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Lição 3 de 5 Gramática intermediária Para a perfeita comunicação em inglês técnico, antes, faz-se necessária uma breve apresentação e revisão de conceitos do idioma. Afinal, em comunicações aeronáuticas, um simples erro de compreensão pode levar a um acidente aeronáutico. Sendo assim, faremos uma revisão por componentes essenciais. // Regular verbs A função básica de um verbo é indicar quando determinada ação acontece. Existem três principais tempos de verbo: Past, que indica ações passadas; Present, que denota ações presentes; Future, que se refere a ações futuras. Cada tempo é dividido em: Simple; Continuous; Perfect; Perfect continuous. Vamos nos aprofundar em cada um desses tempos verbais, começando pelos simple tenses, que são as formas mais básicas dos verbos. Eles podem se apresentar no passado, presente e futuro. // Simple tenses Em questões estruturais e formais, present tense de um verbo assume geralmente a forma no infinitivo, assumindo-se mais crua. O past tense pode ter diferentes padronizações, de acordo com o verbo. E o future simple é formado com a adição do verbo auxiliar to will. Preste atenção aos seguintes exemplos, com os verbos close, fail e learn, verificando como cada um desses tempos verbais se constitui. Clique nas abas para saber mais CLOSEFAILLE ARN I closed the passenger door. (Simple past) The passenger closes the toilet door. (Simple present) He will close the cockpit on a preflight inspection. (Simple future) O uso de certas palavras, como advérbios, ou expressões que identifiquem ou especifiquem o tempo da ação ajuda a reforçar essa ideia e a esclarecê-la, quando a conjugação não é suficiente. https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/index.html https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/index.html https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/index.html Por exemplo, no simple past, algumas das estruturas que podemos usar para auxiliar a compreensão, especificando o tempo da ação referida, são: Last week; Month ago; Yesterday. // Present continuous É usado para demonstrar que a ação está acontecendo, logo, denota uma ação que está em curso no momento em que a sentença é expressa. Por exemplo, quando perguntamos “what are you doing?” para a alguém, sua resposta também evocará o present continuous, por se referir àquele momento, especificamente. Na formação deste tempo, usamos o verbo auxiliar to be conjugado de acordo com o sujeito no simple present: I am, you are, he is etc. E então se adiciona o sufixo -ing no verbo da ação. Exemplo: They are flying on an Airbus 380. O verbo to be foi conjugado no simple present de acordo com o sujeito (they are), e foi adicionado o sufixo -ing ao verbo to fly. Podemos perceber que o sufixo -ing, nesse sentido, é indicativo de uma ação continua. Exemplos: I am writing an English book. They are sleeping before the flight. We are doing the preflight inspection. // Present perfect Este tempo é usado para ações passadas que vêm acontecendo, indicando uma periodicidade, ou ações passadas sem indicações temporais precisas. A formação deste tempo exigirá o uso do verbo to have, conjugado no simple presente de acordo com o sujeito (I have, he has, we have…). Então, será adicionado o past participle do verbo principal, isto é, o verbo que denota a ação propriamente dita: We have chosen a good flight school. Quando este tempo verbal é combinado com o termo just, indica que o evento é extremamente recente, ou seja, que algo acabou de acontecer: Your flight has just landed. I have just finished my book. Outra forma de demonstrar a ideia de continuidade da ação é o uso de termos como since ou for. Since aponta para um ponto inicial no tempo, sem necessariamente indicar se a ação foi finalizada – é o mesmo que dizer, por exemplo, que algo acontece ou vem acontecendo desde determinado ponto temporal: They have been at the United States since 2000. They have lived at Japan since 2010. For, por sua vez, descreve o período de tempo que a ação durou, isto é, o tempo compreendido entre seu início e fim. Passenger has felt sick for ten minutes. I have traveled for two weeks. // Present perfect continuous Esse tempo é usado para demonstrar uma ação que começou há algum tempo, sem necessariamente uma indicação temporal precisa, e ainda está tendo continuidade – isto é, no momento da fala, a ação ainda está em curso. Para construir esse tempo verbal, usaremos o verbo auxiliar to have seguido de been (particípio do verbo to be) e, por fim, adicionamos o sufixo -ing ao verbo principal, para dar a ideia de continuidade à ação. I have been flying all day long. I have been studying for a month. We have been listening to conversations lessons. // Past continuous Este tempo é usado para indicar uma ação que estava acontecendo – ou seja, ambientada no passado de forma contínua. Este tempo terá o verbo to be como auxiliar e o sufixo -ing adicionado ao verbo principal, que descreve a ação: I was flying last weekend. The oil temperature was rising, so I knew it was time to reduce RPM. Fica claro que a ação já terminou, mas que ela se estendeu por um período. Também é muito usual usar este tempo verbal para descrever uma ação que estava em curso quando outra ocorreu. You were performing a preflight heck when I saw you. // Past perfect Esse tempo verbal é usado para descrever uma ação que ocorreu antes de outra também no passado. Ou seja, quando estamos falando de duas ações no passado, usamos o past perfect para identificar a mais antiga de ambas. Sua estrutura é parecida com a do present perfect, com a diferença de que, aqui, usa-se o past participle do verbo da ação com o verbo auxiliar have no pretérito (had). I had gone away when you arrived. Gone é o past participle do verbo to go, já o verbo arrived está no simple past. Ambos são ambientados no passado. Porém, por meio dos tempos verbais, é possível compreender que, quando a ação no simple past (arrive) aconteceu, a ação no past perfect (go away) já havia acontecido. We had completed the mission in the evening, so we went to the hotel. I had started the engine but cut off due pressure problems. // Past perfect continuous Esse tempo é similar ao past perfect, mas descreve ações que estavam em curso e foram finalizadas antes de outra ação também passada. É usado, por exemplo, para descrever um hábito que você tinha. Para construir tal tempo verbal, usa-se o pretérito do verbo to have (had), seguido do particípio do verbo to be (been), exatamente como fazemos no past perfect, mas, dessa vez, adicionamos ainda o verbo principal com o sufixo - ing, indicando a ação em continuidade. I had been studying a lot before last vacations. They had been drinking at hotel hall so they went to sleep. // Future continuous Este tempo é usado para demonstrar uma ação que ainda não aconteceu, mas espera-se que ocorrerá. É usado para comentar planos futuros, estratégias, expectativas etc. A frase é iniciada com will be acompanhado do sufixo -ing no verbo da ação. I will be flying next year. Nesta frase, é comentada uma ação que ainda não começou a acontecer, mas vai começar no ano seguinte. We have to go now. Our flight will be departing soon. They will be studying aerodynamics when they start the flight school. // Future perfect Este tempo verbal é usado para descrever uma ação que ainda não começou, mas provavelmente irá se completar antes de outro evento que também ocorrerá. É usado para falar de um compromisso ou o prazo de um projeto, por exemplo. Este tempo usará o verbo to will, seguido do verbo to have, e então é adicionado o verbo principal, que indica a ação, no past participle: I will have finished the documentbefore I go to the reunion. Repare que existem duas ações ocorrendo: finishing the document e go to the reunion. O future perfect se refere ao que será finalizado primeiro (finishing the document), embora ambas estejam no futuro. The mechanic will have done the inspection before the next flight. The flight dispatcher will have eaten lunch before his job. // Future perfect continuous Nós usamos este tempo verbal para indicar ações contínuas que, em determinado ponto, ainda estarão acontecendo. Sua estrutura consiste no verbo to will, seguido do verbo to have, adicionado do particípio do verbo to be (been) e finalizando com o verbo principal acrescido do sufixo -ing. By 10:00, I will have been delaying for 1 hour. Sendo assim, o sujeito está atrasado desde as nove horas e, do ponto de vista das dez horas, fará uma hora que ele estará nessa condição. At December, she will have been flying for five years. By the next year, she will have been studying for tem years. // Regular and irregular verbs Nem todos os verbos são regulares, isto é, nem todos, no pretéritos são acrescidos do mesmo sufixo, como foi o caso dos verbos dos exemplos anteriores. Aqueles que não seguem um padrão de conjugação recebem a designação de irregulares. Clique nas abas para saber mais REGUL ARSIRREGULARS O past tense e o past participle dos regulares, como vimos, são formados adicionando-se o sufixo -ed à raiz do verbo. Veja exemplos no Quadro 1. Quadro 1. Verbos regulares. Vejamos alguns exemplos de verbos usualmente úteis na área da aviação, dispostos no Quadro 2. // Quadro 2. Verbos irregulares Clique abaixo para fazer o download do Quadro 2 Quadro2.pdf 59.6 KB PREPOSITIONS Preposições são usadas para acompanhar determinados verbos, fazendo a correta conexão do verbo com o restante da frase. Algumas preposições bem comuns da língua inglesa, e que com certeza você já conhece, são: for, to, about, with, of, in, at, on, from, entre outras. Verbos preposicionados sempre exigem uma preposição específica para exprimir determinado sentido. Portanto, a preposição correta, para um verbo específico, é indispensável para que a frase faça algum sentido. O objeto do verbo virá após a preposição. O verbo to listen, por exemplo, precisa se ligar ao seu objeto pela preposição to. Assim, construímos orações como: https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/index.html https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/index.html https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/assets/yh_raftqPoJXWZYw_P69zpoHnRua-BEkg-Quadro2.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/assets/yh_raftqPoJXWZYw_P69zpoHnRua-BEkg-Quadro2.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/assets/yh_raftqPoJXWZYw_P69zpoHnRua-BEkg-Quadro2.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962412_1/scormcontent/assets/yh_raftqPoJXWZYw_P69zpoHnRua-BEkg-Quadro2.pdf Who listens, listens to something. He listens to the control tower. O verbo está diretamente ligado à preposição, e o objeto vem após ela. Muita atenção para não confundir um verbo preposicionado com um phrasal verb. Apesar de, muitas vezes, o phrasal verb também ser constituído pela estrutura verbo + preposição, temos que olhar para o sentido expresso pela conexão entre eles e pelo contexto da sentença como um todo. ASSISTA Phrasal verbs são verbos que, quando conectados a outro termo (que pode ser uma preposição, um advérbio etc.), dão origem a um novo verbo, isto é, exprimem um sentido diferente daquele que o verbo sozinho expressa. Dessa forma, ao estudá-los, constatamos que o verbo to look indica a ação de olhar algo, e pede a preposição at. Logo, to look at something. Por sua vez, to look for, exprime a ideia de procurar. Não existe uma regra para os phrasal verbs. Seu estudo passa pela memorização das estruturas. No vídeo a seguir, temos uma amostra de diálogo que evidencia o uso de vários phrasal verbs. O objeto do verbo preposicionado vem normalmente logo após a preposição. Existe uma exceção: quando há um advérbio, ele pode ser posicionado entre ambos os elementos: The captain asked politely for push back. This flight comes from Los Angeles. The first officer recovered from a dive. At landings, both pilots are concentrated on flight parameters. The marshaler is looking at the helicopter. Henrique is learning about meteorology. Are you going to pay for this flight tickets? Transmitting technique Em aviação, a transmissão de mensagens, tanto escritas quanto faladas, é fundamental. Muito antes de se colocar em voo, já é necessária a correta interpretação de informações, normalmente codificadas em forma de NOTAMs, AIPs, TAFs e METARs. O grande objetivo da comunicação é o entendimento, e para isso, existe uma padronização das comunicações que visa à concisão. Uma das fases mais delicadas da operação é durante o voo. Até que a comunicação autônoma entre aeronaves e órgãos de controle seja completamente implementada, a comunicação em voo dependerá da transmissão por voz. Uma comunicação mal feita é apontada como fator circunstancial em 80% dos acidentes e incidentes nos Estados Unidos, conforme indicado a seguir. Uma pesquisa da National Aeronautics and Space Administration (NASA) e Aviation Safety Reporting System (ASRS), publicada no artigo “Communications-related incidents in general aviation dual flight training”, de 1997, escrito por Kamil Etem e Marcia Patten, identificou os seguintes fatores como desencadeadores de problemas na operação e de acidentes: 1 2 Quadro 3. Fatores comunicacionais relatados. Quadro 4. Modos de comunicação afetados. Instruções incorretas ou inadequadas são causas de mais de 30% dos acidentes durante aproximações e pousos, segundo o mesmo estudo. Um modelo para resolver esse problema, que vem ganhando força cada vez mais, é o de transmissão de mensagens via link de dados, o CPDLC (Controller Pilot Data Link Communications), um link de dados de dois canais pelos quais controladores podem enviar mensagens pré-formatadas para uma aeronave. A mensagem pode ser visualizada pelos pilotos sem o uso de comunicação por voz. O sistema permite o uso de canais para mensagens especificas, como autorizações de acionamento, informações e alertas. Na cabine, os pilotos podem responder mensagens, solicitar autorizações e informações. Tal tecnologia está sendo mundialmente implantada em diferentes fases de execução. Inclusive, mais detalhadamente, no documento 4444 da ICAO, intitulado Air traffic management, republicado em 2016, existe uma descrição do sistema e seu plano de implantação. Com o uso dessa tecnologia se espera diminuir o trafego de comunicação verbal do serviço de controle de trafego aéreo, aumentar a capacidade setorizada de comunicação e o fluxo de requerimentos por parte dos pilotos aos órgãos de trafego aéreo, reduzir o erro de comunicação, entre outros. A princípio, a transmissão por dados e a transmissão por voz deverão se manter juntas. A intenção é que o CPDLC seja um complemento ao sistema baseado por voz. Por enquanto, ele será usado para mensagens não críticas. Para serem consideradas críticas, elas precisam apresentar em seu conteúdo: Situações de tráfego aéreo; Desempenho; Tempo de resposta. CURIOSIDADE Há de se levar em consideração que, na comunicação direta por voz, o tempo de resposta é, normalmente, de segundos, enquanto na de dados pode demorar vários minutos. Portanto, mensagens críticas não devem ser enviadas por esse sistema. De acordo com o documento 9432 da ICAO, Manual of radiotelephony, republicado em 2007, o piloto deverá: Antes de transmitir uma mensagem, ouviratentamente a frequência selecionada, a fim de não interferir em um diálogo que possa já estar em curso; Estar familiarizado com a operação dos fones da própria aeronave; Usar um tom de voz de conversação normal, com pronunciação e volume claros; Manter uma velocidade de fala não superior a cem palavras por minuto. Em caso de mensagens que tenham de ser escritas pelo receptor, falar mais pausadamente; Manter o volume da voz em nível constante; Fazer pequenas pausas antes e depois de numerais; Evitar usar vícios de linguagem de hesitação, como “é…”; Pressionar o botão de transmissão durante toda a fala; Certificar-se de que o botão de transmissão voltou completamente à posição inicial após o envio da mensagem. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO VIA RÁDIO As comunicações via rádio, normalmente, usam as seguintes frequências: UFH VHF HF Ouça antes de transmitir. Muitas vezes, a informação desejada pode ser adquirida através da frequência ATIS (Automatic Terminal Information Service) ou monitorando a própria frequência. No caso de mudança recente de frequência, aguarde alguns instantes, para se certificar de que não está acontecendo um diálogo entre controlador e piloto. Pense antes de transmitir, e se for uma mensagem comprida, faça uma anotação sobre o que tem de ser dito. Posicione o microfone próximo à boca, por conta do ambiente propício a ruído de onde se está transmitindo. Ao apertar o botão de transmissão, faça uma pequena pausa, antes de transmitir, para garantir que toda a mensagem, desde a primeira palavra, seja compreendida. Configure corretamente o equipamento de rádio da aeronave. Cheque o volume, confira novamente a frequência selecionada e verifique se o botão de transmissão não ficou preso. Dependendo do tipo de botão, principalmente entre os mais antigos, isso pode ocorrer com certa frequência. Tal evento é chamado de “stuck mike”. Certifique-se de que você está no raio de eficiência do seu equipamento para determinada estação. EXPLICANDO Levando em consideração o raio de eficiência, lembre-se que altitudes maiores aumentam o espectro do VHF. O loop da comunicação piloto/controlador é o processo estritamente ligado à segurança de voo, que visa à confirmação e/ou correção da mensagem assim que recebida. Isso garante a integridade das comunicações via rádio. O comprometimento com esse padrão cria uma barreia a erros provenientes da comunicação. Diagrama 1. Loop da comunicação piloto/controlador. Segundo o documento 9432 da ICAO, republicado em 2007, as seguintes palavras podem ser usadas em telecomunicações aeronáuticas: Message composition Nessa parte dos nossos estudos, passaremos por algo vital para a segurança de voo: a message composition. Em segurança de voo, sempre é destacada a padronização como forma de defesa contra acidentes e incidentes. Nas transmissões de mensagens aeronáuticas, esse fator toma proporções muito maiores, pois se trata de um meio de transporte de natureza intercontinental. Em alguns territórios, sobrevoando apenas um país, já é possível encontrar vários idiomas e dialetos. Em um voo intercontinental, isso se agrava, e seria impossível se comunicar se não se usasse uma linguagem padronizada. Há relatos, e é possível experimentar isso na prática, sobre como a falta de disciplina nas transmissões pode afetar a segurança e até influir em acidentes. Por isso, é indispensável conhecer os parâmetros e padrões para composição de mensagens, visando à comunicação mais eficaz possível. Antes de entrar no nível de composição do conteúdo da mensagem, vale retomar alguns parâmetros que devem ser seguidas para que a comunicação seja bem sucedida. A comunicação em aviação é um processo fundamental para a segurança do tráfego aéreo. Os pilotos precisam, em momentos específicos, reportar sua situação, intenções e pedidos aos controladores de voo. Tal comunicação precisa ser clara, coesa e concisa. Da mesma forma, o controlador deve se comunicar de forma clara. Todo esse processo, para ser bem sucedido, seja qual for a condição, exige necessariamente disciplina nas transmissões de rádio. No Quadro 6, retomamos alguns aspectos fundamentais para o sucesso da comunicação. Quadro 6. Aspectos. SITUAÇÕES PROVÁVEIS A não observância de métodos e padrões durante o uso da fonia aeronáutica pode levar a situações graves. Algumas dessas, como já afirmamos, podem evoluir para acidentes e incidentes. A seguir, comentamos situações possíveis que podem decorrer do não cumprimento dos aspectos elencados no Quadro 6. Clique nos botões para saber mais Não ouvir antes de transmitir + Fraseologia não padrão + Idioma + Tempestividade da comunicação + Cotejamento + Uso inapropriado da frequência + ACIDENTES E INCIDENTES RELACIONADOS A não observância dos itens estudados pode acarretar sérios problemas. Alguns exemplos práticos da importância dessas questões podem ser apontadas nos seguintes casos: Clique nos botões para saber mais Veículo – Boeing 737-300, Singapura, 2013 + Boeing 737-800 – Atr 42-600, Jakarta Halim, Indonésia, 2016 + Airbus 333 – Airbus 319, em rota, Leste de Mianmar, 2017 + Airbus320 – Fokker50, Adelaide Austrália, 2016 + PALAVRAS FREQUENTES Uma boa técnica para evitar tais acidentes, e ajudando inclusive a incrementar a velocidade e a assertividade da comunicação, é o uso de palavras padronizadas, como mencionado anteriormente. Familiarizando-se com determinadas palavras, o piloto poderá entender melhor o que será dito e quando. E aqui se reafirma a importância do conhecimento dos parâmetros da composição das mensagens. Muitas instruções e autorizações, por parte dos controladores, são, basicamente, de números precedidos de palavras. Por exemplo, “desça para o nível 290”. Sendo assim, sabendo que, após a instrução de descer, virá o nível orientado, o piloto deverá ficar atento ao número que será dito pelo controlador. Enquanto o número não for ouvido, sabe-se, assim, que a mensagem não foi terminada. Na fraseologia em língua inglesa, algumas palavras são de grande ajuda quando previamente memorizadas. Algumas já foram antecipadas no tópico anterior. A seguir, porém, esclarecemos muitas outras, a serem memorizadas e aplicadas em diferentes contextos e operações. Seu aprendizado, portanto, é indispensável, visto que a composição das mensagens passa pela utilização desses termos, que, às vezes, são acompanhados por termos específicos (números, por exemplo) e requerem respostas igualmente padronizadas. Veja: ABEAM – Través. Indica que a aeronave está a 90 graus de determinado ponto, à esquerda ou à direita. O través não é uma posição precisa, mas uma referência. ACKNOWLEDGE – Confirme o recebimento da mensagem. AFFIRMATIVE – Sim/afirmativo. BLOCKED – Em fraseologia, indica que uma transmissão foi bloqueada ou interrompida por outra. CLEARED FOR TAKEOFF – Autorização por parte do órgão de controle para que uma aeronave possa decolar. CLEARED FOR THE OPTION – Autorização emitida pelo órgão de controle para que uma aeronave faça um toque e arremetidas, aproximação perdida, stop and go ou pouso completo, a critério do piloto. Normalmente, é usado em voos de instrução, nos quais o instrutor pode avaliar o discernimento do aluno. CLEARED TO LAND – Autorização para uma aeronave pousar, levando em consideração condições de tráfego e meteorologia. CLOSED TRAFFIC – Operações repetitivas de pousos, decolagens e arremetidas, quando a aeronave não chega a sair do circuito de tráfego. EXPEDITE – O controlador espera que uma instrução ou ordem seja rapidamente seguida, para que não gere uma situação perigosa. FLY HEADING (Degrees) – Informação de proa dada ao piloto, que pode ser orientado a tomar determinada proa em graus para cumprir com um perfil. FUEL REMAINING – Expressão usada por pilotos parareportar a quantidade combustível a bordo até seu consumo total. Quando reportado por um piloto, a informação será de minutos que o voo pode continuar com o combustível atual. O combustível reserva deverá ser levado em conta. GO AROUND – Usado para instruir um piloto a não mais continuar com a atual aproximação. Instruções complementares podem ser passadas. Salvo quando vem acompanhado de uma instrução diferente, a aeronave normalmente é orientada a sobrevoar a pista e entrar no circuito pela perna de través, em se tratando de voos VFR. Já em um voo IFR, o piloto deverá seguir o perfil de arremetida publicado na carta do procedimento em uso. HAVE NUMBERS – Usado pelo piloto para informar ao controlador que ele recebeu as seguintes informações: cabeceira em uso, vento, ajuste de altímetro. HOW DO YOU HEAR ME? – Pergunta feita para verificar como está a transmissão. IDENT – Solicitação para que o piloto acione o modo “ident” do transponder, usado pelo controlador para confirmar ou identificar uma aeronave, diferente do ajuste de transponder, no qual é passado uma identificação de quatro dígitos. IMMEDIATELY – Usado pelo controlador quando determinada ação deve ser iniciada imediatamente, para que se evite uma situação de perigo. LINE UP AND WAIT – Autorização para que uma aeronave efetue o taxi até a cabeceira, alinhe e mantenha posição. Diferente da autorização para decolar, é usado quando a autorização de decolagem não pode ser liberada imediatamente, por conta de condições de tráfego. MAINTAIN – Ligado a altitudes e níveis, significa manter determinado nível de voo. Pode vir acompanhado de "climb and" ou "descend and", quando requerido para mudar de nível e mantê-lo. MAKE SHORT APPROACH – O controle autoriza o piloto a tomar uma proa direta para a aproximação. MAYDAY – Palavra intencionalmente usada para indicar perigo. Quando repetido três vezes, indica perigo iminente ou grave. MINIMUM FUEL – Indica que a quantidade combustível a bordo é o suficiente para alcançar o destino, com pouca ou nenhuma espera. Ainda não é uma situação de emergência, mas pode se transformar. NEGATIVE – Não/negativo. Usado também para corrigir uma informação, sendo passada a informação correta logo após a palavra. NEGATIVE CONTACT – Usado para informar que não foi possível contato visual com o tráfego reportado à frente. Também usado para reportar que não foi possível contato em determinada frequência. RADAR CONTACT – Indica que a aeronave foi identificada no radar do controlador. RADAR SERVICE TERMINATED – Usado para informar que o serviço radar foi terminado e, a partir deste ponto, a navegação segue por conta do piloto. READ BACK – Pedido de repetição da mensagem. REPORT – Usado quando requerido a um piloto que reporte determinada situação. Normalmente é pedido que reporte uma posição, por exemplo. SAY AGAIN – Solicitação para que se repita a ultima mensagem. Normalmente é especificado o trecho que se deve repetir. SAY ALTITUDE – Usado pelo controle para se certificar da altitude em que a aeronave está. Em subidas e descidas, espera-se que o piloto reporte com uma margem de cem pés. SAY HEADING – Requisição de reporte da proa. Como resposta, deverá ser reportada a atual proa. SPEAK SLOWER – Usado para pedir que a velocidade da fala seja diminuída. SQUAWK – Usado para ativar modos, ajustes e funções no transponder da aeronave. Não confundir com a função “ident”. STAND BY – O controlador pede uma pausa na transmissão, para que possa reorganizar o tráfego ou lidar com outras autorizações de maior prioridade. Uma pausa muito longa, porém, deverá ser questionada. TRAFFIC – Usado para indicar a presença de uma ou mais aeronaves. TRAFFIC IN SIGHT – Usado para indicar que foi possível contato visual com tráfego à frente. UNABLE – Incapacidade de cumprir com a autorização ou instruções, por limitações técnicas ou performances. Os motivos serão, sempre que possíveis, informados ao controlador. VERIFY – Requisita a confirmação da informação previamente passada. SITUAÇÕES PROVÁVEIS A não observância de métodos e padrões durante o uso da fonia aeronáutica pode levar a situações graves. Algumas dessas, como já afirmamos, podem evoluir para acidentes e incidentes. A seguir, comentamos situações possíveis que podem decorrer do não cumprimento dos aspectos elencados no Quadro 6. Clique nos botões para saber mais Não ouvir antes de transmitir – Uma transmissão errônea do controle pode não ser corrigida a tempo por conta da transmissão de outra aeronave. Para cada autorização irá existir um cotejamento. Assim, o controlador pode cometer um erro e, na hora que a aeronave envolvida for cotejar a mensagem, confirmando sua real compreensão, pode outra entrar na mesma frequência, causando interferências. Tal situação pode levar a um acidente, caso o erro não seja corrigido com o correto cotejamento, contemplando a correção da mensagem. Fraseologia não padrão – O piloto do voo ANAC 1234 requisita a seguinte autorização de mudança de nível: 34, request FL120 O controlador confunde o designativo com FAA 314, respondendo: “314 descend FL120" O ANAC 1234 entende que sua requisição foi aceita e prossegue para a mudança de nível, sem que a autorização tenha de fato se concretizado. Idioma – O controlador libera uma aeronave, usando a linha local, a realizar uma alteração, usando sua língua. A autorização gera conflito com outro voo, visto que os pilotos não compreendem a língua local, e não ficam alertas o suficiente para tomar uma atitude que contorne a situação. Um incidente de proximidade pode ocorrer nessas circunstâncias. Tempestividade da comunicação – O piloto prestes a iniciar o procedimento para uma pista é instruído a mudar para uma paralela. A autorização é dada muito próxima ao procedimento, de modo que se torna inviável fazer novo briefing. Porém, eles decidem prosseguir, não fazendo o briefing de arremetida para a nova pista. Cotejamento – O piloto recebe uma instrução e, em vez de cotejar a mensagem, responde com “Roger”. O controle, portanto, não questiona a resposta, e pode ocorrer um incidente de tráfego aéreo. Uso inapropriado da frequência – O congestionamento da frequência é mais comum na frequência livre de coordenação, cuja maioria dos usuários são pequenos operadores de aviação civil. Chamadas iniciais erradas, conversas sobre assuntos diversos, uso de fraseologia não padrão e até a falta de comunicação são situações que podem ocorrer. O uso errado da frequência não deve ser transmitido por instrutores de voo a seus alunos – pelo contrário, deve-se sempre prezar pela disciplina e pelo uso responsável das frequências. ACIDENTES E INCIDENTES RELACIONADOS A não observância dos itens estudados pode acarretar sérios problemas. Alguns exemplos práticos da importância dessas questões podem ser apontadas nos seguintes casos: Clique nos botões para saber mais Veículo – Boeing 737-300, Singapura, 2013 – Em 3 de outubro 2013, um veículo entrou em uma pista em uso, sem autorização, após a autorização confusa não ter sido cotejada pelo controlador. Outro controlador liberou um Boeing 777-300 para pousar sem tomar todas as medidas disponíveis para garantir que a pista estivesse desimpedida. A tripulação viu o veículo próximo à borda da pista após o pouso e manobrou para longe dela, embora a asa da aeronave ainda passasse por cima dele. Boeing 737-800 – Atr 42-600, Jakarta Halim, Indonésia, 2016 – Em 4 de abril de 2016, a tripulação de um Boeing 737-800, decolando com visibilidade noturna normal de Jacarta Halim, não conseguiu evitar um ATR 42-600, sendo rebocado por ter entrado na pista após ambiguidade na autorização. Ambas as aeronaves sofreram danos substanciais e pegaram fogo, mas todos os envolvidos escaparam ilesos. A investigação concluiu que contribuírampara o acidente a escolha errônea de uso de uma única frequência de ocupação da pista, o rebocador de aeronaves mal iluminado e o efeito potencial na detecção do piloto de uma obstrução da iluminação cabeceira deslocada. Airbus 333 – Airbus 319, em rota, Leste de Mianmar, 2017 – Em 3 de maio de 2017, dois airbus perderam a separação determinada enquanto seguiam em direções opostas, em uma rota ATS controlada por radar no leste de Mianmar, perto da fronteira chinesa. A investigação constatou que a resposta da tripulação do A330, a uma chamada para outra aeronave, não foi detectada, e eles desceram para o mesmo nível do A319, com a separação perdida sendo mitigada pela intervenção do ACC chinês vizinho, que orientou o A319 a virar, para evitar uma colisão. No momento do incidente, o A330 havia desaparecido do radar do ACC. Airbus320 – Fokker50, Adelaide Austrália, 2016 – Em 17 de agosto 2016, um Fokker F50 atravessou uma pista em uso em Adelaide à frente de um A320, que estava prestes a pousar depois que seus pilotos e o controlador envolvido fizeram suposições sobre o conteúdo das transmissões de rádio que não foram ouvidas completamente. A investigação constatou que a tripulação do A320 havia respondido prontamente ao conflito em potencial, iniciando um movimento lento sobre as outras aeronaves, e notou que não havia barras de parada em Adelaide. Além disso, as aeronaves que taxiam pelas pistas em uso não eram obrigadas a obter suas autorizações na frequência de controle da pista. Lição 2 de 4 Phonetic alphabet O uso eficiente e seguro da comunicação via rádio para fins aeronáuticos depende de uma série de técnicas e padrões, além da destreza do interlocutor. Como o som de consoantes tende a se misturar e palavras com tamanhos semelhantes contendo os mesmos sons de vogais podem ser facilmente confundidas, alguns cuidados devem ser tomados durante a pronúncia. Durante uma transmissão, é preciso pronunciar as palavras completamente e de forma clara para que não se sobreponham. É necessário tomar cuidado com a fala rápida, sotaques e corte de palavras. VELOCIDADE Um ponto que pode ser crítico é a velocidade da fala. O ideal é manter um ritmo de fala moderado. É preciso ter em mente que o receptor da mensagem pode não ser nativo na língua, talvez tenha que anotar as palavras para um cotejamento ou esteja em uma situação de grande estresse operacional, etc. O ritmo da transmissão, portanto, deve ser o de uma conversa normal. Sempre evite longas pausas entre as palavras, o que pode ensejar que outra pessoa na fonia inicie sua transmissão. TRANSMISSÃO DE DATAS E HORÁRIOS Outro ponto importante e que deve sempre seguir a padronização é a transmissão de datas e horários. Diferentemente da linguagem trivial em que falamos “duas da tarde”, em fonia usamos o sistema de vinte e quatro horas. Os dois primeiros dígitos se referem às horas passadas e os dois últimos aos minutos passados da presente hora. Tabela 1. Transmissão de datas e horários. EXPLICANDO Por padronização, o horário é referenciado a um fuso horário específico, o Fuso (Z) Zulu, também chamado de Universal Time Coordination (UTC) – o Meridiano Greenwich. Figura 1. Meridiano de Greenwich, que divide o globo terrestre em oriente e ocidente. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/01/2020. Greenwich Mean Time (GMT) é o nome do sistema de padronização de horas no meridiano zero. Originalmente, era usado como auxílio às grandes navegações ao redor do globo – tendo como marco a exploração do “mundo novo” durante o século quinze. Recebe este nome por ser a localização do Observatório Real Inglês, bairro de Greenwich, em Londres. Figura 2. Shepherd Gate Clock, o relógio que oferece a hora oficial do Greenwitch Mean Time (GMT). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/01/2020. Em 1675 aconteceu um grande movimento a fim de melhorar os mapas de navegação marítima. Charles II ofereceu o espaço para sediar o primeiro observatório nacional. Com a criação das linhas férreas que cortavam o país, fez-se necessário um sistema de horário nacional para substituir os horários nas localidades. Como Greenwich já era usado como referência, rapidamente ele se tornou o padrão utilizado. No entanto, o parlamento só aceitou seu uso em 1880. O sistema passou a ser usado nos Estados Unidos a partir de 1883, substituindo cerca de 300 horários locais. Só em 1884 o Greenwich Mean Time foi adotado mundialmente, desenhando 24 zonas de fuso. Figura 3. O Greenwich Mean Time adotou 24 zonas de fuso. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/01/2020. Quando o Sol está no seu zênite, ou seja, em seu ponto mais vertical com o plano terrestre, em Greenwich exatamente 12h. É a partir deste fuso que se inicia a contagem dos outros. Dividindo os 360° da Terra pelas 24 horas de um dia, temos que cada fuso apresenta 15° de longitude. Para qualquer cálculo, usa-se a distância que se está de Greenwich a leste ou a oeste. Geograficamente, sua localização é: Longitude 0° 0' 0" Latitude 51° 28' 38"N, norte do Equador. Esse sistema existe para evitar a confusão gerada pelo uso referenciado pelos fusos locais, assim, todos usam uma só referência. Em 1925, o sistema GMT foi adotado por astrônomos; assim, o dia astronômico se inicia às 0h no meridiano 0°. Já em 1928, a União Astronômica Internacional mudou a nomenclatura para Universal Time. Tal mudança gerou uma pequena confusão, pela similaridade com o termo Coorninated Universal Time (UTC), utilizado para designar a diferença de tempo entre o tempo atômico (medido por relógios atômicos) e o tempo solar. ITU PHONETIC ALPHABET A International Telegraph Union (ITU) foi fundada em 1865 com o objetivo de facilitar a comunicação e transmissão de dados. Posteriormente, com a modernização dos meios de comunicação, passou a se chamar International Telecommunication Union. É uma agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) – atualmente, a organização internacional mais antiga do mundo ainda em funcionamento, com sede em Genebra, na Suíça, próximo ao campus principal da ONU. Seus padrões desenvolvidos são denominados como recomendações, assim como na OACI. O alfabeto fonético adotado pela ITU é usado para clarear a pronúncia das palavras e para se evitar confusões durante transmissões via rádio. Foi criado em 1927 e modificado em 1932. Antes disso, é conhecido um alfabeto de soletração que usava nomes de cidades famosas. Este método permaneceu em uso até 1960, quando foi substituído pelo alfabeto OTAN. // Tabela 2. Alfabeto de soletração com cidades famosas Clique para fazer download da tabela 2 abaixo: Tabela 2. Alfabeto de soletração com cidades famosas.pdf 41.3 KB Esse foi, provavelmente, o primeiro alfabeto internacionalmente conhecido, porém outros sempre foram usados por ramos específicos, como setores da indústria e forças armadas, desde o final do século 19. Palavras e sílabas como Ark, Beer, Emma (no caso, para a letra M), Pip, Esses (para S), Toc e Vic/Vay foram usadas desde 1898 para evitar a confusão entre letras como M e N, por exemplo. Porém, esses alfabetos não contemplavam todas as letras. Foi em 1917, na Primeira Guerra Mundial, a marinha real britânica iniciou o uso do alfabeto com sonoridade britânica. Apples, Butter, Charlie, Duff, Edward, Freddy, George, Harry, Ink, Johnnie, King , London, Monkey, Nuts, Orange, Pudding, Queenie, Robert, Sugar, Tommy, Uncl e, Vinegar, Willie, Xerxes, Yellow, Zebra. Em 1920, algumas alterações: Ac, Beer, Charlie, Don, Edward, Freddie, George, Harry, Ink, Johnnie, King, London, Monkey, Nuts, Orange, Pip, Queen, Robert, Sugar, Too, Uncle, Vic, William, X-ray, Yorker, Zebra. A origem ainda é bastante debatida, porém, sabe-se que foram derivados do alfabeto de 1914, do correio inglês: Apple, Brother, Charlie, Dover, Eastern, Father, George, Harry, India, J ack, King, London,Mother, November, October, Peter, Queen, Robert, S ugar, Thomas, Uncle, Victoria, Wednesday, Xmas, Yellow, Zebra. Ainda existem relatos de outros alfabetos fonéticos, como o usado entre operadores de telégrafo da Tasmânia por volta de 1908. Authority, Bills, Capture, Destroy, Englishmen, Fractious, Galloping, Hig h, Invariably, Juggling, Knights, Loose, Managing, Never, Owners, Play, Queen, Remarks, Support, The, Unless, Vindictive, When, Xpeditiously, Your, Zigzag. https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/SzMjCzzZbNo0exCG_oeRtGOageQc7fJug-Tabela%202.%20Alfabeto%20de%20soletra%C3%A7%C3%A3o%20com%20cidades%20famosas.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/SzMjCzzZbNo0exCG_oeRtGOageQc7fJug-Tabela%202.%20Alfabeto%20de%20soletra%C3%A7%C3%A3o%20com%20cidades%20famosas.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/SzMjCzzZbNo0exCG_oeRtGOageQc7fJug-Tabela%202.%20Alfabeto%20de%20soletra%C3%A7%C3%A3o%20com%20cidades%20famosas.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/SzMjCzzZbNo0exCG_oeRtGOageQc7fJug-Tabela%202.%20Alfabeto%20de%20soletra%C3%A7%C3%A3o%20com%20cidades%20famosas.pdf Mesmo parecendo estranho ou difícil de memorizar palavras como fractious e expeditiously, existia uma razão para isso. Fazia-se uso de uma mnemônica para que a pessoa memorizasse um pequeno texto, que era: “Englishmen Invariably Support High Authority Unless Vindictive. The Managing Owners Never Destroy Bills. Remarks When Loose Play Jangling. Fractious Galloping Zigzag Knights Xpeditely Capture Your Queen”. Esse não era o único alfabeto mnemônico. Possivelmente, na Guerra Civil americana, um alfabeto foi usado para auxiliar os operadores de telégrafo a lembrar a combinação de pontos e traços do código Morse. Sua estrutura era: Against, Barbarian, Continental, Dahlia, Egg, Furiously, Gallantl y, Humility, Ivy, Jurisdiction, Kangaroo, Legislator, Mountain, N oble, Offensive, Photographer, Queen Katherine, Rebecca, Severa l, Tea, Uniform, Very Varied, Waterloo, Exhibition, Youthful and fair, 2-long 2-short. Esse alfabeto também tinha uma característica peculiar: as palavras precisavam ser separadas em sílabas para fazer sentido. Separando-as, ficariam assim: Ag-ainst, Bar-ba-ri-an, Cont-in-ent-al, Dah-li-a, Egg, Fu-ri-ous-ly, Gal-lant-ly, Hu-mi-li-ty, I-vy, Ju-ris-dic-tion, Kan-ga-roo, Le-gis-la-tor, Moun-tain, Nob-le, Off-ens-ive, Pho-tog-raph-er, Queen-Ka-tha-rine, Re-bec-ca, Se-ver-al, Tea, Un-i-form, Ve-ry-Va-ried, Wa-ter-loo, Ex-hi-bi-tion, Youth-ful-and-Fair, 2-long 2-short Uma sílaba de uma ou duas letras corresponderia a um ponto em código Morse. Uma silaba de três letras ou mais corresponderia a um traço. Assim: Ag-ainst seria .- , bar-ba-ri-an corresponde a -... e Cont-in-ent-al seria -.-. CÓDIGO MORSE O código Morse é uma espécie de codificação de caracteres com a finalidade de transmitir mensagens via telégrafo usando um ritmo. Criada pelo pintor e inventor Samuel Finley Breese Morse, sua origem se deu em 1835. Ele usa um padrão de impulsos curtos e longos também chamados de pontos e traços. Com isso, é possível codificar letras, números e outros caracteres. Foi muito utilizado por marinheiros durante o século XIX, pois podia ser transmitido com o acender e apagar de lanternas. O primeiro registro de resgate marítimo depois de pedido de socorro utilizando o código Morse ocorreu em 1899, no Estreito de Dover. O mais antigo sistema binário registrado é indiano, que data entre 400 a.C. e 200 a.C. Nele, já eram usados traços curtos e longos para representar sílabas. Séculos depois, esta mesma ideia foi adaptada para a transmissão de um pulso elétrico. Como limitação, não se conseguia distinguir caracteres individualmente. Em 1837, Charles Wheatstone e William Cooke conseguiram utilizar telégrafos na Inglaterra para enviar pulsos elétricos com recepção através de eletroímãs. Os ponteiros giravam para indicar quais caracteres estavam sendo enviados. Morse e Vail (seu assistente), em 1844, conseguiram fazer com que o aparelho marcasse uma fita de papel. Quando a corrente elétrica passava, girava uma armação e arranhava a fita, que era móvel. Ao interromper a corrente, a fita permanecia sem marcas em sua superfície. No início, a ideia seria transmitir somente números e, com o auxílio de dicionário, procurar a palavra de acordo com o número recebido. Posteriormente, o código passou a englobar letras e caracteres especiais, o que permitiu a transmissão de mensagens mais complexas. Por conta de suas características, os sinais curtos foram chamados pontos, e os sinais longos, de traços. As letras mais usadas no alfabeto inglês receberam as menores sequências de impulsos. Os primeiros telégrafos faziam um barulho característico de clique e, com o passar do tempo, os operadores começaram a se acostumar com ele a ponto de não precisarem mais do uso da fita, uma vez que interpretavam corretamente as sequências de pontos e traços. Assim, quando se passou a transmitir o código por rádio, muitosoperadores já dispensavam o uso da fita e interpretavam as mensagens somente pelos sons. Isso provou que o código Morse era mais facilmente aprendido quando ensinado somente na sua forma auditiva. Quando não era possível enviar pulsos elétricos, as pessoas vocalizavam o código. O ponto era falado como “dit” e o traço como “dah”. Como as companhias de telégrafos cobram as transmissões por tempo de duração, foram criados meios para condensar algumas frases mais comuns em grupos de cinco letras. Por exemplo, LIOUY, que traduzindo seria: "por que você não responde minhas perguntas?" Outros códigos também foram inventados com o intuito de abreviar frases; entre eles, o código Q. Usado tradicionalmente em forças armadas do mundo todo, esse código foi desenvolvido para a comunicação radiotelegráfica comercial. Curiosamente, mesmo depois das transmissões por voz, continuou sendo usado. Para evitar erro de interpretação, as transmissões eram limitadas quanto ao uso da letra Q no indicativo de chamada ou pela sua repetição por três vezes seguidas. Este código originou-se na Inglaterra, em 1909. O governo criou uma lista de abreviações para ser usada por navios e estações de solo. Adicionalmente, facilitou a comunicação por pessoas que não falavam a mesma língua, ganhando abrangência internacional. Em aviação, os códigos Q usam a faixa QAA até QNZ. Os mais usados são QNE, QNH e QFE. São usados, respectivamente, para ajustes altimétricos em relação ao solo, nível médio do mar e pressão barométrica local. Também são usados os códigos QDM e QDR para navegação aérea, sendo que o primeiro faz referência à linha de posição magnética e o segundo é utilizado para indicar a proa magnética para afastamento da estação considerada. Seu uso é muito frequente em comunicações aeronáuticas e é parte vital da segurança de voo. Comparado com outros sistemas de codificação, o código Morse se mostra muito eficiente e ainda não teve um sucessor de maior eficácia. Uma pessoa bem treinada pode exceder o envio de quarenta palavras por minuto. Alguns clubes de radioamadores fazem testes para se associar. Os mais exigentes requerem que o candidato consiga enviar 60 palavras em um minuto. O recordista é Ted Elroy, que enviou setenta e cinco palavras em um minuto, durante um concurso em 1939, no estado americano da Carolina do Norte. Existe um marcador, chamado padrão Paris, que mede a velocidade de transmissão da palavra Paris certo número de vezes por minuto. A palavra Paris é usada por possuir cinquenta “pontos” no alfabeto Morse. CURIOSIDADE Existe uma crença de que músicos têm mais facilidade em aprender o código por conta de seu padrão rítmico, inerente à música. Duranteo século XIX, o código Morse se espalhou por quase toda a Europa. Foram realizadas modificações em 1865: o Congresso Internacional Telegráfico criou uma padronização internacional para o código, facilitando seu uso em todo o mundo. Sua versão internacional moderna foi criada por Friedrich Clemens Gerke em 1838, sendo usada para transmissão entre as cidades de Cuxhaven e Hamburgo, na Alemanha. Seu desuso teve início com a invenção do telefone no fim do século XIX. Outras tecnologias mais eficientes foram tomando espaço e sua interpretação se tornou restrita a alguns profissionais. Desde 1997, na França, o código Morse não é mais utilizado em navegações marítimas. Tradicionalmente, o aparelho responsável pelas transmissões é a chave telegráfica. Figura 4. Chave telegráfica. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/01/2020. ID: 247560055. Tal aparelho ainda é usado por radioamadores, contudo, é muito difundido o uso de chaves semiautomáticas ou automáticas. Recentemente, foram desenvolvidos muitos softwares que geram e interpretam código Morse. Em 2004, durante a comemoração de 160 anos da primeira transmissão, foi incorporado o caractere “@” – enviando-se “AC” para representar o novo caractere. Por incrível que pareça, foi a primeira modificação desde a Primeira Guerra Mundial. CURIOSIDADE O sinal de exclamação não faz parte oficialmente do alfabeto Morse. Foi proposto apenas em 1980. O código Morse ainda sobrevive. Mesmo não sendo mais exigido para obtenção de licença de radioamador em muitos países, rádio operadores ainda o usam em suas mensagens. Sua proficiência foi exigida até 2003. Algumas bandas de rádio ainda são reservadas para a transmissão de mensagens em Morse. Profissionalmente, controladores de voo e pilotos têm um entendimento básico de seu funcionamento e auxílios à navegação como VORs e NDBs, que transmitem um sinal sonoro com seu designativo usando Morse. Um uso ainda relevante do código Morse se dá durante situações de emergência, uma vez que ele pode ser transmitido simplesmente pelo envio de ruídos de um equipamento de rádio, por exemplo, ou, ainda, com o simples gesto de ligar e desligar um aparelho. Por conta disso, seu estudo mantém importante para a aviação. O código Morse foi usado como padrão das comunicações marítimas até 1999, sendo substituído pelo Sistema de Segurança de Perigo Marítimo Global - GMDSS (Global Maritime Distress and Safety System). Este sistema tem como objetivo enviar um alerta rapidamente quando navios passam por emergência. O sistema integra autoridades governamentais com navios que navegam próximos a outras embarcações que estejam com problemas. Essa coordenação proporciona maior rapidez na ação de busca e salvamento. Nesse sistema, o planeta é dividido em quatro áreas e determina- se que, para navegar nelas, cumpram-se determinados requisitos. Com ele, é possível estabelecer comunicações de urgência e mensagens quanto à segurança marítima, avisos e boletins meteorológicos. Isso cria uma rede de segurança que permite que embarcações enviem alertas quanto a sua segurança ou de outras. CURIOSIDADE A última transmissão oficial via código Morse foi feita pela marinha francesa, em 1997, com a mensagem: "Chamando todos. Este é o nosso último grito antes do nosso silêncio eterno". Curiosamente, competições de velocidade de transmissão de mensagens têm sido feitas com a participação de operadores de código Morse e usuários de mensagens SMS (Short Message Service). Na maioria das vezes, o Morse ganha as competições, dando uma ideia de que, no futuro, pode ser criado um tipo de código para uso em telefones celulares. Outro projeto provável seria o uso da função vibratória do telefone. Ao receber uma mensagem, o aparelho vibra, interpretando a mensagem de texto e transformando-a em vibrações curtas e longas. O usuário teria que ter o conhecimento para interpretar, mas seria uma mensagem silenciosa de leitura direta. Figura 5. Código Morse. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/01/2020. O alfabeto fonético criado pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) também é conhecido como alfabeto fonético internacional. Aparece na publicação Allied Tactical Publication ATP-1, Volume II: Allied Maritime Signal and Maneuvering Book, e foi utilizado por todas as esquadras aliadas. Sua criação data da Segunda Guerra Mundial. A OACI, anteriormente, havia criado um alfabeto fonético de soletração, que acabou sendo substituído. A pesquisa demorou 24 meses e foi financiada pelo governo americano. As propostas de mudança podem ser observadas na Tabela 3: Tabela 3. Mudanças no alfabeto fonético internacional. Posteriormente, foi encomendado pela Força Aérea americana um estudo à Universidade Estadual de Ohio. O relatório, nomeado de número 38, testou a eficácia do antigo alfabeto Able-Backer-Charlie frente ao novo. De acordo com a FA, a avaliação, feita em 1955, custou 10 mil dólares. A conclusão foi de que o antigo sistema era melhor que o novo. Membros da associação americana de pilotos e proprietários se sentiram forçados a fazer a transição por conta da adoção pelas companhias aéreas americanas. Este alfabeto é obrigatório para quem necessita se comunicar na aviação. Ele é usado para letras isoladas ou para se soletrar uma palavra caso ela não tenha sido compreendida. Designativos de chamada de aeronaves serão sempre usadas com ele. // Tabela 4. Alfabeto fonético internacional Clique para fazer download da tabela 4 abaixo: Tabela 4. Alfabeto fonético internacional.pdf 64.3 KB No Brasil, essa questão não é unificada e, de modo geral, usa-se um alfabeto fonético com palavras simples da língua portuguesa. Tabela 5. Alfabeto fonético utilizado no Brasil. Transmission of numbers Em todas as comunicações aeronáuticas, os mais altos níveis de padronização devem ser mantidos. A transmissão de mensagens que não sejam de caráter puramente técnico e tempestivo deverá ser evitada. Sempre que existir comunicação, nestes casos, existirá o fator humano envolvido. Com isso, a comunicação poderá ser afetada na sua transmissão, recepção e entendimento. Algumas categorias de mensagens poderão surgir nas telecomunicações. Mensagens de perigo iminente ou acidente receberão um designativo de MAYDAY. Já mensagens com urgência, inclusive as de emergências médicas a bordo, receberão o PAN PAN. Mensagens de interferência ilícita são um caso especial, pois, por suas circunstâncias, podem não receber um caráter explícito para que não levantem suspeitas do próprio agente da interferência. Todos os números deverão ser pronunciados dígito por dígito. Deverá ser usada uma velocidade moderada na pronúncia, já que um dos interlocutores poderá estar anotando uma instrução. Tabela 6. Exemplo de pronúncia de números. https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/XPKUsYlcRIb8y8rz_nx2WrGTgLVF2F90I-Tabela%204.%20Alfabeto%20fon%C3%A9tico%20internacional.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/XPKUsYlcRIb8y8rz_nx2WrGTgLVF2F90I-Tabela%204.%20Alfabeto%20fon%C3%A9tico%20internacional.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/XPKUsYlcRIb8y8rz_nx2WrGTgLVF2F90I-Tabela%204.%20Alfabeto%20fon%C3%A9tico%20internacional.pdf https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.3040.1394/content/_3962417_1/scormcontent/assets/XPKUsYlcRIb8y8rz_nx2WrGTgLVF2F90I-Tabela%204.%20Alfabeto%20fon%C3%A9tico%20internacional.pdf Decimal – DAY-SEE-MAL Hundred – HUN-dred Thousand – TOU-SAND As sílabas destacadas em caixa-alta são as tônicas da pronúncia. Tabela 7. Exemplos de pronúncia. Para informações de altitude, base de nuvens, visibilidade e alcance visual na pista que contenham grupos de zeros (centenas e milhares), a pronúncia deverá se iniciar pelo primeiro numeralseguido de hundred ou thousand. Quando existir a combinação de milhares e centenas, deverá começar a pronúncia pelo numeral acompanhado de thousand; em seguida, o numeral acompanhado de hundred. Tabela 8. Exemplos de pronúncia. Números contendo ponto (.) deverão ser transmitidos com a pronúncia do ponto na mesma sequência em que aparecem, mas representados pela palavra decimal. // Exemplo 118.10: uno uno oito decimal uno zero. 121.50: uno dois uno decimal cinco zero. Na transmissão de horas, normalmente, é pronunciada apenas a quantidade de minutos, subentendendo-se que se trata da hora presente. // Exemplo 0820 – oito horas e vinte minutos, será transmitido: dois zero 1733 – dezessete horas e trinta e três minutos, será transmitido três três. Salvo quando a ocorrência de horas se dá em outra hora (estimado de pouso, por exemplo), a transmissão contemplará também os numerais referentes à hora. // Exemplo Estimado de pouso às 1730, será transmitido: estimado de pouso aos uno sete três zero. Previsão de sobre voo às 0823, será transmitido: estimado de sobrevoo zero oito dois três. Callsigns O anexo 10 da OACI, em seu capítulo cinco, separa em três tipos os callsigns. O primeiro tipo usa a matrícula da aeronave. Por exemplo: PT-GLQ. EXPLICANDO O traço no prefixo da aeronave só estará presente na fuselagem para uma melhor leitura. Nas telas de radar, sistemas de dados e nos planos de voo, não serão usados estes caracteres. O fabricante pode ser usado no callsign. Exemplo: Bueiro PT-GLQ. O segundo tipo usa o designador rádio do operador da aeronave, continuando com os últimos quatro caracteres da matrícula. Exemplo: Anac 1234. O terceiro tipo usa o designativo rádio do operador do voo juntamente com a identificação do voo. Exemplo: GOL 4095 O número da identificação do voo é usado para a identificação nos bilhetes de embarque, por exemplo. O designador do operador nada mais é que o designativo da empresa que opera determinado voo. Durante a primeira chamada, será utilizado o callsign completo. Após o contato inicial, os indicativos poderão ser usados de forma abreviada, contanto que isso não gere dúvidas quanto à identificação da aeronave por parte do controle. A aeronave só poderá usar a forma abreviada depois que a estação em solo a usar primeiro. Alguns países fazem exigências quantos aos callsigns. Os Estados Unidos, por exemplo, estabelecem que eles não excedam sete caracteres. Para evitar desentendimentos, as letras deverão ser seguidas pelos numerais. Em voos comerciais regulares, o último caractere será uma letra. Situações especiais podem ocorrer quando, por exemplo, aeronaves estiverem com o peso máximo de decolagem maior que 136 toneladas. Nesses casos, ela usará o sufixo heavy em suas comunicações, para indicar que geram importante esteira de turbulência. Mesmo quando não estiverem acima desse peso, usarão o sufixo por conta do deslocamento de ar produzido por sua grande fuselagem. Aeronaves que usam o heavy são: Lockheed L-1011, MD-11, DC-10, Airbus A350, Airbus A340, Airbus A330, Airbus A310, Airbus A300, Boeing 787, Boeing 777, Boeing 767 e Boeing 747. O Boeing 757, embora não tenha o peso máximo de decolagem de 136 toneladas, também usa o sufixo por conta da forte esteira de turbulência que provoca. O sufixo super será usado para o Antonov Na-225 e o Airbus A380. Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! SINTETIZANDO Como pudemos ver em nossos estudos, a comunicação no transporte aéreo tem papel fundamental, principalmente quando relacionada à segurança de voo. Para efetivar tais conhecimentos, estudamos os alfabetos fonéticos, examinando suas origens, os diferentes órgãos que os elaboram e compreendendo qual o uso deles no contexto atual da aviação. Na transmissão de números, foi destacada a importância da padronização e até da pronúncia dos códigos, para que não haja confusão quando o voo tem destino a territórios em que o inglês não é a língua nativa. Por fim, estudamos sobre os callsigns (os prefixos aeronáuticos), bem como seus tipos e possíveis exigências de padrão de país para país. Unidade 2 de 4 Gramática contextualizada Este módulo tem como objetivo servir de material de apoio para profissionais e entusiastas da aviação. O inglês técnico de aviação se mostra como uma necessidade dos dias atuais. É a língua universal da área por conta da sua facilidade de aprendizado por nativos em outras línguas. Como este é um material voltado para os profissionais de aviação, algumas palavras ou expressões podem não ser familiares, mas, ao longo do texto, elas se tornarão. O inglês, quando voltado para os profissionais de aviação, foca o ganho na habilidade de fala e compreensão. Essa preocupação visa, principalmente, à segurança de voo. Enquanto não se implementam as formas de comunicação via texto, a forma falada é o único meio de comunicação entre controladores e pilotos. A conversação tem papel muito importante. Seu nível de proficiência tem que ser grande, visto que, em um ambiente normal de comunicação aeronáutica, a velocidade é um fator vital quando se está transmitindo em uma única frequência com diversas aeronaves dialogando com o órgão de controle. Os interlocutores, pilotos e controladores precisam de grande interação para conseguir entender quaisquer desentendimentos que possam vir a acontecer. As mensagens podem ter conteúdos rotineiros ou não. O vocabulário é o fator decisivo em casos de emergência. Adicionalmente, o domínio de estruturas gramaticais permitirá a formação de diálogos que possam ser compreendidos por ambos interlocutores. A pronúncia deverá ser clara o suficiente para não gerar dúvidas ou desentendidos acerca da mensagem originalmente idealizada. O treinamento de pilotos e controladores prevê que a maioria das comunicações irá acontecer dentro de padrões de normalidade. A fraseologia padronizada é a grande ferramenta para uma alta taxa de sucesso nesses casos. O uso rotineiro faz com que, em muitos casos, os atuantes da comunicação sejam altamente proficientes nas telecomunicações sem, necessariamente, possuírem fluência em inglês. Porém, o conhecimento da fraseologia padronizada pode não ser suficiente pra situações de emergência, nas quais uma pequena gravidade pode se tornar um evento catastrófico Periodicamente, a proficiência de pilotos e controladores será avaliada conforme critérios mundialmente padronizados. Para isso, usa-se uma escala para avaliar a habilidade de comunicação em inglês. Os níveis são escalonados de 1 a 6 , em que: 6 é Expert, 5 é Extended, 4 é Operational e 1 a 3, Non-operational. Durante seu treinamento básico, pilotos e controladores aprendem o que é chamado de fraseologia padronizada. A fraseologia faz parte do dia a dia desses profissionais. Essa técnica é suficiente para cobrir, quase que totalmente, o que é preciso ser falado em voos normais e em várias outras situações. Evita- se palavras de duplo sentido ou sentenças de grande complexidade. APPROACH DELAYS São situações que acontecem na aviação com frequência, dada a periculosidade de se operar voos em certas condições meteorológicas. 1 2 3 Figura 1. Atrasos nos voos. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/02/2020. Quadro 1. Vocabulário durante a espera de uma aeronave. Quadro 2. Vocabulário comum usado em operação de espera de aeronave. BIRD STRIKE Figura 2. Colisão com pássaros. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/02/2020. Situações que vêm acontecendo repetidamente são as colisões com pássaros no entorno dos aeródromos. A proximidade com a fauna é algo inevitável, porém, em muitas ocasiões, os fatores naturais são potencializados pela ação do homem. A falta de controle de matadouros próximos às pistas de pouso é um dos fatores que mais contribuempara o aumento deste tipo de ocorrência. 1 2 Quadro 3. Vocabulário relacionado ao bird strike. Quadro 4. Vocabulário de colisão com pássaros. BAGGAGES AND DANGEROUS GOODS Figura 3. Cargas em aeronaves. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/02/2020. Uma parte muito importante do transporte comercial aéreo é a carga. Seja acompanhada de passageiros ou não, ela está presente nos voos comerciais. Grande parte da aeronave é ocupada pela carga e quase metade da fuselagem do avião é destinada para a acomodação de malas, caixas e outros tipos de compartimentos. Animais vivos são transportados com frequência, o que requer atenção especial por parte da tripulação pela necessidade de climatização dos compartimentos, para que seja possível a sobrevivência dos animais. Normalmente, os porões das aeronaves não são climatizados e oxigenados o suficiente para permitir o transporte seguro de cargas vivas. Torna-se muito importante a declaração deste tipo de carga e a conferência para que não aconteça nenhum incidente. Outro ponto delicado é o transporte de produtos perigosos, por conta de suas características naturais ou manipulação inadequada que pode ser feita pelo homem. Alguns produtos podem apresentar muitos riscos, e entre eles, existem os produtos que são proibidos de serem transportados e os que precisam de embalagens especiais. 1 2 Quadro 5. Vocabulário comum no transporte de cargas. Quadro 6. Vocabulário de produtos perigosos. BELLY LANDING Figura 4. Pouso de barriga. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/02/2020. Algumas falhas mecânicas, embora raras, podem acontecer durante o voo. Com a evolução dos materiais e técnicas de fabricação das aeronaves, os níveis de acidentes vêm sendo reduzidos. Atualmente, as chances de acidentes envolvendo aeronaves são mínimas. O pouso de barriga é um acidente causado por falha mecânica, sendo preciso acionar o sistema de trem de pouso da aeronave. O sistema de trem de pouso é um conjunto complexo de peças que tem como objetivo amortecer, controlar, direcionar e frear a aeronave em solo. Mesmo com todo o mecanismo acionado, é comum que haja avarias na aeronave. Em alguns casos, uma das pernas do trem de pouso pode não se estender antes do pouso ou, em casos mais sérios, o mecanismo todo pode não abaixar. Os pilotos recebem treinamentos em simuladores e seguem listas de verificação para essas situações. Apesar da gravidade, o pouso de barriga não costuma causar mortes, mas sim, danificar bastante a aeronave. 1 2 Quadro 7. Palavras relacionadas ao pouso de barriga. Quadro 8. Vocabulário de pouso de barriga. FIRE ON BOARD Figura 5. Fogo em aeronaves. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/02/2020. Fogo a bordo é considerada uma das situações mais complexas que pode acontecer durante o voo. Nos últimos anos, a preocupação com esse tipo de ocorrência cresceu excessivamente. Houve muitos esforços dos fabricantes para que se diminuísse a quantidade de materiais para que, durante o acidente, fosse exalado menos gás tóxico. Em acidentes com fogo a bordo, a maior preocupação é com a inalação de vapores que podem envenenar passageiros e tripulantes. As aeronaves possuem diversos sistemas de detecção e extinção de fogo. Tais sistemas são essenciais em aparelhos que são constituídos em um cilindro e que viajam em grandes altitudes, como o avião. Durante o voo, é necessário que a tripulação siga um protocolo para o combate de incêndio, com listas de verificação e sistemas de extinção. O sistema de extinção é composto, basicamente, por cilindros pressurizados com agentes que fazem a quebra química da reação em cadeia que sustenta o fogo. Materiais específicos precisam de agentes extintores de mesma relação para que a abordagem correta seja feita. Por exemplo, no caso de fogo em líquidos inflamáveis, a água não se mostra eficaz. Em solo, existem equipes de brigadistas que são treinados para o devido tratamento de fogo. Os socorristas passam por treinamentos em carcaças de aeronaves abandonadas, para que tenham noção de como lidar com casos reais. 1 2 Quadro 9. Vocabulário aplicado em casos emergenciais específicos. Quadro 10. Vocabulário de fogo a bordo. BOMB THREAT Desde os atentados de 11 de setembro, a preocupação com atos terroristas cresceu. Toda prevenção, seja contra acidentes ou atos ilícitos, é feita em camadas. Sendo assim, o quanto antes se detectar uma ameaça, mais fácil é a mitigação do perigo. Muitas pessoas não sabem, mas os colaboradores das empresas encarregados em despachar as bagagens são treinados para identificar possíveis atos terroristas. Tradicionalmente, os atentados com uso de explosivos sempre foram muito utilizados. Como as cabines de controle têm acesso restrito e, ultimamente, não se permite mais a visitação do cockpit, muitos terroristas optam por embarcar com bombas para executar seus atos. 1 2 Quadro 11. Vocabulário relacionado ao tema. Quadro 12. Vocabulário de atentado a bomba. HEALTH EMERGENCY Ao longo dos anos, as aeronaves foram sendo adaptadas para proporcionar segurança e conforto para seus usuários. Sem as melhorias necessárias, o voo seguro seria impossível para nós. À medida que subimos na atmosfera, a temperatura ambiente cai dois graus Celsius a cada 1.000 pés. Sabendo disso, em um voo comercial, que pode acontecer a 40.000 pés, existe a possibilidade de temperaturas no ambiente externo chegarem a -65 °C. Sendo assim, a atividade aérea implica em riscos ambientais e fisiológicos para tripulantes e passageiros. Quadro 13. Vocabulário ligado às partes de corpo. Em inglês, assim como em português, algumas palavras adquirem significados muito diferentes dependendo dos termos que elas acompanham. Por exemplo: Sore é um adjetivo. The pilot has a sore head. Passenger's toe is sore after he hit a chair. Injure é um verbo. My colleague has injuried his hand. The company’s president has missed a meeting because he had injuried a knee. Hurt é um verbo. Antonio´s knees hurts. Claudio has hurt his ears. Pain é um substantivo. Some passengers have pain in their feet. The little kid is in a lot of pain. I have ankle pains. As situações em que a equipe médica é acionada são muito variadas, as necessidades são múltiplas. Sendo assim, é muito importante que se tenha uma familiarização com os termos técnicos de saúde para que seja realizado um atendimento de qualidade e contenção de riscos. O vocabulário relacionado às condições médicas é muito importante para situações que a comunicação com médicos é necessária. É fundamental que, em casos de acidentes, o profissional da área de aviação possua o vocabulário necessário para relatar com precisão o cenário da emergência ao atendimento médico. Clique nos botões para saber mais Heart attack (ataque cardíaco) – Pode ser reversível ou não. O rápido socorro com o uso da técnica da massagem cardíaca pode salvar a vida de um passageiro até que se consiga pousar em segurança; Thrombosis (trombose) – Também chamada de Trombose Venosa Profunda (TVP). São coágulos formados no sangue, em uma ou mais veias. Geralmente aparecem nos membros inferiores. Esses coágulos impedem a correta circulação de sangue causando dor e inchaço. Além disso, podem se desprender e circular pelo corpo indo para pulmão, coração e até cérebro. Durante um voo, existe facilidade para a ocorrência da trombose em pessoas com predisposição predisposição, pois é comum que se fique parado muito tempo na mesma posição, com pressão constante em um ponto do corpo; Appendicitis (apendicite) – É a inflamação do apêndice. Trata-se de um órgão muito pequeno, de cerca de 7 milímetros, que se comunica com o intestino grosso. O apêndice humano é considerado obsoleto para funções digestivas quandocomparado com outros animais, tanto que, sua remoção é amplamente indicada. Em voo, será detectada quando o passageiro sentir dores no abdômen. Inicialmente, a dor se apresenta em uma grande área e, depois, passa para o lado direto inferior da barriga. É o maior motivo de cirurgias de emergência no mundo; Diabetes (diabetes) – É uma doença caracterizada pela má produção ou incorreta absorção da insulina. A insulina é o hormônio que regula a quantidade de glicose no sangue. Ela metaboliza o açúcar para que ele possa ser usado pelas células como fonte de energia. Em voo, um passageiro diabético pode apresentar náuseas e vômitos, muita fome e sede, várias idas ao banheiro para urinar em um curto espaço de tempo, fraqueza e fadiga. Adicionalmente, podem ter visão embaçada e formigamento. Durante uma viagem, pode ser necessário o socorro de um passageiro por conta da hipoglicemia, condição na qual os níveis de açúcar estão tão baixos que o passageiro corre risco de convulsionar e até morrer. São também comuns ocorrências de tremedeiras, sonolência, confusão mental e desmaio. Os primeiros socorros a bordo deverão ser os de colocar a pessoa em posição de repouso e não a impedir que faça uso de seu medicamento habitual; Epileptic seizure (crise epilética) – É uma doença neurológica caracterizada por espasmos musculares incontroláveis. Não é transmissível pela saliva, como muitas pessoas acreditam. Uma crise convulsiva não caracteriza a doença, mesmo depois de vários ataques. O adequado consiste em afastar o passageiro de objetos que possam machucá-lo, virá-lo de lado para que ele não sufoque com a própria saliva ou vômito, e aguardar que os espasmos passem; Faiting (desmaio/síncope) – É a perda repentina da consciência, acompanhada de fraqueza estrutural. É um sintoma de uma doença ou uma reação do organismo. O passageiro, previamente, pode sentir enjoo, mal estar, alterações na visão e sensação de calor. As causas podem problemas cardíacos, hipoglicemia, distúrbios psíquicos etc. O socorro consiste em verificar os batimentos cardíacos para se certificar de que não se trata de uma parada cardíaca, e elevar as pernas para ajudar no aumento da pressão e facilitar a circulação do sangue; Ashtma (asma) – É uma doença respiratória muito comum. O passageiro terá dificuldade para respirar, com chiado no peito e sensação de aperto. Para compensar, ele respirará de maneira curta e rápida. A pessoa exposta ao ambiente fechado do avião pode entrar em crise por conta do acúmulo de poeira e ácaros. O socorro ao passageiro consiste em colocá-lo em uma área mais espaçosa, e afrouxar suas roupas e não impedi-lo de usar o medicamento habitual; Food poisoning (intoxicação alimentar) – Causado por ingestão de água ou alimento contaminados. Atenção especial é dada quando acontece com crianças e idosos. Pode ser causada por bactérias, vírus, toxinas, fungos, componentes tóxicos e produtos químicos. O passageiro pode apresentar náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólica e mal-estar. É importante prevenir a desidratação. O socorro se dá mantendo a pessoa em repouso, com livre acesso ao banheiro e com oferta de líquidos. ATC facilities são os equipamentos de apoio à navegação aérea. Sem eles, e principalmente antes da implantação do GPS, seria impossível as aeronaves conseguirem usar meios eletrônicos para comunicação em navegação. Em geral, são estações de rádio que enviam sinais, que então são interpretados pelos equipamentos das aeronaves, convertendo-os em mapas eletrônicos interpretáveis pelos pilotos e navegadores. São usados principalmente nos voos baseados em regras por instrumentos, nos quais pode acontecer de o piloto não ter visibilidade para se orientar. Os facilities são usados também pelos controladores de voo para alimentar bancos de dados, que auxiliam na tomada de decisão para a criação e modificação de rotas aéreas. NAVIGATION AID No mundo todo, logo após a Primeira Guerra Mundial, começou-se a instalação de faróis luminosos nas rotas usadas em voos de postagens, para que fossem guiados os aviadores à noite e em dias de pouca visibilidade. Posteriormente, os faróis foram substituídos por rádios de baixa frequência. Esses rádios emitiam sinais contínuos, que eram captados por receptores de rádio nos aviões e apontados à direção da qual eles vinham. Isso permitia ao piloto saber sua posição em relação ao local de emissão de rádio e, com auxílio de um mapa, saber sua localização. Ainda hoje, estes auxílios estão em usos, porém, vêm sendo substituídos por outros facilitadores que contam com mais recursos. ASSISTA No filme Pearl Harbour, é possível ver um pouco da história de Jimmy Doolittle. Ele foi um piloto militar americano que teve grande importância nos voos por instrumento, pois demonstrou pela primeira vez que seria possível voar sem referências visuais. beacon – airmail routes – poor visibility – airborne direction finder (ADF) – radio beams – nondirectional radio beacons farol – rotas de correio aéreo – baixa visibilidade – localizador de direção aéreo – feixes de rádio – rádio – farol não direcional Gradualmente, os rádios de alta frequência foram tomando grande parte da matriz de auxílios. Este sistema possui muitas vantagens em relação ao seu antecessor. O VOR, como é conhecido, sofre menos interferências no caso de mau tempo. Suas frequências são propagadas igualmente em todas as direções, permitindo selecionar qualquer radial e voar sobre ela. Porém, o seu uso possui desvantagens: suas ondas têm dificuldade em se propagar na direção do horizonte, e seu raio de recepção é pequeno comparado com o NDB. Very High Frequency Omnirange (VOR) – weather- omnidirectional – radials – course – radio range – cockpit – display – signals Onda de grande espectro de frequência muito alta – clima – omnidirecional – radiais – curso – alcance rádio – cabine de comando – tela – sinais Para proporcionar uma cobertura segura, exige-se uma quantidade muito maior de VORs em relação aos NDBs. Posteriormente, foi adicionado o Distance Measuring Equipment (DME), que permitia a mensuração da distância em relação ao auxílio e a direção para ele. Até hoje, esse é o auxílio usado como padrão para as navegações aéreas no mundo todo. Para os aviões comerciais, este é um equipamento indispensável para sua certificação. Na aviação geral, muitos aviões possuem o equipamento como sistema de segurança. distance measuring equipment (DME) – airway navigation aid – GA aircraft – receiver equipamento de medição de distância – auxílio de navegação de aerovia – aeronave da aviação geral – receptor O VOR possui algumas desvantagens. Por ser um equipamento de solo, ele não proporciona a cobertura de grandes áreas oceânicas, a não ser que esteja instalado sobre boias. Como sua onda é de visada, em baixas altitudes ou áreas montanhosas seu uso fica muito suscetível a interferências, tornando frágil sua confiabilidade. Também por usar determinadas faixas para direcionar as aeronaves, ele acaba criando gargalos de navegação onde a solução limita-se a sobrepor os aviões em camadas. ground-based system – coverage – line-of-sight – airways cross sistema em solo – cobertura – linha de visada – Interseção de aerovia O sistema para auxílio de pousos e decolagens é um sistema de auxilio à navegação de baixa altura com alguns implementos para confiabilidade. O sistema atualmente usado é o Instrument Landing System (ILS), que entrou em uso na década de 1940, demonstrado ainda em 1929 pelo famoso Coronel- aviador americano James Doolittle. O ILS proporciona uma projeção usando dois feixes de ondas de rádio por equipamentos localizados próximo à pista. O transmissor, chamado de Localizer, emite um feixe que se abre como um leque centralizado no centro da pista de pouso. O glide slope emite outro feixe vertical
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