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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA - ITEC FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL – FEC – UFPa Apostila de Fundações Prof.: Gérson Miranda (gjma@ufpa.br) mailto:gjma@ufpa.br� Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text Gérson Miranda Typewritten Text EXERCÍCIOS Fundação Superficial É ÇÕ 3) Uma sapata de 1.8 m X 2.5 m está embutida na profundidade de 1.5 m abaixo da superfície do terreno num depósito de argila pré adensada espessa. O N.A está a 2m abaixo da superfície do terreno. A resistência ao cisalhamento não drenada vale 120 kPa e 320 /sat kN mγ = . Determine a capacidade de carga admissível assumindo FS igual a 3. Resolução: Use o método de Skempton [na avaliação da capacidade de suporte em solos coesivos e com análise em termos totais (curto prazo)]. Não há necessidade de qualquer correção do peso específico em virtude da localização do N.A. Desta forma: 5 1 0,2 1 0,2 120 1,5 1,8 5 1 0,2 1 0,2 20 1,5 297 3 1,8 2,5 fu a f a Ds Bq D FS B L q kPa γ = + + + = × × + + + × = 4) Determine o tamanho de uma sapata retangular para suportar uma carga de pilar de 1800 kN. As propriedades do solo são: 'pφ = 38°, ' csφ =32° e 18 / ³sat kN mγ = . A sapata tem embutimento =1 m. O N.A está a 6 m abaixo da superfície do terreno. Dicas: • Use o Método de Meyerhof; • Escolha apropriadamente (em geral 1,5)L B → • Use ' ' FS=1,5csφ φ= → 5) Usando a geometria do exercício 1, determine qadm com a carga inclinada 20° com a vertical ao longo da largura e ' ' FS=1,5csφ φ= → . Assuma N.A na superfície do terreno. Gérson Miranda Text Box Somente solo argiloso: (Su) Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Text Box EXERCÍCIOS PROPOSTOS Capacidade de Carga (Suporte) Fundações Rasas Exercício para ser entregue no dia da prova de Fundação Superficial Uma série de ensaios (provas de carga) em escala real em fundações superficiais (rasas) foi executada na argila mole de Bangkok (Brand et al. 1972). Um dos testes consistiu de uma sapata quadrada de 1,05 m de lado e um embutimento de 1,5 m. Para um recalque de 25,4 mm, uma carga de aproximadamente 14,1 tf foi interpretada naquele instante. Dados do solo.: LL (Limite de Liquidez) = 80%; LP (Limite de Plasticidade) = 35%; Ip=45 % qu (tf/m²)=3; su (tf/m²)= 3; su_vane (tf/m²)=2,4 Avalie a capacidade de suporte do solo (última e admissível) – use a proposição da NBR 6122/2010 para avaliar o Fator de Segurança (FS). Utilize ao menos 3 métodos para verificar os resultados obtidos. Comente os resultados. (Dica: Consulte a bibliografia sugerida de mecânica dos solos (resistência não drenada de solos, métodos de avaliação da capacidade de carga de solos moles, Norma apropriada, etc). EXERCÍCIO A SER ENTREGUE NO DIA DA PROVA Os resultados de um ENSAIO em verdadeira grandeza conduzido por H. Muhs EM Berlin foi apresentado por J.B. Hansen. Os dados pertinentes indicados por Hansen são: L= 2 m; B= 0,5m (A= 1m²); D (embutimento) = 0,5 m. Areia compacta (’=9,5 tf/m³; c = 0 kPa) ; Carga de Ruptura Q = 190 tf Ângulo de atrito (’) via cisalhamento direto (’) = 47° Ângulo de atrito (’) via ensaios triaxial (’) = 40° Muhs mediu (’) = 40° RESOLVA O PROBLEMA USANDO OS MÉTODOS: a) Terzaghi; b) Meyerhoff; c) Hansen; d) Vesic; e) Anjos (Média Aritmética entre os métodos Terzaghi e Meyherhoff); f) Use o método de Terzaghi e avalia a capacidade de carga quando o N.A: f1) Estiver na superfície do terreno f2)0,8 m abaixo da superfície do terreno f3)1,6 m abaixo da superfície do terreno f4)2,4 m abaixo da superfície do terreno f5)3,2 m abaixo da superfície do terreno f6) Plotar a relação entre a carga última e a profundidade do N.A (itens f1 a f5) – Verifique se há alguma tendência aparente nos resultados Gérson Miranda Text Box kN/m³ PROJETO DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS (DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO) Disciplina: FUNDAÇÕES Código: 101134 Professor: Erinaldo Hilário Cavalcante Notas de Aula FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Capítulo 5 – Recalques Aracaju, maio de 2005 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE GEOTECNIA E ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES Gérson Rectangle Gérson Rectangle Gérson Rectangle 121 5.0 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO 1) Fazer a previsão do recalque total que a sapata (isolada) apresentada na figura abaixo pode sofrer. Considerar o perfil de sondagem apresentado para a estimativa do módulo de elasticidade. A tensão admissível estimada do terreno foi σadm = 200 kPa. O peso específico do solo é da ordem de 18 kN/m3. Solução: Usando o método de Schmertmann (1970, 1978). σ´v0 = 18 x 1,0 = 18 kN/m2 (alívio de tensão devido à escavação) q = 200 kPa (tensão aplicada é a tensão admissível) ∆σ = 200 – 18 = 182 kN/m2 (tensão líquida na base da fundação) σ´vp = 18+ 18 x 1,0 + 0,55 (18 – 10) = 40,40 kN/m2 (tensão de pico, em B/2) 710 4040 1821050 , , ,,, =+=pIε (índice de deformação específica de pico) Traçado do perfil de Iεz (ver gráfico seguinte): Cálculo do fator de correção C1 ⇒ 950182 185011 ,, =+=C Gérson Rectangle 122 1 2 3 4 5 6 7 8 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 Iz Pr of un di da de (m ) 1 2 3 4 5 6 Estimativa do módulo de elasticidade, E: Por exemplo: i) Sugestões da Tabela 5.3 ii) Areia siltosa e silte arenoso: E = 300 (NSPT + 6) iii) Areia saturada: E = 250 (NSPT + 15) iv) Sugestões encontradas no livro de Fundações da ABMS, publicado pela Ed. PINI. Equação do recalque: ∑ = ∆ = n i iE ziIqCCw 1 21 ε. , admitindo C2 = 1,0 e ∑ = = ∆n i iE ziI 1 0002720,ε , tem-se: Gérson Rectangle 123 Tabela para cálculo das parcelas de recalque de cada subcamada do perfil do subsolo. CAMADA ∆z Ei Iz Iz.∆z/Ei q = σadm σ´v0 ∆σ C1 Recalque (m) (kPa) (kPa) (kPa (kPa) (m) 1 1,00 28000 0,34 1,21E-05 200,00 18,00 182,00 0,95 0,0021 2 1,00 40000 0,65 1,63E-05 200,00 18,00 182,00 0,95 0,0028 3 1,00 40000 0,56 1,40E-05 200,00 18,00 182,00 0,95 0,0024 4 1,00 40000 0,41 1,01E-05 200,00 18,00 182,00 0,95 0,0018 5 1,00 4000 0,26 6,50E-05 200,00 18,00 182,00 0,95 0,0112 6 1,00 4000 0,11 2,75E-05 200,00 18,00 182,00 0,95 0,0048 Soma = 0,0251 Soma = 2,51cmSoma = 0,000145 Resultado: = 0,0001451820,95w = 0,0251m = 2,51cm Exercício proposto: 2) Resolver o problema anterior empregando a solução de Burland e Burbidge (1985), adotando a resistência à penetração do SPT média igual a 20. Resposta: w = 1,05 cm 3) Resolver o problema 1 usando o método da Teoria da Elasticidade. 4) Calcular o recalque final da sapata que suporta o pilar P1, distante 3,5m da sapata vizinha, que suporta a carga do pilar P2. Dados: P1 = 4000 kN r1 = 4,3cm P2 = 5000 kN r2 = 3,2cm Lij = 3,5m σadm = 200 kPa Cálculos: α = 0,30 Portanto, o recalque final da fundação 1, será: ri (final) = 4,3 (1+0,3) = 5,59 cm 1,90 5000 20014,35,3alcular= ⋅+C Gérson Rectangle Gérson Text Box DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAS - SAPATAS Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 1 Prof. José Mário Doleys Soares ANTEPROJETO DE FUNDAÇÕES POR SAPATAS Neste capítulo, exemplifica-se a determinação da tensão admissível de fundações por sapatas na fase de anteprojeto, em que ainda não são conhecidas as cargas dos pilares do edifício. Para isso, considere um edifício residencial com 8 pavimentos e 1 subsolo para garagem e a realização de 5 furos de sondagem SPT, cujos perfis obtidos são apresentados no Anexo. 1. Perfil Representativo Inicialmente, obtém-se o perfil representativo do solo, por meio da média das espessuras de cada camada, da média dos valores de SPT às mesmas profundidades e da cota média do NA. Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 2 Prof. José Mário Doleys Soares Trabalhar com o perfil "médio" tem sido prática corrente em projeto de fundações, mas seu inconveniente é "esconder" a variabilidade do solo. 2. Cota de Apoio Em razão da existência de um subsolo e na ausência de informações sobre a cota da base do prédio em relação ao RN, adota -se preliminarmente que as sapatas sejam assentes à cota -4 m em relação à superfície do terreno. Nessa cota, tem-se areia com N = 18, que representa a transição de areia medianamente compacta para areia compacta. Para uma estimativa preliminar da tensão admissível, da tabela de tensões básicas da NBR 6122/96 tem -se: σ = 0,2 a 0,4 MPa Portanto, σa = 0,3 MPa = 300 kPa Para uma verificação inicial, estima-se a tensão média devida ao peso total do edifício: 10 kPa/pav 10 . (8 + 1) = 90 kPa = 0,09 Mpa Mas para que o emprego de sapatas seja viável, a soma de suas áreas (em planta) não deve ultrapassar 60% a 70% da área d e construção. Assim, a tensão admissível deve ser tal que: Observação: Como haverá uma escavação de cerca de 3 m em toda a área de construção, para execução do subsolo, esses 3 m não serão contados para efeito de embutimento nem de sobrecarga. 3. Metologia Como ainda não se conhecem as dimensões das sapatas, que dependem da tensão admissível, serão estimados os valores mínimo e máximo de B. Admitindo que a área de influência dos pilares seja de, no mínimo, 6 m 2 (2 x 3 m2) e de, no máximo, 24 m 2 (4 x 6 m2), as respectivas cargas mínima e máxima de pilar serão: Pmin = 90 kPa . 6 m2 = 540 kN Pmax=90 kPa . 24 m2 = 2160 kN 0,09 100 ≤ 60% a 70% σa ≥ 0,13 a 0,15 MPa σa Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 3 Prof. José Mário Doleys Soares Considerando sapatas quadradas, para facilidade de cálculo, a área da sapata (A) em função da carga do pilar (P) e da tensão admissível ( σa) é dada por: Logo, as larguras mínima e máxima de sapata serão de: e Portanto, B varia aproximadamente de 1 a 3 m. Então, para B = 1, 2 e 3 m por diferentes critérios, serão obtidos gráficos σa x B para determinar a provável tensão admissível de projeto. Finalmente, será feita a verificação do recalque admissível. 3.1. NBR 6122/96 -4 m: areia, N = 18 —> areia medianamente compacta a compacta σo = 0,3 MPa -6 m: argila, N = 8 —> argila média σo = 0,1 MPa Correções: Areia Observação: Neste caso, não se aumenta de 40% por metro de profundidade, pois há apenas 1 m de embutimento. A P BA 2 mB 35,1 300 540 min mB 70,2 300 2160 max 2 8 5,1 10 ' 0 B 0 ' 0 .5,2 qa Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 4 Prof. José Mário Doleys Soares Argila de -3 m a - 4 m: argila, N = 6 —> transição de argila mole para média tabela de peso específico: = 16 kN/m3 q = 1 . 16 = 16 kPa 0,02 Mpa B = 1 m σa = 0,24 + 0,02 = 0,26 ≤ 2,5 . 0,30 = 0,75 σa= 0,26 Mpa Observação: Não há necessidade de verificação da camada de argila porque o bulbo de tensões não penetra nela. 2 10 0 0 ' 0 S qa ' 0 MPa24,021 8 5,1 130,0'0 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 5 Prof. José Mário Doleys Soares B = 2m Areia σa = 0,30 + 0,02 = 0,32 ≤ 2,5 . 0,30 = 0,75 σa1= 0,32 Mpa cota -6 m: de - 4,0 a - 4,5 m: N = 18 (areia seca) = 17 kN/m3 de -4,5 a -6,0 m: N = 22 (areia saturada) sat=21 kN/m3 Argila σ0 = 0,10 MPa S = 16 m2 > 10 m2 q =1 . 16 + 0,5 . 17 + 1,5 (21 - 10) = 41 kPa 0,04 MPa σa2 = 0,08 + 0,04 = 0,12 MPa > σ = 0,08 MPa OK! Portanto, σa= σa1= 0,32 MPa MPa30,022 8 5,1 130,0'0 MPa08,0 22 2.32,0 2 2 MPa08,0 16 10 10,0'0 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 6 Prof. José Mário Doleys Soares B = 3m Areia σa = 0,36 + 0,02 = 0,38 ≤ 2,5 . 0,30 = 0,75 σa1= 0,38 MPa cota -6 m: Argila σ0 = 0,10 MPa S = 25 m2 > 10 m2 σa2= 0,06+ 0,04 = 0,10 MPa < σ = 0,14 MPa Então, é necessário reduzir a tensão admissível. Fazendo uma regra de três simples: 0,38 - 0,14 σa2 - 0,10 σa = 0,27 Mpa MPa36,023 8 5,1 130,0'0 MPa14,0 23 3.38,0 2 2 MPa06,0 25 10 10,0'0 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 7 Prof. José Mário Doleys Soares 3.2 Regra Empírica N = Nmed no bulbo de tensões B = 1 m B = 2m B = 3m 3.3 Capacidade de Carga )( 50 MPaq N a 205 N 20 2 40 2 2218 medN MPaa 42,002,050 20 14 4 57 4 9840 medN MPaa 30,002,050 14 13 6 79 6 111157 medN MPaa 28,002,050 13 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 8 Prof. José Mário Doleys Soares Areia: c = 0 σr = q Nq Sq + 1/2 B N S B = 1 m Para simplificar os cálculos, o N.A. poderia ser considerado na base da sapata (cota -4 m). Mas, para efeito de exemplificação do cálculo de capacidade de carga com N.A. no interior do bulbo de tensões, será mantido o N.A. na cota -4,5 m. cota-4 m: N =18 = 28° + 0,4 N 35° = 35° Nq = 33,30 N = 48,03 tg =0,70 B = L -> Sq= 1 +tg = 1,70 S = 0,60 q = 16 kPa Peso específico efetivo médio da areia dentro do bulbo de tensões σr =16 . 33,30 . 1,70+ ½ . 12,5 . 1,00. 48,03. 0,60= 906 + 180 σr = 1086 kPa= l,09MPa FS = 3 σa1 = 0,36 MPa Como não há necessidade de verificação da camada de argila, σa = σa1 = 0,36 Mpa B = 2m 3/5,12 2 25 2 1021.5,117.5,0 mkN Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Text Box Capacidade de Suporte Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 9 Prof. José Mário Doleys Soares Areia σr = 906 + 2 . 180 = 1266 kPa = 1,27 MPa FS = 3 σa1 = 0,42 MPa cota -6 m: Argila = 0º Nc = 5,14 Nq=1,00 Nq/Nc = 0,20 B = L Sc= 1 + Nq/Nc= 1,20 Sq=1,00 N = 8 c = 10 N = 80 kPa σr =c Nc Sc + q Nq Sq σr2 = 80 • 5,14 • 1,20 + 41 • 1,00 • 1,00 = 534 kPa = 0,53 MPa FS = 3 σa2 = 0,18 MPa > 0,10 MPa OK! Portanto, σa = σa1 = 0,42 Mpa B = 3m Areia σr1 =906 + 3 .180 = 1446 kPa = 1,45 MPa MPa10,0 22 2.42,0 2 2 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 10 Prof. José Mário Doleys Soares FS = 3 σa1 = 0,48 Mpa cota -6 m: Argila σa2 = 0,18Mpa ≥ 0,17MPa OK! Portanto, σa = σa1 = 0,48 Mpa 4. Gráficos σA x B Da análise dessa figura, adota -se no mínimo σa = 0,25 MPa e no máximo σa = 0,30 MPa para, em seguida, fazer a v erificação de recalques. Adotado: σa =0,25 MPa MPa17,0 23 3.48,0 2 2 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 11 Prof. José Mário Doleys Soares Trata-se de um valor único para a tensão admissível, para toda a obra, cuja fundação terá sapatascom diferentes larguras (B) em função da variação das cargas dos pilares. Esta tem sido a prática em projetos de fundações por sapatas. 5. Verificação do Recalque Adimissível A tensão admissível deve satisfazer o critério do recalque admissível. Na falta de informações, para a maior sapata isolada (B = 3 m) adota -se um valor de recalque admissível de, por exemplo: ρa= 25 mm Para uma primeira verificação, considera -se apenas o recalque imediato. Haverá de ser estimado o recalque de adensamento da camada argilosa saturada, de -6 a -10 m, além do efeito do tempo no recalque das camadas arenosas. Como se trata de perfil com camadas alternadas de areia e argila, não há método aplicável diretamente. Por isso, com cautela, será feito um cálculo pelo Método de Schmertmann (1978) e outro pela Teoria da Elasticidade. Neste, será feita correção para as camadas arenosas. Para estimar Es será utilizada a correlação brasileira, de Teixeira & Godoy (1996), arredondando-se o valor obtido em MPa para o número inteiro mais próximo. 5.1 Método de Schmertmann q = 16 kPa 0,02 MPa σ* = σ - 0,02 (MPa) S ZZ E I CC . *.. 21 v zI * .1,05,0max. 5,0 * 02,0 .5,011 C 0,1 1,0 log.2,01 22 C t C (recalque imediato) Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Text Box C2 = 1 + 0,2*log (t/0,1) .. C2 = 1 Gérson Miranda Text Box Admissível Gérson Miranda Text Box Use os métodos via Rede Neurais na avaliação do recalque (Pag. 248) Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 12 Prof. José Mário Doleys Soares Es = α K N Areia α = 3 e K = 0,9 MPa ES = 2,7 . N (MPa) Argila siltosa α = 6,5 e K = 0,2 MPa ES = 1,3 . N (MPa) B = 3m σa= 0,25 MPa σ* = 0,23 MPa cota -5,5 m (z = B/2 abaixo da sapata): σv= 16 + 0,5 . 17 + 1,0 . 11 35 kPa 0,03 MPa 96,0 23,0 02,0 .5,011 C 78,0 03,0 23,0 .1,05,0max. zI Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Text Box Soma: 139,80 Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 13 Prof. José Mário Doleys Soares ρi= 0,96 . 1,00 . 0,23 . 139,80 = 30,9 mm > 25,0 mm Nova tentativa, com a tensão admissível diminuída para 0,20 MPa: σa= 0,20 MPa σ* = 0,18 MPa σv 0,03 Mpa 94,0 18,0 02,0 .5,011 C 74,0 03,0 18,0 .1,05,0max. zI Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 14 Prof. José Mário Doleys Soares ρi = 0,94 . 1,00 . 0,18 . 132,63 = 22,4 mm < 25,0 mm Para uma diferença de recalque até da ordem de 10% pode -se aplicar uma regra de três simples para a tensão líquida: 0,18 - 22,4 σ* - 25,0 Então, σ * = 0,20 MPa e, portanto, σa =0,22 MPa 5.2. Teoria da Elasticidade Pesquisa-se a posição do "indeformável" ao mesmo tempo em que se calcula o recalque das camadas argilosas: Nas camadas arenosas, deve-se introduzir um fator de majoração de 1,21 para corrigir os fatores 0 e 1 desenvolvidos para = 0,5 (argilas saturadas): Arredondando as cotas de transição de camadas e fazendo interpolações para α e K, quando necessário, tem-se: S i E B. .. 10 S i E B. ...21,1 10 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 15 Prof. José Mário Doleys Soares B = 3m L/B = 1 h/B = 1/3 = 0,33 0 = 0,91 camada 1: L/B = 1 H/B = 2/3 =0,67 1 = 0,35 camada 2: L/B = 1 H/B =6/3 = 2 1 = 0,56 ρ2 = 11,0 mm ρ1 + ρ2 = 16,4 mm contribuição da 2a camada: (11,0/16,4) . 100 = 70% > 10% calcular a 3a camada camada 3: L/B = 1 H/B = 8/3 = 2,67 1 = 0,60 ρ1= ρ1(54) =1,21. 0,91 . 0,35 . 0,25 . 3.000 = 5,4 mm 54 ρ1,2(13) =0,91 . 0,56 . 0,25 . 3.000 = 29,4 mm 13 - ρ1(13) =0,91 . 0,35 . 0,25 . 3.000 = 18,4 mm 13 ρ1,2,3(22) =1,21.0,91 .0,60 . 0,25 . 3.000 = 22,5 mm 22 - ρ1,2 (22) =1,21.0,91 .0,56 . 0,25 . 3.000 = 21,0 mm 22 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 16 Prof. José Mário Doleys Soares ρ3 = 1,5 mm ρ1 + ρ 2 + ρ3 = 17,9 mm contribuição da 3a camada: (1,5/17,9). 100 = 8% < 10% não precisa calcular a 4a camada Portanto, σa = 0,25 MPa ρi= 17,9 mm < 25,0 mm Fazendo uma regra de três, pois na Teoria da Elasticidade o recalque é diretamente proporcional à tensão admissível, tem -se: ρi = 25 mm σa = 0,35 MPa 5.3. Conclusão Para o recalque admissível adotado de ρa = 25 mm e para a sapata de B = 3 m, foram obtidos os valores de 0,22 e 0,35 MPa para a tensão admissível, pelos métodos de Schmertmann e da Teoria da Elasticidade, respectivamente. Em consequência, pode-se ter a tensão admissível σa de 0,25 ou 0,30 MPa, em função da média dos valores obtidos (aproximada para que a segunda casa decimal seja 0 ou 5). Como conclusão, adota -se σa= 0,25 MPa, mas, caso haja sapatas maiores que B = 3 m, a tensão admissível deverá ser reduzida para satisfazer o crité rio de recalque admissível de ρa = 25 mm. Para verificação preliminar da maior sapata, tem -se: (OK!) À tensão admissível de 0,25 MPa e à largura de sapata de 3 m está associada a carga máxima de pilar de: Pmax = 3,00² . 250 = 2250 kN Portanto, se o projeto estrutural vier a indicar a existência de pilares com cargas superiores a 2.250 kN, a tensão admissível deverá ser reduzida para o cálculo da área da sapata desses pilares. No pro jeto certamente haverá sapatas com base retangular e talvez até com forma irregular, para as quais se podem considerar sapatas circulares de áreas equivalentes, na verificação dos recalques, de acordo com D'Appolonia et al. (1968), Teixeira & Godoy (1996) e Mayne & Poulos (1999). Entretanto, com base em análise estatística de registros de recalque, Burland & Burbridge (1985), apud Terzaghi et al. (1996), apresentam a seguinte relação entre o recalque ρret de uma sapata retangular (B x L) e o recalque ρ de uma sapata quadrada (L/B = 1): mmB 00,395,2 250 2160 max 2 25,0/ )/.(25,1 BL BL quadret Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 17 Prof. José Mário Doleys Soares Assim, por maior que seja a relação L/B, tem -se: ρret ≤ 1,56 ρquad Por outro lado, a comparação dos va lores do fator de influência indica que o recalque da sapata retangular flexível é mais que o dobro da sapata quadrada flexível, quando L/B = 10, e quase quatro vezes maior para L/B = 100. 6. Previsão de Recalques Pelos métodos de Schmertmann e da Teoria da Elasticidade, serão previstos os recalques para a menor e a maior sapata, com 6.1. Método de Schmertmann B = 1,50 m σa= 0,25 MPa σ* = 0,23 MPa cota -4,75 m (z = B/2 abaixo da sapata): σv = 16 + 0,75 . 17 29 kPa 0,03 MPa mB 50,1 250 540 min 96,0 23,0 02,0 .5,011 C 78,0 03,0 23,0 .1,05,0max. zI Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 18 Prof. José Mário Doleys Soares ρi= 0,96 . 1,00 . 0,23 . 36,32 = 8,0 mm B = 3m O recalque imediato já foi calculado: ρi = 30,9 mm 6.2. Teoria da Elasticidade B = 1,50 m L/B = 1 h/B = 1,0/1,5 = 0,67 0 = 0,82 camada 1: L/B = 1 H/B = 2,0/1,5 = 1,33 1 = 0,50 camada 2: L/B = 1 H/B = 6,0/1,5 = 4 1 = 0,64 ρ2 = 3,3 mm ρ1 + ρ2 = 6,7 mm contribuição da 2a camada: (3,3/6,7) . 100 = 49% > 10% calcular a 3ª camada camada 3: L/B = 1 H/B = 8,0/1,5 = 5,33 1 = 0,67 ρ1= ρ1(54) =1,21. 0,82 . 0,50 . 0,25 . 1.500 = 3,4 mm 54 ρ1,2(13) =0,82. 0,64 . 0,25 . 1.500 = 15,1 mm 13 - ρ1 (13) =0,82. 0,50 . 0,25 . 1.500 = 11,8 mm 13 ρ1,2,3(22) =1,21 .0,82. 0,67 . 0,25 . 1.500= 11,3 mm 22 Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Cap.5 – Anteprojeto de fundações por sapatas 19 Prof. José Mário Doleys Soares ρ 3 = 0,5 mm ρ 1 + ρ 2 + ρ 3 = 7,2 mm contribuição da 3ª camada: (0,5/7,2) . 100 = 7% < 10% não precisa calcular a 4ª camada Portanto, ρi = 7,2 mm B = 3m O recalque imediato já foi calculado: ρi= 17,9 mm 6.3. Conclusão Fazendo a média dos valores obtidos pelos dois métodos, tem -se: B = 1,5 m ρ i= 7,6 mm B = 3,0 m ρ i = 24,4 mm Esses valores indicam uma fonte significativa para explicar os recalqu es diferenciais entre os pilares de edifícios, uma vez que, sem considerar os efeitos de interação estrutura -solo, os recalques das sapatas isoladas vão variar entre 7,6 e 24,4 mm, dependendo da dimensão da sapata, isto é, da carga do pilar. - ρ1,2(22) =1,21 .0,82. 0,64 . 0,25 . 1.500 = 10,8 mm 22 Gérson Miranda Rectangle Apostila Fundações I - 12 11 2009 Capa - Apostila de Fundações Erinaldo Superficial 4 5 6 - Apostila Erinaldo FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - Cap. 4 e 5 capacidade de carga e recalque fundações profundas - tipos Apostila Fundações - Erinaldo UFS Erinaldo Profunda 4 5 6 - Apostila Erinaldo FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - Cap. 4 e 5 capacidade de carga e recalque fundações profundas - tipos Apostila Fundações - Erinaldo UFS Sapatas - Dimensionamento estrutural.pdf Cap-1-Introducao-Criterios-de-Projetos.pdf Cap-2- Lajes-de-Concreto-Armado.pdf Cap-3-Caculo-de-Vigas.pdf Cap-4-Pilares-de-Edificios.pdf cap-5-fundacoes.pdf nbr6118.pdf 1-17.pdf 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 1 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 2 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 3 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 4 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 5 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 6 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 7 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 8 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 9 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 10 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 11 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 12 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 13 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 14 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 15 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 16 001_superficial_ 03 07 09 - Cópia 17 NBR 6122.pdf Página 1_Win2PDF.pdf Apostila - Superficial_FINAL Tucuruí.pdf NBR-6122-Divulgacao-20091117 SP-09 CT ELN.pdf SP-09 CT ELN 01.pdf SP-09 CT ELN 02.pdf SP-09 CT ELN 03.pdf SP-13 CT ELN.pdf R0142007 - SP-13_PAG1.pdf R0142007 - SP-13_PAG2.pdf R0142007 - SP-13_PAG3.pdf SP 03 - CT - ELN.pdf R0142007 - SP-03_PAG1.pdf R0142007 - SP-03_PAG2.pdf R0142007 - SP-03_PAG3.pdf
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