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Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 DANIELA TAVARES Pós-Graduada em Direito Constitucional pela Faculdade Damásio Graduada em Direito pela Universidade Federal da Paraíba Professora de Direito Constitucional Autora de obras jurídicas Palestrante FORMANDO A BASE DIREITO CONSTITUCIONAL 2ª Edição 2020 Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 1 Quero agradecer primeiramente a Deus, sem Ele nada é possível com a maestria que acontece. À minha família, principalmente à minha mãe pelo suporte diário, ao meu esposo pela compreensão das minhas ausências e, sem dúvidas, a eles, meus alunos, meus maiores incentivadores. Muito obrigada pela confiança. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 2 SUMÁRIO CONVERSA INICIAL ................................................................................................................................... 8 1 ............................................................................................................................................................... 9 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ........................................................................................................... 9 1.1. FUNDAMENTOS ........................................................................................................................... 9 1.2. SEPARAÇÃO DOS PODERES ........................................................................................................ 10 1.3. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS ...................................................................................................... 12 1.4. PRINCÍPIOS QUE REGEM A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS .......................................................................................................................................................... 13 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 14 2 ............................................................................................................................................................. 17 DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ...................................................................................... 17 2.1. EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .............................................................................. 17 2.2. APLICABILIDADE DAS NORMAS DEFINIDORAS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 18 2.3. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................................................... 19 2.4. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................. 19 3 ............................................................................................................................................................. 21 DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ........................................................................... 21 3.1. DIREITO À VIDA ....................................................................................................................... 22 3.2. PRINCÍPIO DA IGUALDADE ...................................................................................................... 23 3.3. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ..................................................................................................... 23 3.4. PROIBIÇÃO DA TORTURA ........................................................................................................ 23 3.5. LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DE PENSAMENTO ................................................................. 24 3.6. DIREITO DE RESPOSTA ............................................................................................................. 25 3.7. LIBERDADE DE ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA OU DE COMUNICAÇÃO. INDENIZAÇÃO EM CASO DE DANO ................................................................................................. 25 Vídeo – Escusa de Consciência ....................................................................................................... 25 3.8. INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, VIDA PRIVADA, HONRA E IMAGEM DAS PESSOAS ......... 25 3.9. INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO ........................................................................................... 26 3.10. INVIOLABILIDADE DA CORRESPONDÊNCIA e COMUNICAÇÕES ............................................ 26 3.11. LIBERDADE DE PROFISSÃO .................................................................................................... 27 3.12. LIBERDADE DE INFORMAÇÃO ............................................................................................... 27 3.13. LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO ................................................................................................ 28 3.14. LIBERDADE DE REUNIÃO ....................................................................................................... 28 3.15. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO ...................................................................................................... 28 3.16. DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................................................................... 29 3.17. PROPRIEDADE INTELECTUAL ................................................................................................. 30 3.18. DIREITO DE HERANÇA E ESTATUTO SUCESSÓRIO ................................................................. 30 3.19. DEFESA DO CONSUMIDOR .................................................................................................... 30 Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 3 3.20. DIREITO À INFORMAÇÃO ...................................................................................................... 30 3.21. DIREITO DE PETIÇÃO E OBTENÇÃO DE CERTIDÕES ............................................................... 30 3.22. PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO .............................................................. 31 3.23. LIMITES À RETROATIVIDADE DA LEI ...................................................................................... 31 3.24. PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL ................................................................................... 31 3.25. TRIBUNAL DO JÚRI ................................................................................................................ 31 3.26. SEGURANÇA JURÍDICA EM MATÉRIA CRIMINAL ................................................................... 32 3.27. REGRAS SOBRE AS PENAS ..................................................................................................... 33 3.28. DIREITOS ASSEGURADOS AOS PRESOS ................................................................................. 33 3.29. REGRAS SOBRE EXTRADIÇÃO ................................................................................................ 34 3.30. PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL ................................................................................................ 34 3.31. DEVIDO PROCESSO LEGAL ..................................................................................................... 34 3.32. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA .................................................................................................. 34 3.33. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ....................................................................................................35 3.34. AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA ................................................................ 35 3.35. RESTRIÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS .................................................................................... 35 3.36. REGRAS DE PRISÃO ................................................................................................................ 35 3.37. HABEAS CORPUS ................................................................................................................... 36 3.38. MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL (MSI) .................................................................... 37 3.39. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO (MSC) ...................................................................... 37 3.40. MANDADO DE INJUNÇÃO ..................................................................................................... 38 3.41. HABEAS DATA ........................................................................................................................ 39 3.42. AÇÃO POPULAR ..................................................................................................................... 39 3.43. ASSISTÊNCIA JURÍDICA INTEGRAL E GRATUITA ..................................................................... 40 3.44. ERRO JUDICIÁRIO .................................................................................................................. 40 3.45. GRATUITIDADE DAS CERTIDÕES DE NASCIMENTO E ÓBITO ................................................. 41 3.46. GRATUITIDADE DO HABEAS CORPUS E HABEAS DATA ......................................................... 41 3.47. CELERIDADE PROCESSUAL ..................................................................................................... 41 3.48. APLICABILIDADE DAS NORMAS DEFINIDORAS DE DIREITOS FUNDAMENTAIS ..................... 41 3.49. TRATADOS INTERNACIONAIS ................................................................................................ 41 3.50. HIERARQUIA DAS NORMAS ................................................................................................... 42 3.51. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ....................................................................................... 42 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 42 4 ............................................................................................................................................................. 48 DIREITOS SOCIAIS ................................................................................................................................... 48 4.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 48 4.2. DIREITOS DOS TRABALHADORES NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. ................................. 49 4.3. DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES (Art. 8 ao 11) ........................................ 53 Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 4 4.3.1. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU SINDICAL ....................................................... 54 4.3.2. DIREITOS DE SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL ........................................................................... 55 4.3.3. DIREITO DE GREVE ............................................................................................................... 55 4.3.4. DIREITOS DE PARTICIPAÇÃO ................................................................................................ 56 4.3.5. DIREITOS DE REPRESENTAÇÃO CLASSISTA ........................................................................... 56 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 56 5 ............................................................................................................................................................. 61 NACIONALIDADE .................................................................................................................................... 61 5.1. ESPÉCIES DE NACIONALIDADE ................................................................................................... 61 5.2. BRASILEIROS NATOS .................................................................................................................. 61 5.3. BRASILEIROS NATURALIZADOS .................................................................................................. 62 5.4. CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS .......................................................................... 62 5.5. PERDA DA NACIONALIDADE ...................................................................................................... 63 5.6. IDIOMA E SÍMBOLOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL .................................................. 64 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 64 6 ............................................................................................................................................................. 70 DOS DIREITOS POLÍTICOS ....................................................................................................................... 70 Vídeo – Iniciativa Popular: ............................................................................................................. 70 6.1. CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA (ALISTABILIDADE) .................................................................... 71 6.1.1. INALISTÁVEIS ........................................................................................................................ 71 6.2. CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA (ELEGIBILIDADE) .................................................................. 71 6.2.1. INELEGIBILIDADES ................................................................................................................ 72 6.3. IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO ...................................................................................... 73 6.4. PERDA/SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS .......................................................................... 74 6.5. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL ............................................................................... 74 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 74 7 ............................................................................................................................................................. 79 DOS PARTIDOS POLÍTICOS ..................................................................................................................... 79 7.1. REGRAS CONSTITUCIONAIS ....................................................................................................... 79 7.2. COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS ........................................................................................................ 79 7.3. FUNDO PARTIDÁRIO E ACESSO GRATUITO AO RÁDIO E À TELEVISÃO ...................................... 80 Vídeo – Direito de Antena .............................................................................................................. 80 7.4. FIDELIDADE PARTIDÁRIA ............................................................................................................ 81 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 81 8 .............................................................................................................................................................84 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO ..................................................................... 84 8.1. ELEMENTOS DO ESTADO ........................................................................................................... 84 8.2. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ............................................................................. 85 Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 5 8.2.1. ESTADO FEDERADO .............................................................................................................. 85 8.2.2. VEDAÇÕES (art. 19) .............................................................................................................. 86 8.2.3. ENTES FEDERADOS ............................................................................................................... 86 8.3. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS............................................................................................... 92 8.3.1. COMPETÊNCIAS DA UNIÃO: ................................................................................................. 92 8.3.2. COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS; ......................................................................................... 100 8.3.3. COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS: .................................................................................... 101 8.3.4. COMPETÊNCIA DO DF (art. 32)........................................................................................... 102 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 102 9 ........................................................................................................................................................... 108 INTERVENÇÃO ...................................................................................................................................... 108 9.1. INTERVENÇÃO FEDERAL ........................................................................................................... 108 9.1.1. ESPÉCIES ............................................................................................................................. 109 9.2. INTERVENÇÃO ESTADUAL ........................................................................................................ 111 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 112 10 ......................................................................................................................................................... 115 DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ........................................................... 115 10.1. ESTADO DE DEFESA ................................................................................................................ 115 10.2. ESTADO DE SÍTIO .................................................................................................................... 118 10.3. FORÇAS ARMADAS ................................................................................................................. 120 10.4. SEGURANÇA PÚBLICA ............................................................................................................ 122 10.4.1. ÓRGÃOS ENCARREGADOS PELA SEGURANÇA PÚBLICA: .................................................. 122 10.4.2. ÓRGÃOS FEDERAIS – REALIZADA PELA UNIÃO ................................................................ 122 10.4.3. ÓRGÃOS ESTADUAIS – MANTIDOS PELOS ESTADOS-MEMBROS ..................................... 123 10.4.4. SEGURANÇA PÚBLICA NO DISTRITO FEDERAL ................................................................. 124 10.4.5. SEGURANÇA PÚBLICA NOS MUNICÍPIOS ......................................................................... 124 10.4.6 POLICIAIS CIVIS E MILITARES: DIREITO DE GREVE ............................................................. 125 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 125 11 ......................................................................................................................................................... 131 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ......................................................................................................... 131 11.1. MINISTÉRIO PÚBLICO ............................................................................................................. 131 11.2. ADVOCACIA PÚBLICA ............................................................................................................. 136 11.3. ADVOCACIA PRIVADA ............................................................................................................ 136 11.4. DEFENSORIA PÚBLICA ............................................................................................................ 137 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 138 12 ......................................................................................................................................................... 142 PODER EXECUTIVO ............................................................................................................................... 142 12.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 142 Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 6 12.1.1. EXERCÍCIO DO PODER EXECUTIVO ................................................................................... 144 12.1.2. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................. 144 12.1.3. CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE ........................................................................................ 147 12.1.4. PROCESSO ELEITORAL ...................................................................................................... 147 12.1.5. POSSE E MANDATO .......................................................................................................... 148 12.1.6. IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DOS CARGOS ...................................................................... 149 12.1.7. AUSÊNCIA DO PAÍS DO PRESIDENTE E DE VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................. 150 12.1.8. RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ...................................................... 150 12.2. MINISTROS DE ESTADO .......................................................................................................... 153 12.3. CONSELHO DA REPÚBLICA ..................................................................................................... 153 12.4. CONSELHO DA DEFESA........................................................................................................... 154 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 155 13 ......................................................................................................................................................... 161 PODER JUDICIÁRIO ............................................................................................................................... 161 13.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 161 13.2. ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................................161 13.3. ESTATUTO DA MAGISTRATURA ............................................................................................. 163 13.4. GARANTIAS DO JUDICIÁRIO ................................................................................................... 166 13.5. VEDAÇÕES .............................................................................................................................. 167 13.6. QUINTO CONSTITUCIONAL .................................................................................................... 168 13.7. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL .............................................................................................. 169 13.8. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA .......................................................................................... 174 13.9. TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS ............................................................ 176 13.10. TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS ...................................................................................... 177 13.11. TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO ..................................................................................... 177 13.12. TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS .......................................................................................... 179 13.13. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ...................................................................................... 181 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 182 14 ......................................................................................................................................................... 188 PODER LEGISLATIVO ............................................................................................................................ 188 14.1. ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO .................................................................................... 188 14.2. CONGRESSO NACIONAL ......................................................................................................... 189 14.2.1. CÂMARA DOS DEPUTADOS .............................................................................................. 191 14.2.2. SENADO FEDERAL ............................................................................................................. 193 14.2.3. REUNIÕES: ........................................................................................................................ 195 14.3. COMISSÕES PARLAMENTARES............................................................................................... 196 14.4. INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS DOS PARLAMENTARES ........................................ 197 14.5. PERDA DO MANDATO DO DEPUTADO OU SENADOR (ART. 55) ............................................ 198 Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 7 14.6. IMUNIDADES PARLAMENTARES ............................................................................................ 199 14.7. TRIBUNAL DE CONTAS ........................................................................................................... 201 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 204 15 ......................................................................................................................................................... 209 PROCESSO LEGISLATIVO ...................................................................................................................... 209 15.1. PROCEDIMENTO .................................................................................................................... 209 15.1.1. LEIS ORDINÁRIAS E LEIS COMPLEMENTARES ................................................................... 209 15.1.2. EMENDAS À CONSTITUIÇÃO ............................................................................................ 214 15.1.3. MEDIDA PROVISÓRIA ....................................................................................................... 215 15.1.4. DECRETOS LEGISLATIVOS ................................................................................................. 217 15.1.5. RESOLUÇÕES .................................................................................................................... 217 15.1.6. LEIS DELEGADAS ............................................................................................................... 217 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 217 16 ......................................................................................................................................................... 222 DA ORDEM SOCIAL ............................................................................................................................... 222 16.1. SEGURIDADE SOCIAL .............................................................................................................. 222 16.1.1. DA SAÚDE ......................................................................................................................... 227 16.1.2. DA PREVIDÊNCIA SOCIAL .................................................................................................. 229 16.1.3. DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ................................................................................................... 231 16.2. DA EDUCAÇÃO ....................................................................................................................... 232 16.3. DA CULTURA .......................................................................................................................... 237 16.4. DO DESPORTO ........................................................................................................................ 238 16.5. DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ................................................................................ 239 16.6. DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ................................................................................................... 239 16.7. DO MEIO AMBIENTE .............................................................................................................. 241 16.8. DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO .................................................. 242 16.9. DOS ÍNDIOS ............................................................................................................................ 244 QUESTÕES ....................................................................................................................................... 245 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 250 2ª Edição 2020 Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 8 DIREITO CONSTITUCIONAL CONVERSA INICIAL Olá, caros leitores, Sou professora Daniela Tavares e, antes de iniciar nosso curso, saibam que é uma honra poder guiar seus primeiros passos rumo em Direito Constitucional rumo aos seus objetivos, para tanto, esse material foi desenvolvido com base em livros e, principalmente, na análise dos assuntos mais cobrados pelas mais variadas bancas de concurso. Percebeu o compromisso com você? Pois bem, para que você enxergue sua aprovação, o seu comprometimento com os estudos é fundamental, então, anota essas dicas básicas antes de começar lendo a apostila toda. DICAS: 1. Repartao seu objetivo em metas curtas; 2. Siga seu planejamento de estudo; 3. Sublinhe pouco, apenas palavras-chave; 4. Não deixe de revisar; 5. Tente começar a semana com todas as pendências em dia; 6. Goste do que você estuda, mesmo não gostando da matéria, arranje um meio de gostar 7. Faça muitas questões. Lembre-se que só o treino vai te tornar excelente em uma determinada matéria; 8. Delete as distrações (celular, notificações, e-mail, redes sociais...) 9. Beba muita água; 10. Alimenta-se bem. COMO ESTUDAR ESSA APOSTILA? Aconselho seguir a ordem dos assuntos que estão dispostos no sumário. Estude Direito Constitucional todos os dias por 30 min, se precisar, volte o material e revise o que estudou. Com essa rotina de estudos diário, em pouco tempo, você terá uma noção geral dos assuntos mais cobrados em concursos. ATENÇÃO: essa apostila tem alguns detalhes, os pontos destacados em azul são os que mais caíram em provas. Os destacados em amarelo estão em segundo lugar no ranking. Cumprindo, ao menos, algumas dessas dicas, meu caro, você já saiu da sua zona de conforto. Aproveite a caminhada. Bons estudos. "Mais valem pequenos atos executados, que grandes apenas planejados.” George Marshall Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 https://quemdisse.com.br/frase/mais-valem-pequenos-atos-executados-que-grandes-apenas-planejados/96931/ Direito Constitucional Daniela Tavares 9 1 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Os princípios Fundamentais inauguram a nossa Constituição Federal logo no Título I, abarcando do art. 1º ao art. 4º. Vamos estudar cada artigo detalhadamente. 1.1. FUNDAMENTOS Fundamentos são a base da nossa República, devendo ser a estrutura de formação do nosso Estado. Imagine a construção de uma casa, e os fundamentos são as paredes que, se não forem bem estruturadas, não sustentarão os andares que estão por vir. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I- a soberania; II- a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV- os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V- o pluralismo político. • Soberania: o conceito de soberania está ligado à autoridade suprema no âmbito interno de um país e representa um atributo da República Federativa do Brasil. Na esfera internacional, encontramos a igualdade entre os Estados, visto que as nações possuem suas próprias soberanias, então, dizemos que os Estados são independentes. • Cidadania: cuidado, você não nasce cidadão brasileiro, pois a cidadania é adquirida quando se exerce direitos políticos. Refere-se à participação popular no processo político do Estado. • Dignidade da Pessoa Humana: constitui verdadeiro pressuposto da democracia. • Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa: trata-se da garantia de todas as formas lícitas de trabalho e de atividade empresarial. • Pluralismo Político: está inserido no conceito de sociedade plural, com diversidade de ideias políticas. Para a memorização, temos o SOCIDIVAPLU SO = soberania; CI = cidadania; DI = dignidade da pessoa humana; VA = valores sociais do trabalho e da livre iniciativa PLU = pluralismo político. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 10 Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Titular do poder: o povo Exercício do poder: representantes eleitos pelo povo ou diretamente por meio de plebiscito, referendo e iniciativa popular. - Professora, o que é plebiscito e referendo? - Gertrudes, é um mecanismo de consulta popular acerca de matérias relevantes. A diferença está no momento da consulta, o plebiscito é uma consulta à população antes de o ato ser realizado, cabendo ao povo decidir. Já o referendo é uma consulta posterior ao ato ser realizado. Apenas para questão de curiosidade, tivemos um plebiscito no ano de 1993 para escolhermos sobre a manutenção da república e do sistema presidencialista de governo. Em 2005, foi a vez de um referendo nos perguntar sobre o art. 35 da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) que proibia a comercialização de armas de fogo em todo território nacional, salvo exceções previstas em lei. Já em relação à iniciativa popular, lembrem-se de que existem requisitos a serem cumpridos, os quais veremos mais na frente. Olha Como Caiu Em Prova! (IBFC - 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Técnico Legislativo-Redator Oficial) Podem ser apontados como fundamentos da República Federativa do Brasil, constituída em Estado Democrático de Direito, dentre outros: a) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa b) o desenvolvimento nacional e a cidadania c) a soberania e a erradicação da pobreza d) a redução das desigualdades sociais e o pluralismo político Resposta: A Comentário: Segundo o art. 1, IV, CF. 1.2. SEPARAÇÃO DOS PODERES Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Olha só, presta atenção e lembre que todos os poderes exercem todas as funções, em maior ou menor intensidade, daí surgem as funções típicas e as funções atípicas. As funções típicas são aquelas que você percebe o Poder exercendo, por exemplo, o Poder Judiciário faz o que? Julga. Pronto! Essa é a função típica dele. - Professora, mas o Poder Judiciário legisla e administra também? - Sim, Gertrudes. Por isso, chamamos essas outras funções que o Poder Judiciário exerce em menor intensidade de funções atípicas. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 11 Então, perceba que cada Poder exerce uma função com mais expressão, que será a típica, e outras com menor intensidade, as atípicas. Assim os poderes se tornam harmônicos, mantendo a independência e cumprindo o conceito do sistema de freios e contrapesos. Para não esquecer mais, olha essa tabela. - Nossa, professora, ficou muito bom esse esquema. - Dica: todas as vezes que estiver difícil para entender um assunto, tenta fazer um esquema, isso facilita a visualização. Por isso, os mapas mentais funcionam tanto. Olha Como Caiu Em Prova! (Quadrix - 2019 - CRESS-GO - Agente Fiscal) Julgue o item. Os Poderes do Estado estão expressos na Constituição ao afirmar que são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, sendo que a cada um foi atribuída determinada função. Contudo, não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, e sim uma preponderância. a) Certo b) Errado Resposta: A Comentário: Perceberam que essa preponderância mencionada na questão é exatamente a função típica. Posso conversar mais um pouco? Vamos lá. Olha só, quando falamos que os poderes são harmônicos, significa que eles exercem todas as funções, e que cada Poder irá fiscalizar e impedir que o outro Poder exerça uma função de forma arbitrária. PODER EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO Função atípica Função típica Função típica Função atípica Função atípica Função típica Administrar/Governar Julgar e Legislar Legislar e fiscalizar Julgar e Administrar Julgar Legislar e Administrar Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 12 Então, a harmonia decorre do “sistema de freios e contrapesos” (checks and balances). Por esse motivo, a nossaatual separação dos poderes não é encarada de forma absoluta, em que um Poder só exerce uma função, mas de forma harmônica, em que todos os Poderes exercem todas as funções, seja de forma mais ou menos evidente. - Professora, qual seria um exemplo prático disso? - Gege, lembra quando a Ex-Presidente Dilma sofreu o Impeachment? - Lembro sim. E ainda lembro que ela foi julgada pelo Senado Federal, só não entendi o porquê. - Chegamos à resposta. O julgamento pelo Senado Federal é exatamente o exercício de uma função atípica do Poder Legislativo. 1.3. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS Esses objetivos são metas que o país almeja alcançar (todo mundo precisa ter metas, até o governo), orientando-se por políticas governamentais e encontram-se no artigo 3º. Cuidado que os objetivos fundamentais ainda estão dentro de Princípios Fundamentais. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II- garantir o desenvolvimento nacional; III- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Construir uma sociedade livre, justa e solidária: a solidariedade aparece como direito de 3ª dimensão (veremos as dimensões lá na frente). Você se lembra de qual era o lema da revolução francesa? Isso! Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Pronto! Esse inciso representa resquícios da Revolução Francesa na nossa Constituição. Garantir o desenvolvimento nacional: é um dever do Estado garantir esse desenvolvimento por meio de programas governamentais. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais: cuidado que não precisamos de pobreza e de marginalização, por isso precisam ser erradicadas. Porém, as desigualdades sociais e regionais são necessárias, justamente por sermos um país capitalista. Essa desigualdade vai colaborar com o nosso desenvolvimento nacional. Promover o bem de todos sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação: certamente esse foi um argumento essencial para que o STF pudesse reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Para a memorização, temos o: COM GARRA ERRA POUCO COM = construir uma sociedade livre, justa e solidária; GARRA = garantir o desenvolvimento nacional; Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 13 ERRA = erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; POUCO = promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 1.4. PRINCÍPIOS QUE REGEM A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS São os princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais. Encontram- se no art. 4º: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. OBS.: No parágrafo único, tem-se como exemplo o MERCOSUL. Nesse artigo, temos a concessão de asilo político como um dos destaques, e eu não quero que você confunda asilados com refugiados. Só questão de curiosidade mesmo, olha só: Asilo político: é o acolhimento, pelo Estado, de um estrangeiro que esteja sendo perseguido, geralmente por seu país, devido à dissidência política, de delitos de opinião, ou por crimes. Refugiados: o indivíduo que, por exemplo, esteja sendo perseguido por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social. Ou aquele que não possui nacionalidade ou por algum motivo de violação grave dos direitos humanos e essa pessoa precisou buscar refúgio em outro país. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 14 Mais uma vez, temos macete: DECORA PISCINÃO DE = defesa da paz; CO = cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; R = repúdio ao terrorismo e ao racismo; A = autodeterminação dos povos; P = prevalência dos direitos humanos; I = independência nacional; S = solução pacífica dos conflitos; C = concessão de asilo político. I = igualdade entre os Estados; NÃO = não-intervenção. Quando se trata de princípios fundamentais, o elaborador adora trocar as informações, ele mescla fundamentos, com objetivos e princípios na esfera internacional. Então, fiquem atentos com essas pegadinhas bestas. QUESTÕES 1. (AOCP - 2016 - Prefeitura de Valença - BA - Técnico em Vigilância Sanitária) Constitui(em) objetivo(s) fundamental(is) da República Federativa do Brasil: a) independência nacional. b) prevalência dos direitos humanos. c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. d) autodeterminação dos povos. e) defesa da paz. 2. (IDECAN - 2014 - Câmara Municipal de Serra - ES - Agente Legislativo) De acordo com a Constituição Federal, NÃO indica um dos fundamentos da República Federativa do Brasil: a) O pluralismo político. b) A dignidade da pessoa humana. c) A prevalência dos direitos humanos. d) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 3. (IDECAN - 2014 - Câmara Municipal de Serra - ES - Taquígrafo Parlamentar) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, nos termos da Constituição, é correto afirmar que um dos a) objetivos fundamentais é a erradicação das desigualdades regionais b) preceitos é a unificação dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. c) fundamentos do Estado Democrático de Direito é o pluralismo político. d) princípios que regem as relações internacionais é a supremacia nacional. 4. (CONSULPAM - 2019 - Prefeitura de Viana - ES - Auditor Fiscal de Tributos - Economia) Acerca dos princípios fundamentais da Constituição Federal, julgue os itens a seguir: I- A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 15 II- Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a soberania, a independência nacional e a não intervenção. III- São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. É CORRETO afirmar que: a) A assertiva II é falsa. b) As assertivas I e II são falsas. c) As assertivas II e III são verdadeiras. d) Todas as assertivas são verdadeiras. 5. (CONSULPAM - 2019 - Prefeitura de Viana - ES - Contador) De acordo com nossa atual Constituição Federal a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos, EXCETO: a) Monopólio Político. b) Soberania. c) Cidadania. d) Dignidade. 6. (INSTITUTO AOCP - 2018 - ADAF - AM - Motorista) Sobre o Título I (dos princípios fundamentais) da Constituição Federal de 1988, assinale a alternativacorreta. a) Construir uma sociedade livre, justa e igualitária não é um objetivo fundamental do Brasil. b) O poder exercido pelos representantes eleitos não emana do povo. c) O princípio da independência nacional não é um dos princípios que regem as relações internacionais entre o Brasil e outros países. d) É um dos objetivos fundamentais do Brasil garantir o desenvolvimento nacional. e) Os valores sociais do trabalho, exceto o derivado da livre iniciativa, são um dos fundamentos do Brasil. 7. (INSTITUTO AOCP - 2018 - ADAF - AM - Agente de Fiscalização Agropecuária) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a dignidade da pessoa humana é um a) dos fundamentos da República Federativa do Brasil. b) dos Poderes do Estado. c) dos Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil. d) Princípio da República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. e) objetivo restrito à gestão estadual. 8. (INSTITUTO AOCP - 2018 - ADAF - AM - Agente de Fiscalização Agropecuária) De acordo com o art. 1º da Constituição Federal de 1988, a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. Nesse contexto, a Federação corresponde a) à Forma de Governo. b) ao Sistema de Governo. c) ao Regime de Governo. d) à Forma de Estado. e) à Organização Municipal. 9. (IBADE - 2019 - Prefeitura de Seringueiras - RO - Fiscal de Obras) A Constituição da República Federativa do Brasil, no seu Título I, ao tratar dos Princípios fundamentais, no seu Artigo primeiro, tematiza que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal; e que se constitui em Estado Democrático de Direito. Tem como fundamentos: a) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e o pluralismo político. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 16 b) a soberania; a cidadania; a não-intervenção; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e o pluralismo político. c) o repúdio ao terrorismo e ao racismo; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e o pluralismo político. d) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e o alistamento militar. e) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores religiosos e familiares; e o pluralismo político. 10. (Quadrix - 2020 - CREFONO - 1ª Região - Agente Fiscal) Quanto aos princípios regentes das relações internacionais da República Federativa do Brasil, julgue o item. A integração entre os países da América do Sul é valorizada com precedência em relação à integração com os demais países. a) Certo b) Errado GABARITO 1. C 2. C 3. C 4. A 5. A 6. D 7. A 8. D 9. A 10. B Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 17 2 DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Primeiramente, é bom ressaltar que os direitos e deveres individuais não estão restritos ao art. 5º, podendo-se encontram espalhados na Constituição e, até mesmo, serem ampliados. Sendo assim, os direitos e garantias fundamentais não se restringem àqueles expressamente previstos nos artigos 5º ao 17, CF, tratando-se de rol exemplificativo, visto que o art. 5º, § 2º dispõe: Art. 5º. ... § 2º: os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela elaborados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Os que se encontram no art. 5 chamamos de catalogados, os que estão fora do art. 5 são os não- catalogados. 2.1. EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Antes de começarmos a falar de cada direito individual, é importante se lembrar das gerações ou dimensões dos direitos fundamentais, as quais são resultados de conquistas políticas no transcorrer de uma evolução histórico-social. Sabe-se que a Revolução Francesa, por meio do lema “liberdade, igualdade e fraternidade”, foi um marco na aquisição de tais direitos e, ao longo dessas batalhas políticas e sociais, o homem acresceu diversos direitos a sua esfera jurídica, possibilitando o surgimento das gerações dos direitos fundamentais, que, nada mais é, que a evolução dessas conquistas. A 1ª geração é marcada pela passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito e, nesse contexto, temos as liberdades públicas, os direitos civis, políticos e os valores de liberdade. É a geração que exige um “não fazer” estatal. - Professora, “não fazer”? O que é isso? - Gertrudes, “não fazer” significa que o Estado precisará se abster de agir, dando mais liberdade à sociedade. - Humm, entendi agora. Os de 2ª geração são marcados pela Revolução Industrial, onde se viam péssimas condições de trabalho as quais ensejaram reivindicações, dando surgimento aos direitos sociais, econômicos e culturais, uma vez que o Estado precisava agir para sanar aquela situação. São usualmente conhecidos como os “direitos de bem- estar”, pois pretendem ofertar os meios materiais necessários imprescindíveis para a efetivação dos direitos individuais. Para tanto, exigem do Estado uma atuação positiva, um “Fazer” estatal, sendo conhecidos também por liberdades positivas. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 18 - Gertrudes, para você não esquecer mais, como é a palavra “segundo” em inglês? - TWO - Gertrudes, TWO é dois, SECond é segundo. 😉 - Acho que faltei essa aula de inglês, professora. - Deu para perceber. Por isso, presta atenção. SECond S- sociais E – econômicos C – culturais Os direitos de 3ª dimensão são conhecidos como transindividuais, pois vão além dos interesses individuais, abrangendo o humanismo, visto que eles surgiram em uma época em que começaram a aparecer questões mundiais como a preservação ambiental. Assim, o direito ao desenvolvimento, à qualidade de vida, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado são exemplos dessa geração. Os de 4ª dimensão, para Norberto Bobbio, decorrem dos avanços da engenharia genética, sendo a globalização dos direitos fundamentais. Mas, para Bonavides, os exemplos desses direitos são: direito à democracia, à informação, ao pluralismo. Para findar, a quem defenda o de 5ª geração como sendo o direito à paz, que seria o supremo direito da humanidade. No entanto, existem controvérsias em relação à geração desse direito, pois alguns doutrinadores o encaixam na 3ª geração. 2.2. APLICABILIDADE DAS NORMAS DEFINIDORAS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Gente, esse assunto é um pouco chatinho de entender, mas vamos lá. Na teoria de José Afonso da Silva, as normas podem ser de eficácia plena, contida e limitada. Norma de Eficácia Plena Norma de Eficácia Contida Norma de Eficácia Limitada Aplicabilidade direta e imediata Aplicabilidade direta e imediata, podendo ser restringida. Aplicabilidade indireta e mediata Ex.: Art. 5, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; Ex.: Art. 5, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Divisão: a) Normas de princípio institutivo. Ex.: Art. 90, § 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República. b) Normas de princípio programático. Ex.: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do riscode doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. - Professora, aplicabilidade é a mesma coisa que aplicação das normas? - Não, Gege, são coisas diferentes. Deixa-me te explicar. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 19 - Aplicabilidade das normas está relacionada à capacidade de produção de efeitos, por exemplo, a produção dos efeitos das normas de eficácia plena e contida é imediata, já as normas de eficácia limitada precisam de uma regulamentação infraconstitucional para produzir esses efeitos. - Já a aplicação está relacionada a colocar a norma em prática, ou seja, as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais possuem aplicação imediata, isso significa que o Estado deve implementar o direito fundamental ali previsto e o exercício desse direito imediatamente. 2.3. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS a) universalidade: são titulares todas as pessoas naturais ou jurídicas, de direito privado ou púbico, capazes e incapazes, brasileiros ou estrangeiros, residentes ou não. b) Historicidade: surgem das conquistas históricas da sociedade. c) Mutabilidade: podem sofrer alterações para se adequarem à sociedade, no entanto, devem respeitar as cláusulas pétreas e a vedação ao retrocesso. d) Limitabilidade ou relatividade: não são absolutos, podendo sofrer restrições por meio de outra norma constitucional ou infraconstitucional. e) Indivisibilidade: podem ser exercidos cumulativa e simultaneamente, pois os direitos e garantias fundamentais são um todo unitário e indivisível. f) Interdependência: eles interagem entre si, criando uma relação de interdependência, pois o exercício de um direito pode estar diretamente ligado a outro. g) Irrenunciabilidade: são irrenunciáveis, mas permitem o seu não exercício. h) Inalienabilidade: Não podem ser transferidos ou negociados; i) Imprescritibilidade: não se extinguem pelo decurso do tempo. Essas características não são taxativas, existem autores que elencam outras, ok? 2.4. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Os direitos fundamentais, inicialmente, foram introduzidos para barrar o exercício do poder do Estado, limitando-o. Assim, o Estado não poderia agir livremente, visto que existiam direitos individuais a serem respeitados. A eficácia vertical dos direitos fundamentais é aplicada justamente no início do surgimento desses direitos, ou seja, estamos falando de uma relação de desigualdade, onde o Estado está em uma posição superior e o particular encontra-se numa relação de subordinação. EFICÁCIA VERTICAL – relação de subordinação- superioridade. Com o passar dos anos, a situação mudou, e o Direito Constitucional contemporâneo vem reconhecendo a evolução dos direitos fundamentais para proteger não só a relação entre Estado-particular, mas também as relações privadas, ou seja, entre particulares, por exemplo, em um contrato. Essa relação entre os particulares, ficou conhecida como eficácia horizontal dos direitos fundamentais. EFICÁCIA HORIZONTAL – relação entre particulares de mesmo nível - Professora, já ouvi falar em eficácia diagonal dos direitos fundamentais - Vamos falar agora, mas, para concursos de nível médio, não precisa se preocupar com a eficácia diagonal. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 20 - Mas, é bem fácil. Olha só! Até aqui, eu sei que você entendeu tudo, aí surge a eficácia diagonal dos direitos fundamentais, que nada mais é do que os direitos fundamentais aplicados a relações particulares, quando essas relações forem desiguais, por exemplo, um contrato entre uma grande empresa e seu empregado, apesar de ser entre particulares, você percebe a desigualdade de poderes? Pois é, essas relações que possuem uma desigualdade, onde há um lado hipossuficiente, como acontece, em regra, nas relações de consumo, há a eficácia diagonal dos direitos fundamentais. NOTA: Esse Capítulo é apenas uma introdução ao assunto Direitos e Garantias Fundamentais, por isso não possui questões para treino. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 21 3 DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Pessoal, para otimizar nosso estudo, lembre-se de que os pontos mais cobrados estão destacados em marca texto azul e, em segundo lugar, destacados em amarelo. Vamos voltar nosso estudo para o art. 5. Vocês sabem qual a abrangência dos direitos e garantias fundamentais? O art. 5º, caput, diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Mas, lembrem-se de que esse rol é exemplificativo, pois esses direitos não se restringem ao artigo 5º. STF - entendeu que esses direitos podem ser estendidos a estrangeiros não residentes, aos apátridas e às pessoas jurídicas. Para memorizar quais são os direitos previsto no caput, temos o: V- vida I – igualdade; L – liberdade S – segurança P - propriedade O caput do art. 5º faz referência ao direito à vida que abrange tanto o direito de não ser morto, como o direito de continuar vivo e de ter uma vida digna. Em decorrência do direito de não ser morto, encontra-se a proibição da pena de morte, salvo em caso de guerra declarada. Já em relação a uma vida digna, a Constituição garante as necessidades vitais básicas do ser humano, proibindo qualquer tratamento indigno, como tortura, penas de caráter perpétuo, cruéis, etc. Ainda no caput, temos o princípio da igualdade que não deve ser cumprido apenas em seu aspecto formal, mas material também, nesse sentido, tem-se a lição de Aristóteles que defende tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida das suas desigualdades. Em relação ao aspecto material, a própria constituição defende, em vários trechos, tratamento igual conforme as suas desigualdades, como no art. 7º, XX (proteção ao mercado da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei). Devido a esse princípio, o Estado adota ações afirmativas, como o PROUNI e a adoção de cotas raciais nas universidades públicas e na administração pública. VILSP Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 22 Enfim, o artigo 5º é um dos maiores artigos constitucionais, além de ser um dos mais importantes, então, resta-nos conceder a redação completa para um estudo mais detalhado: ART. 5º caput - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: STF: estendendo a interpretação, ampliou a incidência dos direitos aos estrangeiros não residente, aos apátridas e às pessoas jurídicas. 3.1. DIREITO À VIDA O direito à vida é o bem jurídico mais importante, pois permite que você tenha condições de usufruir os outros direitos. Esse direito possui duas vertentes como já vimos: a) o direito de não ser morto; b) o direito de ter uma vida digna Olha Como Caiu Em Prova! (CESPE - 2016 - INSS - Técnico do Seguro Social) O direito à vida desdobra-se na obrigação do Estado de garantir à pessoa o direito de continuar viva e de proporcionar-lhe condições de vida digna. CERTO Comentário: Exatamente como posto na questão. O direito à vida não é somente o direito decontinuar vivo, mas o direito de ter uma vida digna. No entanto, há divergências em relação ao surgimento da vida, qual é o marco a considerar o início da vida? Há divergência na doutrina e na jurisprudência, uma vez que a própria CF não menciona nada. Para o Supremo Tribunal Federal, a vida se inicia com a formação da placa neural. Dessa maneira, devido às discussões sobre esse tema, abaixo encontram-se algumas jurisprudências do STF: • Direito à vida – STF: a) Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/2005): pesquisa com células-tronco embrionárias – é constitucional. b) Aborto: sabemos que o Código Penal tipifica o crime de aborto em si mesmo ou a autorização para que outrem provoque. Porém, duas situações não foram tipificadas como crimes na legislação: (i) o aborto necessário1 (terapêutico); (ii) quando a gravidez resulta de estupro e o aborto for precedido de consentimento da gestante ou do representante (aborto sentimental2) 1 Art. 128, I, CP, in verbis: “Não se pune o aborto praticado por médico: se não há outro meio de salvar a vida da gestante”. 2 Art. 128, II, CP, in verbis: “Não se pune o aborto praticado por médico: se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.” Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 23 Além dessas duas hipóteses, o STF, no julgamento da ADPF nº 54, declarou que a interrupção da gravidez em casos de fetos anencefálicos não seria conduta tipificada no Código Penal. c) Eutanásia – Homicídio privilegiado – é crime. Como exemplo, temos a injeção letal. 3.2. PRINCÍPIO DA IGUALDADE I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; a) igualdade aspecto formal: perante a lei; b) igualdade aspecto material: tratar igualmente os iguais, desigualmente os desiguais na medida das suas desigualdades. Ações afirmativas – também chamadas de discriminação positiva: conceituada como a proteção de certos grupos que, no entender do constituinte, mereceriam tratamento diverso. (Quem avisa amigo é, memoriza esse termo “ações afirmativas”, pois está sendo cobrado muito em provas). Ex.: cotas raciais, PROUNI, Lei Maria da Penha Súmula 683 STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Então, perceba que um concurso não pode limitar a idade só por limitar, precisa demonstrar que aquele cargo necessita do limite imposto. 3.3. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; a) Particular: pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe. b) Administração Pública: só poderá fazer o que a lei permite. 3.4. PROIBIÇÃO DA TORTURA III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; Um reflexo da dignidade da pessoa humana, fundamento da nossa República Federativa. Uso de algemas: Súmula Vinculante nº 11 “só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 24 3.5. LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DE PENSAMENTO IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; OBS.: Marcha da maconha – ADPF 187 – o movimento é legítimo em razão do direito fundamental à livre manifestação do pensamento. CUIDADO – A marcha da maconha deve preencher requisitos: 1) reunião deve ser pacífica, sem armas, previamente noticiada às autoridades públicas, sem incitação à violência; 2) não pode admitir incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes na sua realização; 3) Não pode consumir entorpecentes na hora da manifestação; 4) Crianças e adolescentes não podem participar. - Liberdade de manifestação do pensamento, tatuagens e concursos públicos STF - tatuagens configuram expressão do pensamento, não podendo o Estado desempenhar o papel de adversário da liberdade de expressão, incumbindo-lhe assegurar essa manifestação livremente. ATENÇÃO Caso a tatuagem represente obscenidades, discriminação de raça, credo, sexo ou origem, temas inegavelmente contrários às instituições democráticas, o acesso ao cargo público pode ser impedido. - Ensino religioso nas escolas – a matrícula é facultativa e a cadeira deve constar nos horários normais das escolas públicas. STF – O ensino pode ser confessional. - Mas o que é mesmo confessional, teacher? - Significa que pode ser direcionado para uma religião. - Transfusão de sangue nas testemunhas de Jeová – se o médico estiver diante de urgência ou perigo iminente, ou se o paciente for menor de idade, não pode o direito à vida ser suplantado diante da liberdade de crença. OBS.: transfusão de sangue nas testemunhas de Jeová – nos casos em que o médico se encontra diante de caso de urgência ou perigo iminente, o direito à vida deve prevalecer em detrimento ao da crença religiosa ou convicção filosófica. - Guarda sabática (Adventista de sétimo dia) – Concursos Públicos – STF entende que, se houver previsão no edital para “atendimento a necessidades especiais”, não viola a liberdade religiosa. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 25 3.6. DIREITO DE RESPOSTA V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; O direito de defesa será proporcional ao dano que você sofreu. 3.7. LIBERDADE DE ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA OU DE COMUNICAÇÃO. INDENIZAÇÃO EM CASO DE DANO VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; CUIDADO! – lei federal deve regular as diversões e os espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, a faixa etária, local e horários. Então, meus queridos, cinema para menores de 18 anos não é censura, ok? É indicativo de idade. STF - Biografias não autorizadas – é inexigível o consentimento de pessoa biografada ou das pessoas coadjuvantes que aparecerem na obra. VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; - Entidade civil de internação coletiva: presídios, hospitais. VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; Escusa de Consciência Vídeo – Escusa de Consciência Assista em: https://bit.ly/3bavkEL OBS.: Lei 13.796/2019 acrescentou o art. 7º-A na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional possibilitando a alteração das datas de provas e de aula caso estejam marcadas em “dia de guarda religiosa”. - Professora, então quer dizer que os meninos podem se recusar a servir ao exército? - Podem sim, com base na escusa de consciência. Mas cuidado, uma prestação alternativa deve ser realizada. IX - é livre a expressão da atividadeintelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; 3.8. INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, VIDA PRIVADA, HONRA E IMAGEM DAS PESSOAS X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 https://bit.ly/3bavkEL Direito Constitucional Daniela Tavares 26 A CF protege a intimidade dos indivíduos, assegurando indenizações por danos morais e materiais quando necessário. Destaca-se que a intimidade e a vida privada são responsáveis pela tutela da liberdade da vida do indivíduo. 3.9. INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; OBS 1.: O termo “casa” não abrange apenas a residência/moradia, mas qualquer recinto não aberto ao público como escritório, oficina, quarto de hotel. ATENÇÃO Veículo é considerado casa? Em regra, não. Dessa forma, o veículo pode ser examinado mesmo sem mandado judicial. EXCEÇÃO: quando o veículo é utilizado para habitação do indivíduo, como nos trailers, barcos etc. - Professora, já ouvi dizer que a boleia do caminhão é considerada casa, é verdade? - Gege, boleia do caminhão possui divergências na jurisprudência. O STF a considera domicílio, mas o STJ não a consideraria para fins penais. OBS 2.: O que é considerado dia? Não há unanimidade. Alguns autores defendem que é o período entre a aurora e o crepúsculo, outros, preferem colocar o horário entre 6h e 18h. 3.10. INVIOLABILIDADE DA CORRESPONDÊNCIA e COMUNICAÇÕES XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Gente, nesse inciso, cuidado com a ordem dos sigilos, pois o elaborador adora mesclar essa ordem e colocar, por último, a comunicação telegráfica. Dessa forma, a exceção à inviolabilidade do sigilo não se aplicaria, pois a ressalva se refere a comunicações telefônicas. A inviolabilidade das comunicações telefônicas não é absoluta, sendo permitida a colocação de escutas e gravação de conversas telefônicas, desde que exista ordem judicial nesse sentido. Atual posicionamento do STF sobre quebra de sigilo bancário3: POLÍCIA MP RECEITA FEDERAL TCU CPI NÃO – depende de autorização judicial NÃO - depende de autorização judicial SIM – se os dados forem usados em processo administrativo tributário NÃO - depende de autorização judicial SIM (federal/estadual/distrital). Prevalece que a CPI municipal não pode. 3Dizer o Direito. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 27 NÃO – dados para processo criminal Sigilo das comunicações telefônicas: só é admitida para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, com autorização judicial e nos termos da lei. Vamos aprofundar um pouco? Olha só! INTERCEPTAÇÃO telefônica: ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico entre duas pessoas, sem que nenhum dos interlocutores saiba. Precisa de autorização judicial. Ex.: polícia, com autorização judicial, grampeia os telefones dos membros de uma quadrilha e grava os diálogos mantidos entre eles. ESCUTA telefônica: ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico travado entre duas pessoas, sendo que um dos interlocutores sabe que está sendo realizada a escuta. Precisa de autorização judicial. Ex.: polícia grava a conversa que o pai tem com o sequestrador do filho. GRAVAÇÃO telefônica: ocorre quando o diálogo telefônico travado entre duas pessoas é gravado por um dos próprios interlocutores, sem o consentimento ou a ciência do outro. Também é chamada de gravação clandestina. É válida mesmo sem autorização judicial. Ex.: mulher grava a conversa telefônica no qual o ex-marido ameaça matá-la. 3.11. LIBERDADE DE PROFISSÃO XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Hora da Revisão Lembra-se o que é norma de eficácia plena, contida ou limitada? E Esse inciso XIII possui qual tipo de eficácia? 4 LEMBROU? PARABÉNS! NÃO LEMBROU? Então, volta lá no início da apostila para revisar as normas de eficácia plena, contida e limitada. 3.12. LIBERDADE DE INFORMAÇÃO XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 4 Eficácia Contida. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 28 3.13. LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 3.14. LIBERDADE DE REUNIÃO XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; Pessoal, vocês sabiam que existem elementos que caracterizam o direito de reunião? Olha só! 1. Elemento subjetivo: reunião de pessoas 2. Elemento teleológico: finalidade da reunião 3. Elemento temporal: transitoriedade 4. Elemento objetivo: pacífica e sem armas 5. Elemento espacial: delimitação de espaço 6. Elemento formal: aviso prévio e não autorização Olha Como Caiu Em Prova (FCC - 2016 - TRT - Analista Judiciário - Área: Judiciária) Uma fila de pessoas esperando às 10 horas da manhã a chegada de um ônibus em uma rodoviária para embarcar para a cidade de São Paulo não constitui uma reunião, para os fins previstos no artigo 5º , inciso XVI, da Constituição Federal (Direito de Reunião). No exemplo, em específico, o direito de reunião NÃO está configurado porque falta especificamente o elemento a) teleológico. b) temporal. c) espacial. d) objetivo e circunstancial. e) civilista independente. Resposta: A Comentário: Você percebe que nesta questão, o elemento teleológico não foi atendido, uma vez que um aglomerado de pessoas esperando um ônibus não pode caracterizar uma finalidade para fins de direito de reunião. 3.15. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO Cai bastante, viu? Mas é bem fácil. XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; Cuidado, que, para dissolver, “à força”, uma associação, terminar de vez ela, precisa de decisão judicial transitada em julgado. Licensed to Leandro Araújo dos Santos - leandroimoveisnegocios@gmail.com - 670.772.183-68 - HP15915902414017 Direito Constitucional Daniela Tavares 29 XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; Você não é obrigado a se associar. XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; OBS.: Quando EXPRESSAMENTE autorizadas, as associações têm legitimidade
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