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Teoria geral do Estado - O modelo liberal

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Teoria Geral do Estado: O modelo liberal
O modelo liberal e o triunfo da 
burguesia 
No final do século XVIII com as 
condições que propiciaram o 
surgimento do estado absolutista e que 
vão se alterando ao longo do estado 
absolutista. 
Essa estrutura que abriu caminho para o 
fortalecimento da estrutura econômica e 
por consequência a ascensão da 
burguesia. 
Justificação do modelo absolutista 
 O modelo absolutista se 
sustentava no poder divino, pois 
nesse modelo os reis não eram 
eleitos pelo povo, e sim, pela 
vontade divina. 
Jean Jacques Rousseau defende que a 
legitimação do poder estatal não vem de 
um poder divino e sim da vontade real. 
Estado de direito – é quando a 
organização dos poderes estatais é 
formulada de tal forma que a lei vale 
para todos de forma igual. 
Nesse contexto a lei não vem mais do 
poder divino e sim da lei dos homens. 
Antigamente, o representante do poder 
divino - por exemplo o papa - do 
território que fazia a coroação. Contudo 
durante a coroação de napoleão, esse 
cenário modificou-se, pois ele se 
recusar a ajoelhar para receber a coroa e 
a toma da mão do papa. Nesse contexto, 
ele estava refutando todo o poder 
imposto pela ordem divina. 
John Locke e Jean Jacques Rousseau 
criticam a estrutura absolutista. 
A estrutura absolutista que antes teve 
seu papel de dar segurança devido a 
burocracia estatal que perdurou até 
1760. Contudo, com o desenvolvimento 
e a estruturação econômica esse modelo 
acabou desgastando-se, o que piorou 
com o cenário da revolução industrial. 
Logo, a partir que a estrutura estatal 
burocrática se fortaleceu e que o estado 
passou a ser mais organizado, as 
condições de produção para os 
burgueses ficaram mais favorável. Ao 
mesmo tempo que havia uma taxação 
muito grande e tínhamos uma classe que 
não trabalhava e nem pagava impostos 
que é a nobreza, também tínhamos o 
clero que não pagava impostos, de 
forma para sustentar todos esses 
privilégios quem tinha que fazer isso era 
a burguesia e os servos/súditos. Nesse 
contexto, a burguesia passou a não mais 
se contentar com o modelo vigente, 
visto que eles trabalhavam e 
sustentavam o modelo econômico, logo 
eles já não se satisfaziam com a 
estrutura e reivindicam maior poder e 
privilégios. 
Para os burgueses assumirem o poder, 
deveria haver uma reforma política, 
criar uma constituição para definir a 
forma de organização da sociedade, 
direitos e deveres. 
Revolução francesa 1789 
• 1787- O conselheiro do rei que 
vai recomendar que haja uma 
alteração na forma de tributar as 
pessoas 
• A França estava em crise 
• 1789 – O rei reúne um conselho, 
composto por segmentos 
importantes da sociedade, em 
que cada estamento tinha direito 
a um voto, contudo a burguesia 
reivindica que os votos sejam 
por cabeça e não por estamento. 
• Amplo apoio popular 
• 14 de julho queda da bastilha 
Nesse contexto surge a origem de 
esquerda (jacobinos) e direita 
(girondinos) dá-se na revolução 
francesa e na ideia que eles defendiam. 
A eclosão da revolução francesa em 
1789 e uma nova ordem da sociedade, 
ainda nesse meio desenvolve-se a 
revolução industrial e a ascensão da 
burguesia. 
À medida que a sociedade vai 
avançando, novas questões surgem e 
elas serão o plano de fundo para novas 
alterações, questionamentos e etc... 
Nessa óptica liberal as condições são 
diversas para a exploração. 
O contratualismo e o estado 
liberal burguês 
Liberalismo – indivíduo de um lado e o 
estado do outro. 
As primeiras liberdades são o estado 
não intervim na vida do individuo 
De acordo com Locke a existência do 
estado depende da aceitação pelos 
indivíduos – ou seja do consentimento - 
por isso as eleições de tempo em tempo, 
visto que se a sociedade não tiver 
satisfeita, esse modelo será alterado. 
Desobediência civil – que caracteriza 
quando o estado faz uma lei injusta, que 
atente a liberdade, é justo que o 
indivíduo se rebele. – De acordo com 
Locke 
O liberalismo dá-se início na revolução 
gloriosa, quando os indivíduos 
reivindicavam liberdade religiosa. 
Nesse sentido, surge a ideia de direitos 
iguais para todos, pois submete assim 
até os políticos aquela ordem e garante 
assim direito básicos, limitando assim o 
poder estatal 
Bobbio – o liberalismo é uma doutrina 
do estado limitado quanto aos seus 
poderes como as suas funções e como 
tal se contrapõe tanto ao estado 
absolutista como ao social. 
O estado liberal possui limitações, não é 
mais aquele estado absolutista que pode 
invadir as casas das pessoas, ele apenas 
pode fazer se existirem leis para isso. 
Além disso ele não podem interferir na 
economia. 
O estado liberal é a segunda versão do 
estado moderno. 
Estado social é aquele que toma para si 
o bem comum e toma para si 
intervenções econômicas e sociais. 
Funções mínimas do estado 
• Garantir a segurança 
• Garantir a justiça 
Os diversos núcleos do 
liberalismo 
Núcleo moral 
 É a compreensão que o estado 
não deve se meter na minha 
vida, que eu possuo meu livre 
arbítrio para agir como eu quero 
desde que não atinja a lei. 
 As liberdades civis, o direito de 
ir e vim, ou seja, todas as 
garantias civis. 
 As liberdades sociais, ou seja, a 
possibilidade de transitar entre 
classes sociais. Ex: uma pessoa 
que nasceu pobre, se se esforçar 
pode virar capitalista. 
Núcleo político 
 Liberdade de consentimento, ou 
seja, a noção de contrato as 
pessoas podem decidir qual o 
preço ela quer vender, quanto 
tempo quer trabalhar e o estado 
não poder intervir. 
 Liberdade a representação, ou 
seja, as pessoas podem 
concorrer e podem votar em 
quem quiserem. No início ainda 
não temos a noção de sufrágio, 
ou seja, de levarem em conta o 
dinheiro para votar e serem 
votados. 
É necessário ressaltar que de acordo 
com Rousseau a força emana do povo e 
a revolução francesa só se deu devido a 
contestação do povo, mas depois que os 
burgueses conseguiram o que queriam o 
povo é colocado de lado novamente. 
O povo é esse soberano que sempre é 
relegado ao segundo plano. 
Constitucionalismo – a ideia que temos 
a constituição do estado que vai 
estabelecer direitos e deveres, vai 
estabelecer os limites de atuação estatal, 
tudo estará predefinido sobre como os 
representantes vão atuar. 
Soberania popular – todo poder emana 
do povo 
Núcleo econômico 
 Adam Smith, pai do 
liberalismo, o autor defende que 
o estado não deve se meter em 
nada. Nós temos um núcleo 
econômico e a sociedade 
garante suas negociações e 
como gira a economia. Sendo a 
responsabilidade do estado 
apenas as trocas e negociações 
entre países. 
O não Estado liberal 
Ao longo do século 19, temos o cenário 
perfeito para a formação das grandes 
cidades, só que com a formação das 
grandes cidades e uma produção em 
grande escala, surgem as consequências 
que são a falta de saneamento básico, 
educação, saúde, jornada alta de 
trabalho. Nesse cenário quando as 
pessoas começam a ficar insatisfeitas 
elas começam a reivindicar mais 
direitos. 
Logo, com a memória fresca da 
revolução francesa começa-se a cogitar 
uma nova revolução. 
Surgem então os novos liberais, visto 
que existiam cada vez mais contradição 
entre as classes e os burgueses não 
queriam abrir mão de seus privilégios, 
esses novos liberais querem que o 
estado garanta alguns direitos aos 
operários, uma jornada de trabalho, 
previdência, saúde, educação, 
saneamento básico. 
Logo, no final do século 19 defendem 
um estado mais participativo, que não 
apenas se meta na vida das pessoas, mas 
que garanta direitos positivos, um 
estado que garanta um estado de bem 
estar. 
Nesse sentido dá-se a transição entre 
estado liberal para o social. 
Ser justo socialmente não é apenas dizer 
que todos são livres, mas é garantir que 
além dessa liberdade de não participarda vida das pessoas, ele garanta uma 
condição de igualdade de 
oportunidades.

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