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Faculdade Cruzeiro do Sul PIC - Pedagogia Aluna: Thamyris Kellem Ribeiro e Silva Espósito RGM:24135372 Polo: São Luís-MA (Cohama) Tutor: Carlos Adriano Martins • Diante da situação-problema apresentada, descreva aquilo que deve ser dito pela professora para orientar Jane, tendo em vista os estudos sobre alfabetização, letramento e práticas sociais de leitura escrita. A professora deve falar que algumas coisas mudaram na alfabetização e que portanto, o processo de formação precisa ser menos idealizado e mais próximo da realidade, levando em conta a experiência cotidiana e os saberes adquiridos na prática. Minha sugestão é olhar para a prática do professor, os materiais que ele produz, os conteúdos que trabalha e como organiza e planeja as atividades. É muito importante acompanhar a rotina de toda a equipe, fazendo observação de aula e analisando o caderno dos estudantes. Isso não deve ser feito para vigiá-los e fazer cobranças, mas sim como um trabalho de parceria e um diagnóstico para levantamento das necessidades de aprendizagem. A professora deve manter um canal de comunicação constante com a avó, buscando saber com o professor sobre qual o tipo, a quantidade e o agendamento das tarefas de casa. Deve trocar ideias com sua neta, fazendo perguntas para ajudá-lo. Nunca apague os erros e dê a resposta certa. Lembre-se que a correção é papel do professor, que sabe fazê-la de forma construtiva. Incentivar a criança a sempre tentar de novo, a ler com atenção e refazer aquele exercício que parece muito difícil. Fazem parte do processo de aprendizagem as várias tentativas e o erro. Não sabe responder às dúvidas de sua neta? Não é o fim do mundo! Para não correr o risco de errar e comprometer o aprendizado da criança, o melhor é reconhecer que não sabe a resposta e orientar o estudante a levar a dúvida para o educador. Toda ajuda é sempre bem-vinda, mas alguns pais, por boa vontade ou falta de orientação, acabam fazendo o trabalho dos filhos. Em vez de fazer as tarefas por ele, estimule a parceria e incentive-o a assumir responsabilidades e a conquistar autonomia. O melhor horário para fazer a lição é diferente para cada criança. Estabeleça um período fixo (manhã ou tarde), respeite o tempo de descanso e os intervalos das refeições. As atividades escolares exigem disciplina e concentração. E reserve um tempo para estar presente durante as tarefas. Em uma casa, é difícil estabelecer a lei do silêncio. De qualquer forma, na hora da lição, reserve um espaço com pouca movimentação e sem interferências externas, como barulhos de televisão ou rádio. Na sala de aula, cada aluno tem direito a uma carteira. Em casa, não deve ser diferente. Separe um cantinho para sua neta que tenha um apoio plano, como a escrivaninha do quarto, mesa da sala ou da cozinha, onde você possa ficar ao lado dele durante alguns momentos da tarefa. A tecnologia é parceira da educação. Mas é preciso saber a hora de utilizá-la. Se o livro ainda é o principal material didático de sua neta, deixe o computador e o tablet para depois das tarefas. Outra dica é perguntar nas escolas quais sites podem ser consultados para fazer pesquisas para os trabalhos e tarefas de casa. O processo de aprendizagem varia de criança para criança. Fazer comparações ou estabelecer metas inatingíveis são atitudes prejudiciais. Reconheça os limites de seu filho e sempre o encoraje a melhorar. Estamos a cada dia evidenciando nas escolas a importância de trabalhar bem as crianças no seu processo de alfabetização, pois, uma vez alfabetizada, esse pequeno estudante terá grandes chances de obter êxito nos seus estudos, contudo, mesmo sabendo dessa responsabilidade, quando se pergunta sobre o que é uma criança alfabetizada ainda surgem dúvidas até mesmo daqueles que são responsáveis pela aquisição desse processo, e, mais grave que isso, muitas vezes um professor acredita ainda ter alfabetizado uma criança pelo fato de conseguir ajuda-lo a juntar sílabas e formar palavras, ignorando outros elementos importante dessa etapa. Por muito tempo perdurou que está alfabetizado era saber as letras, juntar sílabas e formar palavras, nessa época se aprendia as através da repetição de sons e era comum o uso das cartilhas nas escolas, eram o que se chama atualmente de método sintético, principalmente utilizando a fonação e a soletração. As cartilhas que por muito tempo, sobretudo nas décadas de 70 e 80 fizeram parte do processo de alfabetização eram livros com leituras restritas que partiam de palavras-chave, principalmente substantivos e que priorizavam os métodos acima citados. Dessa forma, a partir dos estudos realizados chegou-se a uma conclusão de que não há um método próprio para alfabetizar, mas um conjunto de estratégias que facilitam o trabalho do professor. Foi dado ênfase a necessidade de que o docente perceba que cada criança aprende de forma diferente e que esse aluno não chega na escola vazio de aprendizado, mas traz uma bagagem de casa e que é preciso extrair dele esse conhecimento prévio. E após tantas leituras e análises do que ocorreu com o passar dos anos nas escolas percebeu-se que muito já se avançou no processo de alfabetização, mas que ainda há muito a se fazer para que as nossas crianças tenham realmente o direito de aprender respeitado. Referências: • CHARMEUX, E. Aprender a ler: vencendo o fracasso. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1995 • ABREU, A. et. al. Alfabetização: livro do professor. Brasília: FUNDESCOLA, 2000. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000591.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2020. • KUCIBALA, F. Alfabetização e letramento. In: BES, P. Alfabetização e letramento. Porto Alegre: SAGAH, 2018, p. 39-50 (e-book). • KUCIBALA, F. A psicogênese da língua escrita. In: BES, P. Alfabetização e letramento. Porto Alegre: SAGAH, 2018, p. 51-70 (e-book). http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000591.pdf
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