Mecanismo de reacção. 
- Lei da velocidade para reacções elementares e não-elementares 
- Experiência química sobre os factores que influenciam a velocidade da reacção (Temperatura e 
superfície de contacto) 
9 
2ª Unidade temática: Equilíbrio Químico 
- Reacções irreversíveis e reversíveis. As características do estado de equilíbrio. 
- Factores que afectam o estado de equilíbrio (concentração, pressão e temperatura). O princípio de Le 
Chatelier 
- A posição do equilíbrio (espontaneidade de uma reacção) e valor da constante de equilíbrio em função 
das concentrações 
- Constante de equilíbrio em função das pressões parciais (Kp) 
- Cálculos envolvendo Kc e Kp 
Experiências químicas sobre factores que influenciam o estado do equilíbrio químico: Concentração e 
temperatura 
10 
 16
3ªUnidade temática: Equilíbrio Químico em Solução Aquosa 
- Conceito histórico de ácido e base 
- Teoria ácido/base segundo Bronsted-Lowry. Ião hidrónio. Reacção protolítica. Pares conjugados de 
ácido/base 
- Forças de ácidos e de bases. Constantes de ácidos (Ka) e de base (Kb). 
- Equilíbrio iónico da água: Produto iónico da água (Kw). 
- Relação entre Ka, Kb e Kw. 
- Grau de ionização (α ) e constante de ionização (Ki). Lei da Diluição de Ostwald 
- Relação entre grau de ionização e constante de ionização (Ki) 
- Soluções ácidas e básicas. 
- Conceitos de pH e pOH. Escala de pH e pOH. Relação entre pH e pOH 
- Cálculo de pH de ácidos e bases fortes. 
- Cálculo de pH de ácidos e bases fracos. 
- pH de soluções de sais. Hidrólise de sais de ácidos fortes e bases fracas e de ácidos fracos e bases fortes. 
- Solução tampão: Conceito e preparação 
- Cálculo de pH de solução tampão; fórmula tampão e razão tampão 
- Indicadores ácido-base; ponto de equivalência e zona de viragem do indicador, pKind; 
- O pH e o meio ambiente; importância dos sistemas tampão na natureza, no nosso organismo e na 
indústria (na conservação de alimentos, bebidas, etc.) – Tema gerador 
17 
2º
 T
ri
m
es
re
 3ªUnidade temática: Equilíbrio Químico em Solução Aquosa (continuação) 
- Solubilidade (S) e produto de solubilidade (Ks ou Kps); 
- Titulação. Ácido forte com base forte. 
- Ponto de equivalência. Cálculos 
Experiência química sobre a titulação ácido-base (HCl e NaOH) 
5 
 17
4ªUnidade temática: Reacções Redox e Electroquímica 
Reacções redox 
- Conceito histórico de oxidação e redução. 
- Conceitos básicos: agente redutor, agente oxidante, reduzir, oxidar, redução, oxidação. 
- Número de oxidação. Regras para a determinação do número de oxidação 
- Pares conjugados redox. Semi-equações redox. Forças de oxidantes e de redutores. Potencial normal 
redox. Tabela de potenciais normal redox. Série de reactividade de metais e de ametais. 
- Acerto de equações redox pelo método de variação do número de oxidação (equações moleculares e 
método das semi-equações) e método ião-electrão (equações iónicas em solução). 
 
Electroquímica 
- Célula galvânica. A pilha de Daniel. Transferência de electrões e previsão de espontaneidade de 
reacções. 
- Conceito e tipos de eléctrodos. Esquema de um eléctrodo. 
- Potencial do eléctrodo; Eléctrodo normal de Hidrogénio 
- Determinação da f. e. m. duma pilha. Potencial normal dum par redox conjugado. 
- Diagrama e esquema de célula. f . e. m. duma célula galvância com base na tabela com valores de 
potenciais padrão (Eo) 
- Bateria de chumbo. Pilha seca 
- Experiencia química sobre a montagem de algumas células galvânicas e medição da f.e.m. ou fazer 
acender lâmpadas simples. 
Electrólise 
- Célula electrolítica 
- Electrólise de soluções aquosas usando eléctrodos inertes. 
- Electrólise de substâncias iónicas fundidas. 
- Leis de Faraday. 
- Aplicações da electrólise (galvanoplastia, galvanostegia, anodização, refinação de metais e obtenção de 
substâncias de interesse). 
- Experiencia química sobre a electrólise de água e a electrólise de uma solução de Cloreto de sódio. 
22 
 18
5ªUnidade temática: Química Orgânica 
Hidrocarbonetos: revisão 
- Fórmula geral 
- Nomenclatura (Usual e IUPAC); 
- Reacções de substituição e de adição: 
- Substituição em alcanos 
- Substituição em compostos aromáticos (efeitos indutivos e mesoméricos) Reacções de adição em 
alcenos e alcinos; 
 
Álcoois e fenóis: revisão 
- Álcoois: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura. Classificação. Propriedades físicas. 
Preparação de mono álcoois. Propriedades químicas. Aplicações. Poli-álcoolis: Etilenoglicol e Glicerol. 
- Fenóis: Preparação. Propriedades químicas e aplicações do fenol. 
Oxidação de álcoois: 
- Reacções de oxidação de álcoois primários e secundários; 
- Obtenção de álcoois por redução de aldeídos 
 
Temas geradores: 
- Transformação de vinho em vinagre; 
- Formação do Etanol por fermentação; Asbebidas alcoólicas e os riscos que representam; 
- Utilização de álcool como combustível. 
10 
 19
 
5ªUnidade temática: Química Orgânica (continuação) 
- Éteres: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura. Propriedades físicas. Preparação. Propriedades 
químicas. Aplicações. 
- Aldeídos e cetonas: Fórmula geral e grupo funcional 
- Nomenclatura. Propriedades físicas. Preparação. Propriedades químicas. Aplicações. 
- Ácidos carboxílicos: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura. Propriedades físicas e químicas. 
Preparação e aplicação 
- Ésteres: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura. Propriedades físicas e químicas. Preparação e 
aplicação 
- Experiências químicas sobre esterificação (reacções entre vários álcoois com vários ácidos 
carboxílicos). 
 
Aminas: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura e classificação. Propriedades físicas. Métodos 
de obtenção. Propriedades químicas e aplicações. Anilina 
- Amidas: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura. Obtenção e aplicações. Ureia. 
Noções sobre alguns compostos presentes nos seres vivos 
- Triglicerídeos (Lípidos): Estrutura geral, óleos e gorduras. Aplicações 
- Ácidos gordos saturados e insaturados; 
- Sabões e detergentes: Reacção de saponificação, Detergência (actuação de sabões e detergentes na 
limpeza); 
- As gorduras e o organismo humano, importância e consequência da sua falta - Tema gerador 
- Experiência sobre saponificação (produção do sabão comum). 
 
- Aminoácidos. (Conceito, estrutura nomenclatura e classificação). Ligação peptídica e formação de 
peptídeos e proteínas; 
- Proteínas 
- Estrutura primária das proteínas. Configuração. Importância bioquímica. 
- Hidrólise de proteínas; 
30 
 20
3º
 T
ri
m
es
tr
e 
- Importância das proteínas no organismo e consequências da sua falta - Tema gerador 
- Carbohidratos: 
- Monossacarídeos 
- Dissacarídeos 
- Polissacarídeos: Amido e Celulose. 
- Carbohidratos como fonte de energia no organismo humano e consequências da sua falta – Tema 
gerador 
Substâncias macromoleculares sintéticas: 
- Conceito de polimerização 
- Polímeros: Constituição, propriedades 
Classificação de polímeros: 
- Polímeros de adição: Polietileno e outros polímeros vinílicos, Poliuretanas Elastómeros; 
Copolímeros, suas aplicações. 
- Elastómeros. Vulcanização da borracha. 
- Polímeros de condensação: Poliamidas (Nylon, Kevlar) Poliésteres (Terilene), Puliuretanas, 
Silicone, Policarbonato, Baquelite; suas aplicações 
 
Fibras téxteis: 
- Conceito e classificação (Lã, Seda, Algodão, poliésteres, poliamidas, poliuretanas). 
- Constituição e aplicações da seda, algodão e lã. 
- Problemas ambientais causados pelos polímeros sintéticos - Tema gerador 
 
 21
9. Plano Temático Detalhado 
Unidade temática 1: Cinética Química 
Unidade 
Temática 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz 
de: 
Conteúdos Competências básicas O aluno: 
Carga 
horária 
Cinética Química 
- Exemplificar reacções 
rápidas e lentas; 
- Explicar e interpretar a 
teoria de colisões e o 
significado de energia de 
activação durante uma 
reacção química; 
- Explicar os factores 
influenciam a 
velocidade de uma 
reacção química; 
- Determinar a 
velocidade média e 
instantânea duma 
reacção química; 
- Aplicar a lei de 
velocidade na resolução 
de exercícios sobre 
reacções elementares e 
não-elementares. 
- Aplicar as regras de 
higiene na realização das 
experiências químicas 
Cinética química 
- Conceito. Reacções rápidas e lentas. 
- Teoria de colisões. Complexo activado. 
Energia de activação. 
- Factores que afectam a velocidade de uma 
Reacção química: Natureza dos reagentes, 
concentração, temperatura, superfície de 
contacto e catalisador; 
- Velocidade de uma reacção: velocidade 
média e instantânea 
- Lei de velocidade. Ordem da reacção. 
- Mecanismo de reacção. 
- Lei da velocidade para reacções elementares 
e não-elementares 
- Experiência química sobre os factores que 
influenciam a velocidade da reacção 
(Temperatura e superfície de contacto) 
 
- Representa e interpreta 
gráficos, diagramas e 
tabelas; 
 
- Aplica os 
conhecimentos sobre os 
factores que influenciam 
a velocidade de uma 
reacção química no 
quotidiano; 
 
- Apresenta os resultados 
das experiências usando 
o método científico de 
forma coerente. 
9 
 
 22
Sugestões metodológicas da 1ª Unidade temática 
Nesta unidade, serão consolidados os conceitos de Cinética Química, velocidade da reacção, catalisador e energia de activação. O 
professor deve destacar a importância da velocidade duma reacção na vida quotidiana, pedindo aos alunos que dêm exemplos das reacções 
rápidas e lentas. Deve enfatizar que também existem reacções moderadas. 
A cinética química deve ser definida como sendo uma ciência que estuda a velocidade das reacções química; a velocidade de uma reacção 
como sendo uma grandeza que indica como as quantidades de reagentes e produtos variam com o passar do tempo e a energia de 
activação como energia mínima necessária que as moléculas dos reagentes devem possuir para que uma colisão seja eficaz. 
Ao falar da Teoria de colisões, o professor pode estabelecer uma analogia entre a colisão de dois automóveis que a altas velocidades 
causam um estrago maior do que a colisão de dois automóveis com menor velocidade, pois a energia envolvida no primeiro caso é muito 
maior. De modo similar, para que uma colisão entre moléculas reagentes seja eficaz é necessário que as moléculas dos reagentes colidam 
com uma energia suficientemente alta. Esta teoria deve ser representa esquemática e graficamente usando equação de reacções químicas. 
Na abordagem da Teoria de colisões, o complexo activado pode ser definido como sendo o estado intermediário entre reagentes e 
produtos. 
Ao falar dos factores que afectam a velocidade das reacções, o professor aprofunda os conhecimentos adquiridos na 9ª Classe. Assim, ao 
fazer referência ao efeito da Temperatura sobre a velocidade, poderá recorrer ao exemplo do leite gelado que leva mais tempo para se 
estragar do que o leite à temperatura ambiente: quanto maior for a temperatura, maior será a velocidade de uma reacção. Isto se passa 
também com os processos industriais, pois ao elevar a temperatura, tira-se o máximo rendimento do produto. Sobre a superfície de 
contacto, pode se dar o exemplo da ferrugem que se forma na reacção entre ferro, água e oxigénio. Quando o ferro é adequadamente 
revestido com tinta, se impede o seu contacto com água e oxigénio, isto é, reduz-se a zero a superfície de contacto do ferro com os outros 
reagentes. Um outro exemplo que pode ser dado, para se referir à superfície de contacto é do prego de ferro que nas mesmas condições de 
humidade e temperatura e exposição ao oxigénio do ar leva mais tempo a enferrujar que a palha-de-aço. 
A experiência sobre a decomposição da água oxigenada pode ser utilizada, pelo professor para tratar o conteúdo sobre o efeito do 
catalisador na velocidade da reacção. Deste modo, na ausência de luz e de impurezas, essa reacção é bastante lenta. Após a adição de 
MnO2 sólido, a reacção decorre com maior velocidade. No entanto, o MnO2 como catalisador não é consumido durante o processo. 
Sobre o efeito da concentração sobre a velocidade, o professor pode questionar aos alunos porque é que ao abanar carvão em brasa que 
está no fogão, aquele fica mais incandescente? A partir deste exemplo conduzir o raciocínio dos alunos a concluir que ao abanar o carvão 
em brasa aumenta-se a concentração de O2 que é o reagente na combustão. Quanto maior for a concentração dos reagentes, maior será a 
velocidade de uma reacção química. 
 23
Com base nestes exemplos, pode se introduzir a dependência numérica e proporcional entre a velocidade e a concentração da velocidade 
com a concentração. Para uma reacção genérica a X + bY → produtos, a Lei da velocidade é v = k . [X]a . [Y]b. 
Com base em equações o professor explicará que o mecanismo da reacção é o conjunto de reacções elementares quecompõem uma 
reacção química e que é possível escrever a expressão da Lei de velocidade para uma reacção conhecendo o seu mecanismo. A resolução 
de exercícios por parte dos alunos ajudará a consolidar os conhecimentos aprendidos. 
Indicadores de desempenho 
o Descreve os factores que influenciam a velocidade de reacção; 
o Interprete gráficos velocidade de reacção; 
o Aplica a lei de velocidade na determinação da ordem de reacção química; 
o Efectua cálculos aplicando a equação da velocidade média e a Lei da velocidade. 
 
 24
Unidade temática 2: Equilíbrio Químico 
Unidade 
Temática 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz 
de: 
Conteúdos Competências básicas O aluno: 
Carga 
horária 
Equilíbrio 
Químico 
 
- Distinguir uma reacção 
irreversível da reversível; 
- Descrever as 
características de um 
sistema em equilíbrio; 
-Representar graficamente 
um sistema em equilíbrio 
- Interpretar os gráficos de 
um sistema em equilíbrio; 
- Determinar os valores de 
Kc e Kp num sistema em 
equilíbrio; 
- Explicar os factores que 
afectam os estado de 
equilíbrio químico; 
- Efectuar cálculos sobre o 
de rendimento de uma 
reacção química; 
- Enunciar e interpretar 
explicar o princípio de Le 
Chatelier 
Equilíbrio químico 
- Reacções irreversíveis e reversíveis. As 
características do estado de equilíbrio. 
- Factores que afectam o estado de 
equilíbrio (concentração, pressão e 
temperatura). O princípio de Le Chatelier 
- A posição do equilíbrio 
(espontaneidade de uma reacção) e valor 
da constante de equilíbrio em função das 
concentrações 
- Constante de equilíbrio em função das 
pressões parciais (Kp) 
- Cálculos envolvendo Kc e Kp 
Experiências químicas sobre factores que 
influenciam o estado do equilíbrio 
químico: Concentração e temperatura 
 
- Caracteriza o estado de 
equilíbrio com base na 
interpretação dos 
gráficos; 
- Descreve a posição de 
equilíbrio usando o valor 
da constante de 
equilíbrio; 
- Explica a produção do 
Amoníaco com base no 
Princípio de Le Chatelier
10 
Sugestões metodológicas da 2ª Unidade temática 
Nesta unidade, serão consolidados os conceitos de reacção reversível e irreversível inicado na 9ª Classe. Com base em exemplos, o 
professor conduz os alunos a caracterizar o equilíbrio químico como sendo uma situação na qual as concentrações dos participantes da 
reacção não se alteram, pois as reacções directa e inversa estão se processando com velocidades iguais. Explica ainda que na situação de 
equilíbrio químico a reacção química não pára de ocorrer, sendo por isso, denominado equilíbrio dinâmico. Os equilíbrios químicos são 
 25
classificados em homogéneos, reagentes e produtos encontram-se na mesma fase (gasosa ou líquida) e heterogéneos, há mais de uma fase 
no sistema em equilíbrio (sólida e gasosa ou sólida e aquosa) 
Ao falar dos factores que afectam o estado de equilíbrio, o professor aprofunda os conhecimentos adquiridos na 9ª Classe. 
Para equacionar matematicamente o equilíbrio usa-se a expressão da constante de equilíbrio em função das concentrações e é definida 
como sendo a multiplicação das concentrações molares dos produtos dividida pela dos reagentes, todas elevadas aos respectivos 
coeficientes estequiométricos. A partir da equação genérica: aA + bB cC + dD 
A expressão matemática da constante de equilíbrio é: Kc = [C]c[D]d/[A]a[B]b 
O professor deve mostrar que nos sistemas heterogéneos as reacções ocorrem na superfície dos reagentes. Por isso, as concentrações dos 
reagentes sólidos não participam na expressão da constante de equilíbrio. 
O professor deve chamar atenção aos alunos para não confundir constante de equilíbrio, Kc com a expressão matemática da constante de 
equilíbrio. A constante de equilíbrio é um número característico de uma dada reacção numa certa temperatura. Por outro lado, a expressão 
matemática da constante de equilíbrio relaciona Kc com as concentrações de reagentes e produtos no equilíbrio. 
É importante referir que o valor da constante de equilíbrio permite avaliar a tendência das reacções químicas que podem ser espontâneas 
ou forçadas. Uma reacção é espontânea quando o valor de Kc > 1 a uma dada temperatura e é forçada quando Kc < 1 
Deve-se salientar que a velocidade de uma reacção, envolvendo gases, pode ser expressa em função das pressões parciais dos seus 
reagentes. As concentrações molares dos reagentes na expressão da constante de equilíbrio são substituídas por pressões parciais das 
substâncias participantes, segundo a seguinte expressão: Kp = PcC. PdD/PaA . PbB 
Na resolução de exercícios os alunos serão orientados a reapresentar a expressão constante de equilíbrio em função das pressões parciais e 
das concentrações molares dos participantes nas diferentes reacções químicas incluindo os cálculos. 
Nesta unidade recomenda-se a realização da experiência química sobre a influência da temperatura no estado de equilíbrio químico, por 
exemplo, o efeito da temperatura sobre uma solução de hidróxido de amónio rosada pelo indicador fenolftaleina; o aquecimento desta 
solução faz com que o equilíbrio favoreça a formação dos reagentes (NH3 e H2O), levando ao desaparecimento da coloração rosada, pois a 
concentração dos iões OH- e NH4+ diminui. Ao se colocar o tubo aquecido no recipiente com gelo, aos poucos a coloração rosa reaparece, 
indicando o favorecimento da formação dos produtos; efeito da temperatura sobre o Dióxido de nitrogénio (gás castanho) para obtenção 
de Tetróxido de dinitrogénio, N2O4 - gás incolor. 
 26
Em relação ao efeito da concentração no deslocamento do equilíbrio pode ser realizada a seguinte experiência: borbulhar o Dióxido de 
carbono (presente no nosso sopro) sobre uma solução de Bicarbonato de sódio (NaHCO3) rosada pelo indicador Fenolftaleina; CO2 
proveniente do sopro aumenta a concentração do ácido e consequentemente a solução perde a coloração. 
Indicadores de desempenho 
o Descreve os factores que afectam a posição de equilíbrio baseando-se no Princípio de Le Chatelier; 
o Aplica a Lei de equilíbrio químico na resolução de exercício. 
 27
Unidade temática 3: Equilíbrio Químico em Solução Aquosa 
Unidade 
Temática 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz 
de: 
Conteúdos Competências básicas O aluno: 
Carga 
horária 
Equilíbrio 
Químico em 
Solução Aquosa 
- Relacionar a teoria de 
ácido/base de Arrhenius 
com a de Bronsted-Lowry; 
- Representar os pares 
conjugados nas reacções 
ácido/base; 
- Usar diferentes tabelas 
de valores de ka e de Kb 
- Efectuar cálculos de Ka e 
de Kb com base na Lei da 
diluição de Ostwald para 
ácidos e bases fracos; 
- Calcular o pH e o pOH; 
- Explicar a importância 
do pH no organismo; 
- Efectuar cálculos de pH 
e pOH das soluções ácidas 
e básicas; 
- Relacionar o grau de 
ionização e constante de 
ionização (Ki) 
- Conhecer o 
funcionamento dos 
indicadores; 
- Resolver problemas 
sobre hidrólise e produto 
de solubilidade; 
- Determinar a 
Equilíbrio em solução aquosa de ácidos, 
bases e sais: 
- Conceito histórico de ácido e base 
- Teoria ácido/base segundo Bronsted-Lowry. 
Ião hidrónio. Reacção protolítica. Pares 
conjugados de ácido/base 
- Forças de ácidos e de bases. Constantes de 
ácidos (Ka) e de base (Kb). 
- Equilíbrio iónico da água: Produto iónico da 
água (Kw). 
- Relação entre Ka Kb e Kw. 
- Grau de ionização (α ) e constante de 
ionização (Ki). Lei da Diluição de Ostwald 
- Relação entre grau de ionização e constante 
de ionização (Ki) 
- Soluções ácidas e básicas. 
- Conceitos de pH e pOH. Escala de pH e 
pOH. Relação entre pH e pOH 
- Cálculo de pH de ácidos e bases fortes. 
- Cálculo de pH de ácidos e bases fracos. 
- pH de soluções de sais. Hidrólise de sais de 
ácidos fortes e bases fracas e de ácidos fracos 
e bases fortes. 
- Solução tampão: Conceito e preparação 
- Cálculo de pH de solução tampão; fórmula 
tampão e razão tampão 
- Indicadores ácido-base; ponto de 
equivalência e zona de viragem do indicador, 
- Distingue as solução 
ácidas,básicas e neutras 
com base na escala do 
pH. 
- Usa os indicadores na 
determinação do carácter 
químico das soluções; 
- Aplica as soluções 
tampão na determinação 
do pH óptimo do solo 
para a agricultura e na 
conservação de produtos 
alimentares 
 
22 
 28
concentração de ácido ou 
de base usando a titulação 
ácido-base. 
pKind; 
- O pH e o meio ambiente; importância dos 
sistemas tampão na natureza, no nosso 
organismo e na indústria (na conservação de 
alimentos, bebidas, etc.) – Tema gerador 
- Solubilidade (S) e produto de solubilidade 
(Ks ou Kps); 
- Titulação. Ácido forte com base forte. 
- Ponto de equivalência. Cálculos 
Experiência química sobre a titulação ácido-
base (HCl e NaOH) 
Sugestões metodológicas da 3ª Unidade temática 
Para iniciar o estudo desta unidade, o professor pede aos alunos para representar as fórmulas químicas de alguns ácidos e a partir dos 
exemplos reactiva-se o conceito de ácido/base segundo Arrhenius e de Bronsted-Lowry. Define-se o conceito protólise como transferência 
de protões. Na base de reacções químicas de ácidos e de bases (NH3) com água explica-se a formação de pares conjugados. 
A força dos ácidos e das bases deve ser explicada qualitativa e quantitativamente. A explicação quantitativa deve ser na base dos valores 
das constantes de equilíbrio de ácido e de base (Ka e Kb). Enquanto que a qualitativa será na base da tendência da espécie do ácido de doar 
protões ou da base de receber protões numa reacção química. Neste tema, serão reactivados os conhecimentos dos alunos sobre a 
constante de equilíbrio adquiridos na unidade anterior. Deve-se salientar ainda que, quanto maior forem os valores de Ka e Kb, mais fortes 
serão os ácidos e as bases, respectivamente. 
Para exercitar, os alunos serão orientados a escrever a expressão da constante de acidez ou da basicidade de diferentes substâncias, e a 
consultar os valores tabelados dos ácidos e das bases e a partir destes concluir o grau de acidez ou de basicidade dos mesmos. 
Em relação ao tema sobre o equilíbrio iónico da água, sugere-se uma explicação dos conceitos de reacção protolítica e protólise. A partir 
do exemplo da reacção da auto-protólise da água será abordado o tema sobre o Produto iónico da água (Kw). Deve-se salientar que, o valor 
de Kw depende da temperatura, pois à medida que se aumenta a temperatura, as moléculas da água passam a ter maior energia cinética. 
Por isso, torna-se mais intenso o processo de ionização e por conseguinte, há um aumento das concentrações dos iões H+ (H3O+) e OH-, 
pois o processo é endotérmico. 
 29
Seguidamente fala-se da relação entre Ka, Kb e Kw, deduzindo e demonstrando que para quaisquer pares conjugados de ácidos e bases, o 
produto Ka.Kb é precisamente igual a constante de autoprotólise do solvente, à mesma temperatura. Para soluções aquosas, temos Ka..Kb = 
Kw ⇒ pKa + pkb = pKw. 
Através de uma tabela mostra a relação da variação dos valores de Kw com a temperatura, sendo a 25oC igual a 10-14, o que significa que 
[H3O+] = [OH-] = 10-7. 
Seguidamente, define-se o grau de dissociação e relaciona-se com Ka e Kb e trata-se da Lei da Diluição de Ostwald, que permite prever o 
que acontece ao diluir ou concentrar uma solução, isto é, o que acontece com o grau de dissociação se a concentração da solução diminui 
ou se a concentração de uma solução aumenta. 
A seguir, explica-se que solução ácida (acídica) é aquela em que [H3O+] > [OH-], solução alcalina (básica), [H3O+] < [OH-], e, quando 
[H3O+] = [OH-] a solução diz-se neutra (neutral). Explicar ainda que para a indicação do carácter químico de uma solução (se é acídica, 
alcalina ou neutral) usa-se uma grandeza denominada potencial, 
ãoconcentraç
potencial 1log= . Tal grandeza é definida como o 
logaritmo decimal do inverso de qualquer concentração. Se a concentração considerada for de iões H+, o potencial será denominado 
potencial hidrogeniónico, que é representado por pH. Se a concentração considerada for a de iões OH-, o potencial se denominará 
potencial hidroxiliónico, que é representado por pOH. 
Logo: [ ] [ ]
+
+ −=⇒= HpHH
pH log1log e [ ] [ ]
−
− −=⇒= OHpOHOH
pOH log1log . 
De seguida, fala-se da escala de pH e de pOH, que caracterizam as soluções. 
Como forma de exercitação, os alunos efectuam cálculos de pH e de pOH de soluções de ácidos fortes e bases fortes e de ácidos fracos e 
bases fracas. Aqui é importante falar da relação entre pH e pOH ( pH + pOH = 14, a 25 oC). Esta relação é obtida da constante de auto-
ionização da água. 
O conceito “solução tampão” deve ser tratado com base na teoria ácido-base de Bronsted-Lowry, princípio de Le Chatelier-Braun e 
conhecimentos dos alunos sobre pH e pOH. Deve-se falar da fórmula tampão e razão tampão, também dos indicadores e determinar a 
zona de viragem do indicador na base do pKind. Deve-se sublinhar que essas soluções aplicam-se nas investigações bioquímicas, na 
medicina e desempenham grande papel no funcionamento dos organismos vivos. 
 30
Para falar da solubilidade (S) e do produto de solubilidade (Ks ou Kps) deve basear-se no equilíbrio de ionização e equilíbrio heterogéneo. 
Deve explicar a diferença entre a solubilidade (quantidade de sal que satura100g do solvente) e produto de solubilidade (constante de 
equilíbrio de ionização desse sal). Deve também diferenciar a produto de solubilidade e o produto iónico (pi) do sal (o produto das 
concentrações dos iões do sal na solução) e sublinhar que numa solução saturada pi = Ks e que se pi > Ks forma-se precipitado. Nos 
exercícios de aplicação deve-se incidir mais nos sais simétricos, podendo incluir alguns exercícios com sais não simétricos. Estes 
exercícios devem incluir cálculos de Ks a partir de S e cálculo se S a partir de Ks. 
Na titulação, determina-se a quantidade de um composto, em gramas, em 1ml de solução, aplicando a fórmula T = NE/100 (onde T é o 
título da solução, N é a normalidade da solução e E é o equivalente da substância). Através da solução titulada de álcali (base solúvel em 
Água) é possível determinar a normalidade da solução de ácido, e, vice-versa. Para a titulação de soluções é cómodo utilizar as soluções 
normais aplicando para os cálculos a fórmula Na.Va = Nb.Vb (onde N é a normalidade da solução, V é o volume da solução, a é a 
substância acídica e b a substância alcalina ou básica). 
Nesta unidade, recomenda-se a realização de experiências químicas sobre a titulação ácido-base de HCl e NaOH. 
Indicadores de desempenho 
o Distigue ácido e base segundo Bronsted-Lowry; 
o Aplica a Lei de Diluição de Ostwald na resolução de exercício 
o Relaciona o pH e pOH com o produto iónico da água (Kw); 
o Distigue as solução ácidas, básicas e neutras com base na escala do pH; 
o Calcula o pH e pOH de soluções ácidas e básicas fortes e fracas; 
o Relaciona pKa + pKb = pKw com a constante de hidrólise salina (Kh). 
o Aplica as soluções tampão na determinação do pH óptimo do organismo; 
o Resolve problemas de cálculo de produto de solubilidade e sobre titulação de ácidos e bases fortes; 
o Selecciona e decide sobre os materiais necessários e adequados para a realização da titulação de um ácido forte com uma base 
forte; 
o Redige os relatórios da experiência e de pesquisa. 
 
 31
Unidade temática 4: Reacções Redox e Electroquímica 
Unidade 
Temática 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: Conteúdos 
Competências básicas 
O aluno: 
Carga 
horária 
Reacções Redox 
e 
Electroquímica 
- Definir os conceitos de 
oxidação, redução, semi-
equação, agente oxidante, 
agente redutor par 
conjugado rdox; 
- Conhecer as regras de 
determinação do número de 
oxidação; 
- Deduzir uma reacção 
redox a partir dum 
enunciado indicando o 
oxidante e o redutor; 
- Acertar equações redox 
pelo método da variação do 
número de oxidação; 
- Relacionar as reacções 
redox com processos de 
transformação de energia; 
- Relacionar electrólise da 
electroquímica; Interpretar o 
funcionamento da pilha de 
Daniel; 
- Efectuar cálculos daf.e.m. 
de uma pilha; 
- Conhecer o funcionamento 
das pilhas e baterias 
comerciais; 
- Relacionar electrólise 
ígnea da aquosa; 
- Escrever as equações das 
Reacções redox 
- Conceito histórico de oxidação e redução. 
- Conceitos básicos: agente redutor, agente 
oxidante, reduzir, oxidar, redução, oxidação. 
- Número de oxidação. Regras para a 
determinação do número de oxidação 
- Pares conjugados redox. Semi-equações 
redox. Forças de oxidantes e de redutores. 
Potencial normal redox. Tabela de potenciais 
normal redox. Série de reactividade de metais 
e de ametais. 
- Acerto de equações redox pelo método de 
variação do número de oxidação (equações 
moleculares e método das semi-equações) e 
método ião-electrão (equações iónicas em 
solução). 
 
Electroquímica 
- Célula galvânica. A pilha de Daniel. 
Transferência de electrões e previsão de 
espontaneidade de reacções. 
- Conceito e tipos de eléctrodos. Esquema de 
um eléctrodo. 
- Potencial do eléctrodo; Eléctrodo normal de 
Hidrogénio 
- Determinação da f. e. m. duma pilha. 
Potencial normal dum par redox conjugado. 
- Diagrama e esquema de célula. f . e. m. 
duma célula galvânica com base na tabela 
com valores de potenciais padrão (Eo) 
- Conhece o 
funcionamento dos 
diferentes tipos de pilhas 
utilizadas no quotidiano; 
 
- Estabelece a relação 
entre a electrólise com a 
produção de substâncias 
úteis no quotidiano (Al, 
Na2CO3, NaOH, Na, Cu, 
Cl2, etc.); 
- Aplica os 
conhecimentos da 
electrólise na protecção 
de metais contra a 
corrosão e para produzir 
objectos de adorno 
usando moldes. 
22 
 32
reacções de electrólise; 
- Conhecer as aplicações da 
electrólise no quotidiano; 
- Efectuar cálculos usando 
Lei de Faraday. 
- Bateria de chumbo. Pilha seca 
- Experiencia química sobre a montagem de 
algumas células galvânicas e medição da 
f.e.m. ou fazer acender lâmpadas simples. 
 
Electrólise 
- Célula electrolítica 
- Electrólise de soluções aquosas usando 
eléctrodos inertes. 
- Electrólise de substâncias iónicas fundidas. 
- Leis de Faraday. 
- Aplicações da electrólise (galvanoplastia, 
galvanostegia, anodização, refinação de 
metais e obtenção de substâncias de 
interesse). 
- Experiencia química sobre a electrólise de 
água e a electrólise de uma solução de 
Cloreto de sódio. 
Sugestões metodológicas da 4ª Unidade temática 
Reacções Redox 
Ao iniciar esta unidade, como breve historial, o professor informa aos alunos que a oxidação é um processo que já era conhecido na 
sociedade primitiva visto que o desenvolvimento material da civilização, tanto no oriente como no ocidente foi acompanhado pelo 
desenvolvimento de procedimentos de natureza química para a obtenção de substâncias ou para a sua purificação. De seguida, recorda os 
alunos sobre os conceitos de oxidação e redução dados na 8ª Classe, como ganho e perca de oxigénio, e da 9ª Classe como transferência 
de electrões. A partir de exemplos, o professor leva os alunos a definir a reacção redox como uma reacção química que ocorre com 
transferência de electrões e explica que a partícula que ganha electrões chama-se oxidante e ao processo de ganhar electrões, chama-se 
redução. O agente aqui, actua como um oxidante. Á partícula que cede ou perde electrões, chama-se redutor, o processo tem o nome de 
 33
oxidação. O agente actua como um redutor. Desta maneira, o redutor não pode perder electrões sem a presença de qualquer oxidante 
que os apanha, por isso, redução e oxidação ocorrem simultaneamente razão pela qual, falamos de reacções redox. 
Em seguida, define o número de oxidação (Nox) dum elemento como o número de electrões que o elemento (o átomo do elemento) pode 
perder ou ganhar quando participa numa reacção química, ou, a carga que o elemento teria se os electrões envolvidos nas ligações fossem 
contados como pertença do elemento mais electronegativo que participa nessa ligação (composto iónico). Número de oxidação de um 
elemento num composto covalente, define-se como número de electrões deslocados do átomo do elemento em causa para outros átomos 
(quando este número é positivo) ou deslocados dos átomos dos outros elementos para o átomo do elemento em questão (quando é 
negativo). Aqui, o professor explica as regras para a dedução dos números de oxidação das espécies químicas (átomos, iões, moléculas, 
etc). 
Através de exemplos, com o uso do número de oxidação, os alunos identificam as reacções redox como aquelas em que há variação de 
Nox de pelo menos dois elementos, identifica os processos redox e os pares conjugados redox, em comparação com os pares conjugados 
ácido-base. A partir dos pares redox, o aluno deduz as semi-equações redox e a equação global. Prevê a ocorrência da reacção redox com 
ajuda dos potenciais redox tabelados em comparação com as forças ácido-base. 
Sobre o acerto de equações, o professor explica os diferentes métodos, começando pela variação do nox, primeiro, pelo método da 
equação global e depois pelas semi-equações. Depois explica o método de acerto de equações iónicas em solução aquosa (método ião-
electrão), tanto soluções ácidas, alcalinas bem como neutras. 
O professor termina este tema com exercitação sobre a previsão de reacções redox e a acerto de equações de reacções redox. 
Electroquímica 
Sobre a Electroquímica, começa-se por citar exemplos de aparelhos e dispositivos do dia-a-dia que usam processos electroquímicos no 
seu funcionamento. Pilhas e baterias constituem hoje em dia produtos de grande importância para a sociedade. 
Este tema esclarece como é possível gerar uma corrente eléctrica por meio de uma reacção química. Também analisa a corrosão sofrida 
por certos metais (fenómeno que causa muitos prejuízos ao ser humano) e meios para tentar retardá-la ou evitá-la. 
Seguidamente define-se Electroquímica como a parte da Química que estuda a relação entre a reacção química e a energia eléctrica. 
Definem-se o eléctrodo, como o conjunto formado por uma barra metálica mergulhada numa solução de iões desse metal, e explica-se os 
fenómenos que ocorrem nos eléctrodos - no eléctrodo positivo (cátodo) ocorre redução e no eléctrodo negativo (ânodo) é onde oxidação - 
bem como a determinação do sentido da corrente eléctrica numa célula galvânica (célula electroquímica) e desta para o circuito externo, e, 
vice-versa. Para isso, o professor recorre a ajuda de um esquema para representar os eléctrodos. Fala-se da célula galvânica e dá-se o 
 34
esquema da constituição de uma célula galvânica, e o papel e a constituição de cada uma das partes (dois eléctrodos e uma ponte salina ou 
uma membrana porosa). 
Ao tratar o potencial do eléctrodo, este deve ser definido como um número medido em volts, que indica a tendência do processo em 
ocorrer no sentido em que está escrito, e é representado por E, podendo ser potencial de oxidação (Eoxid) e potencial de redução (Ered), 
dependendo se a equação do eléctrodo representa uma semi-equação de oxidação ou de redução. É importante que os alunos saibam que 
existem outras notações para o potencial (por exemplo, ϕ, ε, etc.). Quando o potencial for medido em condições normais de temperatura e 
pressão (1 atm, 25 oC) e na concentração de 1 M, diz-se potencial padrão, Eo. Os potenciais padrão dos eléctrodos estão tabelados. 
O potencial de redução do eléctrodo de Hidrogénio (H2/2H+), em condições normais de temperatura e pressão (1 atm, 25 oC) e 
concentração 1 M, foi convencionado como sendo igual a zero. Este é usado como padrão de comparação para a determinação dos 
potenciais de redução dos outros eléctrodos. 
O eléctrodo normal é uma placa de Platina ou Níquel mergulhada na solução de Ácido sulfúrico onde deve passar Hidrogénio. O professor 
explica ainda que existem dois grupos de ânodos: insolúveis (C, Pt, Ir) e solúveis (Cu, Ag, Zn, Cd, Ni, e outros metais). Ao exemplificar 
os eléctrodos, o professor deve familiarizar os alunos com os esquemas dos eléctrodos. 
O professor define a força electromotriz (f.e.m.) ou diferença de potencial (ddp) da pilhacomo sendo a diferença entre os valores do 
potencial do eléctrodo de maior valor valor algébrico (o eléctrodo oxidante) e o do menor valor (o eléctrodo redutor); F.e.m. = Eoxid - Ered. 
Realçar que para a medição da f.e.m. usa-se um aparelho chamado voltímetro. 
Depois, o aluno reactiva o diagrama da célula galvânica e faz cálculos de f.e.m. de células galvânicas, com base na tabela de valores Eo. 
Com base nos conhecimentos sobre a célula galvânica, o professor explica a estrutura e o funcionamento da pilha de Daniell, pilha seca 
(de Leclanché) incluindo pilha alcalina (um melhoramento da pilha de Leclanché), da bateria de Chumbo, célula de Mercúrio (ideal para 
relógios de pulso e aparelhos de surdez), e bateria de Níquel/Cádmio (como a usada nos telemóveis, brinquedos, etc). As pilhas devem ser 
classificadas em reversíveis (recarregáveis, como a dos telemóveis) e irreversíveis (irecarregável, como a de Leclanché). Aqui, o professor 
pode fazer a dissecação duma pilha e duma bateria velha para estudar as partes constituintes. 
Nesta subunidade o professor deve fazer montagens de algumas células galvânicas possíveis no seu meio escolar e medir a f.e.m. ou fazer 
acender lâmpadas simples. 
Electrólise 
 35
Na subunidade Electrólise, começa-se por definir a Electrólise como sendo toda a reacção química provocada por corrente eléctrica 
proveniente de uma fonte externa. O esquema da célula electrolítica deverá ser comparado com o da célula electroquímica. Deve-se 
informar que a f.e.m. que pode provocar a electrólise deve ser maior que a f.e.m. da célula electroquímica correspondente. 
Seguidamente, classifica a electrólise em ígnea (de massas fundidas iónicas, como de sais NaCl, Na2SO4, etc.) e em solução aquosa (como 
NaCl(aq)), na superfície de eléctrodos inertes. Aqui, deve-se mencionar e estudar com pormenor. 
As relações quantitativas da electrólise devem ser estudadas na base das duas leis de Faraday. 
Para completar o estudo deste capítulo, fala-se das aplicações da electrólise (galvanoplastia, galvanostegia, anodização, refinação de 
metais e obtenção de substâncias de interesse, como o processo de produção de Alumínio Soda soldada e Soda cáustica). 
Nesta subunidade recomenda-se ao professor realizar experiências simples de electrólise, como por exemplo, a electrólise de água e a 
electrólise de uma solução de Cloreto de sódio. 
Indicadores de desempenho 
o Aplica os conceitos de oxidação, redução, oxidante, redutor e par conjugado redox, na identificação de reacções redox; 
o Aplica os métodos de variação do Nox e ião electrão no acerto de equações moleculares e iónicas; 
o Identifica as células galvânicas com base num esquema de representação; 
o Resolução de exercícios na determinação da força electromotriz de uma pilha; 
o Descreve o funcionamento das pilhas usadas no quotidiano; 
o Aplica as leis de Faraday na resolução de exercícios de electrólise; 
o Realiza experiencia química sobre a sobre a montagem de algumas células galvânicas e medição da f.e.m. ou fazer acender 
lâmpadas simples e electrólise de água e a electrólise de uma solução de Cloreto de sódio; 
o -Selecciona e decide sobre os materiais necessários e adequados para a realização das experiências; 
o Redige os relatórios das experiências realizadas. 
 
 36
Unidade temática 5: Química Orgânica 
Unidade 
Temática 
Objectivos 
específicos 
O aluno deve ser 
capaz de: 
Conteúdos 
Competências 
básicas 
O aluno: 
Carga 
horária 
Química 
Orgânica 
-Usar a 
nomenclatura 
IUPAC e Usual 
para nomear os 
Alcanos, Alcenos. 
Alcinos e os 
compostos 
Aromáticos 
- Escrever as 
equações das 
reacções que 
traduzem as 
propriedades 
químicas dos 
alcanos; alcenos, 
alcinos e 
compostos 
aromáticos 
- Usar a 
nomenclatura 
IUPAC e Usual 
para nomear os 
álcoois, fenóis. 
- Nomear os 
éteres, aldeidos e 
cetonas, esteres 
com base na 
nomenclatura 
Hidrocarbonetos: revisão 
- Fórmula geral 
- Nomenclatura (Usual e IUPAC); 
- Reacções de substituição e de adição: 
- Substituição em alcanos 
- Substituição em compostos aromáticos (efeitos indutivos e 
mesoméricos) Reacções de adição em alcenos e alcinos; 
 
Álcoois e fenóis: revisão 
- Álcoois: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura. 
Classificação. Propriedades físicas. Preparação de mono 
álcoois. Propriedades químicas. Aplicações. Poliácoolis: 
Etilenoglicol e Glicerol. 
- Fenóis: Preparação. Propriedades químicas e aplicações do 
fenol. 
Oxidação de álcoois: 
- Reacções de oxidação de álcoois; 
- Obtenção de álcoois por redução 
Temas geradores: 
- Transformação de vinho em vinagre 
- Formação do Etanol por fermentação; As bebidas alcoólicas e 
os riscos que representam 
- Utilização de álcool como combustível 
 
Éteres: Fórmula geral e grupo funcional. Nomenclatura. 
Propriedades físicas. Preparação. Propriedades químicas. 
Aplicações. 
 
- Contribui 
na divulgação, na 
comunidade, 
sobre os cuidados 
que se deve ter no 
manuseamento e 
conservação dos 
combustíveis (Gás 
de cozinha, 
gasolina, etc.) 
- Aplica as 
diferentes técnicas 
de produção de 
produtos a base de 
hidrocarbonetos 
ao nível da 
comunidade 
-Promove círculos 
de interesse e feiras 
de artigos 
produzidos 
localmente com 
vista a despertar 
maior interesse pela 
química das 
substância 
macromoleculares 
(Lã, Seda, Algodão, 
40 
 37
Usual IUPAC 
- conhecer as 
aplicações e 
propriedades 
físicas do éteres, 
álcoois, éteres, 
aldeidos e cetonas 
-Escrever as 
equações das 
reacções que 
traduzem as 
propriedades 
químicas dos 
álcoois, éteres, 
aldeidos e cetonas, 
ácidos carboxílicos 
e esteres. 
 
- Conhecer a 
nomenclatura, 
obtenção e 
aplicações das 
amidas 
-Conhecer a 
estrutura das 
substâncias 
presentes nos seres 
vivos 
- Explicar a 
importância das 
substâncias 
presentes nos seres 
vivos. 
- Conhecer a 
estrutura dos 
Aldeídos e cetonas: 
 -Fórmula geral e grupo funcional 
- Nomenclatura. Propriedades físicas. Preparação. Propriedades 
químicas. Aplicações. 
 
Ácidos carboxílicos: 
- Fórmula geral e grupo funcional 
- Nomenclatura. Propriedades físicas e químicas. Preparação e 
aplicação 
Ésteres. 
- Fórmula geral e grupo funcional 
- Nomenclatura. Propriedades físicas e químicas. Preparação e 
aplicação; 
- Experiência químicas sobre esterificação (reacções entre 
vários álcoois com vários ácidos carboxílicos). 
 
Aminas: 
- Fórmula geral e grupo funcional 
- Nomenclatura e classificação. Propriedades físicas. Métodos 
de obtenção. Propriedades químicas e aplicações. Anilina 
Amidas: 
- Fórmula geral e grupo funcional 
- Nomenclatura. Obtenção e aplicações. Ureia. 
 
Noções sobre alguns compostos presentes nos seres vivos 
- Triglicerídeos (Lípidos): Estrutura geral, óleos e gorduras. 
Aplicações 
- Ácidos gordos saturados e insaturados; 
- Sabões e detergentes: Reacção de saponificação, Detergência 
(actuação de sabões e detergentes na limpeza); 
- As gorduras e o organismo humano, importância e 
consequência da sua falta - Tema gerador 
- Experiência sobre saponificação (produção do sabão 
comum). 
poliésteres, 
poliamidas, 
poliuretanas). 
-Participa na 
divulgação sobre o 
perigo do consumo 
de bebidas 
alcoólicas 
- Participa na 
divulgação, do 
consumo 
equilibrado das 
substâncias 
necessárias para a 
manutenção do 
organismo; 
- Participa na 
divulgação sobre 
os problemas 
ambientais 
causados pelos 
polímeros 
sintéticos 
 38
polímeros mais 
importantes. 
- Conhecer a 
importância dos 
polímeros mais 
comuns. 
 
Aminoácidos: (Conceito, estrutura nomenclatura e 
classificação). Ligação peptídica e formação de peptídeos e 
proteínas; 
Proteínas: 
- Estrutura primária das proteínas. Configuração. Importância 
bioquímica. 
- Hidrólise de proteínas; 
- Importância das proteínas no organismo e consequências da 
sua falta - Tema gerador 
 
- Carbohidratos: 
- Monossacarídeos 
- Dissacarídeos 
- Polissacarídeos: Amido e Celulose. 
- Carbohidratos como fonte de energia no organismo humano e 
consequências da sua falta -

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