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REGISTRO DE NASCIMENTO 
Lei 6015/73 – Lei de registros públicos e Prov CNJ 28 - 16, Lei 8560
Prazo para o legitimado declarar o nascimento em cartório: art. 50.
Art. 50. Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência dos pais, dentro do prazo de 15 dias, que será ampliado em até 3 meses para os lugares distantes mais de 30 quilômetros da sede do cartório. 
· Todo nascimento no território nacional: ainda que não tenha nacionalidade brasileira tem que ter registro se nasceu no Brasil. Ex: dois embaixadores da França, o filho não terá nacionalidade brasileira mesmo nascido no Brasil, mas deverão ser registrados e a depender da legislação do país em questão os pais farão também registro no consulado ou no cartório local. 
· Competência territorial: local do parto ou da residência dos pais. Se morarem em local distinto, qualquer dos locais. A escolha é do legitimado a declarar.
· Prazo: 15 dias corridos, podendo ser ampliado em até 3 meses para os locais mais distantes de 30 km da sede do cartório.
· Não são 3 meses + 15 dias, mas até 3 meses.
· Local mais de 30 km – local do parto ou da residência dos pais até a sede do cartório.
Índios: Art. 50 § 2º Os índios, enquanto não integrados, não estão obrigados a inscrição do nascimento. Este poderá ser feito em livro próprio do órgão federal de assistência aos índios (Funai). 
· Não é obrigado, mas não é proibido.
· Em caso de dúvida se está integrado ou não, pode requerer a presença de um integrante da Funai, mas a presença do índio no cartório pedindo o registro é indicativo de estar integrado.
· A Funai ao registrar o índio emite o RANI (registro administrativo do índio na Funai), não tem os mesmos efeitos o registro do RCPN, é um registro meramente administrativo.
Brasileiros nascidos no estrangeiro: art. 50 § 5º Aos brasileiros nascidos no estrangeiro se aplicará o disposto neste artigo, ressalvadas as prescrições legais relativas aos consulados.
Obs: há provimento CNJ específico sobre esta questão. Observar o provimento.
· Filho de brasileiro pode ser registro no RCPN do país de nascimento ou no consulado. Se for no consulado é brasileiro nato. Se for no RCPN local fica sujeito a opção de nacionalidade.
Nascimento a bordo de navios ou aeronaves: art. 51. Os nascimentos ocorridos a bordo, quando não registrados nos termos do artigo 65, deverão ser declarados dentro de 5 dias, a contar da chegada do navio ou aeronave ao local do destino, no respectivo cartório ou consulado.
· Prazo de 5 dias da chegada do navio ou aeronave
· Competência territorial: porto ou aeronave.
· Consulado do porto ou aeroporto estrangeiro.
Em caso de falta ou impedimento da mãe ou pai: prorroga o prazo ordinário de 15 dias por mais de 45 dias.
Prazo para o oficial lavrar o assento: art. 46 § 5º Se o Juiz não fixar prazo menor, o oficial deverá lavrar o assento dentro em 5 dias, sob pena de pagar multa correspondente a um salário-mínimo da região.
Obs: a Lei 8935 traz outras hipóteses de penalidade que não multa, então esta questão da multa estaria superada na opinião do professor como a única penalidade. Pode haver multa, mas também as outras previstas.
O prazo é contado de quando forem apresentadas eventuais provas requeridas.
Em SP: todo ato do registro civil que não for finalizado no dia da requisição lança no livro protocolo. O que executa de imediato não precisa.
Competência material do RCPN o registro de nascimento – art. 29, I.
Consequência do registro extemporâneo: art. 46 – penalidade caso não seja observado o prazo de declaração. As consequências da inobservância do prazo são:
· Fixação da competência territorial do RCPN do local da residência do interessado: se menor, será o local de residência dos pais; se maior, é o próprio domicílio.
· Prov CNJ 28 - Se não tiver residência ou domicílio fixo, será do local onde se encontrar.
· Requerimento escrito: em regra, dentro do prazo é um requerimento verbal. O motivo é a insegurança sobre a filiação, isto porque a lei que é de 76, época em que não havia a DNV emitida por profissionais de saúde e parteiras profissionais que são pessoas que viram o nascimento. E os nascimentos domiciliares não traziam estes elementos de convicção.
· Sendo declaração extemporânea, conforme art. 46 § 3o o oficial do Registro Civil, se suspeitar da falsidade da declaração, poderá exigir “prova suficiente”. É dada discricionariedade para o oficial exigir prova suficiente se suspeitar de forma fundamentada. Ex: 2 testemunhas previstas em lei e na entrevista com as 2 testemunhas separadamente, apurar os elementos de convicção, atestado médico da condição pós parto (a depender de quanto tempo tem a criança).
· Art 52 § 2º Tratando-se de registro fora do prazo legal o oficial, em caso de dúvida, poderá requerer ao Juiz as providências que forem cabíveis para esclarecimento do fato.
· § 4o Persistindo a suspeita, o oficial encaminhará os autos ao juízo competente – definido conforme leis de organização judiciária, em SP é o Juiz corregedor permanente.
· Necessidade de 2 testemunhas para o requerimento de registro
· Se for apresentada DNV não há necessidade de 2 testemunhas, mas ainda tem a competência territorial fixada no local de residência.
· Não há mais penalidade de multa.
Legitimados a declarar o nascimento: art. 52. Trata-se de ordem preferencial:
· O pai ou a mãe, isoladamente ou em conjunto, observado o disposto no § 2o do art. 54, ou seja, pouco importando quem é o pai que está lançado na DNV.
· Quanto a maternidade, em regra é certa, quem deu a luz.
· Quanto ao pai, ele tem que assumir a condição jurídica, por isso a informação da DNV pode não ser correta e o registrador civil apura esta questão com critério para não permitir adoções a brasileira.
· No caso de falta ou de impedimento do pai ou mãe, outro indicado, que terá o prazo para declaração prorrogado por 45 dias – prazo total 60 dias (15 do prazo ordinário + 45 dias da prorrogação), desde que comprovada a falta ou impedimento.
· Falta ou impedimento do pai OU mãe. Ex: morte, mãe que fica internada por problemas do parto.
· Estes prazos aplicam-se para que um dos dois, pai ou mãe declarem e não os demais legitimados.
· Não é a situação de pai ou mãe preso. O diretor do presídio pode abonar a assinatura, conforme normativa local.
· No impedimento de ambos, o parente mais próximo, sendo maior achando-se presente.
· Ex: mãe menor, pai morto – declara a avó no prazo ordinário do art. 50 (15 dias ou 3 meses, conforme o caso).
· Em falta ou impedimento do parente referido os administradores de hospitais ou os médicos e parteiras, que tiverem assistido o parto: não pode ser qualquer um, tem que ter assistido o parto.
· Pessoa idônea da casa em que ocorrer, sendo fora da residência da mãe;
· As pessoas encarregadas da guarda do menor: guarda relativa a companhia do menor e não guarda jurídica do ECA.
SP: se exibido a DNV qualquer legitimado pode declarar, independente de ordem de preferência, porque já tem certeza em relação a maternidade, data de nascimento, sexo, maternidade e presunção de filiação decorrente do casamento se for o caso.
Dúvida do oficial em declaração dentro do prazo: 
Art. 52 § 1° Quando o oficial tiver motivo para duvidar da declaração, poderá ir à casa do recém-nascido verificar a sua existência, ou exigir a atestação do médico ou parteira que tiver assistido o parto, ou o testemunho de duas pessoas que não forem os pais e tiverem visto o recém-nascido.
· A lei traz opções taxativas: ir a casa do recém-nascido, exigir atestação do médico ou parteira que tiver assistido o parto ou 2 pessoas que tiverem visto o recém-nascido.
Comunicações do oficial do RCPN: art. 52 § 3º O oficial de registro civil comunicará o registro de nascimento ao Ministério da Economia e ao INSS pelo Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) ou por outro meio que venha a substituí-lo.
Natimorto: Art. 53. No caso de ter a criança nascido morta ou no de ter morrido na ocasiãodo parto, será, não obstante, feito o assento com os elementos que couberem e com remissão ao do óbito. 
§ 1º No caso de ter a criança nascido morta, será o registro feito no livro "C Auxiliar", com os elementos que couberem.
§ 2º No caso de a criança morrer na ocasião do parto, tendo, entretanto, respirado, serão feitos os dois assentos, o de nascimento e o de óbito, com os elementos cabíveis e com remissões recíprocas.
· Nascido vivo – o que respirou na ocasião do parto e morreu na sequência – registro de nascimento + registro de óbito.
· Natimorto – não respirou após o parto ou morreu dentro do útero – feito o registro no livro C Auxiliar com elementos próprios que couberem tanto do assento de nascimento quanto de morte.
Competência prorrogada: do oficial de registro do óbito para registrar o nascimento em caso de criança que nasceu com menos de 1 ano sem registro de nascimento.
Elementos do assento de nascimento: deve conter:
· O dia, mês, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sendo possível determiná-la, ou aproximada: essas informações constam da DNV em regra.
· O sexo do registrando: se a DNV lançar sexo indeterminado, lança no registro desta forma e posteriormente é averbado.
· O fato de ser gêmeo, quando assim tiver acontecido: inclusive declarando a ordem de filiação – 1º gêmeo, 2º gêmeo, etc.
· O nome e o prenome, que forem postos à criança: os pais escolhem, ainda que outro legitimado compareça (situação em que o oficial questiona se foi aquele nome foi escolhido pelos pais). 
· Porém, esta escolha é limitada, porque não pode ser suscetível de expor a criança ao ridículo.
· O sobrenome avoengo (dos avós) é possível.
· Oficial deve respeitar o nome de etnia dos pais, ainda que seja estranho ao oficial.
· A declaração de que nasceu morta, ou morreu no ato ou logo depois do parto.
· A ordem de filiação de outros irmãos do mesmo prenome que existirem ou tiverem existido: disposição ineficaz pelo ECA – não marca mais a ordem de nascimento dos irmãos, exceto em gêmeos.
· Os nomes e prenomes, a naturalidade, a profissão dos pais, o lugar e cartório onde se casaram, a idade da genitora, do registrando em anos completos, na ocasião do parto, e o domicílio ou a residência do casal (pais).
· Numa interpretação conforme a CF não se declara mais lugar e cartório de casamento dos pais porque é indiferente a origem da filiação. Em relação a domicílio e residência se declara o dos pais e não do casal.
· Os nomes e prenomes dos avós paternos e maternos;
· Os nomes e prenomes, a profissão e a residência das 2 testemunhas do assento, quando se tratar de parto ocorrido sem assistência médica em residência ou fora de unidade hospitalar ou casa de saúde; 
· O número de identificação da Declaração de Nascido Vivo, com controle do dígito verificador, exceto na hipótese de registro tardio.
· Sempre tem que constar DNV
· Mas na declaração extemporânea pode não ter DNV porque ela só existe de 1990 em diante e o uso disseminado ocorreu a partir de 1991.
· A naturalidade do registrando: será do local do nascimento, residência da mãe ou pai. 
· Art. 54 § 4o A naturalidade poderá ser do Município em que ocorreu o nascimento ou do Município de residência da mãe do registrando na data do nascimento, desde que localizado em território nacional, e a opção caberá ao declarante no ato de registro do nascimento.
· Leitura conforme a CF: pode ser também o domicílio do pai. Verificar se há informação nas normas de serviço. (na primeira fase letra da lei, nas demais informar sobre a leitura conforme).
Situações em que exige 2 testemunhas para afirmar que a mãe estava gestante e que é a mãe da criança:
· Declaração extemporânea SEM DNV
· Dúvida do oficial sobre a declaração (é uma das hipóteses do oficial)
· Parto sem assistência médica
Paternidade: art. 54 § 2o O nome do pai constante da Declaração de Nascido Vivo não constitui prova ou presunção da paternidade, somente podendo ser lançado no registro de nascimento quando verificado nos termos da legislação civil vigente. 
· Indicação do nome do pai na DNV não prova paternidade. A apuração da paternidade compete ao registrador civil seja pelo reconhecimento de filho ou presunção de filiação decorrente do casamento.
DNV: art. 54 § 3o Nos nascimentos frutos de partos sem assistência de profissionais da saúde ou parteiras tradicionais, a Declaração de Nascido Vivo será emitida pelos Oficiais de Registro Civil que lavrarem o registro de nascimento, sempre que haja demanda das Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde para que realizem tais emissões. 
Provimento CNJ traz um limite temporal.
Art. 54 §1º - Não constitui motivo para recusa, devolução ou solicitação de retificação da Declaração de Nascido Vivo por parte do Registrador Civil das Pessoas Naturais:
· Equívocos ou divergências que não comprometam a identificação da mãe. Ex: mãe que apresenta na maternidade RG de solteira e na DNV coloca o nome desatualizado. Na apresentação de certidão de casamento faz o registro com o nome de casada.
· Omissão do nome do recém-nascido ou do nome do pai: pode ser preenchido no cartório (de preferência o legitimado de próprio punho – a lei não diz isto, mas é indicado). 
· Divergência parcial ou total entre o nome do recém-nascido constante da declaração e o escolhido em manifestação perante o registrador no momento do registro de nascimento, prevalecendo este último: prevalece o nome que a pessoa indica em cartório (pode pedir para a pessoa escrever de próprio punho na DNV para evitar problemas práticos, mas a lei não fala). 
· Divergência parcial ou total entre o nome do pai constante da declaração e o verificado pelo registrador nos termos da legislação civil, prevalecendo este último; 
· Demais equívocos, omissões ou divergências que não comprometam informações relevantes para o registro de nascimento. 
Nome civil: 
Falta de indicação de nome completo: Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se forem conhecidos e não o impedir a condição de ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato.
· Condição de ilegitimidade: não existem mais diferença entre filhos legítimos ou ilegítimos.
· Ex: pai no cartório só indica prenome, mas não o sobrenome: coloca o sobrenome do pai ou na falta da mãe (interpretação conforme: qualquer um dos dois).
Nome ridículo: Art. 55 Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente (em SP – Juiz corregedor permanente).
· Não existe registro provisório com o nome.
· Se a parte não aceitar, NÃO registra e submete ao juiz corregedor.
· Se os pais não concordarem quanto ao nome, não registra. Tem que entrar com ação judicial para resolver, não resolve na alçada administrativa dos juízes correicionais.
Alteração imotivada de nome: art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. 
· Faculdade a ser exercida aos 18 anos, antes dos 19 anos.
· Em SP o procedimento inicia no RCPN, passa para o juiz corregedor que decide e publica e após isto averba.
· Não precisa de oitiva do MP
Alteração motivada do nome: art. 57 A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese de ocorrência de erro de grafia que enseja retificação (art. 110)
· Completados 19 anos alteração somente excepcional e motivada.
· Precisa de oitiva do MP na vara de registros públicos onde houver,caso contrário vara cível.
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma comercial registrada ou em qualquer atividade profissional. 
· Nome comercial pode integrar o nome civil por exceção, motivadamente, com oitiva do MP, em processo judicial na vara de registro (ou vara cível) e com sentença favorável do juiz.
· Vale para qualquer atividade econômica regularmente constituída (registrada).
· Qualquer atividade profissional: profissional autônomo que não se inscreve na JC nem no RCPJ.
 § 2º A mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva com homem solteiro, desquitado ou viúvo, excepcionalmente e havendo motivo ponderável, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o patronímico de seu companheiro, sem prejuízo dos apelidos próprios, de família, desde que haja impedimento legal para o casamento, decorrente do estado civil de qualquer das partes ou de ambas. 
§ 3º O juiz competente (vara de registro público ou cível) somente processará o pedido, se tiver expressa concordância do companheiro, e se da vida em comum houverem decorrido, no mínimo, 5 anos ou existirem filhos da união. 
§ 4º O pedido de averbação só terá curso, quando desquitado o companheiro, se a ex-esposa houver sido condenada ou tiver renunciado ao uso dos apelidos do marido, ainda que dele receba pensão alimentícia.
· Embora esta norma e o provimento CNJ que disciplina a união estável possa coexistir, o provimento permite a inclusão do nome do companheiro de forma mais simples, e, portanto, é mais usado, mas se aparecer na primeira fase, é importante saber o dispositivo.
· Desquitado: atual separação judicial, mas pode ser entendido solteira, separada, divorciada ou viúva.
· Adiciona o patronímico (sobrenome) do companheiro ao seu sobrenome e não suprimir.
· É uma união estável em que um dos companheiros é separado judicial ou extrajudicialmente:
· Mulher em um dos estados civis indicados que conviva com homem separado (impedimento legal para o casamento decorrente do estado civil, ou seja, separado).
· União estável de pessoa casada, mas separada de fato – pode ser usado aqui.
· Demais requisitos:
· Concordância do companheiro
· Convivência em comum 5 anos ou filhos da união.
· Ex esposa renunciar ao uso do patronímico ou foi condenada a perder.
Alteração de nome para proteção de testemunha criminal: art. 57 § 7o Quando a alteração de nome for concedida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente de colaboração com a apuração de crime, o juiz competente determinará que haja a averbação no registro de origem de menção da existência de sentença concessiva da alteração, sem a averbação do nome alterado, que somente poderá ser procedida mediante determinação posterior, que levará em consideração a cessação da coação ou ameaça que deu causa à alteração.
Art. 58 Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público.
· Concedida em razão de fundada coação ou ameaça em apuração de crime.
· Juiz competente – pode ser inclusive o juiz criminal.
· Trata-se de averbação que o nome civil alterado não é lançado no corpo do registro.
· O que se averba no registro de origem (seja registro de nascimento ou de casamento) é a existência da sentença concessiva da alteração.
· Ex: Averbação 1 – na data X promovo a averbação do quanto determinado na sentença de data X no processo X, juízo da vara X, que determina a inclusão da sentença concessiva de alteração do nome.
· Para tirar os demais documentos usa o mandato judicial onde determina a alteração do nome.
· Somente quando cessada a ameaça ou coação poderá ser averbado o nome e o registrado escolhe se continua com o novo nome ou se volta ao anterior.
· É único caso em que permanece até no registro de nascimento SEM nome civil. 
§ 8o O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§ 2º e 7o deste artigo, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa concordância destes, sem prejuízo de seus apelidos de família. 
· Do ponto de vista prático utiliza o provimento CNJ sobre socioafetividade (neste provimento tem inclusão de pai ou mãe com concordância dos genitores biológicos).
· Motivo ponderável
· Na lei basta a relação entre enteado (a) e padrasto ou madrasta e não exige concordância de genitores biológicos, mas por processo judicial.
Apelidos notórios: Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios.
· Em regra, o prenome é definitivo. Mas excepcionalmente pode ser alterado.
· Apelidos públicos notórios: ex Xuxa integrando o nome civil ou substituindo pelo prenome.
Filho havido fora do casamento: Art. 59. Quando se tratar de filho ilegítimo, não será declarado o nome do pai sem que este expressamente o autorize e compareça, por si ou por procurador especial, para, reconhecendo-o, assinar, ou não sabendo ou não podendo, mandar assinar a seu rogo o respectivo assento com duas testemunhas. 
· A partir da CF/88 não existe diferença entre filhos.
· Leitura constitucional: quando for filho havido fora do casamento, não será declarado o nome do pai sem que expressamente o autorize e compareça, por si ou por procurador especial, para, reconhecendo-o, assinar, ou não sabendo ou não podendo, mandar assinar a seu rogo o respectivo assento com duas testemunhas. 
· Presunção de filiação pelo casamento (filiação matrimonial): pai não precisa comparecer.
· Se não for aplicável: comparece ou constitui procurador. Ex: filho de solteiro, separado, casado com outra pessoa.
Art. 60. O registro conterá o nome do pai ou da mãe, ainda que ilegítimos (havido fora do casamento), quando qualquer deles for o declarante. 
· Conterá o nome do pai ou mãe declarante independente do estado civil deste.
Menor abandonado: Art. 61 e 62 – superados pelo ECA.
Atualmente pode ordem judicial é registrado. Normalmente o nome é escolhido por assistente social com um prenome composto, já que não pode inventar um sobrenome.
Gêmeos: Art. 63. No caso de gêmeos, será declarada no assento especial de cada um a ordem de nascimento. Os gêmeos que tiverem o prenome igual deverão ser inscritos com duplo prenome ou nome completo diverso, de modo que possam distinguir-se. 
· Único caso em que se declara ordem de nascimento.
· Se mesmo prenome tem que ser duplo ou com nome completo diverso.
Parágrafo único. Também serão obrigados a duplo prenome, ou a nome completo diverso, os irmãos a que se pretender dar o mesmo prenome.
Nascimento em navio ou aeronave: Art. 64. Os assentos de nascimento em navio brasileiro mercante ou de guerra serão lavrados, logo que o fato se verificar, pelo modo estabelecido na legislação de marinha, devendo, porém, observar-se as disposições da presente Lei. 
· Nasceu a bordo do navio ou aeronave o comandante faz o registro administrativo no livro diário de bordo e para tanto, deve se servir dos elementos de conteúdo do assento de nascimento do art. 54. Isto ainda não tem efeito civil.
Art. 65. No primeiro porto a que se chegar, o comandante depositará imediatamente, na capitania do porto, ou em sua falta, na estação fiscal, ou ainda, no consulado, em se tratando de porto estrangeiro, duas cópias autenticadas dos assentos feito no livro diário de bordo, uma das quais será remetida, por intermédio do Ministério da Justiça (se estrangeiro), ao oficial do registro, para o registro, no lugar de residência dos pais ou, se não for possível descobri-lo, no 1º Ofício do Distrito Federal. Uma terceira cópia será entregue pelo comandante ao interessado que, após conferência na capitania do porto, por ela poderá, também, promover o registro no cartório competente. 
· Competência: residência dos pais ou se não for possível saber, o 1º RCPN doDF.
· Quando não ocorrer o registro diário de bordo pela terceira via entregue ao interessado aplica-se o art. 51 com prazo de declaração em 5 dias a contar da chegada no local do destino.
· Quando ocorrer o registro no diário de bordo, com a terceira via entregue poderá registrar no RCPN.
Parágrafo único. Os nascimentos ocorridos a bordo de quaisquer aeronaves, ou de navio estrangeiro, poderão ser dados a registro pelos pais brasileiros no cartório ou consulado do local do desembarque.
Registro de filho de militar em hipótese de guerra: Art. 66. Pode ser tomado assento de nascimento de filho de militar ou assemelhado em livro criado pela administração militar mediante declaração feita pelo interessado ou remetido pelo comandante da unidade, quando em campanha. Esse assento será publicado em boletim da unidade e, logo que possível, trasladado por cópia autenticada, ex officio ou a requerimento do interessado, para o cartório de registro civil a que competir ou para o do 1° Ofício do Distrito Federal, quando não puder ser conhecida a residência do pai. 
· É criado um livro específico pela corporação para registro do nascimento e tão logo possível registra no RCPN do local de domicílio do pai ou na falta o 1º RCPN do DF.
Registro de filho de civil em hipótese de guerra: Art. 66 Parágrafo único. A providência de que trata este artigo será extensiva ao assento de nascimento de filho de civil, quando, em consequência de operações de guerra, não funcionarem os cartórios locais.
Presunção de filiação que decorre do casamento: é aplicada em especial para o pai, em filiação matrimonial, excepcionalmente para a mãe.
· A maternidade é daquela que deu a luz (exceto reprodução assistida). Os profissionais de saúde e parteiras profissionais tem autorização de preencher a DNV indicando o nome da mãe, sob sua responsabilidade civil e criminal.
· Quanto a paternidade ou é presumida ou reconhecida.
CC/02 - Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
· Proíbe chamar filho de adulterino, bastardo, etc.
CC/02 - Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
· Nascidos 180 dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal: casamento + 180 dias do nascimento a lei presume que o pai do bebê seja o marido da mãe.
· Na conversão da união estável em casamento seria possível aproveitar esse tempo, embora em alguns locais seja proíbo ao registrado civil no momento de fazer a conversão da união estável em casamento, lançar a data de início da EU (inclusive em SP).
· Casamento religioso que demora a ser registrado também poderia ser utilizado nesta contagem.
· Nascidos nos 300 dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento: aplica-se ao divórcio também.
· 300 dias é o máximo que uma gestação pode durar, logo, se passou disso, não pode ser do morto, por exemplo. Deve contar em dias e não em meses.
· Havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido: 
· Homóloga – material genético da mãe e do pai.
· Havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
· Embrião excedentário = congelado.
· Havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
· Material genético de um terceiro + o da mãe ou pai, mas a lei parte do pressuposto que o problema de infertilidade é do pai, mas se for da mãe temos a “barriga de aluguel” prevista em provimento CNJ específico.
Art. 1.598. Salvo prova em contrário, se, antes de decorrido o prazo de 300 dias da dissolução da sociedade conjugal, a mulher contrair novas núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro marido, se nascido dentro dos trezentos dias a contar da data do falecimento deste e, do segundo, se o nascimento ocorrer após esse período e já decorrido o prazo de 180 dias do novo marido.
· Nascer dentro de 300 dias – do antigo marido.
· Se nascer depois de 300 dias e tiver 180 dias do segundo casamento – do segundo marido.
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade.
Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade.
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.
· Filho fora do casamento pode ser o filho de mulher casada. Logo, se o pai reconheceu no cartório, mesmo não sendo o marido, ele é o pai.
Logo:
· Confissão de adultério: não afasta presunção.
· Confissão de adultério + reconhecimento de paternidade: afasta a filiação.
· Mãe afirmar que estava separada de fato do marido ao tempo da concepção: afasta a presunção do casamento (provimento CNJ).
· Mas, se a mãe informar que não sabe quem é o pai e for casada há mais de 180 dias: a depender do caso, se não estava separada de fato, aplica a presunção de casamento e o pai será o marido.
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação.
Prova de filiação: Art. 1.603. A filiação prova-se pela certidão do termo de nascimento registrada no Registro Civil.
Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro.
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito:
· Quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente: ex inscreveram o registrado enquanto criança na escola, certidão de batismo, etc.
· Quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos: ex: certidão de óbito dos pais constando seu nome como filho, certidão de doação de algum bem dos pais para o filho, etc.
Ex: pessoa nasceu antes da emissão da DNV e não encontra o registro em cartório, pais falecidos – registro de nascimento sem filiação estabelecida (sem indicar pai nem mãe) ou ação judicial procedimento de restauração ou suprimento do registro de nascimento.
Art. 1.606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz.
Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.
Reconhecimento de filhos havidos fora do casamento: 
Lei 8560/92 - Art. 1° O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
· No registro de nascimento: é a chamada perfilhação.
· Por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado no cartório (RCPN): Provimento CNJ 16. Conforme o CC há capacidade para testar a partir dos 16 anos, logo, a partir dos 16 anos o menor pode reconhecer filho sem necessidade de assistência dos pais.
· Com menos de 16 anos, a incapacidade é absoluta, mas o adolescente pode ser pai e neste caso o reconhecimento será necessariamente judicial. Para a mãe totalmente incapaz, a regra é a mesma, a maternidade é certa, logo, basta a declaração na DNV para que ela registre como mãe, mas a declaração de nascimento será feita por outro legitimado, normalmente os avós ou o pai total ou relativamente capaz.
· Por testamento, ainda que incidentalmente manifestado: 
· CC Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento.
· O testamento pode ser revogado, o reconhecimento não.
· Por manifestação expressa e direta perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém. Ex: está numa ação trabalhista e reconhece que o reclamante é seu filho.
CC Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
· I - no registro do nascimento;· II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
· III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
· IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.
· Reconhecimento de nascituro ou depois do falecimento se deixar descendentes (para evitar reconhecimento para receber herança do filho que não tem herdeiros).
Sempre que ocorrer em momento diferente do registro do nascimento, será feita a averbação.
O CC dispõe: Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.
Suposto pai / indicação de paternidade: registro de nascimento é feito só com a indicação da mãe. O oficial deve perguntar quem é o pai, informar que há um procedimento em que o pai será chamado para reconhecer ou não o filho e perguntar se ela quer este procedimento ou não (não é obrigatório, o oficial oferece o procedimento e a mãe aceita ou não).
CC - Art. 1.608. Quando a maternidade constar do termo do nascimento do filho, a mãe só poderá contestá-la, provando a falsidade do termo, ou das declarações nele contidas.
· A partir da DNV ou até com a declaração médica confirmando a maternidade, haverá necessidade de prova em regra com exame de DNA.
Lei 8560/92 - Art. 2° Em registro de nascimento de menor apenas com a maternidade estabelecida, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro e o nome e prenome, profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedência da alegação.
· A obrigação do oficial é oferecer o procedimento e não executar independente da vontade da mãe. Se ela não quiser, pede para fazer uma declaração de que não quer realizar o procedimento.
· Se a mãe não souber o pai, suspeitar mais de um, a lei não proíbe indicação de mais de um, mas o ideal é indicar o mais provável.
Procedimento: pela lei o momento de realização do procedimento é o do registro. Não pode optar por este procedimento posteriormente, mas o Provimento CNJ 16 permite que isto seja feito posteriormente.
· § 1° O juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidade alegada e mandará, em qualquer caso, notificar o suposto pai, independente de seu estado civil, para que se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída.
· Ainda que não tenha todos os dados, faz o procedimento com o que tiver. Pode ser feito um formulário com esses dados para preenchimento.
· § 2° O juiz, quando entender necessário, determinará que a diligência seja realizada em segredo de justiça.
· § 3° No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavrado termo de reconhecimento e remetida certidão ao oficial do registro, para a devida averbação.
· Esse termo de reconhecimento é um instrumento particular.
· § 4° Se o suposto pai não atender no prazo de 30 dias, a notificação judicial, ou negar a alegada paternidade, o juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade.
· Se o procedimento administrativo não for suficiente e houver elementos suficientes, o MP pode propor a ação de investigação de paternidade.
· § 5o Nas hipóteses previstas anteriormente, é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para adoção.
· § 6o A iniciativa conferida ao Ministério Público não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar investigação, visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade. 
· Inclusive a própria mãe representando o filho.
Prova: 
· Art. 2o-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos. 
· Geralmente exame de DNA
· § 1º. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório. 
· § 2º Se o suposto pai houver falecido ou não existir notícia de seu paradeiro, o juiz determinará, a expensas do autor da ação, a realização do exame de pareamento do código genético (DNA) em parentes consanguíneos, preferindo-se os de grau mais próximo aos mais distantes, importando a recusa em presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório. (2021)
Vedação: Art. 3° E vedado legitimar e reconhecer filho na ata do casamento.
Alteração de patronímico: Art. 3º Parágrafo único. É ressalvado o direito de averbar alteração do patronímico materno, em decorrência do casamento, no termo de nascimento do filho.
· Pai e mãe não casados tem um filho e posteriormente casam e a mãe opta por alterar o nome civil, adotando o sobrenome do marido, pode alterar o registro de nascimento do filho para constar o novo nome após casamento.
Filho maior: Art. 4° O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento.
Ordem de filiação: Art. 5° No registro de nascimento não se fará qualquer referência à natureza da filiação, à sua ordem em relação a outros irmãos do mesmo prenome, exceto gêmeos, ao lugar e cartório do casamento dos pais e ao estado civil destes.
· Previsão do art. 54 da Lei 6015 trazia esta informação que foi alterada pela lei 8560/92.
· Isto é para evitar fazer conta e saber se é filho decorrente do matrimônio ou não.
Art. 6° Das certidões de nascimento não constarão indícios de a concepção haver sido decorrente de relação extraconjugal.
· Tanto da certidão quanto registro.
§ 1° Não deverá constar, em qualquer caso, o estado civil dos pais e a natureza da filiação, bem como o lugar e cartório do casamento, proibida referência à lei 8560/92.
§ 2º São ressalvadas autorizações ou requisições judiciais de certidões de inteiro teor, mediante decisão fundamentada, assegurados os direitos, as garantias e interesses relevantes do registrado.
· Na certidão de inteiro teor constarão todas estas informações.
Alimentos provisionais: Art. 7° Sempre que na sentença de primeiro grau se reconhecer a paternidade, nela se fixarão os alimentos provisionais ou definitivos do reconhecido que deles necessite.
Retificação de registro: Art. 8° Os registros de nascimento, anteriores à 29/12/92, poderão ser retificados por decisão judicial, ouvido o Ministério Público.
Residência do filho: CC Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cônjuges, não poderá residir no lar conjugal sem o consentimento do outro.
Guarda: Art. 1.612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda do genitor que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e não houver acordo, sob a de quem melhor atender aos interesses do menor.
Condição ou termo: Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho.
Consentimento do filho: Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos 4 anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.
Contestar ação de investigação da maternidade / paternidade: Art. 1.615. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ação de investigação de paternidade, ou maternidade.
Efeitos da sentença: Art. 1.616. A sentença que julgar procedente a ação de investigação produzirá os mesmos efeitos do reconhecimento; mas poderá ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia dos pais ou daquele que lhe contestou essa qualidade.
Casamento nulo: Art. 1.617. A filiação materna ou paterna pode resultar de casamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do putativo.
· Está de acordo com o art. 1597, II, CC.
Formas de fixação da filiação pelo oficial do RCPN: 
· Presunção relativa de maternidade através da DNV preenchida pelo profissionalde saúde ou parteira tradicional (Provimento CNJ 28).
· Reconhecimento de filho por todas as formas, seja do CC, Lei 8560/92 ou Provimento CNJ 16 e cabe tanto para maternidade quanto paternidade.
· Documentação médica em caso de reprodução assistida.
· Presunção de filiação que decorre do casamento: esta é uma forma acessória de fixação da filiação, porque permite deduzir um dos genitores, mas desde que o outro reconheça o filho. Ex: pessoa quer se registrar apresentando a certidão de casamento de dois cantores famosos, mas não tem nenhum outro vínculo e nem foi reconhecido por nenhum dos dois não é possível. Esta hipótese se aplica em especial para filiação matrimonial e serve para indicar apenas um dos genitores.
PROVIMENTO CNJ 16
Objeto: reconhecimento de filho e de investigação de paternidade (suposto pai).
Limite temporal: 
Art. 1º. Em caso de menor que tenha sido registrado apenas com a maternidade estabelecida, sem obtenção, à época, do reconhecimento de paternidade pelo procedimento descrito no art. 2º, caput, da Lei nº 8.560/92, este deverá ser observado, a qualquer tempo, sempre que, durante a menoridade do filho, a mãe comparecer pessoalmente perante Oficial de Registro de Pessoas Naturais e apontar o suposto pai.
Art. 2º. Poderá se valer de igual faculdade o filho maior, comparecendo pessoalmente perante Oficial de Registro de Pessoas Naturais.
· A lei 8560/92 limita o prazo para utilização do procedimento na ocasião do registro de nascimento e após isto somente de forma judicial ou por reconhecimento voluntário do pai. 
· Já o provimento CNJ 16 permite que seja feito a qualquer tempo, podendo ser feito em qualquer RCPN, diferente da lei que prevê o local do registro de nascimento.
· Em caso de filho menor, a mãe comparece pessoalmente; filho maior pode fazer pessoalmente.
Art. 3º. O Oficial providenciará o preenchimento de termo, conforme modelo anexo a este Provimento, do qual constarão os dados fornecidos pela mãe (art. 1º) ou pelo filho maior (art. 2º), e colherá sua assinatura, firmando-o (mão ou filho maior e o oficial assinam) também e zelando pela obtenção do maior número possível de elementos para identificação do genitor, especialmente nome, profissão (se conhecida) e endereço.
· Há o termo próprio a ser usado, conforme provimento.
· Não há problema não ter conhecimento de todos os elementos de qualificação, desde que, no mínimo tenha o nome e endereço que pode ser inclusive de trabalho. 
· Se não souber o nome, no mínimo a alcunha que pode funcionar e a pessoa for conhecida desta forma. Ex: zé gasolina do posto da rua X.
Competência: art. 3º § 1º. Para indicar o suposto pai, com preenchimento e assinatura do termo, a pessoa interessada poderá, facultativamente, comparecera Ofício de Registro de Pessoas Naturais diverso daquele em que realizado o registro de nascimento.
· Pode ser de qualquer local então pode ter um que é o depositário do registro de nascimento e o outro providenciará o preenchimento do termo para indicação de paternidade e coleta das respectivas informações.
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, deverá ser apresentada obrigatoriamente ao Oficial, que conferirá sua autenticidade, a certidão de nascimento do filho a ser reconhecido, anexando-se cópia ao termo.
· É necessário que o oficial tenha um classificador na qual colaciona estes procedimentos do Prov 16. É conveniente que o termo seja feito em 2 vias, uma para o classificador e a outra a ser feita a remessa para o depositário do registro se for o caso.
· É preciso autuar o procedimento na forma indicada pelo provimento com capa, modelo, etc.
· Necessário juntar a certidão de nascimento do filho. O oficial confere o original e dá como autentica a cópia juntada aos autos.
§ 3º. Se o registro de nascimento houver sido realizado na própria serventia, o registrador expedirá nova certidão e a anexará ao termo.
· Cópia se não for o depositário do registro
· Original se for o depositário
Procedimento:
Remessa: Art. 4º. O Oficial perante o qual houver comparecido a pessoa interessada remeterá ao seu Juiz Corregedor Permanente, ou ao magistrado da respectiva comarca definido como competente pelas normas locais de organização judiciária ou pelo Tribunal de Justiça do Estado, o termo mencionado no artigo anterior, acompanhado da certidão de nascimento, em original ou cópia (art. 3º, §§ 2º e 3º).
· Havendo reconhecimento da paternidade as informações saem do RCPN que preparou o preenchimento do termo conforme provimento que remete para o Juiz Corregedor Permanente (em SP) que é quem tem competência correcional dos notários, que fará a entrevista do indicado como pai e reconhecendo é enviado para o depositário do registro providenciar a averbação.
· Se não reconhecer os autos vão para o MP para se for o caso ingressar com a ação de investigação de paternidade.
Oitiva da mãe: § 1°. O Juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidade alegada e mandará, em qualquer caso, notificar o suposto pai, independente de seu estado civil, para que se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída.
Segredo: § 2°. O Juiz, quando entender necessário, determinará que a diligência seja realizada em segredo de justiça e, se considerar conveniente, requisitará do Oficial perante o qual realizado o registro de nascimento certidão integral.
Reconhecida a paternidade: § 3°. No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavrado termo de reconhecimento e remetida certidão ao Oficial da serventia em que originalmente feito o registro de nascimento, para a devida averbação.
· Certidão do termo de reconhecimento para o oficial do RCPN depositário do registro de nascimento para averbação.
Suposto pai ficar silente ou negar paternidade: § 4°. Se o suposto pai não atender, no prazo de trinta dias, a notificação judicial, ou negar a alegada paternidade, o Juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público ou da Defensoria Pública para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade.
§ 5o. Neste caso é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para adoção.
Legitimidade para ação de reconhecimento de paternidade: § 6o . A iniciativa conferida ao Ministério Público ou Defensoria Pública não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar investigação, visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade.
Incompatibilidade de ação judicial X procedimento administrativo: Art. 5º. A sistemática estabelecida no presente Provimento não poderá ser utilizada se já pleiteado em juízo o reconhecimento da paternidade, razão pela qual constará, ao final do termo referido nos artigos precedentes, conforme modelo, declaração da pessoa interessada, sob as penas da lei, de que isto não ocorreu.
· Na prática o ideal é consultar no site do TJ se existe ou não a ação através de pedido de certidão, mas isto não é obrigatório nos termos do provimento (certidão de distribuição cível).
· O preenchimento do modelo pelo requerente de próprio punho. O oficial orienta como preencher.
Reconhecimento extemporâneo de filho: pode ser realizado a qualquer tempo.
Art. 6º. Sem prejuízo das demais modalidades legalmente previstas, o reconhecimento espontâneo de filho poderá ser feito perante Oficial de Registro de Pessoas Naturais, a qualquer tempo, por escrito particular, que será arquivado em cartório.
· A existência desta forma de reconhecimento de filho não elimina as demais formas de reconhecimento como o testamento, instrumento público.
§ 1º. Para tal finalidade, a pessoa interessada poderá optar pela utilização de termo, cujo preenchimento será providenciado (“orientado”) pelo Oficial, conforme modelo anexo a este Provimento, o qual será assinado por ambos (assinatura do oficial e de quem reconhece filho).
§ 2º. A fim de efetuar o reconhecimento, o interessado poderá, facultativamente, comparecer a Ofício deRegistro de Pessoas Naturais diverso daquele em que lavrado o assento natalício do filho, apresentando cópia da certidão de nascimento deste, ou informando em qual serventia foi realizado o respectivo registro e fornecendo dados para induvidosa identificação do registrado.
· Se o reconhecimento é voluntário: pode apresentar certidão de nascimento ou informar a serventia onde foi registrado com informações necessárias para identificação do registrado.
· Se utiliza o procedimento de suposto pai: precisa apresentar certidão de nascimento.
· Reconhecimento pode ser lavrado em qualquer registrador civil do país (instrumento particular).
§ 3º. No caso do parágrafo precedente, o Oficial perante o qual houver comparecido o interessado remeterá, ao registrador da serventia em que realizado o registro natalício do reconhecido, o documento escrito e assinado em que consubstanciado o reconhecimento, com a qualificação completa da pessoa que reconheceu o filho e com a cópia, se apresentada, da certidão de nascimento.
· Tem modelo a preencher no próprio provimento.
· Procedimento suposto pai: remessa para o órgão correcional.
· No reconhecimento: um oficial encaminha direto ao outro para simples averbação porque não precisa de atuação do juiz.
§ 4º. O reconhecimento de filho por pessoa relativamente incapaz independerá de assistência de seus pais, tutor ou curador.
Averbação: Art. 7º. A averbação do reconhecimento de filho realizado sob a égide do presente Provimento será concretizada diretamente pelo Oficial da serventia em que lavrado o assento de nascimento, independentemente de manifestação do Ministério Público ou decisão judicial, mas dependerá de anuência escrita do filho maior, ou, se menor, da mãe.
Colheita da anuência: § 1º. A colheita dessa anuência poderá ser efetuada não só pelo Oficial do local do registro, como por aquele, se diverso, perante o qual comparecer o reconhecedor.
Falta de anuência: § 2º. Na falta da mãe do menor, ou impossibilidade de manifestação válida desta ou do filho maior, o caso será apresentado ao Juiz competente (art. 4º).
· Neste caso não é possível concluir por este procedimento. É necessário encaminhar para o juiz competente – juiz corregedor permanente (em SP).
· É necessário entrevista detalhada para evitar adoção a brasileira, porque o provimento trata de reconhecimento de filho biológico, não se prestando, sequer, a filiação socioafetiva que tem outros requisitos e provimento próprio.
Fraude: § 3º. Sempre que qualquer Oficial de Registro de Pessoas Naturais, ao atuar nos termos deste Provimento, suspeitar de fraude, falsidade ou má-fé, não praticará o ato pretendido e submeterá o caso ao magistrado, comunicando, por escrito, os motivos da suspeita.
Documentos: regra geral para suposto pai e reconhecimento.
Art. 8º. Nas hipóteses de indicação do suposto pai e de reconhecimento voluntário de filho, competirá ao Oficial a minuciosa verificação da identidade de pessoa interessada que, para os fins deste Provimento, perante ele comparecer, mediante colheita, no termo próprio, de sua qualificação e assinatura, além de rigorosa conferência de seus documentos pessoais.
· Para tanto é interessante fazer o curso de documentoscopia para saber conferir rigorosamente.
§ 1º. Em qualquer caso, o Oficial perante o qual houver o comparecimento, após conferir o original, manterá em arquivo cópia de documento oficial de identificação do interessado, juntamente com cópia do termo, ou documento escrito, por este assinado.
· Necessário fazer cópia do documento de identidade, certifica a autenticidade do documento e junta aos autos em duas vias – para o classificador próprio e outro para envio ao RCPN depositário.
§ 2º. Na hipótese do art. 6º, parágrafos 2º e 3º (reconhecimento em RCPN diverso daquele que é o depositário), deste Provimento, o Oficial perante o qual o interessado comparecer, sem prejuízo da observância do procedimento já descrito, remeterá ao registrador da serventia em que lavrado o assento de nascimento, também, cópia do documento oficial de identificação do declarante.
Gratuidade dos atos: Art. 9º. Haverá observância, no que couber, das normas legais referentes à gratuidade de atos.
· O provimento não diz que em todas as situações é gratuito. Haverá gratuidade para hipossuficientes apenas.
PROVIMENTO CNJ 28 - Registro da declaração de nascimento, fora do prazo legal
Objeto: trata das situações de registro de nascimento por declaração extemporânea.
Art. 1º. As declarações de nascimento feitas após o decurso do prazo previsto no art. 50 da Lei nº 6.015/73 serão registradas nos termos deste provimento.
· Se aplica para 15 dias e 3 meses do art. 50, assim como o prazo de impedimento ou falta de 60 dias e o de nascimento em aeronave ou navio de 5 dias, ou seja, toda vez que ultrapassar qualquer um dos prazos legais.
· Consequências da declaração extemporânea:
· Necessidade de requerimento e 2 testemunhas, exceto, se apresentada a DNV.
· Fixação da competência do oficial registrador do domicílio do interessado.
Exceção: Parágrafo único. O procedimento de registro tardio previsto não se aplica para a lavratura de assento de nascimento de indígena no Registro Civil das Pessoas Naturais e não afasta a aplicação do previsto no art. 102 da Lei nº 8.069/90.
Competência: Art. 2º. O requerimento de registro será direcionado ao Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do lugar de residência do interessado e será assinado por 2 testemunhas, sob as penas da lei.
Parágrafo único. Não tendo o interessado moradia ou residência fixa, será considerado competente o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do local onde se encontrar.
Conteúdo do requerimento: art. 3º.
· O dia, mês, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sempre que possível determinar.
· O sexo do registrando;
· Seu prenome e seu sobrenome;
· O fato de ser gêmeo, quando assim tiver acontecido;
· Os prenomes e os sobrenomes, a naturalidade, a profissão dos pais e sua residência atual, inclusive para apuração de acordo com os art. 8º e seguintes deste Provimento;
· Indicação dos prenomes e os sobrenomes dos avós paternos e maternos que somente serão lançados no registro se o parentesco decorrer da paternidade e maternidade reconhecidas;
· Atestação por 2 testemunhas entrevistadas pelo Oficial de Registro, ou preposto expressamente autorizado, devidamente qualificadas (nome completo, data de nascimento, nacionalidade, estado civil, profissão, residência, números de documento de identidade e, se houver, número de inscrição no CPF), sob responsabilidade civil e criminal, da identidade do registrando, bem como do conhecimento de quaisquer dos outros fatos relatados pelo mesmo;
· As testemunhas tem que conhecer de fato o registrando.
· Fotografia do registrando e, quando possível, sua impressão datiloscópica, obtidas por meio material ou informatizado, que ficarão arquivadas na serventia, para futura identificação se surgir dúvida sobre a identidade do registrando.
Procedimento:
· O requerimento poderá ser realizado mediante preenchimento de formulário, que deverá ser fornecido pelo Oficial.
· O Oficial certificará a autenticidade das firmas do interessado ou do seu representante legal, bem como das testemunhas, que forem lançadas em sua presença ou na presença de preposto autorizado.
· Caso se trate de interessado analfabeto sem representação, será exigida a aposição de sua impressão digital no requerimento, assinado, a rogo, na presença do Oficial. 
· A ausência das informações sobre ser gêmeo, dados dos pais, dados dos avós e impressão datiloscópica não impede o registro, desde que fundamentada a impossibilidade de sua prestação.
· Ausente a identificação dos genitores (registro de nascimento sem nome da mãe e pai), será adotado o sobrenome indicado pelo registrando, se puder se manifestar, ou, em caso negativo, pelo requerente do registro tardio.
Declaração de nascimento de pessoa com 12 anos ou mais: arts. 4º a 6º 
· As duas testemunhas deverão assinar o requerimento na presença do Oficial, ou de prepostoexpressamente autorizado
· Oficial ou preposto examinará seus documentos pessoais e certificará a autenticidade de suas firmas.
· Oficial ou preposto irá entrevistar as testemunhas, requerente, registrando, para verificar, ao menos:
· Se o registrando consegue se expressar no idioma nacional, como brasileiro;
· Se o registrando conhece razoavelmente a localidade declarada como de sua residência (ruas principais, prédios públicos, bairros, peculiaridades etc.);
· Quais as explicações de seu representante legal, se for caso de comparecimento deste, a respeito da não realização do registro no prazo devido;
· Se as testemunhas realmente conhecem o registrando, se dispõem de informações concretas e se têm idade compatível com a efetiva ciência dos fatos declarados no requerimento, preferindo-se as mais idosas do que ele;
· Quais escolas o registrando já frequentou; em que unidades de saúde busca atendimento médico quando precisa;
· Oficiar as escolas para obter a informação ou o interessado trazer documento da escola por escrito.
· Se o registrando tem irmãos e, se positivo, em que cartório eles estão registrados; se o registrando já se casou e, se positivo, em que cartório; se o registrando tem filhos e, se positivo, em que cartório estão registrados;
· Se o registrando já teve algum documento, como carteira de trabalho, título de eleitor, documento de identidade, certificado de batismo, solicitando, se possível, a apresentação desses documentos;
· A ausência de alguma das informações acima não impede o registro, desde que justificada a impossibilidade de sua prestação.
· Cada entrevista será feita em separado e o Oficial, ou preposto que expressamente autorizar, reduzirá a termo as declarações colhidas, assinando-o juntamente com o entrevistado.
· De preferência marcar as entrevistas na sequência para evitar a troca de informações entre eles.
· Após as entrevistas o Oficial, ou preposto expressamente autorizado, lavrará minuciosa certidão acerca dos elementos colhidos, decidindo fundamentadamente pelo registro ou pela suspeita, nos termos do art. 10.
· O requerente poderá apresentar ao Oficial de Registro documentos que confirmem a identidade do registrando, se os tiver, os quais serão arquivados na serventia, em seus originais ou cópias, em conjunto com o requerimento apresentado, os termos das entrevistas das testemunhas e as outras provas existentes.
Dúvida das informações colhidas nas entrevistas: pode pedir informações sobre local de nascimento e local de residência dos pais na época de nascimento e exigir que apresente a pesquisa de registro de nascimento dos RCPN atestando não haver registro e juntar este documento ao procedimento.
Declaração de nascimento de pessoa com menos de 12 anos e com DNV preenchida por profissional de saúde ou parteira tradicional: art 7º.
É dispensado o requerimento escrito e o comparecimento das testemunhas se for apresentada pelo declarante a Declaração de Nascido Vivo – DNV, devidamente preenchida por profissional da saúde ou parteira tradicional.
Obs: a DNV só pode ser preenchida pelo profissional de saúde, parteira tradicional e oficial do RCPN, mas somente as duas primeiras geram presunção de maternidade.
Criança com menos de 3 anos de idade e parto sem assistência de profissional de saúde ou parteira tradicional: a Declaração de Nascido Vivo será preenchida pelo Oficial de Registro Civil que lavrar o assento de nascimento e será assinada também pelo declarante, o qual se declarará ciente de que o ato será comunicado ao Ministério Público em 5 dias os dados da criança, dos pais e o endereço onde ocorreu o nascimento.
· Esta é a situação de parto em casa.
· Em SP há necessidade de comunicar ao órgão correcional também a cada trimestre.
Aferição da filiação:
Maternidade: art. 9º. A maternidade será lançada no registro de nascimento por força da Declaração de Nascido Vivo – DNV, quando for apresentada.
· DNV devidamente preenchida por profissional de saúde ou parteira tradicional traz presunção da maternidade.
Perfilhação no registro de nascimento: § 1º. O estabelecimento da filiação poderá ser feito por meio de reconhecimento espontâneo dos genitores, no registro de nascimento, independentemente do estado civil dos pais.
· Isto pode ser aplicado tanto para paternidade quanto maternidade.
Aplicação do provimento 16 CNJ: aplica-se aos registros de nascimento lavrados de forma tardia, tanto para o reconhecimento da paternidade como para o da maternidade.
· Situação de nascimento fora da unidade de saúde ou antes de 1990 (início do uso da DNV).
Presunção decorrente do casamento: § 3º. A paternidade ou maternidade também poderá ser lançada no registro de nascimento por força da presunção estabelecida no art. 1.597 do Código Civil, mediante apresentação de certidão do casamento com data de expedição posterior ao nascimento.
· Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: nascidos nos 180, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
· Separação de fato: § 4º. Se o genitor que comparecer para o registro afirmar que estava separado de fato de seu cônjuge ao tempo da concepção, não se aplica esta presunção.
Registro sem filiação: § 5º. Se não houver elementos nos termos do presente artigo para se estabelecer ao menos um dos genitores, o registro deverá será lavrado sem a indicação de filiação.
Resumo para fixar filiação:
· DNV
· Reconhecimento de filho de paternidade ou de maternidade
· Presunção pelo casamento
Testemunhas: 
Art. 10. Admitem-se como testemunhas, além das demais pessoas habilitadas, os parentes em qualquer grau do registrando (artigo 42 da Lei 6.015/73), bem como a parteira tradicional ou profissional da saúde que assistiu o parto.
· Lei 6015 - Art. 42. A testemunha para os assentos de registro deve satisfazer às condições exigidas pela lei civil, sendo admitido o parente, em qualquer grau, do registrado. Parágrafo único. Quando a testemunha não for conhecida do oficial do registro, deverá apresentar documento hábil da sua identidade, do qual se fará, no assento, expressa menção.
Dispensa de nova assinatura de testemunhas: Parágrafo único. Nos casos em que os declarantes e testemunhas já firmaram o requerimento de registro, fica dispensada nova colheita de assinaturas no livro de registro de nascimentos.
· São as situações sobre o registro com mais de 12 anos em que já foi autuado, colhidas as declarações com assinaturas. 
Suspeita de falsidade: Art. 11. Em qualquer caso, se o Oficial suspeitar da falsidade da declaração, poderá exigir provas suficientes.
· Aplica-se para declarações em todas as situações, maior ou menor de 12 anos ou menor de 3 anos.
§ 1º. A suspeita poderá ser relativa à identidade do registrando, à sua nacionalidade (ex: se não se manifesta no idioma nacional como brasileiro), à sua idade, à veracidade da declaração de residência, ao fato de ser realmente conhecido pelas testemunhas, à identidade ou sinceridade destas, à existência de registro de nascimento já lavrado, ou a quaisquer outros aspectos concernentes à pretensão formulada ou à pessoa do interessado.
· Tem redação aberta para que possa averiguar dentro do caso concreto.
§ 2º. As provas exigidas serão especificadas em certidão própria, da qual constará se foram, ou não, apresentadas.
§ 3º. As provas documentais, ou redutíveis a termos, ficarão anexadas ao requerimento.
· O oficial tem 5 dias para lavrar o assento, conforme art. 46, §5º da Lei 6015. Dentro deste prazo deve ser registrado, especificar as provas ou negar fundamentadamente o registro.
· Em caso de exigir provas, o prazo de 5 dias será contado após a entrega do documento ou apresentação de provas.
Envio para o juiz corregedor: Art. 12. Persistindo a suspeita, o Oficial encaminhará os autos ao Juiz Corregedor Permanente, ou ao Juiz competente na forma da organização local.
Parágrafo único. Sendo infundada a dúvida, o Juiz ordenará a realização do registro; caso contrário, exigirá justificação ou outra prova idônea, sem prejuízo de ordenar, conforme o caso,as providências penais cabíveis.
Registrando internado em hospital psiquiátrico: Art. 13. Nos casos em que o registrando for pessoa incapaz internada em hospital psiquiátrico, hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (HCTP), instituição de longa permanência (ILPI), hospital de retaguarda ou instituições afins, poderá o Ministério Público requerer o registro diretamente ao Oficial de Registro Civil competente, fornecendo os elementos previstos no artigo 3º deste provimento, no que couber.
· Mesmo mediante requerimento do MP é necessário fazer a qualificação registral, ou seja, tem que examinar os requisitos determinados em lei, adequando ao caso concreto. Ex: no art. 3º determina que constará nome dos pais, mas não há esse dado de forma exata.
Documentos que seguem com o requerimento do MP: § 1º. O Ministério Público instruirá o requerimento com cópias dos documentos que possam auxiliar a qualificação do registrando, tais como prontuário médico, indicação de testemunhas, documentos de pais, irmãos ou familiares.
Data de nascimento: § 2º. Quando ignorada a data de nascimento do registrando, poderá ser atestada por médico a sua idade aparente. 
Indicação de ser situação de pessoa internada: § 3º. O registro de nascimento será lavrado com a anotação, à margem do assento, de que se trata de registro tardio realizado na forma do art. 13 deste Provimento, sem, contudo, constar referência ao fato nas certidões de nascimento que forem expedidas, exceto nas de inteiro teor.
· No registro contará o art. 13 do provimento CNJ 28.
· Não constará nas certidões, somente na de inteiro teor.
Idoso ou incapaz interditado: Art. 14. O Ministério Público poderá solicitar o registro tardio de nascimento atuando como assistente, ou substituto, em favor de pessoa tutelada pelo Estatuto do Idoso, ou em favor de incapaz submetido à interdição provisória ou definitiva, sendo omisso o Curador, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 3º deste Provimento.
Assento de nascimento: Art. 15. Lavrado o assento no respectivo livro, haverá anotação, com indicação de livro, folha, número de registro e data, no requerimento que será arquivado em pasta própria (classificador próprio para os registros nos termos do provimento 28 CNJ), juntamente com os termos de declarações colhidas e as demais provas apresentadas.
Certidões:§ 1º. O Oficial fornecerá ao Ministério Público, ao Instituto Nacional do Seguro Social -INSS e à Autoridade Policial informações sobre os documentos apresentados para o registro e sobre os dados de qualificação das testemunhas, quando for solicitado em decorrência da suspeita de fraude ou de duplicidade de registros, sem prejuízo de fornecimento de certidão nos demais casos previstos em lei.
Suspeita de fraude ou duplicidade após o registro: § 2º. O Oficial, suspeitando de fraude ou constatando a duplicidade de registros depois da lavratura do registro tardio de nascimento, comunicará o fato ao Juiz Corregedor Permanente, ou ao Juiz competente na forma da organização local, que, após ouvir o Ministério Público, adotará as providências que forem cabíveis.
Duplicidade: Art. 16. Constatada a duplicidade de assentos de nascimento para a mesma pessoa, decorrente do registro tardio, será cancelado o assento de nascimento lavrado em segundo lugar, com transposição, para o assento anterior, das anotações e averbações que não forem incompatíveis.
· Se o registrador apurou mais elementos do que os constantes do primeiro registro, cancela o segundo, mas transporta o que for apurado para o primeiro.
· Só existe um caso de cancelamento administrativo de registro que é este caso de duplicidade. Todos os demais serão judiciais (via judicial e não juiz corregedor na função administrativa).
· Dados que podem ser incompatíveis: se houver incompatibilidade de filiação (no registro A o pai é José e no segundo é Ricardo), não é possível transportar esta informação, já que questões pertinentes a filiação somente são alteradas em via judicial (art. 113 – Lei 6015).
· Art. 113. As questões de filiação legítima ou ilegítima serão decididas em processo contencioso para anulação ou reforma de assento. 
§ 1º. O cancelamento do registro tardio por duplicidade de assentos poderá ser promovido de ofício pelo Juiz Corregedor, assim considerado aquele definido na órbita estadual e do Distrito Federal como competente para a fiscalização judiciária dos atos notariais e de registro, ou a requerimento do Ministério Público ou de qualquer interessado, dando-se ciência ao atingido.
§ 2º. Havendo cancelamento de registro tardio por duplicidade de assentos de nascimento, será promovida a retificação de eventuais outros assentos do registro civil das pessoas naturais abertos com fundamento no registro cancelado, para que passem a identificar corretamente a pessoa a que se referem.
· Cancelamento por arrastamento: cancela o segundo registro por duplicidade, mas com este segundo registro casou, ao cancelar o segundo registro, cancela o registro do casamento se já tinha anotação de casamento com base no primeiro registro.
PROVIMENTO CNJ 63
Objeto: regras gerais com novos modelos de certidão para o registro civil das pessoas naturais, filiação socioafetiva e reprodução assistida.
Necessidade de indicação do CPF e caso de dispensa: art. 6º. Em caso de indisponibilidade lavra o registro e depois averba com o número do CPF.
Naturalidade dos cônjuges será incluída no assento de casamento: art. 7º.
Paternidade socioafetiva: embora o provimento fale em paternidade socioafetiva, se aplica, tanto ao pai quanto a mãe, logo, filiação socioafetiva.
Somente para pessoas acima de 12 anos: Art. 10. O reconhecimento voluntário da paternidade ou da maternidade socioafetiva de pessoas acima de 12 anos será autorizado perante os oficiais de registro civil das pessoas naturais.
Irrevogabilidade do reconhecimento: § 1º O reconhecimento voluntário da paternidade ou maternidade será irrevogável, somente podendo ser desconstituído pela via judicial, nas hipóteses de vício de vontade, fraude ou simulação.
Quem reconhece tem que ser maior de 18 anos: § 2º Poderão requerer o reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva de filho os maiores de dezoito anos de idade, independentemente do estado civil.
· Diferente de reconhecimento de filho biológico.
Impossibilidade de reconhecimento: § 3º Não poderão reconhecer a paternidade ou maternidade socioafetiva os irmãos entre si nem os ascendentes.
· Avós não podem reconhecer nem por socioafetividade.
Diferença de idade entre quem reconhece e quem é reconhecido: § 4º O pretenso pai ou mãe será pelo menos dezesseis anos mais velho que o filho a ser reconhecido.
· 12 anos para reconhecido e 18 anos ou mais para reconhecente, com diferença de idade de pelo menos 16 anos entre eles.
Requisitos para o reconhecimento: existe filiação por socioafetividade quando há o requisito social (como as pessoas se tratam e se apresentam perante terceiros) e o ânimo - como se sentem entre si (como pai/mãe e filho).
Art. 10-A. A paternidade ou a maternidade socioafetiva deve ser estável e deve estar exteriorizada socialmente. 
§ 1º O registrador deverá atestar a existência do vínculo afetivo da paternidade ou maternidade socioafetiva mediante apuração objetiva por intermédio da verificação de elementos concretos. 
§ 2º O requerente demonstrará a afetividade por todos os meios em direito admitidos, bem como por documentos, tais como: 
· Apontamento escolar como responsável ou representante do aluno: ex: se paga mensalidade, se vai às reuniões de pais e mestres, se está autorizado a retirar o filho do colégio, etc.
· Inscrição do pretenso filho em plano de saúde ou em órgão de previdência.
· Registro oficial de que residem na mesma unidade domiciliar
· Vínculo de conjugalidade - casamento ou união estável - com o ascendente biológico: 
· Inscrição como dependente do requerente em entidades associativas: ex clube.
· Fotografias em celebrações relevantes: ex fotos de natal, ano novo, aniversário, etc.
· Declaração de testemunhascom firma reconhecida. 
§ 3º A ausência destes documentos não impede o registro, desde que justificada a impossibilidade, no entanto, o registrador deverá atestar como apurou o vínculo socioafetivo. 
§ 4º Os documentos colhidos na apuração do vínculo socioafetivo deverão ser arquivados pelo registrador (originais ou cópias) juntamente com o requerimento. 
Competência territorial: 
Art. 11. O reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva será processado perante o oficial de registro civil das pessoas naturais, ainda que diverso daquele em que foi lavrado o assento, mediante a exibição de documento oficial de identificação com foto do requerente e da certidão de nascimento do filho, ambos em original e cópia, sem constar do traslado menção à origem da filiação.
· Documentos:
· Documento de identificação com foto do requerente.
· Certidão de nascimento do filho.
· Requerimento.
· Pode ser feito em qualquer registro civil e depois encaminha para o depositário do registro civil para averbação.
· Deve arquivar no classificador próprio para este provimento:
· Cópia do documento de identificação do requerimento
· Requerimento preenchido.
§ 1º O registrador deverá proceder à minuciosa verificação da identidade do requerente, mediante coleta, em termo próprio, por escrito particular, conforme modelo constante do Anexo VI, de sua qualificação e assinatura, além de proceder à rigorosa conferência dos documentos pessoais.
§ 2º O registrador, ao conferir o original, manterá em arquivo cópia de documento de identificação do requerente, juntamente com o termo assinado.
Consentimento dos pais biológicos: 
§ 3º Constarão do termo, além dos dados do requerente, os dados do campo FILIAÇÃO e do filho que constam no registro, devendo o registrador colher a assinatura do pai e da mãe do reconhecido, caso este seja menor.
· No requerimento tem que identificar a filiação que já constava originalmente.
§ 4º Se o filho for menor de 18 anos, o reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva exigirá o seu consentimento. 
· Só pode ter reconhecimento de filho por socioafetividade com no mínimo 12 anos de idade e entre 12 e 18 anos incompletos precisa de consentimento de genitor / genitora.
§ 5º A coleta da anuência tanto do pai quanto da mãe e do filho maior de doze anos deverá ser feita pessoalmente perante o oficial de registro civil das pessoas naturais ou escrevente autorizado.
§ 6º Na falta da mãe ou do pai do menor, na impossibilidade de manifestação válida destes ou do filho, quando exigido, o caso será apresentado ao juiz competente nos termos da legislação local (normas correicionais).
· Será enviado para juiz correcional: falta da mãe ou pai (situação que não exerce o poder familiar, mas que haja a fixação no registro da maternidade / paternidade; mas se não tem o pai ou mãe determinado no registro não é necessário), impossibilidade de manifestação válida destes ou do filho quando exigido.
§ 7º Serão observadas as regras da tomada de decisão apoiada quando o procedimento envolver a participação de pessoa com deficiência (Capítulo III do Título IV do Livro IV do Código Civil).
· Crítica: decisão apoiada tem por objeto prática de ato patrimonial, mas reconhecimento de filho é extrapatrimonial, relação de afeição e trato social (embora possa ter efeito patrimonial).
Reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva por testamento:
§ 8º O reconhecimento da paternidade ou da maternidade socioafetiva poderá ocorrer por meio de documento público ou particular de disposição de última vontade (testamento), desde que seguidos os demais trâmites previstos neste provimento.
· É o caso de testamento, mas desde que tenha diferença de 16 anos entre quem reconhece e quem é reconhecido e o reconhecido deve ter pelo menos 12 anos de idade.
Encaminhamento para o MP:
§ 9º Atendidos os requisitos para o reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva, o registrador encaminhará o expediente ao representante do Ministério Público para parecer. 
I – O registro da paternidade ou maternidade socioafetiva será realizado pelo registrador após o parecer favorável do Ministério Público. 
II - Se o parecer for desfavorável, o registrador não procederá o registro da paternidade ou maternidade socioafetiva e comunicará o ocorrido ao requerente, arquivando-se o expediente. 
III – Eventual dúvida referente ao registro deverá ser remetida ao juízo competente para dirimi-la. 
Suspeita de fraude:
Art. 12. Suspeitando de fraude, falsidade, má-fé, vício de vontade, simulação ou dúvida sobre a configuração do estado de posse de filho, o registrador fundamentará a recusa, não praticará o ato e encaminhará o pedido ao juiz competente nos termos da legislação local.
· Se o registrador ficar em dúvida sobre o animus e trato.
Ação judicial:
Art. 13. A discussão judicial sobre o reconhecimento da paternidade ou de procedimento de adoção obstará o reconhecimento da filiação pela sistemática estabelecida neste provimento.
Parágrafo único. O requerente deverá declarar o desconhecimento da existência de processo judicial em que se discuta a filiação do reconhecendo, sob pena de incorrer em ilícito civil e penal.
· Nada impede do oficial emitir a certidão negativa no Esaj.
Art. 15. O reconhecimento espontâneo da paternidade ou maternidade socioafetiva não obstaculizará a discussão judicial sobre a verdade biológica.
· Após o reconhecimento da socioafetividade, isto não impede ação judicial sobre filiação biológica.
· 
Reconhecimento unilateral: Art. 14. O reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva somente poderá ser realizado de forma unilateral e não implicará o registro de mais de dois pais e de duas mães no campo FILIAÇÃO no assento de nascimento.
§ 1ª Somente é permitida a inclusão de um ascendente socioafetivo, seja do lado paterno ou do materno. 
· Via administrativa, no máximo 2 pais e 1 mãe ou 2 mães e 1 pai.
§ 2º A inclusão de mais de um ascendente socioafetivo deverá tramitar pela via judicial. 
Reprodução assistida: 
Art. 8º O oficial de registro civil das pessoas naturais não poderá exigir a identificação do doador de material genético como condição para a lavratura do registro de nascimento de criança gerada mediante técnica de reprodução assistida.
Art. 16. O assento de nascimento de filho havido por técnicas de reprodução assistida será inscrito no Livro A, independentemente de prévia autorização judicial e observada a legislação em vigor no que for pertinente, mediante o comparecimento de ambos os pais, munidos de documentação exigida por este provimento.
· MP não precisa ser ouvido e não precisa de autorização judicial.
§ 1º Se os pais forem casados ou conviverem em união estável, poderá somente um deles comparecer ao ato de registro, desde que apresente a documentação referida no art. 17, III, deste provimento.
· Para dispensar o comparecimento de um dos pais, é preciso que a filiação seja presumida pelo casamento:
· Com a contagem de 180 dias do início do casamento ou união estável (art. 1597, CC).
· Com contagem de 300 dias após dissolução da sociedade conjugal
· Independente de contagem de tempo por haver documentação médica comprobatória em: fecundação homologa do casal mesmo que falecido o marido e embriões excedentários de concepção homóloga a qualquer tempo.
· Prévia autorização do marido em inseminação heteróloga.
§ 2º No caso de filhos de casais homoafetivos, o assento de nascimento deverá ser adequado para que constem os nomes dos ascendentes, sem referência a distinção quanto à ascendência paterna ou materna.
· Casais homoafetivos sempre terão material genético de terceiro (heteróloga).
· Casais homoafetivos masculinos: gestação por substituição + fertilização heteróloga e precisa de todos os documentos pertinentes.
Documentos a serem exibidos:
· Declaração de nascido vivo (DNV);
· Declaração, com firma reconhecida, do diretor técnico da clínica, centro ou serviço de reprodução humana em que foi realizada a reprodução assistida, indicando que a criança foi gerada por reprodução

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