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embriologia- hipofise, hipotalamo e glandula pineal

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Sistema Endócrino- Hipotálamo, Hipófise e Glândula Pineal
São glândulas de secreção interna, na qual o sistema glandular é desprovido de ductos que liberam sua secreção na corrente sanguínea.
É composta de órgãos endocrínicos, além de tecidos e células encontradas em pequenas quantidades em órgãos não endócrinos.
Funções:
· Produção de hormônios
· Manutenção da homeostase, coordenação das atividades do tecidos e órgãos
· Estimulação ou inibição modulando as funções das células-alvo.
Desenvolvimento do encéfalo:
Se desenvolve a partir da região cefálica do tubo neural, na qual da origem as vesículas encefálicas primarias: encéfalo anterior (prosencéfalo), encéfalo médio (mesencéfalo) e encéfalo posterior (rombencéfalo).
No Pronsencéfalo existe duas regiões a telencéfalo e a diencéfalo (tálamo, hipófise, hipotálamo, glândula pineal e terceiro ventrículo).
Hipotálamo
Está presente na porção mediana da base do cérebro e envolve a porção do 3º ventrículo. Conforme o telencéfalo forma os hemisférios cerebrais, ele cobre o diencéfalo, o qual se transforma em epitálamo, tálamo e hipotálamo.
Funções:
· Ele coordena o sistema endócrino e nervoso autônomo, produzindo hormônios;
· Controla a PA, a temperatura corporal, o equilíbrio eletrolico, peso corporal e o apetite
Glândula Pineal
Ela se desenvolve na extremidade posterior do 3º ventrículo, próximo ao centro do cérebro, como um divertículo a parte de uma evaginação da parte do teto do diencéfalo. Também conhecida como epífise, esta glândula é revestida externamente pela pia-máter, de onde partem septos conjuntivos levando vasos sanguíneos e fibras nervosas amielínicas.
Os pinealócitos ocupam cerca de 95% da glândula com seus núcleos grandes e irregulares, eles são responsáveis pela síntese do hormônio que controla os ciclos biológicos, a melatonina.
Células intersticiais gliais, os astrócitos também são visualizados entre os pinealócitos por apresentarem seus núcleos achatados e bem corados. Presença de concreções calcárias, localizadas na matriz extracelular do tecido conjuntivo, também chamadas de "areia cerebral", podem ser vistas como manchas cinza-azuladas.
Funções:
· É um órgão fotossensível e é importante regulador do clico dia/noite (ritmo circadiano)
· Produz serotonina (fase clara) e metatonina (fase escura)
Hipófise
Pequeno órgão localizado na base do cérebro, na sela turca (depressão do osso esfenoide).
Produz vários hormônios responsáveis pela regulação do crescimento, reprodução e metabolismo. Sendo que possui 2 componentes funcionais:
· Lobo anterior (adenohipofise)
· Lobo posterior (neurohipofise)
Apresenta uma origem embrionária dupla:
· Ectoderme: evaginação do teto do estomodeu que forma o divertículo hipofisário ou bolsa de Rathke, formando a adenohipofise (glandular)
· Neuroectoderme: invaginação do diencéfalo que forma o divertículo neurohipofisario ou infundíbulo, formando a neurohipofise (parte glandular e parte do tecido nervoso)
Neuro-hipófise: não contém células secretoras, sendo formada basicamente por axônios hipotalâmicos amielínicos e células gliais, os pituícitos. As neurosecreções são armazenadas em grânulos conhecidas como Corpos de Hering visualizados nos axônios.
Adeno-hipófise: Apresenta três porções distintas: parte distal, parte tuberal e parte intermediária.
Parte Distal- Cordões celulares interpostos em uma rica rede de capilares sanguíneos.
Células Cromófobas: citoplasma não se cora por possuir granulações muito pequenas
Células Cromófilas: de acordo com a afinidade tintorial do conteúdo dos grânulos secretores podem ser ditas acidófilas ou basófilas. As primeiras situadas mais periféricamente produzem somatotropina e prolactina. As basófilas são produtoras de corticotropina (ACTH), tireotropina (TSH) e gonadotropinas (FSH e LH).
Parte Tuberal- Organizada em cordões celulares secretores de gonadotropinas (LH e FSH), circundados por capilares.
Parte Intermediária- Em humanos é considerada uma região rudimentar por apresentar células contendo grânulos secretores de função não conhecida, dispostas tanto em cordões celulares quanto em folículos.
Suprarrenais
As glândulas suprarrenais ou adrenais localizam-se na cavidade abdominal, precisamente acima de cada rim, daí a sua denominação. Elas são glândulas endócrinas, responsáveis pela produção de importantes hormônios, tais como a adrenalina e noradrenalina, que atuam em vários órgãos e participam do funcionamento do organismo.
Na glândula suprarrenal são reconhecidas duas regiões distintas a medula e o córtex. Cada uma dessas partes produzem hormônios diferentes e apresentam características próprias.
FUNÇÃO DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
A principal função das glândulas suprarrenais é a produção de hormônios, os quais participam da regulação dos níveis de sódio, potássio e água do organismo, do metabolismo dos carboidratos e nas respostas do corpo em situações de stress.
HORMÔNIOS DAS GLÂNDULAS ADRENAIS
Os principais hormônios produzidos e liberados pelas glândulas adrenais são:
· Aldosterona: Atua no equilíbrio dos líquidos, especialmente de sódio e potássio no plasma sanguíneo.
· Cortisol: Conhecido como o "hormônio do estresse", é responsável por controlar o estresse e atua na manutenção dos níveis de açúcar no sangue e da pressão arterial.
· Adrenalina: Atua como um mecanismo de defesa do organismo, preparando-o para uma situação de emergência, especialmente em situações de estresse.
· Noradrenalina: Contribui na preparação do corpo para uma determinada ação em momentos de sustos, surpresas ou fortes emoções.
ANATOMIA E HISTOLOGIA
As glândulas suprarrenais medem cerca de 5 cm de altura, 2 cm de largura, 1 cm de espessura e pesam até 10 g. Elas possuem diferenças quanto ao formato, a do lado direito apresenta formato triangular, já a do lado esquerdo assemelha-se a uma meia-lua. São divididas em duas porções: o córtex e a medula
· Medula: Porção central e mais escura da glândula, originária da neuroectoderme. Responsável por sintetizar e secretar os hormônios adrenalina e a noradrenalina, conforme estímulos do sistema nervoso.
· Córtex: Constitui até 90% da glândula, sendo a sua porção externa. Apresenta coloração amarelada, originária da mesoderme e formada por tecido epitelial. É subdividida em três partes (zona glomerulosa, fasciculada e reticular). Regula a produção dos hormônios aldosterona, cortisol e os sexuais.
As suprarrenais são envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo e rodeadas por grande quantidade de tecido adiposo.
Revestimento das Glândulas Suprarrenais
As adrenais, juntamente com os rins, são circundadas por uma cápsula adiposa (gordura perirrenal) que, por sua vez, é revestida (exceto inferiormente) por uma camada membranácea e condensada de fáscia renal. Além disso, ainda há uma cobertura pelo corpo adiposo pararrenal (gordura pararrenal). Todas essas estruturas contribuem para a posição relativamente fixa dos rins e das glândulas suprarrenais.Organização do tecido adiposo e da fáscia ao redor do rim e da glândula suprarrenal.
Tireoide
A tireoide é uma glândula endócrina relacionada a homeostase termogênica e metabólica, possuindo ainda influência sobre o sistema cardiovascular e no desenvolvimento fetal, por meio da ação de tiroxina (T₄) 93% e tri-iodotironina (T₃) 7%.
A secreção tireoidiana desses hormônios é controlada, principalmente, pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), secretado pela hipófise anterior. A tireoide também é responsável pela produção do hormônio calcitonina, mais especificamente pelas células C medulares, tendo um papel significante na homeostase do cálcio.
Anatomia da Glândula Tireoide
A glândula tireoide é uma glândula única, que se situa anteriormente à traqueia, entre a cartilagem cricóidea e a incisura supraesternal, entre a 5ª vértebra cervical e a 1ª torácica. Possui dois lobos conectados por um istmo, e quatro glândulas paratireoides na região posterior, produtoras do paratormônio.
A tireoide é uma glândula altamente vascularizada. Sua vascularização arterial é realizada, principalmente, pelas artériastireóideas superiores e inferiores, e uma artéria mediana inconstante, a artéria tireóidea ima.
As artérias tireóideas superiores são ramos da carótida externa e as tireóideas inferiores são ramos do tronco tireocervical, colateral da artéria subclávia. Já a ima é proveniente do tronco braquiocefálico ou do próprio arco aórtico. A drenagem venosa da glândula é feita por plexos no interior e na superfície da glândula. Estes plexos se formam a partir de redes perifoliculares e dirigem-se para fora do órgão seguindo pelos espaços interlobulares. 
Histologia da Tireoide
Células foliculares (F). Coloide (C); Células parafoliculares (PF).
A tireoide é formada por inúmeros folículos esféricos que circundam o coloide, (líquido proteináceo que contém grande quantidade de tireoglobulina). A parede do folículo é constituída por epitélio simples, no qual as células são chamadas de tirócitos. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que emite septos para o parênquima. Quando a glândula está sendo estimulada, a quantidade de coloide diminui, visto que as Tg são reabsorvidas para célula para síntese dos hormônios. Quando a glândula está inibida ou em baixa atividade, o folículo aumenta de volume, devido ao armazenamento de Tg no coloide.
Outro tipo celular encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C, que, comumente, são visualizadas por agrupamentos celulares isolados entre os folículos. São as produtoras de um hormônio chamado calcitonina ou tireocalcitonina. A função deste hormônio é inibir a reabsorção de tecido ósseo, reduzindo a concentração de cálcio no plasma.
Sistema Simpático e Parassimpático
A divisão autônoma do sistema nervoso (DASN), sistema nervoso visceral ou sistema motor visceral, consiste em fibras motoras que estimulam o músculo liso (involuntário), o músculo cardíaco modificado (o complexo estimulante do coração) e as células glandulares (secretoras). As fibras nervosas eferentes e os gânglios da DASN são organizados em dois sistemas ou partes: a parte simpática (toracolombar) e a parte parassimpática (craniossacral).
 O corpo celular do primeiro neurônio (parte simpática), pré-sináptico (pré-ganglionar) está localizado na substância cinzenta do SNC. Sua fibra (axônio) faz sinapse apenas no corpo celular de um neurônio pós-sináptico (pós-ganglionar), o segundo neurônio na série. 
Os corpos celulares desses segundos neurônios (parte parassimpática) estão localizados fora do SNC nos gânglios autônomos, com fibras terminando no órgão efetor (músculo liso, músculo cardíaco modificado ou glândulas).
A distinção anatômica entre as partes simpática e parassimpática da DASN tem como base principalmente: A localização dos corpos celulares pré-sinápticos e os nervos que conduzem as fibras pré-sinápticas originadas no SNC.
Uma distinção funcional é que os neurônios pós-sinápticos das duas partes geralmente liberam diferentes substâncias neurotransmissoras: a parte simpática libera norepinefrina (exceto no caso das glândulas sudoríferas) e a parte parassimpática, acetilcolina.
PARTE SIMPÁTICA (TORACOLOMBAR) DA DASN
Os corpos celulares dos neurônios pré-sinápticos da parte simpática da DASN são encontrados em apenas um local: as colunas intermédias (IM) ou núcleos da medula espinal. Os pares de colunas IM (direita e esquerda) fazem parte da substância cinzenta dos segmentos torácico (T1–T12) e lombar superior (L1–L2 ou L3) da medula espinal (daí o nome alternativo “toracolombar” dessa parte). Em cortes transversais dessa parte da medula, as colunas IM apresentam-se como pequenos cornos laterais da substância cinzenta em forma de H, têm organização somatotópica (isto é, os corpos celulares responsáveis pela inervação da cabeça estão localizados na parte superior, e aqueles responsáveis pela inervação das vísceras pélvicas e membros inferiores, na parte inferior). 
Os corpos celulares dos neurônios pós-sinápticos da parte simpática do sistema nervoso estão situados em dois locais, nos gânglios paravertebrais e nos pré-vertebrais:
Os gânglios paravertebrais estão associados para formar os troncos simpáticos direito e esquerdo de cada lado da coluna vertebral e se estendem praticamente por todo o comprimento da coluna. O gânglio paravertebral superior situa-se na base do crânio. O gânglio ímpar forma-se na parte inferior onde os dois troncos se unem no nível do cóccix
Os gânglios pré-vertebrais estão situados nos plexos que circundam as origens dos principais ramos da parte abdominal da aorta.
Como são fibras motoras, os axônios dos neurônios pré-sinápticos deixam a medula espinal através das raízes anteriores e entram nos ramos anteriores dos nervos espinais T1–L2 ou L3.
As fibras simpáticas pós-sinápticas faz sinapse com 30 ou mais fibras, destinadas à distribuição no pescoço, parede do corpo e membros, seguem dos gânglios paravertebrais dos troncos simpáticos até ramos anteriores adjacentes dos nervos espinais através de ramos comunicantes cinzentos.
As fibras pré-sinápticas são relativamente curtas, enquanto as fibras pós-sinápticas são relativamente longas, devendo estender-se a todas as partes do corpo.
Os nervos esplâncnicos conduzem fibras eferentes (autônomas) e aferentes viscerais que entram e saem das vísceras nas cavidades do corpo. 
PARTE PARASSIMPÁTICA (CRANIOSSACRAL) DA DASN
Há quatro pares de gânglios parassimpáticos na cabeça. As fibras parassimpáticas pré-sinápticas fazem sinapse com corpos celulares pós-sinápticos isolados ou na parede do órgão-alvo (gânglios intrínsecos ou entéricos).
Funções das partes da DASN
Em geral, o sistema simpático é um sistema catabólico (com gasto energético) que permite ao corpo lidar com estresses, como ao preparar o corpo para a resposta de luta ou fuga. O sistema parassimpático é basicamente um sistema homeostático ou anabólico (conservador de energia), que promove os processos silenciosos e ordenados do corpo, como aqueles que permitem ao corpo se alimentar e assimilar o alimento. 
HISTOLOGIA DO TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: (1) os neurônios, células geralmente com longos prolongamentos, e (2) vários tipos de células da glia ou neuróglia, que sustentam os neurônios e participam de outras funções importantes.
A substância cinzenta é assim chamada porque mostra essa coloração quando observada macroscopicamente. É formada principalmente por corpos celulares dos neurônios e células da glia, contendo também prolongamentos de neurônios. Quando observado em aumento pequeno exibe uma grande quantidade de núcleos. Pertencem a neurônios, a células da neuróglia e em menor número a células endoteliais de capilares sanguíneos.
A substância branca não contém corpos celulares de neurônios, sendo constituída por prolongamentos de neurônios e por células da glia. Seu nome origina-se da grande quantidade de um material esbranquiçado denominado mielina, que envolve determinados prolongamentos dos neurônios (axônios).
As células nervosas ou neurônios são responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos, têm a propriedade de responder a alterações do meio em que se encontram (estímulos) com modificações da diferença de potencial elétrico que existe entre as superfícies externa e interna da membrana celular. A propagação constitui o que se denomina impulso nervoso, cuja função é transmitir informações a outros neurônios, músculos ou glândulas.
Os neurônios apresentam morfologia complexa, porém quase todos apresentam três componentes
· Dendritos, prolongamentos numerosos e curtos, especializados na função de receber os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios
· Corpo celular ou pericário, que é a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma envolvente do núcleo. É, principalmente, um centro trófico, mas também tem função receptora e integradora de estímulos, recebendo estímulos excitatórios ou inibitórios gerados em outras células nervosas.
· Axônio, prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmiteminformações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares)
As sinapses são locais de grande proximidade entre a membrana do neurônio e a superfície de outra célula. Um potencial de ação que chega a uma sinapse pode desencadear a liberação de mediadores químicos e estimular a outra célula – uma outra célula nervosa ou uma célula de outro tecido (como por exemplo, uma célula muscular ou uma célula secretora).
Os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos:
· Neurônios unipolares – possuem um corpo celular e um axônio.
· Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares
· Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio
· Neurônios pseudounipolares, que apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistemanervoso central.
A grande maioria dos neurônios é multipolar. Neurônios bipolares são encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória. Neurônios pseudounipolares são encontrados nos gânglios espinais, que são gânglios sensoriais situados nas raízes dorsais dos nervos espinais, e também nos gânglios cranianos.
O corpo celular dos neurônios é rico em retículo endoplasmático granuloso, que forma agregados de cisternas paralelas, entre as quais ocorrem numerosos polirribossomos livres. Esses conjuntos de cisternas e ribossomos se apresentam ao microscópio óptico como manchas basófilas espalhadas pelo citoplasma, os corpúsculos de Nissl.
As funções fundamentais do sistema nervoso são: (1) detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, luz, energia mecânica e modificações químicas do ambiente externo e interno; (2) organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do organismo, entre as quais as funções motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas
CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
No sistema nervoso central, 10 células da glia para cada neurônio, mas, em virtude do menor tamanho das células da neuróglia, elas ocupam aproximadamente a metade do volume do tecido. Há vários tipos de células da neuróglia, que exercem funções importantes no tecido nervoso, tais como suporte e nutrição de neurônios, isolamento dos neurônios, fagocitose e reparação no tecido nervoso. Estas células não têm as propriedades dos neurônios: não são estimuladas por estímulos elétricos ou químicos e não transmitem estímulos ao longo de seus prolongamentos.
Astróglia – é constituída por células denominadas astrócitos. São encarregados de sustentação e nutrição dos neurônios, há dois tipos principais. Os astrócitos protoplasmáticos residem principalmente na substância cinzenta do sistema nervoso central enquanto que os astrócitos fibrosos estão presentes principalmente na substância branca.
Oligodendróglia – suas células, são os oligodendrócitos presentes na substância cinzenta e em muito maior quantidade na substância branca do sistema nervoso central. Sua função principal é envolver os axônios dos neurônios de maneira a isolá-los do microambiente do tecido nervoso.
Micróglia – é constituída pelas células da micróglia, que agem como macrófagos, participando, portanto, da defesa do tecido nervoso.
FIBRAS NERVOSAS
Os axônios são sempre envolvidos por outras células do tecido nervoso. Ao conjunto de axônio + célula de revestimento se dá o nome de fibra nervosa. Como são geralmente bastante longos, há sempre necessidade de muitas células para revestir toda sua extensão.
No sistema nervoso central o revestimento é feito por um tipo de célula da neuróglia denominado oligodendrócito. No sistema nervoso periférico exercem esta função as células denominadas células de Schwann.
As células que envolvem os axônios podem produzir um material denominado mielina, composto de moléculas de lipídios complexos. A mielina é derivada das membranas celulares das células envoltoras. As fibras nervosas cujas células de revestimento contêm mielina são chamadas fibras nervosas mielínicas ou mielinizadas, ao contrário das fibras nervosas não-mielinizadas ou amielínicas cujas células de revestimento não contém mielina.
OLIGODENDRÓCITOS E CÉLULAS DE SCHWANN
Os oligodendrócitos produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do sistema nervoso central, têm prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina.
As células de Schwann têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta dos axônios do sistema nervoso periférico. Cada célula de Schwann forma mielina em torno de um segmento de um único axônio. 
ASTRÓCITOS
Os astrócitos são células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular. Essas células apresentam feixes de filamentos intermediários constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia, que reforçam a estrutura celular, tem poucos prolongamentos.
Finalmente, os astrócitos se comunicam uns com os outros por meio de junções comunicantes, formando uma rede por onde informações podem transitar de um local para outro, alcançando grandes distâncias dentro do sistema nervoso central. Por exemplo, por essa rede e pela produção de citocinas, os astrócitos podem interagir com oligodendrócitos e influenciar a renovação da mielina, tanto em condições normais como em patológicas.
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS
As células ependimárias são células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal, podendo ser ciliadas, o que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR).
MICRÓGLIA
As células da micróglia são pequenas (menores que da glia) e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares, seus núcleos são escuros e alongados, secreta diversas citocinas reguladoras do processo imunitário e remove os restos celulares que surgem nas lesões do sistema nervoso central.
MENINGES
As meninges são formadas por três camadas, que, de fora para dentro, são as seguintes: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
A dura-máter é a meninge mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso, contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. Envolve a medula espinal, é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois o espaço peridural. Este espaço contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A parte da dura-máter em contato com a aracnoide pode acumular-se sangue no chamado espaço subdural. A superfície interna da dura-máter é revestida por um epitélio simples pavimentoso de origem mesenquimatosa.
A aracnoide é formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos e suas superfícies são todas revestidas pelo mesmo tipo de epitélio simples pavimentoso, de origem mesenquimatosa, que reveste a dura-máter.
A pia-máter é muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso entre ela e os elementos nervosos situam-se prolongamentos dos astrócitos, que, formando uma camada muito delgada, unem-se firmemente à face interna da pia-máter. 
LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Quanto à sua localização o tecido nervoso pode ser classificado em:
1 – Sistema nervoso central, formado por duas porções contínuas, uma situada no interior da caixa craniana, o encéfalo, e a outra constituindo a medula espinhal. No sistema nervoso central há corpos celulares e prolongamentos de neurônios além de muitas células da neuróglia. Os neurônios do cérebro estão concentrados no córtex cerebral e em agrupamentos de tamanhos variados denominados núcleos.
2 – Sistema nervoso periférico, é distribuído pelo corpo sob forma de:
– nervos, que são conjuntos de fibras nervosas.
– gânglios nervosos que são acúmulos de corpos celulares de neurônios situados fora do sistema nervoso central.
Os órgãos do sistema nervoso central são revestidos por membranas de tecido conjuntivo denominadas meninges. Não há praticamente tecido conjuntivo no interior do sistema nervoso central.

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